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Cosmetologia Professora: Mara Fernandes Ribeiro https://forbes.com.br/negocios/2020/07 https://forbes.com.br/negocios/2020/07 PERFUMES COSMÉTICOS DE USO MASCULINO Já pensou em tomar banho sem sabonete e shampoo? Ou em sair de casa sem passar um hidratante, um perfume ou um desodorante sequer? É difícil nos dias atuais imaginar a nossa vida sem os cosméticos! E qual a importância do farmacêutico para a cosmetologia? O que é cosmetologia? • Ciência que estuda os cosméticos, desde a concepção de conceitos até a aplicação dos produtos elaborados, incluindo a pesquisa de novas matérias-primas, tecnologias para o desenvolvimento de formulações, produção, comercialização, controle de qualidade e legalização. • É uma atividade multidisciplinar e que trabalha com a beleza, a correção e a preservação. Não tem finalidade curativa ou de tratamento, pois não se refere a medicamentos, mas sim de prevenção e melhora de alterações estéticas na pele e nos cabelos. Objetivo da disciplina Capacitá-los na área de manipulação de produtos cosméticos: • Indústria farmacêutica ou farmácia magistral • Através do conhecimento da legislação vigente • Identificação das matérias-primas e técnicas adequadas • Controle de qualidade de cada forma farmacêutica • Estabilidade e aceitabilidade dos produtos cosméticos Conteúdos • Unidade 1 – Introdução a cosmetologia • Unidade 2 – Pele • Unidade 3 – Produtos destinados a hidratação da pele • Unidade 4 – Produtos de higiene pessoal • Unidade 5 – Produtos capilares • Unidade 6 – Preparações cosméticas desodorizantes • Unidade 7 – Produtos para proteção solar • Unidade 8 – Maquiagem e unhas • Unidade 9 – Produtos masculinos • Unidade 10 – Produtos para tratamento corporal • Unidade 11 – Preparações cosméticas para o envelhecimento cutâneo • Unidade 12 – Nanotecnologia em cosméticos • Unidade 13 – Estabilidade de cosméticos • Unidade 14 – Controle microbiológico de cosméticos Unidade 1 – Introdução a cosmetologia • História da cosmetologia • Definições importantes em cosmetologia • Legislação brasileira de produtos cosméticos Unidade 1 – Introdução a cosmetologia •História da cosmetologia • Definições importantes em cosmetologia • Legislação brasileira de produtos cosméticos Quando surgiram os cosméticos? • Podemos dizer que o uso de cosméticos remonta há pelo menos 30.000 anos. Os homens da pré-história faziam gravações em rochas e cavernas e também pintavam o corpo e se tatuavam. • De acordo com os registros históricos, os egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos em larga escala. • Cleópatra se banhava com leite de cabra para ter uma pele suave e macia e incorporou o símbolo da beleza eterna assim como os faraós eram sepultados com tudo o que era necessário para se manterem belos. Ciência x Religião • Durante a dominação Grega, cientistas davam conselhos sobre dieta, exercícios físicos, cuidados com higiene e uso de cosméticos. • Na era Romana, Claudius Galens iniciou a era galênica dos produtos farmacêuticos com a sua formulação “Unghentum Refrigerans”, hoje comercializada como “Cold cream”. • Na Idade Média, a higiene passou a ser condenada pelo cristianismo. A repressão da Idade das Trevas fez com que o hábito de tomar banho fosse praticamente banido da vida das pessoas, o que causou um aumento considerável na proliferação de doenças. • Durante a Idade Moderna, após vários anos de clausura para a ciência cosmética passados na Idade Média, houve a crescente evolução dos cosméticos, que conquistaram fama nas ruas de Paris, vendidos desde depilatórios a sabonetes. Cosméticos caseiros e industriais • No final do século XVIII, os Puritanos, liderados por Oliver Cromwell, trouxeram um novo período de sombras para o mundo dos cosméticos, que pararam de ser utilizados por questões políticas e religiosas. • No século XIX os cosméticos retomaram a sua popularidade e passaram a ser preparados em casa. O que significou um importante período para o surgimento da indústria de matérias-primas voltadas à preparação de cosméticos e produtos de higiene nos Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra e Alemanha. • Esse foi o passo definitivo para o início do mercado de cosméticos e produtos de higiene no mundo, que hoje só cresce e avança cada vez mais em conhecimento, tecnologia e consumo. Cenário cosmético brasileiro • No Brasil, duas grandes empresas nasceram, a Natura, em São Paulo e a Boticário em Curitiba, e as contribuições para a evolução da indústria cosmética brasileira foram para além das sociedades médicas de dermatologia, de cirurgia plástica e dos profissionais de estética, da criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC). • Hoje, os cosméticos são usados desde os primeiros dias de vida do ser humano. Dessa forma, o desenvolvimento e produção de cosméticos deve focar seus investimentos em produtos inovadores, mas, acima de tudo, seguros para os consumidores. Por sua vez, a ANVISA deve emitir leis que regulem o desenvolvimento e comercialização seguros desses produtos. Unidade 1 – Introdução a cosmetologia • História da cosmetologia •Definições importantes em cosmetologia • Legislação brasileira de produtos cosméticos Definição de acordo com a ANVISA • Os cosméticos estão classificados juntamente com os produtos de higiene pessoal e perfumes, sendo definidos como preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo (nas diversas partes do corpo humano), como pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral. • Tem o objetivo, exclusivo ou principal, de limpar, perfumar, alterar sua aparência, corrigir odores corporais ou proteger e manter em bom estado. Classificação dos produtos cosméticos • Produtos Grau 1: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação se caracteriza por apresentar propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. "LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1" estabelecida no “ Anexo II" da RDC 7/2015 • São 52 produtos listados, dentre eles: 1. Água de colônia, Água Perfumada, Perfume e Extrato Aromático. 2. Amolecedor de cutícula (não cáustico). 3. Aromatizante bucal. 4. Base facial/corporal (sem finalidade fotoprotetora). 5. Batom labial e brilho labial (sem finalidade fotoprotetora). 6. Blush/Rouge (sem finalidade fotoprotetora). 7. Condicionador/Creme rinse/Enxaguatório capilar (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia). 8. Corretivo facial (sem finalidade fotoprotetora). • Produtos Grau 2: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação apresenta indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Classificação dos produtos cosméticos • São 63 produtos listados, dentre eles: 1. Água oxigenada 10 a 40 volumes (incluídas as cremosas exceto os produtos de uso medicinal). 2. Antitranspirante axilar. 3. Antitranspirante pédico. 4. Ativador/ acelerador de bronzeado. 5. Batom labial e brilho labial infantil. 6. Blush/ rouge infantil. 7. Bronzeador. 8. Clareador da pele. "LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2" estabelecida no “ Anexo II" da RDC 7/2015 Produtos grau 2 sujeitos a registro 1. Bronzeador. 2. Protetor solar. 3. Protetor solar infantil. 4. Gel antisséptico para as mãos. 5. Produto para alisar os cabelos. 6. Produto para alisar e tingir os cabelos. 7. Produto para ondular os cabelos. 8. Repelente de insetos. 