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figuras de linguagem - estilística

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Figuras de Linguagem 
 
 
A linguagem é um recurso de necessidade de um povo para se comunicar. A 
linguagem também é o veículo utilizado para transmitir a comunicação tanto na forma 
oral como inscrita, e para isso utilizamos varias figuras, pois cada tipo de 
de linguagem transmite uma intenção especifica. Diante da ampla variedade de 
interpretações, cada mensagem apresenta diversos significados. 
A Estilística vem para estudar a estética, a beleza da comunicação, analisando os 
múltiplos recursos que podem ser trabalhados em cada mensagem. 
Quando falamos estética textual, estamos se referindo ou estilo que é empregado ao 
texto com o objetivo de valoriza-lo, tornando a linguagem mais expressiva, ou seja, é 
usado para expressar de maneiras diferentes, a intenção do emissor, garantindo a 
originalidade, emotividade, a sensibilidade do discursos, trazendo personalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Denotação 
Se trata da linguagem a qual exprime o conceito real, é o significado encontrado no 
dicionário. É o sentido literal e concreta, afastando-se da subjetividade do discurso. 
OBS. Mesmo a palavra sendo empregada no sentido denotativo, ela pode ter 
significados diferentes, devido sua natureza polissêmica, por isso cabe ao 
receptor/leitor identificar o melhor significado da palavra de acordo o contexto 
empregado. 
 
 
Conotação 
A conotação é o inverso da denotação. Se trata da linguagem a qual exprime o 
conceito subliminar, é o sentido figurativo, se aproxima-se da subjetividade. 
 
 
 
Coesão: É a utilização correta da conjunção. está relacionado a gramática. 
Eu queria sair hoje, portanto, estou doente. 
Eu queria sair hoje, porém, estou doente. 
 
 
Coerência: É a utilização correta da lógica, ou seja, do sentido do texto. Está 
relacionado a semântica. 
O relatório está pronto, porém, estou finalizando. 
Acabou ou não? 
“Estava bom. Também não estava ruim. Estava mais ou menos, agora parece que 
piorou” 
Estava bom ou ruim? 
 
As figuras de linguagem classificam-se em: 
• Figuras de pensamento 
• Figuras de palavras 
• Figuras de sintaxe 
• Figuras de som ou harmonia 
 
 
 
 
 
 
Figuras de Palavras 
 Ou figuras semânticas: estão associadas ao significado das palavras. 
− (MASSARANDUBA; CHINELLATO, 2005, p.21) “As figuras de palavras “consistem 
no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente 
empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação” 
 
São figuras de palavras: 
• metáfora 
• comparação 
• metonímia 
• catacrese 
• sinestesia 
• perífrase 
• alegoria 
• automatiza 
 
 
 
Comparação ou Símile 
Ou comparação explicita e direta, é uma comparação entre dois termos, para isso é 
utilizado a conjunção comparativa: (como, assim, tal qual). 
Tem o objetivo de aproximar dois elementos por meio da comparação. 
A comparação consiste em pôr em confronto entre as coisas, a fim de destacar 
semelhanças, características, traços comuns. 
Ex. 
O pensamento é como um diamante bruto. 
O pensamento é tal qual um diamante bruto. 
O pensamento é igual a um diamante bruto. 
Seus olhos são como jabuticabas. 
Ou comparação explicita, direta usando a conjunção comparativa: (como, assim, tal 
qual). 
Ex. O pensamento é como um diamante bruto. O pensamento é tal qual um diamante 
bruto. 
 
 
 
 
 
 
Metáfora 
Ou comparação implícita e indireta, representa uma comparação de palavras com 
significados diferentes, ficando subentendido para o leitor. 
A diferencia, é que aqui não fazemos uso da conjunção para ter uma comparação 
indireta. 
Ex. A razão é a luz na escuridão. 
A “razão” está sendo comparada com a “luz” sem a presença de uma conjunção, se a 
frase fosse “A razão é como a luz na escuridão”, não teríamos mais uma metáfora, mas 
sim uma comparação. 
− Segundo Cegalla (2002, p. 570), a metáfora “consiste em atribuir a uma pessoa 
ou coisa uma qualidade que não lhe cabe logicamente. É, pois uma transferência 
de significado de um termo para outro e se baseia em semelhanças que o 
emissor da mensagem encontra entre termos comparadores” . 
A metáfora é uma espécie de comparação de caráter subjetiva. 
Este tipo de figura de linguagem tem um caráter enfático e incisivo no campo da 
sensibilidade, por isso tem grande força emotiva e evocativa. 
Ou comparação implícita, indireta, sem conjunção. 
Ex. O pensamento é um diamante bruto 
Ex. 
A vida é uma nuvem que voa. 
(A vida é como uma nuvem que voa.) 
 
