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Caderno de Teoria Geral do Direito Privado II

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VII- Teoria da incapacidade 
1 -Introdução 
• Personalidade (nascimento com vida) x Capacidade(atuação) 
• Tipologia das capacidades: Civil (plena:18 anos e tóxicos:16 anos) x Politica 
(16 anos) 
• Capaz- Capacidade Civil 18 anos e capacidade política 16 anos 
2-Capacidade de direito (direitos e obrigações) x de fato (atuação por si só) 
• Capacidade civil/ Capacidade jurídica 
• a) Capacidade de direito ou gozo 
• · Atributo inerente a pessoas (todos) 
• · Titular: direitos e obrigações (art. 1º do CC) 
• · Capacidade de Direito (Teixeira de Freitas) - Pessoal natural diferente de 
pessoa jurídica = direitos diferentes. 
• b) Capacidade de fato ou exercício 
• · Atuação por si só (criança não tem) 
• · Critérios: Idade, desenvolvimento mental, saúde 
• · Capacidade Plena (18 anos completos) 
• · Representação/ assistência 
• · Absolutamente incapaz: menor de 16 anos 
• · Relativamente incapaz: 16/17 anos, os que não expressam vontade (coma), 
ébrios/viciosidades e pródigos. 
• · Capacidade plena: 18 anos completos 
• · Cessão da incapacidade (emancipação): Pedir André foto depois 
3-Incapacidades (exceção) 
• · Capacidade como regra 
• · “Strict Iuris”-Lei que define 
• · Regime protetivo- proteger o incapaz 
• Gradações: 
• a) Incapacidade absoluta: menores de 16 anos 
• · Inaptos para atuar por si só 
• · Representação (agem pelo menor): automática(pais) x designada 
(tutor)(art.3º) 
• b) Incapacidade relativa 
• · Incapacidade quanto a alguns direitos 
• · Como regra são assistidos 
• · Atuam em conjunto (Pai/ tutor e ele) – assistido 
4- Critério Etário 
• · Menos de 16 anos: absolutamente incapaz 
• · Maiores de 16 e menores de 18: relativamente incapaz 
• · Maiores de 18 anos: Plenamente capaz 
• · Critério arbitrário (legislador quis)> segurança jurídica 
5- Maioridade e emancipação (não reflete na maioridade penal e não pode 
dirigir) 
• CC/16 x CC/02 
• Aquisição de capacidade antes da maioridade (art. 5º) 
• a) Voluntária (art. 5º§ único, I) 
• Concedida pelos pais (não pode ser reivindicada) 
• 16/ 17 anos 
• Escritura averbada no registro civil 
• Irrevogável 
• b) Judicial (art. 5º§ único, I) 
• Tutela 
• 16 anos 
• Provimento jurisdicional 
• c)Legal 
• Fator na lei 
• Art.5º,II, III, IV e V( Casamento, Concurso- cargo efetivo, Colação- superior, 
emprego- economia própria) 
6-analise crítica da incapacidade do menor 
• · Até os 16 anos, absolutamente incapaz, parcialmente incapaz entre 16 e 18. 
• · Idade x discernimento 
• · Construção da autonomia 
• · Análise situacional 
• · Caso gillick 
• · Convenção 1989 
• · Art12 
• · Att 13 
• · ECA(lei 8069/90) expressão, opinião e crença 
• · Enunciado 138 CJF - questões ligadas aos absolutamente incapazes 
7-Incapacidade do maior 
• · CC2002 original x CC 2002 pós epd 
• · EPD-lei 13146/2015- mudanças que impactaram o código civil brasileiro em 
relação a pessoa com deficiência, autônomia dos atos existenciais , podem 
testemunhar (mental e intelectual) 
• · Art 3° 
• · Art 4° 
7.1- Pessoa com deficiência mental 
• · Capazes - são capazes podem ou não ter curatela 
• · Passado da deficiência 
• · CC1916-loucos de todo gênero 
• · Mudanças positivas do EPD 
• · Manifestação da vontade 
7.2-Ebrios habituais/toxicômanos 
• · CC2002 
• · Art 4°, I 
• · Habitualidade 
• · Discernimento 
7.3- Não expressão da vontade 
• ·representação x assistência, pode ter representante em processo de curatela 
antes dividia-se entre absolutamente incapaz representante e assistência 
parcialmente incapaz. 
• - ex: coma 
7.4- Pródigos 
• · Dissipação de patrimônio 
• · Críticas 
• · Proteção: patrimônio x pessoa 
• · Atos patrimoniais apenas} art.1782 
 
