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DIREITO DE FAMILIA

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AULA 03
Tema:
Capacidade para o casamento
Impedimentos e causas suspensivas do Casamento
D I R E I T O C I V I L I V - F A M Í L I A
INCAPACIDADE X
IMPEDIMENTO
• Não confundir: Na incapacidade falta APTIDÃO, no
impedimento falta LEGITIMAÇÃO.
• A incapacidade significa a inaptidão do indivíduo
para casar com quem quer que seja, como sucede
no caso do menor de 16 anos, da pessoa privada do
necessário discernimento e da já casada.
• O impedimento se funda na ideia de falta de
legitimação, trazida da seara do direito processual
para o direito civil. O nubente possui aptidão para o
casamento, só não se permite constituir o vinculo
matrimonial com determinada pessoa.
• Pelo Código Civil, os menores de 16 anos são
absolutamente incapazes para o ato da vida civil.
No entanto, para o casamento, o mesmo código
estipula a idade núbil em 16 anos, desde que haja
autorização dos pais.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar,
exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus
representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o
disposto no parágrafo único do art. 1.631.
CAPACIDADE PARA O 
CASAMENTO
CODIGO CIVIL
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem
casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus
representantes legais, enquanto não atingida a maioridade
civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se
o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou
tutores revogar a autorização.
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta,
pode ser suprida pelo juiz.
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o
casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o
disposto no art. 1.517 deste Código.
IDADE NUBIL
Alteração recente
Lei 13.811/2019
DENEGAÇÃO INJUSTA
Suprimento Judicial
• O Código não especifica os casos em que a
denegação do consentimento deve ser
considerada injusta. A matéria está entregue,
pois, ao prudente critério do juiz, que verificará
se a recusa paterna se funda em mero capricho
ou em razões plausíveis e justificadas.
Evidentemente, não são aceitas razões fundadas
em preconceito racial ou religioso, no ciúme
despropositado ou em outra razão menos nobre.
DENEGAÇÃO INJUSTA
• Considera-se denegação injusta o abuso dos pais em negar permissão
sem justificativa válida. O código não traz o que se classificaria injusto,
cabendo a análise ao critério do juiz.
• Em caso de não autorização injusta dos pais, o juiz pode suprir o
consentimento, por sentença, proferida em procedimento de
jurisdição voluntária. O pedido pode ser provocado pelo Ministério
Público, pelo próprio nubente ou pelo outro nubente interessado.
• Para tanto, o juiz deve analisar com cautela, sempre visando proteger
o adolescente, somente autorizando o casamento se houver visível
abuso de direitos pelos responsáveis. Se for deferido o pedido de
suprimento de consentimento, será expedido alvará autorizando a
celebração do casamento.
• Havendo esse suprimento, o casamento será submetido ao regime de
separação de bens (art. 1.641, II, do CC), para proteger o patrimônio
do menor, que, ao atingir a maioridade, pode, com a anuência de seu
conjuge, pleitear a mudança do regime (art. 1.639, §2º, do CC).
ALGUMAS SITUAÇÕES QUE A DOUTRINA
APONTA COMO MOTIVO JUSTO E FUNDADO.
• Reputam-se justos e fundados, segundo os autores (GONÇALVES,
et all, 2023), os seguintes motivos:
a) existência de impedimento legal;
b) grave risco à saúde do menor;
c) costumes desregrados, como embriaguez habitual e paixão
imoderada pelo jogo;
d) falta de recursos para sustentar a família;
e) total recusa ou incapacidade para o trabalho;
f) maus antecedentes criminais, tais como condenação em crime
grave (p. ex., estupro, roubo, estelionato etc.).
E outros... Sendo impossível discriminar todas as possíveis
hipóteses, sendo, pois, inesgotáveis e submetidas ao critério do juiz.
Alteração do artigo 1.520 do 
Código Civil
• Proclamava o art. 1.520 do Código Civil que, “excepcionalmente,
será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade
núbil (art. 1.517), para evitar imposição ou cumprimento de pena
criminal ou em caso de gravidez”.