 
 
Metonímia 
É a substituição de um termo por outro, uma parte pelo todo, autor pela obra, desde 
que haja uma relação de sentido lógico e constante entre eles. 
− (PASQUALE; ULISSES, 1995, p. 574) “A metonímia consiste em usar uma palavra 
por outra, com a qual se acha relacionada. Essa troca se faz não porque as 
palavras são sinônimas, mas porque evoca a outra” 
Embora as palavras não sejam sinônimas, há a substituição, ou seja, um grau de 
semelhança, proximidade de sentido ou implicação mútua. 
É a substituição de um termo por outro usando semelhança. 
Ex. (o autor pela obra) comprei um Machado de Assis. 
 
Ex. 
O continente pelo conteúdo e vice-versa: 
A terra Inteira chorou a morte do Santo Pontífice. 
− Os habitantes 
 
A causa pelo efeito e vice e verso: 
E assim o operário ia 
Com suor e com cimento (Vinicius de Moraes) 
Erguendo uma casa aqui 
Adiante um apartamento 
− Com o trabalho. 
 
O lugar de origem ou de produção pelo produto: 
Ofereceu-me um havana 
− Um charuto produzido em Havana 
 
O autor pela obra: 
Um Picasso vale uma fortuna 
− Uma obra, um quadro de Picasso 
 
O abstrato pelo concreto: 
Não devemos contar com o seu coração 
− Sentimento, sensibilidade. 
O símbolo pela coisa simbolizada, ou o sinal pelo significado: 
Não te afaste da Cruz 
− Cristianismo, igreja 
Ex. Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.) 
 
 
 
Sinédoque 
Ela se caracteriza pela substituição de um termo por outro em uma relação 
quantitativa do sentido, havendo perda ou acréscimo da quantidade. 
Essa troca pode acontecer por: 
Um termo mais extenso, ampla por uma mais curta e sucinta (reduzindo o sentido que 
o locutor quer passar) 
Um termo mais sucinto e curto por um mais amplo e extenso (aumentando o sentido 
que o locutor quer passar) 
Substituição de um termo por outro em uma relação quantitativa (perda-diminuição) 
(acréscimo-aumento) 
Ex. a laranja tem vitamina C – singular pelo plural 
Ex. 
• chaminé pela fábrica, 
• telhado pela casa, 
• singular pelo plural 
• substância pelo produto 
• nação pelo governo 
• gênero pela espécie. 
 
O todo pela parte e vice-versa: 
Ex. A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir do ladrão, 
fugindo nos cascos de seu cavalo. (J. Candido de Carvalho) 
− Cidade inteira = o povo/ Cascos = parte das patas 
 
O singular pelo plural e vice e versa: 
Ex. O paulista é temido; o carioca, atrevido. 
− Paulista = todos os paulistas/ Carioca = todos os cariocas 
 
O indivíduo pela espécie (nome próprio pelo comum): 
Ex. Para os artistas ele foi um mecenas. 
− Mecenas vem de Gaio Mecenas – 74 a.C., que era incentivador das letras e das 
artes. 
 
 
 
Catacrese 
É o emprego de uma palavra para substituir algo que não tem nome. Então, se usa 
uma palavra para dar nome a alguma coisa que necessita ser nomeada. 
Ex. folhas de livro, asa da xícara, perna da mesa, boca da calça, etc. 
− (GARCIA, 1980, p.121) “A catacrese é um tipo especial de metáfora, é uma espécie 
de metáfora desgastada, em que já não se encontra nenhum vestígio de 
inovação, de criação individual e pitoresca.” É uma figura que se tornou um 
hábito linguístico, já fora do âmbito estilístico. 
Uso de uma palavra para nomear algo que não tem nome. 
Ex. folhas de livro, asa da xícara, perna da mesa,boca da calça, etc. 
 
