Buscar

Equipamentos de Laboratorio

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES 
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
Tamara Inês Fiegenbaum 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lajeado, março de 2020. 
 
 
EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO 
 
Tamara Inês Fiegenbaum¹ 
Jane Herber² 
 
Resumo: Os equipamentos de laboratório são amplamente utilizados pela indústria, seja ela alimentícia, 
farmacêutica, química, entre outras. Eles possuem um papel fundamental na verificação da qualidade de 
produtos, desenvolvimento dos mesmos e também descobrimento de novos. O presente trabalho tem por objetivo 
relatar brevemente o uso e a importância de alguns equipamentos utilizados no dia-a-dia. 
 
Palavras-chave:​ Laboratório. Indústria. Análise. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O uso adequado de equipamentos de laboratório interfere diretamente na qualidade e 
confiabilidade de resultados obtidos. Para isso deve-se avaliar todos os interferentes possíveis, 
como o manuseio, calibração, uso de soluções corretas do equipamento, condições das 
amostras a serem analisadas, intervalo de uso, entre outros. 
O trabalho tem por objetivo relatar alguns dos equipamentos utilizados no dia-a-dia e 
o sua sistemática de funcionamento. 
 
2 OS EQUIPAMENTOS 
2.1 pHmetro 
O pHmetro é um equipamento utilizado para medir o nível de pH das substâncias, ou 
seja, a alcalinidade e a acidez, sendo utilizado amplamente no controle de qualidade e 
monitoramento de processos principalmente nas indústrias química, farmacêutica, cosmética, 
universidades e centros de pesquisas (PROLAB, 2020). 
Esse equipamento é constituído por um eletrodo de vidro e um circuito potenciômetro. 1
O eletrodo de vidro é responsável pela medição do pH, enquanto o outro verifica a 
temperatura da amostra. Esse eletrodo de vidro deve permanecer com a ponta redonda 
submersa em solução aquosa de KCl, enquanto seu interior possui solução aquosa de HCl 
(ANDRADE, 2011). 
Ainda para Andrade (2011), o pH pode ser explicado com log (aH​+​), ou seja, é 
inversamente proporcional à atividade de íons de hidrogênio. Explicando melhor, quanto 
1 Aluna do curso Técnico em Química da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES, Lajeado/RS. 
tamara.fiegenbaum@universo.univates.br 
2 Professora de Química Licenciatura, na Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES, Lajeado/RS. 
jane.herber@univates.br 
 
 
maior o número de íons de Hidrogênio presentes no solução, mais ácida a solução é, e 
vice-versa. A seguir pode-se visualizar um exemplo de pHmetro (FIGURA 01). 
 
Figura 1: pHmetro de bancada. 
 
Fonte: PROLAB, 2020. 
 
2.2 Cromatógrafo 
A cromatografia consiste em um processo físico de separação, no qual os componentes 
a serem separados são distribuídos em duas fases: fase estacionária e fase móvel. A fase 
estacionária pode ser um sólido ou um líquido dispostos sobre um um suporte com grande 
área superficial, enquanto a fase móvel pode ser gasosa ou líquida, passa sobre a fase 
estacionária arrastando consigo os componentes da mistura. Há quatro tipos de cromatografia 
utilizados: cromatografia em papel, cromatografia de camada delgada, cromatografia gasosa e 
cromatografia líquida de alta eficiência, e deve-se escolher qual usar de acordo com a amostra 
em questão (PERES, 2002). 
 
2.2.1 Cromatografia em papel 
Essa é uma técnica simples (FIGURA 02), onde uma amostra líquida flui por uma tira 
de papel adsorvente disposto verticalmente, o qual possui moléculas de celulose e grande 
afinidade com a água, sendo assim um suporte inerte contendo a fase estacionária aquosa 
(PERES, 2002). 
 
 
 
 
Figura 02: Cromatografia em papel 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
2.2.2 Cromatografia de camada delgada 
Nesse processo (FIGURA 03), a fase estacionária é uma camada fina formada por um 
sólido granulado disposto sobre uma placa de vidro ou alumínio. Pequenas gotas da amostra 
são colocadas perto do inferior da placa , deixando-a secar para colocar em um recipiente com 
fase móvel de polaridade semelhante, que começa a molhar a fase estacionária. Deixa-se secar 
a placa então para verificar o resultado com um reativo de cores no final (PERES, 2002). 
 
