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Fichamento do texto: Europa em la transición dela antigüedad al feudalismo: el marco general de la historia y la panorámica de la historiografía relativa al período - Josep W Salrach Mares
Maria Fernanda Guimarães – 1º período
TRANSICIÓN
Antiguidade, Antiguidade tardia e alta Idade Média. Esta seria a sequência:
· Plenitude do sistema – até o século III;
· Crise e recomposição do sistema – séculos III – VII
· Transição para o sistema feudal – séculos VIII – X
Em relação ás características essenciais do sistema social antigo, há diferentes interpretações; quanto à perspectiva social, alguns autores analisam o mundo antigo pensando no escravismo – até o século II ou III, no entanto, outros autores entendem a tributação como a base do sistema. 
· O autor faz uma balanço geral sobre as diferentes análises de alguns autores notáveis sobre as características do sistema antigo.
O autor discorre tais características supracitadas em quatro pontos:
1. No sistema antigo coexistiam diferentes formas de produção. O escravismo, em que homens e mulheres não tinham nenhum direito reconhecido; eram os servi. Sua força de trabalho e o produto que obtinham não lhes pertencia. 
O escravismo não era exclusivo dos grandes domínios de exploração direta, tanto havia em diferentes tipos deles, quanto nos pequenos domínios. Essas variantes, sem dúvida, existiram e foram importantes para a Antiguidade Clássica. 
2. Dentro do sistema também havia o feudalismo, no sentido de formas feudais de produção. Camponeses com direitos reconhecidos, isto é, um regime de posse de terra, bem como direito aos seus instrumentos e meios de produção. Sua força de trabalho e colheita lhe pertencia parcialmente, já que o dominus tira uma parte, a renta. Esse regime, na antiguidade, é o colonato. 
A diferença entre escravos e tenentes é o poder de tomar decisões econômicas. O tenente se configura como um pequeno empresário, mediado por um poder superior; recolhe a colheita, separa as partes: a do autoconsumo, a do investimento e a do senhor. 
3. Uma parte difícil de quantificar, dos trabalhadores do campo, que não eram nem encravos nem tenentes. Poderiam ser o que Marx e Engels chamavam de comunidade primitiva, coletivos perto da tribo, coesos a partir de laços sanguíneos, formas de vida e organização de trabalho. Parece que a possessão de terra e gado era submetida aos direitos coletivos, e a produção sujeita ao uso comum. 
 O autor apresenta diferentes lugares onde o autor Wickham encontrou essas coletividades. 
À propriedade coletiva e produção comunal das comunidades primitivas, se sucedeu a exploração familiar e a pequena produção campesina, que emergiu durante a Antiguidade e transição.
4. No sistema antigo, a organização social e política do conjunto, o elemento que garante a continuidade através das crises é o Estado. Tal Estado antigo funcionava como um sindicato de extorsão, os membro eram funcionários da administração e do exército. A classe hegemônica vem, pois, da esfera política, possuíam uma hierarquia de honras ou dignidade que correspondia aos cargos que cada um exercia na burocracia civil e religiosa, e no exército. As cidades eram células básicas do Estado, nelas residiam as classes dominantes, de onde vinha a ideologia, as normas legais, as fórmulas políticas e as diretrizes econômicas. O sistema fiscal era a máquina devoradora de recursos. 
Um sistema como esse só conseguia funcionar com um grande corpo de leis. O Estado era presidido por uma autoridade central forte, recolhia de seus cidadãos impostos e em troca oferecia ordem pública, justiça, segurança, serviços públicos em geral. Um modo de produção que podemos chamar de tributário.
SISTEMA ANTIGO E SISTEMA FEUDAL
Aqui a autora confronta características essenciais do sistema antigo com as do feudal.
	SISTEMA ANTIGO
Predomínio do imposto 
	SISTEMA FEUDAL
Predomínio da renta, forma privada de drenagem de excedentes pelos senhores que detém o poder e mantém vínculos limitados com poderes superiores externos.
	Poder vem de cima da estrutura política
** Assim, o elemento de continuidade e descontinuidade é o Estado.
	Poder vem dos próprios senhores, da quantidade de homens e terras que possui.
