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Citologia Hormonal

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CITOLOGIA 
HORMONAL
Discentes: Brenda Maria 
 Diego Lima
 Sabrina de Cássia 
CITOLOGIA HORMONAL
● A citologia hormonal avalia o efeito dos hormônios, 
especialmente estrógeno e progesterona, sobre as células 
do epitélio da parede vaginal, através de esfregaços. 
● O efeito dos hormônios é avaliado pelo tipo de células 
encontradas, sejam intermediárias, profundas ou 
superficiais, e pela forma como elas se dispõem no 
esfregaço. 
● Além disso, a contagem das células também permite 
estimar índices que podem indicar o estado hormonal de 
uma paciente. 
2
CITOLOGIA HORMONAL
● A maturação do epitélio escamoso não queratinizado que reveste a região 
infravafinal do colo do útero e a vagina é mediado por hormônios;
● Os estrógenos são responsáveis por induzir a maturação epitelial e conduzem 
a esfregaços com células escamosas superficiais maduras. A ausência desses 
hormônios leva a redução do nível de maturação do epitélio, a atrofia;
● A progesterona, por sua vez, inibe a maturação;
● O epitélio glandular endocervical também retrata as condições hormonais da 
mulher, ainda que de maneira mais discreta.
3
4
CITOLOGIA HORMONAL
 OBJETIVOS
➢ Determinar a condição hormonal da paciente;
➢ Avaliar a função ovariana (diferentes fases do 
desenvolvimento);
➢ Observar função e disfunção placentária;
➢ Tempo de ovulação;
➢ Seleção de terapia hormonal e acompanhamento dos 
resultados do tratamento.
5
CITOLOGIA HORMONAL
CRITÉRIOS PARA OBTENÇÃO DE RESULTADOS CONFIÁVEIS
➢ Realizar a colheita no terço superior da parede vaginal lateral, que é mais 
sensível à ação hormonal. O raspado deve ser tênue e não espesso;
➢ Evitar a colheita no fundo do saco vaginal posterior, pois essa região 
pode conter células inflamatórias, detritos e produtos de descamação da 
cérvice uterina;
➢ Não é possível avaliar a função hormonal diante de problemas 
inflamatórios, tratamentos hormonais, citólise, presença de escamas 
anucleadas, células metaplásicas imaturas, aglutinações celulares, uso 
de medicamentos, neoplasia, irradiações ou cirurgias recentes.
6
CITOLOGIA HORMONAL
CRITÉRIOS PARA OBTENÇÃO DE RESULTADOS CONFIÁVEIS
➢ Coletas repetidas devem ser realizadas e comparadas durante o mesmo 
ciclo ou no decorrer de um tratamento hormonal
➢ Informar ao citologista os dados clínicos imprescindíveis da paciente, 
como idade, dia do ciclo menstrual, intervalo e duração do ciclo. 
Ademais, qualquer situação fisiológica ou patológica do sistema genial 
devem ser comunicadas. 
7
CICLO MENSTRUAL
● Também denominado ciclo sexual mensal, é definido como alterações nas 
taxas de secreção dos hormônios sexuais femininos, promovendo mudanças 
nos ovários e em outros órgãos sexuais, durante os anos reprodutivos 
normais. 
● É um processo inicialmente regulado pelas células nervosas do hipotálamo 
que secretam GnRH e, em seguida, pela hipófise anterior, que secreta FSH e 
LH. Por fim, é regulado pelos ovários que secretam progesterona e estrógeno.
● O objetivo final desse ciclo é preparar o endométrio uterino para uma possível 
gestação.
8
CICLO MENSTRUAL
9
CICLO MENSTRUAL
HORMÔNIO ORIGEM FUNÇÃO
GnRH Hipotálamo Estimula a secreção de FSH e LH.
LH Hipófise anterior Estimula a ovulação, formação e 
manutenção do corpo lúteo.
FSH Hipófise anterior Estimula o desenvolvimento folicular e 
a secreção de estrogénos.
Estrógeno Folículos ovarianos Atua no SNC induzindo o 
comportamento de cio; maturação e 
proliferação do epitélio vaginal. 
Progesterona Corpo lúteo ovariano Prepara e mantém o útero para a 
gravidez e as mamas para a lactação.
➢ RECÉM-NASCIDA
● Logo após o nascimento (até a quarta semana de vida), os esfregaços vaginais apresentam 
um padrão celular semelhante ao da mãe, devido a ação da atividade hormonal materna. 
