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Edital de Concurso Público para Prefeitura de Maringá

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Prefeitura do Município 
de Maringá/PR 
 
Auxiliar Operacional 
(Masculino e Feminino), 
Eletricista de Manutenção e Motorista I e II 
 
 
Língua Portuguesa 
Leitura, compreensão e interpretação de textos. .......................................................................................................... 1 
Variantes linguísticas, linguagem oral e linguagem escrita, formal e informal. ....................................................... 3 
Ortografia: emprego das letras e acentuação gráfica. ................................................................................................... 7 
Emprego dos sinais de pontuação. ................................................................................................................................ 13 
Singular e plural. Masculino e feminino. ...................................................................................................................... 14 
Vocabulário: estrutura e formação de palavras. ......................................................................................................... 17 
 
 
Matemática 
Números naturais. ............................................................................................................................................................... 1 
Números inteiros. ................................................................................................................................................................ 2 
Frações. ................................................................................................................................................................................. 5 
Sistemas de números naturais. ......................................................................................................................................... 8 
Os números racionais. ........................................................................................................................................................ 8 
Números reais. .................................................................................................................................................................. 11 
Equações e inequações de graus um e dois. ................................................................................................................ 14 
Regra de três simples. ...................................................................................................................................................... 19 
Razões. Proporções. ......................................................................................................................................................... 20 
Algarismos romanos. ....................................................................................................................................................... 22 
Dízimas periódicas. .......................................................................................................................................................... 23 
Porcentagem. .................................................................................................................................................................... 23 
Medidas de superfície. Medidas de Volume. ................................................................................................................ 24 
Números decimais. ........................................................................................................................................................... 26 
Grandezas proporcionais. ............................................................................................................................................... 26 
Operações de Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão. ........................................................................................ 30 
 
 
Conhecimentos Gerais 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, 
energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança e ecologia, suas interrelações e suas 
vinculações históricas. ......................................................................................................................................................... 1 
Globalização ....................................................................................................................................................................... 56 
Compreensão dos problemas que afetam a vida da comunidade, do município, do estado e do país. .............. 63 
Direitos Humanos: conceito; evolução histórica no mundo; evolução histórico constitucional no Brasil; direitos 
e deveres, individuais e coletivos. .................................................................................................................................. 69 
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente ................................................................................................................. 92 
Ética e Cidadania ............................................................................................................................................................. 124 
 
Apostila Digital Licenciada para Oh Angela de Fátima Isidoro Souza - angelafatsouza@hotmail.com (Proibida a Revenda)
 
 
 
 
 
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 
 
Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site 
www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como 
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. 
 
Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
para eventuais consultas. 
 
Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código 
Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. 
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LÍNGUA PORTUGUESA
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1Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Leitura, compreensão e 
interpretação de textos. 
Interpretação de Texto
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, 
é dar sentidoà vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, 
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, 
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar 
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, 
primeiro, algumas definições importantes:
Texto
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de 
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um 
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de 
televisão também são formas textuais.
Interlocutor
É a pessoa a quem o texto se dirige.
Texto-modelo
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com 
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, 
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante 
da sua vida.”
(Revista Capricho)
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem 
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem 
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho 
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
A linguagem informal típica dos adolescentes.
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto;
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a 
leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a-
interpretacao-de-textos-em-provas/
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo 
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a 
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa 
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender 
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está 
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do 
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de 
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas 
dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, 
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um 
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que 
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre 
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos 
surpreendentes que não foram observados anteriormente. 
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também 
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, 
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. 
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo 
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar 
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo 
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando 
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam 
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente 
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, 
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície 
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do 
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado 
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto 
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser 
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós 
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas 
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html
Questões
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas 
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais 
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta 
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes 
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo 
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; 
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos 
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o 
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito 
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em 
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um 
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, 
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a 
Apostila Digital Licenciada para Oh Angela de Fátima Isidoro Souza - angelafatsouza@hotmail.com (Proibida a Revenda)
2Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto 
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é 
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários 
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é 
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema 
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em 
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão 
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não 
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, 
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de 
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, 
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso 
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos 
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilode 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos 
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de 
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve 
dar prioridade ao pedestre.
03. Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
Televisão
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. 
Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum, 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou 
pela TV são equivalentes.
