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Cw3 - Tecnologias Limpas e Tratamento de Resíduos

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11/04/2024, 20:37 wlldd_221_u3_tec_lim_tra_res
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930464&atividadeDescri… 1/19
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar que qualquer atividade realizada pelo ser humano gera resíduos? Podem ser
resíduos domésticos, hospitalares, industriais, entre outros. Não importa o tipo, todos precisam de uma
destinação ambientalmente adequada. A má gestão dos resíduos sólidos causa diversos impactos no meio
ambiente, os quais afetam a qualidade de vida da população, como poluição visual, atmosférica, do solo e
hídrica. Além disso, dependendo do tipo de resíduo, pode haver danos à saúde dos cidadãos. Mas como isso
pode ser resolvido? Com a separação, a destinação e o tratamento correto desses resíduos de acordo com a
sua classi�cação. Nesta aula, você conhecerá os principais conceitos relacionados aos resíduos sólidos
industriais e sua caracterização. Não deixe de pesquisar a respeito da temática para aprofundar seus
conhecimentos. Bons estudos!
RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
Para iniciar os estudos, é importante que você conheça alguns conceitos relacionados com a temática a ser
analisada, a �m de facilitar a sua compreensão no decorrer das aulas. Como você sabe, todas as atividades
humanas produzem um tipo de resíduo. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, de�ne resíduo sólido como
Existem vários tipos de resíduos sólidos, dentre os quais podemos citar os hospitalares, agrícolas, de varrição,
comerciais, domésticos, recicláveis, não recicláveis e industriais. Esse último é considerado o maior
responsável pela poluição ambiental (PHILIPPI JÚNIOR, 2005). É válido lembrar que os resíduos recicláveis
deixam de ser resíduos e passam a ser chamados de matéria-prima secundária. Já os resíduos que não têm
nenhum aproveitamento econômico são denominados rejeitos.
material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinação �nal se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. 
— (BRASIL, 2010, [s. p.])
Aula 1
CONCEITOS E CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS 
Para iniciar os estudos, é importante que você conheça alguns conceitos relacionados com a temática a
ser analisada, a �m de facilitar a sua compreensão no decorrer das aulas.
16 minutos
11/04/2024, 20:37 wlldd_221_u3_tec_lim_tra_res
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930464&atividadeDescri… 2/19
A classi�cação dos resíduos produzidos pelas indústrias será realizada de acordo com a atividade que os
gerou. Em virtude do caráter poluidor desses resíduos, é necessário que seja feito o gerenciamento adequado
por parte das indústrias, de forma que a conservação e a proteção do meio ambiente sejam garantidas. Além
disso, a saúde humana também pode ser afetada pelo descarte incorreto desses materiais.
É importante que a indústria tome iniciativas para gerenciar os resíduos gerados e elabore procedimentos
para todas as etapas do processo (geração, coleta, segregação, estocagem, transporte, processamento,
tratamento, recuperação e disposição). Para que esse sistema funcione de forma adequada, é necessário um
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
O PGRS englobará todos os resíduos gerados pela empresa, identi�cará em qual setor eles são produzidos, as
alternativas mais adequadas para cada etapa do manuseio até a disposição �nal, o custo e os riscos potenciais
a curto, médio e longo prazo. É válido ressaltar a importância de documentar todo o processo de
gerenciamento dos resíduos para que exista um controle e uma padronização das medidas que devem ser
tomadas em cada situação.
O gerenciamento de resíduos sólidos ideal é aquele que se baseia na adoção de medidas de eliminação ou
minimização dos resíduos gerados no processo, direcionando o foco para a redução, reutilização e reciclagem
desses materiais. Somente quando todas as opções anteriores forem descartadas é que a empresa deve optar
pela disposição �nal, a qual precisa ser feita de acordo com o estipulado na legislação vigente. 
Infelizmente, essa ainda não é a realidade encontrada nas empresas. A maioria das organizações opta por
fazer a disposição �nal ou a remediação da área contaminada, que são resultado do depósito inadequado dos
resíduos sólidos. Vale lembrar que o acondicionamento correto é importante para diminuir problemas com
odores, contaminação e proliferação de vetores. Os conceitos relacionados à gestão de resíduos sólidos serão
fundamentais para sua atuação pro�ssional, visto que todas as atividades humanas geram resíduos que
precisam ter a destinação adequada.
PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS NO BRASIL
A gestão de resíduos sólidos tem demandando cada vez mais atenção ao redor do mundo durante a última
década. No Brasil não é diferente, principalmente por in�uência da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
sancionada em agosto de 2010 (Lei nº 12.305/2010). É importante ressaltar que o monitoramento contínuo do
setor é de total importância para orientar os ajustes necessários e apontar o melhor caminho a ser seguido.
A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2021) publicou o
panorama atualizado dos resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos no Brasil na última década. Nesse
período, a geração desses materiais cresceu 19%, passando de 67 para 79 milhões de toneladas por ano.
Desse montante, 49,8% correspondem à região sudeste.
O lado bom é que a quantidade de RSU coletados no país cresceu para 24%, atingindo 72,7 milhões de
toneladas, dentre os quais 60% tiveram destinação apropriada. Entretanto, os números referentes à
destinação incorreta subiram 16%, impactando diretamente a saúde da população e gerando um custo de
USD 1 bilhão por ano.
A disposição �nal adequada é fundamental para a prevenção da contaminação e proliferação de doenças.
Nesse setor, observou-se um aumento de 10 milhões de toneladas por ano num período de dez anos, o que
totaliza 43 milhões de toneladas por ano de RSU que tiveram uma destinação adequada. No entanto, a
quantidade de RSU dispostos inadequadamente passou de 25 milhões de toneladas por ano para mais de 29
milhões de toneladas por ano.
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Tratando-se de resíduos sólidos industriais, você pode acessar o painel de geração de resíduos disponibilizado
pelo Ibama em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. Uma análise feita em 62.098 empresas mostrou
que a produção de resíduos sólidos não perigosos diminuiu de 321 milhões de toneladas no ano de 2012 para
aproximadamente 261 milhões de toneladas no ano de 2019. Por outro lado, a geração de resíduos sólidos
perigosos subiu para 10 milhões de toneladas por ano nesse mesmo período, como mostra a Figura 1.
Figura 1 - Painel de produção de resíduos sólidos industriais no Brasil
Fonte: Ibama (2020).