● A recém-nascida, por sofrer estímulo dos esteróides placentários (estrógeno e 
progesterona), apresenta um epitélio vaginal trófico, com células epiteliais escamosas 
intermediárias. 
10
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
➢ INFÂNCIA 
- Período de produção reduzida dos hormônios sexuais.
- Devido o baixo suprimento hormonal, o processo de 
maturação do epitélio escamoso é interrompido, com 
surgimento da atrofia. Esfregaços vaginais coletados antes do 
período da puberdade manifestaram normalmente células 
parabasais. 
11
Células parabasais 
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
12
➢ INFÂNCIA
● Como na infância há uma inatividade do hipotálamo e 
hipófise, os ovários e supra-renais não são estimulados. 
Assim sendo, o epitélio vaginal se mostra atrófico 
característico de hipoestrogenismo acentuado. 
● O padrão é atrófico até alguns meses antes do 
aparecimento dos primeiros sinais de puberdade. 
Nessa fase, o esfregaço assume um padrão 
atrófico, com predomínio de células profundas, 
onde podemos encontrar uma flora escassa de 
cocos. 
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
➢ PRÉ - PUBERDADE
Quando a puberdade se aproxima, atividade hormonal se 
inicia, e observa-se a maturação gradativa do epitélio, 
começam a aparecer células intermediárias e diminuem as 
células parabasais.
13
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES 
FASES DA VIDA 
➢ PUBERDADE
De modo geral, a puberdade inicia-se entre os 8 e 10 anos. 
Assim que ocorre a menarca, todas as células profundas desaparecem e 
surgem as células superficiais e as células intermediárias, que mostram 
bordos dobrados e a presença de bacilos de Döederlein. 
14
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES 
FASES DA VIDA 
15
➢ MENACME
É o período de estabilização dos ciclos menstruais que normalmente se tornam bifásicos, 
onde o epitélio escamoso vaginal estará sob ação do estrógeno e progesterona.
➢ FASE MENSTRUAL ( 1º ao 5º dia do ciclo)
Nesta fase, os esfregaços vaginais contêm células epiteliais escamosas, principalmente do 
tipo intermediário, hemácias, detritos celulares, leucócitos, raras células glandulares 
endocervicais, células glandulares endometriais e células estromais isoladas ou em 
agrupamentos de tamanho variável.
 
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
16
➢ FASE ESTROGÊNICA INICIAL ( 6º ao 12º dia)
Nos esfregaços, ainda há predomínio de células escamosas 
intermediárias, pois ainda há presença do efeito da progesterona 
anterior. Conforme os níveis de estrógeno se elevam, há aumento 
progressivo de células epiteliais escamosas superficiais. 
➢ FASE ESTROGÊNICA AVANÇADA OU PRÉ-OVULATÓRIA
Nos esfregaços é possível observar grandes quantidades de células epiteliais escamosas 
superficiais isoladas, eosinofílicas, com formato achatado e núcleo picnótico. 
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
➢ FASE OVULATÓRIA ( 14º e 15º dia)
● Nessa fase, ocorre um pico na liberação do LH e do 
estrógeno e, consequentemente, um pico de células 
superficiais achatadas, eosinofílicas e de núcleos 
picnóticos, caracterizando o máximo de maturidade 
celular da mulher. 
● Leucócitos são raros e as células glandulares 
endocervicais são grandes, com citoplasma claro e 
preenchido por muco. 
17
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
18
➢ FASE PROGESTACIONAL ( 16º ao 28 º dia)
Também chamada de fase secretora ou lútea, nesta ocorre redução progressiva na proporção de 
células epiteliais escamosos do tipo superficial, sendo estas substituídas por células 
intermediárias, em razão da ação da progesterona. Normalmente são observados infiltrados 
leucocitário e muco. 
➢ GESTAÇÃO
Nessa fase, a citologia vaginal deixa de apresentar modificações cíclicas. À medida que a 
gestação avança, a citologia assume padrão secundário ao efeito progestacional. 
Durante as 6 primeiras semanas de gravidez, os esfregaços apresentam aspecto pré-menstrual 
e podem demonstrar leve efeito estrogênico, havendo predomínio de células intermediárias.
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
➢ GESTAÇÃO 
O esfregaço vaginal clássico da gestação é verificado nosegundo ou terceiro trimestre e se caracteriza por células 
escamosas intermediárias, células contendo glicogênio 
(naviculares) com núcleo periférico e bordas bem definidas, 
além de citólise e lactobacilos.