9. Repelente de insetos infantil. Critérios de classificação RDC 7/2015 • Os demais produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são isentosde registro e estão sujeitos ao procedimento de comunicação prévia à Anvisa, procedimento administrativo a ser aplicado para informar a Anvisa a intenção de comercialização de um produto isento de registro por meio de notificação. • Os critérios para esta classificação em grau 1 e 2 foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização. Outras definições Formulações cosméticas • São formulações compostas por matérias-primas denominadas excipiente e princípio ativo. Algumas formulações podem apresentar apenas excipiente, como uma base cosmética. As substâncias que constituem a formulação podem ser formadas por um ou mais componentes de origem vegetal, animal ou mineral. Podem ser naturais, orgânicas ou sintéticas. Matéria-prima • Substâncias ativas ou inativas que se empregam na fabricação dos medicamentos e demais produtos sob vigilância sanitária mesmo que permaneçam inalteradas, experimentem modificações ou sejam eliminadas durante o processo de fabricação. Incorporação de matéria prima • Capacidade de solubilização ou dispersão — quanto mais solúveis, mais fácil será a manipulação do cosmético. A solubilização pode ser facilitada pelo aumento da temperatura, pela diminuição das partículas por meio de trituração ou pela adição de um solvente. • Compatibilidade entre os compostos — muitas substâncias são incompatíveis e podem perder o efeito quando adicionadas concomitantemente. É comum também a formação de precipitados e alteração de pH, que devem ser evitados. Umectantes • Substâncias higroscópicas que possuem a propriedade de absorver água da umidade do ar. São utilizados em formulações cosméticas com o objetivo de evitar ou diminuir o ressecamento da formulação. Além disso, as propriedades higroscópicas da película umectante que permanece sobre a pele após a aplicação do produto podem favorecer a sua hidratação. • São exemplos de umectantes glicerina, propilenoglicol, sorbitol, trealose, ciclometicone, PEG ou polietilenoglicol e ureia. Emolientes • São responsáveis pelo espalhamento e pela lubrificação. • São substâncias empregadas em produtos de uso tópico, com finalidade de suavizar ou amaciar a pele ou, ainda, torná-la mais flexível. • A oclusão promovida pelos emolientes diminui a perda transepidermal de água e, consequentemente, aumenta a hidratação do estrato córneo. • Em geral, são de natureza oleosa, como os óleos vegetais de amêndoas, canola, coco e soja; parafina ou óleo mineral, lanolina, palmitato de isopropila, ciclometicone, dimeticone, entre outros Solvente • Utilizado para dissolver outra substância na preparação de uma formulação. • Deve ser compatível com os outros componentes da fórmula, bem como ter baixa toxicidade e, de preferência, sem odor e cor. • Pode ser aquoso ou não aquoso (oleoso, por exemplo). Espessante • Responsável por aumentar a viscosidade do produto e melhorar a sua estabilidade. • Pode ser chamado também de agente de viscosidade ou doador de consistência. • Alguns espessantes são usados em formulações para reduzir a velocidade de sedimentação de partículas dispersas em um veículo no qual não são solúveis, neste caso, são chamados de agentes suspensores. • Os agentes geleificantes também apresentam a propriedade de espessamento Emulsionante • O emulsionante é usado para promover e manter a dispersão de partículas finamente divididas de um líquido em um veículo no qual elas são imiscíveis. O produto pode ser uma emulsão líquida ou semissólida (por exemplo, creme). • Tem a capacidade de produzir a emulsificação e de manter a estabilidade da emulsão durante o prazo de validade prevista para o produto. • Os emulsionantes podem ser tensoativos ou poliméricos Alcalinizante ou Acidificante • Corrige o pH, com o objetivo de estabilizar a formulação, torná-la compatível ao local de aplicação ou à função principal do cosmético. • Os agentes acidificantes, diminuem o pH (por exemplo, ácido cítrico, ácido acético, ácido bórico), ao passo que os alcalinizantes aumentam o pH (bicarbonato de sódio, dietanolamina, trietanolamina) Conservantes • Substâncias que tem a finalidade de preservar o cosmético dos danos causados por microrganismos (por exemplo, ácido benzoico, metilparabeno, propilparabeno, álcool benzílico, triclosan) • O crescimento microbiano ocorre em produtos não estéreis e com alto teor de água, como soluções e dispersões de base aquosa. Portanto, para os produtos não estéreis, é necessária a inclusão de conservante ou sistema conservante na formulação. • Formas farmacêuticas sólidas, com quantidades relativamente pequenas de água podem não requerer conservante. Antioxidante • Inibe ou bloqueia o processo de oxidação dos componentes orgânicos, a degradação do cosmético, que se manifesta principalmente pela mudança do odor e da cor. • A adição do antioxidante deve ser feita antes do processo oxidativo, já que ele não pode reverter a formação de peróxidos. • Diversas matérias-primas de origem orgânica empregada nas formulações cosméticas podem sofrer oxidação, como praticamente todos os óleos vegetais e animais, óleos essenciais e muitas vitaminas. Agentes quelantes • Também chamados de sequestrantes, são substâncias que formam complexos estáveis (quelato) com metais que possam acelerar os processos oxidativos, aumentando a atividade dos antioxidantes. • O mais importante é o ácido etileno diaminotetracético (EDTA) e seus sais (EDTA dissódico, trissódico ou tetrasódico). • Sequestram principalmente íons de cobre, ferro e manganês Fragâncias • São substâncias usadas para conferir odor agradável a preparação. São de origem natural, como os óleos essenciais (jasmim, rosa gerânio) ou sintética (citral, acetato de linalina, acetato de benzila) Corante • Substância adicionada a medicamentos, produtos dietéticos, cosméticos, perfumes, produtos de higiene e similares, saneantes domissanitários e similares, com o efeito de lhes conferir cor. • Em determinados tipos de cosméticos, podem transferir a cor para a superfície cutânea e anexos da pele. Podem ser de origem natural ou sintética. • A lista de substâncias corantes permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes consta na RDC 44, de 2012. Princípio ativo • Substância química ou biológica com efeito farmacológico ou cosmético, que possui propriedades anti-inflamatórias, antissépticas, calmantes, cicatrizantes, hidratantes, nutritivas, entre outros Formas farmacêuticas dos cosméticos • Sólidos: Pós, bastões ou sticks, sabonete em barra, adesivos ou patches transdérmicos. • Semissólidos: creme, gel, pomada • Líquidos: Emulsão, loção, esmalte, espuma, sabonete líquido, solução, suspensão, shampoo Rótulo • Identificação impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados ou gravados, etiqueta ou decalque, aplicados diretamente sobre recipientes e embalagens. Vigilância Sanitária • Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde, compreendida todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e controle da prestação de serviços que se relacionam, direta ou indiretamente, com a saúde. Outras definições utilizadas comercialmente Nutricosméticos • Existe uma tendência que está mudando a concepção de cuidado com a beleza da pele, que é a ingestão de suplementos que possibilitem uma melhora em sua aparência, os nutricosméticos. Tais suplementos seguem o conceito de “beleza de dentro para fora”, relacionando a ingestão de vitaminas e oxidantes com uma aparência mais saudável e bonita da pele. • Nutricosméticos podem ser definidos como suplementosnutricionais ou alimentos compostos por elementos com propriedades que atuam sobre problemas na pele, como rugas, celulite, acne, entre outros, sendo que esses produtos são apresentados