** sistema antigo morre quando o Estado morre e, então, emergem os princípios feudais.
	Relação campo/cidade era antagônica na antiguidade, a civilização era a civilização urbana. Os camponeses eram explorados pela cidade, tinham poucos direitos e muitos deles eram escravos.
	 Relação campo/cidade se altera, a cidade perde protagonismo político, mas ganha econômico.
	Estado era o primeiro agente econômico, intervia nos processos de produção e distribuição.
	O senhor vivia à margem do sistema de produção.
	A força de trabalho provinha de homens sem direitos, os escravos. 
	Os servos, os produtores, sempre tinham algum direito. Grande diferença: a dignidade de trabalho que conquistaram com suas lutas.
Aqui entra um resumo do autor: 
¿como era el sistema antiguo?. Utilizando una imagen diríamos que era un tren que en época clásica iba a toda máquina. El maquinista era el Estado, pero la máquina funcionaba con diversos motores: las modalidades de producción esclavista, feudal y tributaria. 
(MARES, p. 5)
Uma pergunta que nos cabe: como, por que e quando o escravo desapareceu e as relações feudais de produção se fizeram hegemônica?
A hipótese que o autor defende é diferente da que entende a questão da morte do Estado como principal. 
La hipótesis que defendemos es diferente: supone que después de la crisis hubo recomposición y supervivencia del sistema. Así, pues, la sociedad de la Hispania goda habría pertenecido al sistema antiguo, aunque en aquello que era esencial, el motor fiscal perdía fuerza. (MARES, p. 6)
As crises políticas favoreciam as emancipações no que se refere ao escravismo. Sobre isso, tem, no entanto, a menor ou maior capacidade da aristocracia romana e germânica de nutrir a reconstituição do Estado e dos mecanismos de exploração social. 
Entre o norte e sul da Europa deu-se uma evolução divergente: no norte séculos VIII – IX – domínio bipartido sobre um substrato populacional vigorosamente escravista; no sul os séculos de continuidade escravista foram também de debilidade por resistências, lutas e fugas.
· O escravismo perdeu posições entre os góticos porque a escassez de guerra de conquista secou a mais rica fonte de mão de obra escrava. 
· Alguns dizem que o escravismo morreu porque los amos se deram conta de que a exploração indireta era mais lucrativa. Talvez porque os escravos não queriam estar nessa posição, então rendiam menos, principalmente em virtude do sistema repressor. 
Uma alternativa a esse cenário de fugas e baixo rendimento foi o “casamiento”, estabelecimento de famílias escravas em unidades de exploração, dando casa e terra e permitindo formas familiares. Isso resultou na divisão da massa servil e neutralização das fugas. Essa prática estendeu-se ao regime “tenencista” e debilitou o regime escravista, favorecendo o regime feudal. 
· O autor enfatiza que é difícil delinear o memento em que um servus casatus deixa de ser escravo para converter-se tenente. 
O processo de transição feudal também marca a transição de formas coletivas a formas individuais de posse dos meios e instrumentos da produção. A ruptura de vínculos libera mão de obra para crescimento, mas também debilita as solidariedades comunais, facilitando a penetração e desenvolvimento do poder senhorial, e a gênesis da propriedade feudal acelera a desestruturação da comunidade. Esse cenário facilita a hegemonia da pequena exploração, característica do modo feudal.
· A época germânica se caracterizou pelo fato de que o sistema social antigo se descompunha, em virtude de crises e recomposições. 
Como diría Bois, cada ola rompe más lejos, porque cada crisis implica desgaste de lo viejo, y cada recomposición, nuevas experiencias, de manera que la sociedad se aleja de sus orígenes. A menudo llega un momento en que los equilibrios entre viejo y nuevo se rompen y el cambio se precipita.Dentro de la transición, es la fase o fases de mutación. (p.8)
· Com as concessões de terras em troca de serviços militares, pode-se falar de feudalismo visigodo, mas o Estado visigodo não era feudal.
Aos finais do século VI, os reis góticos, bem como os merovíngios continuaram cobrando impostos diretos e indiretos, nas cidades funcionários públicos especializados que se encarregavam da arrecadação. Tal administração fiscal funcionava mal – empobrecimento dos tributos e privatização dos recursos públicos. 