• A Lei 13.811, de 2019 veio para suprimir as exceções legais
permissivas do casamento infantil, e deu nova redação ao art.
1.520 do Código Civil. Agora, com a nova redação, não mais se
permitem tais exceções, instituindo que não será permitido, em
qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil.
• O Código penal já havia também sofrido alteração em 2005 com a
Lei n. 11.106 que revogou, além de outros dispositivos, o inciso VII
do art. 107 do Código Penal. Em consequência, o casamento
deixou de evitar a imposição ou o cumprimento de pena criminal,
nos crimes contra os costumes de ação penal pública.
1. É obrigatório a autorização de ambos os
genitores.
2. Na falta ou impedimento de um deles, o outro
responde com exclusividade. (art. 1.631, CC).
3. Se um dos genitores não anuir, é possível o
suprimento pelo juiz (art. 1.519, CC).
4. Mesmo consentindo, os pais podem revogar o
consentimento até a celebração.
5. O casamento torna o menor capaz para os atos
da vida civil (emancipação judicial);
AUTORIZAÇÃO DO CASAMENTO 
EM IDADE NUBIL
DENEGAÇÃO INJUSTA
NOVO MOTIVO POSTERIOR
IMPEDIMENTOS
PARENTESCO PARENTES EM LINHA RETA
(art. 1.591).
- PAI E FILHO são parentes em
linha reta em primeiro grau.
- AVÔ E NETO são parentes
em segundo grau.
-BISAVÔ E BISNETO são
parentes em terceiro grau.
PARENTES COLATERAIS OU
TRANSVERSAIS (art. 1.592).
-IRMÃOS são colaterais em
segundo grau.
-TIOS E SOBRINHOS são
colaterais em terceiro grau.
-PRIMOS em quarto grau.
-
Obs.: Não há parentesco
colateral em primeiro
grau.
IMPEDIMENTOS
• EXISTÊNCIA E VALIDADE: Para que o casamento tenha
existência jurídica, é necessária a presença dos elementos
denominados essenciais: consentimento e celebração na
forma da lei. Para que seja válido e regular, deve preencher
outras condições.
• A ideia básica é que o casamento exige requisitos especiais
distintos dos pressupostos necessários dos atos comuns da
vida civil.
• Para que os indivíduos tenham essa capacidade especial é
mister que reúnam as condições impostas pela lei, que
costumam apresentar-se sob a forma negativa e são
designadas como impedimentos.
• Circunstâncias ou situações de fato ou de
direito, expressamente especificados em lei,
que vedam a realização do casamento.
• Objetivo: Evitar uniões que possam, de algum
modo, ameaçar a ordem pública.
• Gera: nulidade do ato.
• Art. 1521, CC.
IMPEDIMENTOS 
IMPEDIMENTOS
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou
civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com
quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o
terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou
tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da
celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver
conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a
declará-lo.
• Eugenia (“pureza da raça”);
• Moral familiar;
• Monogamia;
• Uniões que tenham raízes no crime. 
• DISTRIBUEM-SE EM TRÊS CATEGORIAS
❖1.PARENTESCO;
❖2. CASAMENTO ANTERIOR
❖3. CRIME
O que visa proteger
PARENTESCO
PRIMEIRA CATEGORIA
•1.1 Consanguinidade
•1.2 Afinidade
•1.3 Adoção
1. IMPEDIMENTOS RESULTANTES
DO PARENTESCO
• Proibição de casamento ascendentes e
descendentes em linhas reta (sem limite de grau);
• O Código Civil não admite incesto;
• Pode provocar o nascimento de filhos defeituosos
(natureza eugênica);
❖Importante!
Paracaracterização do impedimento não importa se trata de 
descendente havido do matrimônio ou não. (vide: art. 1593, 
CC).
1.1 CONSANGUINIDADE
• Parentesco por afinidade é o que liga um cônjuge ou um
companheiro aos parentes do outro (art. 1595, CC).
Resulta, pois, do casamento ou da união estável.
• Proibição em linha reta;
• Em linha colateral, não há empecilho;
• A afinidade em linha reta não se extingue com a
dissolução do casamento que a originou (CC, art. 1595
§2º).