em diversos formatos, sejam cápsulas, líquidos ou alimentos. Cosmecêuticos • O termo cosmecêutico tem como objetivo definir um produto como cosmético pouco inerte ou fármaco com pouca ação. Contudo a ANVISA não reconhece este termo, sendo estes produtos melhor definidos como cosméticos de grau II. • Os cosmecêuticos podem ser definidos como produtos de uso tópico que superam os cosméticos por não simplesmente disfarçarem as imperfeições da pele, possuindo propriedades que melhoram as condições da pele, apesar de não serem considerados medicamentos. Unidade 1 – Introdução a cosmetologia • História da cosmetologia • Definições importantes em cosmetologia •Legislação brasileira de produtos cosméticos http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos Regularização de produtos sujeitos a Vigilância Sanitária • RDC 250/2004 – Revalidação de registro de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária 1. A revalidação do registro deverá ser requerida com antecedência máxima de doze meses e mínima de seis meses do dia do vencimento do registro, considerando-se automaticamente revalidado, independentemente de decisão, se não houver sido esta proferida até o dia do término daquele. Será declarada a caducidade do registro do produto cuja revalidação não tenha sido solicitada no prazo referido. 2. A revalidação automática do registro será nos termos e condições da concessão ou da última revalidação do registro. A revalidação automática não impedirá a continuação da análise da revalidação de registro requerida, podendo a Administração, se for o caso, indeferir o pedido de revalidação e cancelar o registro que tenha sido automaticamente revalidado. Regularização de produtos sujeitos a vigilância Sanitária • RDC 102/2016 – Procedimentos para a transferência de titularidade de registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária, transferência global de responsabilidade sobre ensaio clínico e atualização de dados cadastrais relativos ao funcionamento e certificação de empresas, em decorrência de operações societárias ou operações comerciais. ➢Transferência de titularidade de registro: alteração caracterizada pela mudança do titular do registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária, nos casos de operações societárias ou operações comerciais, sem que seja realizada qualquer mudança das características técnico- sanitárias no registro do produto objeto da transferência. ➢Transferência global de responsabilidade sobre ensaio clínico: alteração caracterizada pela mudança do solicitante de dossiês de ensaios clínicos, de notificação de ensaio clínico, de dossiês de desenvolvimento clínico de medicamentos (DDCM), dossiês de investigação clínica de dispositivos médicos (DICD), de programas de acesso expandido, de programas de uso compassivo e de fornecimento de medicamento pósestudo, nos casos de operações societárias ou operações comerciais, sem que seja conferida qualquer mudança das características técnico- sanitárias constantes no Comunicado Especial Específico (CEE), Documento para Importação de Produto sob Investigação ou Comunicado Especial (CE), objeto da alteração. Regularização de produtos sujeitos a vigilância Sanitária • RDC 35/2015 – Aceitação dos métodos alternativos de experimentação animal reconhecidos pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) ✓Esta Resolução dispõe sobre a aceitação pela Anvisa dos métodos alternativos a experimentação animal reconhecidos no Brasil pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal – Concea, que objetivam a substituição, a redução ou o refinamento do uso de animais em atividades de pesquisa, nos termos da Lei Nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, e sua regulamentação. ✓Nas petições submetidas à análise pela Anvisa são aceitos os métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisa reconhecidos pelo Concea, nos termos da Resolução Normativa Nº 17, de 03 de julho de 2014. ✓Excetuam-se do previsto no caput deste artigo os casos específicos em que a Anvisa, mediante justificativa técnica devidamente fundamentada, apresente a inadequação e inaplicabilidade dos métodos reconhecidos pelo Concea. Regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 7/2015 - Requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes ✓ Requisitos técnicos gerais para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e Rotulagem de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Alterada por: • RDC 237/2018 • RDC 288/2019 • RDC 312/2019 • RDC 409/2020 • RDC 312/2019 - Prazo de validade da regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes RDC 7 / 2015 • Este Regulamento tem como objetivo atualizar os procedimentos necessários para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes por meio da simplificação de processos que visa a melhoria da qualidade da informação e agilidade na análise. • Este Regulamento se aplica aos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes classificados como Grau 1 e Grau 2 • O detentor do produto deve possuir dados comprobatórios que atestem a qualidade, a segurança e a eficácia de seus produtos e a idoneidade dos respectivos dizeres de rotulagem, bem como os requisitos técnicos estabelecidos, os quais deverão ser apresentados aos órgãos de vigilância sanitária, sempre que solicitados ou durante as inspeções. • Deve ainda garantir que o produto não constitui risco à saúde quando utilizado em conformidade com as instruções de uso e demais medidas constantes da embalagem de venda do produto durante o seu período de validade. • O registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes terá validade por 10 (dez) anos, contados a partir do dia da sua publicação no Diário Oficial da União, podendo ser revalidado sucessivamente por igual período. RDC 7 / 2015 • Os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, classificados como Grau 1, devem obedecer ao disposto na regulamentação vigente e também aos seguintes critérios: I- Não conter substâncias da Lista Restritiva, constante da Resolução - RDC nº 03, de 18 de janeiro de 2012 e suas atualizações, que são específicas para produtos classificados como de Grau 2, excetuando-se os casos em que a presença da substância na formulação não altera a finalidade do produto e não descaracteriza sua classificação como de Grau 1; II- Não conter substâncias da Lista de Filtros Ultravioletas para a proteção da pele contra os efeitos danosos dos raios solares, constantes da Resolução - RDC nº 47, de 16 de março de 2006 e suas atualizações, uma vez que a presença dessas substâncias caracteriza produto de Grau 2; • A rotulagem dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não deve conter indicações e menções terapêuticas, nem denominações e indicações que induzam a erro, engano ou confusão quanto à sua procedência, origem, composição, finalidade ou segurança. RDC 7 / 2015 • OUTRAS OBRIGATORIEDADES SOBRE ROTULAGEM ✓Deverão ser acrescidos, em caráter obrigatório, na embalagem primária e secundária, os dizeres específicos destacados abaixo: I- AEROSSÓIS: "Evite a inalação deste produto". II- NEUTRALIZANTES, PRODUTOS PARA ONDULAR E ALISAR OS CABELOS: "Este preparado somente deve ser usado para o fim a que se destina, sendo PERIGOSO para qualquer outro uso". III- AGENTES CLAREADORES DE CABELOS E TINTURAS CAPILARES: Os rótulos das tinturas e dos agentes clareadores de cabelos que contenham substâncias capazes de produzir intoxicações agudas ou crônicas deverão conter as advertências: "CUIDADO. Contém substâncias passíveis de causar irritação na pele de determinadas pessoas. Antes de usar, faça a prova de toque". IV- BRONZEADORES SIMULATÓRIOS: Os rótulos dos produtos destinados a simular obronzeamento da pele deverão conter a advertência "Atenção: não protege contra a ação solar". RDC 7 / 2015 • DEFINIÇÕES 1 Embalagem Primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato direto com os produtos. 