 
 
Sinestesia 
É a combinação resultante da fusão de sensações percebidas por diferentes órgãos do 
sentido. Podem ser físicas (concretas) ou psicológicas (subjetivas). 
Ex. (Cruz e Souza) 
A luz gelada e pálida diluindo 
Brancas sonoridades de cascatas. 
Ex. A noite é como um olhar longo e claro de mulher. 
 Sensações de órgãos do sentido; físicas (concretas) ou psicológicas (subjetivas). 
Ex. A luz gelada e pálida diluindo. Ex. A noite é como um olhar longo e claro de 
mulher. 
 
 
 
Perífrase ou Antonomásia 
É caracterizada pela substituição de um nome próprio, por um nome comum ou por 
uma característica do ser. 
É a substituição de um termo por outro que o identifique. 
Na linguagem coloquial é o mesmo que um apelido. 
Ou seja, geralmente é uma troca do adjetivo em detrimento ao substantivo. 
 
• Antonomásia (refere-se a pessoas) 
Ex. O genovês salta os mares - Colombo 
O Poeta dos Escravos nasceu na Bahia - Castro Alves 
Ex. A professora de teoria crítica literária é uma gata. (Suely) 
 
• Perífrase (refere-se a animais) 
Ex. O rei da selva – leão 
 
 
 
 
Alegoria 
É um conjunto de união de termos para exprimir um outro segundo sentido ou 
significado. 
 
Ex. 
• Sermão de Santo Antônio aos peixes (Padre Antônio Vieira) 
• O mito da caverna (Platão) 
• Auto da barca do inferno (Gil Vicente) 
• A cigarra e a formiga (La Fontaine) 
• O filho pródigo (Lucas, Bíblia) 
 
 
 
 
 
Figuras de Pensamento 
 
A figura de pensamento faz parte de um dos grupos das figuras de linguagem 
Estas figuras de pensamento se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto 
semântico. 
• é utilizada para produzir expressões na comunicação 
• trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. 
• são processos estilísticos que acontece no pensamento, no âmbito da frase; 
onde surge a emoção, o sentimento e a paixão. 
Com o objetivo de construir efeitos, temos outros recursos estilísticos da figura de 
pensamento que atuam dentro do campo semântico. 
 
São figuras de pensamento: 
• Antítese; 
• apóstrofe; 
• paradoxo; 
• eufemismo; 
• gradação; 
• hipérbole; 
• ironia; 
• prosopopeia; 
• perífrase; 
• reticência; 
• retificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antítese 
Sentido oposto da palavra. É o duplo sentido sem coerência. 
Ex. O ódio e a amor andam de mãos dadas. (e onde queres o sim e o não, talvez) 
É a aproximação de palavras contrárias, que têm sentidos opostos. 
− Segundo Cegalla (2002, pg.580) a antítese: “consiste na aproximação de palavras 
ou expressões de sentido oposto”, 
OBS. A aproximação de palavras e expressões de sentido oposto fazem parte do 
processo estilístico. 
 
Ex. O ódio e a amor andam de mãos dadas. 
 
Ex. A música “O quereres” de Caetano Veloso 
Onde queres família sou maluco 
E onde queres romântico, burguês 
Onde queres Leblon sou Pernambuco 
E onde queres eunuco, garanhão 
E onde queres o sim e o não, talvez 
Onde queres o ato eu sou espírito 
E onde queres ternura eu sou tesão 
Onde queres o livre, decassílabo 
E onde buscar o anjo sou mulher 
Onde queres prazer sou o que dói 
E onde queres tortura, mansidão 
Onde queres um lar, resolução 
E onde queres bandido sou herói 
 
 
 
Apóstrofe 
Apelo, chamado a algo abstrato. 
Ex. Ó Deus! Ó Céus! Porque não me ligou? 
É usada como uma expressão de chamado ou apelo. 
É a invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou 
ausente. 
 
Ex. Ó Deus! Ó Céus! Porque não me ligou? 
OBS. chamamento utilizado antes, enfatiza a indignação do locutor com a falta do 
telefonema. 
 
Ex. (Castro Alves) 
Senhor Deus dos desgraçados! 
Dizei-me vós, Senhor Deus! 
Se é loucura ou se é verdade 
Tanto horror perante os céus... 
Ó mar! por que não apagas 
Coa esponja de tuas vagas 
De teu manto este borrão?... 
Astros! noite! tempestade! 
Rolar das imensidades 
Varrei os mares, tufão!... 
 
