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RESUMO MICROIMUNO - Sistema Imunológico (inato, adap, complemento e celulas orgãos do sistema)

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Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
Sistema Imunológico 
. A função do sistema imune é proteger o 
corpo a qualquer custo contra agentes infecciosos 
e contra antígenos externos, funcionando como 
nonself. Para que essa proteção seja efetiva o 
sistema imune apresenta tipos de respostas rápidas 
e especificas, memória, adaptabilidade e uma 
grande rede de regulação. As células e moléculas 
responsáveis constituem o sistema imune, e a 
resposta coletiva e coordenada à entrada de 
antígenos estranhos é a resposta imune. 
 
 
 
Resposta imune: 
 Resposta gerada à presença do patógeno, 
cujo objetivo é expulsar ele do corpo. Podendo ou 
não causar lesões no tecido do hospedeiro. Essa 
resposta se divide em resposta imune inata - um 
tipo de resposta rápida e inespecífica direcionada 
para o sítio de inicial da infecção e não gera 
memória – e em resposta imune adaptativa 
(adquirida) – uma resposta especifica, sendo capaz 
de fazer com que o hospedeiro desenvolva uma 
defesa previa em casos de reinfecção pelo mesmo 
patógeno. 
 A resposta imune adaptativa tem a 
capacidade de reconhecer e destruir o patógeno, 
pois as células responsáveis possuem receptores 
específicos que produzem anticorpos (proteína 
produzida em resposta ao patógeno) contra àquele 
patógeno. 
 A resposta imune produzida em um local 
poderá alcançar e proteger outros tecidos distantes. 
Ela é mediada por um sistema de feedback positivo 
que faz com que os linfócitos (células do sistema 
imune), sejam capazes de gerar a resposta 
necessária em defesa daquele antígeno. 
 
 
 
 
Imunidade Inata 
 É a resposta imediata que é gerada contra o 
patógeno, não conferindo uma proteção duradoura 
ou memória imunológica, mediada por mecanismos 
pré-existentes à infecção (barreiras epiteliais, 
mucosas, células, etc...). É essencial na defesa 
contra os microrganismos nas primeiras horas e 
dias da infecção, pois é a resposta mais rápida, 
antes do desenvolvimento da resposta especifica 
(adaptativa). 
A imunidade inata é inespecífica, por isso sua 
resposta a microrganismos é limitada; pois 
reconhecem estruturas comuns nos diferentes tipos 
de patógenos, não reconhecendo diferenças. 
 
Mecanismos da imunidade inata: 
 O sistema apresenta diferentes tipos de 
células, como os leucócitos polimorfos nucleares 
(PMN’s), macrófagos e Celular NK, que são as 
principais formas de ação e a primeira linha de 
defesa da imunidade inata. Quando há uma 
interação com os patógenos, através dos PAMP’s 
(padrões moleculares associados aos patógenos) é 
gerado um estimulo para a produção/liberação de 
citocinas, quimiocinas e a ativação de proteínas do 
sistema complemento. A maioria das citocinas pró-
inflamatórias são produzidas pela interação com as 
moléculas de TRL’s dando inicio a essa resposta. 
Receptores celulares: reagem contra 
microrganismos e células danificadas. Estes estão 
expressos em vários lugares da superfície da 
célula. 
• Receptores RRP (Receptores 
reconhecedores de padrão): reconhece os 
PAMP’s, promovendo uma ligação do RRP e 
A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra 
microrganismos infecciosos; entretanto, mesmo 
substâncias estranhas não infecciosas e produtos de 
células danificadas podem elicitar respostas imunes. 
O sistema imune de cada indivíduo é capaz de 
reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos 
estranhos (não próprios), mas normalmente não reage 
contra antígenos e tecidos do próprio indivíduo. 
 
Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
PAMP’s estimulando a fagocitose pelo 
macrófago. 
• Receptores TOLL: Presentes na superfície 
celular, reconhecem o produto dos 
microrganismos extracelulares, endossomas 
em que eles estão inseridos. Os sinais que 
eles geram ativam fatores de transcrição que 
estimulam a produção de enzimas e genes, 
codificam citocinas e proteínas, que estão 
envolvidas nas funções antimicrobianas dos 
fagócitos ativados. 
• Receptores tipo NOD e inflamassoma: 
Detectam os DAMP’s e PAMP’s no 
citoplasma. Reconhecem uma grande 
variedade de substâncias não relacionadas 
estruturalmente e utilizam um mecanismo de 
sinalização especial. 
OBS.: As células danificadas e necróticas liberam 
moléculas chamadas de DAMP’s (padrões de 
reconhecimento associados ao dano). 
• NLRP-3: Detecta a presença de produtos 
microbianos que indicam dano e morte 
celular, e substâncias que são depositadas 
em células de tecidos em quantidades 
excessivas (o conjunto de NLRP-3 forma um 
inflamassoma). 
• Inflamassoma: Complexo citosólico de 
NLRP-3, um adaptador e de caspase-1. As 
mutações nesse complexo são a causa de 
síndromes auto inflamatórias, de maneira 
descontrolada e espontânea. 
Sensores microbianos: Quando o patógeno entra 
no hospedeiro dá de cara com os macrófagos e 
outras células do fagocíticas, estes possuem 
sensores microbianos, os sensores são TRL, NOD-
Like receptors, RIG-1-like helicases e MDA-5. Os 
TRL’s, são proteínas transmembranas, o seu 
reconhecimento resulta em uma cascata de 
tradução de sinais e em uma rápida e intensa 
resposta inflamatória, geralmente é marcada por 
ativação celular e liberação de citocinas. 
OBS. Os TRL, também podem ser chamados de 
PAMP’s (padrão molecular associado ao 
patógeno), eles estimulam a imunidade inata. 
Os NOD’s estão no citoplasma, e servem como 
sensores intracelulares, eles ativam o NF-KB. 
Os receptores RIG e MDA são sensores 
citoplasmáticos, para captarem a informação de 
RNA de fita simples viral, desencadeando a 
produção de interferons T1, que inibem a atividade 
de replicação viral. 
Fagócitos: a função das células fagocíticas são 
quimiotaxia, migração, ingestão e destruição 
microbiana. Durante o processo infecioso a 
presença de fagócitos cresce. 
Geralmente os microrganismos e outros antígenos 
que passam pelas barreiras epiteliais nos 
linfonodos, pelos pulmões ou pela circulação 
sanguínea são englobados por vários fagócitos. 
Para o sistema imune, temos os monócitos e 
macrófagos, granulócitos (PMN’s, eosinófilos, 
basófilos) e células dendríticas. 
• Monócitos: são leucócitos que se 
diferenciam em macrófagos e estão 
presentes na maioria dos tecidos. 
Importantes na fagocitose e destruição de 
patógenos, no processamento e 
apresentação de antígenos e regulação da 
resposta imunológica (pela produção de 
citocinas e quimiocinas. 
• Granulócitos: os PMN’s têm uma vida curta 
e são importantes fagocitários. Os 
eosinófilos e basófilos são menos 
abundantes; são importantes na defesa 
contra parasitos. 
• Células dendríticas: são células fagocitárias, 
sua principal função é a ativação dos 
linfócitos T; funcionam como células 
apresentadoras de antígeno e participam da 
produção de citocinas regulatórias. 
Células NK – Natural Killer: têm a capacidade de 
reconhecer e destruir células tumorais e infectadas. 
Elas reconhecem as moléculas de MHC e HLA-C; 
elas têm características de inibição e ativação; a 
sua ação lítica é estimulada pela presença de 
perforinas e granzinas. Quando a I. adaptativa inicia 
a resposta, elas exercem um papel na 
citotoxicidade celular dependente de anticorpo, 
expressando os receptores que serão aderidos no 
anticorpo. 
 
Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
Sistema complemento: é um composto de proteínas 
de substâncias plasmáticas e solúveis no sangue, 
que participam das defesas inatas e adquiridas, ao 
opsonizar os patógenos e induzir as serie de 
respostas que promoverão a destruição do 
microrganismo invasor mediada por lise. 
O reconhecimento das moléculas se dá de 3 
formas: 
• Via Clássica: utiliza uma proteína plasmática 
chamada de C1q para detectar anticorpos 
ligados na superfície do microrganismo ou 
outra estrutura. É um dos principais 
mecanismo efetores da parte humoral das 
respostas I. Adaptativas. 
•Via alternativa: ativada quando algumas 
proteínas do sistema complemento são 
ativadas e na superfície dos microrganismos 
e não pode ser controlada, pois não estão 
presentes no patógeno, mas no hospedeiro. 
A ativação espontânea pode ser amplificada 
nas superfícies microbianas, e ela pode 
distinguir o que é normal e o que é estranho, 
baseado nas proteínas regulatórias. 
• Via Lectina: ativada pela proteína plasmática 
lectina ligante 
de manose 
(MBL), que 
reconhece os 
resíduos de 
manose 
terminal nas 
glicoproteínas 
e nos 
glicolipídios 
microbianos. 
Ela ativa 
componentes 
da via 
clássica, mas 
é iniciada por 
um produto 
bacteriano na 
ausência de 
anticorpo, 
fazendo parte 
da imunidade 
inata. 
O reconhecimento dos microrganismos por 
qualquer uma das três vias do complemento resulta 
em um recrutamento essencial e montagem de 
proteínas adicionais do complemento em 
complexos de proteases. A C3 convertase, é um 
dos complexos, ele cliva uma proteína central do 
sistema complemento, a C3, produzindo C3a e 
C3b, sendo o maior fragmento, o de C3b, este se 
torna covalente ligado à superfície microbiana onde 
a via do complemento foi ativada. Serve como uma 
opsonina, promovendo a fagocitose dos 
microrganismos. O C3a, sendo o menor fragmento, 
estimula a inflamação agindo como quimioatraente 
para neutrófilos. 
Obs.: Opsonização é o processo que leva a 
ocorrência de revestimento dos microrganismos 
com moléculas que são revestidas por receptores 
de fagócitos C3b. 
Citocinas da Imunidade inata: Uma das primeiras 
respostas do sistema imune inato à infecção é a 
liberação de citocinas, que é uma resposta crítica 
para a inflamação aguda. São produzidas 
principalmente por macrófagos teciduais e células 
dendríticas, podendo ser produzida por células 
endoteliais e epiteliais. 
A maioria dessas citocinas agem em células 
próximas as de origem; mas quando há uma grande 
produção de citocinas, elas podem ser depositadas 
na corrente sanguínea, e assim podem atuar e 
outros locais. 
Uma citocina pode estimular a produção de outras, 
criando uma cascata de ações, ampliando a reação 
do indivíduo e induzindo novas reações. 
Elas desempenham vários papeis, induzindo a 
inflamação, inibindo a replicação viral ou 
promovendo respostas de células T e limitando as 
respostas imunes inatas. 
Fator de necrose tumoral (TNF): é um mediador de 
resposta inflamatória aguda a bactérias e a outros 
microrganismos infecciosos. 
Interleucina-1 (IL-1): Mediador de ações similares 
ao TNF, também na resposta aguda. 
Imunidade Adaptativa 
 
Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
 É a resposta especializada mediada por 
linfócitos e seus produtos, é altamente especifica, 
possuidora de memória e responde de forma rápida 
e intensa na possibilidade de uma segunda 
exposição ao patógeno, que é desenvolvida no 
decorrer da vida do hospedeiro. 
A origem das células da I. Adaptativa: no fígado e 
na medula óssea, as células tronco se diferenciam 
em células mieloides ou células da série linfoide. As 
da série linfoide se dividem em linfócitos B e T. 
Características da I. Adaptativa: 
• Especificidade e diversidade: os receptores 
são capazes de reconhecer cada estrutura 
presente na molécula, sendo capaz de ter 
uma resposta especifica para ela, o que 
garante a diversidade de atuação da I. 
adaptativa para vários patógenos em suas 
particularidades. 
• Memória: a exposição desse sistema a uma 
molécula pela segunda garante uma 
segunda resposta mais rápida e de maior 
eficácia, pois já existem células especificas 
de memória para aquele microrganismo; a 
produção de clones é mais acelerada. 
• Não reatividade ao próprio (auto tolerância): 
não atacam as células e tecidos do próprio 
corpo, quando isso acontece é decorrente de 
patologia; doença autoimune, ex: lúpus. 
 