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação 
mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir 
a um programa de televisão.
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
Leia o texto para responder às questões: 
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas até 
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir 
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá 
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos 
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de 
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o 
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não 
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento 
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas 
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa 
Apostila Digital Licenciada para Oh Angela de Fátima Isidoro Souza - angelafatsouza@hotmail.com (Proibida a Revenda)
3Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em 
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar 
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de 
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira 
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um 
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando 
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das 
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que 
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado 
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver 
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é 
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
Variantes linguísticas, linguagem 
oral e linguagem escrita, formal 
e informal. 
Variação Linguística
“Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se 
um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da idade; 
se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se um mercador 
errante ou um lavrador de pequeno campo fértil (...)”
Todas as pessoas que falam uma determinada língua 
conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento 
podem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores. 
Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis e outras vezes 
bastante evidentes, recebem o nome genérico de variedades ou 
variações linguísticas.
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os 
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-
se que, numa mesma língua, há formas distintas para traduzir o 
mesmo significado dentro de um mesmo contexto. Suponham-
se, por exemplo, os dois enunciados a seguir:
Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz 
tempo.
Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos.
Qualquer falante do português reconhecerá que os dois 
enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo sentido, 
mas também que há diferenças. Pode dizer, por exemplo, que o 
segundo é de uma pessoa mais “estudada”.
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem saber 
dar grandes explicações, as pessoas têm noção de que existem 
muitas maneiras de falar a mesma língua. É o que os teóricos 
chamam de variações linguísticas.
As variações que distinguem uma variante de outra se 
manifestam em quatro planosdistintos, a saber: fônico, 
morfológico, sintático e lexical.
Variações Fônicas
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons 
constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica são 
abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os domínios 
em que se percebe com mais nitidez a diferença entre uma 
variante e outra. Entre esses casos, podemos citar:
- a queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem 
oral no português: falá, vendê, curti (em vez de curtir), compô.
- o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me 
alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica, 
hoje frequentes na fala caipira.
- a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, 
marelo (amarelo), margoso (amargoso), características na 
linguagem oral coloquial.
- a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis 
(Petrópolis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas 
típicas de pessoas de baixa condição social.
- A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das 
regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande 
do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem 
caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, 
farór, farol.
- deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar, 
estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa condição social.
Variações Morfológicas
São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. 
Nesse domínio, as diferenças entre as variantes não são 
tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não são 
desprezíveis. Como exemplos, podemos citar:
- o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar 
o superlativo de adjetivos, recurso muito característico da 
linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de 
humaníssimo), uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um 
carro hiperpossante (em vez de possantíssimo).
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos 
regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se 
ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser).
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de 
irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia).
- uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-
versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha 
(o champanha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal 
(da cal).
- a omissão do “s” como marca de plural de substantivos e 
adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os 
livro indicado, as noite fria, os caso mais comum.
- o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero 
que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas 
eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não 
é possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu.
Variações Sintáticas
Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. No 
domínio da sintaxe, como no da morfologia, não são tantas as 
diferenças entre uma variante e outra. Como exemplo, podemos 
citar:
- o uso de pronomes do caso reto com outra função que não 
a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não 
irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em 
vez de ti) e ele.
- o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez 
de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
- a ausência da preposição adequada antes do pronome 
relativo em função de complemento verbal: são pessoas que (em 
vez de: de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em vez 
de a que) eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu 
mais confio.
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4Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome 
“que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” 
com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a 
família dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
- a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando 
se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero falar com 
você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua) 
voz me irrita.
- ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles 
chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou 
naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
Variações Léxicas
É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes 
do plano do léxico, como as do plano fônico, são muito 
numerosas e caracterizam com nitidez uma variante em 
confronto com outra. Eis alguns, entre múltiplos exemplos 
possíveis de citar:
- a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito 
para formar o grau superlativo dos adjetivos, características da 
linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior 
difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado.
- as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às 
vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado 
a lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no 
Brasil chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, 
em Portugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se 
diz pequeno almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que 
chamamos de suéter, malha, camiseta.
Designações das Variantes Lexicais:
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e, por 
isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida. 