 
VIII-Direitos da personalidade se opõem aos direitos economicamente 
apreciáveis 
1-Introdução 
• · Essenciais a pessoalidade 
• · Irradiam a pessoalidade 
• · Oposição economicamente apreciáveis 
• · origem recente> em razão das atrocidades do nazismo , surgem os direitos 
da personalidade 
• · D.U D.H(1948)Direitos universais Direito humano 
• · Brasil-CR 
• · -CC2002- traz pra legislação civil os direitos da personalidade 
2-pressupostos 
• · Autonomia 
• · Alteridade 
• · Dignidade 
• Pessoalidade é construída em razão do outro 
3-Abrangencia 
• · Minimundos necessário 
• · Linhas gerais 
• · Adquiridos/inatos -sendo os adquiridos relacionados a propriedade intelectual 
no sentido de pessoalidade 
• · Lesão> dano moral - compensatória não é ressarcitória pois não volta ao 
estado original 
• · Tutela inibitória- afastar a prática de dano moral 
• · Art.12 
• · Não há rol fechado 
4-Outras categorias 
• · Fundamentais/humanos 
• · Critério formal -código civil-personalidade 
• · Constituição-fundamentais 
• · Tratados-humanos 
• · Critério de pertinência -privado-personalidade 
• · Legislador-fundamentais 
• · Estado- humanos 
• · Preponderância- relações privadas 
• · Públicas 
• · Internacionais 
• · Metáfora da estátua 
5-Caracteristicas 
• · Absolutos 
• · Imprescritíveis 
• · Intransmissíveis 
6- Dignidade 
• · Abstração 
• · Uso teórico 
• · Art.1º CR 
• · Autonomia-construir seu projeto de vida boa 
• · Dimensão dúplice (entre a de cima e de baixo) 
• · Kant – não tratar ser humano como meio, mas como fim 
 
IX-Vida e integridade física 
1-Introdução 
• · Vida processo – não é estática, pode durar anos e anos, ligada a ideia de 
busca pela vida boa ou digna 
• · Incolumidade física/ uso do corpo – ninguém pode intervir e você não pode 
dispor 
2-tratamentos médicos 
• · Autonomia 
• · Consentimento Informado- dotar de informações para que o paciente fazer 
uma escolha consciente 
• · s/expressão da vontade 
• · ex: testemunhas de jeová- não se submetem a transfusões de sangue 
• · art.15 
3- Uso do corpo – na realização dos outros direitos de personalidade pois são 
expressos por ele 
• · Pessoalidade e autonomia 
• · Amplitude 
• · Esportes 
• · Práticas sexuais 
• · Modificação corporal 
• · Transexualidade 
• · Reprodução > barriga de aluguel >CFM 2168/2017 
4-disposição 
• · Exigência média 
• · Partes regeneráveis 
• · Órgãos duplos 
• · Art.13 
• · Criticas 
• · Transplantes >lei 9434/97- art 9º 
• · Auto mutilação 
5-uso de material para pericia 
• · Recusa 
• · Presunção>art.232 
• · Paternidade > art.301 
6- disposição post mortem 
• · Objetivos 
• · Científicos 
• · Altruísticos 
• · Art.14 
7-vida 
• · Processo >vida boa /vida digna 
• · Art.5º CR 
• · Pacientes terminais 
• · Eutanásia 
• · Ortanasia 
• · Distanásia 
• · Suicídio assistido 
 
