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DIREITO DE FAMILIA

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AULA 05
Temas: 
Regime de bens
D I R E I T O C I V I L I V - F A M Í L I A
• É o conjunto de regras que disciplina as 
relações econômicas dos cônjuges, quer 
entre si, quer no tocante a terceiros, 
durante o casamento.
• Regula especialmente o domínio e a 
administração de ambos ou de cada um 
sobre os bens anteriores e os adquiridos na 
constância da união conjugal. 
REGIME DE BENS
REGIME DE BENS
• Código Civil brasileiro prevê e disciplina quatro: 
- o da comunhão parcial (arts. 1.658 a 1.666);
- o da comunhão universal (arts. 1.667 a 1.671);
- o da participação final nos aquestos (arts. 1.672 a 1.686); e 
- o da separação (arts. 1.687 e 1.688). 
• Todavia, esse diploma, além de facultar aos cônjuges a 
escolha dos aludidos regimes, permite que as partes 
regulamentem as suas relações econômicas fazendo 
combinações entre eles, criando um regime misto, bem 
como elegendo um novo e distinto, salvo nas hipóteses
especiais do art. 1.641, I a III, em que o regime da
separação é imposto compulsoriamente.
• Começam a vigorar na data das núpcias (art. 
1.639, §1º, CC) e cessa quando do fim da 
convivência; 
• União estável: apesar de não estarem 
obrigados a definir o regime de bens antes do 
início da vida comum, podem se socorrer do 
contrato de convivência (pacto ante nupcial) e 
dispor do regime que melhor aprouver. Na 
inércia, também fica disciplinado a comunhão 
parcial. 
REGIME DE BENS
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, 
estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a 
data do casamento.
§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante 
autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, 
apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os 
direitos de terceiros.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz,
vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da 
comunhão parcial. 
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, 
optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à 
forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, 
fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais 
escolhas.
REGIME DE BENS
A ESCOLHA CABE AOS NOIVOS, SALVO SITUAÇÕES DE 
REGIME OBRIGATÓRIO
APESAR DE FEITO ANTES, SÓ ENTRA EM 
VIGOR APÓS O CASAMENTO
REGIME SUPLETIVO OU LEGAL
REGIME DE BENS
VOLUNTÁRIO LEGAL
POSSO 
ESCOLHER 
LIVREMENTE
• Imutabilidade
- Absoluta: Não pode ter alteração. 
- Relativa: Mutabilidade motivada.
▪Variedade de Regimes
- O Legislador trouxe 4 opções;
• Livre estipulação
- As partes podem dispor sobre o regime mais 
favorável;
- Inclusive criar um próprio; 
PRINCÍPIOS BÁSICOS ATENÇÃO:
INICIO E FIM DO 
REGIME
• Ficarem em silêncio, sujeitando-se ao regime da 
comunhão parcial;
• Escolherem um dos regimes pré-fabricados pelo 
legislador; 
• Criarem, por intermédio de pacto antenupcial, o regime 
que quiserem, definindo, da forma que melhor lhes 
aprouver, o destino dos bens passados, presentes e 
futuros. 
O único limite: não afrontar disposição absoluta de lei (Art. 1.655, CC). 
Inércia: configura manifestação de vontade (Comunhão Parcial – 1.640 
§único).
NUBENTES E CONVIVENTES 
TEM A OPÇÃO DE:
É o contrato feito entre os noivos com o 
propósito de estabelecer o regime de bens 
que vigorará após o casamento entre ambos.
- No casamento: pacto antenupcial.
- Na união estável: contrato escrito pré-
convivencial (art. 1.725 do CC).
Pacto antenupcial
CÓDIGO CIVIL
Pacto antenupcial
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por 
escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, 
fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo 
as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha 
disposição absoluta de lei.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de 
participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre 
disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante 
terceiros senão depois de registradas, em livro especial, pelo 
oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
ECONOMIA DOMÉSTICA
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente 
de autorização um do outro:
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à 
economia doméstica;
II - obter, por empréstimo, as quantias que a 
aquisição dessas coisas possa exigir.
