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1 2 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação Comte Bittencourt Secretário de Estado de Educação Andrea Marinho de Souza Franco Subsecretária de Gestão de Ensino Elizângela Lima Superintendente Pedagógica Maria Claudia Chantre Coordenadoria de Áreas de conhecimento Assistentes Carla Lopes Cátia Batista Raimundo Roberto Farias Verônica Nunes Texto e conteúdo Prof. Enoque Cristian Ribeiro CE Jornalista Rodolfo Fernandes Prof. Guilherme José Motta Faria C.E. Hispano Brasileiro João Cabral de Melo Neto Prof. Leonardo Jorge Azevedo Ramos C.E Professor José Accioli Profª Márcia Teixeira Pinto C.E. Professora Luiza Marinho 3 Capa Luciano Cunha Revisão de texto Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio Pereira Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti Profª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco. Prof ª Cristiane Póvoa Lessa Prof ª Deolinda da Paz Gadelha Prof ª Elizabete Costa Malheiros Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão Prof José Luiz Barbosa Prof ª Karla Menezes Lopes Niels Prof ª Kassia Fernandes da Cunha Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges Prof ª Luize de Menezes Fernandes Prof Mário Matias de Andrade Júnior Paulo Roberto Ferrari Freitas Prof ª Rosani Santos Rosa Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves Prof Sammy Cardoso Dias Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma orientação de estudos. ©️ 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados 4 HISTÓRIA – Orientações de Estudos SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 1.Aula 1 – O trabalhismo. 6 2.Aula 2 – Governo Dutra. 10 3. Aula 3 – Ditadura Civil-militar. 13 4. Aula 4 – A breve existência do estado da Guanabara 16 5. Aula 5 – Atividades 19 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 7. RESUMO 24 8. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 24 5 DISCIPLINA: História ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS para HISTÓRIA 2º Bimestre de 2020 - 9ª Ano do Ensino Fundamental Regular META: Compreender o papel do trabalhismo como força política, social e cultural no Brasil, em diferentes escalas (nacional, regional, cidade, comunidade). Identificar e analisar processos sociais, econômicos, culturais e políticos do Brasil a partir de 1946. Identificar os motivos que levaram à criação do estado da Guanabara, ressaltando OBJETIVOS: Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de: Identificar e discutir o papel do trabalhismo como força política, social e cultural no Brasil, em diferentes escalas (nacional, regional, cidade, comunidade). Identificar e analisar processos sociais, econômicos, culturais e políticos do Brasil a partir de 1946. Discutir os processos de resistência e as propostas de reorganização da sociedade brasileira durante a ditadura civil- militar. 6 INTRODUÇÃO O estudo da História é fundamental para entendermos nosso lugar no mundo como agente transformador da sociedade. Quando conhecemos a História, somos capazes de entender melhor o presente e projetarmos o futuro. Os acontecimentos históricos estão entrelaçados e repercutem uns nos outros. Não há um fato isolado na História. 1. Aula 1 – O trabalhismo. Getúlio Vargas desde o início de sua trajetória política nacional foi considerado um líder populista, e foi durante o Estado Novo (1937-1945) que se construiu e fixou sua imagem popular e mesmo carismática. Com o Estado Novo, entrou em funcionamento a máquina de propaganda do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que buscou conquistar para o regime e para o presidente a adesão e o apoio da classe trabalhadora. A democracia social, a valorização do trabalho e do trabalhador estariam existindo graças à figura do presidente. Foi com essa associação entre a obra e o líder que se criou a mitologia getulista, expressa na imagem do "pai dos pobres". A ideologia política centrada na figura do presidente, em sua obra social e em sua relação direta e pessoal com os trabalhadores foi sendo construída dentro do Ministério do Trabalho principalmente depois de 1942. Foi fundamental nesse processo o papel do ministro do Trabalho