É o caso de reclame, em vez de anúncio publicitário; na década 
de 60, o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha 
ou forma semelhante), e um homem bonito era um pão; na 
linguagem antiga, médico era designado pelo nome físico; um 
bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante 
usava-se gasosa; algo muito bom, de qualidade excelente, era 
supimpa.
- Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de palavras 
recém-criadas, muitas das quais mal ou nem entraram para os 
dicionários. A moderna linguagem da computação tem vários 
exemplos, como escanear, deletar, printar; outros exemplos 
extraídos da tecnologia moderna são mixar (fazer a combinação 
de sons), robotizar, robotização.
- Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras 
emprestadas de outra língua, que ainda não foram 
aportuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso, 
há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem jurídica, 
tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o corpo” ou, 
mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto (“pelo 
próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis litteris (textualmente, 
“com as mesmas letras”), grosso modo (“de modo grosseiro”, 
“impreciso”), sic (“assim, como está escrito”), data venia (“com 
sua permissão”).
As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight 
(compreensão repentina de algo, uma percepção súbita), feeling 
(“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing (conjunto 
de informações básicas), jingle (mensagem publicitária em 
forma de música).
Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não 
se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-concours (“fora 
de concurso”, sem concorrer a prêmios), tête-à-tête (palestra 
particular entre duas pessoas), esprit de corps (“espírito de 
corpo”, corporativismo), menu (cardápio), à la carte (cardápio 
“à escolha do freguês”), physique du rôle (aparência adequada à 
caracterização de um personagem).
- Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional 
como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. 
No jargão médico temos uso tópico (para remédios que não 
devem ser ingeridos), apneia (interrupção da respiração), AVC 
ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral). No jargão 
jornalístico chama-se de gralha, pastel ou caco o erro tipográfico 
como a troca ou inversão de uma letra. A palavra lide é o nome 
que se dá à abertura de uma notícia ou reportagem, onde se 
apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial. 
Quando o lide é muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo 
é notícia dada em primeira mão.Quando o furo se revela falso, 
foi uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo 
repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia 
de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática 
normativa).
- Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não 
deseja ser entendido por outros grupos ou que pretende marcar 
sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos 
marginalizados, de grupos jovens e de segmentos sociais de 
contestação, sobretudo quando falam de atividades proibidas. A 
lista de gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no 
sentido de afetado por algum prejuízo ou má-sorte), ir pro brejo 
(ser malsucedido, fracassar, prejudicar-se irremediavelmente), 
cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homossexual 
masculino), levar um lero (conversar).
- Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico 
excessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em vez 
de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar (em vez 
de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); obnubilar (em 
vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em vez de casamento); 
chufa (em vez de caçoada, troça).
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, o uso de 
um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É o caso de quem 
diz, por exemplo, de saco cheio (em vez de aborrecido), se ferrou 
(em vez de se deu mal, arruinou-se), feder (em vez de cheirar 
mal), ranho (em vez de muco, secreção do nariz).
Tipos de Variação
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para as 
variantes linguísticas um sistema de classificação que seja 
simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de todas as 
diferenças que caracterizam os múltiplos modos de falar dentro 
de uma comunidade linguística. O principal problema é que 
os critérios adotados, muitas vezes, se superpõem, em vez de 
atuarem isoladamente.
As variações mais importantes, para o interesse do concurso 
público, são os seguintes:
 
- Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser percebido 
com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a seguinte frase:
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase 
1)
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos 
caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado? 
Um trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um 
garimpeiro? Um repórter de televisão?
E quem usaria a frase abaixo?
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.” 
(frase 2)
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes 
a grupos sociais economicamente mais pobres. Pessoas que, 
muitas vezes, não frequentaram nem a escola primária, ou, 
quando muito, fizeram-no em condições não adequadas. 
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes que 
tiveram possibilidades sócio-econômicas melhores e puderam, 
por isso, ter um contato mais duradouro com a escola, com a 
leitura, com pessoas de um nível cultural mais elevado e, dessa 
forma, “aperfeiçoaram” o seu modo de utilização da língua. 
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação feita 
acima está bastante simplificada, uma vez que há diversos 
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5Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
outros fatores que interferem na maneira como o falante escolhe 
as palavras e constrói as frases. Por exemplo, a situação de uso 
da língua: um advogado, num tribunal de júri, jamais usaria a 
expressão “tá na cara”, mas isso não significa que ele não possa 
usá-la numa situação informal (conversando com alguns amigos, 
por exemplo). 
Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir que 
as condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos, 
gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma mesma 
língua. A elas damos o nome de variações sócio-culturais.
- Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser 
facilmente notada. Ela se caracteriza pelo acento linguístico, que 
é o conjunto das qualidades fisiológicas do som (altura, timbre, 
intensidade), por isso é uma variante cujas marcas se notam 
principalmente na pronúncia. Ao conjunto das características 
da pronúncia de uma determinada região dá-se o nome de 
sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque gaúcho 
etc. A variação geográfica, além de ocorrer na pronúncia, pode 
também ser percebida no vocabulário, em certas estruturas de 
frases e nos sentidos diferentes que algumas palavras podem 
assumir em diferentes regiões do país.
Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho abaixo, 
em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, recria a fala de 
um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
“__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado 
Mangolô!].
__ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço. Não 
faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu era moço, 
isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui, de noite, foras 
d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é novo, gosta de fazer 
bonito, gosta de se comparecer. Hoje, não, estou percurando é 
sossego...” 
- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutáveis. 
Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. Muda a 
forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o sentido delas. 
Essas alterações recebem o nome de variações históricas. 
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade. 
Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, mostra como a 
língua vai mudando com o tempo. No texto I, ele fala das palavras 
de antigamente e, no texto II, fala das palavras de hoje.
Texto I
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram 
todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; completavam 
primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo 
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam 
longos meses debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio 
era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (...) Os 
mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a 
fresca; e também tomava cautela de não apanhar sereno. Os mais 
jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, 
chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; 
os quais, de pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até 
em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’agua. 
(...) Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos 
queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão 
em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. 
A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe 
faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. 
Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados; 
chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: 
verdadeiros cromos, umas teteias.
(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os 
meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam 
ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, mas 
retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam.
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora.
Texto II
Entre Palavras
Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras – 
circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta 
anos, ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se 
tornar conhecimento de novas palavras e combinações.
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma 
palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem registrá-la. 
Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô; 
talvez ele não entenda o que você diz.
O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a 
chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, a informática, a 
dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a 
motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o 
enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o ta legal, a apartheid,o som pop, as estruturas e a infraestrutura.
Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, 
a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o 
mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. 
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o 
servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurologia, 
a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a 
Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU.
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o 
conglomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM, 
a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra 
elétrica. 
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, 
vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de 
bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa, 
poluição.
Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos 
fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras. 
Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados. 
Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! 
Pow! Click! 
Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás, ou 
mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas começam a aparecer 
sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo geral. 
A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. 
Está aí, na vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, 
vivemos, morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que 
significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, 
Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
- De Situação: aquelas que são provocadas pelas alterações 
das circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação. 
Um modo de falar compatível com determinada situação é 
incompatível com outra:
Ô mano, ta difícil de te entendê.
Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em situação 
informal, não tem cabimento se o interlocutor é o professor em 
situação de aula.
Assim, um único indivíduo não fala de maneira uniforme 
em todas as circunstâncias, excetuados alguns falantes da 
linguagem culta, que servem invariavelmente de uma linguagem 
formal, sendo, por isso mesmo, considerados excessivamente 
formais ou afetados.
São muitos os fatores de situação que interferem na fala de 
um indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele discorre (em 
princípio ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas 
como falaria de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha 
presenciado), o ambiente físico em que se dá um diálogo (num 
templo não se usa a mesma linguagem que numa sauna), o grau 
de intimidade entre os falantes (com um superior, a linguagem 
é uma, com um colega de mesmo nível, é outra), o grau de 
comprometimento que a fala implica para o falante (num 
depoimento para um juiz no fórum escolhem-se as palavras, 
num relato de uma conquista amorosa para um colega fala-se 
com menos preocupação).
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6Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
As variações de acordo com a situação costumam ser 
chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de estilo 
e são classificadas em duas grandes divisões:
- Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão sobre 
o que se diz, bem como o estado de atenção e vigilância. É na 
linguagem escrita, em geral, que o grau de formalidade é mais 
tenso.
- Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com 
despreocupação e espontaneidade, em que o grau de reflexão 
sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral íntima e 
familiar que esse estilo melhor se manifesta.
Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pequeno 
trecho da gravação de uma conversa telefônica entre duas 
universitárias paulistanas de classe média, transcrito do livro 
Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. As reticências 
indicam as pausas.
Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espírito, tem 
dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara rachada? Fica 
assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê um artigo, lê?! Um 
menino lá que faiz pós-graduação na, na GV, ele me, nóis ficamo 
até duas hora da manhã ele me explicando toda a matéria de 
economia, das nove da noite.
Como se pode notar, não há preocupação com a pronúncia 
nem com a continuidade das ideias, nem com a escolha das 
palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um trecho 
da gravação de uma aula de português de uma professora 
universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro de Dinah 
Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro. As 
pausas são marcadas com reticências.
o que está ocorrendo com nossos alunos é uma fragmentação 
do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... e fica com uma 
série... de aspectos teóricos... isolados... que ele não sabe vincular 
a realidade nenhuma de seu idioma... isto é válido também para 
a faculdade de letras... ou seja... né? há uma série... de conceitos 
teóricos... que têm nomes bonitos e sofisticados... mas que... na 
hora de serem empregados... deixam muito a desejar...
Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o grau 
de formalidade e planejamento típico do texto escrito, mas trata-
se de um estilo bem mais formal e vigiado que o da menina ao 
telefone.
Língua Falada e Língua Escrita
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois 
meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio 
posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, 
abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. 
Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes 
por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é 
apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema 
mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo 
fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, 
mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. 
Dentre eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português 
falado por um habitante da região nordeste e outro da região 
sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há 
variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por 
exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão 
que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior 
do estado.
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação 
cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram 
para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada 
utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve 
acesso à escola.
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo 
com a situação em que nos encontramos: quando conversamos 
com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se 
estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades 
requer o domínio de certas formas de língua chamadas 
línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas 
formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico 
de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da 
informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre 
influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança 
não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-
se em linguagem infantil e linguagem adulta.
Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato 
individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode 
escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu 
gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, 
sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, 
etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande 
diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, 
além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros 
falam; é por isso quesomos capazes de dialogar com pessoas 
dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a 
linguagem delas seja exatamente como a nossa. 
Níveis da fala
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar 
alguns níveis:
Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas 
utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. 
Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utiizá-lo, não nos 
preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as 
regras formais estabelecidas pela língua.
Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado 
pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um 
cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras 
gramaticais estabelecidas pela língua.
Diferenças existentes entre a língua falada e a escrita
Língua Falada:
Palavra sonora;
Requer a presença dos interlocutores;
Ganha em vivacidade;
É espontânea e imediata;
Uso de palavras-curinga, de frases feitas;
É repetitiva e redundante;
O contexto extralinguístico é importante;
A expressividade permite prescindir de certas regras;
A informação é permeada de subjetividade e influenciada 
pela presença do interlocutor.
Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, 
entorno físico e psíquico
Língua Escrita:
Palavra gráfica
É mais objetiva. 
É possível esquecer o interlocutor
É mais sintética. 
A redundância é um recurso estilístico
Comunicação unilateral. 
Ganha em permanência
Mais correção na elaboração das frases. 
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7Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Evita a improvisação
Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de 
pontuação
É mais precisa e elaborada. 
Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos
O contexto extralinguístico tem menos influência
 Registros da língua falada
Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou padrão 
e a coloquial ou popular. A linguagem coloquial também aparece 
nas gírias, na linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos 
regionalismos e dialetos.
Essas variações são explicadas por vários fatores:
Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma 
solenidade ou uma festa entre amigos.
Grau de instrução do falante e também do ouvinte.
Grupo a que pertence o falante. Este é um fator determinante 
na formação da gíria.
Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar de 
um nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas diferenças 
constituem os regionalismos e os dialetos.
Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. 
Quando as diferenças regionais não são suficientes para 
constituir um dialeto, utiliza-se os termos regionalismos ou 
falares para designá-las. E as pichações têm características da 
linguagem falada.
A língua falada como recurso literário
A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais 
explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao 
texto.