Essa diminuição na produção de resíduos sólidos ocorreu, possivelmente, por estratégias de minimização na
produção, logística reversa e pela reciclagem, que vem crescendo ao longo dos anos. Um exemplo disso são
as embalagens de defensivos agrícolas recolhidas pelo Sistema Campo Limpo, operado pelo Instituto Nacional
de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que teve uma evolução em seu processo de 31.266
toneladas em 2010para 45.563 toneladas no ano de 2019. Desse total, cerca de 94% das embalagens
primárias (aquelas que têm contato com o produto) foram recicladas e os outros 6% foram enviados para
incineração (ABRELPE, 2020).
Apesar dos dados positivos, os índices de reciclagem no Brasil ainda são muito baixos, visto que permanecem
inferiores a 4% na média nacional. Isso se dá por vários motivos, dentre eles a ausência de instrumentos
econômicos tributários e o não reconhecimento da importância da gestão adequada de resíduos. Os dados
apresentados mostram que ainda existe um longo caminho a ser percorrido para atingirmos uma gestão de
resíduos sólidos que seja totalmente e�ciente em nosso país, porém é importante ressaltar que os avanços
observados na última década são fundamentais para alcançarmos o objetivo. 
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS 
Os resíduos sólidos industriais são bastante variados e muitos desses materiais, que são produzidos em
decorrência do processo industrial ou pelas sobras dos insumos, podem provocar diversos problemas ao
meio ambiente à saúde pública quando não destinados adequadamente.
Anteriormente, a destinação �nal dos resíduos consistia na disposição em ambientes sem controle
apropriado, conhecidos como “lixões”. Tal prática acarreta impactos ambientais e, justamente por isso, é
importante levar em consideração a destinação �nal propícia, que abrange, por exemplo, os aterros
sanitários. 
Para que o processo de destinação �nal seja e�ciente, é essencial que os resíduos sólidos sejam
caracterizados e classi�cados de maneira pertinente. Vale lembrar que os resíduos industriais apresentam
características diversi�cadas que dependerão do processo que os originou. Sendo assim, é necessário fazer a
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identi�cação do processo ou da atividade que produziu os resíduos e seus constituintes, das respectivas
características e a comparação com listagens conhecidas de resíduos e substâncias e seus impactos ao meio
ambiente e à saúde da população.
Existem algumas dúvidas sobre o que seria a caracterização dos resíduos e como ela é feita. Muitos
confundem caracterização com classi�cação, acreditando que os dois conceitos têm o mesmo signi�cado
dentro do gerenciamento de resíduos. Entretanto, são etapas distintas efetuadas durante o gerenciamento de
resíduos.
A caracterização é um processo em que se determina a composição de um resíduo e suas propriedades
físicas, químicas e biológicas, qualitativa e/ou quantitativamente. Os parâmetros analisados dependem da
�nalidade para a qual serão utilizados, e os analíticos auxiliam na classi�cação do resíduo. Dessa forma, é
possível fazer a melhor escolha quanto à destinação.
Esse processo deve ser realizado considerando uma necessidade especí�ca, ou seja, sempre deverá ser feito
de acordo com parâmetros de�nidos caso a caso. Realizar caracterizações somente para se ter em mãos
dados gerais sobre o resíduo não é viável para a empresa.
É de extrema importância que a caracterização seja feita por pro�ssionais especializados, seguindo os
procedimentos adequados de coleta, transporte e análises laboratoriais, a �m de que sejam desenvolvidos
testes especí�cos baseados nas normas ABNT NBR 10004:2004, 10005:2004 e 10006:2004.
O processo de caracterização é feito em três passos, começando pela descrição detalhada da origem dos
resíduos. Nessa etapa, é necessário descrever o estado físico em que se encontra o resíduo, o aspecto geral,
cor, odor e grau de heterogeneidade (se é um resíduo homogêneo ou heterogêneo). No segundo passo, é
realizada a denominação do resíduo com base no processo de origem. Ou seja, identi�ca-se em qual atividade
da empresa o resíduo foi gerado e o constituinte principal (substância predominante que compõe o resíduo).
O terceiro estágio é a destinação ambientalmente correta, que dependerá dos resultados analíticos dos
resíduos, os quais servirão de base para a classi�cação desses elementos. A destinação dos resíduos pode ser
realizada em diferentes locais, como em aterro para resíduo perigoso, aterro sanitário (não perigoso) e
tratamento térmico (compostagem, incineração, coprocessamento, etc.).
Durante o processo de caracterização do resíduo, não se pode cometer erros, já que, caso o resíduo possua
uma substância perigosa não identi�cada, ele poderá causar diversos impactos ambientais. Além disso, a
caracterização dos resíduos é uma parte importante que compõe a correta gestão desses materiais dentro
das empresas, podendo, inclusive, constituir uma futura demanda de atuação pro�ssional, uma vez que as
empresas precisam dessa atividade na gestão dos resíduos. Por isso, não deixe de aprofundar seu
conhecimento na temática!
VIDEOAULA
Olá, estudante! Neste vídeo, você terá um direcionamento de estudo sobre os principais conceitos
relacionados aos resíduos sólidos industriais, seu panorama na última década no Brasil e o passo a passo de
como realizar a caracterização desses materiais, processo que serve de base para a classi�cação e o destino
dos resíduos. Bons estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
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Como podemos saber a situação atual dos resíduos sólidos no Brasil? Buscando responder a esse
questionamento, foi elaborada a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Vamos conferir? Acesse o link a
seguir:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
Além disso, no site do Ibama, é possível ter acesso ao panorama de produção de resíduos sólidos
industriais no Brasil. É só consultar o site indicado a seguir:
https://app.powerbi.com/view?
r=eyJrIjoiNjVkNmZhNjgtNTFjYS00NTEwLTkyZDQtNGE3Y2VlNzc2MzdkIiwidCI6IjM5NTdhMzY3LTZkMzgtNG
MxZi1hNGJhLTMzZThmM2M1NTBlNyJ9
INTRODUÇÃO
Em virtude da evolução industrial e do crescente número populacional, a preocupação com a produção e
destinação dos resíduos sólidos está cada vez maior. O cenário de melhorias referentes a geração,
segregação, tratamento, transporte e destinação �nal dos resíduos sólidos teve como marco importante a
publicação da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS). 