 
 
Paradoxo ou Oxímoro 
Sentido oposto das ideias. 
Ex. O amor e o ódio caminham de mãos dadas. 
Diferente da antítese, que trabalha com a oposição de palavras, o paradoxo 
corresponde a oposição de ideias e sentidos opostos. 
O paradoxo vem para aproximar os sentidos que estão nas duas extremidades da 
dimensão, faz a aproximação de tudo que está oposto, com, a água e o fogo, a terra e 
o amar para criar uma relação de duplo sentido, uma incoerência. 
Pode-se dizer que é uma verdade que parece mentira. 
Há quem chame esse processo de incongruência semântica. 
 
Ex. Esse amor me mata e dá vida. 
Ex. O amor e o ódio caminham de mãos dadas. Dentro dessa incorrência a gente 
encontra uma verdade. 
OBS. Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa. 
 
Ex. (Luiz Vaz de Camões) 
Amor é fogo que arde sem se ver, 
É ferida que dói e não se sente; ? 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer; ? 
 
É um não querer mais que bem querer; 
É um andar solitário entre a gente; 
É nunca contentar-se de contente; 
É um cuidar que ganha em se perder; ? 
 
É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
E ter com quem nos mata lealdade 
 
Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
 
O autor fecha com uma indagação para podermos refletir sobre a oposição de duplo 
sentido que foi trabalhado ao longo do tempo. 
 
 
 
Eufemismo 
Minimiza a tristeza usando a semelhança. Não tem humor! 
Ex. O cachorro virou uma estrelinha, apagou a velinha ou foi para o céu. 
− Segundo (CHINELLATO; MASSARANDUBA, 2005, p.25) “Ocorre eufemismo 
quando uma palavra de expressão é empregada para atenuar uma verdade tida 
como penosa, desagradável ou chocante” 
Ameniza uma ideia triste, porque ninguém aqui quer traumatizar ninguém. 
Atenua um conteúdo negativo usando a substituição. 
Aqui temos a substituição de um termo triste por um menos triste 
 
Ex. O cachorro virou uma estrelinha, apagou a velinha ou foi para o céu. 
OBS.. Mas em alguns desses recursos é normal nos depararmos com o humor, e 
humor é o que a gente não quer ver em uma noticia triste, (acaba virando deboche) 
por isso quando se tem a frase: 
Ex. o cachorro vestiu um palitor de madeira. 
OBS. Temos aqui um disfemismo 
 
Ex. (Machado de Assis) 
Querida, ao pé do leito derradeiro 
Em que descansar dessa longa vida, 
Aqui vinho e virei, pobre querida 
Trazer-te o coração do companheiro 
OBS. As expressões “pé do leito derradeiro” e “descansar dessa longa vida” refere-se a 
morte da esposa do autor. 
É algo ruim mas trás uma conotação benéfica 
 
 
Litote 
Minimiza a ideia usando a oposição, o contraio da palavra. 
Ex. Aquela bolsa não é cara. 
É parecido com o eufemismo, pois também atenua o sentido, também ameniza ideia, 
mas para isso, não se usa elementos de substituição se usa elementos da oposição, 
do duplo sentido. 
Eufemismo: Substitui uma ideia ruim, por outra menos ruim. 
Litote: substitui uma ideia ruim, por uma contraria. 
Minimiza a intensão do discurso. 
Essa a figura de linguagem se opõe à hipérbole. 
 
Ex. Aquela bolsa não é cara. 
OBS. O locutor enfatizou que a bolsa é barata, ou seja, a negação do contrário. 
 
Ex. Eu estou gorda? Eufemismo 
Não, você está cheinha. 
 
Ex. eu estou gorda? Lilote 
Você não está magra? 
 
 
 
Gradação 
Graduação, ordem, sequência de ideias (crescente e decrescente) 
Ex. As pessoas chegaram à festa, sentaram, comeram e dançaram. 
Trabalha com frases hierárquicas, aqui existe ordem ou sequência de ideias em 
sentido crescente ou decrescente. Por ser em sentido decrescente e decrescente vai 
se dividirem dois tipos: Clímax ou Anticlímax 
 
Clímax = é relativo ao apogeu, ápice, (cresce até o ponto alto) 
Ex. As pessoas chegaram à festa, sentaram, comeram e dançaram. 
OBS. Neste caso, existe uma gradação, ou seja, uma gradatividade clímax, aqui os 
verbos crescem em uma ordem, uma sequência gradativa. 
A dança é o apogeu da festa. 
 