ATENÇÃO!
O CC/02 incluiu o companheiro no rol dos parentes por
afinidade (art. 1.595, caput).
1.2 AFINIDADE
• Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos
parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
• § 1o O parentesco por afinidade limita-se aos
ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge
ou companheiro.
• § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a
dissolução do casamento ou da união estável.
CÓDIGO CIVIL
LINHA 
RETA
LINHA 
COLATERAL
• Proibição de ordem moral;
• Funda-se no respeito e confiança do reino familiar;
• Vide: art. 1521, III e V;
• A adoção é concedida por sentença constitutiva,
sendo, portanto, irretratável. O impedimento, em
consequência, é perpétuo.
1.3 ADOÇÃO
AFINIDADE EM 
LINHA RETA
PARENTESCO ENTRE 
IRMÃOS
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural 
ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado 
com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o 
terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou 
tentativa de homicídio contra o seu consorte.
AFINIDADE EM 
LINHA RETA
PARENTESCO 
ENTRE IRMÃOS
CASAMENTO
ANTERIOR
SEGUNDA CATEGORIA
• Vide: art. 1.521, VI.
• Pessoas casadas;
• Vínculo atual e válido;
• Não decorre da pessoa já TER SIDO casada, mas
por SER casada.
• Casamento religioso sem efeito (registro) civil?
- Esfera jurídica inexistente.
Art. 1.521. Não podem casar:
(...)
VI - as pessoas casadas;
2. CASAMENTO ANTERIOR
CRIME
TERCEIRA CATEGORIA
• Ordem moral;
• Exige-se condenação;
Obs: se ocorreu a absolvição ou o crime prescreveu, extinguindo-
se a punibilidade, não se configura o impedimento.
• A restrição não alcança somente o autor do
homicídio, como também o mandante ou autor
intelectual, desde que condenado;
Art. 1.521. Não podem casar:
(...)
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu
consorte.
3. Decorrente de crime
• As causas de impedimento para o casamento
também abrange o impedimento para a união
estável.
• Vide: art. 1723 §1º, CC.
IMPORTANTE
SUSPENSÃO
SUSPENSÃO
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado,
até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos
bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou
sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou
curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam
aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo,
provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-
cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente
deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do
prazo.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas
pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e
pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
• São determinadas circunstâncias ou situações capazes de
suspender a realização do casamento, se arguidas
tempestivamente pelas pessoas legitimadas.
• OBJETIVO: Proteger interesse de terceiros (filhos, ex-cônjuges,
tutelado e curatelado).
-Podem deixar de ser aplicados pelo juiz, quando provada a
inexistência de prejuízo a essas pessoas – art. 1523 §único.
• Efeitos: Não provoca a anulabilidade ou nulidade. O
casamento é considerado irregular, sendo obrigatório o
regime de separação de bens (art. 1.641, I CC).
CAUSAS SUSPENSIVAS – ART. 
1.523, CC
1. CONFUSÃO DE PATRIMÔNIOS;
2. CONFUSÃO DE SANGUE (turbatio sanguinis);
3. DIVÓRCIO;
4. TUTELA E CURATELA;
O QUE VISA 
EVITAR/PROTEGER
• VIDE: Art. 1523, I.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto 
não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
• Partilha: definem-se os bens que comporão o quinhão dos
filhos do casamento anterior, evitando a referida confusão.
• Sanção: regime de separação de bens (art. 1641, I CC) +
Hipoteca legal em favor dos filhos (art. 1.489, II, CC).
• Inventário iniciado: supre?
- Não. A lei exige partilha julgada por sentença.
1. CONFUSÃO DE PATRIMÔNIO
• Vide: 1523, II, CC.
Art. 1.523. Não devem casar:
(...)
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido 
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da 
sociedade conjugal;
• Objetivo: evitar dúvidas sobre a paternidade (turbatio
sanguinis);
• Vide: presunção da paternidade art. 1597, I e II, CC.