Alexandre Marcondes Filho, que dirigiu a montagem do sindicalismo corporativista, articulou a invenção da ideologia trabalhista1 e se envolveu na criação do Partido Trabalhista Brasileiro. Após a queda de Vargas e o fim do Estado Novo, o PTB iria atuar dentro das regras do jogo político liberal-democrático como herdeiro do legado varguista Durante o período getulista, o desenvolvimento urbano de São 1 Texto extraído da Fundação Getúrlio Vargas – Getúlio Vargas: 1920-1945. Disponível em: < https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37- 45/DireitosSociaisTrabalhistas/IdeologiaTrabalhismo>. Acesso em: 3 mar. 2021. 7 Paulo e do Rio de Janeiro atraiu para essas cidades grande número de trabalhadores rurais que migravam principalmente do Nordeste, fugindo da miséria, da exploração e das secas. Com o progresso da indústria, cresceu o número de operários e, ao mesmo tempo, ampliou-se a consciência dos trabalhadores de que era preciso lutar por seus direitos. Percebendo a crescente força da classe operária, Getúlio Vargas elaborou uma política trabalhista que tinha dupla função: conquistar a simpatia dos trabalhadores e exercer domínio sobre eles, através do controle de seus sindicatos. Essa política inspirava-se na ‘Carta del Lavoro’, criada pelo fascismo italiano. Foram elaboradas, nesse período, inúmeras leis trabalhistas que asseguravam aos operários direitos básicos, como: salário mínimo; férias remuneradas; jornada de 8 horas; proteção ao trabalho da mulher e do menor; estabilidade no emprego. Em 1943, essas leis foram reunidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que representou um marco importante na história da legislação trabalhista. Apoiando-se no avanço das leis trabalhistas, a propaganda política do governo apresentava Vargas como o grande protetor dos trabalhadores, uma espécie de “pai dos pobres”. Fonte: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/clt/ Vargas procurava sustentar essa imagem por meio do seu estilo 8 populista de governo. Pregava a conciliação nacional entre trabalhadores e empresários e colocava o governo como juiz supremo dos conflitos entre eles. De um lado, o populismo de Vargas reconhecia as necessidades e desejos dos trabalhadores e, por isso, fazia concessões como um meio de controlar os trabalhadores, impedindo mudanças mais profundas. Para os empresários, o governo Vargas representou uma garantia de ordem pública e estabilidade social. https://br.pinterest.com/pin/637540890980265017/ Na Imagem acima, temos uma foto onde os trabalhadores assistem um desfile de 1º de maio organizado pelo governo em homenagem ao trabalhador. Interessante ressaltar a passividade e o apoio dos trabalhadores à manifestação organizada pelas autoridades da época. Os dizeres “Trabalhador sindicalizado é trabalhador disciplinado” demonstram como a função do sindicato perde suas características originalmente ligadas à organização de manifestações e greves que afrontavam os interesses dos industriários . 9 https://nastramasdeclio.com.br/historia/propaganda-getulista-material-para-analise/ Ressaltamos como as leis trabalhistas fizeram de Getúlio um governante extremamente popular. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e as leis de controle sobre os sindicatos foram de grande relevância nesse processo de desejado pelas autoridades do período. Vamos analisar o texto abaixo? 10 Culto a Vargas. A propaganda política durante o Estado Novo. “Em 1941, o governo implanta o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) como órgão da presidência da República para o culto à personalidade de Getúlio. O mais importante veículo de propaganda utilizado pelo DIP era a Rádio Nacional – que logo contratou enorme elenco de artistas e alcançou público incomum. Outros veículos fundamentais utilizados eram os jornais A Manhã, do Rio, A Noite, de São Paulo, e o velho O Estado de São Paulo, todos integrados nas Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União. (…) O Estado Novo recrutou também, para seu aparato político, o sistema escolar, através da revisão dos programas, da obrigatoriedade do ensino cívico, dos desportos, do canto coral e de desfiles majestosos, além da edição de livros didáticos, que eram manuais de propaganda do regime e culto a Getúlio Vargas.” Darcy Ribeiro. Aos Trancos e Barrancos: Como o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro, Guanabara, 1985. A partir da leitura do texto faça uma comparação entre os efeitos da propagando do governo no Estado Novo sobre a sociedade na década de 1930. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2. Aula 2 – Governo Eurico Gaspar Dutra. Ao final do Estado Novo (1937-1945), veio a abertura democrática. Eleições gerais foram realizadas em todo o país. Para a presidência da República foi eleito o general Eurico Gaspar Dutra. 11 “O ano de 1945 prometia trazer mudanças épicas ao redor do mundo. A derrota da Alemanha e do Japão havia deixado importantes vácuos de poder na Europa e na Ásia (...) Era nesse clima otimista que a elite política brasileira enfrentava o mundo do pós-guerra. ” (SKIDMORE, Thomas E., p.181, 2003) Após as eleições presidenciais que elegeram o general Eurico Gaspar Dutra, uma nova constituinte foi organizada com a eleição de deputados e senadores. No ano seguinte, diversas figuras políticas foram escolhidas para criar uma nova carta que indicava os novos rumos a serem tomados pelo país. Tendo como pano de fundo a decadência dos regimes totalitaristas europeus, essa nova constituinte visava dar fim aos instrumentos repressivos criados durante o Estado Novo. Instalada em 2 de fevereiro de 1946, a Assembleia Constituinte era composta por políticos de diversos partidos, de oposição e situação. Para comprovar sua natureza democrática, podemos ainda assinalar a pluralidade de partidos e correntes ideológicas representadas nesta nova assembleia. Contabilizando ao todo, nove legendas partidárias integraram o espaço de discussão dedicado à produção da nova Carta. Do seu conteúdo, podemos destacar: ➢ Princípios básicos – estabelecimento da democracia como regime político da nação. A forma de governo era a República. A forma de Estado, a federação. E o sistema de governo era o presidencialista. ➢ Direito de voto – voto secreto e universal para os maiores de 18 anos. Continuavam sem direito ao voto: analfabetos, cabos e soldados. ➢ Direito trabalhista – a legislação trabalhista da Era Vargas foi preservada, tendo como novidade a garantia constitucional do direito de greve para os trabalhadores. Manteve-se também o controle dos sindicatos de trabalhadores pelo governo. ➢ Mandatos eletivos – estabelecimento do mandato presidencial de 12 cinco anos, proibindo-se a reeleição. Os deputados teriam mandatos de 4 anos, permitindo-se a reeleição. O Governo do General Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) foi marcado pela conjuntura internacional da Guerra Fria. Os países vencedores da Segunda Guerra Mundial dividiram-se em dois grandes blocos liderados pela União Soviética e pelos Estados Unidos. Aliando-se aos EUA, o governo Dutra rompeu relações diplomáticas com a União Soviética e extinguiu o Partido Comunista Brasileiro em 1947. Apesar de governar o país sob a Constituição democrática, o governo Dutra perseguiu duramente seus opositores. O governo também agiu de forma autoritária em relação aos trabalhadores urbanos, que reclamavam dos baixos salários. O governo adotou medidas repressivas contra a tentativa de reorganização sindical dos trabalhadores, proibindo a existência do Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT). O MUT havia sido organizado pelos líderes sindicais desejosos da construção de um sindicalismo trabalhista autônomo livre da rotineira interferência estatal nos órgãos de classe. O governo proibiu as eleições sindicais e interveio em praticamente todos os sindicatos. No último ano do mandato de Gaspar Dutra, cerca de 200 sindicatos trabalhistas se encontravam sob intervenção governamental. Eurico Gaspar Dutra, 14º presidente do Brasil, governou o país de 1946-1951, após a deposição do presidente Getúlio Vargas por um golpe militar. Seu governo foi caracterizado pela perseguição aos comunistas, proibição dos jogos de azar e aproximação com os EUA. Mas, em 1951, Getúlio Vargas retorna ao poder. O segundo General Eurico Gaspar Dutra (1883- 1974) 13 governo de Vargas é conhecido como o governo democrático. Esse governo teve como grandes marcas a permanente crise política e a tensão social causada pela crise política e econômica do país. Entretanto, Vargas não finaliza o seu mandato. 