Além disso, essa lei trouxe o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que é uma importante
ferramenta para auxiliar os geradores a fazerem o correto gerenciamento de resíduos. A elaboração do PGRS
deve ser conduzida por pro�ssionais habilitados e seguir as especi�cidades das legislações federais, estaduais
e municipais referentes ao assunto. Inclusive, você poderá produzir esse documento, então não deixe de
assimilar tudo o que será analisado neste material. Bons estudos! 
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI Nº 12.305/2010) E OS RESÍDUOS INDUSTRIAIS
O poder público (executivo, legislativo e judiciário) tem um papel de extrema importância na gestão dos
resíduos sólidos urbanos, principalmente no que se refere a regularização e normatização dos aspectos
sociais, ambientais, culturais, econômicos, sanitários, entre outros.
O art. 225, § 2, da Constituição Federal de 1988 estabelece que “aquele que explorar recursos minerais �ca
obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei” (BRASIL, 1988, [s. p.]). Ou seja, a problematização acerca dos resíduos sólidos
Aula 2
MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS NO SETOR INDUSTRIAL
O poder público (executivo, legislativo e judiciário) tem um papel de extrema importância na gestão dos
resíduos sólidos urbanos, principalmenteno que se refere a regularização e normatização dos aspectos
sociais, ambientais, culturais, econômicos, sanitários, entre outros.
15 minutos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNjVkNmZhNjgtNTFjYS00NTEwLTkyZDQtNGE3Y2VlNzc2MzdkIiwidCI6IjM5NTdhMzY3LTZkMzgtNGMxZi1hNGJhLTMzZThmM2M1NTBlNyJ9
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https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNjVkNmZhNjgtNTFjYS00NTEwLTkyZDQtNGE3Y2VlNzc2MzdkIiwidCI6IjM5NTdhMzY3LTZkMzgtNGMxZi1hNGJhLTMzZThmM2M1NTBlNyJ9
11/04/2024, 20:37 wlldd_221_u3_tec_lim_tra_res
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começa na extração da matéria-prima, já que esses materiais são gerados durante tal processo, como
acontece nas atividades de mineração. Também é válido ressaltar que, mesmo depois do tratamento e
acondicionamento do resíduo sólido, ainda existirá um problema ambiental. Isso acontece por causa do
passivo ambiental provocado.
Por essa razão, a elaboração de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é de grande relevância. No
Brasil, em 2007, o poder executivo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que trata sobre o assunto, o
qual foi iniciado na década de 1990. Finalmente, no dia 7 de julho de 2010, o Senado Federal aprovou o
Projeto de Lei nº 354/1989, que trata da PNRS.
Em 2 de agosto de 2010, a Lei nº 12.305, que instituiu a PNRS, foi publicada e passou a ser considerada um
marco na legislação ambiental brasileira. Essa Lei contextualizou novas perspectivas sobre a gestão dos
resíduos sólidos urbanos e legalizou a responsabilidade municipal pelo gerenciamento dos resíduos gerados
em seu território. Ou seja, a responsabilidade da coleta, acondicionamento e disposição �nal dos resíduos
gerados pela população passou a ser do município. A legislação também priorizou as iniciativas de soluções
consorciadas ou compartilhadas entre dois ou mais municípios.
A PNRS inovou ao de�nir metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à
emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Podemos perceber que a Lei veio
com o intuito principal de preservação, principalmente do solo, já que os lixões são simplesmente depósitos
de resíduos com fatores que os tornam inadequados para a disposição, como falta de impermeabilização do
solo e de tratamento de chorume e gases gerados no local.
A Lei é um demonstrativo de como deve acontecer o gerenciamento dos resíduos sólidos desde a sua geração
até o destino �nal, incluindo processos como reciclagem, reaproveitamento e logística reversa. Além dessas
vertentes, a PNRS se estende e trata de muitos outros assuntos, como as ordens de prioridade para evitar
geração de resíduos, o plano de gerenciamento desses materiais em cada nível e a determinação de algumas
tecnologias que podem ser utilizadas para a geração de energia a partir do resíduo. Ou seja, a PNRS ajuda o
pro�ssional a gerenciar os resíduos sólidos corretamente, por isso não deixe de se aprofundar nesse assunto.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)
O crescimento populacional e o modo de vida urbano têm gerado uma quantidade e diversidade de resíduos
sólidos cada vez maiores, tornando necessário um sistema de coleta, tratamento e destinação
ambientalmente adequada, já que existem inúmeros fatores de risco para o meio ambiente e para a saúde
humana. Por causa da variedade que os resíduos sólidos apresentam, a gestão desses materiais é de extrema
importância e complexidade.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ajuda os pro�ssionais a fazerem o correto gerenciamento
desses resíduos. Para tanto, é necessário um documento no qual seja descrita a origem, características,
classi�cação, tratamento e destinação �nal dos resíduos sólidos. Esse estudo é chamado de Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). É nele que os responsáveis pelo resíduo sólido gerado indicam e
elencam as ações relativas ao manejo desse material.
O PGRS abrange aspectos referentes a geração, segregação prévia, acondicionamento, transporte interno,
armazenamento, coleta, transporte externo, tratamento, destinação �nal e disposição �nal ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos, de forma a proteger a saúde e o meio ambiente. Em resumo, o PGRS é um
estudo ambiental documentado que compreende técnicas e procedimentos com o intuito de auxiliar as
empresas na identi�cação de pontos de geração de cada tipo de resíduo e na promoção da redução e
reutilização de resíduos segregados corretamente.
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A �m de garantir que a execução do PGRS seja e�caz, atinja seus objetivos e metas, além de respeitar prazos e
leis especí�cas referentes a cada tipo de resíduo, a empresa pode adotar metodologias de gestão empresarial,
como o ciclo PDCA, do inglês Plan, Do, Check, Act, que signi�ca planejar, fazer, veri�car e agir. Trata-se de uma
técnica de gestão interativa que consiste nesses quatro passos, objetivando melhorar o processo de forma
contínua. Na Figura 1, a seguir, é possível observar o esquema da ferramenta.
Figura 1 | Esquema da ferramenta PDCA
Fonte: elaborada pela autora.