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do 
artigo antecedente obrigam solidariamente ambos 
os cônjuges.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, 
nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do 
outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens 
ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens 
comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS
INICIO E FIM 
DO REGIME DE BENS
• INICIO:
- CASAMENTO
- UNIÃO ESTÁVEL
• FIM:
- MORTE
- DISSOLUÇÃO
- SEPARAÇÃO (JUDICIAL/EXTRAJUDICIAL)
- E A SEPARAÇÃO DE FATO?
JURISPRUDENCIA STJ
• RECURSO ESPECIAL. CIVIL. FAMÍLIA. ANULAÇÃO DE 
ATOS JURÍDICOS. BENS ADQUIRIDOS APÓS A 
SEPARAÇÃO DE FATO POR UM DOS CÔNJUGES. 
SIMULAÇÃO LESIVA À PARTILHA. INCIDÊNCIA DA 
SÚMULA 83/STJ. FUNDAMENTO INATACADO. ÓBICE DA 
SÚMULA 283/STF. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. O aresto 
recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, 
firmada no sentido de que a separação de fato põe fim ao 
regime matrimonial de bens. Precedentes. 2. A Corte local 
entendeu não restar configurada a simulação lesiva, além de 
não poder ser invocada pela autora, que dela tinha 
conhecimento há nove anos. Contra o último fundamento não 
se insurge a recorrente, o que atrai o óbice da súmula 283/STJ. 
3. Recurso especial não conhecido.
• (STJ - REsp: 678790 PR 2004/0100936-0, Relator: Ministro 
RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 10/06/2014, T4 - 
QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 25/06/2014)
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES:
 SEPARAÇÃO DE FATO PÕE FIM AO REGIME DE BENS.
OPÇÕES DE 
REGIME DE BENS
PREVISTOS NO ORDENAMENTO 
JURIDICO BRASILEIRO
• Comunhão Parcial – Art. 1.658 a 1.666, CC);
• Comunhão Universal – Art. 1.667 a 1.671, CC);
• Participação final dos aquestos – Art. 1.672 a 1.686, CC);
• Separação de bens– Art. 1.687 e 1.688, CC);
• Regime legal ou supletivo (art. 1.640, CC)* 
Cônjuges tem liberdade de escolha (Desde que não 
contrarie a natureza e os fins do casamento)
- Podem ainda, criar um regime misto (pacto antenupcial);
- ATENÇÃO PARA A EXCEÇÃO: art. 1.641, I a III do CC
- Pacto antenupcial: art. 1.653 a 1.657, CC
REGIMES MATRIMONIAIS
• Art. 1.658, CC
- Regra Geral: Silêncio
- Nulidade no pacto nupcial;
- Dissolvido o casamento, cada um fica com seus bens 
particulares e mais a metade do patrimônio comum. 
• TRÊS PATRIMÔNIOS
- Cônjuge 1
- Cônjuge 2
- Comum (meação)
REGIME DE COMUNHÃO 
PARCIAL (legal/supletiva)
BENS INCOMUNICÁVEIS – 1.659, CC
- Cunho pessoal: doação, herança;
- Caráter personalíssimo: prestação alimentícias, meio 
soldo, montepios.
- Patrimônio pessoal
 RESPONSABILIDADE 
- Dívidas havidas antes do matrimônio, não se comunica 
- Dívidas adquiridas durante a unidade conjugal em 
proveito de ambos, se comunica. (se proveito de apenas 
1: não se comunica.
• Art. 1.667, CC
- Todos os bens se comunicam; 
- Anteriores, presentes e futuros;
- Bem de caráter personalíssimo não se comunica;
• ÚNICO CONJUNTO / PATRIMÔNIO
- A ser dividido igualmente entre os cônjuges. 
REGIME DE COMUNHÃO 
UNIVERSAL (total)
• Art. 1.687, CC
- Lembra a separação obrigatória;
- É escolhida pelos cônjuges;
- Mantença da família é responsabilidade dos dois (Art.1.688, CC); 
- Cada um é titular do seu patrimônio, quer tenha sido 
adquirido antes ou depois do casamento. Quando da 
separação, não há nada o que dividir, cada um fica com o 
que lhes são próprios.
