Buscar

Resumo de Patologia Clínica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Patologia estuda a história do paciente, seu passado, 
presente e futuro. Além disso, estuda o uso das análises 
laboratoriais. 
 
 
 
 
 
Eles servem para auxiliar no: 
1. Diagnóstico e casos clínicos; 
2. Ajudam na evolução do quadro; 
3. Auxiliam na resposta terapêutica; 
4. Ajudam na validação de métodos de diagnóstico. 
Esse procedimento vai avaliar a presença, quantidade ou 
característica de uma substância de uma célula ou de um 
elemento dentro de um frasco. Existe dois tipos de exames 
laboratoriais, um vai estabelecendo a presença de um 
agente patogênico e o outro avalia a condição e resposta a 
uma alteração/doença. 
 
-Parasitológicos 
-Microbiológicos (presença de vírus, bact,...) 
-Imunológicos (exames sorológicos) 
-Toxicológicos 
 
Análises Clínicas: 
-Hemograma 
-Bioquímicos 
-Análises de fluídos 
-Citodiagnóstico 
-Histopatológicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Azul: é utilizado na análise de coagulação. 
Vermelho: possui ativador de coagulação, utilizado para 
testes bioquimicos. 
Amarelo: faz separação sem necessidade de centrifugação. 
Verde: usado para análise bioquimica de gasometria e 
outros exames. 
Roxo: contém aticoagulante, é utilizado em análise 
hematológica. 
Cinza: utilizado em análise de glicemia. 
 
A coleta de sangue deve estar dentro do tempo ideal, e ser 
armazenada em local frio. O esfregaço deve ser feito com 
sangue fresco, a quantidade de sangue deve ser ideal para 
cada tamanho de tubo, seguindo a recomendação do 
fabricante. 
 
 
-Tempo de permanência dos elementos figurados (células e 
glicose) 
-Refrigerado por 24 a 48h 
-Arquivo de congelados de (-70°C). 
-Tempo de armazenamento e a qualidade. 
 
O valor de referência vai seguir o intervalo do menor e o 
maior valor considerado “normal”, ou seja, o intervalo de 
referência. Cerca de 95% dos animais para se chegar no 
valor de referência são sadios, e é levado em consideração 
o sexo, idade, raça, ambiente, comportamento, estado de 
prenhes e gênero. 
 Ex: Hematócrito de cão referência de 36 a 55% - Poodle 
com 42% pode estar anêmico. 
 Fosfatase Alcalina está maior em animais jovens 
pela maior atividade óssea. 
CLINICA 
Coleta Manuseio 
Confiança 
Armazenamento 
Pré-analítica 
-Pedido ou interpretação 
errada da requisição médica; 
-Orientação inadequada ao 
paciente 
-Tempo de Jejum; 
-Coleta inadequada; 
-Estase venosa inadequada; 
-Proporção inadequada entre 
sangue e anticoagulante; 
-Volume insuficiente de 
amostra... 
Analítica 
 
-Falha no equipamento; 
-Perda de amostra; 
-Troca de amostra; 
-Contaminação entre 
amostras; 
Pós-analítica 
-Perda do resultado; 
-Interpretação equivicada 
do resultado e ação 
subsequente; 
-Erro na transcrição dos 
resultados; 
-Tempo de liberação dos 
resultados acima do 
especificado; 
-Valores de referência e 
limites de decisão 
inapropriados. 
Espécie Débito Urinário 
Cães e gatos 1 a 2 ml/kg/hora 
Bovinos e equinos 2 a 5 ml/kg/hora 
 
 
 Existe substâncias que vão interferir na coleta, podendo 
ser: 
-Hemólise: falso aumento de enzimas mensuradas por 
espectrofotometria ou de substâncias presentes dentro de 
eritrócitos. Potássio em equinos e bovinos por exemplo. 
-Lipidemia: Aumento da turbidez da amostra. 
-Hiperbilirrubinemia: Coloração mais escura que o 
normal, excesso de bilirrubina no sangue (cor amarelada), 
comum em caso de icterícia. A bilirrubina está relacionada 
ao processo digestivo sendo eliminada em grande maioria 
nas fezes e urina. 
 
