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RESUMO - DIREITO TRIBUTÁRIO II ● O tributo, por sua definição legal, há de ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada (art. 3º). - CRÉDITO TRIBUTÁRIO Vínculo jurídico, de natureza obrigacional, por força do qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir o comportamento a que está obrigado o particular. Pode tanto diante de uma obrigação acessória principal como de uma obrigação acessória descumprida, que por isso faz nascer uma obrigação principal, fazer um lançamento, constituir um crédito a ser favor. Quando constituído por um lançamento válido passa a ser exigível, só então poderá exigir o objeto da prestação obrigacional, isto é, o pagamento. - A constituição do crédito tributário é da competência privativa da autoridade administrativa. Só esta pode fazer o lançamento. ・Créditos tributários devem dar receitas; ・Não há tributo nem majoração de tributo sem lei que assim defina. - Hipótese de incidência (HI): situação em abstrato de uma atividade que pode ensejar a cobrança de tributo; Prevista devidamente em lei; a simples previsão legal não enseja a cobrança de tributo, ficando pendente a ocorrência do fato gerador; - Fato Gerador (FG): transição da situação hipotética para a materialização (com a ocorrência do fato gerador); - Obrigação tributária (OT): a obrigação tributária não torna o crédito exigível, dependendo ainda do preenchimento de elementos para o lançamento; - Lançamento (art. 142, CTN): Ato administrativo vinculado. Necessário a observância do disposto em lei, não há espaço para discricionariedade. Art. 142, CTN - procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. ≠ Doutrina e jurisprudência - ato administrativo sendo o lançamento o resultado do procedimento. - Modalidades: - Por arbitramento*: autoridade fiscal arbitra o critério de lançamento; - Por declaração: parte é realizada pelo contribuinte outra pelo fisco. - Por homologação: contribuinte responsabiliza-se por prestar todas as informações. Cabendo ao Estado apontar inconsistências. Informado pelo contribuinte com posterior homologação ou contestação do fisco. - De ofício: participação do contribuinte em relação ao lançamento é nula. Receitas: - Tributárias (fiscais): ato de império. O Estado exerce seu poder de controle para verificar a efetividade de tributação, exercendo seu poder de polícia (art. 78, CTN ).1 - Não tributárias (não fiscais): não dependem da atividade tributária. ● Decadência: ocorrido o fato gerador o órgão tem o período de 5 anos para constituir o crédito tributário, sob pena de perder o direito de constituição. Ocorrendo o pagamento pelo contribuinte equivocadamente pode-se pedir o valor - ação de 1 Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. repetição de indébito - podendo ser feito o pedido administrativamente ou judicialmente. ● Prescrição: Perda do direito de ação do poder público. No caso de pagamento não há direito de restituição, pois o crédito existe, o que deixa de existir é o direito de ação, de cobrar. Prazo: 5 anos. ● Exclusão do crédito tributário: excluir o crédito tributário significa evitar que ele se constitua. - Isenção: dispensa de tributo que não chega a existir no plano da concreção jurídica. Sempre decorrente de lei, sendo a lei o único instrumento hábil para sua instituição. - Anistia: é a exclusão do crédito tributário relativo a penalidades pecuniárias. O cometimento de infração à legislação tributária enseja a aplicação de penalidades pecuniárias, multas, e estas ensejam a constituição do crédito tributário correspondente. Pela anistia, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator, impedindo a constituição do crédito. Se já está o crédito tributário constituído, o legislador poderá dispensá-lo pela remissão, mas não pela anistia. - SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - art. 151, CTN ≠ suspensão do crédito O crédito tributário, por sua própria natureza, é exigível. A exigibilidade, que decorre da liquidez e certeza, é atributo essencial dele. Constituído o crédito tributário nasce a exigibilidade. Por isso mesmo, a Fazenda Pública, que não tem ação para cobrar a obrigação tributária - desprovida, esta, dos atributos de liquidez, certeza e exigibilidade- ,tem ação de execução para haver o crédito tributário. E pode formalizar, unilateralmente, o título executivo, que é a certidão de inscrição desse crédito em Dívida Ativa. A exigibilidade, porém, pode ser suspensa. ● A suspensão de crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes ou consequentes da obrigação principal respectiva (art. 151, parágrafo único, CTN). A suspensão pode ser: - Prévia: operando-se antes do surgimento da própria exigibilidade, porque no curso do próprio procedimento de constituição do crédito, caso em que mais propriamente se devia dizer impedimento, em lugar de suspensão; - Posterior: operando-se