2 Embalagem Secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias. 3 Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados, decalco sob pressão ou outros, aplicados diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros, envoltórios ou qualquer outro protetor de embalagens. 4 Prazo de Validade: tempo em que o produto mantém suas propriedades, quando conservado na embalagem original e sem avarias, em condições adequadas de armazenamento e utilização 5 Advertências e Restrições de Uso: são as estabelecidas nas listas de substâncias quando exigem a obrigatoriedade de informar a presença das mesmas no rótulo e aquelas estabelecidas no Anexo V desta Resolução "Regulamento Técnico sobre Rotulagem Específica para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes". RDC 7 / 2015 Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • PRT 344/1998 – substâncias de uso proscrito no Brasil ✓Para extrair, produzir, fabricar, beneficiar, distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar, importar, exportar, transformar, embalar, reembalar, para qualquer fim, as substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou os medicamentos que as contenham, é obrigatória a obtenção de Autorização Especial concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. ✓A petição de Autorização Especial será protocolizada pelos responsáveis dos estabelecimentos da empresa junto à Autoridade Sanitária local. A Autoridade Sanitária local procederá a inspeção do(a) estabelecimento(s) vinculado(s) à empresa postulante de Autorização Especial de acordo com os roteiros oficiais pré-estabelecidos, para avaliação das respectivas condições técnicas e sanitárias, emitindo parecer sobre a petição e encaminhando o respectivo relatório à Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • PRT 295/1998 - Critérios para Inclusão, Exclusão e Alteração de Concentração de Substâncias Utilizadas em Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes ✓Atualização das listas de substâncias que podem ser utilizadas, ou ainda restritas ou- proibidas na fabricação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, é necessária considerando o processo de desenvolvimento científico e tecnológico na área ✓Os critérios para a atualização das listas reconhecidas comunidade cientifica devem considerar os aspectos de saúde e segurança para o usuário. ✓Determinar que toda solicitação de inclusão, exclusão ou alteração de concentração de substância das listas constantes da Portaria, a ser apresentada pelos interessados atenda ao estabelecido no Anexo da presente Portaria. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • PRT 296/1998 – Nomenclatura complementar à original das substâncias da formulação ✓Estabelece que, para efeito de Registro ou de Alteração de Registro de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, deve ser adotada, completamente à nomenclatura de origem, as nomenclaturas mencionadas nos itens seguintes: 1 - As substâncias corantes devem estar acompanhadas do número do Color Index correspondente. 2 - O ingredientes de origem vegetal devem estar acompanhados da denominação botânica do Sistema Linné. 3 - Para as demais substâncias deve ser utilizada a nomenclatura do INCI (International Nomenclature Cosmetic Ingredient). No caso de substância não catalogada, deve-se utilizar outra nomenclatura de referência internacioal. Nesse caso, a documentação a ser apresentada deve estar acompanhada da literatura bibliográfica correspondente. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 3/2012 - Lista de substâncias que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não devem conter exceto nas condições e com as restrições estabelecidas (104 SUBSTÂNCIAS) Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 29/2012 – Lista de substâncias de ação conservante permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (57 conservantes) ➢CONSERVANTES: são substâncias que são adicionadas como ingrediente aos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes com a finalidade de inibir o crescimento de microorganismos durante sua fabricação e estocagem, ou para proteger os produtos da contaminação inadvertida durante o uso. ➢ASSOCIAÇÕES: Está permitida a associação de substâncias conservantes respeitando os limites individuais de cada conservante e as condições previstas para algumas misturas. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 44/2012 - Lista de substâncias corantes permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes ✓Os corantes deverão cumprir com as especificações de identidade e pureza estabelecidas pelos organismos internacionais de referência. ✓Impurezas máximas de metais permitidas para os corantes orgânicos artificiais: - bário solúvel em ácido clorídrico 0,001N (expresso como cloreto de bário): 500 ppm; - arsênico (expresso como As2O3): 3 ppm; - chumbo (expresso como Pb): 20 ppm; - outros metais pesados: 100 ppm. ✓Esta lista não inclui as substâncias corantes destinadas exclusivamente a tingir os cabelos. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 15/2013 – Lista de substâncias de uso cosmético: acetato, chumbo, pirogalol, formaldeído e paraformaldeído ✓Aplicar os “Critérios e Mecanismo para a Atualização das Listas MERCOSUL de Substâncias em Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes” às substâncias abaixo listadas: SUBSTÂNCIA 1 Acetato de chumbo 2 Pirogalol 3 Formaldeído e paraformaldeído ✓O uso das substâncias listadas será regulamentado por cada Estado Parte, devendo ser respeitadas as condições estabelecidas por cada um deles. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 69/2016 - Lista de filtros ultravioletas permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes ✓Para o propósito desta lista, os filtros ultravioletas são substâncias que, quando adicionadas aos produtos para proteção solar, tem a finalidade de filtrar certos raios ultravioletas visando proteger a pele de certos efeitos danosos causados por estes raios. ✓Estes filtros ultravioletas podem ser adicionados às formulações de produtos dentro dos limites e condições discriminadas. ✓Outros filtros da radiação ultravioleta utilizados em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes somente com a finalidade de preservá-los da degradação fotoquímica, não estão incluídos nesta lista. São listados 39 filtros. ✓Para concentrações maiores que 0,5% incluir advertência na rotulagem: “contém Benzophenone-3”. Proibido seu uso em sistemas pulverizáveis (que dispersam partículas no ar). O nanomaterial deve ter as seguintes características: Tamanho médio da partícula primária > 80nm; Pureza ³ 98% e não revestida. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 83/2016 - Lista de substâncias que não podem ser utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes ✓Proibida a utilização, nos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de substâncias com propriedades perigosas classificadas como categoria 1 e 2, segundo a classificação internacional do International Agency for Research on Cancer (IARC), com relação a propriedades cancerígenas, mutagênicas ou tóxicas para a reprodução. São 1376 substâncias listadas. ✓Tendo em vista que a propriedade perigosa de uma substância nem sempre acarretaum risco à saúde, poderão ser utilizadas, excepcionalmente, desde que sua segurança esteja fundamentada em documentação técnica-científica apresentada para análise da autoridade sanitária. Considerar o risco para a saúde do consumidor, as condições normais e previsíveis de uso, a concentração máxima permitida do ingrediente, quando for o caso, o campo de aplicação, a frequência de uso e o tempo de exposição aos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. ✓Somente se permitirá a presença de substâncias proibidas como traços se forem tecnologicamente inevitáveis nos procedimentos de fabricação corretos, e com a condição de que o produto acabado seja comprovadamente seguro. Regularização de substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes Tema relacionado: Regularização de ingredientes empregados em alisamento capilar • RDC 36/2009 – Proíbe a exposição, a venda e a entrega ao consumo de formol ou de formaldeído (solução a 37%) em drogaria, farmácia, supermercado, armazém e empório, loja de conveniência e drugstore • RDC 409/2020 - Procedimentos e requisitos para a regularização de produtos cosméticos para alisar ou ondular os cabelos. Ato relacionado: IN 64/2020 - Estabelece a "Lista de ativos permitidos em produtos cosméticos para alisar ou ondular os cabelos" com requisitos para seu uso, nos termos da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n° 409, de 27 de julho de 2020. Alisamento capilar • O uso inadequado e práticas ou procedimentos popularmente conhecidos como "escova progressiva" utilizando formaldeído (popularmente conhecido como formol) realizados em salões, institutos de beleza ou mesmo nas residências das pessoas com a finalidade de alisar os cabelos acarretam sérios riscos à saúde • Está estabelecido na regulamentação sanitária específica de cosméticos que os efeitos nocivos decorrentes da utilização de formaldeído com produtos capilares para alisamento dos cabelos ameaçam, principalmente, a saúde da pessoa que manipula a substância, adicionando-a a outros produtos capilares, da que aplica a mistura e, também, da pessoa que recebe a aplicação do produto; • Fica proibida a exposição, a venda e a entrega ao consumo de formol ou de formaldeído (solução a 37%). A adição de formol ou de formaldeído a produto cosmético acabado em salões de beleza ou qualquer outro estabelecimento acarreta riscos à saúde da população, contraria o disposto na regulamentação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e configura infração sanitária nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. • Somente serão registrados produtos cosméticos para alisar ou ondular cabelos que contenham ativos ou combinação de ativos previstos no Anexo da Instrução Normativa nº 64, de 27 de julho de 2020, que estabelece a “Lista de ativos permitidos em produtos cosméticos para alisar ou ondular os cabelos”, com requisitos para seu uso. Regularização para produtos específicos RDC 19/2013 - Requisitos técnicos para a concessão de registro de produtos cosméticos repelentes de insetos ✓Para comprovação de segurança de produtos cosméticos repelentes de insetos a empresa deverá apresentar, no ato da solicitação do registro, no mínimo, os seguintes estudos realizados no produto acabado: I - irritação cutânea primária e acumulada; II - sensibilização cutânea; e III - fotossensibilização. ✓Para comprovação de eficácia de produtos cosméticos repelentes de insetos a empresa deverá apresentar, no ato da solicitação do registro, estudos de eficácia do produto. ✓O uso de produtos repelentes que contenham o ingrediente DEET: I - não é permitido em crianças menores 2 (dois) anos; II - é permitido em crianças de 2 (dois) a 12 (doze) anos de idade, desde que a concentração do referido ingrediente não seja superior a 10%, restrita a apenas 3 (três) aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado. São permitidas as formulações contendo DEET, em concentrações superiores a 30% (trinta por cento) para pessoas com idade superior a 12 anos. ✓Na rotulagem de todos os produtos deverá constar obrigatoriamente: I - o tempo para reaplicação, obedecendo, quando for o caso, o número de aplicações máximas; II - o ingrediente ativo e sua concentração; III - as frases de advertência, como exemplo “Aplicar nas áreas expostas somente quando necessário.” Regularização para produtos específicos • RDC 30/2012 – Regulamento técnico Mercosul sobre Protetores Solares ✓Estabelecer as definições, os requisitos técnicos, assegurar a eficácia dos protetores solares garantindo um elevado nível de proteção da saúde pública e estabelecer critérios de rotulagem simples e compreensíveis para orientar o consumidor na escolha do protetor solar e do multifuncional. ➢Protetor Solar: qualquer preparação cosmética destinada a entrar em contato com a pele e lábios, com a finalidade exclusiva ou principal de protegê-la contra a radiação UVB e UVA, absorvendo, dispersando ou refletindo a radiação. ➢Produtos Multifuncionais: qualquer preparação cosmética destinada a entrar em contato com a pele e lábios, cujo benefício de proteção contra a radiação UV não é a finalidade principal, mas um benefício adicional do produto. ➢Radiação Ultravioleta: entende-se por radiação ultravioleta a região do espectro eletromagnético emitido pelo sol compreendida entre os comprimentos de ondas de 200 a 400 nanômetros.(1 nanômetro = 1nm =10-9 m). Esta região está conceitualmente dividida em 3 faixas: a) Ultravioleta C (UV-C): de 200 a 290 nm b) Ultravioleta B (UV-B): de 290 a 320 nm c) Ultravioleta A (UV-A): de 320 a 400 nm. Regularização para produtos específicos • RDC 126/2016 – Requisitos técnicos de cosméticos relacionados ao bronzeamento da pele ➢ Bronzeador: preparação cosmética destinada a entrar em contato com a pele, com a finalidade exclusiva ou principal de protegê-la contra a radiação UVB e UVA, absorvendo, dispersando ou refletindo a radiação, sem, contudo, impedir a ação escurecedora das mesmas. Estão sujeitos a registro. ➢Bronzeador Simulatório: preparação cosmética destinada a promover o escurecimento da pele por aplicação externa, independentemente da exposição a radiações solares e outras, dermatologicamente inócua e isenta de substâncias irritantes ou fotossensibilizantes. Isentos de registro. ➢Ativador/Acelerador de Bronzeado: preparação cosmética destinada a promover o escurecimento da pele por aplicação externa, dermatologicamente inócua, e isenta de substâncias irritantes ou fotossensibilizantes. São isentos de registro e nas embalagens primária e secundária, deverão ser acrescidos, em caráter obrigatório, os dizeres específicos: “Este produto não é um protetor solar”. Regularização para produtos específicos RDC 15/2015 - Requisitos técnicos para a concessão de registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes infantis Alterada por: RDC 237/2018 ✓A formulação deve, obrigatoriamente, constituir-se de ingredientes próprios e seguros para a finalidade de uso proposta, levando-se em conta os possíveis casos de ingestão acidental. Os aromatizantes, flavorizantes e fragrâncias ou composições aromáticas, eventualmente, utilizados na formulação destes produtos devem atender a Resolução RDC nº 03, de 20 de janeiro de 2012, e suas atualizações, que estabelece os critérios para a sua utilização. Parâmetros para controle microbiológico de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RES 481/1999 - Parâmetros para controle microbiológico de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos • Com o intuito de não limitar as empresas de apresentarem alternativas de avaliações, a Anvisa elaborou um Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos, com sugestões de critérios para avaliar a segurança dos produtos e fornecer os subsídios para esse fim. Em razão da grande complexidade que envolve parâmetros relacionados à avaliação do risco, algumas considerações se tornam necessárias: • Perigo: propriedade intrínsecade um ingrediente. É o potencial de causar um dano, sem relação com a dosagem ou a exposição. • Dano: é a lesão ou reação causada pelo ingrediente ou associação de ingredientes de um produto. • Risco: é a probabilidade de ocorrência do dano, em função do nível de exposição. ✓A avaliação da segurança está baseada na avaliação do risco e deve considerar os parâmetros toxicológicos dos ingredientes com base em dados atualizados, observadas as condições de uso do produto cosmético e o perfil do consumidor alvo. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos • O risco cosmético se trata da probabilidade de ocorrência de: ❖Irritação: processo inflamatório que ocorre na área de contato com o produto, podendo ocorrer após a primeira aplicação (irritação primária) ou com a continuidade do uso (irritação acumulada). É determinada por um dano tecidual agudo ou crônico de intensidade variada. É dependente da concentração dos ingredientes no produto final, da formulação como um todo, quantidade aplicada, frequência e modo de aplicação. ❖Sensibilização: processo inflamatório que envolve mecanismo imunológico, do tipo celular, com tempo de contato variável, de alguns dias ou mesmo alguns anos, até que o organismo reconheça um ou mais ingredientes como alergênicos. O processo alérgico pode decorrer tanto em função dos ingredientes isolados, quanto da interação entre eles no produto, formando novo componente. Sensações de desconforto são caracterizadas por sintomas subclínicos que podem sinalizar uma irritação: ardência, prurido/ coceira e dor. ❖ Efeito sistêmico: resulta da passagem de quaisquer ingredientes do produto, para a corrente circulatória, independentemente da via de aplicação. O risco sistêmico é avaliado a partir dos dados relativos aos ingredientes. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos • Embora os cosméticos sejam aplicados topicamente, um ou mais de seus ingredientes podem permear a barreira cutânea; já outros, devido à sua apresentação e ao modo de uso, podem ser até inalados, por exemplo, o spray para cabelos. • Caso não haja risco previsível decorrente do uso, avalia-se a fórmula para determinar a aceitabilidade dos ingredientes nas condições de utilização do produto acabado. • Quando o risco previsível não pode ser suficientemente conhecido, recorre-se aos métodos experimentais, in vitro ou in vivo. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos Ensaios pré-clínicos In vitro • Avaliação do potencial de irritação ocular: membrana cório-alantoide; permeabilidade e opacidade de córnea bovina/olho isolado de galinha (BCOP/ICE); red blood cell (RBC); citotoxicidade pelo método de vermelho neutro (NRU) e citotoxicidade pelo método MTT. • Avaliação do potencial de irritação cutânea: epiderme reconstituída. Avaliação do potencial fototóxico: teste de fototoxicidade. Avaliação da permeação e retenção cutâneas. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos Ensaios pré-clínicos In vivo • Toxicidade aguda oral. • Irritação/corrosividade ocular. • Irritação/corrosividade cutânea. • Avaliação da irritação primária. • Avaliação da irritação acumulada. • Sensibilização dérmica. • Teste de irritação da mucosa oral, vaginal e peniana. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos Ensaios clínicos • A partir das informações pré-clínicas, deve ser confirmada a evidência de segurança com o uso por humanos. Essas informações também são importantes para estabelecer advertências de rotulagem e orientações para o serviço de atendimento ao consumidor. • Estudos de compatibilidade (condições maximizadas): avaliação da irritação cutânea primária e acumulada; avaliação da comedogenicidade em patch; avaliação da sensibilização dérmica; avaliação de fotoirritação e fotossensibilização. • Estudos de aceitabilidade (condições reais de uso): avaliação de acne- genicidade e comedogenicidade em uso; avaliação de produto para pele sensível; verificação da aceitabilidade ocular. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos • Os rótulos dos cosméticos apresentam descrições como dermatologicamente testado, não comedogênico, hipoalergênico, entre outras especificações. • Os rótulos podem conter também indicação para públicos específicos, por exemplo, pessoas alérgicas, com pele sensível, gestante e público infantil. • Os ensaios recomendados para estas definições são estudos de compatibilidade cutânea conforme o grupo de produto e/ou aceitabilidade cutânea, em condições normais de uso com avaliação clínica, no mínimo, inicial e final. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos Rotulagem de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes • RDC 250/2018 - Requisitos para apresentação do Projeto de Arte de Etiqueta ou Rotulagem no processo de regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, e para a coexistência de mais de uma arte de etiqueta ou rotulagem para um mesmo produto. • RDC 13/2003 - Rotulagem que devem constar em produtos com indicação para hipersensibilidade dentinária. ✓O Projeto de Arte de Etiqueta ou Rotulagem é o documento que deve ser apresentado no processo de regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, que deve conter a arte da etiqueta ou da rotulagem do produto, tal como exposto ao consumo, em suas respectivas embalagens. ✓Devem obedecer os requisitos de rotulagem obrigatória geral, rotulagem específica e outras obrigatoriedades sobre rotulagem previstos. ✓DIZERES DE ROTULAGEM QUE DEVEM CONSTAR EM PRODUTOS COM INDICAÇÃO PARA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA “Dentes sensíveis podem indicar um problema sério que exige a supervisão de um dentista. Não desaparecendo os sintomas durante as quatro primeiras semanas de uso, interrompa a utilização do produto e procure a orientação de um profissional”. “Evitar a ingestão do produto” RDC 7 /2015 Regularização de produtos orgânicos para higiene pessoal, cosméticos e perfumes • LEI 10.831/2003 - Agricultura orgânica • DECRETO 6.323/2007 - Agricultura orgânica • IN-MAPA 18/2009 - Processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos • IN-MAPA 46/2011 - Sistemas Orgânicos de Produção, • IN-MAPA 17/2009 - Extrativismo sustentável orgânico Produtos orgânicos Naturais X Orgânicos X Veganos Regularização de serviços e estabelecimentos • RDC 16/2014 - Critérios para peticionamento de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) de Empresas ✓Estabelecer os critérios relativos à concessão, renovação, alteração, retificação de publicação, cancelamento, bem como para a interposição de recurso administrativo contra o indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) de empresas e estabelecimentos que realizam as atividades com medicamentos e insumos farmacêuticos destinados a uso humano, substâncias sujeitas a controle especial, produtos para saúde, cosméticos, produtos de higiene pessoal, perfumes, saneantes e cultivo de plantas que possam originar substâncias sujeitas a controle especial. Regularização de serviços e estabelecimentos • RDC 49/2013 - Regularização para o exercício de atividade de interesse sanitário do microempreendedor individual, do empreendimento familiar rural e do empreendimento econômico solidário ✓ Inclusão