Acredita-se que, por meio do gerenciamento adequado dos resíduos gerados na instituição, é possível obter a
melhoria da qualidade ambiental. É interessante que exista o envolvimento de diversas áreas pro�ssionais na
busca de novas tecnologias e resolução de problemas identi�cados em cada tipo de resíduo produzido. Para
trabalhar no desenvolvimento do PGRS, o pro�ssional precisa ter domínio sobre leis e normas especí�cas
desse setor, além de conhecer tecnologias para a destinação �nal ambientalmente adequada de resíduos. 
As empresas estão investindo cada vez mais na quali�cação de seus funcionários, para que estes possam
assumir o cargo de responsáveis pelo gerenciamento de resíduos sólidos da organização. Diante disso, uma
das competências fundamentais a esse pro�ssional é conhecer o processo de produção e o ciclo de vida dos
produtos, sendo capaz de apontar diferentes formas de tratamento dos resíduos sólidos gerados pela
companhia. 
ETAPAS CONSTITUINTES DO PGRS
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é uma ferramenta de grande valia utilizada pelos
municípios e pelas empresas para o correto gerenciamento dos resíduos. Esse recurso é um documento
descritivo com todas as etapas que devem ser realizadas pelo potencial gerador na hora de fazer o devido
acondicionamento, tratamento e destinação do material produzido. O estudo deve abranger procedimentos e
técnicas que garantam a efetividade das ações tomadas e ajudem a empresa a identi�car aspectos referentes
a geração e possíveis desperdícios no processo produtivo.
O art. 20 da Lei Federal nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de�ne
quais empresas geradoras de resíduos sólidos são sujeitas à elaboração do PGRS. De acordo com a listagem, é
possível deduzir que quase todos os órgãos públicos nas esferas federal, estadual e municipal são obrigados a
elaborar, aplicar e publicar os planos de gerenciamento de resíduos sólidos, com exceção dos órgãos sem
geração signi�cativa, como escritórios de software e a�ns. A obrigatoriedade do PGRS existe desde a
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publicaçãoda Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (BRASIL, 1998), no entanto sua formatação atual e
principalmente seu acato para o licenciamento ambiental foram instituídos pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
A elaboração do PGRS deverá ser baseada nos requisitos contidos nas legislações federais, estaduais e
municipais e nas Normas Técnicas Brasileiras (NBRs). Ou seja, é importante levar em consideração as
especi�cidades de cada município e estado para que o documento seja desenvolvido corretamente.
De uma forma geral, a construção de um PGRS se inicia basicamente pelo levantamento dos insumos
utilizados na operação da empresa. Em seguida, deve ser feita a descrição do processo produtivo e o
levantamento dos pontos geradores de resíduos ao longo do procedimento. Também é necessário realizar a
avaliação dos resíduos aptos para reutilização ou reciclagem. Posteriormente, escolhem-se o tratamento e a
destinação �nal de acordo com o que está exposto na legislação. As etapas do gerenciamento dos resíduos
estão dispostas na Figura 2, a seguir.
Figura 2 | Etapas do processo de elaboração do PGRS
Fonte: elaborada pela autora.
Vale lembrar que cada município apresentará especi�cidades, as quais deverão ser cumpridas por cada
empresa. Inclusive, o próprio processo de licenciamento ambiental se difere de acordo com o porte e
estrutura das cidades. Com isso, são elaborados termos de referência, os quais são baseados na Política
Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010). Por essa razão, é de extrema importância que o pro�ssional da
área esteja atualizado no que se refere às legislações pertinentes ao gerenciamento dos resíduos, tanto em
nível federal como estatual e municipal. Lembre-se de que a elaboração de um PGRS poderá fazer parte de
suas atribuições pro�ssionais futuramente. Por isso, aprofunde seus conhecimentos e aplique os conceitos
aprendidos no seu dia a dia. Bons estudos!
VIDEOAULA
Olá, estudante! Você já parou para pensar como deve ser feita a gestão correta dos resíduos sólidos? No vídeo
a seguir, vamos abordar as legislações pertinentes a esse assunto e detalhar os princípios do Plano de Gestão
de Resíduos Sólidos, bem como as etapas necessárias para a sua elaboração. Quer saber mais sobre o tema?
Não deixe de assistir ao vídeo!
Videoaula
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Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
Para entender melhor as particularidades da legislação relativa aos resíduos sólidos, faz-se necessário
conhecer os tópicos abordados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). Por essa
razão, não deixe de acessar o link indicado a seguir. Assim você poderá saber mais sobre o assunto:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
INTRODUÇÃO
O processo de gerenciamento dos resíduos sólidos por parte das empresas tem fundamental importância na
minimização dos impactos ambientais causados por esses materiais. Atualmente, existem várias legislações
pertinentes acerca do assunto que auxiliam a organização no processo de gerenciamento de resíduos,
contemplando desde a geração desses elementos até o encaminhamento para a destinação �nal. 
Logo, é necessário que a empresa esteja atenta ao processo produtivo, pois assim será possível incluir
estratégias que contribuirão com a redução, o reúso e até mesmo a reciclagem dos resíduos. Além disso, é
preciso fazer o tratamento e a destinação adequada do material gerado para que os impactos negativos sejam
minimizados.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ACERCA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
A gestão incorreta de resíduos sólidos provoca muitos impactos ambientais, como poluição do solo, água, ar,
proliferação de vetores e danos à saúde da população. Por essas razões, os geradores de resíduos sólidos que
não se comprometem, perante a lei, a fazer o manejo desses materiais de forma adequada sofrem
penalidades legais, que vão desde uma simples advertência até o fechamento do estabelecimento atribuído
de multas altíssimas. 
Sendo assim, é fundamental falarmos sobre as legislações relativas aos resíduos sólidos. Vamos começar pela
popularmente conhecida Lei do Lixo, a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS). Nela, encontram-se as diretrizes para que as empresas e os órgãos públicos façam a correta
destinação de seus resíduos sólidos (BRASIL, 2010). Além da PNRS, existem várias leis, decretos, resoluções e
normativas que abordam esse assunto, tanto em nível federal quanto estadual e municipal. Embora boa parte
das normas tenha sido criada antes da PNRS, todas auxiliam e se submetem a essa lei.
Aula 3
DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
A gestão incorreta de resíduos sólidos provoca muitos impactos ambientais, como poluição do solo,
água, ar, proliferação de vetores e danos à saúde da população.