Tipos de I. Adaptativa: 
• Humoral: é mediada por anticorpos que são 
sintetizados nos linfócitos B. Portanto, os 
linfócitos B secretam anticorpos na 
circulação e nos líquidos das mucosas para 
os microrganismos e toxinas microbianas 
serem neutralizados e destruídos ainda no 
meio extracelular, combatendo as infecções. 
• Celular: promove a destruição de 
microrganismos dentro dos fagócitos e a 
morte das células infectadas para eliminar os 
reservatórios da infecção. Sendo mediada 
pelos linfócitos T, que atuam diretamente 
sobre as células por meio da liberação de 
citocinas; sua ação está relacionada 
principalmente aos vírus. 
A forma de imunidade induzida pela exposição 
do patógeno é chamada de imunização ativa, pois 
há participação do hospedeiro na produção de 
anticorpos. A forma dita como imunização passiva 
é entendida quando temos a inserção de anticorpos 
gerados por outro indivíduo, no corpo do 
hospedeiro que nunca foi exposto ao antígeno. 
Componentes celulares: as células que constituem 
a i. adapt. incluem os linfócitos B e T. Depois da 
exposição, os linfócitos B se diferenciam em 
plasmócitos e iniciam, primariamente, a produção 
de anticorpos. Os linfócitos T podem se diferenciar 
em T citotóxicos (Tc) ou T auxiliares (Th), que se 
dividem em Th1 e Th2. 
Ativação clonal: Os linfócitos que não foram 
ativados são chamados de naive. Eles são ativados 
por meio da manifestação de células que foram 
expostas ao microrganismo, e se tornam clones 
ajudando na rapidez da resposta i. adapt. 
Essa hipótese é constituída por quatro princípios: 
• Cada linfócito carrega um único tipo de 
receptor com uma especificidade única; 
• A interação entre a molécula estranha e um 
receptor de linfócito capaz de se ligar a esta 
molécula com alta afinidade leva a ativação 
do linfócito; 
• As células efetoras diferenciadas de um 
linfócito ativado irão carregar receptores de 
especificidade idêntica àquela da célula 
parental da qual o linfócito foi derivado; 
• Linfócitos carregando receptores para 
moléculas próprias são deletados nos 
estágios iniciais do desenvolvimento da 
célula linfoide e estão, portanto, ausentes no 
repertorio de linfócitos maduros. 
 
Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
Desenvolvimento das respostas imunes adapt.: 
As respostas imunes adaptativas se 
desenvolvem em diversas etapas, iniciando pela 
captura do antígeno, seguida pela ativação de 
linfócitos específicos. 
A maioria dos antígenos e microrganismos 
tem acesso ao hospedeiro por meio das barreias 
epiteliais e mucosas, a atuação da I. Adaptativa tem 
origem nos órgãos linfoides periféricos; o inicio da 
resposta imune adapt. consiste que os antígenos 
sejam capturados e expostos aos linfócitos 
específicos, quem executa esse processo é as 
APC’s (células apresentadoras de antígenos), mais 
especificamente as células dendríticas, que 
desencadeia um processo de expansão clonal, para 
alcançar todos os antígenos; a eliminação deles, 
geralmente, conta com macrófagos e neutrófilos, 
que são chamados de células efetoras; esse 
processo de ativação da resposta, pode demorar 
alguns dias. 
Ao finalizar o ataque, a maioria das células recebe 
um sinal de morte, deixando apenas as células de 
memória, que irão promover uma resposta mais 
rápida em uma possível reinfecção. 
As interações celulares, durante a resposta imune, 
na sua maioria, são mediadas pelas citocinas, que 
são um grande grupo de proteínas e moléculas com 
diversas funções, que coordenam a resposta inata 
e adaptativa. Todas as células do sistema imune 
secretam e expressão receptores de citocinas, elas 
estimulam a diferenciação das células do sistema 
imune, ativam as funções efetoras dos linfócitos e 
fagócitos, estimulam o movimento direcionado para 
o sitio de atuação do antígeno. 
As citocinas mais conhecidas são as quimiocinas, 
elas regulam a migração e o movimento celular. 
Imunidade Humoral: Os linfócitos B que se 
diferenciam emplasmócitos que liberam diferentes 
classes de anticorpos com várias funcionalidades. 
Cada clone expressa um receptor especifico para o 
antígeno, que é tido como um anticorpo único e 
especifico para aquele antígeno. A resposta que 
ativa a célula B a antígenos proteicos é auxiliada 
pelas TCD4+, chamadas de células auxiliares (as 
células B podem responder a antígenos não 
proteicos sem a ajuda das TCD4+). 
Cada plasmócito secreta anticorpos que tem um 
sitio de ligação parecido com os do antígeno, que 
vai se ligar ao antígeno dando origem a resposta. 
Os polissacarídeos e lipídeos estimulam a secreção 
dos anticorpos, a priori, a IgM; os antígenos 
proteicos estimulam a produção de IgG, IgA e IgE, 
pelo mesmo clone de célula B. As TCD4+ também 
estimulam a produção de anticorpos com afinidade 
ao antígeno. Todo esse processo melhora a 
resposta humoral. 
A imunidade humoral impede que os antígenos 
infectem as células antes que a infecção se 
estabeleça. Os IgG’s marcam o antígeno para a 
fagocitose, mediada dor neutrófilos e macrófagos; 
IgM e IgE e os produtos do sistema complemento 
promovem a fagocitose e destruição dos 
microrganismos; a IgA é secretada no lúmen dos 
tecidos da mucosa e neutralizam microrganismos 
que invadem esse tecido; a IgG é materna enviada 
ao feto por via transplacentária, e o protege até que 
ele esteja maduro, o IgG dura cerca de 3 semanas 
circulando, diferente dos outros de duram dias. 
Alguns plasmócitos vão para a medula óssea ou 
tecidos de mucosa e estimulam a produção de uma 
continua baixa quantidade de anticorpos, 
conferindo uma rápida proteção ao corpo, não tão 
rápida quanto as respostas das células de memória. 
Imunidade Celular: Os linfócitos T, reconhece os 
antígenos associados as células, e vários tipos de 
células T se juntam para auxiliar na fagocitose do 
microrganismo e matar as células que foram 
infectadas. É válido ressaltar que as células T não 
produzem moléculas de anticorpo, porém seus 
receptores são estruturalmente relacionados aos 
anticorpos. Os linfócitos T são específicos para 
antígenos, eles reconhecem peptídeos derivados 
de proteínas estranhas que estão ligados ao MHC 
 
Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
do hospedeiro, que estão expressos nas superfícies 
das células, assim as células T reconhecem e 
respondem apenas aos antígenos que estão na 
superfície celular, não atingindo os solúveis. 
Os linfócitos T podem ser divididos em auxiliares e 
citotóxico/citolíticos (CLT’s); os auxiliares 
respondem a secreção de citocinas e os CLT’s 
produzem moléculas que matam outras células. 
Ainda existem os T reguladores, que inibem as 
respostas imunes. 
Quando os linfócitos são ativados em células 
efetoras, vão para o lugar da infecção, encontram 
microrganismos associados as células e realizam 
mecanismos responsáveis pela eliminação deles. 
Alguns TCD4+ secretam citocinas que chamam 
leucócitos que produzem substâncias capazes de 
acabar com os microrganismos por meio da 
fagocitose (microbicidas). Outras TCD4+ secretam 
citocinas que ajudam as células B a produzirem IgE, 
e ativam eosinófilos, que destroem parasitas que 
não podem ser fagocitados; outros permanecem 
nos órgãos linfoides estimulando a resposta B. 
CTL’s e CD8+, matam células que mantem os 
microrganismos; as CTL’s eliminam o reservatório 
da infecção e atacam células tumorais. 
Células e Órgãos do Sistema Imune 
 As células do sistema inume são 
circundantes no sangue, na linfa, em órgãos 
linfoides e, também, podem estar dispersas na 
maioria dos tecidos. A capacidade do sistema 
imune de responder rápida e efetivamente a 
microrganismos patológicos, depende da resposta 
rápida e variada das células imunes, o modo como 
elas estão organizadas nos tecidos linfoides e sua 
capacidade de mirar de um tecido para o outro. 
As células do S.I. são produzidas e 
maturadas na Medula Óssea Vermelha 
(hematopoiese) a partir de células tronco 
pluripotentes, com exceção do Linfócito T, que é 
maturado no Timo. As células tronco 
hematopoiéticas dão origem aos eritrócitos 
(glóbulos vermelhos), plaquetas (coagulação) e aos 
leucócitos (glóbulos brancos). As células do 
sistema imune são provenientes da linhagem 
Mieloide (Eritrócitos e Plaquetas, e Basófilos, 
Eosinófilos, Neutrófilos e Monócitos) e a linhagem 
Linfoide (Linfócitos B, Linfócitos T e Células NK). 
Fagócitos: são células em que a função primária é 
ingerir e destruir microrganismos de remover 
tecidos danificados, em que as principais células 
são os neutrófilos e macrófagos. 
As respostas seguem uma sequência: 
O contato direto e a secreção de citocinas fazem 
com que os fagócitos se comuniquem com outras 
células causando a resposta imune. 
• Neutrófilos 
São os leucócitos mais abundantes e 
circundantes, também chamados de leucócitos 
polimorfonucleares; principal célula ativa na 
resposta inflamatória aguada. Constitui a resposta 
mais rápida a infecção, principalmente em 
bacterianas e fúngicas, mas com pouco tempo de 
vida; sua produção e estimulada pelas citocinas G-
CSF. 
OBS.: Neutrófilo bastão (mais presente no início da 
infecção) é mais novo que o segmentado, mas não 
apresentam diferença funcional. 
• Monócitos 
Originam-se na medula óssea, indo para o 
sague periférico e entram nos tecidos onde se 
maturam e se diferenciam em macrófagos, sua 
Recrutamento de células para o sitio da infecção
Reconhecimento e ativação por microrganismos
Digestão por meio da fagocitose
destruição dos microrganismos ingeridos
Possuem um núcleo segmentado e são 
abundantes;
Produzidos na medula óssea e originados 
junto com os fagócitos mononucleares;
Migram para o sitio de infecção 
rapidamente;
Especificos (granulos de enzimas 
degenerativas) e Aurofílicos (enzimas e 
substâncias microbicidas);
Fagocitam microrganimos opsonizados e 
produtos de células necróticas.
 