Observe, no trecho seguinte, algumas das características da 
língua falada, tais como o uso de gírias e de expressões populares 
e regionais; incorreções gramaticais (erros na conjugação verbal 
e colocação de pronomes) e repetições:
Exemplo:
“– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas 
a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. Eu 
vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das outras, 
contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, 
e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo 
que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de Domício era de 
quem falava para se confessar:
– Desgosto eu tenho, pra que negar?... “ 
(Pedra Bonita, de José Lins do Rego)
Registros da língua escrita
Além dos dois grandes níveis – língua culta e língua 
coloquial –, os registros escritos são tão distintos quanto as 
necessidades humanas de comunicação. Destacam-se, entre 
outros, os registros jornalísticos, jurídicos, científicos, literários 
e epistolares.
Fontes: http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman4.
php
http://www.vestibular1.com.br/redacao/red020.htm
Ortografia: emprego das letras e 
acentuação gráfica. 
Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a 
forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto 
a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto 
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante 
compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A 
forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos 
que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é 
oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e 
consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada 
letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
a A (á) b B (bê)
c C (cê) d D (dê)
e E (é) f F (efe)
g G (gê ou guê) h H (agá)
i I (i) j J (jota)
k K (cá) l L (ele)
m M (eme) n N (ene)
o O (ó) p P (pê)
q Q (quê) r R (erre)
s S (esse) t T (tê)
u U (u) v V (vê)
w W (dáblio) x X (xis)
y Y (ípsilon) z Z (zê)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o 
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
Emprego das letras K, W e Y
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus 
derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, 
taylorista.
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados.
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como 
unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km 
(quilômetro), Watt.
Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exemplos: caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados
2) Após a sílaba inicial “en”.
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo 
“en-”
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), 
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
3) Após a sílaba inicial “me-”.
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras 
inglesas aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, 
xingar, etc.
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, 
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, 
mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia 
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem 
da palavra. Veja os exemplos:
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8Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
gesso: Origina-se do grego gypsos
jipe: Origina-se do inglês jeep.
Emprega-se o G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
Exceção: pajem
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), 
vertiginoso (de vertigem)
4) Nos seguintes vocábulos:
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, 
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
Exemplos:
arranjar: arranjo, arranje, arranjem 
despejar: despejo, despeje, despejem 
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
enferrujar: enferruje, enferrujem 
viajar: viajo, viaje, viajem
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exóticaExemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
Exemplos:
laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - 
lisonjeador nojo- nojeira
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer 
jeito- ajeitar
4) Nos seguintes vocábulos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, 
traje, pegajento
Emprego das Letras S e Z
Emprega-se o S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no 
radical
Exemplos:
análise- analisar catálise- catalisador
casa- casinha, casebre liso- alisar
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título 
ou origem
Exemplos:
burguês- burguesa inglês- inglesa
chinês- chinesa milanês- milanesa
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
Exemplos:
catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
Exemplos:
catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, 
metamorfose, virose 
5) Após ditongos
Exemplos:
coisa, pouso, lousa, náusea
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus 
derivados
Exemplos:
pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
repus, repusera, repusesse, repuséssemos
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, 
Teresa, Teresinha, Tomás
8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, 
decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, 
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, 
raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
Emprega-se o Z:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no 
radical
Exemplos:
deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
raiz- enraizar cruz-cruzeiro 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a 
partir de adjetivos
Exemplos:
inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez 
rígido- rigidez
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- 
surdez
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar 
substantivos
Exemplos:
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização
colonizar- colonização realizar- realização
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
Exemplos:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
5) Nos seguintes vocábulos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, 
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no 
contraste entre o S e o Z
Exemplos:
cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os 
exemplos:
exame exato exausto exemplo existir exótico 
inexorável
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. 