X-Direito á integridade moral -buscar livro direito a personalidade 
• · Honra, bom conceito e dignidade- protegidas pelo direito a integridade moral 
• · Reflexos penais- foi onde iniciou-se a tutela desses direitos 
• · Art.138 – onde estão os seguintes: 
• · Injuria (lesão intima), calunia e difamação (mente que cometeu algo que afeta 
sua honra) 
• · Art.953, CC2002- sobre a indenização para estes crimes 
• · Art.5ºinciso X, CF/88-Muitos dos direitos da personalidade como direitos 
fundamentais. 
2- Direito a honra 
• · Necessidade de tutela 
• · No passado- Não se aplica mais a autotutela (excludente de ilicitude) 
• · Autotutela- pessoa poderia autotutelar seu direito a honra quando se sentisse 
ofendido 
• · Caso doca street- Inconformado com o comportamento da esposa ele a 
matou, o advogado usou a justificação que o comportamento dela feriu a honra 
do marido e o levou a um ato que seria legitima defesa a honra , uma autotutela 
defesa de sua honra . 
• · Caso Mayrink Veiga- socialite que vivia na mídia fazendo eventos, um 
jornalista escreveu uma nota sobre ela , a passagem dizia : luxo de mau gosto 
desgraçado e todos os amigos estão na cadeia .... o mundo de carmem é 
horrível .... está enorme monstruosa de feia.... alpinista social .... adoro causas 
perdidas. Chegando aos tribunais que essa seria uma ofensaa honra de 
Carmem. 
• · Art.557, III, CC/02- revogar doação a quem agride a sua honra. 
• · Art.1557, I, CC/02- anulação do casamento por erro essencial a honra e ao 
nome do outro 
• · Art.1814, CC/02- Excluir da sucessão aquele que atentou contra a honra do 
de cujos (morto) 
• Direito a honra e pessoa jurídica- É possível aplicar o direito a honra a pessoa 
jurídica-Difamação do nome da empresa que gera desconfiança dos clientes, 
diminuição do valor no mercado e outros, ideia atrelado ao dano 
extrapatrimonial, mas na verdade acaba tendo reflexos patrimoniais. 
• · Reparação civil por dano moral – existem compensações não pecuniárias por 
dano moral, como direito de resposta em publicações de revistas, divulgação 
da decisão judicial, retratações públicas (agente da lesão). 
• · Art.5º, V, CR/88 
3)Direito a privacidade 
• · Art.5º, X, CR/88- Direito sobre controle e coleta de seus dados pessoais 
(questão internet e CPF em notas) 
• · Habeas data -remédio constitucional, retificação de dados incorretos 
• · Danos pessoais 
• · Art.5º, LXXII,CR/88 
• · Direito inviolável(?) 
• · Caso Carolina Dieckmann x pânico -Sandália da humildade, ela não aceitou, 
eles a perseguiam em várias situações, guindaste e megafone, dentro da casa 
dela 
• · Local publico 
• · Roberto Carlos 
• · Censura x Privacidade 
• · ADI 4815/2016-Biografias não autorizadas 
• · Proteção post mortem 
• · Caso Garrincha -Biografia dele, sobre a forma física coisas ofensivas assim 
consideradas pela família dele 
• · Art.12, CC/02- quem pode entrar com esse tipo de ação 
• Privacidade e banco de dados 
• · Lei 12414/2011 
• · Lei 12965/2014-marco civil da internet 
• · Lei 13709/2018 regula a anterior 
• · Finalidade da especificação de propósitos – toda a empresa que coleta seus 
dados para seus bancos de dados, devem informar qual a finalidade dessa 
coleta e para o que eles serão utilizados. 
XI-Direito ao nome e imagem 
1- Nome (compõe um direito de personalidade) 
• · Designação /identificação (a partir do nome) 
• · Direito a personalidade 
• · Aspecto público (controle estatal) 
• · Aspecto privado (relação com as pessoas) 
• · Lei 6015/73- lei de registro público 
2-Direito ao nome 
• · CC> Nome= Prenome+ sobrenome 
• · Art.16 CC 
• a) direito a ter um nome 
• b) Controle do uso do nome >art.17- publicações que expõe a desprezo público 
• Art.18-uso do nome para fins comerciais 
• Ex: Carolina Ferraz- Site de prostituição- tomado o domínio baseado no art.18 
• c) Direito a retificação 
3-Elementos 
• · Nome 
• · Prenome 
• · Sobrenome 
• · Agnome-(mesmo nome , dentro da mesma família -Junior, Filho, primeiro) 
• · Cognome/ hipocorístico – apelido 
• · Pseudônimo- artigo 19 (atividades artísticas) 
4-alteração 
• · Regra geral: imutabilidade 
• · a) Mudança de prenome 
• · exposição ao ridículo -art.55> único LPR 
• · erro: grafia 
• · apelido público notório: art.58 
• · Vítimas e testemunhas 
• · Adoção 
• · Nome estrangeiro 
• · Transexualidade> STF- ADI 4275/RE670.422 
• CNJ-provimento 73/2018 
• · 18 anos 
• b) Mudança de sobrenome 
• · Padrasto/ madrasta – art. 57, 58 
• · Casamento- art.1565 
• · Divorcio- art.1571§2º 
• · União estável (estendem-se os direitos do casamento) 
• · Adoção-art.46, §5º ECA 
• · Homonímia- mesmo nome exatamente 
• · Reconhecimento de filhos 
• · Motivos sociais/ familiares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pós-2ªprova 
5-Direito a imagem 
• Controle sobre representação Visual 
• CR- art.5º CR 
Art. 5° . Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XXVIII – São assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da 
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades esportivas. 
 
