TCC DIREITO justiça restaurativa

FACULDA DE CASA DO ESTUDANTE CURSO DE DIRE ITO THIAGO L OUREIRO BA TISTA PRÁTICA DE JUSTIÇA RESTAURATIVA: O DESAFIO DE U M NOVO MODELO DE JUST IÇA A R A CRUZ 2017 THIAGO L OUREIRO BAT IST A PRÁTICA DE JUSTIÇA RESTAURATIVA : O DESAFIO DE U M NOVO MODELO DE JUS TIÇA Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito da Fac uldade Casa do Estudante, como r equisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito Orientadora: Profa. Msc. Maria Cristina Hatab de Castro A R A CRUZ 2017 THIAGO L OUREIRO BA TISTA PRÁTICA DE JUSTIÇA RESTAURATIVA : O DESAFIO DE UM NOVO MODELO DE JUS TIÇA Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito da Faculdade Casa do Estudante, como requisito pa rcial para obtenção do título de Bacharel em Direito Aprovado em 16 de novembro de 2017 . COMISSÃO EXAMINA DOR A : _________ ________ _______ ________ ______ Profa. Msc. Maria Cristina Hatab de Castro. FACE \u2013 Faculdade Casa do Estudante Orientadora _________ ________ __________ ________ ___ Prof. Msc. Marcelo José de Souza FACE \u2013 Faculdade Casa do Estudante _________ ________ __________ ________ ___ Prof. Msc. Dalton Almeida Ribeiro FACE \u2013 Faculdade Casa do Estudante A GR A DECIMENTOS E m meio as lutas, não podia deixar de agradecer a Deus pelo amor e pelo cuidado a mim demonstrado. Também quero agradece r a minha esp osa e filha qu e estiveram comigo durante este tempo e entenderam a minha a usência , além d e m e apo i ar nos momentos em que precisei . Além delas tenho toda minha família e amigos que participaram comigo desta vitória. Agradeço ainda, aos m estres que n ão poupara m esforços para transmitir todo o seu conh ecim ento durante esses anos, e pelo empenho em nos formar bons profissionais. RESUMO A Justiça Restaurativa é um no v o modelo que tem um a nova solução penal mais humana. Uma nova ideia de justiça q ue vem se contrapor à Justiça Ret ributiv a, muito utilizada p elo Estado na resolução de conflito s em seu modelo convencional. Na Justiça Restaurativ a, em seu desenv olvimento processual, apresenta uma evolução da pena no que tange a f unção do D ireito Penal. E la aparece com valores, princípios e resultados de um modelo que aproxima ví tima e ofensor, e em seu resultado busca externar a relação da vitimologia, da criminologia e da garantia para a justiça restaurativa. Faz \u2013 se presente um relato histórico do surgimento da Justiça Restaurativa, na América, na Europa e na Ocean i a . Um modelo que traz para o processo, a vítima e seus interesses, d i fundindo assim , a efetivação do denominado círculo restaurativo, no formato de med i ação, com a finalidade de solucionar o conflito en tre vítima e ofensor, e a reparação dos danos. Considerando pôr fim, a participação do executivo na disseminação da pratica e encaminhamento de processos para o atendimento restaurativo. Palavras chave: Justiça Restaurativa.(Círculo Restaurati vo ). Rest auração de Danos. Valores Restaurativos . ABSTRA CT Restorative Justice is a new model th at has a new, more huma ne criminal solution. A new idea of justice that opposes t he Retributive Justice, mu ch u sed by the Sta te in resolving conflicts in its conventional model. In the Restorative Justice, in its procedural de velopment, it presents an evolution of the sentence regarding the function of Criminal Law. It appears with values, p rinciples and results of a model that approximates victim and offender, and in its result seeks to externalize the relation of victimology, criminology an d guarantee for restorative justice. A historical account of the emergence of Restorative Ju stice is presented in America, Europe and Oceania. A model that brings to th e process, the victim and the ir interests, thus spreading the ef fe ctiveness of the so-called restorative circle, in th e form of mediation, with the purpose of resolving the conflict between victim and offender, and repairing damages. Con sideri ng the end, the participation of the executive in th e dissemination of practice and referral of processes for the restorative care. Key w ords: Restorative Justice. (Restorative Circle). Dama ge Restoration. Restorative Values. LISTA DE TABELA S Tabela 1 - Diferença entre Mediação e Conciliação...................................... 30 Tabela 2 - Formas de ver o Crime........................................... ...................... 40 Tabela 3 - Visões de Responsabilidade........................................ ................ 41 Tabela 4 - Visões de Justiça............................................... .......................... 42 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................. ........................ .................... 9 2 JUSTIÇA RESTAURATIVA...................................................................... 12 2.1 BREVE HISTÓRICO DAS PRATICAS DE JUSTIÇA RESTAURATIV A .... 12 2.2 A JUSTIÇA RESTAURATIVA NO BRASIL................................................ 14 2.3 CONCEITO....................................................................................... ......... 17 2.4 VALORES RESTAURATIVOS.................................. ................................. 18 2.4.1 Participação................................................... .................................. .......... 