14 minutos
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A PNRS determina que a responsabilidade pelo resíduo sólido é do gerador, ou seja, é a empresa que deve
fazer o tratamento e a destinação desse material. Essa lei também aponta quais organizações têm
obrigatoriedade quanto à elaboração do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos (PGRS), um
documento no qual se descreve a origem, quantidade, classi�cação, tratamento e como deve ser realizada a
destinação dos resíduos sólidos.
As normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também são de grande valia para que
seja feito o correto gerenciamento dos resíduos sólidos. Dentre as principais normas relacionadas a essa
temática, está a ABNT NBR 10004:2004, que classi�ca os resíduos industriais levando em consideração os
riscos que cada material pode causar para o meio ambiente e para a saúde da população. Além dessa norma,
ainda há outras diretrizes que orientam os geradores quanto ao armazenamento, tratamento, transporte e
destinação �nal de resíduos.
Em relação aos resíduos perigosos, existem normas especí�cas, como a Resolução da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) n° 5232/2016 e a norma geral para transporte de resíduos, a ABNT NBR
13221:2021. No ano de 2020, foi publicada como ferramenta de gestão e documento declaratório de
implantação e operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos a Portaria nº 280/2020, que institui o
Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) nacional e dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos
Sólidos.
O pro�ssional que trabalha com o manejo de resíduos sólidos deve sempre estar atento às legislações
estaduais e municipais. Vale lembrar que deve ser obedecida a legislação que for mais restritiva. Além disso, é
importante sempre veri�car quais normas ainda estão em vigor ou foram atualizadas, no intuito de evitar os
impactos negativos causados pelos resíduos. Por isso, é essencial se aprofundar mais no assunto.
DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Os resíduos industriais são considerados um potencial contaminante para o meio ambiente e para a
população. Por esse motivo, é fundamental fazer a destinação �nal adequada desses materiais. Atualmente,
existem várias alternativas para o despejo de resíduos industriais. Quando há uma gestão ambiental e�ciente
na empresa, devem-se apresentar as diferentes opções disponíveis para que seja possível escolher a que
melhor se enquadra para cada tipo de resíduo.
Para iniciarmos, é muito importante que você saiba a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro
sanitário. Por muitos anos, o lixão foi utilizado como destino �nal de resíduos sólidos. É umaárea de
disposição sem nenhuma preparação anterior. Ou seja, o solo não possui nenhum tipo de impermeabilização,
não tem sistema de tratamento do e�uente líquido (chorume) nem sistema de dispersão de gases produzidos
pelos resíduos, o que contribui para a contaminação do solo e do lençol freático. Além disso, não é feita a
correta separação do material, deixando-o a céu aberto, fato que acarreta a proliferação de vetores, como
moscas, ratos, baratas e pássaros.
Já no aterro controlado, como o próprio nome já diz, a disposição do resíduo é desenvolvida de forma
controlada e o material recebe uma cobertura de solo. Porém, esse espaço também não possui
impermeabilização do solo nem sistema de tratamento do chorume e dos gases. Existe a recirculação do
chorume, que, depois de coletado, é jogado em cima da pilha de resíduos com objetivo de diminuir sua
absorção pelo solo. Os aterros controlados são normalmente uma célula remediada junta ao lixão, recebendo
cobertura de grama e argila.
Por outro lado, nos aterros sanitários a disposição dos resíduos é feita de forma adequada, já que o solo é
impermeabilizado. Para alcançar o nivelamento do terreno, aplicam-se argila e mantas de PVC (comumente a
geomembrana) na base. Além disso, uma rede de drenagem de gases e chorume é instalada. O chorume é
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encaminhado para tratamento e os gases são queimados. Os resíduos são cobertos com solo e,
posteriormente, compactados por tratores, o que di�culta a proliferação de vetores. Existem, ainda, poços de
monitoramento aberto próximos ao aterro. Dessa forma, é possível realizar a inspeção da qualidade da água.
Há, também, os aterros industriais, que têm a mesma estrutura dos aterros sanitários, mas se destinam
apenas à disposição de resíduos provenientes de indústrias. É importante ressaltar que a Política Nacional de
Resíduos Sólidos proibiu a existência de aterros controlados e lixões, estabelecendo como locais
ambientalmente adequados para a destinação dos resíduos os aterros sanitário e industrial.
Outra opção para o despejo de resíduos industriais é a incineração, que consiste na queima desses materiais
em fornos de usinas próprias. Nesse processo, associam-se altas temperaturas ao oxigênio em excesso. O
resultado é uma cinza inerte, reduzindo de 70% a 90% do volume dos materiais. A destinação �nal dos
resíduos sólidos é muito importante na gestão desses elementos, por isso não deixe de pesquisar mais sobre
o assunto. 
ESTRATÉGIAS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
A gestão dos resíduos sólidos industriais vem colaborando cada vez mais com as empresas na minimização
dos impactos negativos causados pelos materiais gerados nos processos de produção. Além disso, a ausência
de uma gestão de resíduos sólidos pode ocasionar multas elevadas para a indústria e atrapalhar parcerias,
principalmente com empresas internacionais, em virtude da falta de responsabilidade ambiental.
Para que a gestão de resíduos sólidos seja e�ciente, é essencial que exista um planejamento, e as diretrizes e
estratégias são fundamentais nesse processo, devendo salientar a sustentabilidade ambiental e econômica,
além de trazer clareza sobre qual é a ordem de prioridade imposta pela Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), começando pela não geração e seguindo para a redução, reutilização e reciclagem, tratamento e
disposição �nal.
Assim, as diretrizes são as linhas norteadoras, e as estratégias indicam como elas serão implementadas. É por
meio desses componentes do planejamento que as ações e os programas necessários para atingir as metas
traçadas pela empresa serão de�nidos. As diretrizes, estratégias, metas e ações deverão ser delineadas
considerando-se os diversos tipos de responsabilidades presentes no processo de gestão compartilhada dos
resíduos.
As principais estratégias utilizadas para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos industriais seguem o
princípio dos 5Rs, que são basicamente cinco ações que devem ser implementadas de modo integrado:
repensar, recusar, reduzir, reutilizar e, por último, reciclar. Além dessas práticas, a promoção de sistemas de
tratamento e a disposição �nal correta de resíduos complementam o processo.
Repensar os hábitos da empresa signi�ca fazer a avaliação da real necessidade da companhia, pois assim a
organização passará a adquirir apenas o indispensável. Essa etapa vai além da empresa; é necessário re�etir
sobre a produção, distribuição e também sobre como seu cliente fará o descarte do produto após o consumo.