A urina é um líquido formado pelos rins, que tem como 
resultado a filtração do plasma. Nela vai haver eliminação 
de substâncias produzidas pelo catabolismo (etapa para 
obtenção de energia e diminuição da degradação de 
proteínas e carboidratos) e indesejáveis ao organismo, 
medicamentos e drogas ingeridas, etc.. Nos rins há 
milhares de néfrons, que são unidades morfofuncionais 
capazes de formar a urina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Urinálise é um exame de urina, que constitui o método de 
avaliação fisíca, química e microbiológica da urina que 
serve para prognóstico ou diagnóstico de estados 
fisiológicos ou patológicos do paciente. 
A urina é composta por 95% de água, 2% ureia, e nos 
ultimos 3% restantes encontramos fosfato, sulfato, amônia, 
magnésio, cálcio, ácido úrico, creatina, sódio, potássio e 
outros elementos. 
O débito urinário (DU) é definido como, a quantidade de 
urina produzida pelos rins em um período pré-definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fase 1: Filtração 
 O sangue vem do coração com a pressão muito alta, pela 
arteríola aferente fazendo com que a parte liquída do 
sangue, o plasma, se atravesse no lomérulo, sendo 
absorvido pela cápsula glomerular. 
 
Fase 2: Reabsorção 
 Ela acontece no tubo contorcido proximal e na alça 
néfrica, fazendo uma reabsorção do sangue. 
 
Fase 3: Secreção 
 Acontece no tubo contorcido distal e no ducto coletor, 
ocorrendo uma segunda reabsorção. Após isso, a urina vai 
passar para os rins, ureter, bexiga e uretra para ser 
eliminada. 
 
 
 
 
 
 
 
A urinálise é um componente essencial para avaliação do 
trato urinário, trazendo informações sobre a saúde do 
sistema urinário como um todo, além de fazer parte de 
check-up de todos. 
Alterações análisadas na composição da urina pode 
significar alguns problemas como, por exemplo: 
 -Alteração na função renal; 
 -Alteração na integridade de vias urinárias; 
 -Falha de metabolismo de outros órgãos: fígado, 
adrenais e pâncreas. 
 
 
 Micção espontânea (coleta natural). 
 Cistocentese (pulsionar a bexiga através do 
abdômen para coletar diretamente da bexiga), 
porém só deve ser feita com auxilio de ultrassom. 
 Cateterização (pode haver risco de cistite). 
 
 
 
 
O exame de urina deve ser realizado o mais rápido 
possível, coletando uma quantidade de 5 a 10 ml, 
Espécie N° de Néfrons 
Gatos 190.000/rim 
Cão 415.000/rim 
Suínos 1.250.000/rim 
Bovinos 4.000.00/rim 
 
desprezando os primeiros jatos. No frasco deve conter o 
nome do paciente. A refrigeração deve estar entre 0 a 4°C, 
manutenção por 24 horas no máximo e processar em 
temperatura ambiente. 
 
Esse exame vai verificar parâmetros como: 
 Densidade; 
 pH (exame químico); 
 Proteína (exame químico); 
 Glicose (exame químico); 
 Corpos cetônicos (exame químico); 
 Nitrito; 
 Hematúria; 
 Leucócitos; 
 Urobilinogênio; 
 Bilirrubina. (exame químico); 
 Sangue oculto (exame químico). 
 
 
Exame Físico: 
1:É observado a coloração da urina. 
 
 Amarelo claro: a urina está diluída, hipostenúria 
(inabilidade de concentrar a urina) e isostenuria 
(insuficiência renal crônica, onde a urina tem concentração 
baixa, por incapacidade de diluir). Possiveis estados 
patológicos são diabetes insipidus, doença renal grave e 
ingestão excessiva de água. 
 
 Âmbar: a urina está concentrada com a densidade alta, 
hipertenúria (não filtra corretamente ficando concentrada 
por desidratação, febre ou nefrite). 
 
 Marrom: Na maioria dos casos indica aumento dos 
níveis de bilirrubina na urina (Problemas hepáticos ou 
obstrução biliar (anemia hemolítica, neoplasia biliar, 
pancreatite, colangite)). 
 