Odontologia UFPE – Microbiologia e Imunologia – 2020.1 
produção é estimulada pelo fator estimulador de 
colônia de monócito ou M-CSF. 
 - Podem ser observados dois subtipos: uma 
população inflamatória, pois é recrutada do sangue 
para os sítios de ativação; e uma porção que pode 
ser a fonte de macrófagos, que residem nos tecidos, 
e de algumas células dendríticas. 
 - Quando entram no tecido, amadurecem e se 
tornam MACROFAGOS. 
 - Podem ser divididos em Monócitos Clássicos: 
produzem mediadores inflamatórios, são 
rapidamente recrutados para locais de infecção e 
tecido danificado (alta expressão de CD14, não 
expressão de CD16). Monócitos não clássicos 
(CD16): provocam o reparo tecidual após a lesão e 
rolagem ao longo das superfícies endoteliais 
(patrulhamento). 
OBS.: Quando o monócito de diferencia me 
macrófago há um aumento no número de 
lisossomos. 
• Macrófagos 
São células efetoras dominantes nos estágios 
mais tardios da resposta imunológica natural (são 
as ultimas a chegarem no rolê). 
Granulócitos: Atuam tanto na imunidade inata 
quanto na adaptativa. Possuem como característica 
comum a presença de grânulos citoplasmáticos 
contendo mediadores inflamatórios e 
antimicrobianos. Atuam contra helmintos e 
participam de reações alérgicas. 
• Mastócitos 
São provenientes da Medula Óssea. É uma 
célula do tecido conjuntivo e está presente na pele 
e mucosas. Possuem grânulos citoplasmáticos 
contendo Aminas vasoativas (histaminas) que vão 
promover a vasodilatação e aumento da 
permeabilidade dos capilares, possuem também 
enzimas proteolíticas que matam bactérias e 
toxinas microbianas inativas, e sintetizam e 
secretam mediadores lipídicos e citocinas que 
estimulam a inflamação. O ligante c-Kit é essencial 
para seu desenvolvimento. Expressam receptores 
para IgE. 
OBS.: Amadurecem apenas no tecido de atuação. 
 