social, produtiva e de boas práticas estabelecidas pelos órgãos de vigilância sanitária para o microempreendedor individual, empreendimento familiar rural e empreendimento econômico solidário, produtores de bens e prestadores de serviços. ✓Harmonização de procedimentos para promover a formalização e a segurança sanitária dos empreendimentos de produtos e serviços prestados por microempreendedor individual, empreendimento familiar rural e empreendimento econômico solidário, considerando os costumes, os conhecimentos tradicionais e aplicando as boas práticas estabelecidas pelos órgãos de vigilância sanitária. ✓Os órgãos de vigilância sanitária classificarãoos níveis de risco dessas atividades econômicas, com base os dados epidemiológicos, considerando a capacidade dos serviços, os costumes, os conhecimentos tradicionais, a escala de produção e demais fatores relacionados. Regularização de serviços e estabelecimentos • RDC 48/2013 - Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes ✓São requisitos gerais que o fabricante de produto deve aplicar para garantir que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes tem qualidade e segurança nas condições normais ou previsíveis de uso. ✓A fiscalização dos estabelecimentos produtores e importadores de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, através de inspeções técnicas, é um mecanismo idôneo que contribui para garantir a qualidade com que chegam ao mercado os produtos que são fabricados, embalados e importados por esses estabelecimentos. Deve contemplar os aspectos relativos às condições de funcionamento e sistemas de controle de qualidade utilizados pelos estabelecimentos. ✓Procedimentos comuns a serem aplicados nos Estados, com uniformidade de critérios para a avaliação dos estabelecimentos de produtores e importadores desses produtos. As ações de controle são de responsabilidade dos organismos nacionais competentes, que devem contar com um modelo que assegure o controle das indústrias com uniformidade de critérios, bem como a neutralidade, simetria e reciprocidade no tratamento e aplicação das normas de regulação. RDC 48 /2013 • Contaminação: introdução indesejada de impurezas de natureza física, química e/ou microbiológica na matéria-prima, material de embalagem/envase, produto intermediário, e/ou produto acabado durante a fabricação. • Contaminação cruzada: contaminação de uma matéria-prima, produto intermediário ou acabado com outra matéria-prima, produto intermediário ou acabado durante a fabricação. • Controle em Processo: verificações realizadas durante a elaboração para monitorar e, se necessário, ajustar o processo para assegurar que o produto cumpra com suas especificações. • Controle de Qualidade: operações usadas para verificar o cumprimento dos requisitos técnicos de acordo com as especificações previamente definidas. • Garantia da Qualidade: todas as ações sistemáticas necessárias para prover segurança de que um produto ou serviço irá satisfazer os requerimentos de qualidade estabelecidos. • Gestão da Qualidade: atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade. • Validação: ação documentada, conduzida para estabelecer e demonstrar que um processo ou procedimento conduz necessária e efetivamente ao objetivo requerido. RDC 48 / 2013 As BPF determinam que: • Os processos de fabricação devem ser claramente definidos, sistematicamente revisados, e mostrar que são capazes de fabricar produtos dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo às respectivas especificações • As etapas críticas dos processos de fabricação e quaisquer modificações significativas devem ser sistematicamente controladas e quando possível, validadas • As áreas de fabricação devem ser providas de infraestrutura necessária para realização das atividades, incluindo pessoal treinado e qualificado • As instruções e os procedimentos devem ser escritos em linguagem clara e objetiva e serem aplicáveis às atividades realizadas • Devem ser feitos registros durante a produção para demonstrar que todas as etapas constantes nos procedimentos e instruções foram seguidas e que a quantidade e a qualidade do produto obtido estão em conformidade com o esperado. • Devem ser tomadas medidas com relação aos produtos com desvio de qualidade e adotadas as providências no sentido de prevenir reincidências, implantado um procedimento para recolhimento de qualquer lote, após sua distribuição, quando necessário. Regularização de serviços e estabelecimentos • RDC 74/2000 - Programa de Capacitação de Inspetores em Boas Práticas de Fabricação e Controle para a Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes ✓Capacitar inspetores para a realização de inspeções com base, em critérios de uniformidade e qualidade. ✓A inspeção é um dos principais instrumentos de regulação e controle na área de produtos para a saúde. ✓A capacitação dos inspetores permite atingir um nível de uniformidade e de qualidade nas atividades relativas às inspeções nas indústrias, assegurando e preservando a saúde da população. Regularização de serviços e estabelecimentos • RDC 108/2005 - Fracionamento de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes com venda direta ao consumidor ✓Notificação de Fracionamento de Cosmético - É o ato de comunicar a autoridade sanitária local o fracionamento de produto de higiene pessoal, cosmético ou perfume com venda direta ao consumidor mediante procedimentos estabelecidos neste Regulamento. ➢Fracionamento - Conjunto de operações que visam a divisão do produto em quantidades menores, preservando as especificações de qualidade e dados de identificação de rotulagem originais. ✓Somente é permitido o fracionamento com venda direta ao consumidor dos seguintes produtos para uso adulto: PERFUMES E SIMILARES, SABONETES, SAIS PARA BANHO, XAMPUS E CONDICIONADORES. Outros produtos só poderão ser comercializados por empresas fracionadoras, como produto acabado ou para recarga (refil). ✓Os produtos entregues ao consumo devem conter além do rótulo fornecido pelo fabricante/importador, as informações referentes ao fracionador (razão social e CNPJ), data de validade do produto e data do fracionamento. Controle, fiscalização e monitoramento de produtos e serviços • RDC 332/2005 - Sistema de Cosmetovigilância ✓Facilita a comunicação, por parte do usuário, sobre problemas decorrentes do uso, defeitos de qualidade ou efeitos indesejáveis e o acesso do consumidor à informação. ✓As empresas fabricantes e/ou importadoras de Produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e Perfumes, instaladas no território nacional deverão manter registro dos relatos de cosmetovigilância, e avaliá-los. ✓Se do resultado da avaliação dos relatos identificarem situações que impliquem em risco para a saúde do usuário, as empresas fabricantes e/ou importadoras dos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes instaladas no território nacional deverão notificar à Autoridade Sanitária Federal do Brasil (Anvisa) e dos Estados Partes do Mercosul envolvidos. Controle, fiscalização e monitoramento de produtos e serviços • RDC 176/2006 - Terceirização de etapas de produção, de análise de controle de qualidade e de armazenamento de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfume ➢Terceirização: É a contratação de serviços de terceiros para a execução de etapas da fabricação ou fabricação total de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. ➢Empresa Contratante: Empresa titular de produto que desenvolve no mínimo uma etapa do processo de fabricação e contrata serviços de fabricação total ou parcial de produtos e serviços