O segundo R vem de recusar, ou seja, envolve a não aquisição do que não é necessário. Nessa etapa, é preciso
ser crítico em relação ao que compramos, analisar se um determinado produto causa danos ao meio
ambiente ou aos animais, recusar e buscar outra opção que esteja de acordo com seus ideais ecológicos. 
Quando falamos em reduzir, signi�ca diminuir a quantidade de resíduos na fonte, enfatizando a não produção
do resíduo, como a redução do excesso de embalagens que chega até o consumidor junto com o produto. A
maior vantagem para a empresa é a minimização de gastos.
Já a reutilização requer criatividade, podendo ser usada no próprio processo de geração de resíduos ou ser
encaminhada para outra atividade. Nada mais é do que o reúso do material sem que exista algum tipo de
tratamento que altere suas características físico-químicas. Ou seja, consiste em dar uma nova função para o
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resíduo. Como exemplo, podemos citar o uso de vidros de conserva para guardar condimentos. Essa prática
contribui para aumentar a vida útil do material e diminui a quantidade de resíduos que chega os aterros
sanitários.
O último R vem de reciclar, que é uma prática muito importante na gestão de resíduos sólidos, podendo ser
considerada uma forma de tratamento desses materiais. A reciclagem é um processo que transforma os
resíduos sólidos em matéria-prima na produção de um novo produto. Assim é possível diminuir a extração de
recursos naturais e, na maioria das vezes, esse processo gasta menos energia quando comparado à produção
original do produto. É de extrema importância ter o conhecimento das ações que podemos tomar no dia a dia
para contribuir com esse procedimento.
VIDEOAULA
Olá, estudante! Você sabia que atitudes diárias em relação à geração e à destinação dos resíduos sólidos
fazem toda a diferença no gerenciamento desses materiais? No vídeo de hoje, vamos falar sobre o despejo
correto de resíduos e as estratégias que podem ser utilizadas pelas empresas para diminuir o volume de
materiais que precisam ser encaminhados para a destinação �nal. Não deixe de assistir ao vídeo. Bons
estudos!
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
 Saiba mais
Para entender melhor o processo de gerenciamento dos resíduos sólidos, é interessante acessar o plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos da sua cidade, que é disponibilizado no site de cada
prefeitura. No link a seguir, você encontrará o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos –
PMGIRS da Cidade do Rio de Janeiro. Não deixe de acessar o material para saber mais sobre o assunto.
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/3372233/4160602/PMGIRS_Versao_�nal_publicacao_DO_dezembr
o2015_19_ABR_2016_sem_cabecalho1.pdf
INTRODUÇÃO
Aula 4
AVALIAÇÃO DE CICLO DE VIDA
O ciclo de vida é um modelo que explora cada fase pela qual um produto passa ao longo da sua vida,
desde o começo até o �nal. É uma ferramenta administrativa utilizada na gestão ambiental para analisare avaliar os impactos ambientais de um processo ou produto.
17 minutos
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/3372233/4160602/PMGIRS_Versao_final_publicacao_DO_dezembro2015_19_ABR_2016_sem_cabecalho1#.pdf
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/3372233/4160602/PMGIRS_Versao_final_publicacao_DO_dezembro2015_19_ABR_2016_sem_cabecalho1#.pdf
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Na hora de fazer a gestão de um produto ou serviço, a empresa pode se bene�ciar do uso de algumas
estratégias que auxiliam e facilitam as tomadas de decisão. Uma dessas ferramentas é a avaliação de ciclo de
vida (ACV), a qual permite que a organização implemente uma análise sistemática a respeito das etapas da
vida do produto, abrangendo desde o seu desenvolvimento até a disposição �nal. Tal recurso avalia as
consequências ambientais que estão associadas a algum produto. O modelo é dividido em cinco etapas:
desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio do produto ou serviço. Tudo isso pode ser
aplicado à gestão de resíduos sólidos, sendo uma ferramenta instituída pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei nº 12.305/2010). Assim, quando essa avaliação for efetuada de forma correta, a empresa poderá
tomar a melhor decisão em relação a cada etapa do processo de produção. Por isso, não deixe de entender
essa temática. Bons estudos!
O CONCEITO DE AVALIAÇÃO DE CICLO DE VIDA (ACV)
O ciclo de vida é um modelo que explora cada fase pela qual um produto passa ao longo da sua vida, desde o
começo até o �nal. É uma ferramenta administrativa utilizada na gestão ambiental para analisar e avaliar os
impactos ambientais de um processo ou produto. O começo do ciclo de vida de um produto é representado
pelo seu projeto e vai até a retirada desse item do mercado, perpassando pelo lançamento, crescimento e
maturidade (venda).
O conceito veio de um estudo feito por um economista alemão chamado Theodore Levitt (1965) na
Universidade de Harvard (LEVITT, 1990). O modelo possui quatro etapas, porém, se você considerar o estágio
de desenvolvimento, passa a ter cinco fases (Figura 1). 
Figura 1 | Etapas do ciclo de vida de um produto
Fonte: elaborada pela autora.
Como as etapas são sequenciais, só será possível ir para a próxima fase se a anterior for bem executada.
Sendo assim, não faz sentido seguir para as estratégias de crescimento se o produto não tiver sido
devidamente introduzido. Para entender melhor, vamos detalhar cada etapa.
A primeira fase compreende o desenvolvimento do produto. Esse estágio é considerado bem sensível por
apresentar ideias que ainda precisarão ser lapidadas corretamente para que comecem a gerar receitas. Para
isso, é preciso realizar testes, validar todas as hipóteses inicialmente levantadas e, em seguida, fazer os
ajustes necessários. A etapa de desenvolvimento já representa uma preocupação para a empresa, pois
mesmo não exigindo esforço de venda, manifesta a necessidade de começar a divulgação.
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Quando o produto passa pelos critérios de desenvolvimento e está pronto para ser lançado no mercado,
inicia-se a segunda etapa: a introdução. Essa fase pode apresentar um período lento de vendas. Isso acontece
porque o público ainda não teve contato com o produto. Além disso, por causa dos custos de introdução do
produto no mercado, o retorno �nanceiro acaba sendo baixo. É a fase do ciclo de vida que mais precisa de
investimento em marketing e de uma de�nição minuciosa do público-alvo.