Ex. Estava longe, hoje perto, agora aqui. 
Anticlímax = antônimo de clímax, ou seja, diminui a sequência da ordem. 
OBS. Aqui segue uma ordem decrescente referente ao tempo e distância. 
Lobato) Eu era pobre. Era subalterno. Era nada. 
Ex. (Olavo Bilac) O dinheiro é uma força tremenda, onipotente, assombroso. 
Hipérbole ou Auxese 
Exagero para impactar 
Ex. Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. 
Trabalha com o exagero intencional do locutor. 
A hipérbole representa o exagero de uma ideia a fim de proporcionar um impacto. 
É uma deformação da verdade. 
 
Ex. Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. 
OBS. Aqui o intuito é enfatizar a ligação muitas vezes, entretanto, não chegou a 1 
milhão, num pequeno espaço de tempo, ou seja, durante uma tarde. 
 
Ex. (Carlos Drummond de Andrade) 
Na chuva de cores 
Da tarde que explode 
A lagoa brilha 
 
 
 
 
Ironia 
Sarcasmo, deboche e chacota. 
Ex. Ele é um santinho mesmo! 
Trabalha com o sarcasmo, deboche e chacota, tem um efeito contrário a intenção, já 
que as palavras são utilizadas em sentido oposto ao da crítica. A ironia ocorre através 
do contexto, entonação ou contradição dos termos. 
 
Ex. Ele é um santinho mesmo! 
OBS. Aqui fica claro que a palavra “santinho”, foi utilizada para exprimir a malicia. 
 
Ex. (Machado de Assis) 
O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas. 
Muito benigna e pródiga a dona plácida chegava à loucura por um tostão. 
 
 
Prosopopeia ou Personificação 
Uso de características de seres vivos em objetos, coisas lugares etc. 
Ex. o sol acordou e sorriu. 
É o uso de características de seres vivos em objetos, coisas lugares etc. 
A prosopopeia também é chamada de animização ou personificação. 
É usar atribuições humanas através de seres abstratos, irracionais ou inanimados. 
− Segundo (ANDRÉ-1992, p.378) prosopopeia “é a atribuição de ações ou 
qualidades humanas a seres inanimados, irracionais ou mesmo abstratos”. 
 
 Ex. O vento suspirou essa manhã. 
OBS. Aqui o vento é algo inanimado que não suspira. 
 
Ex. (João Bosco & Aldir Blanc) 
“A Lua tal qual a dona do bordel pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel” 
OBS. A lua não pede, não fala, nem muito menos tem a proximidade a alguém que é 
dono de bordel. 
 
 
 
 
Perífrase ou circunlóquio 
Círculo, dar voltas, substitui a característica de algo pelo nome (algo e não alguém ou 
ser como nas figuras de palavras coma a antonomásia ou perífrase) 
Ex. timão – Vasco. Cidade maravilhosa – Rio de janeiro 
Substitui o nome pela característica que atribui a definição por algo, e não por alguém, 
como acontece na figurar de palavras. 
 
Essa substituição, essa troca acontecem entre as características e o termo. 
Aqui o conceito tem o mesmo valor que a palavra. 
Aqui o mais importante o que é e como é e não quem é. 
 
A perífrase é também chamada de circunlóquio 
Circunlóquio = relativo a círculos, rodeios, dar voltas. 
A perífrase tem o objetivo de ser indireto, com rodeios. 
 
OBS. Ainda que a perífrase e a antonomásia sejam consideradas a mesma figura de 
linguagem, a antonomásia trata-se de um tipo de perífrase. Assim, a antonomásia é 
quando se refere a uma pessoa (nomes próprios). 
 
Ex. (André Filho) 
A cidade luz foi atingida por terroristas nessa tarde. (Paris) 
A terra da garoa está cada vez mais perigosa. (São Paulo) 
Sampa é o grande centro financeiro do país. (São Paulo) 
O país do futebol conquistou mais uma medalha nas olimpíadas. (Brasil) 
O país do carnaval celebrou mais uma conquista política. (Brasil) 
A cidade maravilhosa foi palco das olimpíadas 2016. (Rio de Janeiro) 
O Timão venceu mais um campeonato. (Corinthians) 
Mais ouro negro foi descoberto no Brasil. (Petróleo) 
O Velho Chico vem sofrendo com problemas ambientais. (Rio São Francisco) 
O pulmão do mundo está sofrendo com o desmatamento desenfreado. (Amazônia) 
 
