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Leucócit�� & Leucogram� Introduçã� O leucograma é um dos componentes do hemograma, avalia os leucócitos, células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo, são divididos em: Polimorfonucleare�: células da imunidade inata, caracterizadas pela presença de múltiplos lóbulos em seus núcleos e a presença de diferentes tipos de grãos que determinam diferentes funções. Pertencem a esse grupo o neutrófilo, eosinófilo e basófilo. Mononucleare�: células da imunidade adaptativa, caracterizadas pela ausência de lobulações de seus núcleos. Pertencem a esse grupo o monócito e linfócitos. Acesse o material Hematopoes� para conferir a produção dos leucócitos. Leucócit��: funçõe� � morfologi� Neutrófilo Função: participa da resposta inflamatória por quimiotaxia aos locais de inflamação e fagocitose de restos celulares e patógenos. Morfologia fisiológica: Neutrófilo bastonete: possui núcleo em forma de bastão. Neutrófilo segmentado: possui núcleo com três a quatro lobulações, em formato de “ferradura”, presença de grânulos neutrofílicos. Obs: os neutrófilos são os leucócitos mais abundantes em cães, gatos e ruminantes neonatos. Cinética: Durante a sua maturação, os neutrófilos passam por uma série de compartimentos anatômicos e funcionais. Compartimento medular de formação Local: medula óssea Compartimento mitótico (onde são produzidos): 3 dias Compartimento de maturação: 4 dias Compartimento medular de reserva Local: medula óssea Armazena uma quantidade variável de neutrófilos maduros antes de saírem para circulação sanguínea. Podem permanecer por tempo variável (4 dias) Compartimento circulante Local: vasos sanguíneos Neutrófilos maduros circulando no sangue/plasma Compartimento marginação Local: vasos sanguíneos Neutrófilos maduros que se aderem ao endotélio dos vasos, devido a duas razões: 1. Vasoconstrição nas arteríolas e ligações 2. Ligações fracas de integrina entre neutrófilo e endotélio. Os neutrófilos destes dois últimos compartimentos estão em constante movimentação entre eles e 1 apresentam quantidades iguais em ambos. Compartimento tecidual Local: tecido conjuntivo A movimentação de neutrófilos e outros granulócitos através dos capilares e tecidos é chamada de diapedese. Uma vez presente no tecido, após terem exercido sua função de fagocitose ou não morrem por apoptose. Figura 1 - Neutrófilo maduro (S), neutrófilo bastonete (B), metamielócito (M) Fonte: THRALL, 2015. Eosinófilo Função: combate de parasitas e realiza modulações das reações inflamatórias e alérgicas. Morfologia fisiológica: a morfologia varia entre as diferentes espécies, no geral, possui núcleo segmentado, citoplasma eosinófilo, com grânulos rosas. Cinética: são produzidos e armazenados na medula óssea por dois a seis dias, são liberados no sangue, a população marginal e circulante tem meia vida de horas e morrem nos tecidos. Figura 2 - Neutrófilo de cães (C), neutrófilo de felino (F), neutrófilo de equinos (E) Fonte: THRALL, 2015. Basófilo Função: inespecífica, contém grânulos de histamina e heparina, raramente são encontradas no sangue. Morfologia fisiológica: núcleo segmentado, citoplasma basófilo, rico em grânulos de cor violeta escuro, que possuem diferentes formas nas variadas espécies. A membrana contém imunoglobulina E Cinética: permanecem na medula óssea por 2,5 dias, ao serem liberados no sangue sua meia vida é de seis horas, podem sobreviver nos tecidos por até duas semanas. Figura 3 - Basófilo de cães (C), basófilo de felino (F), basófilo de grandes animais (LA) Fonte: THRALL, 2015. 