Alguns autores estudaram as mudanças no exército no que tange à feudalização: concessões in stipendio, alocação de terras para guardar mantimento de guarnições fronteiriças, mobilização de tropas privadas etc. 
O autor analisa alguns aspectos da sociedade, dos militares, do exército e também dos nobres; concluindo que o sistema antigo, corroído por dentro ainda era presente porque a modalidade feudal de produção que tinha por dentro ainda não era desenvolvida o suficiente para mudar a natureza do sistema. 
MUTACIÓN
El cambio de coyuntura económica
· O crescimento medieval começou ao redor do século VIII, por quê?
· Para Malthus: longa contração demográfica riqueza natural ao alcance dos homens com menos esforços. 
· A pressão demográfica e a punção senhorial – século XI: causa para a criação de gado e aproveitamento dos recursos silvestres serem sacrificados em proveito da agricultura cerealista. Cabe aqui uma ponderação do autor:
Este razonamiento, que parece olvidar las terribles y reiteradas hambres altomedievales (que, según Hidacio y muchos otros, llevaron a nuestros antepasados al canibalismo), no es satisfactorio, en primer lugar, porque la opción cerealística es anterior al pleno establecimiento del feudalismo, y tiene que ver con hábitos heredados de la Antigüedad, y en segundo lugar, porque el crecimiento, más que depender del binomio población/recursos, depende de las posibilidades del sistema social. (p.10)
Populações da Alta Idade Média vivenciaram muitas lutas contra a fome, bem como o movimento de roturaciones. 	
Até finais do século X, quando começaram a aparecer cartas de populações concedidas por poderes senhoriais, o sistema de quebra e aquisição de propriedades, baseado na pressão, prática de herança visigótica - quem cultivasse um terreno e o possuisse por trinta anos adquiria propriedade total. 
· A impressão produzida à leitura global da documentação é que a iniciativa campesina vai adiante no movimento colonizador até o século X. Na Península, os roturadores seriam as famílias campesinas que, influenciadas pela fome, deixaram os refúgios montanhosos para as terras despovoadas mais planas. 
Antes do milésimo ano o campesinato era uma classe heterogênea, formada por pequenos proprietários famintos com poucas terras. O processo de feudalização incorpora uma parte desses camponeses à categoria de militas e administradores dos senhorios (merinos, bailes). 
A documentação aponta que não houve regiões despovoadas, e sim de densidades desiguais. Os anos 875-925 marcam o apogeu do primeiro movimento de rupturas, o primeiro crescimento medieval. Já 925-950 viu o declínio do sistema de pressões populares e iniciou uma fase caracterizado pelo controle dos senhores.
A liberação da força de trabalho
· A queda da taxa de imposto.
· O processo de desagregação do sistema antigo em seu aspecto tributário de ter sido mais rápido que o processo de feudalização no que tange à criação de rentas.
· As massas trabalhadoras, no sistema antigo, resistiam a duas formas de exploração: livres com pressão impositiva do Estado e dos escravos com a dominação de seus donos.
· Estado empobrecido, algumas comunidades campesinas rejeitaram os impostos.
Algunos juicios de los siglos IX y X aún indican algo de este proceso. Eran promovidos por autoridades públicas (condes, obispos, abades) contra comunidades campesinas a las que se reclama el pago de cargas públicas directas. Sin duda, a la trayectoria decadente del Estado godo, debe añadirse la ínvasión musulmana y el inicio de la llamada Reconquista para comprender la situación: la frontera creaba libertad. (p.11)
· Liberação do imposto – mesmo que parcial, da escravidão – mesmo que não total e em um dia. Não há um registro completo dos servi y mancipia, mas em qualquer caso são numerosos e significativo: a maioria das escrituras se referem à compra e venda de imóveis e os escravos eram pouco mais que gado, um bem pouco documentado. 
A massa servil dos séculos IX e X tinha as mesmas condições que a época visigoda, tinham servi que trabalhavam em regime de exploração direta e outros que tinham terras próprias.