 
 
 
Reticência 
Trabalha com um suspense no meio da frase quando o autor usa a reticencia para 
trazer um mistério enigmática deixando o pensamento “no ar”, para que a outra 
pessoa complete o pensamento, então é o leitor que dar continuidade para linha de 
pensamento do autor. 
Ex. “Ah, eu andei me escondendo numa porção de lugares, mas… sabe? Nenhum 
assim como a bolsa amarela.” (Lygia Bojunga) 
“Ele virou a cabeça, olhou pra ela e… não sei não… mas o jeito que eles se olharam foi 
de um jeito assim…” (Lygia Bojunga) 
 
Ex. (Machado de Assis) 
“De todas, porém a que me cativou logo foi uma...uma... não sei se digo.” 
Ex. (Mário de Andrade) 
“Quem sabe se o gigante Piaiamã, comedor de gente...” 
O autor deixa nas entrelinhas. 
 
 
 
 
Retificação 
Retificar = relativo a endireitar, concertar. 
A retificação consiste em corrigir uma afirmação dita anteriormente. 
Existe em textos que não é permitido nenhum tipo de erro ou rasuras. Também a 
utilizamos em discursos. 
A retificação serve para o autor se retratar. 
− Segundo (CEGALLA, 2005, p.583). “A retificação, como figura de linguagem 
significa o próprio sentido da retificação, consiste em retificar uma afirmação 
anterior” 
 
Ex. (Machado de Assis) 
“Era uma joia, ou melhor, uma preciosidade, esse quadro. 
Tirou, ou antes, foi lhe tirado o lenço da mão” 
Figuras de Sintaxe 
 
Também chamadas de Figuras de Construção correspondem ao grupo das 
figuras de linguagem. 
O objetivo é fazer com que o texto tenha mais expressão, por isso modifica 
o período, mexendo com a estrutura gramatical da frase. 
As figuras de sintaxe trabalham desde a inversão até a repetição ou na 
omissão dos termos. 
Essa figura está relacionada à concordância e coesão entre os termos da 
oração. 
 
 
Assíndeto 
É a falta ou omissão da conjunção. 
Ex. Ela comeu pera, eu comi maçã (e eu comi maçã) 
É a falta ou omissão da conjunção. O assíndeto se dá quando as orações não levam 
conjunções coordenativas que poderia enlaçá-las. Exige-se do leitor ou do ouvinte 
atenção. 
A figura de pensamento assíndeto é caracterizada pela ausência de conjunções. 
Ex. Ela comeu pera, eu comi maçã (e eu comi maçã) 
 
 
Elipse 
É a falta ou omissão do pronome. 
Esses termos são facilmente identificados ou subentendidos no contexto. 
Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. 
Ex. Ela comeu pera e comi maçã (e eu comi maçã) 
 
Entre as elipses que ocorrem com mais frequência estão: 
• a da preposição em alguns momentos adverbiais entendida pelo contexto: As 
visitas, pés sujos, entraram no salão; 
• a da preposição antes do conectivo introduzido nas orações de complemento 
relativo e completivas nominais: Preciso (de) que venhas aqui; 
• a da preposição em construções do tipo: vestido de cor de rosa por vestido cor de 
rosa ou vestido rosa; 
• a da conjugação integrante: É necessário (que) se faça tudo rapidamente; 
• a do verbo dizer nos diálogos: E ela: - você está zangado comigo? 
• a do objeto direto representado por pronome átono para fazer uma breve menção 
ao substantivo anteriormente expresso: Você recebeu o convite? Recebi sim (por 
recebi-o sim), e. 
Zeugma 
É a falta ou a omissão do verbo. 
É um tipo de elipse, pois há omissão de um ou mais termos na oração, mas com o 
objetivo de evitar a repetição de verbo ou substantivo. 
Ocorre quando um termo que já expresso na frase é cortada, tirada, deixando evidente 
a sua repetição. 
Ex. Elacomeu pera e eu maçã (e eu comi maçã) 
 
 
Anáfora 
É a repetição excessiva de um mesmo termo para transmitir a mesma ideia. 
Soa “desnecessário” no discurso. 
O objetivo é dar mais ênfase à ideia que o emissor quer enfatizar. 
Geralmente usado no começo da frase. 
− Segundo (ANDRÉ 1992. p.368) anáfora “é a repetição de palavra ou frase no 
princípio de vários versos”. 
Ex. Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. 
OBS. A repetição do termo “se eu”. 
Ex. (Gilberto Gil) 
“Eu quase não saio 
Eu quase não tenho amigo 
Eu quase nos consigo 
Ficar na cidade sem ser contrariado” 
 