19 2.4.2 Respeito....................................................... ...................................... ....... 19 2.4.3 Honestidade................................................... ........................................... 20 2.4.4 Humildade........................................... ............................................... ....... 20 2.4.5 Interconexão................................................ .............................................. 21 2.4.6 Responsabilidade................................................................... ................... 22 2.4.7 Empoderamento............................................ ............................................ 22 2.4.8 Esperança........................................................................................ ......... 22 2.5 O PAPEL DOS ENVOLVIDOS: VITIMA, OFENSOR, COMUNIDADE E FACILITADOR............................................... ............................................ 23 2.5.1 Ví tima.............................................................. ........................................... 24 2.5.2 Ofensor........................................... .................................................. ......... 25 2.5.3 Comunidade................................................................... ........................... 26 2.5.4 Facilitador.................................................... .............................................. 27 2.6 METODOS RESTAURATIVOS.................................................................. 28 2.6.1 Mediação vítima-ofensor............ .. ................................................... ......... 28 2.6.2 Conciliação.................................................. .............................................. 32 2. 6.3 Reunião de Grupo Familiar (\u201cFamily Group Conf erencing\u201d FGC) ............. .............. ............ ......... .............. ............. ......... .............. ......... . 33 2.6.4 Círculos decisórios................................................................................... 35 3 DISTINÇÃO ENTRE JUSTIÇA RESTAURA TIV A E JUSTIÇ A TRADICIONAL ............ ................ ......... ........... ................ ......... ........... ...... . 37 4 RESPONSABILIDADES DOS ORGÃOS COMPETENTES A PARTIR DO ESTUDO DO MANU A L DE GESTÃO PA R A ALTERN A TIVAS PENAIS: PRÁTICAS DE JUSTIÇA RESTAUR A TIVA .................... .......... . 44 4.1 RESPONSABILIDADES DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL................ 44 4.2 RESPOSABILIDADES DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL........... ....... 46 4.3 A PARCERIA ENTRE PODER EXECUTIVO ES TADUAL E SISTEMA DE JUSTIÇA.............................................. ....................................... ........ ........ 46 4.4 ENCAMINHAMENTOS.................................. .................................. ........... 47 5 CONCLUSÃO ............. ................ .............. ............ .......... .............. ............ .. 49 REFERÊNCIAS.................................... ........................................... .... ................... 52 9 1 INTRODUÇÃ O O crim e pode ser considerado uma violação de d ireito, onde há u m sempre uma vítima e um infrator, sen do assim uma ruptura nas relações entre os atores envolvidos. Qua ndo ele ocorre, cabe à justiça identificar as n ecessidade e obrigações oriundas dessa violação. Sendo assim , a prá tica da justiça restaurativa se apresenta como uma resposta adequada a certos tipos de transgressões. A justiça restaurativa consiste em um consenso entre os envolv idos na violação, que além da vítima e infrator ap enas, podem ser também membros de um g rupo afetado pela infração. Ess es participam para a construção de soluções, cura do trauma ou perdas sofridas. Conforme esclarece Renato Sócrates Gomes Pinto: A Jus tiça Restaurat iva baseia -se n um procedimento de consenso, em que a vítima e o infrator, e, qu ando a propriado, outras pe ssoas ou m embros da comunidade afetados pelo c ri m e, c o m o s ujeitos c entrais, participam coletiva e ativam ente na co nstrução d e soluções para a c ura das f eridas, dos traumas e perdas causad os pelo crim e (PINTO, 2005, p. 20) É importante ressaltar que , para que a prática se realiz e precisa haver interesse dos envolvidos em participar do processo. Sendo assim, eles devem ser encorajados a participar deste processo restaurativo de forma voluntá ria e comprometida. De início cabe ressaltar que a prática é m arcada pela voluntariedade, no tocante a participação da vítima e ofensor. Estes devem ser encorajados à participar de form a plena no processo restaurat ivo, mas deve ha ver consenso de stes em relação aos fatos essenciais relativos à infração e assunção da respons abilidade por parte do inf rator. (VIT TO, 2005, p.44) Por contar com a participação ativa d os envolvidos no fato, o m odelo de justiça restaurativa pode também promover a democratização da justi ça, uma vez que todos os envolvidos participam a tivamente do processo , e se apropriam das formas de resolução do mesmo, num processo restaurador. E promoverá a democracia participativa na áre a de Justiça Crim inal, um a vez que a vítima, o infrator e a comunidade se apropriam de significativa parte do processo decisório, na busc a compartilhada de cura e

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