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Quais as principais diferenças entre células eucarióticas e procarióticas?
Células procarióticas são mais simples que as eucarióticas. Nestas, o DNA não está envolto por uma membrana, não há núcleo definido pela carioteca (membrana nuclear) e podemos encontrar ribossomos dispersos no citoplasma, organelas estas responsáveis pela síntese proteica. Moléculas circulantes de DNA, os plasmídios, também podem ser encontradas. Externamente à membrana plasmática destas células, há a parede celular. Indivíduos procarióticos são unicelulares, sendo estes: as bactérias, cianofíceas, micoplasmas, rickéttsias e clamídias. Alguns destes indivíduos, como as cianofíceas, apresentam pigmentos responsáveis pela fotossíntese. 
Já as células eucarióticas, possuem maior tamanho e complexidade, a começar pelo núcleo individualizado, envolvido pela carioteca. Seu citoplasma é interconectado por uma rede de tubos e canais membranosos e é onde, além de ribossomos, também são encontradas mitocôndrias, retículo endoplasmático granuloso e não granuloso, complexo golgiense, lisossomos, peroxissomos, centríolos, dentre outras organelas. Exemplos de indivíduos eucariotas: animais, vegetais, fungos e protozoários.
Quais as principais características das bactérias? 
Organismos unicelulares com tamanho microscópico, medindo cerca de 0,2 a 1,5 μm de comprimento, sendo em média dez vezes menores do que uma célula eucarionte. 
 Normalmente possuem uma rígida parede celular que envolve externamente a membrana plasmática, constituída por uma trama de peptídeos (proteínas) interligados a polissacarídeos (açúcares), formando um complexo denominado de pepdidoglicanas. Essa substância é responsável pela forma, proteção física e osmótica do organismo
Classifique as bactérias quanto à forma e modo de agregação.
As bacterias podem ser classificadas segundo vários critérios: Morfológicos, morfotintorial, ultra-estrutural, grau de agregação, metabólico, Quanto a forma da célula:
Coco : De forma esférica ou subesférica (do género Coccus)
Bacilo : Em forma de bastonete (do género Bacillus)
Vibrião : Em forma de vírgula (do género Vibrio)
Espirilo : de forma espiral/ondulada (do género Spirillum)
Espiroqueta : Em forma acentuada de espiral.
De acordo com a Agregação as bactérias podem formar colônias
Diplococo : De forma esférica ou subesférica e agrupadas aos pares (do género Diplococcus)
Estreptococos : Assemelha-se a um "colar de cocos"
Estafilococos : Uma forma desorganizada de agrupamento,formando cachos
Sarcina : De forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente postos.
Diplobacilos : Bacilos reunidos dois a dois.
Estreptobacilos : Bacilos alinhados em cadeia
Cite as principais estruturas bacterianas e suas respectivas funções. 
A estrutura da célula bacteriana é a de uma célula procariótica, sem organelas ligados à membrana celular, tais como mitocôndrias ou plastos, sem um núcleo rodeado por uma cariomembrana e sem DNA organizado em verdadeiros cromossomas, como os das células eucariotas.
ØAs seguintes estruturas podem ser reconhecidas:
nucleóide não é um verdadeiro núcleo, já que não está delimitado do resto da célula por membrana, consiste em uma única grande molécula de DNA com proteínas associadas. O seu tamanho varia de espécie para espécie.
plasmídeos circulares são pequenas moléculas de DNA que coexistem com o nucleóide. São comummente trocadas na reprodução sexuada. Os plasmideos têm genes, incluindo frequentemente aqueles que protegem a célula contra os antibióticos.
membrana celular é uma dupla camada de fosfolípidos, com proteínas importantes (na permeabilidade a nutrientes e outras substâncias, defesa.
hialoplasma equivale ao citoplasma é um liquido com consistência de gel, semelhante ao dos eucariotas, com sais, glicose e outros açúcares, proteínas funcionais e várias outras moléculas orgânicas. Contém também RNA da transcrição génica, e ribossomas.
parede celular bacteriana é uma estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e confere forma às bactérias. É uma estrutura complexa composta por peptidoglicanos, polímeros de carboidratos ligados a proteínas como a mureína, com funções protectoras. A parede celular é o alvo de muitos antibióticos. Ela contém em algumas espécies infecciosas a endotóxina lipopolissacarídeo (LPS) uma substância que leva a reação excessiva do sistema imunitário, podendo causar morte no individúo devido a choque séptico. Divide as bactérias em dois grandes grupos (Gram Positivas e Gram Negativas)
Cápsula: Algumas bactérias são rodeadas por uma capa mucoide formada por polissacarideos complexos, protegendo contra desidratação e sistema imunológico. Na cápsula há ainda antígenos capsulares (fator de virulência).