depois que o crédito está constituído e por isso mesmo é exigível. Modalidades: - Moratória: significa a prorrogação concedida pelo credor, ao devedor, do prazo para pagamento da dívida, de uma única vez ou parceladamente. Pode ser: geral, quando não é específica a determinada ou determinadas pessoas, e, individual, pode ser individualizada ou ou heterônoma, quando a União institui moratória aos tributos de competência dos Estados, DF e municípios, é inconstitucional, pela interferência da União na competência de outros entes federativos. - Depósito do seu montante integral: ato voluntário do sujeito passivo da relação tributária que pretenda ter suspensa a exigibilidade do crédito tributário ou do dever de efetuar o pagamento antecipado do produto, nos casos em que este é legalmente exigido. É ato voluntário no sentido de que o depósito não pode ser exigido do sujeito passivo da relação tributária como condição para o conhecimento de pedido formulado em ação judicial promovida contra a Fazenda Pública. Pode ser judicial ou administrativo. Com o êxito, o contribuinte levante o valor depositado, com a scucumbência está desonerado de novos pagamentos, juros e correções do valor. - Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo: assegura que o crédito tributário não será exigido enquanto restar pendente entre os sujeitos da obrigação tributária a ser solucionada na via administrativa. - - Concessão de medida liminar em mandado de segurança.ou de tutela antecipada: o que suspende a exigibilidade é a ordem judicial concedendo a liminar ou a tutela antecipada. - Parcelamento. ● Hipóteses fora do CTN - CTN prevê cinco situações de suspensão de exigibilidade. Todavia existe uma forma que não está prevista. Está no Regulamento aduaneiro - DL 37/1966 (tem força de lei, podendo ser revogado apenas por lei, apesar da espécie não existir mais): suspensão da incidência do imposto de importação sobre mercadorias estrangeiras. - EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (art. 156, I a IX, CTN) (expressas taxativamente no Código Tributário Nacional) - Desaparecimento do crédito tributário; - Só a lei pode estipular os casos em que se verifica (art. 97, IV, CTN); - Aplicação subsidiário do direito privado no que diz respeito às causas extintivas; - A revisão do lançamento só poderá ser feito enquanto não extinto o crédito tributário, por qualquer das causas enumeradas no art. 156, CTN. Sendorestringida a limitação ao direito de lançar, de constituir novo crédito, e não ao direito de crédito. - Extinto o crédito, dele não mais se cogita, a não ser para o fim de efetuar a restituição do que tenha sido pago indevidamente. Assim, se a extinção decorreu do pagamento, e se constatado que o tributo não era devido evidentemente cabe restituição. Modalidades: - Pagamento: entrega ao sujeito ativo, pelo sujeito passivo ou por qualquer outra pessoa em seu nome, da quantia correspondente ao objeto do crédito tributário. O contribuinte deve efetuar o pagamento do crédito tributário em seu domicílio eleitoral e em 30 dias contados de sua notificação acerca do lançamento, exceto se alguma lei dispuser diferente. Pode haver juros de mora e eventualmente penalidade. Os meios de pagamento são: em moeda corrente, cheque ou vale postal. Para extinção da dívida é necessário que o pagamento seja integral. É possível a concessão de desconto, quando assim a lei autorizar, sendo o pagamento feito sob determinadas condições. Quem paga mal não paga duas vezes, não é possível o locupletamento do Estado. - Compensação: abatimento realizado entre devedores mútuos. Se o contribuinte efetuou um pagamento indevido, o montante que lhe deve a Fazenda Pública poder ser usado por esta para abater um crédito tributário contra o contribuinte. Os créditos devem ser líquidos e certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. Requisitos: autorização por lei específica; liquidez e certeza dos créditos tributários; créditos tributários da competência do mesmo ente federativo tributante e identidade entre o contribuinte devedor e o contribuinte credor. Sendo vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo antes do trânsito em julgado da respectiva ação judicial. - Transação: na transação o contribuinte devedor e a fazenda Pública credora, com o propósito de extinguir um crédito tributário, abrem mão de vantagens recíprocas. Somente mediante previsão legal a autoridade competente pode autorizar a transação em cada caso. E não pode haver transação para prevenir litígio. Só depois de instaurado este é possível a transação. - Remissão: a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: a. a situação econômica do sujeito passivo; b. ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quando a matéria de fato; c. a diminuta importância do crédito tributário; d. a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; e e. a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Remissão é perdão. Equivale ao perdão total ou parcial do crédito tributário.A autoridade concedente deve ser expressamente autorizada por lei. Não deve ser confundida com anistia, trata-se de hipóteses de exclusão de crédito tributário, já há um lançamento. Abrange o crédito tributário como entidade distinta da obrigação que lhe deu a substância. - Decadência: o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados do primeiro dia de janeiro do ano seguinte àquele em que aconteceu o fato gerador ou da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. É a extinção da relação jurídica tributária pelo decurso do tempo. Extingue a relação jurídica tributária antes do lançamento. O direito - do qual a Fazenda Pública é titular - de constituir o crédito tributário é um direito potestativo. Sua satisfação depende apenas da própria Fazenda Pública, que pode fazer o lançamento mesmo contra a vontade do contribuinte. E a extinção desse direito de fazer o lançamento implica a extinção da própria relação jurídica obrigacional tributária entre o fisco e o contribuinte, dizendo-se, por isto, que a decadência extingue o crédito tributário. - Prescrição: se opera após a constituição do crédito tributário, se dá pela inércia da fazenda Pública em cobrar (promoção da execução fiscal). Trata-se da perda do direito de promover a ação. A ção para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data de sua constituição. A prescrição pode ter interrompido ou suspenso o curso de seus prazos: a. pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal: não é necessária a perfectibilização da citação. Dá-se reinício do prazo para que seja realizada a citação. b. pelo protesto judicial c. por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor d. por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do débito pelo devedor. - Conversão do depósito em renda: Pressupõe a existência do crédito tributário. Não há defasagem em relação ao valor depositado, não havendo o acréscimo de juros. - Pagamento antecipado e homologação do lançamento: nos tributos sujeitos a lançamento por homologação o sujeito passivo faz o pagamento respectivo com base em apuração por ele próprio feita. Diz-se, portanto, que o pagamento foi antecipado, porque feito antes do lançamento. A extinção do crédito, nestes casos, não se verifica com o pagamento, mas com este somado à homologação do lançamento. - Consignação em pagamento: pagar não é apenas um dever mas também um direito. Por isto existe uma ação própria para proteger o direito que tem o sujeito passivo de pagar o tributo. Pode ser posta nos casos: a. recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; b. subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; e c. exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre o mesmo fato gerador. A ação de consignação em pagamento não se presta para disputa de questões outras, somente podendo versar o crédito que o consignante presente pagar. Depósito que é causa de suspensão de exigibilidade do crédito tributário: determinado em função da pretensão do credor ≠ Depósito relativo à ação de consignação em pagamento: determinado em função da pretensão do devedor. - Decisão administrativa irreformável: a decisão administrativa que produz o efeito de extinção do crédito tributário é proferida em face de impugnação ou recurso do sujeito passivo, e que, reconhecendo ser indevida a exigência, isto é, reconhecendo inexistir a obrigação tributária respectiva, encerra o procedimento administrativo de lançamento. Há de ser irreformável a decisão, devendo-se como tal entender a definitiva na esfera administrativa, isto é, aquela que não possa ser reexaminada pela Administração, e que não mais possa ser objeto de ação anulatória. - Decisão judicial transitada em julgado: decisão judicial dando pela invalidade do lançamento extingue o crédito tributário desde que transite em julgado. Lançamento já feito ou em elaboração. - Dação em pagamento: o credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. A rigor equivale a uma compra e venda, posto que, determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão como as do contrato de compra e venda. Pagamento do crédito tributário com bem do contribuinte. Este bem passará a ser de propriedade da Fazenda Pública. - EXECUÇÃO FISCAL (L. 6830/80): denomina-se execução fiscal a ação que dispõe a Fazenda Pública para a cobrança de seus créditos, sejam tributários ou não, desde que inscritos como Dívida Ativa. - A certidão de inscrição do crédito da fazenda Pública como dívida ativa é título executivo extrajudicial de que necessita a exequente para a propositura da execução. Nesta, portanto, a exequente não pede ao juiz que decida sobre seu direito de crédito. pede simplesmente sejam adotadas providências para tornar efetivo o seu crédito, isto é, providências para compelir o devedor