 Vermelha: indica hematúria, ou seja, possui eritrócitos no 
sedimento urinário (hemostasia, CID, trauma, neoplasias), 
hemoglobinúria (urina avermelhada/castanha e pouco 
turva ou seja, há hemólise) e mioglobinúria (necrose 
muscular em cavalos com dieta rica em carboidratos e 
proteínas, manifestando após os exercicios). 
 
 Esbranquiçada: presença de fosfato triplo e piúria, 
podendo ocorrer em pH alcalino. 
 
2: Após a coloração, observamos qual é o aspecto em que a 
urina está. E para fazer diferenciação de elementos, 
somente conseguimos com o exame de sedimentos. 
 
 Aspecto Normal: vai estar limpida ou translucida 
(transparente). 
 Aspecto Patológico ou amorfa, estando opaca e/ou turva. 
As patologias podem ser hemáturia, piúria, cristalúria, 
bacteriúria. 
 
3 Odor:Sui generis urina com odor normal. 
 Aliáceo, odor normal para carnívoros. 
 Pútrido/fético, estáocorrendo necrose tecidual. 
 Adocicado possui presença de corpos ccetônicos, 
diabetes mellitos e acetonemia (vaca leiteira). 
 Amonical possui infecção bacteriana. 
 
4: A densidade é importânte pois é ela que nos mostra a 
quantidade de sólidos em solução, refletindo a capacidade 
do rim em concentrar a urina. Em animais saudáveis vai 
depender do seu grau de hidratação corporal. 
 
 -Isostenúria: ela ocorre quando possui lesões que afetam 
o parênquima renal, ou seja, insuficiência renal. O nível de 
concentração da urina não pode ser nem mais concentrada 
e nem menor do que o plasma livre de proteínas. 
 
 -Hipostenúria: o rim perde a capacidade de concentrar a 
urina de forma adequada, deixando-a com densidade 
baixa. 
 
 -Hiperestenúria: é resultado de desidratação, paciente 
com baixo consumo de liquidos ou perdas como, em casos 
de vômitos e diarréias, febre e quando possui a diabetes 
mellitus. Além da Poliúria, ocorre o aumento da densidade, 
por valor baixo de moléculas de glicose e pelo seu baixo 
limiar renal. 
 
Existe dois testes feito no laboratório: 
❖ Teste de privação da água: animal fica de 8 a 12 
horas sem ingerir a água, mas sempre 
monitorando a saúde do paciente. 
❖ Teste de vasopressina sintética: aplicação da 
vasopressina verificando a concentração 
urinária. 
A partir desses dois testes, podemos decidir se a 
isostenúria e hipostenúria é renal ou pós renal. 
 
-Glicosúria: taxa de glicose presente nos túbulos excede a 
capacidade de reabsorção. Na renal é a presença de 
glicose na urina, sem hiperglicemia. 
-Cetonúria: ocorre aumento da concentração sanguínea. 
-Urobilinogênio: diminuição da bilirrubina conjugada pelas 
bactérias intestinais, sendo eliminada em pequenas 
quantidades. 
-Proteinúria: pode ser funcional ou pode ser patológicas 
sendo, pré renal, renal e pós renal. 
Em condições normais possui poucas quantidades de 
proteínas presente na urina. 
 
Anúria→ não produz urina (rins) 
Escúria→ não elimina (tem urina, mas não elimina). 
Oligúria→ pouca eliminação 
Poliúria→ aumento do volume 
Polaquiúria→ aumento da frequência 
Estrangúria→ micção lenta e dolorosa 
Colúria→ urina escura com espuma amarelada 
Disúria→ urinar com dificuldade 
Hematúria→ urina com sangue 
Secreções→serosa/sero-sanguinolenta/sanguinolenta/ 
purulenta 
 
 
 
 
 
− Lesões glomerulares: alteram a permeabilidade 
dos capilares glomerulares e aumentam a 
filtração de proeínas, onde ocorre mais perdas de 
proteínas. 
− Lesões tubulares: resultam na diminuição da 
reabsorção das proteínas filtradas, resultando em 
uma urina com mais concentração de proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-renal: ocorre diminuição da taxa de filtração 
glomerular, causada por: Hipovolemia, hipotensão, 
desidratação, sepse, anestesia, cardiopatia... A causa 
primária não é uma lesão renal. 
Renal: ocorre devido a uma lesão tubular aguda, ou 
qualquer outra causa que resultem em lesão renal 
estrutural, podendo ser causada por, persistência das 
alterações hemodinâmicas e exposição a medicamentos ou 
toxinas, nefrotoxidade medicamentosa ou substâncias 
nefrotóxicas. 
Pós-renal: é observada em casos de obstrução do fluxo 
urinário, por exemplo, traumas, urolitíases, DITUIF 
obstrutiva, neoplasias e inflamações. 
 