pili ou Fimbrias são microfibrilhas proteicas que se estendem da parede celular em muitas espécies Gram-negativas. Têm funções de aderência da bactéria ao seu meio e são importantes na patogénese (hemaglutinação). Um tipo especial de pilus é o pilus sexual, estrutura que serve para ligar duas bactérias, de modo a trocarem plasmídeos. (Pilus vem do Latim, que significa pêlo, cabelo. Pili - Plural; Pilus - Singular).
flagelo é uma estrutura proteica que movimenta como uma hélice. Formada por proteína contrátil (flagelina), estrutura de locomoção. Os flagelos bacterianos são muito simples e completamente diferentes dos flagelos dos eucariotas (como, no homem, os dos espermatozóides).
vacúolos não são verdadeiros vacúolos já que não são delimitados por dupla membrana lipídica como os das plantas. São grânulos de substâncias de reserva, como açúcares complexos.
Esporos: Algumas bactérias adquirem uma forma de resistencia com um invólucro de polissacáridos mais espesso (endosporos) ficando em estado de vida latente quando as condições ambientais foram desfavoráveis (Bacillus, Clostridium).
Como as bactérias podem ser classificadas nutricionalmente. 
Classificação de acordo com o metabolismo
Esta classificação segue dois principais critérios:
fonte de carbono utilizada pela bactéria Autotróficas – a fonte carbono é o dióxido de carbono
heterotróficas – a fonte de carbono são compostos orgânicos além do dióxido de carbono.
E a fonte de energia
Fotoautotróficas: Produzem as substancias orgânicas que necessitam a partir do gás carbônico e luz (cianobacterias, sulfobacterias)
Fotoheterotróficas: Obtém energia a partir da luz mas além de CO2 utilizam compostos orgânicos como fonte de carbono.
Quimioautotróficas: obtém energia a partir da oxidação de compostos inorgânicos e sintetizam substancias orgânicas a partir de CO2 e hidrogênio
Quimioheterotróficas: São a grande maioria das bactérias, tanto a forma de energia como a de carbono são obtidos a partir da degradação de compostos orgânicos (saprofágicas – matéria orgânica sem vida – Parasitas –matéria orgânica com vida).
Classificação - critério morfotintorial
A distinção entre os dois maiores grupos de bactérias é feita com base em uma técnica de coloração desenvolvida pelo microliologista dinamarquês Hans Christian Gram.
Quando a parede celular tem uma camada espessa de peptidoglicanos, as células se tingem de cor púrpura ou azul quando fixadas com violeta-cristal (uma preparação conhecida como técnica de Gram), e denominam-se bactérias "Gram-positivas".
"Gram-negativas" tingem de vermelho com a técnica de Gram, por não conseguirem fixar o corante púrpura (cristal-violeta), devido a maior quantidade de lipidios no exterior da parede celular,então são contracoradas pelo corante vermelho (fuccina). Desta forma são diferenciadas no processo de coloração de Gram.
Cite e explique os métodos físicos e químicos de controle microbiano.
 Métodos físicos de controle microbianoEditar
1) Calor seco:Pode se dividir em flambagem, incineração e ar quente (estufas).É essencial a observação 
no binômio tempo neste método.É utilizado na esterilização de vidros, alças de platina, e no caso da incineração acontece a destruição do microorganismo e do produto.Seu mecanismo de ação é por oxidaçãode todo o material, podendo torná-lo cinzas.
2) Calor úmido: o método de fervura (100⁰C), pela temperatura relativamente baixa, mata todas as formas vegetativas  de microorganismos, mas as formas esporuladas podem resistir.Porém, o vapor d’água sob pressão na autoclave (temperatura de 121⁰C por 15 minutos), é eficaz para esterilização, por desnaturar as proteínas microbianas.A eficiência deste tipo de esterilização é verificado com inclusões de esporos de Bacillus stearothermophilus.
3) Pasteurização:consiste no aquecimento até dada temperatura e brusco resfriamento do produto.Muito utilizado na indústria de laticínios, este tratamento tem nome de pasteurização por alta temperatura e curto tempo (HTST – high-temperature,short-time), sendo 72⁰C por 15 segundos no processo .Reduz o número de microorganismos, mas não assegura uma esterilização, necessitando de refrigeração para conservação.