Observe:
Emprega-se o S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em 
“andir”,”ender”, “verter” e “pelir”
Exemplos:
expandir- expansão pretender- pretensão verter- 
versão expelir- expulsão
estender- extensão s u s p e n d e r - s u s p e n s ã o 
converter - conversão repelir- repulsão
Emprega-se Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer”
Exemplos:
ater- atenção torcer- torção
deter- detenção distorcer-distorção
manter- manutenção contorcer- contorção
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9Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss
Exemplos:
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, 
trouxe
Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos
Exemplos:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, 
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, 
plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
Emprega-se Sç:
Na conjugação de alguns verbos
Exemplos:
nascer- nasço, nasça
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça
Emprega-se Ss:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, 
“mitir”, “ceder” e “cutir”
Exemplos:
agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão 
discutir- discussão
progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o 
exceder- excesso repercutir- repercussão
Emprega-se o Xc e o Xs:
Em dígrafos que soam como Ss
Exemplos:
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
Observações sobre o uso da letra X
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
/ch/ - xarope, vexame
/cs/ - axila, nexo
/z/ - exame, exílio
/ss/ - máximo, próximo
/s/ - texto, extenso
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
Exemplos: excelente, excitar
Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / 
pode não ser nítida. Observe:
Emprega-se o E:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos:
magoar - magoe, magoes
continuar- continue, continues
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
Exemplos: antebraço, antecipar
3) Nos seguintes vocábulos:
cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, 
orquídea, etc.
Emprega-se o I :
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
Exemplos:
cair- cai
doer- dói
influir- influi
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
Exemplos:
Anticristo, antitetânico
3) Nos seguintes vocábulos:
aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, 
etc.
Emprego das letras O e U
Emprega-se o O/U:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de 
algumas palavras. Veja os exemplos:
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, 
realização)
soar (emitir som) e suar (transpirar)
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, 
moleque.
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. 
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e 
da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta 
forma devido a sua origem na forma latina hodie.
Emprega-se o H:
1) Inicial, quando etimológico
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
Exemplos: flecha, telha, companhia
3) Final e inicial, em certas interjeições
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo 
elemento, se etimológico
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.
Observações:
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que 
nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha 
ele não é utilizado.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a 
letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos 
sempre são grafados com h. Veja:
herbívoro, hispânico, hibernal.
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
Exemplos:
Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer 
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
“Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra
As promessas divinas da Esperança…”
(Castro Alves)
Observações:
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o 
uso da letra maiúscula.
Por Exemplo:
“Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro.”
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10Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-
se letra minúscula.
Por Exemplo:
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 
incenso,mirra.” (Manuel Bandeira)
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
Exemplos: 
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
d) Nos nomes mitológicos.
Exemplos: 
Dionísio, Netuno.
e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos:
Natal, Páscoa, Ramadã.
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
Exemplos: 
ONU, Sr., V. Ex.ª.
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, 
políticos ou nacionalistas.
Exemplos:
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, 
União, etc.
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula 
quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.
Exemplo: 
Todos amam sua pátria.
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
Exemplos:
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade 
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário 
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
2) Utiliza-se inicial minúscula:
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
Exemplos: 
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc. 
primavera, verão, outono, inverno
c) Nos pontos cardeais.
Exemplos:
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, 
sudoeste.
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os 
pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
Exemplos:
Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)
Lembre-se:
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
se letra minúscula.
Exemplo:
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos:
Crime e Castigo ou Crime e castigo 
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em 
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas 
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II 
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e 
disciplinas.
Exemplos:
Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas 
modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
fono24.php
Emprego do Porquê
Por 
Que
Orações 
Interrogativas
(pode ser 
substituído por: 
por qual motivo, 
por qual razão)
Exemplo:
Por que devemos nos 
preocupar com o meio 
ambiente?
Equivalendo 
a “pelo qual”
Exemplo:
Os motivos por que não 
respondeu são desconhecidos.
Por 
Quê
Final de 
frases e seguidos 
de pontuação
Exemplos:
Você ainda tem coragem de 
perguntar por quê?
Você não vai? Por quê?
Não sei por quê!
Porque
Conjunção 
que indica 
explicação ou 
causa
Exemplos:
A situação agravou-se 
porque ninguém reclamou.
Ninguém mais o espera, 
porque ele sempre se atrasa.
Conjunção de 
Finalidade – 
equivale a “para 
que”, “a fim de 
que”.
Exemplos:
Não julgues porque não te 
julguem.
Porquê
Função de 
substantivo 
– vem 
acompanhado 
de artigo ou 
pronome
Exemplos:
Não é fácil encontrar o 
porquê de toda confusão.
Dê-me um porquê de sua 
saída.
1. Por que (pergunta)
2. Porque (resposta)
3. Por quê (fim de frase: motivo)
4. O Porquê (substantivo)
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11Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Emprego de outras palavras
Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa 
nenhuma senão criticar.
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais 
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá 
desta situação crítica.
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não 
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão 
pouco esta semana.