de controle de qualidade e/ou armazenamento de terceiros, responsável por todos os aspectos legais e técnicos vinculados com o produto ou processo objeto da terceirização. ➢Empresa Contratada: Empresa que executa etapas da fabricação ou fabricação total de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, co-responsável pelos aspectos técnicos e legais inerentes à atividade objeto da terceirização. Também chamada empresa terceirista. Controle, fiscalização e monitoramento de produtos e serviços • RDC 92/2008 - Regras gerais para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de grau 1 e de grau 2, quando fabricados no Brasil e destinados exclusivamente à exportação ✓Os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de grau 1 e de grau 2 fabricados no País e destinados exclusivamente à exportação, não necessitam ser notificados ou registrados na ANVISA. ✓A ANVISA não emitirá certificado para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de grau 1 e de grau 2 destinados exclusivamenteà exportação. ✓As empresas enquadradas na situação desta Resolução são obrigadas a ter Alvará ou Licença Sanitária emitido pela autoridade competente e Autorização de Funcionamento para as atividades de fabricação e exportação de produtos de higiene pessoal, cosméticos ou perfumes emitidas pela ANVISA. ✓As empresas ficam obrigadas a fornecer imediatamente todas as informações referentes aos produtos destinados exclusivamente à exportação sempre que solicitadas pela autoridade sanitária. Unidade 1 – Introdução a cosmetologia • História da cosmetologia • Definições importantes em cosmetologia • Legislação brasileira de produtos cosméticos CURIOSIDADE RELACIONADA A ATUALIDADE Quais são as utilizações de um produto álcool gel? • Álcool etílico gel como produto saneante domissanitário • Álcool etílico gel como medicamento (antisséptico) • Álcool Gel manipulado em farmácias • Álcool etílico gel como produto cosmético Quais são as utilizações de um produto álcool gel? 1. Álcool etílico gel como produto saneante domissanitário: • Como saneante para limpeza geral – o produto é considerado de Risco I e é obrigatória a sua notificação na ANVISA. A sua finalidade é para limpeza geral em superfícies fixas e inanimadas, como piso, paredes, bancadas e similares. • Como saneante desinfetante – é considerado produto de Risco II sendo obrigatório o seu registro na ANVISA com comprovação da ação bactericida. A concentração mínima desta apresentação deve ser de 70% p/p. Destina-se a limpeza de superfícies fixas e inanimadas, como piso, paredes, bancadas e similares. O número do registro do produto na ANVISA inicia-se com número 3. Estes produtos não são indicados para a higienização e desinfecção das mãos. Quais são as utilizações de um produto álcool gel? 2. Álcool etílico gel como medicamento (antisséptico): • São considerados medicamentos farmacopeicos e devem ser notificados na ANVISA, como antisséptico de mãos, ter a concentração 70% v/v com as seguintes indicações na embalagem: uso externo; aplicar diretamente no local afetado, previamente limpo, com auxílio, se desejar, de algodão ou gaze. Estes produtos são indicados para a higienização e desinfecção das mãos e devem estar sempre na sua embalagem original. São identificados no mercado pelo seu número de registro na ANVISA, que se inicia pelo número 1. Quais são as utilizações de um produto álcool gel? 3. Álcool Gel manipulado em farmácias: • É um produto farmacopêico que consta no Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. O modo de usar indicado no Formulário compreende “aplicação na antissepsia da pele e na desinfecção de superfícies e materiais”. • Manipulado exatamente como consta no Formulário Nacional terá grau alcoólico de 70% (p/p) ou 77% (v/v). Quais são as utilizações de um produto álcool gel? 4. Álcool etílico gel como produto cosmético: • São considerados produtos de Grau II sendo registrados como antissépticos, com finalidade de higienização das mãos, sem proposta de substituir o uso do sabonete e nem a lavagem adequada das mãos. Não podem conter nenhuma indicação terapêutica e nem atribuições como “bactericida”, “sanitizante” ou ser indicado para “desinfecção das mãos”. Tais termos não são permitidos para produtos cosméticos. O produto álcool etílico gel registrado na Gerência Geral de Cosméticos não necessita informar/constar na rotulagem o percentual de álcool contido na formulação. Os produtos podem ser identificados no mercado pelo seu número de registro na ANVISA, que se inicia pelo numero 2. Articulação teoria e prática • Classifique os produtos cosméticos que possui em casa como produtos cosméticos grau I ou II. • E caso de dúvida, consulte a legislação ou traga para discussão para a próxima aula. Autoavaliação Para registro e notificação, os cosméticos são classificados em graus 1 e 2. De acordo com a legislação vigente, qual a alternativa correta: a) Um gel esfoliante facial é considerado Grau 2, pois necessita de uma indicação específica quanto ao seu uso. b) Um desodorante antitranspirante é classificado como Grau 1, pois apresenta propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não é inicialmente necessária. c) Os produtos classificados com Grau 1 e Grau 2 necessitam de registro. d) Apenas os produtos classificados como Grau 2 estão sujeitos ao procedimento de registro, os demais estão sujeitos ao procedimento de comunicação prévia a Anvisa, que é o processo de notificação. e) O protetor solar e os produtos para alisar cabelo são exemplos de cosméticos que necessitam de notificação. Autoavaliação Para registro e notificação, os cosméticos são classificados em graus 1 e 2. De acordo com a legislação vigente: a) Um gel esfoliante facial é considerado Grau 2, pois necessita de uma indicação específica quanto ao seu uso. b) Um desodorante antitranspirante é classificado como Grau 1, pois apresenta propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não é inicialmente necessária. c) Os produtos classificados com Grau 1 e Grau 2 necessitam de registro. d) Apenas os produtos classificados como Grau 2 estão sujeitos ao procedimento de registro, os demais estão sujeitos ao procedimento de comunicação prévia a Anvisa, que é o processo de notificação. e) O protetor solar e os produtos para alisar cabelo são exemplos de cosméticos que necessitam de notificação. Referências • Agência Nacional de Vigilância Sanitária: http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos • Associação Brasileira de Cosmetologia: https://www.cosmetologiabrasil.com/ • Secretaria da vigilância em saúde: http://vigilancia.saude.mg.gov.br/ • Formulações em cosmetologia [recurso eletrônico] /Alexandra Gomes da Silva Allemand, Viviane Cecilia Kessler Nunes Deuschle ; [revisão técnica: Eliane Sempé Obach]. — Porto Alegre : SAGAH, 2018 http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos https://www.cosmetologiabrasil.com/ http://vigilancia.saude.mg.gov.br/ Referências • Cosmetologia aplicada I [recurso eletrônico] / Daniele Simão... [et al.]; [revisão técnica: Mônica Magdalena Descalzo Kuplich; Eliane Sempé Obach]. – Porto Alegre: SAGAH, 2019. • Cosmetologia aplicada II [recurso eletrônico] / Aline Andressa Matiello... [et al.] ; [revisão técnica: Mônica Magdalena Descalzo Kuplich, Lucimar Filot da Silva Brum, Marcia Gerhardt Martins]. – Porto Alegre : SAGAH, 2019. • Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e cosméticos / Terezinha de Jesus Andreoli Pinto, Telma Mary Kaneko, Antonio F. Pinto. --4. ed. --Barueri, SP : Manole, 2015.
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