Para esterilização do leite, é feito o tratamento de temperatura ultra-elevada (ultra-high temperature, UHT), sendo método distinto da pasteurização.Nele, em menos de 5 segundos a temperatura do leite sobe de 74⁰C para 140⁰C e retorna para 74⁰C, não necessitando de refrigeração para conservação.
4) Filtração:é feita pela passagem de gases ou soluções  através de filtros, com poros bem pequenos, que podem reter microorganismos, como bactérias e fungos, mas deixa passar  a maioria dos vírus.É utilizado em salas de hospitais como o HEPA(High-efficiency particulate air).
5) Refrigeração e congelamento: reduzem as reações químicas e podem causar alterações de proteínas.Depende da intensidade da aplicação e do microorganismo para eficácia.Tem efeito bacteriostático e é utilizado na conservação de alimentos.
6) Ressecamento: leva à interrupção do metabolismo para alguns microorganismos vegetativos, o que não se aplica para formas esporuladas.Também possui efeito bacteriostático e conserva alimentos.
7) Radiação ionizante: possui comprimento de onda curto, é utilizado principalmente na ionização da água, por exemplo, gerando radicais superóxidos que reagem com DNA, dentre outros componentes celulares orgânicos, destruindo ou inativando os microorganismos.Esta esterilização é utilizada em materiais como seringas plásticas e cateteres.
8) Radiação não-ionizante: tem comprimento de onda mais longo, sendo mais absorvida pelo DNA, alterando a replicação deste no momento da reprodução através da formação de dímeros e pode ser exemplificada pela luz UV.É utilizada nos centros cirúrgicos para controle de microorganismos do ar.As desvantagens deste método é o baixo poder de penetração, só eliminando patógenos na superfície de materiais a serem esterilizados e as queimaduras que podem ocorrer devido a efeitos deletérios que tem sobre os olhos e pele.
Métodos químicos de controle microbianoEditar
1) Biguanidas (clorexidine) : liga-se à parede celular pelos grupos fostatos e depois à membrana citoplasmática, lesionando-a e provocando extravasamento citoplasmático. É dito bacteriostático (0,5%) e bactericida  ( concentrações elevadas de até 4%), porém, não é esporicida.Possui baixa toxicidade e grande afinidade com pele e mucosas.É usado na prevenção de doenças orais e assepsia da pele, por exemplo.
2) Alcoóis: são bactericidas nas formas vegetativas dos micro-organismos, causando a desnaturação de proteínas e a solubilização lipídica.O álcool etílico é o anti-séptico mais empregado, sendo a solução 70% mais eficaz que a absoluta, já que na ausência de água (no caso, o álcool isopropílico - 92,8%), o tempo de contato com o patógeno será reduzido devido a rápida evaporação, não garantindo tempo necessário para sua função. O álcool etílico é utilizado para desinfectar termômetros e em aplicações de injeção e  em punções como anti-séptico. 
3) Halogênios (Iodo e Cloro): o Iodo é muito utilizado como tintura na prática cirúrgica, sendo bactericida, fungicida e esporicida. Este,precipita as proteínas e oxida as enzimas essenciais.Os compostos de cloro são germicidas, sendo agentes oxidantes e inibidores de grande parte das enzimas celulares, tendo como exemplo o ácido hipocloroso.
4) Sabões e detergentes:
- Aniônicos: importantes na remoção de maneira mecânica dos micro-organismos através da esfregação, não sendo tóxicos nem corrosivos e possuindo ação rápida.
- Catiônicos (sais quaternários de amônio): são bactericidas fortes contra bactérias Gram positivas, sendo também fungicidas, amebimicidas e viricidas contra vírus envelopados.Agem afetando a membrana plasmática, alterando a permeabilidade da célula com conseqüente perda de constituintes citoplasmáticos importantes como o potássio.Usado como anti-séptico para pele e instrumentos objetos de borracha.
5) Ácidos orgânicos: inibidores do crescimento de bolores (ação não relacionada à acidez).
6) Aldeídos: ocasiona desnaturação protéica, sendo utilizado para desinfecção de equipamentos médicos.
Exemplo:Glutaraldeído e formaldeído.
7) Esterilizantes gasosos: provocam inativação enzimática por desnaturação de proteínas, com atividade esterilizante lenta.
Exemplo:óxido de etileno, para esterilização de instrumentos cirúrgicos.
8) Peroxigênios: possuem ação oxidante, atuando sobre os anaeróbios sensíveis à oxigênio.
Exemplo: água oxigenada, utilizada para limpeza de ferimentos profundos.