do pagamento. - Citação(art. 8º): terceiros podem receber, aplicaçãoda teoria da aparência. ● AR: preferencialmente por Correios, com aviso de recepção, caso não conste no AR a data da entrega contar-se-á 1o dias após a entrega; ● Por oficial:não consumada a citação por Correios, far-se-á esta por mandado; ou ● Por edital: inexistindo notícias do devedor, inexitosas as tentativas feitas por AR e pelo Oficial de Justiça, a partir da publicação conta-se 30 dias para defesa do réu. ● Não localizando-se o devedor e não localizados bens (art. 40): - Processo suspenso por 1 anos; - Após a suspensão, arquiva-se: prazo de 5 anos (prescrição intercorrente), sendo a Fazenda ouvida previamente. - Citado regularmente: o executado terá o prazo de cinco dias para pagar ou garantir o juízo, mediante fiança bancária ou depósito, ou indicar bens à penhora. Findo aquele prazo será feita a penhora de qualquer bem do executado, exceto daqueles que a lei declara absolutamente impenhoráveis. Poderá, então, o executado interpor embargos à execução, no prazo de 5 dias citado anteriormente, exercendo seu direito de defesa. - MEDIDA CAUTELAR FISCAL (L. 8397/92): tem por objetivo tornar indisponíveis os bens do contribuinte, sendo cabível, nas hipóteses indicadas pela lei, antes da propositura da execução fiscal ou no curso desta. Somente pode ser intentada contra sujeito passivo de crédito tributário ou não tributário, regularmente constituído em procedimento administrativo. Utilizada de acordo com o interesse e o risco do credor em ter o crédito da dívida satisfeito. - Devedor sem domicílio; - Tendo domicílio, elide-se; - Aliena ou tenta alienar bens, estando em insolvência; - Contraí dívidas que comprometem o seu patrimônio; - Outros. ● Medida preparatória à execução: Quando a medida cautelar fiscal for concedida em procedimento preparatório, deverá a Fazenda Pública propor a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de 60 dias, contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera administrativa. - EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE - medida proposta pelo sujeito passivo da obrigação tributária Súmula 393, STJ: A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória. Em casos de flagrante nulidade do título executivo ou do processo, tem-se admitido ao devedor a propositura de exceção de pré-executividade, espécie de impugnação da execução infundada, sem que se necessite assegurar o juízo. Art. 525, § 11º do CPC - As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato. - EMBARGOS À EXECUÇÃO (art. 16, L. 6.830/80 ): medida proposta pelo sujeito2 passivo da obrigação tributária Pressupõe a existência de execução judicial (inscrição em DA, inadimplência). Garantida a execução fiscal, prazo de 30 dias para propor embargos à execução, contados: a. do depósito; b. da juntada da prova da fiança bancária; e c. da intimação da penhora. 2 Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária; II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; III - da intimação da penhora. § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. § 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite. § 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos. - Garantido o juízo: prazo de 30 dias: penhora (de acordo com listagem de preferência: dinheiro, títulos, pedras e metais, imóveis, navios e aeronaves e veículos). Garantia pode ser parcial. - Mesmo juízo da execução em autos apartados. - FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL (Art. 185, CTN ): desfazimento de bens pelo3 devedor para frustrar a execução promovida pela Fazenda Pública. LC 118/05 - A partir da Inscrição em dívida ativa, não precisa estar em execução - mudança do momento de caracterização de fraude à execução, não é necessário o ajuizamento da ação e citação regular. O momento passa a ser a inscrição em dívida ativa. Sendo negócios jurídicos posteriores nulos ou passíveis de anulação. - ineficácia do negócio jurídico, quando posterior a inscrição em dívida ativa e, quando o restante do patrimônio do devedor for insuficiente para quitar o crédito tributário. - não se exige prévia penhora ou má-fé do devedor: presunção absoluta. - AÇÕES DO CONTRIBUINTE - Exceção de pré-executividade: alegação de questões de ordem pública, sendo o momento oportuno antes do início da execução fiscal; 3 Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. (Antes era na fase de execução, LC 118/05 alterou.) Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp118.htm#art1 - Anulatória do débito: cabível em qualquer momento depois da expedição da certidão de dívida ativa e antes da execução. Há dilação probatória. O risco é que a improcedência da ação e, consequentemente, o pagamento da sucumbência. - Anula decisões administrativas; - Questiona a legalidade do lançamento - Declaratória: declara a existência ou inexistência de relação tributária - inexistência do lançamento (ato declarado em lei que deve seguir o rito nela estabelecido) - ou declarar a alíquota aplicada e excludentes (alíquota de 0% pode ser por ato administrativo, já a isenção deve ser fixada em lei). - Repetição de indébito (art. 165. CTN ): pagamento de tributo indevido, pagamento4 a maior, erro na aplicação da alíquota ou reforma de decisão condenatória. ● Prazo prescricional de 5 anos contados a partir da data do pagamento indevido. - CRÉDITO TRIBUTÁRIO NA FALÊNCIA E NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL - material impresso - AÇÕES TRIBUTÁRIAS - Ação anulatória (art. 38, L. 6830/80): o sujeito passivo da obrigação tributária busca invalidar o lançamento contra si efetuado ou a decisão administrativa que não acolheu as suas razões de impugnação da pretensão da fazenda pública. Pode ser utilizada a qualquer momento, ou seja, após a lavratura do auto de infração, abrindo mão via administrativa porventura em curso ou mesmo após o exaurimento da discussão administrativa. Só inibe a execução fiscal se acompanhada de depósito do montante supostamente devida. - Visa atacar atos administrativos que tenham sido aplicados ilegalmente. Atos nulos não geram efeitos jurídicos válidos. Em estando nulo deve ser refeito. - Sua propositura não inibe a fazenda pública de distribuir judicialmente a ação de execução fiscal de sua dívida ativa regularmente inscrita, salvo se a ação anulatória estiver precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros, multa de mora e demais encargos. 4 Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o dispostono § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. - Ação cautelar inominada - anterior/posterior: é cabível sempre que houver fundado receio de grave lesão a direito do contribuinte, tendo como finalidade garantir a eficácia da tutela jurisdicional de conhecimento ou de execução. Sua finalidade é garantir a eficácia da tutela jurisdicional de conhecimento ou de execução, objetivando sempre a garantia do processo principal ao qual guarda certa dependência quanto a seu objeto. - Ação de repetição: é ação do contribuinte em face da Fazenda Pública, visando a restituição de tributo pago indevidamente. O fundamento básico da ação de repetição de indébito é afastar a locupletação indevida por parte do Fisco. - art. 165, CTN - hipóteses: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; Prazo de 5 anos contados da data da extinção do crédito tributário. II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; Prazo de 5 anos contados da data da extinção do crédito tributário. III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Prazo de 5 anos contados da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. - art. 168, CTN - Prazo 5 anos - art. 169, CTN - Prescreve em dois anos a possibilidade de ajuizamento de ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. - Ação declaratória: visa obter tutela jurisdicional acerca da existência ou não de relação jurídica (no caso, tributária). Ação de iniciativa do contribuinte. Ação de iniciativa do contribuinte. Tem como característica o efeito dúplice: embora apenas o contribuinte possa ingressar com a ação declaratória, é certo que a sentença que dela culminar irá declarar positivamente ou negativamente uma relação jurídica: a sua existência ou inexistência. Pode, portanto, gerar efeitos tanto pró-contribuinte como pró-fisco. A proposição por si só não impede que sejam tomadas pelo fisco as providências formalizadoras do crédito tributário. - Ação de consignação em pagamento - art. 164, CTN : o sujeito passivo da5 obrigação tributária poderá se valer da ação de consignação em pagamento quando o credor se recusar a receber prestação que lhe é devida, ou quando mais de uma pessoa exigir a mesma prestação, ou quando o credor se recusar a dar quitação na devida forma. A propositura de ação de consignação em pagamento admitindo o depósito do montante integral e em dinheiro do crédito tributário acarreta a suspensão de sua exigibilidade. A ação de consignação em pagamento, como meio de extinção do crédito tributário deve contar com sentença julgando-a procedente, reputando o pagamento com a conversão em renda da importância consignada em favor da entidade pública indicada na decisão como titular da exigência tributária. - Mandado de segurança (L 12.016/09 e art. 5º, LXIX e LXX, CF): são elementos essenciais do Mandado de Segurança: a. uma garantia constitucional que, como tal, não pode ser abolida, direta ou indiretamente, pela lei; b. um instrumento processual destinado a proteger todo e qualquer direito, desde que líquido e certo e não amparado por habeas corpus nem pelo habeas data; c. uma garantia constitucional e um instrumento processual, do particular contra o Poder Público. - Prazo de 120 dias, contados da ciência ato impugnado 5 Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.