Foi nos séculos VIII e IX que se passou à exploração pelo seguinte sistema: dividir tempo de trabalho e entre trabalho para o dominus e trabalho para o próprio sustento. 
· O dominus tomava a renta e a corvea.
Nos séculos IX e X os servi se misturaram familiarmente com os coloni, acabando, pois, o segregacionismo antigo e convertendo os servi em tenentes de pleno direito.
No Império Carolingio não se estendeu o domínio bipartido. Contra a fuga de escravos, os senhores estabeleceram os servi em mansos, emancipando-os da condição servil e sustentando ao pagamento de rentas. Assim, a renta foi se consolidando. E com esse cenário o produtor tinha mais liberdade quanto a sua produção. Aqui cabe a fala do autor: 
En el crisol de la tenencia, convertidos en tenentes, se encontraron, pues, a finales de la Alta Edad Media los restos de la esclavitud y del colonato y un número creciente de campesinos, caídos en la dependencia económica de la renta.
Assim, por volta do ano mil, a palavra servus desapareceu da documentação. 
· O autor finaliza o subtema se referindo aos diferentes aspectos de evolução das comunidades das aldeias em algumas regiões.
Expansión de la gran propriedad y régimen de la tenência
Por diferentes caminhos se iniciou no Ocidente a fase de crescimento que consolidou a hegemonia da pequena exploração estabelecimento do feudalismo sobre o regime da tenência. 
Durante os séculos IX e X, antes da consumação do feudalismo, muitos campesinos eram pequenos proprietários. Mas de onde vinham?
· Dissolução da comunidade primitiva, antigos pequenos proprietários rurais, liberação das forças produtivas e das roturaciones que se multiplicaram com o crescimento.
· Também tinham as grandes propriedades – do Estado, da aristocracia laica e da igreja. 
Como se criou a grande propriedade senhorial? Antes da Antiguidade havia fisci, grandes propriedades da aristocracia e domínios da igreja, mas com alguns documentos, é possível observar o declínio do domínio dos fisci. “Sería a partir de los inmensos fisci, heredados de la época germánica, que los monarcas astur-leoneses y carolingios pagaron los servicios del clero y de sus agentes y fieles.”
Seguindo uma tradição comum a godos e francos, os condes e personae publichae, obtinham remuneração derivada da exploração fiscal e rental. 
Na página 14 o autor faz uma análise dos cargos supracitados, seus benefícios e como funcionava essa parte da organização social. O poder concedido pela instância política aos membros da aristocracia laica e eclesiástica. 
· O processo de desgaste da pequena propriedade, iniciado no século X até o século XII. Nesse período houve fases de crise social e política – período de mutação feudal.
Crisis social y del Estado
Preparado por uma longa transição, o feudalismo como sistema social, com hegemonia da
propriedade feudal e da renta, assim viu a luz no espaço hispano-occitano entre os séculos X e XII. Período de muitas crises sociais e políticas, mas também de estabilização. 
Aqui o autor analisa brevemente esse período nas diferentes regiões e impérios. 
· Os poderosos lutavam entre si, a violência era grande, muito refletia no campesinato. 
· Os vínculos familiares era o que dividia os camponeses.
· Muitos ataques violentos, roubos, sequestros e cargas abusivas e ilegais impostas aos camponeses. 
“Al fin, inmersos en la dinámica histórica que les transformaba, y sin posibilidadesde invertir el proceso, los condes acabaron por aceptar un repartimiento de poderes con la nobleza, abandonando al campesinado a su suerte” (p.15)
· A Igreja tentou conter as violências, proteger o povo fiel e a si mesma. 
· O resultado foi a criação das sagreras y el movimento de la paz y trégua de Dios. Usando a ameaça de excomungar, os clérigos definiram um espaço sagrado para que pudessem se refugiar. 
Algumas outras terras e regiões também tiveram suas crises feudais. 
Concluindo: 
Os períodos de crises marcam os momentos de mudança social. 
O autor constrói seu último parágrafo recapitulando o que foi necessário para esse período de transição ao sistema feudal. 
Unidade e diversidade é, portanto, o que caracteriza a fase de cristalização do sistema feudal no espaço hispano-occitano, mas seu estudo já nos levaria longe demais.

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