3. Aula 3 - A breve existência do estado da Guanabara. A Era Vargas terminou em 1945. Em meados dos anos 50, observamos a emergência do nacional-desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), tendo como o seu ápice a construção de Brasília. Desta forma, o Rio deixa aos poucos de ser centro das decisões políticas “O segundo governo Vargas (1951-1954) ilustra as contradições que ameaçavam um regime baseado na difícil conciliação entre a satisfação das demandas populares, a manutenção do ritmo acelerado do crescimento e as contraditórias alianças integrantes da cúpula do pacto político (.......) A queda dos preços do café, em 1953, e a decorrente crise de divisas, evidenciaram as frágeis bases de financiamento da industrialização. Ademais, o recurso à emissão monetária veio desgastar o pacto populista tanto pela sua base, quanto pela sua cúpula, assustada com as concessões trabalhistas que visava a preservar o apoio popular. O suicídio do presidente colocou-se como a saída do impasse. “(MENDONÇA, Sônia Regina de. P.343, 1990) 14 do Brasil. “É interessante, o carioca respirou um pouco aliviado. Porque realmente a capital aqui não rendeu muitos bons frutos para o Rio de Janeiro. Era uma cidade com problemas de infraestrutura gravíssimos. Os prefeitos mudavam conforme os presidentes da República, não havia eleição pra prefeito então os programas públicos ficavam ao bel prazer dos governantes. A mudança significou perda de status político, mas início de uma era de autonomia. No fundo, no fundo, o Rio demorou para deixar de lado os ares de capital. Decidiu se manter separado das outras cidades, virando o estado da Guanabara. O grande medo, no entanto, girava em torno do esvaziamento econômico, o que acabou acontecendo”, conta o historiador Milton Texeira. Em 21 de abril de 1960, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o estado da Guanabara. Foram 15 anos de existência da cidade-estado da Guanabara, 1960 e 1975. O restante do território do atual estado do Rio de Janeiro seguiu separado e com capital em Niterói. O estado da Guanabara foi uma unidade federativa brasileira fundada em 1960, por ocasião da perda da centralidade política da cidade do Rio de Janeiro. A Guanabara, portanto, era representada pelo território do atual município do Rio de Janeiro, que até então era Distrito Federal, capital do Brasil. Com a transferência da capital para Brasília, a cidade do Rio, vale 15 repetir, transformou-se no estado da Guanabara. - O reordenamento do espaço urbano: a política de remoções de favelas. Carlos Frederico Werneck de Lacerda, enquanto jornalista e, depois, enquanto governador do estado da Guanabara, entre 1960 e 1965, promoveu ativamente uma política de remoções de favelas das áreas centrais do Rio de Janeiro. “A política de remoção, ou seja, o processo de transferência das populações de algumas favelas para lugares distantes da área central gerou muito descontentamento e protestos. Surgiram conjuntos habitacionais como a Cidade de Deus, em Jacarepaguá (o maior da época, com 6.658 unidades habitacionais), construído inicialmente com recursos do projeto norte-americano Aliança para o Progresso; Vila Kennedy, em Senador Camará; Vila Aliança, em Bangu; e Vila Esperança, em Vigário Geral, composta por pequenas unidades padronizadas servidas por transportes públicos insuficientes e distantes dos empregos da maioria. ” Fonte: <http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do- brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro- entre-as-remocoes-e-os-conjuntos- habitacionais#:~:text=Lacerda%2C%20governador%20da%20Guanaba ra%20entre,programa%20de%20remo%C3%A7%C3%A3o%20das%20 favelas.