9) Antibióticos: inibem a síntese de DNA e da parede celular,atuam na membrana celular desorganizando e levando a saída de componentes citoplasmáticos resultando em morte da célula bacteriana.
Caracterize o crescimento bacteriano.
Crescimento bacteriano não visa o crescimento vegetativo, das dimensões celulares, e do número de indivíduos, de células.
Assim temos vários conceitos que temos que compreender, dentre elas são:
Colônia que são agregados celulares de uma mesma espécie que pode se originar de um indivíduo único.
Taxa de Crescimento que é a variação de massa e/ou o número de indivíduos por uma unidade de tempo;
Tempo de Geração é o intervalo de tempo necessário que a uma célula precisa para se duplicar. O tempo de geração é variável conforme cada espécie, assim pode-se ter bactérias que o tempo geração de 10 a 15 minutos a 3 horas. Que fique claro que o tempo de geração não é uma medida absoluta, que está sujeito a variações tanto ambientais quanto genéticas, sendo calculado por equação exponencial de uma cultura bacteriana.
Assim a cada tempo de geração a população dobra de tamanho, por fissão binária, o que caracteriza a função exponencial ou logarítmica.
Tempo de Vida das Bactérias
Considerando-se uma célula isolada, o tempo de vida de uma bactéria vai do término da divisão celular anterior até o final da próxima divisão.
Uma população de bactérias existe por tempo indeterminado.
Explique a técnica de coloração de gram.
Esta diferença de coloração é resultante de diferenças na estrutura da parede bacteriana destes dois grupos.
As paredes das bactérias Gram+ são fundamentalmente compostas por uma espessa camada de peptidoglicano enquanto as bactérias Gram- possuem uma fina camada de peptidoglicano e, exteriormente, uma membrana externa.
Esta diferença na parede vai influenciar:
1) as ligações iónicas entre os grupos químicos básicos do corante e os grupos ácidos da célula.
2) A diferença de permeabilidade da parede ao álcool.
O princípio da técnica de Gram é o seguinte: inicialmente faz-se atuar um corante básico – violeta de Genciana; aplica-se em seguida um mordente – soluto de Lugol ( solução iodo-iodada ).
A fase seguinte é uma descoloração pelo álcool, aplicando-se por fim outro corante – fucsina diluída ou safranina.
Umas bactérias apresentar-se-ão coradas pelo violeta de Genciana enquanto outras apresentar-se-ão coradas pela fucsina.
Como as bactérias se comportam na presença de oxigênio. 
Os microrganismos podem crescer na presença ou ausência de oxigênio e, neste aspecto, podem ser classificados em: 
Aeróbios: são os microrganismos que normalmente requerem oxigênio para crescer. 
Facultativos: são os microrganismos quecrescem na presença de oxigênio ou na ausência dele (anaerobiose). 
Anaeróbios: são os microrganismos que ou crescem na presença de baixas concentrações de oxigênio, os chamados de anaeróbios facultativos, ou morrem quando estão na presença deste gás; estes são os chamados de anaeróbios estritos. 
Microaerófilos: são organismos aeróbios, porém somente crescem em concentrações de oxigênio menores que a do ar (entre 1% e 15%). 
10. Desenhe o gráfico e explique as fases do crescimento bacteriano. 
Fases do Crescimento Microbiano
O crescimento bacteriano é representado por uma curva, quando se realiza contagem da população em intervalos de tempos após um inoculo de um numero pequeno em meio liquido.
Fase Lag
No início, durante um período de tempo o número de células sofre pequenas variações devido às bactérias não se reproduzirem imediatamente quando colocadas em um novo meio de cultura. Este período é chamado de Fase Lag que pode ser estender por horas a vários dias.
Fase Log
Passado à fase lag, as células iniciam o processo de divisão celular, que é o crescimento exponencial do seu número. Neste estágio o tempo de geração atinge valores constantes, e é também neste estágio o período de maior atividade metabólica. Na Fase Log a colônia é extremamente sensível a variações ambientais podendo comprometer fases importantes do desenvolvimento bacteriano.
Fase Estácionaria
Caso ocorresse da colônia continuar na fase log indeterminadamente, uma bactérias com o tempo de geração de 20 minutos depois de 25h30min teria uma população com o peso aproximado de 80.000 toneladas. Contudo isso não ocorre devido ao término de nutrientes, excesso de produtos metabólicos tóxicos. Assim o número de novas bactérias se equivalem o número de bactérias mortas.
Fase de Declínio ou Morte Celular
Neste ponto, o número de bactérias mortas excedem o número de novas bactérias e assim há o declínio no gráfico. Esta fase perdura até que fiquem pouquíssimas bactérias ou ocorre a extinção da colônia.
