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Imunologia Clínica

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA
THIAGO ALMEIDA DA FONSECA RUBIM
DIEGO RODRIGUES LESSA
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DE IMUNOLOGIA CLINICA
Rio de Janeiro
2019
THIAGO ALMEIDA DA FONSECA RUBIM
DIEGO RODRIGUES LESSA
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DE IMUNOLOGIA CLINICA
	Trabalho apresentado a disciplina de Imunologia Clinica, ministrada pela professora Mila Muraro aos alunos do curso de Ciências Biológicas do 7ª período noturno.
Rio de Janeiro
2019
Introdução:
A espécie humana possui um grupo de alelos que é passado para seus descendentes, esses alelos são responsáveis pelas características do tipo sanguíneo de cada indivíduo e compõem um sistema de classificação, diferenciando-os em A, B, AB e O. Essa diferenciação é conhecida como sistema ABO.
Por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 - 1943) descobriu essa diferença ao observar a formação de aglomerados de hemácias após misturar a amostra de sangue de algumas pessoas, o que o levou a concluir que, determinadas pessoas possuem sangue incompatível com outras, o que foi confirmado por pesquisas posteriores.
Através de um teste de hemácias com antígenos específicos é possível classificar o sangue de um indivíduo incluindo os subgrupos raros, bem como a patologia hemolítica de recém-nascidos (Eritroblastose Fetal). Esse teste se mostra imprescindível para a análise do sangue de doadores e receptores, afim de que não hajam danos e se prejudique mais a saúde de alguém que necessita de uma doação ou tratamento que utilize o soro de uma outra pessoa.
A identificação dos tipos sanguíneos pode ser feita em laboratório utilizando anticorpos do tipo A, B e um reagente AB para acelerar o processo.
Objetivo:
Realizar um processo de tipagem sanguínea utilizando anticorpos monoclonais do grupo A/B, identificando os diferentes tipos sanguíneos através da observação a olho nu, pelo processo de aglutinação de hemácias.
Material - Aula 1:
Foram utilizados os materiais básicos para a execução de trabalhos clínicos laboratoriais e a permanência nesses ambientes, obedecendo as normas da ANVISA segundo a lei N° 8.080, de 19 de setembro de 1990, que regulamenta as ações e ambientes voltados para a área da saúde. Vale salientar também, que a validade dos materiais perecíveis devem estar em dia, para que o procedimento funcione de forma adequada.
Para a análise do material coletado, foram utilizados os seguintes materiais: 4 lâminas e 4 lamínulas de vidro; becker; 5 tubos de ensaio; pipeta; álcool 70%; algodão; tubo de tampa rosa EDTA; seringa descartável; dois corantes: Giemsa e Leishman; 4 soros anticoagulantes: anti-A, anti-B, anti-AB e anti-D (RH); centrífuga e microscópio ótico.
Procedimento - Aula 1:
Foi realiza uma prova direta em tubo e em lâmina, iniciando com a coleta do sangue de um voluntário no próprio laboratório utilizando um tubo lilás com EDTA, para ser posteriormente examinado. O material foi homogeneizado e levado a centrífuga por quatro minutos em rotação de 3600RPM, para separar os elementos figurados (hemácias, plaquetas etc, para realizar a prova direta) do plasma (que pode ser utilizado para realizar a prova indireta). Foi utilizada a pipeta para selecionar dezenove gotas da amostra precipitada (elemento figurado) e depositar em um tubo contendo dezenove gotas de soro fisiológico, que foi marcado com “5%” e adicionado a ele dezenove gotas do elemento figurado. A amostra de 5% foi homogeneizada.
Em seguida, foram colhidas quatro gotas da amostra de 5% e adicionadas em quatro tubos contendo reagentes, uma gota por tubo: o primeiro contendo o soro Anti-A e marcado com a letra “A”; o segundo com soro Anti-B e marcado com “B”; o terceiro com Anti-AB foi marcado com as letras AB; o quarto tubo com soro Anti-D (Anti-RH) e foi marcado com a letra “D”. 
Foram homogeneizadas as amostras e em seguida, os tubos foram postos na centrífuga por quinze segundos. 
Na segunda parte do procedimento foram separadas 4 lâminas e identificadas da mesma forma que os tubos de ensaio anteriormente: lâmina 1 com “A”; lâmina 2 com B; lâmina 3 com AB; lâmina nº4 com D. De semelhante modo, cada lâmina recebeu uma gota de cada reagente referente a letra demarcada e foi adicionada uma gota da amostra. A mistura foi homogeneizada por um minuto.
Resultado – Aula 1:
O produto das amostras em tubo de ensaio não forneceram uma observação eficiente, porém, revelou de forma sutil, uma aglutinação no tubo “D” (Foto 5). Em contrapartida, a observação através da lâmina se mostrou muito mais eficaz, revelando a aglutinação de forma nítida, mesmo a olho nu, confirmando a reação na amostra “D” (Foto 4)
O resultado obtido através desse procedimento revela que a amostra sanguínea corresponde ao grupo “+O”, pois houve a reação com os anticorpos “D” que reconhecem as proteínas “D”, presentes na membrana plasmática das hemácias.
Fotos:
Foto 1 – Aula 1: Cinco tubos identificados.
Foto 2 – Aula 1: Soros de anticorpos utilizados.
 
Foto 3 – Aula 1: Soros já nas lâminas.
Foto 4 – Aula 1: Resultado em lâmina.
Foto 5 – Aula 1: Resultado em tubo.
Bibliografia:
Roitt, I.; Brostoff, J.; Male, D. Imunologia. 6. ed. São Paulo: Manole, 2003
Lyons, A.; Petrucelli, J. História da medicina. São Paulo: Manole, 1997
Silva, W. D.; Mota, I. Bier: imunologia básica e aplicada. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003
Abbas, A. K.; Lichtman, A. H.; Pober, J. S. Imunologia celular e molecular. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
Zago, M. A.; Falcão, R. P.; Pasquini, R. Hematologia: fundamentos e prática. Rio de Janeiro: Atheneu, 2004
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