2 Monócitos Função: são células intermediárias que irão amadurecer nos tecidos se tornando macrófagos. Fagocitar bactérias, leveduras, protozoários, células danificadas, debris celular e partículas estranhas. Apresentadora de antígenos ao linfócito T, participa do metabolismo do ferro. Morfologia fisiológica: núcleo arredondado ou ligeiramente reniforme e, em geral, os nucleolos são menores e imperceptíveis. Citoplasma é cinza-azulado e frequentemente vacuolizado Cinética: ao serem liberados na corrente sanguínea, são divididos no compartimento marginal e circulante, a meia vida na circulação até de 8-71 horas migram para os tecidos e se tornam macrófagos. Figura 4 - Monócitos, neutrófilo (seta) Fonte: THRALL, 2015. Linfócitos Função: Linfócito B: responsáveis pela imunidade humoral Linfócito T: responsáveis pela imunidade celular e pela resposta às citocinas Subpopulações de linfócito T: células T indutoras (CD4), células T citotóxicas/supresoras (CD8). Linfócitos natural killers Morfologia fisiológica: núcleo arredondado a oval, citoplasma escasso e incolor. Linfócitos reativos: geralmente são células B produzindo imunoglobulinas (Ig), têm citoplasma intensamente basofílico e núcleo que pode ter formato irregular,com formato de fenda ou amebóide. Linfócitos granulares: presença de grânulos de cor róseo-púrpura. Cinética: ao sair para a circulação sanguínea os linfócitos migram para os linfonodos e tecidos por meio dos vasos linfáticos, sua meia-vida varia de horas a anos. Figura 5 - Linfócito granular (ponta de seta), linfócito reativo (seta) Fonte: THRALL, 2015. 3 Avaliaçã� d� Leucogram� O leucograma é composto pela contagem total dos leucócitos, contagem diferencial de cada leucócito, fibrinogênio e avaliação da morfologia destas células. A interpretação destes valores auxilia a determinar anormalidades no organismo do indivíduo. Terminologi� d�� padrõe� d� contagen� leucocitária� anormai� Sufixos: -penia: diminuição da contagem do tipo celular no sangue. Exemplos: neutropenia, eosinopenia, linfopenia. Obs: citopenia é um termo utilizado quando ocorre a diminuição da contagem das células de maneira inespecífica. Não se aplica a monócitos, basófilos, metarrubrícito, neutrófilos bastonetes e metamielócitos. -filia ou -citose: aumento da contagem do tipo celular no sangue. Exemplos: neutrofilia, eosinofilia, basofilia, leucocitose, linfocitose, monocitose. Desvio a esquerda Termo utilizado quando há aumento da contagem de neutrófilos bastonetes e metamielócitos no sangue. Ele ainda pode ser classificado em: Regenerativo: contagem de células imaturas não é superior às maduras. Degenerativo: contagem de células imaturas é superior às maduras. Desvio a direita Termo utilizado quando há aumento da segmentação do núcleo, acima de cinco, de neutrófilos segmentados, neste caso passam a ser chamados de neutrófilos hipersegmentados. Indica que a célula está a mais tempo do que deveria na circulação. Leucemia Termo utilizado quando a células neoplásicas no sangue é classificada de acordo com o tipo celular alterado. Exemplo: leucemia linfocítica. Resposta Leucemóide Termo utilizado quando a uma leucocitose causada por um aumento extremo de um só tipo de leucócito, ou um acentuado desvio a esquerda sugestivo de leucemia. É um processo patológico benigno que pode ser visto nos neutrófilos, linfócitos e eosinófilos Exemplo: desvio à esquerda intenso em casos de piometra e peritonite crônica em cães, também em casos de linfocitose por lesões supurativas crônicas. Distúrbio proliferativo Termo inespecífico utilizado para a presença de célula neoplásica hematopoética no sangue e na medula óssea. São classificados em: Distúrbios linfoproliferativos: processos neoplásicos envolvendo linfócitos. São classificados em: Linfossarcoma ou linfoma: neoplasia em tecidos sólidos. Leucemia linfocítica: neoplasia de medula óssea ou sangue. Mieloma: neoplásica de linfócitos B, diferenciados em plasmócitos. Distúrbios mieloproliferativos: processos neoplásicos envolvendo células troncos da medula óssea. 