• CC- Art.20 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, 
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser 
proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe 
atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins 
comerciais. (Vide ADIN 4815) 
• Imagem retrato X imagem atributo- imagem atributo relacionada a visão que 
as pessoas tem de você. 
• Imagem-retrato: representação física da pessoa, como um todo ou em 
separada, desde que identificáveis, por meio de pinturas, sites, fotografias e 
etc., que requer a autorização do retratado. 
• Imagem-atributo: é o conjunto de qualidades fomentado pela pessoa, 
reconhecido socialmente, como por exemplo, habilidade, competência, 
lealdade e etc. A imagem abrange também a reprodução, romanceada em 
livro, filme, novela da vida de pessoa de notoriedade. 
• Direito de arena- O direito de arena consiste na prerrogativa exclusiva das 
entidades desportivas de negociar, autorizar ou proibir a transmissão ou a 
reprodução de imagens dos eventos esportivos, conforme artigo 42 da lei Pelé, 
alterado pela lei 12.395/11. 
Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na 
prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a 
emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer 
meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem. (Redação dada pela 
lei 12.395, de 2011). 
 
• Aspecto patrimonial 
• Fins: Comerciais/ publicitários - Você pode fazer o controle destes 
• Regra Geral: autorização 
• Autorização tácita: Implícita, subentendida. 
• Não é absoluta> Outros direitos de personalidade –pode ser relativizada com 
outros direitos da personalidade 
• Critério: Lugar público – se está no lugar público você não tem controle 
• Critério: pessoa pública -respeito ao espaço de privacidade, imagem não deve 
ser utilizada de maneira arbitrária. 
• Crianças e a imagem: art.143 ECA- Este não é relativizado. 
Art.143- E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam 
respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. 
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança 
ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, 
parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome. (Redação dada 
pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003). 
 
• Lucro de intervenção e direito a imagem- Lucros recebidos por ato ilícito devem 
ser revertidos em favor do prejudicado. 
• Desafio: Imagem e internet 
Relacionado ao fato de que hoje disponibilizamos nossas imagens nas redes sociais 
, mas ainda assim temos direito sobre elas . 
 
XII- Pessoa Jurídica 
1-Introdução 
• Personalidade- Capacidade de direito 
• Associação como algo inerente ao humano – Salvaguarda dessas 
associações- sem atacar os sócios fora da sua pessoa jurídica 
• Conceito: “Entidade que a lei confere personalidade jurídica, capacitando-as a 
serem sujeitos de direito.” 
• Denominações diversas 
 
2-Caracteristicas 
• Personalidade própria 
• Patrimônio Próprio 
• Existência independente dos membros- Uma associação pode permanecer 
mesmo após a morte de seus sócios originais 
 
3-Requisitos 
• Vontade humana- associação por meio de contrato social 
• Observância das condições legais 
• Licitude dos propósitos- não se pode criar uma associação para fins ilícitos, 
como máfia. 
 