- Do falecido: nascesse até 300 dias do óbito ou sentença anulatória/nulidade do
casamento;
- Do segundo marido: nascesse até 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a
convivência conjugal;
2. CONFUSÃO DE SANGUE
• Vide art. 1523, III, CC.
Art. 1.523. Não devem casar:
(...)
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal;
• Também tem o objetivo de evitar a confusão de patrimônio entre a
antiga e a nova sociedade conjugal;
• Não há óbice ao divórcio sem a prévia partilha de bens (art. 1581,
CC), mas a causa suspensiva para contrair novo matrimônio se
instala;
• O divórcio consensual e a extinção da união estável, não havendo
nascituro ou filhos incapazes, pode ser feita por escritura pública,
com a partilha dos bens comuns (733, CPC).
3. DIVÓRCIO
• VIDE: art. 1523, IV, CC.
Art. 1.523. Não devem casar:
(...)
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não
cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
• Destinada a afastar a coação moral que possa ser exercida por
pessoa que tem ascendência e autoridade sobre o ânimo do
incapaz.
• Tutor: incapaz menor | Curador: incapaz maior
• Finalidade: proteção do patrimônio do incapaz.
• Cessa a causa suspensiva com a extinção da tutela ou curatela e
com a aprovação de contas pelo juízo competente.
4. TUTELA E CURATELA
• IMPORTANTE
- A lei não isenta de suspeição: estende aos ascendentes,
descendentes, irmãos, cunhados e sobrinhos;
- Não há proibição, apenas CONDIÇÃO.
(contas sejam prestadas e aprovadas e eventual débito saldado. Não
vale a quitação dada pelo próprio interessado, pois as contas se
prestam em juízo).
- Não é dado ao oficial de registro ou ao celebrante do
casamento declarar de ofício a causa suspensiva.
4. TUTELA E CURATELA
OPOSIÇÃO DOS 
IMPEDIMENTOS E CAUSAS 
SUSPENSIVAS
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas
suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada,
instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação
do lugar onde possam ser obtidas.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus
representantes nota da oposição, indicando os fundamentos,
as provas e o nomede quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável
para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as
ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.
Oposição de impedimentos/causas
suspensivas
É a comunicação escrita feita por pessoa legitimada, antes da
celebração do casamento, ao oficial do registro civil perante quem se
processa a habilitação, ou ao juiz que preside a solenidade, sobre a
existência de um dos empecilhos mencionados na lei.
PESSOAS LEGITIMADAS: Qualquer pessoa capaz, o juiz ou oficial de
registro quando tiver conhecimento (de ofício).
MOMENTO: Até o momento da celebração do casamento (art. 1522,
CC).
DECLARAÇÃO: pode ser de ofício pelo juiz ou oficial do cartório;
EFEITO: Susta a realização do casamento até decisão final. Se o
casamento se realizar, poderá ser decretada sua nulidade a qualquer
tempo, por iniciativa de qualquer interessado ou Ministério Público
(Art. 1549, CC).
Oposição de impedimentos
• Escrito e identificado (assinado);
• Procedimento sumário complementado pelo art. 67 §5º da
Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos);
• Oposto os impedimentos, é comunicado aos nubentes e
ofertado prazo para se manifestar e produzir provas
contrárias;
• Os autos são encaminhados ao Juízo com as provas já
apresentadas (ou lugar de onde possam ser obtidas), o juiz
designará audiência caso haja necessidade, e após oitiva
dos interessados e do MP, o juiz decide no prazo de 5 dias.
PROCEDIMENTO 
OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS
PROCEDIMENTO 
OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS
Lei de Registros Públicos – L. 6.015/73
Art. 67. Na habilitação para o casamento, os interessados,
apresentando os documentos exigidos pela lei civil, requererão ao
oficial do registro do distrito de residência de um dos nubentes, que
lhes expeça certidão de que se acham habilitados para se casarem.
(...)
§ 5º Se houver impedimento ou arguição de causa suspensiva, o oficial
de registro dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem, em
24 (vinte e quatro) horas, prova que pretendam produzir, e remeterá
os autos a juízo, e, produzidas as provas pelo oponente e pelos
nubentes, no prazo de 3 (três) dias, com ciência do Ministério Público,
e ouvidos os interessados e o órgão do Ministério Público em 5 (cinco)
dias, decidirá o juiz em igual prazo.