O crescimento é a terceira etapa do ciclo, na qual o consumidor já tem conhecimento do produto, as vendas
começam a crescer e, consequentemente, há o aumento do lucro. Não é possível saber quanto tempo esse
processo levará para acontecer, pois depende do produto e do mercado em que ele está inserido.
A quarta etapa é a maturidade, considerada o ponto alto do ciclo de vida do produto. É nessa etapa que o
produto alcança seu potencial máximo de venda. Quando chega ao pico, não é mais possível crescer. Logo,
nesse momento é importante que a empresa garanta que o produto não retroceda, mantendo os bons
resultados por um longo período. Para isso, é necessário que a organização não se acomode.
O declínio é a quinta e última etapa, em que as vendas do produto começam a cair, o que pode ocorrer por
conta de um novo concorrente ou pelo surgimento de novas tecnologias. Por essa razão, é de grande
importância que a empresa mantenha seu produto atualizado. Independentemente do motivo, a companhia
precisa saber quando não compensa mais investir no produto. Além da questão econômica, a partir desse
conceito é possível prever os impactos ambientais e mitigá-los. A ACV pode ser aplicada, por exemplo, à
gestão de resíduos sólidos. Assim, é uma ferramenta capaz de trazer benefícios à empresa, facilitando a
tomada de decisão. Não deixe de se aprofundar sobre o assunto!
APLICAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE CICLO DE VIDA (ACV)
A avaliação do ciclo de vida de um produto é uma ferramenta administrativa que permite fazer a análise do
produto contemplando desde seu desenvolvimento até a retirada desse item do mercado. Tal recurso não se
limita apenas a produtos. Se fosse assim, o público que pode fazer uso da ACV acabaria sendo restringido.
Mesmo que o ciclo de vida funcione de forma mais efetiva para indústrias por causa de suas características,
esse método pode ser adaptado.
Vamos usar como exemplo uma empresa que tem várias �liais instaladas em diferentes cidades. Cada �lial
pode ser considerada um produto, bastando analisar o desempenho individual de cada uma. Dependendo da
atividade, é possível substituir o produto por serviço na utilização da ferramenta.
O ciclo de vida também pode ser aplicado à gestão de resíduos sólidos. De acordo com a Lei nº 12.305/2010
(que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos), as etapas a serem seguidas são: desenvolvimento,
obtenção de matérias-primas e insumos, processo de produção, consumo e disposição �nal (BRASIL, 2010). 
Além disso, tal documento legal cita a importância da responsabilidade compartilhada no ciclo de vida,
englobando, assim, os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e até mesmo os consumidores
�nais. Inclusive, tal conceito está alinhado à importância de se implementar os sistemas de logística reversa
dos produtos, os quais precisam estar em conformidade com as características do resíduo gerado e com os
respectivos planos de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos (BRASIL, 2010). 
Para a empresa, ter consciência do ciclo de vida do produto tem a mesma importância do tratamento de
resíduos em si, já que se pode reduzir signi�cativamente a quantidade de materiais gerados no processo à
medida que as técnicas de logística reversa são implementadas. 
A ferramenta em questão faz a avaliação da cadeia produtiva, com o propósito de mostrar os impactos
ambientais causados durante toda a vida do resíduo. Consequentemente, é um recurso que ajuda a empresa
na busca pelo desenvolvimento sustentável. Assim, a organização incorpora a logística reversa como parte da
avaliação do ciclo de vida, de�nindo o destino de cada resíduo que faz parte do processo de produção.
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A mudança no foco das empresas está relacionada com a perspectiva do ciclo de vida, trazendo uma postura
ambientalmente mais responsável frente à cadeia produtiva de atuaçãodas companhias. Dessa forma, as
organizações passam de um cenário em que a avaliação dos impactos ambientais era feita enquanto estes
estavam em seu poder para um panorama no qual é necessário enxergar e avaliar em quais pontos se pode
controlar e/ou in�uenciar o ciclo de vida.
Podemos usar como exemplo a avaliação e a escolha feitas por empresas acerca das matérias-primas que
causam menor impacto ambiental, optando, muitas vezes, por matérias provenientes de fontes renováveis
em vez de fontes não renováveis. Outro exemplo é a preferência por transportes mais ecológicos, como os
carros elétricos.
É importante que os objetivos e o escopo da avaliação de ciclo de vida sejam claramente de�nidos e
consistentes para facilitar o processo de implementação desse recurso. Deve constar no objetivo qual será a
aplicação pretendida, as razões pela qual será realizada e o alvo a ser atingido. Já o escopo deverá ser
compatível com o objetivo e precisará de�nir os parâmetros sob os quais o estudo será desenvolvido. A ACV é
uma ferramenta de grande valia dentro das empresas, por isso não deixe de aprender mais sobre essa
temática. 
LIMITAÇÕES RELACIONADAS À AVALIAÇÃO DE CICLO DE VIDA (ACV)
A avaliação de ciclo de vida permite que a empresa desenvolva uma análise sistemática a respeito das
consequências ambientais que estão associadas a algum produto. O uso dessa ferramenta viabiliza a
veri�cação dos balanços ambientais, quantidades de resíduos a serem descartados para o ar, água e solo e os
efeitos causados ao meio ambiente e à comunidade.
Diversos setores utilizam a avaliação do ciclo de vida, dentre os quais podemos citar as áreas de construção
civil, embalagens, mineração, agropecuária, automobilismo, energia, química, entre outras. Mesmo sendo
usada em diversos segmentos, a aplicação da ACV encontra diversas barreiras que devem ser superadas para
que haja uma aplicação e�ciente, como a falta de pro�ssionais habilitados.
A técnica da avaliação do ciclo de vida ainda está em evolução e, por essa razão, deve-se ter cautela ao fazer
análises comparativas de processos e de produtos. Em virtude das limitações, deve-se obedecer ao que
descreve a norma ABNT NBR ISO 14040:2009, a qual determina a estrutura, os princípios, os requisitos e as
diretrizes que precisam constar em um estudo de avaliação do ciclo de vida (Figura 2). Também é necessário
destacar que podem existir algumas incertezas na qualidade dos dados e dos resultados, bem como uma
tendência decorrente do julgamento e discernimento por parte do pro�ssional encarregado do estudo.