4-natureza Jurídica 
• A) Teorias da ficção - Física- natural fictícia natural- Jurídica 
A teoria da ficção legal, formulada por Savigny, afirma que só a pessoa natural é 
capaz de titularizar direitos subjetivos e ter ralações jurídicas e pressupõe a pessoa 
jurídica como sendo criação artificial do Estado por intermédio da lei, ou seja, um ente 
fictício. De acordo com esses princípios, a pessoa, ou seja, um ente fictício. De acordo 
com esses princípios, a pessoa jurídica é concebida como algo artificial e só serviria 
como fato explicativo de certos direitos a uma coletividade de pessoas físicas. 
A teoria da ficção doutrinária é definida por Vareilles - Sommieres, afirmando que a 
pessoa jurídica é uma realização artificial da própria doutrina, ou seja, não tem 
existência real e sim valor intelectual. Portanto, as teorias da ficção atualmente não 
são aceitas no âmbito jurídico, pois as teorias da ficção não explicam a existência do 
Estado como ente jurídico. 
• B)Teorias da realidade- Orgânica-Social/Vontade Técnica- Direito> Jurídica 
A teoria da realidade objetiva ou orgânica, sustenta que há junto as pessoas naturais 
organismos sociais, que são princípios jurídico, possuindo uma existência e vontade 
própria. Essa teoria afirma que a pessoa jurídica é formalizada pelo valor sociológico. 
A teoria da realidade técnica, entende que a pessoa jurídica é real, mas dentro da 
realidade técnica, ou seja, por meio de uma realidade que é diferente das pessoas 
naturais. Essa teoria afirma que a personificação dos grupos sociais é de ordem 
técnica, pois é o meio pelo qual o direito encontra para atribuir a existência de grupos 
capazes. 
a teoria da realidade das instituições jurídicas, diz que a personalidade jurídica é um 
atributo do Estado, onde este possibilita a sua aquisição. Devido a isso, o direito 
concede a personalidade a grupos específicos de pessoas que buscam o interesse 
comum. 
 
5-Classificação 
• A)Pessoa Jurídica de direito publico 
• Plano Externo-Estados e organizações - Art.42 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e 
todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
• Plano Interno 
• Administração Direita/Indireta -Art.41 
São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 
11.107, de 2005) 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, 
quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. 
 
• Responsabilidade Civil- Art.43 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos 
dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
 
6-Constituição da Pessoa Jurídica 
• Ato constitutivo 
• Estatuto 
• Contrato social 
• Escritura Pública e testamento 
• Registro marca o inicio 
• Autorização para registro quando necessária -Art 45 Começa a existência legal 
das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações 
por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro. 
 
• Administração- Individual, coletiva- Art.48- Se a pessoa jurídica tiver 
administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos 
presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere 
este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, 
simulação ou fraude. 
 
• Limites do ato construtivo-Art.47- Obrigam a pessoa jurídica os atos dos 
administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato 
constitutivo. 
 
7-Desconsideração 
• Personalidade distintiva: Fraudes/ abusos 
• EUA: Disregard Doctrine 
• Não aplicação da separação patrimonial>Levantar o véu 
• Não dissolução 
• Equidade/ moralidade/ boa-fé 
• Desconsideração inversa 
Art.50- Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos 
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados 
direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Medida Provisória nº 881, de 
2019) 
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização dolosa da 
pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de 
qualquer natureza. (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019) 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019) 
I -cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador 
ou vice-versa; (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019) 
II -transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto o de 
valor proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 
2019) 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 881, de 2019) 
§ 3º O disposto no caput e nos § 1º e § 2º também se aplica à extensão das obrigações 
de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Medida Provisória 
nº 881, de 2019) 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que 
trata o caput não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica.(Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019) 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade 
original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 881, de 2019) 
 
• Outros dispositivos 
• Art.28CDC- O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade 
quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de 
poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato 
social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, 
estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica 
provocados por má administração. 
§ 1º (Vetado). 
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, 
são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
§ 3º As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
§ 4º As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
§ 5º Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores. 
 