> Dia 03/03/2021. Claramente, durante o período de governo Lacerda, aplicou-se uma ideia higienista e segregadora do ordenamento físico do estado da Guanabara. O resultado foi o afastamento de comunidades pobres para locais carentes de infraestrutura e distantes dos seus locais de empregos. “Hoje, quem passa pelo Parque da Catacumba, na Lagoa, pelos prédios da chamada Selva de Pedra, no http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas 16 Leblon, ou pelo campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no bairro do Maracanã, nem imagina que esses espaços abrigaram as três maiores favelas do Rio dos anos 1960: Catacumba, Praia do Pinto e Esqueleto, respectivamente.” Fonte: <http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do- brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363- o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos- habitacionais#:~:text=Lacerda%2C%20governador%20d a%20Guanabara%20entre,programa%20de%20remo% C3%A7%C3%A3o%20das%20favelas.> Dia 03/03/2021. Em 15 de março de 1975, por decisão do general Ernesto Geisel, foi realizada a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. O antigo estado da Guanabara se tornou a capital fluminense. 4. Aula 4 – Ditadura Civil-militar. “No período entre 1950-1980, ocorre o mais intenso processo de modernização pelo qual o país passou, alterando em profundidade a fisionomia social, econômica e política do Brasil. Transformações aceleradas verificam-se em todos os setores da vida brasileira com alterações estruturais importantes e definitivas, como a relação campo/cidade e a reafirmação de estruturas já implantadas antes de 1950: a industrialização, a concentração de renda e a integração no conjunto econômico capitalista mundial. ” (SILVA, Francisco Carlos Teixeira da, p.351, 1990) João Belchior Marques Goulart, mais conhecido pela população e historiografia como Jango, foi presidente do Brasil entre os anos de 1961 e 1964, quando foi deposto pelo Golpe Militar de 1964. Jango foi eleito vice-presidente da República duas vezes, a primeira, de JK, em 1955, a segunda, em 1960, de Jânio Quadros. Quando Jânio renunciou, em 1961, Jango deveria assumir o governo, mas os partidos de oposição e setores das Forças Armadas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3363-o-rio-de-janeiro-entre-as-remocoes-e-os-conjuntos-habitacionais#:~:text=Lacerda%2C governador da Guanabara entre,programa de remoção das favelas 17 tentaram impedir sua posse. Leonel Brizola, que era governador do Rio Grande do Sul, liderou a Campanha da Legalidade, para garantir que, na ausência do presidente, o cargo deveria ser ocupado por seu vice. Adotou- se, então, o sistema de governo parlamentarista, por meio do qual o poder do presidente estaria limitado (em janeiro de 1963, um plebiscito decidiu pela volta do presidencialismo). João Goulart tomou posse em 7 de setembro de 1961, com a defesa das chamadas reformas de base, que incluíam reforma agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional. Em março de 1964, durante um comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, no qual havia mais de 300 mil pessoas, Jango anunciou o início às reformas de base. A reação da oposição foi imediata: dias depois ocorreu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Em 31 de março, os militares, com o apoio dos Estados Unidos, deram início a um golpe de Estado Durante todos esses anos, houve muita repressão a todos os movimentos que lutavam pela volta da democracia e dos direitos civis. Durante esse período, o Brasil foi governado por cinco militares. Para evitar protestos, os militares desenvolveram uma grande repressão, que envolvia assassinatos e torturas a quem se opusesse à Ditadura. O Golpe Militar ocorreu após o Brasil avançar em várias áreas sociais. Uma parte da elite não estava satisfeita com esses avanços e juntou- se aos interesses dos EUA, na época, empenhados em sufocar qualquer iniciativa mais voltada para o socialismo. Lembramos que o mundo vivia a Guerra Fria, divido em duas áreas de influência: EUA (capitalista) X URSS (socialista). O Brasil, depois do Golpe, ficou definitivamente alinhado com os interesses do governo norte-americano. A repressão na Ditadura foi crescendo aos poucos, encontrando seu ponto mais forte na decretação do Ato Institucional 5. Esse decreto conferia ao presidente da República poderes totais para reprimir e perseguir as oposições. Inúmeros foram os intelectuais, artistas, compositores que tiveram seus trabalhados censurados. Muitos foram até expulsos do país, só podendo voltar anos depois. 