Figura 03: Cromatografia de camada delgada. 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
2.2.3 Cromatografia gasosa 
Nessa técnica (FIGURA 04), é possível a análise de várias substâncias em uma mesma 
amostra, onde a fase estacionária é um material líquido ou sólido pouco volátil que separa as 
substâncias presentes pela diferença de solubilidade e volatilidade. Já na fase móvel utiliza-se 
um gás de arraste, que transporta a amostra através da coluna de separação até o detector, 
onde os compostos separados são detectados (PERES, 2002). 
 
 
 
 
 
 
Figura 04: Cromatografia gasosa 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
2.2.4 Cromatografia líquida de alta eficiência 
Essa técnica (FIGURA 05) é assim denominada pelo fato de possuir como fase móvel 
o solvente, sendo utilizada para a separação de espécies iônicas ou macromoléculas e 
compostos termolábeis. Esse solvente não deve interagir quimicamente com a amostra e 
possuir alto grau de pureza, também com boa polaridade. Já na fase estacionária usa-se 
sólidos ou semirígidos (PERES, 2002). 
 
Figura 05: Cromatografia líquida de alta eficiência. 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
2.3Espectrofotômero 
O espectrofotômero (FIGURA 06) consiste em verificar e comparar a quantidade de 
luz absorvida por uma determinada solução, e por isso identifica e determina a concentração 
de substâncias que realizam a absorção de energia radiante (PROLAB, 2020). 
 
 
 
 
 
 
Figura 06: Exemplo de espectrofotômero. 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
O equipamento (FIGURA 07) possui uma fonte estável de energia radiante, um 
seletor de faixa espectral, um recipiente para colocar a amostra a ser analisada e um detector 
de radiação, o qual permite uma medida relativa da intensidade da luz. Dessa forma, o 
espectrofotômero consiste em passar um feixe de luz através da amostra e fazer a medição da 
intensidade da luz que atinge o detector, conforme Figura 04 (MARTINEZ, 2020). 
 
Figura 07: Representação do funcionamento de um espectrofotômero. 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
Ainda para Martinez (2020), é importante sempre calibrar o equipamento e não tocar o 
tubo de ensaio na parte do meio, para evitar assim, manchas que possam interferir no 
resultado final. 
 
2.4 Espectrometria de absorção atômica 
A espectrometria de absorção atômica (FIGURA 08) é uma das técnicas mais 
utilizadas na determinação de elementos metálicos em baixas concentrações, seja em amostras 
 
 
líquidas, sólidas, gasosas ou em suspensão. O processo é composto de fonte de radiação, 
sistema atomização, conjunto monocromador, detector e processador (KRUG, 2004). 
A atomização pode então ser feita em chama, tubo aquecido acoplado a gerador de 
hidretos, através da geração de vapor a frio, e eletrotermicamente em forno de grafite, ou 
sistemas alternativos (KRUG, 2004). 
 
Figura 08: Espectrometria de absorção atômica 
 
Fonte: Imagens do Google (2020). 
 
3 CONCLUSÃO 
A partir do trabalho realizado, pode-se concluir que os equipamentos descritos são de 
extremaimportância na vida cotidiana, pois sem eles muitas das análises realizadas nas 
indústrias não seriam possíveis, o que poderia impedir a garantia de qualidade dos produtos 
oferecidos. Além disso, o mesmo foi importante para entender um pouco mais sobre a rotina 
laboratorial. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, João Carlos de.​ Química Analítica Básica:​ Os instrumentos básicos de 
laboratório. Campinas, SP. 2011. Disponível 
em:<​https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9832/5175​>. 
Acesso em: 15 de março de 2020. 
 
KRUG, Francisco J.; NÓBREGA, Joaquim A.; OLIVEIRA, Pedro V. ​Espectrometria de 
absorção atômica Parte 1. Fundamentos e atomização com chama. ​2004. Disponível 
em:<​http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/AAS-geral-parte-1-revisada.pdf​>. Acesso em: 
20 de março de 2020. 
 
MARTINEZ, Marina. Espectrofotômero. Disponível 
em:<​https://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/espectrofotometro/​>. Acesso em: 
20 de março de 2020. 
 
 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9832/5175
http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/AAS-geral-parte-1-revisada.pdf
https://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/espectrofotometro/
 
PERES, Terezinha B. Noções básicas de cromatografia. São Paulo, SP. 2002. Disponível 
em:<​http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/uploads/docs/bio/v64_2/peres.pdf​>. Acesso 
em: 20 de março de 2020. 
 
PROLAB. Materiais para laboratórios. São paulo, SP. 2020. Disponível 
em:<​https://www.prolab.com.br/produtos/equipamentos-para-laboratorio/phmetros/​>. Acesso 
em: 15 de março de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/uploads/docs/bio/v64_2/peres.pdf
https://www.prolab.com.br/produtos/equipamentos-para-laboratorio/phmetros/