Art.4º Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada 
no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição 
de outras empresas temporariamente.” (NR) 
 
• Lei 9065/95: No caso das pessoas jurídicas de que trata o inciso III do art. 36, 
a base de cálculo da contribuição social corresponderá ao valordecorrente da 
aplicação do percentual de nove por cento sobre a receita bruta ajustada, 
quando for o caso, pelo valor das deduções previstas no art. 29. 
 
• Art.135 CIN- São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes 
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de 
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
 
• MP 881/19 
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos 
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados 
direta ou indiretamente pelo abuso. 
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização dolosa da 
pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de 
qualquer natureza. 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por: 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador 
ou vice-versa; 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto o de 
valor proporcionalmente insignificante; e 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
§ 3º O disposto no caput e nos § 1º e § 2º também se aplica à extensão das 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
 
• Modificações não definitivas 
• Redução da discricionariedade do Juiz 
• CPC> MT133-Incidente 
• Situações de abuso -Críticas pontuais a nova MP 
• Desvio de finalidade >Por dolo §1º 
• Confusão patrimonial 
• Repetitivo não é adequado §2º 
• Desconsideração Inversa §3º 
 
8-Extinção 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art50.
• Dissolução 1º-averbação 
• Liquidação 2º -Débitos > Falência , neste caso alguém fica sem receber e há 
uma ordem de preferência, se pagou a dívida ok 
• Cancelamento de registro 3º Pessoa Jurídica deixa de existir 
Artigo 51 CC- Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização 
para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se 
conclua. 
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua 
dissolução. 
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às 
demais pessoas jurídicas de direito privado. 
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa 
jurídica. 
 
9-Direitos de personalidade e pessoa jurídica- pessoa jurídica tem direitos de 
personalidade no que couber. 
• Extensão- direitos de personalidade 
• Art. 52- Pessoa jurídica como detentora dos direitos de personalidade imagem 
e honra 
Art.52-Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
• Sumula 227/STJ- Cabe dano moral a PJ- sofre a crítica de que é sempre um 
dano patrimonial 
 
 
XIII- Pessoas Jurídicas de direito privado 
1)Associação 
• União de pessoas para fins não econômicos- no mínimo 2 pessoas, não divide 
lucro. Finalidades: Beneficente, clubes recreativos, comissão de formatura. 
Art.53- Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para 
fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
 