O citoplasma das células endocervicais se encontra rico em 
muco, apresentando aspecto claro e abundante. 
Esse padrão também pode ser observado em mulheres no 
início da menopausa ou em casos de amenorréia. 
19
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
➢ PUERPÉRIO 
● O aspecto do esfregaço cérvico vaginal altera-se rapidamente após o parto. 
● As células naviculares e a citólise desaparecem, e surge um quadro de atrofia em um esfregaço 
constituído por células parabasais e intermediárias. 
● Papanicolaou verificou que parte das células intermediárias pode apresentar um citoplasma 
periférico denso, denominando-as de "células puerperais". Essas células são acompanhadas por 
leucócitos, macrófagos e muco, e o esfregaço apresenta aspecto "sujo". 
★ Efeito hormonal no puerpério
● PUERPÉRIO IMEDIATO (até 30 dias após o parto) → padrão atrófico. 
● PUERPÉRIO MEDIATO (de 30 dias a 6 meses) → varia de atrófico a progesterônico, dependendo se há lactação. 
● PUERPÉRIO TARDIO (de 6 meses a 1 ano ou mais, se em lactação) → variável, podendo ser cíclico. 
20
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
CICLO MENSTRUAL 
● É um processo regulado pela hipófise e mediado pelos ovários. O objetivo final 
desse processo é preparar o endométrio para uma possível gravidez
● No endométrio, o ciclo menstrual é representado por três fases: menstrual (1 ºao 
5º dia); estrogênica ou proliferativa (6º ao 14-º dia), que termina no momento da 
ovulação e progestacional ou secretora (15º ao 28º dia).
● Durante a fase secretária, o endométrio, rico em glicogênio, é receptivo à 
implantação do ovo. Caso isso não ocorra, o endométrio descamará e o ciclo será 
reiniciado. 
● As variações hormonais observadas durante o ciclo menstrual também afetam 
os epitélios escamoso e endocervical, sendo portanto reconhecíveis nos 
esfregaços cérvico-vaginais. 
21
➢ Período Menstrual (Primeiro ao Quinto Dia) 
● O primeiro dia do ciclo é o primeiro dia de sangramento. 
● Nesse período, os esfregaços irão apresentar sangue, 
células escamosas intermediárias e com citoplasma 
pregueado, detritos celulares, escassas células 
endocervicais e células endometriais glandulares e 
estromais isoladas ou em agrupamentos de tamanhos 
variáveis.
22
CICLO MENSTRUAL 
➢ Fase Estrogênica ou Proliferativa (6º ao 14º dia) 
● No início dessa fase, os esfregaços são constituídos células 
escamosas agrupadas e por células superficiais dispersas.
● As células endometriais podem ser observadas até o período entre o 
10º e o 12º dia do ciclo, mesmo depois do término do sangramento 
menstrual.
● Com o passar dos dias, as células escamosas superficiais se tornam 
mais numerosas, representando o tipo celular predominante no 
esfregaço quando da ovulação. 
23
CICLO MENSTRUAL 
➢ Fase Estrogênica ou Proliferativa (6° ao 14º dia) 
● As células superficiais aparecem de forma isolada, 
possuem formato achatado e coloração eosinofílica e têm 
núcleos são picnóticos. 
● Os eritrócitos, os leucócitos e os macrófagos são 
facilmente observados no início desta fase, mas tornam-se 
cada vez mais raros até que desaparecem. 
● Durante essa fase do ciclo, as células endocervicais 
apresentam citoplasma basofílico e de formato esférico e 
núcleo de localização central.
24
CICLO MENSTRUAL 
➢ Ovulação (14º ao 15º dia) 
● Nesse período, o esfregaço é composto, principalmente, 
por células escamosas superficiais achatadas e 
eosinofílicas. Os leucócitos são quase ausentes e os 
esfregaços são "limpos". Ocasionalmente, podem ser 
encontrados uns poucos eritrócitos, em decorrência do 
sangramento do meio do ciclo. 
● As células endocervicais ficam ingurgitadas e grandes, e 
adquirirem um citoplasma claro e preenchido por muco. 
Os núcleos podem demonstrar projeções escuras e 
papiliformes. Esse aspecto das células endocervicais 
permanece inalterado até o final do ciclo menstrual. 