4 Alteraçõe� adquirida� n� morfologi� d�� leucócit�� Neutrófilos tóxicos Caracterizado pela intensa basofilia, presença de vacuolização e corpúsculo de Dohle (agregados de retículo endoplasmático e aparecem como precipitados citoplasmáticos, de cor azul-acinzentado). Associado à resposta inflamatória. Quando há um estímulo intenso de inflamação, a produção de neutrófilos na medula óssea se torna acelerada, isso resultana liberação de células alteradas, com presença de organelas que pertencem aos estágios iniciais da granulopoese. Obs: tem valor preditivo de prognóstico, quanto maior a quantidade destes neutrófilos, menor é a expectativa de vida do paciente. Figura 6 - neutrófilos tóxicos (setas maiores), corpúsculo de Dohle (setas menores) Fonte: THRALL, 2015. Hipersegmentação de neutrófilos Caracterizado pelo aumento da segmentação do núcleo, acima de cinco, de neutrófilos segmentados. Indica que a célula está a mais tempo do que deveria na circulação. Geralmente é causado pelo efeito dos esteróides/cortisol na circulação, que impedem a diapedese da célula. Figura 7 - hipersegmentação de neutrófilos Fonte: THRALL, 2015. Neutrófilos degenerados Termo utilizado para neutrófilos encontrados em amostras biológicas que não são do sangue. Caracterizado pela vacuolização do citoplasma, aumento do volume nuclear, perda do padrão de cromatina. Essa alteração pode progredir até a lise da célula Obs: é um comum achado em esfregaço preparados com mais de 12h após a coleta, dessa maneira, no sangue é um indicativo de erro pré-analítico, ou seja, mal manuseio da amostra.. Figura 8 - Neutrófilos degenerados (setas), bactérias (setas menores), tumefação do núcleo do neutrófilo (ponta de seta) Fonte: THRALL, 2015. 5 Aglutinação de leucócitos ou leucoaglutinação A aglutinação ocorre pela presença de imunoglobulinas (Ig) de leucócitos in vitro e influenciado pela temperatura. Quando a amostra de sangue esfria a temperatura ambiente ou mais amena, a Ig se liga aos leucócitos e forma pontes celulares em células aglutinadas. Obs: Essa situação pode causar uma falsa redução na contagem total de leucócitos, já que esses aglutinados não são contados pelo equipamento. Figura 9 - Aglutinação de linfócitos Fonte: THRALL, 2015. Vacuolização de linfócitos Presença de vacúolos citoplasmáticos. Associado à ingestão de plantas contendo toxinas swainsoninas. Figura 10 - Vacuolização de linfócitos Fonte: THRALL, 2015. Avaliaçã� d� resp�st� leucocitári� Às mudanças na contagem total dos leucócitos envolve anormalidade das fases de produção, liberação e distribuição intravascular A inflamação é a resposta leucocitária mais importante e mais comum dos leucócitos, entender a dinâmica dos neutrófilos auxilia entender o equilíbrio dinâmicos dos leucócitos no geral. Resposta hematológica a inflamação Quando ocorre um dano tecidual, há liberação de substâncias vasodilatadoras que permitem a migração dos neutrófilos circulantes e marginais no sangue para os tecidos. As citocinas liberadas pelos macrófagos estimula a medula óssea a aumentar a produção de neutrófilos e liberar essas células do compartimento medular de reserva. Fibrinogênio É uma proteína de fase aguda da inflamação, produzida no fígado. Os níveis de fibrinogênio tendem a aumentar juntamente com os leucócitos e persistem por mais três a quatro dias. O fibrinogênio é um importante indicador precoce de inflamação em grandes animais, principalmente em bovinos, onde os níveis se elevam antes dos leucócitos. Neutrofilias Equilíbrio entre a produção e liberação dos neutrófilos Existem diferenças na quantidade de neutrófilos armazenados e o potencial de produção entre as espécies domésticas, esse fator influencia na 6 interpretação das respostas leucocitárias em relação a cronicidade e a gravidade dos processos. Devido os cães terem maior capacidade de produzir neutrófilos, não é raro