É a comunicação escrita feita por pessoa legitimada,
que tratam de situações capazes de suspender a
realização do casamento, quando tempestivas.
PESSOAS LEGITIMADAS: Elencadas no art. 1524: Parentes em
linha reta e colaterais até segundo grau (consanguineos e afins).
MOMENTO: no curso do processo de avaliação (decurso do prazo
de 15 dias – Edital de Proclamas).
DECLARAÇÃO: pode deixar de ser aplicadas pelo juiz quando
comprovada a inexistência de prejuízo (Art. 1.523 §único, CC)
EFEITOS: não provocam nulidade/anulabilidade;
Oposição de causas suspensivas
• Escrito e identificado (assinado);
• Prazo: 15 dias (edital de proclamas);
• Oposto os impedimentos, é comunicado aos
nubentes e ofertado prazo para se manifestar e
produzir provas contrárias;
• Inexistindo fato obstativo, o oficial de registro
extrairá o certificado de habilitação.
PROCEDIMENTO 
OPOSIÇÃO DE CAUSAS SUSPENSIVAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso
de direito civil, volume 6: direito de família. 12. ed. ampliada e
atualizada. São Paulo: Saraiva Educação, 2022. [BIBLIOTECA
VIRTUAL]
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6:
direito de família. 20. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2023.
[BIBLIOTECA VIRTUAL].
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 11.ed.,
rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2016.
CONTATO
• VIA E-MAIL INSTITUCIONAL
ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
mailto:ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
	Slide 1: AULA 03
	Slide 2: INCAPACIDADE X IMPEDIMENTO
	Slide 3: CAPACIDADE PARA O CASAMENTO
	Slide 4: CODIGO CIVIL
	Slide 5: Suprimento Judicial
	Slide 6: DENEGAÇÃO INJUSTA
	Slide 7: ALGUMAS SITUAÇÕES QUE A DOUTRINA APONTA COMO MOTIVO JUSTO E FUNDADO.
	Slide 8: Alteração do artigo 1.520 do Código Civil
	Slide 9: AUTORIZAÇÃO DO CASAMENTO EM IDADE NUBIL
	Slide 10
	Slide 11: PARENTESCO
	Slide 12: IMPEDIMENTOS
	Slide 13: IMPEDIMENTOS 
	Slide 14: IMPEDIMENTOS
	Slide 15: O que visa proteger
	Slide 16: PRIMEIRA CATEGORIA
	Slide 17: 1. IMPEDIMENTOS RESULTANTES DO PARENTESCO
	Slide 18: 1.1 CONSANGUINIDADE
	Slide 19: 1.2 AFINIDADE
	Slide 20: CÓDIGO CIVIL
	Slide 21: 1.3 ADOÇÃO
	Slide 22
	Slide 23: SEGUNDA CATEGORIA
	Slide 24: 2. CASAMENTO ANTERIOR
	Slide 25: TERCEIRA CATEGORIA
	Slide 26: 3. Decorrente de crime
	Slide 27: IMPORTANTE
	Slide 28
	Slide 29: SUSPENSÃO
	Slide 30: CAUSAS SUSPENSIVAS – ART. 1.523, CC
	Slide 31: O QUE VISA EVITAR/PROTEGER
	Slide 32: 1. CONFUSÃO DE PATRIMÔNIO
	Slide 33: 2. CONFUSÃO DE SANGUE
	Slide 34: 3. DIVÓRCIO
	Slide 35: 4. TUTELA E CURATELA
	Slide 36: 4. TUTELA E CURATELA
	Slide 37
	Slide 38: Oposição de impedimentos/causas suspensivas
	Slide 39: Oposição de impedimentos
	Slide 40: PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS
	Slide 41: PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS
	Slide 42: Oposição de causas suspensivas
	Slide 43: PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE CAUSAS SUSPENSIVAS
	Slide 44: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
	Slide 45: CONTATO

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