• DOIS PATRIMÔNIOS
- Cônjuge 1
- Cônjuge 2
- Não há meação. 
REGIME DE SEPARAÇÃO TOTAL DE 
BENS (SEPARAÇÃO CONVENCIONAL ).
• Art. 1.672, CC
- Segue autônomo e depois há a verificação quais 
patrimônios se tocam (se comunicam). 
- Misto (Separação + Comunhão Parcial)
Cada um do cônjuges tem livre administração do seu 
patrimônio próprio, e no momento da dissolução eu vejo 
quais patrimônios se tocam.
- Aquilo que foi comunicado, será partilhado. 
RESPONSABILIDADE:
- Tudo que foi adquido para proveito comum do casal, será partilhado, 
inclusive as dívidas. 
- Se as dívidas for em proveito de um único cônjuge, não se comunica.
REGIME DE PARTICIPAÇÃO 
FINAL DOS AQUESTOS
• CINCO PATRIMÔNIOS
1. Os bens particulares que o cônjuge 1 possuía antes de casar; 
2. Os bens particulares que o cônjuge 2 já possuía antes de 
casar; 
3. Patrimônio adquirido pelo cônjuge 1 em nome próprio; 
4. Patrimônio adquirido pelo cônjuge 2 em nome próprio.
5. Bens comuns adquiridos pelo casal; 
• NA SEPARAÇÃO:
- Cada um fica com os seus bens particulares e com a metade 
dos comuns. 
REGIME DE PARTICIPAÇÃO 
FINAL DOS AQUESTOS
• A LEI ESPECIFICA ESSE REGIME
• É o regime de “separação de bens”, só que de forma 
obrigatória - imposta pela lei às pessoas que se 
enquadrem nos requisitos do art. 1.641 do CC. Vale 
dizer, não é escolhido livremente por vontade das 
partes. 
• Disposto no Art. 1.641, CC
- Causas suspensivas (art. 1.523, CC);
- Pessoa maior de 70 anos; 
- Suprimento Judicial 
REGIME DE SEPARAÇÃO 
OBRIGATÓRIA
REGIME DE SEPARAÇÃO 
OBRIGATÓRIA
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens 
no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das 
causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada 
pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de 
suprimento judicial.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
CONTATO
• VIA E-MAIL INSTITUCIONAL
ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
mailto:ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso 
de direito civil, volume 6: direito de família. 12. ed. ampliada e 
atualizada. São Paulo: Saraiva Educação, 2022. [BIBLIOTECA 
VIRTUAL]
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6: 
direito de família. 20. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2023. 
[BIBLIOTECA VIRTUAL].
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 11.ed., 
rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 
2016.
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	Slide 2: REGIME DE BENS
	Slide 3: REGIME DE BENS
	Slide 4: REGIME DE BENS
	Slide 5: REGIME DE BENS
	Slide 6: REGIME DE BENS
	Slide 7: PRINCÍPIOS BÁSICOS
	Slide 8: NUBENTES E CONVIVENTES TEM A OPÇÃO DE:
	Slide 9: Pacto antenupcial
	Slide 10: CÓDIGO CIVIL Pacto antenupcial
	Slide 11: ECONOMIA DOMÉSTICA
	Slide 12: ADMINISTRAÇÃO DOS BENS
	Slide 13: INICIO E FIM DO REGIME DE BENS
	Slide 14: JURISPRUDENCIA STJ
	Slide 15
	Slide 16: REGIMES MATRIMONIAIS
	Slide 17: REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL (legal/supletiva)
	Slide 18: REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL (total) 
	Slide 19: REGIME DE SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS (SEPARAÇÃO CONVENCIONAL ). 
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	Slide 21: REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS 
	Slide 22: REGIME DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
	Slide 23: REGIME DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
	Slide 24: CONTATO
	Slide 25: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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