terem neutrofilias que ultrapassem mais de 100.000células/μℓ, a neutropenia nesta espécie ocorre quando houve consumo intenso das células. Enquanto que nos bovinos a neutropenia é interpretada diferente, sabe se que esta espécie tem um potencial muito menor de produzir neutrófilos quando comparados aos cães, dessa maneira, em processos inflamatórios agudos é comum encontrar neutropenia ao invés de neutrofilia. Equinos durante as inflamações tem pouca ou nenhuma neutrofilia, geralmente os desvios a esquerdas são discretas, a não ser que forem acompanhados por neutrófilos tóxicos Neutrofilia induzida por adrenalina/fisiológica Ocorre devido a liberação de epinefrina/adrenalina, em situações que o animal ativa o sistema simpático, como medo, exercício e excitação. A epinefrina tem efeito cardiovascular, aumentando o fluxo da microcirculação, especialmente nos músculos, em consequência estimula a migração dos neutrófilos do compartimento marginal para o circulante. Achados no leucograma: Leucocitose por neutrofilia, sem desvio à esquerda (temporária). A linfocitose é um achado comum em gatos, geralmente não ultrapassa de 20.000 células/μℓ. Neutrofilia induzida por glicocorticoide A liberação de cortisol pode ocorrer em condições fisiológicas ou patológicas. O cortisol estimula a liberação dos neutrófilos do compartimento de reserva da medula óssea e impede a diástase dos neutrófilos para os tecidos. Induz a linfocitose, reduzindo os níveis de linfócitos circulantes. A redução de eosinófilos circulantes, devido à menor liberação pela medula óssea. O aumento dos monócitos, porém, não é um mecanismo elucidado. Achados no leucograma: Leucocitose por neutrofilia Linfopenia Eosinopenia Monocitose Macete para lembrar Estresse agudo -> adrenalina Estresse crônico -> cortisol Resposta a inflamação aguda Aumento da demanda tecidual e incremento da liberação de neutrófilos segmentados e bastonetes da medula óssea. Causas: inflamação, sepse, doenças imunomediadas e necrose. Achados no leucograma: Leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda. Presença de neutrófilos tóxicos. Monocitose variável. Obs: nesses casos pode haver linfopenia e eosinopenia causados pela dor e estresse. 7 Resposta a inflamação crônica Lesões crônicas em órgãos ocos podem ter contagem muito elevada de neutrófilos. Causas: piometra, piodermite, piotórax e abcessos Achados no leucograma: Intenso aumento dos leucócitos totais, 70.000 a 120.000 células/μℓ em cães. Intenso desvio à esquerda. Presença de neutrófilos tóxicos. Monocitose Hiperglobulinemia Obs: nesses casos pode haver linfopenia e eosinopenia causados pela dor e estresse. Figura 11 - Fluxograma resumido da interpretação da neutrofilia Fonte: THRALL, 2015. Neutropenias Neutropenia por consumo na inflamação aguda Consumo de neutrófilos por tecidos inflamados e processos sépticos. Ocorre aumento da velocidade de migração e diminuição da capacidade de armazenamento dos neutrófilos. Achados no leucograma: Desvio à esquerda não regenerativo, com presença de bastonetes e metamielócitos. Presença de neutrófilos tóxicos. Obs: também pode ocorrer neutropenia devido a doença imunomediada. Neutropenia por baixa produção medular Relacionado a deficiência primária da medula óssea, outras linhagens podem estar acometidas Causas: Infecções: parvovirose, erliquiose, FiV e FeLV. Tóxicas: agentes quimioterápicos, fenilbutazona, trimetropim e estrógeno. Achados no leucograma: Neutropenia sem desvio à esquerda. Neutropenia por granulopoiese ineficiente Secundária a redução da liberação medular. medula óssea se encontra normo ou hipocelular Causas: mielodisplasia e distúrbios mieloproliferativos. Achados no leucograma: Anemia não regenerativa e trombocitopenia. Neutropenia por aumento da marginalização Deslocamento do compartimento circulante para a marginal. Causas: choque anafilático e endotoxêmico. Achados no leucograma: Neutropenia transitória aguda. 