 
-Sedimentos Ativos: Hemáturia 
 Leucocitúria 
 Bacteriuria 
 Cristalúria 
 Aumento de celularidade 
 
-Sedimentos inativos: Ausência dos elementos ativos, se 
possuir um ou mais elemento já é considerado ativo. 
 
A avaliação do sedimento urinário inclui a identificação das 
células, cilindros, microorganismos e cristais, dentre 
outros. O sedimento é obtido a partir da centrifugação da 
amostra e pode ter como conteúdo: 
 
Hemacias: o normal é possuir 1 a 5 por campo, possuem 
formato arredondado brilhante a luz e passa direto pela 
membrana, podem ser causas: infecção TU (pielonefrite, 
cistite, prostatite), traumas, neoplasias, parasitas de TU 
(hematúria). 
 
Leucócitos: normal é de 1 a 5 por campo, formato 
arredondado com grânulos em seu interior, possuem 
núcleo e são mais opacos, podem ter como causa: : 
inflamações renais (nefrite, glomérulo-nefrite, pielonefrite), 
inflamações de baixo TU (uretrite, cistite). (leucocitúria ou 
piúria). 
 
Cilindros: o normal é que não haja presença, forma-se no 
túbulos renais a partir de mucoproteínas secretadas pelas 
células epiteliais tubulares, elas se condensam e formam 
cilindros, em alta concentração o pH fica ácido. Não se 
formam quando o pH está alcalino ou em baixa densidade, 
a presença deles indica doença renal, mas necessáriamente 
falha renal. 
Formas de detecção: 
 Fita reagente: método semi-quantitativo 
 Proteína Creatitina urinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cristais: urina normal não tem presença. A presença de 
cristalúria, acaba sendo influênciada por pH urinário, 
densidade, saturação de substâncias na amostra e 
presença de promotores ou inibidores desses cristais. São 
compostos por proteínas e mucoproteínas, não se formam 
em pH alcalino ou densidade baixa. 
O paciente que tiver urina muito concentrada, com 
concentração de substâncias cristalogênicas altas, ou com 
reduzida taxa de fluxo renal, podem desenvolver cristais, e 
se for em animais com histórico de urolitíase, por exemplo, 
deve redobrar atenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RPC Relação Proteína Creatinina Urinária, teste indicado 
para avaliação de lesão aos glomérulos quando ainda não 
há evidências clínicas ou até mesmo laboratoriais de 
patologia no Sistema Urinário, ele pode servir como 
indicativo de lesão aos rins em casos iníciais. Quanto mais 
proteína há na urina, maior a RPC urinária e maior o 
indício de gravidade na lesão aos glomérulos. 
 
Microalbinúria: albinúria significa albumina na urina. 
❖ Microalbuminúria: pequenas quantidades de 
albumina na urina, 1 a 3 mg/dl. 
❖ Macroalbiminúria: grande quantidade de 
albumina na urina, superior a 30 mg/dl, maioria 
dos testes de fita reagente para proteínas é 
reagente, (teste de Elisa e método semi-
quantitativo). 
A albumina tem função de controlar a pressão osmótica, 
controle de pH plásmatico, e como transportador 
hormonal, ácidos graxos e bilirrubina. Já as patologias 
(doenças) podem incluir diabetes descompensadas ou não 
tratada; hipertensão; doenças cardiovasculares; doença 
renal crônica. 
 
GGT A Gama Glutamil Transpeptidase urinária, é uma 
enzima encontrada nas células epiteliais com "borda em 
escova" do túbulo contorcido proximal renal. Casos em que 
se necessita de avaliação de injúria renal tubular proximal 
precoce, principalmente quando o animal está em terapia 
com fármacos/compostos nefrotóxicos. Esta enzima exerce 
o papel essencial no transporte de aminoácidos e participa 
na manutenção da reserva de aminoácidos na célula. 
 
SDMA; é um biomarcador renal que deve ser executado 
juntamente de outras análises como: creatinina, uréia e 
uma urinálise, para ajudar a diagnosticar a doença renal 
mais cedo e com maior confiança. Ela é liberada na corrente 
sanguínea durante a degradação de proteínas, e é 
excretado principalmente 90% pelos rins. 
 
Eritrograma é o exame que analisa os glóbulos vermelhos, 
fazendo a contagem das hemácias. Se houver baixa 
concentração de hemoglobina significa anemia, se houver 
alta concentração policitemia. 
O sangue é composto por uma parte líquida e outra sólida 
(celular). A parte líquida é chamada de plasma, é obtida 
após a centrifugação do sangue com anticoagulante, e 
contém o fibrinogênio. Quando não há presença de 
anticoagulante no soro, o fibrinogênio coagula e só restam 
no soro os mais variados solutos orgânicos (minerais, 
enzimas, hormônios, etc). 
 
 
 
 
 
A parte celular é composta por eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas, em aves, réspteis, anfíbios e peixes, todas as 
células possuem núcleo, e as plaquetas chamadas de 
trombócitos, porém,nos mamíferos, apenas os leucócitos 
possuem núcleo, e as hemácias após amadurecerem 
perdem o núcleo. 
O sangue passa por todo o corpo com a função de levar O2 
para os tecidos, fazer a troca gasosa, levar nutrientes e 
hôrmonios, levar os restos de coisas não saudáveis para 
excreção. 
 
 
 
Exame mais solicitado por ser prático, econômico e de 
grande utilidade clínica, servindo como o ponto de partida 
para descoberta de patologias. Ele se divide em três partes: 
 
 Eritrograma: compreende o hematócrito, dosagem 
de hemoglobina e a avaliação morfológica e 
contagem total de eritrócitos (hemácias). 
 Leucograma: avaliação e contagem total e 
diferencial de leucócitos (glóbulos brancos, 
proteção do organismo). 
 Plaquetas: avaliação morfológica e contagem de 
plaquetas. 
 
VCM: volume corpuscular médio, tamanho da hemácia 
(células jovens ocupam mais espaço). 
 VCM alto: macrocítica 
 VCM na referência: normocítica 
 VCM baixo: microcítica 
 
CHCM: concentração de hemoglobina corpuscular média no 
sangue, pigmentação da hemácia, quantidade de 
hemoglobina num determinado volume de sangue (células 
jovens possuem menos). 
 CHCM alto: hipercrômica. 
 CHCM na referência: normocrômica 
 CHCM baixo: hipocrômica. 
 
HCM: hemoglobina corpuscular média, avalia a 
quantidade de hemoglobina dentro de uma hemácia. 
 
RDW: variação de tamanho entre as hemácias. 
 rdw alto: anisocitose. 
 
Plaquetas altas trombocitose, pode estar relacionada com 
aumento em processos crônicos, sangramento agudo. 
Plaquetas baixas trombocitopenia, relacionada a 
diminuição por causa de infecções, doenças autoimune e 
quimioterápicos. 
Proteina Total Plasmática (PPT): pode indicar hidratação 
do paciente (perda ou aumento do volume plasmático), 
Hiperproteinemia e Hiporproteinemia. 
Fibrinogênio está relacionada a coagulação e inflamação, 
proteína hepática de fase aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devemos proporcionar o mínimo de estresse ao animal, 
para manter o resultado preservado, aprender a explorar 
região com a luva. Fazer higiênização do local com álcool, 
para evitar que contamine e vá para a corrente sanguínea. 
A quantidade de sangue deve seguir a recomendação do 
tubo, e ser coletada devagar, mas sem exceder o tempo de 
coleta. Desfazer o garrote, remover a agulha, apertar o 
local com algodão e álcool iodado, retirar a agulha, 
transferir o sangue da seringa pressionando suavemente o 
embolo, prefencialmente na borda do tubo. 
 
 
 
 
 
 
 Calor excessivo e umidade; seringas, agulhas, 
tubos molhados e quentes. 
 Demora na coleta, forte pressão negativa na 
seringa . 
 Coletas demoradas, lavar seringas e agulhas com 
anticoagulante previamente. 
 Descarga violenta da seringa no frasco, retirar 
agulha e transferir o sangue suavemente na parede 
do tubo. 
 Homogeneização abrupta do sangue com 
anticoagulante. Faça gentilmente por imersão por 
pelo menos 10 a 11 vezes. 
 Uso Incorreto de anticoagulantes . 
 
Tamanho 
Morfologia 
EDTA (Etileno diamino tetra acetato de sódio ou potássio): 
não interfere na morfologia celular, podendo preservar por 
horas, se estiver refrigerada corretamente. 
 
Fluoreto de Sódio: determinar glicose sanguinea. 
 
Heparina: atividade inibitória da trombina e 
tromboplastina, retarda a coagulação do sangue por até 8 
horas (Transfusão sanguínea), ideal para algumas 
analises bioquímicas limitadas, interfere na coagulação do 
esfregaço sanguíneo, não recomendado para hemograma. 
 
Citrato de Sódio: recomendado para prova de coagulação, 
tem ação quelante de cálcio, com formação de sais 
insolúveis, preservando ação da protrombina e 
tromboplastina. 
 
Hematopoiese 
 
-Mamíferos: Ocorre em meio extravascular . 
 Fase fetal: Inicia no saco vitelino, fígado, baço e medula 
óssea . 
 Após o nascimento: Medula óssea, epífises de ossos 
longos (Fêmur e Úmero), medula dos ossos chatos (Crânio, 
costelas e ílio ). 
-Aves: Trombóticos são produzidos intravascularmente . 
A medula óssea vermelha ou ativa, com o tempo vai 
desaparecendo e deixa de ser hematopoiética, sendo 
substituída por tecido gorduroso, formando uma medula 
amarela inativa. Em caso de necessidade ocorre 
regeneração, nesses casos o fígado, baço e linfonodos 
retomam a função hematopoiética até a total regeneração. 
Na fase senil a medula amarela se torna fibrosa, se 
tornando difícil e lenta a resposta a anemias . 
 
Alguns órgãos estão envolvidos na hematopoiese como, por 
exemplo: 
 
Baço: principal órgão do sistema fagócito mononuclear, 
elimina hemácias e plaquetas amorfas, parasitadas. 
Produz os plasmócitos e linfócitos, armazena o Ferro e faz 
degradação de hemoglobina. 
 
Fígado: responsável pelo armazenamento de vitamina B12 
e Fe. Produz fatores de coagulação, albumina, algumas 
globulinas, é precursor alfa globulina da eritropoietina. 
Converte bilirrubina livre e é conjugada para excreção pela 
bile, e participa na excressão da urobilinogênio para 
circulação esterro-hepática. 
 
 
Eritropoiese 
 
Processo de eritrogênese que resulta na foração de 
eritrócitos maduros, levando em torno de 7 a 8 dias. 
Em mamíferos, a célula Pluripotencial é estimulada a 
diferenciar-se em Unidade Formadora Eritróide pelo fator 
estimulante IL-3 na presença de eritropoietina. Já a 
eritropoietina atua como fator de diferenciação e maturação 
para rubriblasto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eritrograma: ele faz parte do hemograma e avalia a série 
eritróide do exame, ou seja, Número Total das 
Hemácia/ML, Concentração de Hemoglobina g/dl, Volume 
Globular %, Volume Globular Médio (VCM) que está 
relacionado ao tamanho da hemácia, Concentração 
Hemoglobina Globular Média (CHCM) e Reticulócitos. 
 
O Volume Globular % pode ser chamado de VC, e vai dizer 
a porcentagem de eritrócitos em relação aos demais 
componentes sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mudanças relativas ocasionadas na massa do eritrócito e 
volume do plasma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
remoção parcial ou 
completa do baço. 
Reticulócitos: ele é considerado o melhor indicativo da 
atividade efetiva da Eritropoiese medular. Os reticulócitos 
ficam maduros e se transformam em eritrócitos, entre 24 a 
48 horas, podendo ser na circulação ou no baço. No baço 
eles podem ser sequestrados e durante o processo de 
maturação perder algumas de suas estruturas. 
Grau de Resposta da Medula Óssea segundo % de 
Reticulócitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma contagem corrigida de reticulócitos acima de 1% em 
cães e gatos indica Eritropoiese ativa. Anemias hemolíticas 
severas, liberação rápida, 1 a 2 dias. Hemorragias 
agudas, liberação lenta, 1 a 2 semanas. 
 
Corpúsculo de Holley-Jolly: Em condições normais é 
removido do Reticulócito na fase esplênica de maturação. 
Encontrados em animais esplenectomizados e com função 
esplênica comprometida. 
 
Regulação da Eritroiese ou Eritropoietina: hipóxia tecidual 
desencadeia a produção de eritropoietina pelos rins, que 
estimula a eritropoese, aumenta os eritrócitos na circulação 
(assim como aumenta a capacidade de carrear oxigênio). 
Os andrógenos: estimulam a produção de eritropoietina. 
Hormonios tireoidianos, hipofisários e adrenocorticais 
alteram a demanda de oxigênio dos tecidos, alterando a 
necessidade de eritropoiese (estimulam). 
Estrógenos: apresentam efeito inibitório sobre a eritropoiese. 
Vitamina B12 e folatos: atuam na síntese do DNA. 
Ferro: atua na síntese de hemoglobina e maturação de 
eritrócitos 
A duração média da vida do eritrócito varia com a espécie 
animal, podendo variar de 65 a 160 dias. 
 
 
 
Qualquer mudança pode ativar a destruição fagocitária 
por macrófagos, fluidez normal interna da hemoglobina, 
na forma ou propriedades da membrana das hemácias, 
principalmente no figado, baço e podendo ocorrer até na 
medula óssea. Isso ocorre porque os macrófagos 
reconhecem o IgG na superfície dos eritrócitos, iniciando 
assim o processo de fagocitose. A perda dos eritrócitos vai 
ser balanceada pela liberação de reticulócitos da medula 
óssea parao sangue periférico. 
 
Catabolismo normal da Hemoglobina: 
 
 
 
 
 
 
 
Funções dos Leucócitos: 
 
-Eosinófilo: possuem ação fagocítica e bactericidica, agem 
contra infecções parasitárias e alergias, possuem grânulos 
avermelhados, núcleo segmentado e citoplasma preenchido 
por grânulos ocidpofilos 
-Basófilo: agem contra alergias e infecções prolongadas, 
estão presentes em pequena quantidade e são raros de 
serem encontrados no esfregaço sanguíneo. 
-Neutrófilo: agem contra infecções bacterianas., produzido 
na medula óssea, chamados de segmentados. 
-Linfócito: agem contra infecções virais e alguns linfomas, 
são abundantes no sangue de ruminantes. O T é 
responsável pela imunidade celular e o B pela imunidade 
humoral. 
-Monócito: agem contra infecções bacterianas e virais, 
removem particulas estranhas e destroem células 
tumorais. Animais com Erlichiose, leishmaniose e 
histoplasmose pode ser observado no esfregaço presença 
dos mácrofagos. 
 
 
 
 
 
 
Anemias 
 
As anemias tem duas classificações Absolutas ou 
Relativas. 
 
A relativa FALSA vai cocorrer pela expansão do volume 
plasmático. Fêmeas gestantes e neonatos ou após 
fluidoterapia. Durante a fluidoterapia dilui a glicose e 
também dilui as hemácias, pois aumenta o volume 
plasmático, NÃO é porque diminui as hemácias, mas sim, 
por que as diluiu (fluidoterapia muito intensa). 
 
Na Absoluta VERDADEIRA, de fato ocorre um diminuição no 
número de células vermelhas, que causa alterações no 
eritrograma, caracterizada por diminuição da CGH, do HT 
e da HB. 
 
Existe váriaveis fisiológicas nos parâmetros eritrocitários, 
como idade, sexo, altitude, exercício, raça e estado 
fisiológicos. 
 