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios. 
Traz - do verbo trazer.
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está 
vultuosa e deformada.
Questões
01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou 
até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre 
........................ praticar atividade física..........................benefícios 
para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas 
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para 
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o 
avanço da idade.
(Ciência Hoje, março de 2012)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com:
(A) porque … trás … previnir
(B) porque … traz … previnir
(C) porquê … tras … previnir
(D) por que … traz … prevenir
(E) por quê … tráz … prevenir
02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas 
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos, 
talvez seja _____ chorou. 
(A) porquê / porque;
(B) por que / porque;
(C) porque / por que;
(D) porquê / por quê;
(E) por que / por quê.
03. 
Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e 
respectivamente, preenchidas por:
(A) mal ... por que ... intuíto
(B) mau ... por que ... intuito
(C) mau ... porque ... intuíto
(D) mal ... porque ... intuito
(E) mal ... por quê ... intuito
04. Assinale a alternativa que preenche, correta e 
respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com 
a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da 
corrupção e das fraudes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
(E) há … consenço … a cerca
05. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam 
flexionadas de acordo com a norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
Respostas
01. D/02. B/03. D/4-B/5-D
Acentuação
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras 
estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de 
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, 
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, 
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem 
escrita.
Regras básicas – Acentuação tônica
A acentuação tônica implica na intensidade com que são 
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de 
forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As 
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são 
denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas 
como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a 
última sílaba.
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na penúltima sílaba.
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
Como podemos observar, mediante todos os exemplos 
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas 
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: 
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, 
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos 
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos 
observar no exemplo a seguir:
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”.
Os monossílabos emdestaque classificam-se como tônicos; 
os demais, como átonos (que, em, de).
Os Acentos Gráficos
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e 
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam 
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. 
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e 
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com 
artigos e pronomes.
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12Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente 
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras 
derivadas de nomes próprios estrangeiros.
Ex.: mülleriano (de Müller)
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais 
nasais.
Ex.: coração – melão – órgão – ímã
Regras fundamentais:
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, 
“em”, seguidas ou não do plural(s):
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos 
ou não de “s”.
Ex.: pá – pé – dó – há
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas 
de lo, la, los, las.
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
táxi – lápis – júri
- us, um, uns
vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
- ã, ãs, ão, ãos
ímã – ímãs – órfão – órgãos
- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que 
essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são 
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim 
ficará mais fácil a memorização!
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”.
água – pônei – mágoa – jóquei
Regras especiais:
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), 
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com 
a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são 
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. 
Ex.:
Antes Agora
assembléia assembleia
idéia ideia
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados 
ou não de “s”, haverá acento:
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato 
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. 
Ex.:
Antes Agora
crêem creem
vôo voo
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, 
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento 
como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Repare:
1-) O menino crê em você
 Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
 Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
 Esperamos que os dados deem efeito!
4-) Rubens vê tudo!
 Eles veem tudo!
- Cuidado! Há o verbo vir:
 Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando 
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem 
seguidas do dígrafo nh:
ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem 
precedidas de vogal idêntica:
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com 
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não 
serão mais acentuadas. Ex.:
Antes Depois
apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 
plural de:
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, 
deter, abster. 
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes 
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes 
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, 
como:
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do 
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua 
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira 
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: 
Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
 
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da 
preposição por.
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13Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, 
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; 
nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Questões
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
D) Não tem sílaba tônica.
02. Assinale a alternativa correta.
A palavra faliu contém um:
A) hiato
B) dígrafo
C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, 
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo 
mesmo motivo que:
A) túnel
B) voluntário
C) até
D) insólito
E) rótulos
04. Assinale a alternativa correta.
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem 
paroxítonas terminadas em ditongo.
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, 
encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras 
grifadas são paroxítonas.
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes 
destacadas são dígrafos.
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có-
lo-ga” e “a-ci-o-na”.
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
A) saúde
B) cooperar
C) ruim
D) creem
E) pouco
Respostas
1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E 
Emprego dos sinais de 
pontuação. 
Pontuação
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem 
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar 
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais 
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua 
portuguesa.
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que 
se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma 
importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão 
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de 
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por 
vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio 
e cobertor.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, 
decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.
Dois pontos
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde 
e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a 
rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
 Maria perguntou: 
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto de