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ANEXO DE CASOS CONCRETOS II (1)

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ANEXO DE CASOS CONCRETOS. EDITAL NPJ FABRAN 2020.2 
CASO CONCRETO 1. 
Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por escrito de locação com João, brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre outras obrigações, João não poderia lhe dar destinação diversa da residencial. Ofertou fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois de quatro meses sem receber o que lhe era devido, ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava alugar o mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, regularmente instruída e distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Desesperado, João o procura para que, na qualidade de seu advogado, interponha o recurso adequado (excluídos os embargos declaratórios) para se manter no imóvel, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 
JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, portador da cédula de identidade RG nº número do documento, inscrito sob o CPF/MF sob o nº número do documento, residente e domiciliado no endereço completo, na cidade de Juiz de Fora/MG, com o seguinte endereço eletrônico endereço eletrônico, neste ato representado por seu procurador judicial adiante assinado, na ação de despejo cumulada com cobrança autuada sob o nº número dos autos, a qual tramita perante a 2ª Vara Cível da Comarca do Juiz de Fora, que lhe move PEDRO, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, portador da cédula de identidade RG nº número do documento, inscrito sob o CPF/MF sob o nº número do documento, residente e domiciliado no endereço completo, na cidade de Rio de Janeiro/RJ, com o seguinte endereço eletrônico endereço eletrônico, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, não se conformando com a decisão de fls.,interpor, com fulcro no art. 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil
AGRAVO DE INSTRUMENTO
pelas razões anexas. 
Requer seja o presente recurso recebido em seu regular efeito devolutivo, bem como
seja concedido o efeito suspensivo nos termos do art. 1.019, I do CPC face à
probabilidade de provimento e do perigo de dano irreparável. 
Informa-se, ainda, a este Tribunal o nome e endereço dos advogados das partes:
1 – Advogado do agravante: Nome completo, endereço completo. 
2 – Advogado do agravado: Nome completo, endereço completo. 
Por fim, esclarece que o agravante que deixa de anexar as guias de preparo devidamente
recolhidas em face do pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita. 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Local, data. 
Advogado. 
OAB.
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
b) seja admitido o presente recurso, diante da demonstração do preenchimento dos pressupostos recursais;
c) seja o recurso recebido no seu regular efeito devolutivo, bem como seja concedido o efeito suspensivo para fins de obstar os efeitos da decisão até o final julgamento do agravo, já que estão presentes os requisitos da probabilidade de provimento e do perigo de dano. 
d) o agravado seja intimado para, em querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 15(quinze) dias;
e) ao final, seja dado provimento para reformar a decisão agravada e,consequentemente, conceder o prazo de 15(quinze) dias para que o agravante purgue a mora, bem como para anular a decisão no que se refere a multa aplicada de forma ilegal.
 
Em relação a multa, requer subsidiariamente, caso não seja acolhido o pedido de cassação, a reforma da decisão para os fins de minorar o valor arbitrado.Ainda, o agravante informa ao Tribunal que:
a) no prazo de 3 (três) dias comunicará ao Juízo “a quo” acerca da interposição do presente recurso, conforme enuncia o artigo 1.018, §2º do CPC.
b) as peças que instruem este agravo são as seguintes:
b.1) Petição inicial e contestação (Doc. 01). 
b.2) Decisão agravada (Doc. 02).
b.3) Certidão de intimação (Doc. 03).
b.4) Procurações (Doc. 04).
b.5) Declaração de hipossuficiência (Doc. 05).
 
Termos em que, pede e espera provimento.
Local, data.
Advogado.
OAB.
CASO CONCRETO 2
 Em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, ajuizou Ação de Alimentos em Comarca onde não foi implantado o processo judicial eletrônico, em face de Emerson, suposto pai. Apesar de o nome de Emerson não constar da Certidão de Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, voluntária e extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa Melina, exame de DNA, no qual foi apontada a existência de paternidade de Emerson em relação a Rafaela. Na petição inicial, a autora informou ao juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que o réu, por seu turno, não exercia emprego formal, mas vivia de “bicos” e serviços prestados autônoma e informalmente, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. A Ação de Alimentos foi instruída com os seguintes documentos: cópias do laudo do exame de DNA, da certidão de nascimento de Rafaela, da identidade, do CPF e do comprovante de residência de Melina, além de procuração e declaração de hipossuficiência para fins de gratuidade. Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y indeferiu o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de alimentos provisórios com base em dois fundamentos: (i) inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava da certidão de nascimento e que o exame de DNA juntado erauma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora. A referida decisão, que negou o pedido de tutela antecipada para fixação de alimentos provisórios, já foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico. Considere-se que não há feriados no período. Na qualidade de advogado(a) de Rafaela, elabore a peça processual cabível para a defesa imediata dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A) RELATOR (A) DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO ESTADO DE XXX/XX.
PROCESSO NA ORIGEM N.º XXXX
Rafaela, menor impúbere, representada por sua genitora Melina, ambas já qualificadas nos autos da Ação em epígrafe que move em face de Emerson, também já qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por sua procuradora signatária, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO com fundamento no Artigo 1.015, I do Código de Processo Civil, conforme razões anexas:
Requer ainda, a juntada da cópia integral do processo para o cumprimento do disposto no Artigo 1.017 do Código de Processo Civil, bem como a juntada da guia de preparo, devidamente recolhida conforme o Artigo 1.016 do Código de Processo Civil, informando-se assim o nome e endereço do advogado da Agravante, ora Recorrente:
Nome e endereço do patrono do Agravante: Advogado; OAB; endereço XXXX, Cidade/UF e;
1 - DA SÍNTESE
1º) Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora Recorrente, em face de Emerson, ora Recorridoe, apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da Recorrente, seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2014, voluntariamente e extrajudicialmente a pedido de sua ex-esposa, na qual foi apontada a existência de paternidade em relação a Rafaela.
2º) Segundo consta na Petição Inicial, a Recorrente informou ao Juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que seu pai Emerson não exercia emprego formal com carteira assinada, porém, vivia de “bicos” e serviços prestados de forma autônoma, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) sob o salário mínimo.
3º) Por fim, o juiz de primeiro grau da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação dos alimentos provisórios com base nos seguintes fundamentos:
a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava na Certidão de Nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e
b) Inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora.
2 - DAS RAZÕES
1º) Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanado a inexistência de verossimilhança da paternidade e de que o nome do Recorrido não constava na Certidão de Nascimento da Recorrente, em 2014 foi realizado o exame de DNA, ainda que feito extrajudicialmente, foi possível comprovar através do mesmo, a paternidade do Recorrido em relação à sua filha Rafaela:
2º) E, no que diz respeito à pensão alimentícia também indeferida pelo juízo de primeiro grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma de sobreviver através de “bicos” por parte do Recorrido, cabe ressaltar que o Recorrido presta serviços de forma autônoma possibilitando-o em adquirir através dos diversos trabalhos, quaisquer tipo de renda, inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário mínino por mês, portanto, conforme o § 1º do Artigo 1.694 do Código Civil em relação do binômio necessidade do alimentado, diz que:
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
E, em relação a possibilidade do alimentante, vale ressaltar o Artigo 1.695 do Código Civil que diz:
Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, podem fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de Barros Monteiro, “se o alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos, ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria”. (MONTEIRO, 2001, p. 304).
O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde que o montante a se pagar não prejudique seu próprio sustento.
Portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem tem o direito de receber os alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los.
Conforme cita Maria Helena Diniz:
“Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos alimentos entre as necessidades do alimentando e os recursos econômicos financeiros do alimentante, sendo que a equação desses dois fatores deverá ser feita, em cada caso concreto, levando-se em conta que a pensão alimentícia será concedida sempre ad necessitatem.” (DINIZ, 1997, p. 358).
3º) Ainda se tratando dos deveres do alimentante e de direitos do alimentado, já se decidiu que:
CIVIL E PROCESSO. REVISÃO DE ALIMENTOS. DESEMPREGO. BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. ART. 1694, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. VALOR. ADEQUAÇÃO.
1. A fixação dos alimentos civis deve ser orientada pelo § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, que preconiza a comprovação da necessidade de quem a recebe e a situação financeira de quem paga, a fim de que seja garantida a sua compatibilidade com a condição social das partes.
2. O valor da pensão alimentícia não pode ser consideravelmente reduzido em função do desemprego de um dos genitores, pois, além de ser temporário, as necessidades do alimentado continuam iguais e a percepção de seguro desemprego não modifica drasticamente a situação financeira do alimentante.
3. Constatado que o valor arbitrado a título de alimentos civis pelo juiz sentenciante não se mostra razoável e proporcional em relação às necessidades do alimentando e à capacidade do alimentante, deve ser dado parcial provimento ao recurso do menor e modificado o quantum fixado na r. sentença.
4. Recurso parcialmente provido.
3 – DO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO
Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por temor do Artigo 1.019, I do Código de Processo Civil, acarretará prejuízos à alimentada, ora Recorrente, sem contar em longa batalha judicial sendo que, o feito pode ser devidamente de pronto julgado, com resolução de mérito.
4 – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja recebido e processado o presente Recurso de Agravo de Instrumento para que, no mérito, lhe seja dado provimento, oficiando-se à instância originária, tal qual, reformando-se a decisão de primeira instância proferida pelo juízo “a quo”.
Outrossim, requer seja o presente recurso recebido e processado em seu regular efeito devolutivo e com o efeito suspensivo conforme o artigo 1.019, I do Código de Processo Civil, intimando-se a parte contrária para querendo apresentar contraminuta no prazo legal.
Por fim, as despesas processuais e demais encargos podem ser evitados no caso, respeitando-se, pois, o principio da celeridade.
Nestes Termos, Pede Deferimento.
Local, data.
_______________________________
Advogado/OAB
PEÇAS QUE INSTRUEM O PRESENTE RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
Peças obrigatórias – Artigo 1.017, do Código de Processo Civil
1) Procuração do Agravante e do Agravado;
2) Cópia da decisão agravada (fls. XX);
Peças facultativas – Artigo 1.017, III do Código de Processo Civil
3) Cópia da Petição Inicial;
4) Cópia do mandado de citação;
5) Cópia da contestação.
 CASO CONCRETO 3
 Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento, recémcomprado, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu, requerendo: (i) a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; (ii) indenização de aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados; e (iii) indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido solucionada em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou, durante algum tempo, sem usar a TV. O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguída, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, incisoII, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. A sentença não transitou em julgado. Na qualidade de advogado(a) do autor da ação, indique o meio processual adequado à tutela do seu direito, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo-se a hipótese de embargos de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA XXª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XX/UF
 Processo nº: XXXXXXXXXXXXX 
ANTÔNIO AUGUSTO, já devidamente qualificados nos autos da ação que move em face de MAX TV S.A e Loja de Eletrodomésticos S.A, por intermédio de seu advogado e bastante procurador signatário, vem respeitosa e tempestivamente ante Vossa Excelência apresentar, nos termos do art. 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil, o seu
 RECURSO DE APELAÇÃO
 Visando a modificação da respeitável sentença proferida nestes autos, conforme razões de fato e de direito expostas avante. 
Por fim, requer à Vossa Excelência seja o recurso devidamente recebido em seu duplo efeito (se for o caso) e devidamente processado, eis que tempestivo e devidamente preparado, conforme comprovante em anexo, encaminhando-se ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado. 
Termos em que,
 Pede Deferimento.
 Local, data e ano.
 Advogado. OAB/ UF nº XXXXXX
 RAZÕES DA APELAÇÃO
 Apelante: Antônio Augusto
 Apelado(s): Max TV S.A.
 Loja de Eletrodomésticos Ltda.
 JUÍZO DE ORIGEM: XXª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XX/UF.
 PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: XXXXXXXXXXXXXX 
Egrégio Tribunal de Justiça;
 Colenda Câmara;
 Nobres Desembargadores.
 I – SÍNTESE DOS FATOS
 O apelante adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu.
 O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação.
 II – DOS FUNDAMENTOS
 Ao contrário do que apontou na sentença, há solidariedade entre o varejista, que efetuou a venda do produto, e o fabricante em admitir a propositura da ação em face de ambos, na qualidade de litisconsortes passivos, conforme a conveniência do autor. A responsabilidade solidária entre as Lojas de Eletrodomésticos Ltda. e a Max TV S.A. encontra fundamento nos Art. 7º, parágrafo único, no Art. 25, § 1º e no art. 18, todos do Código de Defesa do Consumidor, sendo que assevera este último:
 “Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
 Pretende-se pedir o afastamento da decadência. No que concerne ao primeiro pedido, referente à substituição do produto, existe reclamação referente à substituição do produto conforme art. 26, § 2º, inciso I do Código de Defesa do Consumidor, configurando causa obstativa da contagem do prazo decadencial. Assim, temos:
 “Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
 § 2° Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;” 
Além disso, no tocante aos demais pedidos, trata-se de responsabilidade civil por fato do produto, não por vício, haja vista os danos sofridos pelo autor da ação, a atrair a incidência dos artigos 12 e 27 do CDC, de modo que a pretensão autoral não se submete à decadência, mas ao prazo prescricional de cinco anos, estipulado no último dos dispositivos ora mencionados, em cuja tempestividade é inequívoca, dada a previsão constante no artigo 27, do CDC, o qual assevera: 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
 III – DOS PEDIDOS RECURSAIS
 Por todo o exposto, à Vossa(s) Excelência(s) requer seja:
 1 - Reformada a sentença anterior, para julgar procedentes os pedidos produzidos na peça vestibular, na hipótese de a causa encontrar-se madura para o julgamento, segundo o Art. 515, § 3º, do CPC, 
2 - Incluso o nome do comerciante no polo passivo, após o reconhecimento de sua legitimidade passiva; 
3 - Afastado o acolhimento de decadência, por se tratar de responsabilidade pelo fato do produto;
 4 - Intimad os os apelados para apresentar contrarrazões; 5 - Determinado o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento do feito. 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
Local, data e ano.
CASO CONCRETO 4
 Maria Cândida propôs ação de anulação em face de Energia's sob o argumento de que foi coagida a assinar confissão de dívida no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), pois a concessionária de serviço público alegou que, quando da visita de inspeção do medidor em sua residência, constatou irregularidade no medidor, conhecido popularmente como "gato", e que se não assinasse seria interrompida a prestação de serviços. Maria informou que mesmo com o valor parcelado em 5 prestações mensais e sucessivas não tem condições financeiras de arcar com este pagamento mais os valores referentes ao seu consumo mensal, o que certamente resultará na interrupção na prestação de serviço de energia elétrica, uma vez que os dois valores juntos são superiores ao seu salário. A ré em contestação alegou a validade da confissão de dívida, por ser a autora maior, o objeto lícito e a forma prescrita em lei. Afirmou ainda em preliminar, a incompetência do juizado para julgamento da demanda face à necessidade de perícia para saber se o medidor de energia elétrica havia sido alterado ou não. O magistrado acolheu a preliminar de incompetência e julgou extinto o processo sem resolução do mérito. Elabore a peça processual cabível para defender os interesses de Maria. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA ...
Processo nº: XXX
 
 
 
MARIA CÂNDIDA, já qualificada nos autos, por meio do advogado infra-assinado, nos autos da ação que move em face de ENERGIA’S, já qualificada nos autos, vem, com fundamento no art. 41 da Lei nº 9.099/95, interpor
 
 
 
RECURSO INOMINADO
 
 
 
requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para oferecere respsota e, ato contínuo, que os autos, com as razões anexas, sejam remetidos à Turma Recursal.
 
 
 
Termos em que pede o deferimento.
Local e data.
 
 
ADVOGADO
OAB/UF
 
RAZÕES DE RECURSO
 
RECORRENTE: Maria Cândida
RECORRIDO: ENERGIA’SProc. Nº.: XXX
 
COLENDA TURMA RECURSAL,
 
I – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
            O apelante é parte legitima, com interesse sucumbencial, devidamente representado, conforme se verificam, portanto, preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade.
 
II – DA TEMPESTIVIDADE 
            A sentença ora recorrida foi publicada no dia XXX, sendo o recorrente intimado no dia XXX, o que demonstra a plena tempestividade do presente recurso.
 
III – DOS FATOS
            A RECORRENTE propôs ação de anulação em face da RECORRIDA sob o argumento de que foi coagida a assinar confissão de dívida no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), pois a concessionária de serviço público alegou que, quando da visita de inspeção do medidor em sua residência, constatou irregularidade no medidor, conhecido popularmente como "gato", e que se não assinasse seria interrompida a prestação de serviços.   
            Em contestação, a RECORRIDA alegou a validade da confissão de dívida, por ser a RECORRENTE maior, o objeto lícito e a forma prescrita em lei. Afirmou ainda em preliminar, a incompetência do juizado para julgamento da demanda face à necessidade de perícia para saber se o medidor de energia elétrica havia sido alterado ou não.
            O magistrado acolheu a preliminar de incompetência e julgou extinto o processo sem resolução do mérito.
            A sentença foi publicada no dia XXX, em face da qual se interpõe o presente recurso de apelação.
 
III – DO DIREITO
           
            Equivocou-se o magistrado a ao julgar incompetente o juizado especial diante da necessidade de perícia, pois no caso em questão, a prova pericial não se mostra como fundamental para a resolução da lide.
            A jurisprudência, nesse sentido, é pacífica, senão vejamos:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA - ENERGIA ELÉTRICA - VIOLAÇÃO DO MEDIDOR - REVISÃO DO FATURAMENTO - TERMO DE OCORRÊNCIA E INSPEÇÃO - PROVA INSUFICIENTE DA ALEGADA FRAUDE - LAUDO UNILATERAL - IMPRESTABILIDADE - COBRANÇA INDEVIDA - IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS - RECURSO PROVIDO. 1. É defeso impor ao consumidor débito que não tem sua origem comprovada, não se podendo afirmar, com base em prova unilateral, a existência de fraude no medidor de energia elétrica. 2. Ao imputar unilateralmente irregularidade nos equipamentos medidores de energia elétrica, sob a ameaça de corte, a CEMIG fere os princípios do devido processo legal e da boa-fé objetiva. 3. Não é possível, no Estado Democrático de Direito, permitir à pessoa jurídica interessada atribuir, mensurar e impor a existência de adulteração no medidor, estipulando os valores que reputar devidos, ao arrepio dos princípios constitucionais. 4. Não se desincumbindo a concessionária da tarefa de comprovar que tenha ocorrido adulteração no medidor, uma vez que a fraude não pode ser presumida, indevida a cobrança. 5. Sentença reformada. 6. Recurso provido.  (TJMG -  Apelação Cível  1.0024.14.240024-1/001, Relator(a): Des.(a) Raimundo Messias Júnior , 2ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 29/10/2019, publicação da súmula em 07/11/2019)
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL - DO MÉRITO DO AGRAVO INTERNO DIREITO DO CONSUMIDOR - TERMO DE OCORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE (TOI) - NULIDADE - PROVA UNILATERAL - PACÍFICA JURISPRUDÊNCIA DO TJ/RJ - SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA - ILEGÍTIMAS AS COBRANÇAS PERPETRADAS COM FULCRO NA LAVRATURA DO TOI - PROVA PERICIAL NÃO REALIZADA PELA RÉ - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE IRREGULARIDADE DO MEDIDOR - RÉ QUE NÃO SE DESINCUMBIU DE PROVAR FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR, NOS MOLDES DO QUE EXIGE O ART. 333, INCISO II, DO CPC - FRAUDE NÃO CARACTERIZADA - INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO ESSENCIAL DANO MORAL CONFIGURADO - REFORMA DA SENTENÇA. MÉRITO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 535 DO CPC EFEITOS INFRINGENTES SOMENTE EM CASOS EXCEPCIONALÍSSIMOS, O QUE NÃO É A HIPÓTESE DOS AUTOS - INOCORRÊNCIA DE QUALQUER OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. 1) Embargos de declaração opostos em face de acórdão que negou provimento ao agravo interno interposto pelo apelado contra decisão monocrática que deu provimento ao recurso de apelação manejado por VINÍCIUS BUTI MACEDO. 2) Os embargos de declaração são instrumento de integração do julgado, quer pela pouca inteligência de seu texto, quer pela contradição em seus fundamentos, quer, ainda, por omissão em ponto fundamental. 3) Para admissão e provimento dos embargos de declaração é indispensável que a peça recursal aponte os requisitos legalmente exigidos em Lei, isto é, necessário que se aponte no julgado a omissão, contradição ou obscuridade, para a sua interposição, o que não ocorre no presente feito. REJEITAM-SE OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS (0102682-79.2010.8.19.0001 - APELACAO - DES. MARCELO LIMA BUHATEM - Julgamento: 06/02/2013 - QUARTA CAMARA CIVEL - TJERJ). (grifei)
 
            Trata-se de relação de consumo na qual se mostra evidente a falta de fundamentos válidos no argumento de que a confissão da Recorrente não foi feita sob coação.
 
IV - DOS PEDIDOS
            Diante do exposto, requer:
A)   o recebimento do presente recurso no duplo efeito, devolutivo e suspensivo;
B)   o provimento do presente recurso para reforma da sentença.
C)   a condenação do recorrido ao pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios sucumbenciais.
 
 
Termos em que pede o deferimento.
 
 
Local e data.
 
 
ADVOGADO
OAB/UF
CASO CONCRETO 5
 Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada e, após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procurou advogado.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DO PARANÁ.
Processo n....
LEONARDO (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n...., inscrito no CPF n...., endereço eletrônico, domiciliado..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, inconformado com a sentença de fls...., nos autos da AÇÃO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, movida por GUSTAVO (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de n...., inscrito no CPF n...., endereço eletrônico, domiciliado..., residente (endereço completo), tempestivamente, após o devido preparo, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
para o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, apresentando as razões,anexo.
Diante do exposto, requer que o presente recurso seja recebido nos efeitos previstos em leis, isto é devolutivo e suspensivo.
Espera deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/UF n....
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Leonardo
Apelado: Gustavo
Ação: com pedido de indenização por dano material
Processo n....
Egrégio Tribunal,
Não merece prosperar a sentença proferida pelo juiz a quo pelas razões a seguir expostas:
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
O apelado ajuizou ação com pedido de indenização por dano material em face do apelante, em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão, de propriedade do apelante, seu vizinho.
Segundo relato do apelado, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal do apelante, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, o apelado alegou ter gasto R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados pelo apelado através de notas fiscais emitidas pelo hospital em que o mesmo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia.
O apelante, citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação do apelado que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado, na indenização, o valor gasto com medicamentos.
Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa do apelante media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, o apelado atirava pedras no animal antes do evento lesivo.
Contudo, o magistrado proferiu sentença condenando o apelante a indenizar o apelado pelos danos materiais, no valor de R$ 5.000,00, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o apelado alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, o apelante foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6.000,00.
RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
Cabe esclarecer que o animal do apelante apenas avançou no apelado, causando as lesões que este alega ter sofrido, uma vez que o mesmo jogava pedra no animal, tratando-se assim de culpa exclusiva da vítima conforme preceitua o artigo 936, do CC/02, que dispõe que “o dono, ou o detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”.
Alega ainda o apelado que, em face do ocorrido, gastou R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos, porém, os gastos com medicamentos não foram comprovados através de notas fiscais, alegando tê-los esquecido de pegá-los na farmácia, sendo assim não há a sua comprovação desses gastos, não há que se falar em indenização dos mesmos.
RAZÕES DE DECRETAÇÃO DE NULIDADE
O magistrado, ao proferir a sua sentença, além de condenar o apelante ao pagamento de indenização por danos materiais ao apelado, no valor total de R$ 5.000,00, também o condenou ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, no valor de R$ 6.000,00, ocorre que em nenhum momento o apelado pleiteou dano moral ao apelante, sendo assim, essa parte da sentença extra petita, uma vez que o juiz concedeu algo distinto do pedido formulado na inicial pelo apelado, isto é, o dano moral em momento algum foi pleiteado pelo apelado em sua exordial.
PEDIDO DE NOVA DECISÃO
Requer que o recurso seja conhecido e, ao final, dê provimento para reformar parcialmente a sentença proferida pelo magistrado para julgar improcedente o pedido de indenização por danos materiais no valor de R$ 5.000,00, e anular a outra parte da sentença que condenou o apelante em indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00, uma vez que estes jamais foram pleiteados pelo apelante.
Espera deferimento.
 Local e data. 
Advogado OAB/UF n....

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