 
 
Pleonasmo 
É a repetição de ideias com o mesmo sentido, mas com palavras diferentes. 
É usado para enriquecer a expressão, dando ênfase à mensagem. 
É reforçar novamente uma mesma ideias com a mesma intenção. 
− Segundo (Massaranduba e Chinellato 2005, p.27) há dois tipos de pleonasmo: 
pleonasmo literário, que “é o uso de palavras redundantes para reforçar uma 
ideia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista semântico”. 
Ex. A noite escura. Luz clara. 
A noite já pressupõe a escuridão. 
 
OBS. O pleonasmo vicioso uma vez que, expressa uma ideia que já ficou explícitas 
anteriormente. Este tipo de pleonasmo deve ser evitado. 
 
 
 
Polissíndeto 
Ao contrário há a repetição da conjunção coordenativa (conectivo), presente no texto 
quando há repetição mais vezes do que exige a norma gramatical. 
Excesso de conjunção 
Ex. Dolores brigava, e gritava, e falava. 
 
 
 
Anástrofe 
É um desalinhamento da sequência certa dos termos frasais. 
É a inversão leve da ordem das palavras. 
Ocorre a antecipação pois a palavras estão vizinhas, ou seja, correlacionadas. 
Ex. (Mario Quintana) 
“Tão leve estou que já nem sombra tenho” 
Tão leve estou = estou tão leve 
OBS. A anástrofe e a sínquise são consideradas por diversos estudiosos como tipos de 
hipérbato. 
Anástrofe e hipérbole 
Troca da sequência das palavras (sem alterar o sentido) 
 • Anástrofe mistura a sequencia 
Estou-1 muito-2 feliz-3 troca: muito-2 feliz-3 estou-1 
 • Hipérbole inverte a sequencia 
Estou-1 muito-2 feliz-3 troca: feliz-3 estou-1 muito-2 
 
 
 
Sínquise 
Do grego sýnchysis "confusão", "mistura". 
É a figura de linguagem em que os termos são colocados de forma violenta, 
produzindo confusão artística das palavras. 
Ex. (Camões) 
“A grita se levanta ao céu, da gente. ” 
O sentido da frase na verdade é: A grita da gente se alevanta ao céu. 
Uma forma mais direta seria: "A grita da gente se levanta ao céu". 
Troca, sequência da ordem das palavras (altera o sentido) 
Ex. um gato tem Rafael – Rafael tem o gato ou o gato tem Rafael? 
 
 
 
Hipérbato 
Assim como a anástrofe, também é um tipo de inversão, mas não uma inversão 
brusca, uma inversão leve. 
Aqui as palavras não estão vizinhas, então não ocorre só um desalinhamento com a 
ordem das palavras, mas com a ordem dos elementos da oração. (sujeito + predicado 
+ complemento). 
Ex. Triste estava Manuela. 
Na linguagem usual seria: Manuela estava triste. 
Ex. (Carlos Drummond de Andrade) 
“Passeiam, à tarde, as belas na avenida” 
Sem a inversão a frase ficaria: As belas passeiam na Avenida à tarde. 
 
 
 
Hipálage 
É o pelo desajustamento entre a conotação e denotação para criar uma transposição 
de sentidos. 
É a inversão caracterizada pela troca de posição do adjetivo. 
Ex. (Dalton Trevisan) 
“...em cada olho um grito castanho de ódio” 
Sem a troca do adjetivo ficaria: em cada olho castanho um grito de ódio. 
 
 
 
 
Anacoluto 
É a alteração da sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no 
discurso. 
Ex. Esses políticos de hoje, não se pode confiar. 
Numa sequência lógica, teríamos: “Esses políticos de hoje não são confiáveis” ou “Não 
se pode confiar nesses políticos de hoje”. 
 