18 Durante a Ditadura, houve muita resistência dos movimentos sociais que reuniam artistas, trabalhadores e estudantes, mas foram muito reprimidas. Muitos trabalhadores e estudantes foram presos, torturados e mortos. A censura também afetou a produção artística do período como a proibição de peças teatrais, shows, letras de músicas, programas de rádios e novelas. Letra de música censurada – Cálice de Chico Buarque de Holanda A partir de 1979, devido ao contexto de crise econômica internacional e a resistência crescente ao regime, os governos militares vão promovendo uma abertura política lenta e gradual. Esta abertura se deu com alguns recuos, visto que os militares intencionavam a entrega de poder político ao governo civil, mantendo sua influência. A democracia venceu, não como uma concessão dos militares, mas diante da resistência dos movimentos populares. 19 Em 15 de janeiro de 1985, em eleição indireta, Tancredo de Almeida Neves (PMDB-MG) foi escolhido pelo Colégio Eleitoral, marcando o fim da Ditadura Militar no Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-04/morte-de-tancredo-neves- completa-hoje-30-anos 5. Aula 5 – Atividades A partir da leitura da charge acima, faça uma relação entre o governo de Getúlio Vargas e a cultura do Trabalhismo. R= 20 _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 1 - As historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling definem um projeto político relacionado a Vargas da seguinte maneira: “[Esse projeto político] identificava na questão social o grande problema das massas trabalhadoras no Brasil, entendia que a solução para essa questão exigia a intervenção do Estado, e enxergava na legislação social introduzida nos anos 1930 a base de um amplo programa de reformas que se propunha a oferecer proteção legal ao trabalhador.” SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 394. Esse projeto político relacionado ao ex-ditador foi muito forte no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), nas décadas de 1950 e 1960, e foi adotado por políticos da época, como Leonel Brizola e João Goulart. Estamos falando do: a) comunismo b) socialismo c) populismo d) fascismo e) trabalhismo (Fonte: Exercícios Brasil Escola) 2 - Qual acontecimento da década de 1930 que possibilitou a Vargas 21 explorar o anticomunismo para construir o autoritarismo que o permitiu dar o golpe do Estado Novo em 1937? a) Intentona Comunista b) Coluna Prestes c) Intentona Integralista d) Revolução Constitucionalista de 1932 e) Surgimento do Queremismo (Fonte: ercícios Brasil Escola) 3 - A Revolução de 1930 foi o acontecimento responsável por levar Getúlio Vargas à presidência do Brasil. O nascimento da Revolução de 1930 tem relação direta com o governo de Washington Luís, pois: a) o presidente aumentou impostos sobre o leite que era produzido pela oligarquia mineira. b) o presidente barrou a posse de Getúlio Vargas para a presidência do estado do Rio Grande do Sul. c) membros do governo mandaram assassinar João Pessoa, aliado político de Vargas. d) o presidente recusou-se a nomear um candidato mineiro na eleição presidencial de 1930. (Fonte: Exercícios Brasil Escola) 4 - FUVEST-SP/2002) “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil.” (Manifesto dos ministros militares à Nação, em 29 de agosto 22 de 1961). Esse Manifesto revela que os militares a) estavam excluídos de qualquer poder no regime de democracia presidencial. b) eram favoráveis à manutenção do regime democrático e parlamentarista. c) justificavam uma possibilidade de intervenção armada em regime democrático. d) apoiavam a interferência externa nas questões de política interna do país. e) eram contrários ao regime socialista implantado pelo presidente em exercício. (Fonte: Exercícios Brasil Escola) 5 - (Mack-SP/2004) A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em março de 1964, na cidade de São Paulo, foi: a) uma demonstração de forças conservadoras de direita contra o que chamavam de esquerdismo e comunismo do governo João Goulart. b) uma manifestação de apoio das famílias de trabalhadores brasileiros ao governo do