Curva de crescimento bacteriano mostrando as quatro fases típicas de crescimento.
Conceitue imunologia. 
A imunologia é o estudo das respostas do organismo que fornecem imunidade, ou seja, proteção às doenças. Ainda que o sistema imune seja muito complexo, certos componentes do sistema imune são facilmente detectados, como por exemplo, os anticorpos.
O que é sistema imune? 
O sistema imunológico, também chamado de sistema imune ou imunitário é um conjunto de elementos existentes no corpo humano que interagem entre si com o objetivo de defendê-lo contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros.
O sistema imunológico é mesmo uma proteção, um escudo ou uma barreira que nos protege de seres indesejáveis (os chamados patógenos), que tentam invadir o nosso corpo e assim, esse sistema tem a função não só de impedir essa invasão, como também exerce a função de combate e de destruição.
Trata-se de um sistema complexo, composto por diversas partes - entre células e órgãos,cada qual com uma função específica, agindo como um exército.
O que é resposta imune? 
Uma resposta é uma contestação que um sujeito dá a outro ao ser requerido ou chamado. O conceito também pode ser usado com referência à satisfação de uma consulta ou à reacção perante um estímulo.
Imune, por sua vez, é um adjectivo que deriva do vocábulo latino immūnis e que se refere àquilo que não se pode vulnerar, que não sofre as consequências de uma doença ou que está relacionado com a imunidade (a resistência face a agente patogénico).
Dá-se o nome de resposta imune ou resposta imunitária à maneira que tem o organismo de reconhecer e de se defender dos agentes que lhe são estranhos e prejudicais. Essa resposta é regulada pelo denominado sistema imunitário.
Este sistema é formado por diversas estruturas que permitem, através de vários processos, identificar e eliminar os agentes patogénicos que o possam prejudicar. Para que a resposta imune seja correcta, é imprescindível que o sistema imunitário reconheça com precisão os agentes nocivos/prejudicais e que os distingue das células saudáveis.
A resposta imune costuma ser uma reacção face às moléculas que se encontram na superfície das bactérias, dos vírus, das células ou dos fungos. Também a resposta imune pode estar relacionado com a presença de uma partícula que é estranha ou de uma toxina.
Um exemplo simples de resposta imune é a tosse, que é um reflexo que surge quando um agente estranho aparece nas vias respiratórias. Neste caso, trata-se de uma resposta imune inata, que todas as pessoas têm desde o seu nascimento.
O que é imunidade? 
imunidade é a resistência ou proteção contra algo, normalmente relacionada com doenças e infecções que podem atacar o organismo de um ser vivo. Assim, a imunidade consiste num conjunto de mecanismos que defendem o corpo de agentes infecciosos invasores.
Com a baixa imunidade do organismo, a pessoa fica predisposta ao “ataque” de vírus e bactérias que podem provocar diversas doenças. Por este motivo, é importante manter uma alimentação saudável e diversificada para evitar a queda do sistema imunitário.
Para aumentar a imunidade ou mantê-la controlada é aconselhável a ingestão de todas as vitaminas e minerais básicos para o funcionamento das células e funções corporais, inclusive os linfócitos (também conhecidos por glóbulos brancos), que fazem parte da defesa do organismo.
Conceitue autoimunidade
 Autoimunidade é uma disfunção do nosso sistema imunológico, que deixa de reconhecer o próprio corpo e, ao invés de combater só vírus e bactérias “inimigas”, passa a atacar também células e tecidos saudáveis. 
As doenças autoimunitárias mais conhecidas são: esclerose múltipla, lúpus eritomatoso sistêmico, vitiligo, artrite-reumatóide, psoríase e diabetes mellitus tipo 1.
16. O que é microbiota indígena e como pode ser classificada? 
Microbiota normal refere-se à população de microorganismos que habita à pele e às mucosas de pessoas normais e sadias. 
Não somos estéreis. Para cada célula existem cerca de 50 bactérias. Único momento que somos ou fomos estéreis é no útero materno. Pois a placenta impede a passagem de microorganismos. O vírus da rubéola é o único que ultrapassa a placente.
No vácuo também não possui microorganismos.
MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO (MNCH)
A microbiota não é uniforme - varia em quantidade e qualidade.
PRA QUE SERVE?
1-) Constituem mecanismo de defesa do hospedeiro (resistência à colonização)
2-) Podem ter função nutricional excreção de vitaminas (B e K)
3-) Auxiliam na quebra enzimática dos alimentos no intestino grosso do hospedeiro.