• Críticas: Nomenclatura, fins lucrativos na verdade, sendo que este deve ser 
reinvestido, não pode ser dividido entre socio e associados. 
• Objetivos- Pode ter empregados 
• Sem obrigações reciprocas 
• Estatuto- art.59 
Compete privativamente à assembleia geral: (Redação dada pela Lei nº 11.127, 
de 2005) 
I - destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
II - alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo 
é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo 
quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Associação: qualidade(intransmissível) x patrimônio(cotas) -art.56- A qualidade de 
associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da 
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da 
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do 
estatuto. 
• Associados: Direitos iguais –art.55 
 Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias 
com vantagens especiais. 
• Exclusão: Justa causa- Ampla defesa e contraditório 
• Assembleia- art.59 
 Compete privativamente à assembleia geral: (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 
2005) 
I - Destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
II - Alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo 
é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo 
quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
• Dissolução-art.61 
Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de 
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do 
art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, 
omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, 
podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em 
restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao 
patrimônio da associação. 
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em 
que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que 
remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal 
ou da União. 
• Eficácia horizontal dos direitos fundamentais: Estatuto não pode ofender o 
ordenamento jurídico. 
2)Fundações- Conjunto patrimonial- dotado de personalidade 
• Dotação patrimonial –finalidade- Personalidade 
• Art.62 Dotação especial de bens livres 
Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, 
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, 
se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação 
dada pela Lei nº 13.151, de 2015) 
I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei 
nº 13.151, de 2015) 
III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização 
de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos 
técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151,de 2015) 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
(Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
• Bens livres/ bens não suficientes 
• Criação 
• Instituição-testamento ou escritura publica 
• Redação do Estatuto 
• Aprovação pelo Ministério Publico 
• Registro 
Art.65- Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo 
ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto 
da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade 
competente, com recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, 
ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério 
Público. 
• Fiscalização- Ministério Público – Art.66 
Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nº 13.151, 
de 2015) 
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada 
um deles, ao respectivo Ministério Público. 
• Modificação do Estatuto- art.67 
Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a 
fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta 
e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz 
supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015) 
• Extinção-art.69 
Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido 
o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em 
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, 
que se proponha a fim igual ou semelhante. 
3) Sociedade-Junção de pessoas para gerar lucro 
• Fins lucrativos 
• Corporação-união de pessoas 
• Ato instituidor: Contrato social 
• Art.981 
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, 
entre si, dos resultados. 
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios 
determinados. 
• Sociedade empresarial X Sociedade Simples 
• Art.982 
Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por 
objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, 
simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
• Art.966 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Sociedade Unipessoal de advocacia –Lei 13247/16- Art. 15. Os advogados podem 
reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir 
sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento 
geral. 
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem 
personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. 
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o 
Código de Ética e Disciplina, no que couber. 
• Tipos de sociedade: LTDA, S.A e S.E 
• Locais de registro: empresarial-Junta comercial e Simples-Cartório de registro. 
• Registro-Personalidade- Art.985 
A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na 
forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). 
4)Eirelli 
• Empresa Individual de responsabilidade limitada 
• Inovação- Lei 12441/11 
• Art.980 A 
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por 
uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, 
que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" 
após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade 
limitada. 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada 
somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da 
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
§ 4º ( VETADO). 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada 
constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração 
decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca 
ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade 
profissional. 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as 
regras previstas para as sociedades limitadas. 
• Desconsideração- MP 881/19 
5-Entes despersonalizados ou de personalidade reduzida 
• Não possuem personalidade 
• Universalidades- complexo de direitos 
• Capacidade processual- art.75 CPC 
 Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
V - a massa falida, pelo administrador judicial; 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, 
não havendo essa designação, por seus diretores; 
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem 
personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua 
filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
• Titulares de algumas relações jurídicas: 
• Condomínio edilício- pode ter CNPJ , apesar de não ser PJ, representante 
Síndico 
• Massa falida-resultado do fim de PJ de caráter empresarial, representante 
judicial. 
• Espólio: Inventariante. 
• Herança jacente/vacante- jacente- art.1819 
 Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente 
conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e 
administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado 
ou à declaração de sua vacância. 
Art.1821- Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão 
expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira 
publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança 
declarada vacante. 
Art.1822- A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que 
legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os 
bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se 
localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União 
quando situados em território federal. 
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais 
ficarão excluídos da sucessão.• Sociedade de fato- Existe de fato, mas não judicialmente 
• Representação 
 
 
XVIV-Estatuto jurídico dos animais 
• Selfie do macaco Naruto(EUA,2011) 
• Habeas Corpus da Chipanzé Cecilia (Argentina,2017) 
• Penhora da cadela Edda (Alemanha, 2019) 
1-O enquadramento moral dos seres vivos 
• A)Antiguidade – Aristoteles (“Zoe vs Bios)-Zoe- vida animal e Bios-Vida 
qualificada- de cidadão- mulher e escravos não tinham 
• B)Idade média-Catolicismo (alma) 
• C)Idade Moderna-Iluminismo(racionalidade) 
• D)Contemporaneidade 
• Antropocentrismo –Biocentrismo 
• Crítica ao critério da racionalidade 
• Mito do homem racional 
• “casos marginais” 
• Declaração de Cambridge(2012) 
 
• Especismo- ”racismo com outros animais “ 
• Utilitarismo de Peter Singer 
• Jusnaturalismo de Tom Regn 
• Bem estaristas vs. Abolicionistas 
2-O estatuto Jurídico dos não-humanos 
• A)Bases modernas do direito contemporâneo 
• Autonomia como fundamento da dignidade 
• Dignidade humana como base do ordenamento 
• Pessoa natural como sujeito de direito por excelência 
• Instrumentalização dos demais elementos jurídicos 
 
• B)Impacto das causas ambientalistas 
• Direito ambiental >direito dos animais 
• Confederação das nações unidas sobre meio ambiente humano (Estolcomo, 
1972) 
• Declaração universal dos direitos dos animais(Paris,1978) 
• Problematização do papel ocupado pelos amimais no direito 
 