• Basófilos 
São produzidos na medula óssea e possuem 
grânulos citoplasmáticos maiores que seu núcleo.Durante infecções liberam heparina 
(anticoagulante) e histamina (vasodilatadores em 
alergias). Possuem também receptores para IgE. 
• Eosinófilos 
Se desenvolvem na medula óssea. Atuam 
contra invasores parasitas ou em processos 
alérgicos. Possuem grânulos citoplasmáticos que 
contem enzimas danosas as paredes celulares de 
parasitas e grânulos de histamina; estão presentes, 
Os maduros não 
são encontrados 
na circulação 
sanguínea, mas 
em tecidos 
saudáveis 
próximo de vasos 
e nervos;
Expressam 
receptores de 
membranas oara 
IgE e IgG, podem 
ser revistidos por 
eles;
Promovem 
alterações nos 
vasos sanguíneos 
quando há 
liberação de 
histamina e 
citocina para 
atuarem;
Atuam na defesa 
contra helmintos 
e sintomas 
alégicos, e contra 
choque 
anafilático.
Promovem a ingestão e 
a morte de 
microrganismos;
Reconhecem e 
engloram células 
apoptóticas antes de 
liberarem seu conteúdo 
que iduz a resposta 
inflamatória;
Secretam citocinas que 
contribuem para a 
defesa do hospedeiro 
lingando-se aos 
receptores;
Atuam como 
apresentadoras de 
antígenos, ativando os 
linfócitos T;
Promove o reparo de 
tecidos lesionados 
através da angiogênese 
e pela síntese da matriz 
extracelular rica em 
colágeno;
São ativados por 
diferentes tipos de 
moléculas microbianas;
Respondem aos 
microrganismos tão 
rápidos quanto os 
neutrófilos;
Atuam como APC.
 
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geralmente, em tecidos periféricos. Possuem 
receptores IgE, para alergias. Sua maturação é feita 
a partir das citocinas GM-CSF, IL-3 e IL-5. 
Células Dendríticas: Possuem longas projeções 
membranosas e elevada capacidade fagocítica. 
Produzem diversas citocinas que iniciam 
inflamações e estimulam o S.I. adquirido. Possuem 
como principal função o papel antigênico, e 
interagem com microrganismos e linfócitos T, 
funcionando como uma ponte entre o S.I. Inato e o 
S.I. Adquirido. 
Capturam o antígeno presente no epitélio e depois 
leva para os linfonodos regionais para encontrar os 
linfócitos T ou B. Estão distribuídas pelo tecido 
linfoide, mucosas e parênquimas. Possuem o 
mesmo precursor dos monócitos. 
 
OBS.: Podem ser também macrófagos ou células B, 
que apresentam antígenos aos linfócitos T 
auxiliares. 
Linfócitos: São as células que reconhecem e 
respondem especificamente a antígenos estranhos, 
presentes na imunidade adaptativa. 
OBS.: a ativação dos linfócitos em células efetoras 
ou células de memória, ocorrem no linfonodo 
(quando é levado pela linfa) ou no baço (quando é 
levado pelo sangue). 
• Linfócitos B 
São provenientes da medula, reconhecem 
antígenos extra celulares e possui papel importante 
na imunidade humoral, isto é, uma resposta 
imunológica realizada por moléculas no sangue, os 
anticorpos. Sua principal função é a produção de 
anticorpos. O Linfócito B pode se diferenciar em 
células de memória (formadas a partir de uma 
infecção primária. Respondem rapidamente a uma 
segunda exposição) ou plasmócitos (célula 
agranulócita rica em ergastoplasma, com 
capacidade anti-inflamatórias que atuam no tecido 
conjuntivo). 
- Diferenciação dos linfócitos B: podem ocorrer de 
duas maneiras. 
Resposta independente: o linfócito B se liga 
ao antígeno, e vai se transformar em plasmócito, 
sendo capaz de produzir qualquer tipo de 
imunoglobulina (IgA, IgG, IgM, IgD ou IgE). 
Resposta dependente: quando o linfócito B 
ao invés de ativar, ele processa o antígeno com um 
APC e apresenta o antígeno ao linfócito T, então se 
o LT for proteico, este produz citocinas fazendo com 
que o LB se diferencie. 
• Linfócitos T 
São responsáveis pela imunidade celular, 
mediada por células, não envolve anticorpos. Eles 
induzem a apoptose de células infectadas, 
danificadas ou células tumorais. Eles têm uma 
especificidade restrita para antígenos, só 
reconhecem fragmentos peptídicos de antígenos 
ligados ao MHC na superfície de células APC. 
- Diferenciação dos Linfócitos T: podem se 
diferenciar em células de memórias ou efetoras: 
CD4+, CD8+ ou plasmócitos. As CD4+ podem ser 
3: Th1 – microrganismos intracelulares; Th2 – 
helmintos e alérgenos; Th3 – bactérias e fungos. 
Essas ajudam os linfócitos B a produzir anticorpos 
através de citotoxinas e aos fagócitos a ingerir 
microrganismos, e também podem prevenir ou 
limitar (suprimir) a resposta imune, ou em TCD8+, 
que destroem células infectadas. 
 Os linfócitos T regulatórios são como anti-
inflamatórios naturais, secretando citocinas 
inibitórias, induzindo a lise de células inflamatórias 
e das células apresentadoras de antígenos, além 
de induzir a disrupção metabólica, uma vez que 
consomem os nutrientes necessários para que 
outras células T sobrevivam e exerçam sua função. 
Células Natural Killer (NK): São exterminadoras 
naturais, uma classe de linfócitos que reconhecem 
células infectadas ou estressadas e as destroem, 
através da produção da citocina IFN-y, que ativa os 
Células dendríticas clássicas: migram para os 
linfonodos, onde apresentam antígenos as linfócitos T;
Células dendríticas plasmocitóides: reconhece o 
ácido nucléico de vírus intracelular e produzem 
interferon-1;
Células dendríticas foliculares: capturam antígenos 
complexados com anticorpos ou produtos do 
complemento e apresentam antigenos aos linfócitos B.
 
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macrófagos, tem função similar ao LT. Estão 
presentes no sangue e em órgãos linfoides 
periféricos. Elas agem nas células infectadas 
liberando os produtos de seus grânulos no espaço 
extracelular próximo a essas células, ativando 
enzimas apoptóticas, e também secretam o IFN-y, 
que ativam os macrófagos para serem mais 
eficientes na destruição de microrganismos 
fagocitados. As citocinas (IL-15, IFN 1 e IL-12) 
liberadas pelos macrófagos e também pela própria 
NK aumentam a capacidade das células NK. Os 
macrófagos e as células NK são exemplos de 
células cooperativas. 
Tecidos do Sistema Imune 
São formados pelos órgãos linfoides 
geradores (primários ou centrais), onde os linfócitos 
T e B amadurecem, e os órgãos linfoides periféricos 
(secundários), onde vai ocorrer a resposta 
imunológica secundária. 
Órgãos linfoides primários: São os órgãos 
geradores, onde ocorre a maturação dos linfócitos. 
• Medula óssea: Está presente no interior de 
ossos longos e chatos, e é responsável pela 
produção de células – hematopoese 
(granulócitos, monócitos e linfócitos, e 
maturação de linfócitos B; (também no 
fígado fetal) 
• Timo: Maturação de linfócitos T. Há um 
gradiente de maturação dos linfócitos do 
córtex para a medula, no córtex encontramos 
grande quantidade dos linfócitos imaturos. 
Quando amadurecidas, deixam o timo e 
entram no sangue e nos tecidos linfoides 
periféricos 
Órgãos linfoides secundários: A função destes 
órgãos é maximizar o encontro entre linfócitos e 
substâncias estranhas, permitindo o surgimento 
das respostas imunológicas, ativando os linfócitos. 
• Baço: No feto, a função principal deste órgão 
é a fabricação de hemácias e leucócitos 
(glóbulos brancos). Após o nascimento, esta 
função pode ser reiniciada caso apareça 
alguma doença que debilite esta função na 
medula óssea. O baço possui dupla função, 
ele atua como filtro e reservatório sanguíneo. 
A polpa branca é responsável pela 
imunidade e a vermelha pela reciclagem de 
hemácias. 
O sangue que entra no baço circula por uma 
rede de capilares sinusoides por onde serão 
capturados os antígenos e posteriormente 
destruídos. 
Aqui as células opsonizadas ou senescentes 
são removidas da circulação. 
• Gânglios linfáticos: Nos vasos linfáticos 
ocorre a circulação da linfa, um liquido que 
contém substâncias provenientes dos 
tecidos e epitélios. A linfa é drenada dos 
vasos para os linfonodos, onde as APCs 
poderão identificar e capturar os antígenos. 
OBS.: O TecidoLinfoide associado a mucosas 
(MALT): As tonsilas, Placas de Peyer (intestino), 
Apêndice, Adenoides, Sistema urinário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
ABBAS, A.; LICHTMAN, A.; PILLAI, S. Imunologia 
Básica: Funções e distúrbios do sistema 
imunológico. 4ª edição. Elsevier. 
BROOKS, G. F. et al. Microbiologia Médica: de 
Jawetz, Melnick e Adelberg. 26ª edição. Artmed.

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