presidente Goulart. c) uma resposta das massas populares, apoiando as Reformas de Base, após o Comício na Central do Brasil (RJ/março de 1964). d) uma demonstração de repúdio das classes trabalhadoras a uma possível intervenção militar, com apoio norte-americano, ao governo de Goulart. e) uma manifestação, de setores conservadores da sociedade brasileira, de revolta contra a tentativa de se derrubar o governo constitucional. (Fonte: Exercícios Brasil Escola) 6 - (FGV-SP/1998) Em relação ao Golpe Militar de 1964 no Brasil, pode-se dizer: I- Foi fruto de uma conspiração civil-militar alarmada com os rumos nacionalistas do governo João Goulart. 23 II- Foi a forma encontrada pelos comandos militares para garantir a posse do novo presidente. III- Representou a repulsa de setores da sociedade brasileira à tentativa de João Goulart de aumentar a presença do capital estrangeiro no país. IV- Evitou a tentativa do Partido Comunista Brasileiro, de sindicatos de trabalhadores e de setores do Partido Trabalhista Brasileiro de exigir do presidente, a implementação imediata das “reformas de base”. Estão corretas as frases: a) III e IV. b) III e V. c) I, II e III. d) I, IV. e) II, III e I 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS É importante lembrar que, Ideologia do Trabalhismo Se desde o início de sua trajetória política nacional Getúlio Vargas foi considerado um líder, foi durante o Estado Novo que se construiu e fixou sua imagem popular e mesmo carismática. Com o Estado Novo, entrou em funcionamento a máquina de propaganda do DIP, que buscou conquistar para o regime e para o presidente a adesão e o apoio da classe trabalhadora. A democracia social, a valorização do trabalho e do trabalhador estariam existindo graças à figura do presidente. Foi com essa associação entre a obra e o líder que se criou a mitologia getulista, expressa na imagem do "pai dos pobres". 24 A ideologia política centrada na figura do presidente, em sua obra social e em sua relação direta e pessoal com os trabalhadores foi sendo construída dentro do Ministério do Trabalho principalmente depois de 1942. Foi fundamental nesse processo o papel do ministro do Trabalho Alexandre Marcondes Filho, que dirigiu a montagem do sindicalismo corporativista, articulou a invenção da ideologia trabalhista e se envolveu na criação do Partido Trabalhista Brasileiro. Após a queda de Vargas e o fim do Estado Novo, o PTB iria atuar dentro das regras do jogo político liberal-democrático como herdeiro do legado varguista. (Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37- 45/DireitosSociaisTrabalhistas/IdeologiaTrabalhismo) 7. RESUMO Nesta Orientação de Estudo mergulhamos no período Republicano, no Brasil, com destaque para a figura do presidente Getúlio Vargas. Esperamos que você agora compreenda um pouco mais sobre muitas conquistas que foram engendradas pela classe trabalhadora, bem como o período de grandes perdas, quando se estabeleceu a ditadura civil- militar no país 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC). Site: <https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37- Direito à Verdade e à Memória”, publicação da Comissão Especial sobre 25 Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, 2007. LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de janeiro: Elsevier. 1990. 9ª edição. PEREIRA, Anthony W. Ditadura e Repressão: o autoritarismo e o Estado de direito no Brasil”. Paz e Terra, 2010. SKIDMORE, Thomas E. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2003. 45/DireitosSociaisTrabalhistas/IdeologiaTrabalhismo> http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de- janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3365-a-fusao-do-estado-da- guanabara-ao-estado-do-rio-de-janeiro> http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/joao-goulart/ http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3365-a-fusao-do-estado-da-guanabara-ao-estado-do-rio-de-janeiro http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3365-a-fusao-do-estado-da-guanabara-ao-estado-do-rio-de-janeiro http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3365-a-fusao-do-estado-da-guanabara-ao-estado-do-rio-de-janeiro