3)As experiências estrangeiras vanguardistas 
• A)animais não são coisas 
• Áustria(1998) 
• Alemanha(2002) 
 
• B)Animais são dotados de sensibilidade 
• França(2015) 
• Portugal(2017) 
 
4)A tutela dos animais no direito brasileiro 
• A) Repressão aos maus tratos 
• Código de posturas de São Paulo (1886) 
• Lei das contravenções Penais (1941) 
• Lei de crimes ambientais (1998) 
• CF/88 
 
• B) Animais como bens jurídicos 
• Código Civil de 1916 
• Animais como bens semimoventes 
• Animais Silvestres como “RES MULLIUS) 
• Lei de proteção e fauna (1967) 
• Animais Silvestres como bens do Estado- para proteção 
• CF/88 
• Meio ambiente como bens moveis semoventes- privados ou públicos 
• Semovente- que move por si só 
 
• C)Tentativas de habeas Corpus 
• STF,HC 50.343(1973)- Liberar pássaros 
• TJ/BA, sentença HC 833085-3(2005) Chipanzé que faleceu antes da decisão 
 
• D)responsabilidade Civil por fato animal- o dono tem de indenizar por dano 
causado por seu animal 
• CC 1916- Art.1527 
• CC 2002- Art.936 
O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar 
culpa da vítima ou força maior. 
 
• E)vaquejada 
• STF,ADI n4983(2016) 
• Lei 13364/2016 
• EC96/2017 
 
• F) Sacrifício de animais em cultos 
• STF,RE 494601(2019) 
 
• G)Família Multiespécie 
• STJ, RE SP 1.713.167(2018)- Cachorro e visita regulada 
 
• H)Projetos de lei- sobre os animais 
• PL3676/2012-sujeito de direito 
• PL6799/2013- Sujeito de direito não personalizado 
• PL 7991/2014-Sujeito de Direito com personalidade sui generis 
• PLS 351/2015-animais não são coisas 
• PLS 631/2015-bens/seres dotados de sensibilidade 
 
 
XV-Domicilio 
1)Introdução 
• ”Domus”=casa 
• Local onde as pessoas podem ser encontradas para cumprir suas obrigações 
• Importância Processual (artigos 46 e 48 CPC) 
• Art.46 
A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado 
onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta 
no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será 
proposta em qualquer foro. 
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no 
foro de qualquer deles, à escolha do autor. 
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência 
ou no do lugar onde for encontrado. 
 
• Art.48 
O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, 
a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a 
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o 
espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
 
 
 
2)Domicilio da pessoa natural 
• Sede jurídica da pessoa 
• Critérios 
• Morada 
• Centro de atividades(art.72) 
É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde está é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um 
deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
• Elementos do domicilio residencial(art.70) 
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com 
ânimo definitivo. 
• Residência 
• Animo de permanecer-Hotel não é domicilio(regra), exceção -se houver tal 
vontade. 
• Unidade x pluralidade(art.71) 
Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
• Domicilio aparente(art.73)-Ciganos por exemplo, local que encontrar 
Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar 
onde for encontrada. 
• Mudança de domicilio(art.74) 
Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o 
mudar. 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às 
municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações 
não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
• Intenção manifesta-Declarar mudar de domicilio 
 
3)Classificação 
• A) domicilio voluntário-Pessoa escolhe 
• B) domicilio legal (Especificado em lei) 
• Incapaz –representantes/ assistentes 
• Servidor Público- local que exerce o serviço 
• Militar-local que está servindo 
• Marinha/aeronáutica-sede do comando 
• Marítimo-Onde o barco tiver registro 
• Preso-Penitenciaria 
• Agente diplomático citado no estrangeiro (art.77) 
O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar 
extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser 
demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o 
teve. 
• C)Domicilio de eleição(art.78)-Autonomia da vontade em casos de contrato 
Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se 
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
 
4)Domicilio de pessoa jurídica 
• Não tem residência 
• Sede indicada (estatuto/ auto constitutiva) 
• Filiais> atos 
• PJ no direito Privado 
• Art.75 
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou 
atos constitutivos. 
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por 
domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das 
suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

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