Figura 2 | Estrutura da avaliação de ciclo de vida de acordo com a ABNT NBR ISO 14040:2009
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Fonte: ABNT (2009, p. 8).
A obtenção de informações e bases de dados con�áveis e completas para a elaboração do inventário é uma
di�culdade encontrada para a aplicação da avaliação do ciclo de vida. Esse problema pode ser atribuído ao
fato de que muitas empresas têm receio de divulgar seus processos produtivos. Outra questão é a análise dos
impactos negativos causados pelo transporte do produto, já que o setor de transporte ainda é um dos
grandes poluidores que pouco tem feito para minimizar os efeitos provocados pela queima de combustíveis.
Existem muitas fontes de incertezas relacionadas à avaliação de ciclo de vida, como a escolha equivocada de
uma unidade funcional, o que pode levar a distorções nas análises. Outro erro que pode ocorrer na aplicação
da técnica é deduzir incorretamente que alguma etapa do processo não in�uencia o resultado da avaliação e,
por isso, pode ser desconsiderada. Essas limitações acabam interferindo na con�abilidade do resultado �nal.
As avaliações de impactos e suas relações de causa e efeito são difíceis de serem descobertas, já que mesmo
sendo possível medir ou estimar as entradas e saídas de um processo industrial, pode não �car clara a ligação
desses fatores com os impactos ambientais gerados. Ainda que apresente diversas limitações, a ACV continua
sendo uma ferramenta importante. 
É possível utilizar a avaliação do ciclo de vida para elaborar estratégias direcionadas à melhoria dos produtos
e do processo. Além disso, os benefícios do uso da ferramenta se sobressaem, já que sua aplicação auxilia o
processo de tomada de decisão, o que acaba favorecendo o planejamento estratégico da empresa. Mesmo
com a sua complexidade, essa avaliação pode contribuir para o desenvolvimento sustentável e agregar valor à
imagem da companhia. Por isso, entenda esses conceitos e faça a diferença no mercado de trabalho! Bons
estudos!
VIDEOAULA
Olá, estudante! Você sabia que existem ferramentas que ajudam as empresas no desenvolvimento do produto
e na aplicação da logística reversa, permitindo que a companhia tenha uma gestão ambiental mais efetiva? A
ferramenta que estudaremos de forma mais detalhada no vídeo a seguir é a avaliação do ciclo de vida. Por
isso, não deixe de assistir. Bons estudos!
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Para obter um melhor entendimento acerca da avaliação do ciclo de vida, é necessário que você se
aprofunde nos temas estudados nesta etapa de aprendizagem. É interessante acessar artigos que
abordem essas temáticas. Con�ra, a seguir, um estudo de comparação de cenários de tratamento de
resíduos sólidos urbanos por meio da técnica de avaliação do ciclo de vida:
https://www.scielo.br/j/esa/a/dbK94bttFv6xGnHsbWsnMDh/?lang=pt
Aula 1
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: classi�cação de resíduos sólidos. 2. ed. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10005: lixiviação de resíduos sólidos. 2. ed. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10006: solubilização de resíduos sólidos. 2. ed. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sólidos; altera a Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário O�cial da União, Brasília, 3 ago. 2010.
Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 1 dez. 2021.
PAINEL da Geração de Resíduos no Brasil. Ibama, 2020. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?
r=eyJrIjoiNjVkNmZhNjgtNTFjYS00NTEwLTkyZDQtNGE3Y2VlNzc2MzdkIiwidCI6IjM5NTdhMzY3LTZkMzgtNGMxZi1hNGJhLTMzZThmM2M
Acesso em: 6 dez. 2021.
PANORAMA dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2021. Abrelpe, 7 dez. 2021. Disponível em:
https://abrelpe.org.br/panorama/. Acesso em: 12 dez. 2021.
PHILIPPI JÚNIOR, A. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento
sustentável. Barueri: Manole, 2005.
Aula 2
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil [recurso eletrônico]. Brasília:
Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Documentação, 2019. Disponível em:
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf. Acesso em: 10 dez. 2021.
REFERÊNCIAS
7 minutos
https://www.scielo.br/j/esa/a/dbK94bttFv6xGnHsbWsnMDh/?lang=pt
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://abrelpe.org.br/panorama/
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf
11/04/2024, 20:37 wlldd_221_u3_tec_lim_tra_res
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=marcelloan.nunes%40gmail.com&usuarioNome=MARCELLO+ALVIM+NUNES&disciplinaDescricao=&atividadeId=3930464&atividadeDesc… 18/19
BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas
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BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sólidos; altera a Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário O�cial da União, Brasília, 3 ago. 2010.
Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 6 dez. 2021.
Aula 3
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004:2004: resíduos sólidos: classi�cação. 2. ed. Rio de
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BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sólidos; altera a Lei nº
9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário O�cial da União,
Brasília, 3 ago. 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso
em: 20 dez. 2021.
BRASIL. Portaria n° 280, de 29 de junho de 2020. Regulamenta os arts. 56 e 76 do Decreto nº 7.404, de 23 de
dezembro de
2010, e o art. 8º do Decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020, institui o Manifesto de Transporte de Resíduos -
MTR nacional, como ferramenta de gestão e documento declaratório de implantação e operacionalização do
plano de
gerenciamento de resíduos, dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos e complementa a Portaria
nº 412, de 25 de junho de 2019. Diário O�cial da União, Brasília, n. 123, seção 1, 30 jun. 2020. Disponível em:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-280-de-29-de-junho-de-2020-264244199. Acesso em: 21 dez.
2021.
BRASIL. Resolução ANTT nº 5232, de 14 de dezembro de 2016. Aprova as Instruções Complementares ao
Regulamento Terrestre do Transporte de Produtos Perigosos, e dá outras providências. Diário O�cial da
União, Brasília, n. 241, seção 1, 16 dez. 2016. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/24783215. Acesso em: 11 dez.
2021.
Aula 4
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ISO 14040: gestão ambiental: avaliação do ciclo de vida:
princípios de estrutura. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
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Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 13 dez. 2021.
LEVITT, T. A imaginação do marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1990.
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MERSONI, C.; REICHERT, G. A. Comparação de cenários de tratamento de resíduos sólidos urbanos por meio
da técnica da Avaliação do Ciclo de Vida: o caso do município de Garibaldi, RS. Engenharia Sanitária e
Ambiental, v. 22, p. 863-875, 2017. Disponível em:
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