4-) Estimulam o desenvolvimento e a ativação do sistema imunológico do hospedeiro.
Podem causar doença, principalmente em indivíduos imunodeprimidos ou debilitados, ou quando transferidos para locais não usuais do corpo.
PODEM SER:
RESIDENTE: Regularidade em determinada idade e área da superfície.
TRANSITÓRIA: Não patogênicos, permanecem da pele ou mucosa por horas, dias ou semanas, provenientes do meio externo, não provocam doenças e não se estabelecem em definitivo.
PARASITA: Organismo que vive sobre um hospedeiro e que lhe causa danos (Patógeno)
DIFERENÇAS: INFECÇÃO X ENFERMIDADE
DOENÇA: quando ocorre uma lesão tecidual.
INFECÇÃO: Penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um agente etiológico animado no organismo de um hospedeiro, produzindo danos a este, com ou sem aparecimento de sintomas clinicamente reconhecíveis. Em essência, a infecção é uma competição vital entre um agente etiológico animado (parasita sensu lato) e um hospedeiro; é, portanto, uma luta pela sobrevivência entre dois seres vivos, que visam à manutenção de sua espécie. Nem sempre é uma doença.
Os microorganismos não são encontrados em todo o corpo, mas localizados em certas regiões do tecido, da pele e  mucosa. Pele, olhos, ouvidos, sistema respiratório (fossas nasais e garganta), gastrointestinal (boca, intestino grosso), urogenital ou geniturinário (vagina)
Citeas principais células imunidade inata e adquirida 
Células do sistema imune inato
Células do sistema imune inato (monócito-macrófagos e PMNs), células NK, basófilos, eosinófilos e plaquetas. O papel dessas células foi discutido anteriormente (veja imunidade não específica, aula 1).  Os receptores dessas células são receptores de padrões de reconhecimento (PRRs) que reconhecem padrões moleculares gerais encontrados nos patógenos (padrões moleculares associados a patógenos PAMPS). 
        Células que conectam os sistemas imunes inato e adaptativo
Uma sub-divisão especializada de células chamadas células apresentadoras de antígenos (APCs) são uma população heterogênea de leucócitos que têm papel importante na imunidade inata e também age como um conector para o sistema imune adaptativo ao participar na ativação de células T auxiliares (células Th).  Essas células incluem células dendríticas e macrófagos. Um aspecto característico das APCs é a expressão de uma molécula de superfície codificada por genes do complexo maior de histocompatibilidade, referidas como moléculas de MHC classe II. Linfócitos B também expressam moléculas de MHC classe II e eles também funcionam como APCs, embora eles não sejam considerados parte do sistema imune inato. Além disso, algumas outras células ( e.g., células epiteliais do timo) podem expressar moléculas de MHC classe II e podem funcionar como APCs. 
        Células do sistema imune adaptativo 
Células que constituem o sistema imune adaptativo (específico) incluem os linfócitos B e T. Após exposição ao antígeno, células B diferenciam em plasmócitos cuja função primária é a produção de anticorpos. Similarmente, células T podem se diferenciar em células T citotóxicas (Tc) ou células auxiliares (Th) das quais existem dois tipos: Células  Th1 e Th2. 
Classifique os linfócito TCD4 e CD8, Linfócitos B e NK. 
Linfócito T - possuem a função de fabricar os anticorpos do sangue, atuando também na imunidade celular.
 
- Linfócito B - são responsáveis pelo reconhecimento dos antígenos (corpos estranhos que entram no corpo humano). Produzem os anticorpos contra os antígenos.
 
- Células NK (Natural Killers) - totalizam cerca de 10% dos linfócitos presentes no sangue. Possuem a capacidade de atacar e destruir células hostis ao corpo humano. 