8 Figura 12 - Fluxograma resumido da interpretação da neutropenia Fonte: THRALL, 2015. Linfocitose Linfocitose induzida por adrenalina/fisiológica Ocorre concomitante a neutrofila induzida por adrenalina. Linfocitose inflamação crônica Linfopoese aumenta devido ao estímulo crônico inflamatório de antígenos (Ag) e citocinas. Causas: erliquiose canina e gamopatia monoclonal. Achados no leucograma: Neutrofilia com desvio à esquerda Discreta a moderada linfocitose 12.000 e 20.000 células/μℓ, em cães e gatos respectivamente Monocitose Pode haver presença de eosinofilia ou basofilia Linfocitose por disturbios mieloproliferativosLinfocitose por proliferação neoplásica em medula óssea, linfonodos e outros tecidos. Causas: FeLV, vírus da leucemia bovina (VLB), linfoma, leucemia linfocítica e linfoblástica. Achados no leucograma: Linfocitose marcante Presença de células anormais, como os pró linfócitos e linfoblastos. Obs: a presença de células anormais auxilia no diagnóstico. Figura 13 - linfócitos anormais de um cão com leucemia (seta), linfoblasto de um gato com leucemia linfoblástica (ponto de seta) Fonte: THRALL, 2015. Linfocitose por hipoadrenocorticismo Pacientes com hipoadrenocorticismo podem ter linfocitose devido ao baixo nível de cortisol, que atua regulando a resposta imune. Achados no leucograma: Neutropenia e linfocitose Obs: esses achados são fortemente sugestivos do hipoadrenocorticismo se o cão está obviamente estressado. Vale ressaltar que a linfocitose é um achado normal do leucograma de animais filhotes, devido seu sistema imune está se desenvolvendo e entrando em contato frequentemente com Ag. 9 Figura 14 - Fluxograma resumido da linfocitose Fonte: THRALL, 2015. Linfopenia Linfopenia por glicocorticoide Ocorre concomitante a neutrofilia induzida por glicocorticoide, que induz a lise desta célula. Linfopenia por inflamação aguda Ocorre concomitante a neutrofila induzida por inflamação aguda, devido ao estresse e a dor. Outras causas de linfopenia menos comum/raras: - Perda da linfa - Hipoplasia ou aplasia linfóide - Linfoma Monocitose No geral é um achado de pouca relevância. Monocitose por inflamação Pode ocorrer tanto nas inflamações agudas e crônicas, indicando aumento da demanda de células mononucleares nos tecidos acometidos. Monocitose por glicocorticoide Ocorre concomitante a neutrofilia por glicocorticoide, que estimula a migração do monócito do compartimento marginal para o circulante. Monocitose neoplásica A leucemia monocítica é um achado raro. Achados no leucograma: Monocitose Presença de monócitos anormais e formas imaturas. Monocitopenia Achado incomum e de pouca relevância. Eosinofilia O aumento de eosinófilos indica uma resposta inespecífica a várias doenças, mas principalmente ao parasitismo, como dirofilariose e ancilostomose, reações de hipersensibilidade, como dermatite alérgica à picada de pulga, síndrome asmática, doenças alérgicas e síndrome hipereosinofílica felina. Obs: a eosinofilia pode estar associada a inflamações em tecidos ricos em mastócitos, como trato gastrointestinal, respiratório e pele. Eosinopenia Achado de pouca relevância, comumente encontrada em leucograma de estresse crônico. Basofilia É um achado raro e sua interpretação não é esclarecida. Basopenia É um achado pouco relevante, visto que o limiar fisiológico inclui a ausência destas células. 10 Font�: Anotações das aulas de patologia clínica. LOPES, S.T.A.; BIONDO, A.W.; SANTOS, A.P. Manual De Patologia Clínica Veterinária. UFSM - Universidade Federal De Santa Maria, 3. ed., 2007. 107p. STOCKHAM, S.L., SCOTT, M.A. Fundamentos de Patologia Clínica Veterinária. Ed. Guanabara Koogan, 2.ed., 2011. 744p. THRALL. A. M., Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 11