 
Silepse 
É marcada pela discordância entre a ideias subentendidas e não entre termos ou 
palavras. 
São classificadas em: 
• Silepse de Gênero, quando há discordância entre os gêneros (feminino e 
masculino); Exemplo: Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito 
• Silepse de Número, quando há discordância entre números (singular e o plural); 
Exemplo: corria gente de todos os lados, e gritavam. 
• Silepse de Grau, quando há discordância entre o sujeito, que aparece na terceira 
pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do plural. O sujeito que fala ou 
escreve se inclui no sujeito enunciado. Exemplo: Ambos recusamos praticar este 
ato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras de Som ou Harmonia 
 
As Figuras de Som ou de Harmonia correspondem a uma categoria das figuras de 
linguagem associadas à sonoridade. 
Elas valorizam a expressividade do texto, por meio da sonoridade, ou seja, da 
repetição de sons. 
− Segundo Chinellato e Massaranduba (2005, p.23), dentro das figuras de palavras, 
há uma variação: “chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos 
produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou ainda, quando se 
procura “imitar” sons produzidos por coisas ou seres”. 
 
 
 
Assonância 
Ocorre por meio da repetição de vogais. 
Ex. Vou me embora agora pra casa da Aurora. 
OBS. A assonância das vogais “o” e “a” se relaciona com o “r” 
Enquanto a aliteração versa sobre a repetição de consoantes, a assonância ocorre 
quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema. 
Exemplo: Sou Ana da cama 
Da cana, fula na, bacana Sou Ana de Amsterdam 
 (Chico Buarque) 
 
 
Aliteração 
Do Latim alliteratio significa sequência de letras semelhantes. 
É caracterizada pela repetição de consoantes ou de sílabas no enunciado. 
Geralmente ocorrem no início das sílabas ou no interior de palavras. 
Ex. Fiz, faço, feito está! 
Ocorre a aliteração com a repetição de fonemas idênticos ou semelhantes no início de 
palavras de um verso ou frase; geralmente as palavras estão próximas uma das outras. 
Exemplo: Vozes veladas, veludosas vozes. 
Volúpias dos velões, vozes veladas. Vagam nos velhos, vórtices velozes 
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas 
 (Cruz e Sousa) 
 
 
 
 
 
Paronomásia 
Do Grego, a palavra paronomasía corresponde à “aproximação de palavras” (união dos 
termos para que significa “ao lado” e onoma, que corresponde ao “nome, palavra”). 
Os parônimos são palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, entretanto, 
diferem no sentido. A figura de linguagem paronomásia recebe esse nome porque 
utiliza os parônimos para dar maior ênfase ao discurso 
São popularmente conhecidos como “trocadilhos” sendo muito comum nos 
provérbios, no meio publicitário e humorístico. 
Ex. 
Quem casa, quer casa. 
Qual o doce preferido do átomo? Pé de molécula. (ao referir-se ao doce tradicional 
brasileiro de amendoim: pé de moleque). 
Este tipo de figura de linguagem é caracterizado pela ocorrência de reprodução de 
sons semelhantes em palavras e significados diferentes. 
Exemplo: Berro pelo aterro pelo desterro Berro por seu berro pelo seu erro 
Quero que você ganhe que você me apanhe 
Sou o seu bezerro gritando mamãe 
 (Caetano Veloso) 
 
 
Onomatopeia 
Do Grego, a palavra onomatopoiía, corresponde ao “ato de fazer palavras”, (onoma 
significa “nome, palavra” e poiein significa “fazer”). 
Dessa forma, a onomatopeia é caracterizada pela inserção dos sons reais, ou seja, 
enfoca na imitação das sonoridades. 
Ex. 
O gato fez “miau”. 
O badalar dos sinos me comove: blem, blem. 
É a figura que procura representar sons através de sinais gráficos que não sejam 
palavras. Por isso, as onomatopéias são um conjuntode fonemas que se combinam 
para imitar sons ou ruídos. 
Observa-se ainda, que os substantivos criados para dar nome a esses ruídos são 
chamados de palavras onomatopaicas. Vale dizer que os sons onomatopaicos 
obedecem aos modelos fonológicos de uma língua, embora atentem de certa forma, a 
universidade já que sempre estão associados às imagens. Exemplo: Pacatau, Pacatau, 
Pacatau – foi – se o boquinha enforquilhado no arreio do castanho. 
 
 
 
 
 
Homógrafas 
Palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia 
Ex. fui colher as flores (verbo) comi com a colher (objeto - substantivo) 
 
 
Homófonas 
Palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia 
Ex. censo (recenseamento) e senso (juízo) 
 
 
Perfeitas 
Palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia 
Ex. caminho (substantivo) e caminho (verbo); livre (adjetivo) e livre (verbo).

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