as duas células são linfócitos T. a diferença é que a célula CD4+ apresenta como o nome já diz o CD4 expresso em sua membrana e a CD8+ apresenta o CD8 na sua membrana e com isso a CD4+ acaba se ligando com o MHC2 (complexo de histocompatibilidade do tipo 2, que apresenta antigenos de microorganismos fagocitados) e a célula CD8+ reconhece MHC1 (complexo de hiscompatibilidade do tipo 1, que apresenta atígenos presentes no citoplasma celular). as células CD8+ também são chamadas de citolíticas ou mais comumente de citotóxicas, ou seja, depois de ativadas destroem as células que apresentam o antígeno específico pelo MHC1 a partir de perforina e granzimas.as células CD4+ podem se diferenciar em dois tipos (Th1 quando estimulados pela IL-12 que produzida por macrófagos quando ativos ou Th2 quando estimulados por IL-04 que até hoje não se sabe bem ao certo como se faz sua produção inicial).o papel principal dos CD4+ Th1 eh auxiliar os macrófagos na destruição dos microorganismos fagocitados a partir do intérferon gama e os Th2 são responsáveis pela mudança de cadeia pesada dos anticorpos para a defesa contra helmintos, artrópodes e também os mesmos das reações alérgicas.lembro a você que quanto ao MHC ( complexo de histoomptibilidade) que todas as células apresentam MHC1 porém apenas células APCs (células apresentadoras de antigenos profissionais, como as células dendrítias, os linfócitos B e os macrófagos) são capazes de apresentar o MHC2 pois este envolve fagocitose.
Quais as principais características da imunidade inata? 
Imunidade Inata
Composta de mecanismos capazes de rápidas respostas aos micro-organismos.São seus componentes as células NK, macrófagos, neutrófilos, células dendríticas e sistema complemento.Possui como barreiras a pele, mucosas, suor, saliva e proteínas do sangue.
não apresentam especificidade e memória imunológica, sendo essencial no controle de infecções comuns.
Imunidade Adquirida
É caracterizada pela especificidade e a capacidade de "lembrar" e responder mais vigorosamente às exposições aos micro-organismos.É composta por linfócitos e anticorpos, é baseada na seleção clonal.
Antígenos
Substâncias capazes de iniciar uma resposta imune.Podem ser antigênicos (reagem com um anticorpo específico)e imunogênicos ( induzem a uma resposta imune).
Haptenos:moléculas pequenas que não apresentam imunogenicidade.
Reação-cruzada:é quando um anticorpo reage com um antígeno que não induziu a sua produção.
Epítopos:pequena região capaz de ser reconhecida pelo anticorpo e se ligar a ele.
Anticorpos
São moléculas produzidas em resposta à presença de um antígeno.São capazes de neutralizar toxinas, precipitar micro-organismos, ativar o sistema complemento e imobilizar micro-organismos.
Caracterize PAMP e DAMP. 
PAMPs (Padrões Moleculares Associados a Patógenos) são substâncias microbianas (características de patógenos) que estimulam a imunidade inata. Dentre eles podem ser citados os ácidos nucleicos (como RNA de fita simples e RNA de fita dupla, presentes nos vírus), proteínas (como as estruturas pilina e flagelina encontradas nas bactérias), lipídeos de parede celular (LPS - bactérias Gram negativas; ácido lipoteicoico - bactérias Gram positivas) e carboidratos (como as mananas e glucanas dectina, presentes em fungos).
Estes produtos microbianos são essenciais para a sobrevivência dos micro-organismos patogênicos, por isso o reconhecimento dos mesmos pelas células de defesa do nosso organismo é de extrema importância, uma vez que a imunidade inata, ao entrar em contato com esses patógenos, é capaz de gerar uma resposta contra eles.
Os DAMPs (Padrões Moleculares Associados a Danos), por sua vez, são substâncias endógenas produzidas ou liberadas por células mortas ou danificadas causadas por infecções, por exemplo. Além disso também podem indicar lesões celulares assépticas (sem infecção) provocadas por queimaduras, toxinas químicas, traumas, entre outras.
Além dos PAMPs e DAMPs, ainda podem ser citados os VAMPs (Padrões Moleculares Associados a Venenos), que são moléculas introduzidas no hospedeiro através de picadas de escorpiões e abelhas, por exemplo.
Essas moléculas (PAMPs, DAMPs e VAMPs) são reconhecidas por PRRs (Receptores de Reconhecimento de Padrões), expressas por fagócitos e outros tipos celulares, e ligam-se a eles. Essa ligação inicia diversos eventos que levam à eliminação dos micro-organismos. 
	
Cite e explique as propriedades da imunidade adquirida. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ESPECÍFICA
Desenvolve-se como uma resposta a infecção e se adapta a ela. Apresenta uma grande especificidade para as mais distintas macromoléculas e capacidade de lembrar e de responder mais vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo mo. A resposta imune adquirida é divida em duas partes que ocorrem simultaneamente.
A resposta imune humoral é composta pelos linfócitos B, que são capazes de reconhecer tanto antígenos extracelulares quanto os de superfície celular e se diferenciam então, em células capazes de produzir anticorpos, os plasmócitos.