25
CICLO MENSTRUAL 
➢ Fase Progestacional ou Secretora (16º ao 28º dia) 
● Nessa fase ocorre uma redução progressiva na quantidade de células escamosas superficiais, que 
são substituídas por células intermediárias com citoplasma pregueado. 
● Escassas células naviculares podem ser observadas e os leucócitos voltam a ser numerosos.
● Nos últimos dias do ciclo, há predomínio de células intermediárias, que formam lâminas e 
agrupamentos de células com citoplasma pregueado. Antes do sangramento menstrual, torna-se 
comum o encontro de citólise ocasionada por lactobacilos. 
● O esfregaço tem aspecto sujo devido à presença de núcleos nus e de detritos citoplasmáticos, além 
dos leucócitos abundantes.
26
CICLO MENSTRUAL 
27
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES 
FASES DA VIDA 
● O desaparecimento dos ciclos menstruais normalmente ocorre entre os 40 e 
50 anos e é resultado do decréscimo da produção de hormônios esteróides. 
● Durante toda a fase reprodutiva feminina, cerca de 400 folículos 
primordiais amadurecem e ovulam, enquanto centenas de milhares 
degeneram-se.
● Por volta dos 45 anos de idade, poucos folículos primordiais continuam a ser 
estimulados pelo LH e FSH e a produção de estrógeno pelos ovários diminui 
à medida que o número desses folículos se aproxima de zero.
➢ MENOPAUSA
➢ MENOPAUSA
1. Fase inicial: os esfregaços se assemelham aos do período pós-ovulatório do ciclo menstrual, caracterizado por 
baixa atividade estrogênica. Há predomínio de células escamosas intermediária, porém as células escamosas 
superficiais ainda podem ser visualizadas. 
2. Com o passar de meses ou até mesmo anos, a atividade estrogênica decai progressivamente e passa a haver um 
predomínio de células intermediárias associadas à parabasais, revelando o epitélio hipotrófico.
3. Por fim, mulheres menopausadas têm presença considerável de células parabasais, indicativas de produção 
estrogênica muito baixa, ainda que seja possível encontrar células intermediárias ou superficiais escassas. 
Esses esfregaços retratam a ausência de maturação do epitélio escamoso, a atrofia, sendo por isso 
denominados atróficos. O epitélio dito atrófico é mais suscetível à infecções em razão do menor número de 
camadas celulares. 
28
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
➢ Devido a menor resistência do epitélio atrófico, normalmente este costuma ser acompanhado por 
inflamação e a menor produção de muco endocervical leva ao dessecamento dos epitélios. 
➢ O ressecamento reflete nos esfregaços, de modo que as células parabasais dessecadas apresentam um 
aspecto achatado e podem parecer maiores e conter núcleos grandes e pálidos. 
➢ O dessecamento também ocasiona eosinofilia citoplasmática, que pode ser acompanhada de picnose 
nuclear, cariorrexe e variação no tamanho e na forma das células escamosas. 
29
Estado de atrofia avançado. Predomínio 
de células parabasais alongadas. 
Atrofia avançada associada à 
inflamação.
Células parabasais em epitélio atrófico .
PADRÕES CITOLÓGICOS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
ÍNDICES CITOLOGICOS PARA 
AVALIAÇÃO HORMONAL 
➢ Os índices hormonais ou citológicos são uma tentativa de se quantificar os tipos de células 
escamosas presentes nos esfregaços frente à atividade hormonal. 
➢ Esses índices indicam o estado hormonal da paciente e auxiliam nas escolhas de um possível 
tratamento hormonal, como as vias de administração e formas farmacêuticas mais eficazes 
para a reposição dos hormônios necessários. 
➢ Fornecem valores relativos e são calculados contando-se no mínimo 100 células escamosas 
em quatro campos microscópicos diferentes.
30
ÍNDICES CITOLOGICOS PARA AVALIAÇÃO HORMONAL 
31
Índice Definição
Índice de cariopicnose Porcentagem de células com núcleo picnótico entre todas as células superficiais e 
intermediárias. 
Valor máximo ocorre durante a ovulação.
Índice de eosinofilia Porcentagemde células superficiais maduras, com citoplasma eosinofílico, dentre 
todas as superficiais e intermediárias. Geralmente, o pico desse índice coincide com o 
pico do índice de cariopicnose. 
Índice de maturação Consiste em expressar, em porcentagem, as células parabasais, intermediárias e 
superficiais. A cada um desses tipos celulares é atribuído um valor número, sendo 1 
para as superficiais, 0,5 para as intermediárias e 0 para as parabasais. 