Já a resposta imune celular é composta pelos linfócitos T que tem uma especificidade restrita, reconhecem somente antígenos peptídicos ligados a moléculas do hospedeiro (MHC). Os linfócitos T se dividem em TCD4 ou T auxiliares e os TCD8 ou T citotóxicos.
FASES DA RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA
Reconhecimento: cada grupo de linfócitos origina-se de um precursor único e é capaz de reconhecer e responder a um determinante antigênico distinto.
Ativação dos linfócitos: requerem dois sinais distintos, o primeiro é o próprio antígeno e o segundo produtos microbianos ou componentes da resposta inata aos antígenos. Exemplo: citocinas
Após a ativação ocorreuma série de eventos detalhados a seguir.
- síntese de novas proteínas que são produzidas pelos linfócitos para estimular o crescimento e a diferenciação das células efetoras. Ex: expressão de receptores que tornam os linfócitos mais responsivos as citocinas.
-expansão clonal: os linfócitos antígeno-específico sofrem divisão mitótica, o que resulta no aumento e na proliferação desses linfócitos.
-diferenciação em células efetoras ou de memória
-homeostase: retorno do estado basal do sistema imune, já que, exceto os linfócitos de memória, os demais morrem por apoptose.
Fase Efetora
Os anticorpos produzidos pelos LB eliminam os mo extracelulares, enquanto que os LT os mo intracelulares.
Caracterize as classes de imunoglobulinas.
IgG: ENCONTRA-SE NA LINFA
É a Imunoglobulina mais abundante, nas respostas imunes secundarias e, diferente da IGM, que está distribuída igualmente entre os espaços, intravasculares e extravasculares. Um mecanismo importante das subclasses IgG1 e IgG3 humano é a ativação da via clássica do complemento. Este consiste em um complexo do grupo de proteínas envolvidas na eliminação dos patógenos e na medição da inflamação.
(VIA CLÁSSICA: é uma via do sistema complemento).
IgM: ENCONTRA-SE EM DOENÇA AGUDA SERVINDO COMO UM MARCADOR.
É a Imunoglobulina predominante nas respostas primarias e é uma proteína restrita ao espaço intravascular. Uma vez ligada ao seu alvo a IGM é potente ativadora da via clássica do sistema complemento. Difere do IgG, pois uma única molécula de IgM ligada, é capaz de iniciar a cascata porque as regiões Fc adjacentes intrínsecas a estrutura.
IgA: ENCONTRA-SE NA SALIVA, NA SECREÇÃO E TAMBÉM NO LEITE. NO COLON A IMUNOGLOBULINA PREDOMINANTE É A IGA 2.
Sobre o ponto de vista funcional, embora existam níveis significativos de IgA no soro é consenso geral que a forma secretora desta imunoglobulina é a mais importante.
A IgA 1 é a subclasse predominante no soro, contribuindo com 70 a 95% da IgA total.
IgD: FICA SÓ NA MEMBRANA DO LINFÓCITO B E NO SANGUE ENCONTRA-SE SOMENTE UM TRAÇO, ELA NUNCA AUMENTA DE CONCENTRAÇÃO.
O papel desta Imunoglobina ainda permanece obscuro mas a IgD parece exercer um papel na diferenciação dos linfócitos induzida pelo antígeno.
IgE: ENCONTRADO EM PEQUENA QUANTIDADE NO SANGUE, MAS AUMENTA A CONCENTRAÇÃO EM UMA ALERGIA OU PRESENÇA DE VERME.
Apesar da sua concentração reduzida no soro, a IgE caracteriza-se por sua capacidade de ligar-se aos basófios circulantes e aos mastócitos teciduais, através do receptor de alta afinidade. Esta classe de Imunoglobulina, pode ter surgido, para fornecer imunidade contra os parasitas helmintos, mas em muitos paises desenvolvidos se encontra comumente associada com doenças alérgicas.
Cite os aglutinogênios e aglutininas dos tipos sanguíneos.
Aglutinogênio : São os antígenos que os glóbulos vermelhos possuem 
por exemplo : 
se o tipo de sangue da pessoa e A ela produz o aglutinogênio A 
Se for O (doador universal no sistema ABO) ela não produzira antígenos 
Aglutinina :São anticorpos ,proteínas ligadas ao sistema imunológico. 
Exemplo: 
Se o sangue for A apresenta anti-B (aglutinina) 
Se for B anti-A 
Se for AB não possuirá anticorpos 
Se for O possuirá anti-A e anti-B(por isso e doador universal em pequenas transfusões caso contrario pode provocar aglutinação como os demais,por isso recomenda-se o uso do mesmo tipo sanguíneo)

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