O valor de maturação é obtido ao se multiplicar a porcentagem de cada tipo celular 
pelo seu coeficiente atribuído e somar os valores obtidos. 
ÍNDICES CITOLOGICOS PARA AVALIAÇÃO HORMONAL 
32
Índice Definição
Índice de pregueamento 
celular
Estabelece o número de células com citoplasma pregueado entre 
todas as células escamosas maduras. Quando se observa esse 
índice elevado, o nível do índice de eosinofilia está baixo e 
vice-versa, devido ao fato de que as células de maior 
pregueamento são mais imaturas (intermediárias)do que as que 
perderam essa tendência (superficiais). 
Índice de agrupamento 
celular
Demonstra a tendência das células de formarem aglomerados. É 
de difícil execução pois as células agrupadas não permitem uma 
contagem exata de seu número. 
TROFISMO DO EPITÉLIO 
33
➢ Muitas mulheres possuem alterações nos níveis hormonais, e essas alterações podem ser visualizadas 
nos esfregaços vaginais. Esses hormônios atuam se ligando a proteínas receptoras citoplasmáticas e 
interagem com os receptores específicos do DNA, formando assim, o RNA mensageiro. O RNA 
mensageiro, é capaz de se ligar aos ribossomos e promover a síntese de enzimas, e proteínas estruturais, 
que são expressas no citoplasma das células alvo.
➢ O estrogênio atua em receptores do epitélio estratificado escamoso não queratinizado, e ocasiona sua 
proliferação, maturação e estratificação. Havendo assim, uma relação entre o estado trófico e o nível 
desse hormônio. Quando a liberação de estrogênio é baixa, a análise citológica apresenta um número 
baixo de células escamosos superficiais e eosinofílicas, diminuindo a microbiota lactobacilar e 
aumentando o pH vaginal, podendo causar infecção. 
➢ Já a progesterona, atua promovendo a proliferação do epitélio vaginal e inibindo o processo de 
maturação celular. Quando os níveis de progesterona maiores do que de estrogênio progesterona , 
demonstra que há um predomínio citológico de células escamosas intermediária.
TROFISMO DO EPITÉLIO 
➢ O epitélio escamoso se difere em relação ao trofismo em quatro padrões citológicos:
34
HIPERTRÓFICO: Quando no esfregaço existem apenas células escamosos do tipo 
superficial , intermediário e há predomínio de 50% de células escamosas superficiais em 
relação às intermediárias. E esse padrão só pode ser visualizado quando o nível de 
estrógeno está elevando, induzindo a maturação celular, justificando assim ser 
denominado de padrão estrogênio.
 NORMOTRÓFICO: Quando no esfregaço há apenas células escamosas do tipo superficial e 
intermediário. Esse padrão ocorre quando a mulher apresenta maior taxa de secreção de 
progesterona ou equilíbrio dos hormônios ovarianos. 
TROFISMO DO EPITÉLIO 
➢ O epitélio escamoso se difere em relação ao trofismo em quatro padrões citológicos:
35
HIPOTRÓFICO: Quando no esfregaço há predomínio de células escamosas do tipo 
intermediário, com presença de células parabasais. E esse padrão é observado quando a menina 
inicia sua fase secretora de hormônios ovarianos ou em mulheres na fase de pré-menopausa. 
ATRÓFICO: Há predomínio de células escamosas do tipo parabasal em relação às intermediárias. 
Porém, não há presença de estrógeno. 
1 - Cite 2 critérios para obtenção de resultados confiáveis.
2 - Cite dois hormonios do ciclo menstrual, suas origens e funções.
3 - Discorra sobre o padrão citológico esperado em uma das fases da vida da mulher.
36
QUESTÕES
REFERÊNCIAS
KOSS, G. L.; GOMPEL, C. Introdução à citopatologia ginecológica com correlações histológicas 
e clínicas. São Paulo: Roca, 2006.
Lopes, CONSOLARO, Márcia Edilaine, and MARIA-ENGLER, Silvya Stuchi (orgs.).Citologia 
Clínica Cérvico-Vaginal – Texto e Atlas. Roca, 2012.
Silva, Gislâine & Cristovam, Priscila & Vidotti, Daniela. (2016). The impact of the pré-analytical 
phase on the cervical smears quality. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 49. 
10.21877/2448-3877.201600470.

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