Idade: os animais jovens possuem números mais elevados 
de hemácia, por terem maior atividade hematopoiética da 
medula óssea. Podendo ter o VGM mais elevado e o CHGM 
mais baixo por causa do maior número de reticulócitos que 
é observado no sangue periférico. 
Sexo: os machos na mioria possuem maiores indíces 
eritrocitarios (CGH, HT e HB) se comparado as fêmeas, 
pois os andrógenos (testosterona) são estimulantes da 
eritropoiese, enquanto os estrógenos são inibidores. 
Altitude: quando o local tem altitude elevada, a tensão do 
oxigênio é menor, podendo causar hipóxia. A hipóxia 
tecidual estimula a síntese de eritropoietina, atuando na 
medula óssea que estimula a eritropoiese, aumentando o 
CGH, HT e HB. 
Exercício: durante o exercício ocorre a contração esplênica, 
liberando para o sangue periférico as hemácias e 
plaquetas, que ficam estocados no baço. Por isso deve ser 
realizada a coleta quando o animal está descansado. 
Raça: cavalos sanguíneos, ou seja, de corrida possuem 
maior número de eritrócito em comparação aos cavalos 
linfáticos, usados para tração, por precisarem de mais 
oxigênio durante a atividade aeróbicas. Algumas raças de 
cães atlétas também podem apresentar mais eritrócitos em 
relação a outros. Cães da raça poodle, principalmente os 
toys, apresentam hemácias macrocíticas. Akitas as 
hemácias são fisiologicamente microcíticas. A presença de 
metarrubrócitos (hemácias nucleadas) é normalmente 
observada em cães das raças Daschund e Shinauzers. 
Estados fisiológicos: se o animal está na gestação ou 
lactação, pode haver retenção de líquidos, resultando em 
hemodiluição, que causa a anemia relativa ou falsa. 
Classificação 
Após essas possibilidades serem excluídas, e confirmada a 
anemia absoluta (verdadeira), deve elucidar sua provável 
causa. Morfologia dos eritrócitos (tamanho e coloração), 
resposta da medula óssea (regenerativa ou 
arregenerativa), etiologia (hemorragia, hemólise ou 
diminuição na produção). 
As anemias absolutas podem ser causadas por: 
hemorragias (agudas ou crônicas), doenças hemolíticas, 
infecciosas, doenças metabólicas e neoplasias, carência de 
nutrientes essenciais para produzir hemácias e 
administração de medicamentos mielotóxicos. 
São classificadas com base no grau de regeneração 
medular (regenerativa ou não regenerativa), avaliação 
morfológica (VGM E CHGM) e no mecanismo 
patofisiológico. 
 
De acordo com a capacidade de resposta medular: 
 
Regenerativas: Hemograma com sinais de resposta 
medular; Reticulocitose, anisocitose e policromasia; 
Presença de metarrubrícitos (cão e gato), Howell-Jolly; 
Resposta de 2-3 dias para se mostrar evidente; 
Determinação da regeneração feita pela contagem de 
reticulócitos; Equinos: Não liberam reticulócitos; Bovinos: 
reticulócitos raros; Presença de células jovens, geralmente 
reticulócitos e eritroblastos, se aparecer metarrubrícito o 
prognóstico não é muito bom, pois a medula está liberando 
muitas células jovens. 
 
Sinais de Regeneração no Eritrograma: a avaliação da 
regeneração do eritróide é feita pela observação da 
presença de células imaturas no sangue 
(reticulócitos/policromatófilos, metarrubrócitos). São sinais 
de anemias regenerativas a observação de anisocitose, 
macrocitose, reticulocitose, policromatofilia, presença de 
pontilhado basófilo, corpúsculos de Howell-Jolly e 
metarrubrócitos. 
Em cães, gatos e suínos, são sinais de anemias 
regenerativas anisocitose, reticulocitose, policromatofilia, 
presença de corpúsculos de Howell-Jolly e 
metarrubrócitos. Nessas espécies, a medula óssea ativa 
libera muitas células imaturas, principalmente 
reticulócitos/policromatófilos, no sangue periférico. 
Equinos a medula óssea não libera reticulócitos 
normalmente no sangue periférico, assim, 
reticulocitose/policromatofilia não é resposta regenerativa. 
A medula óssea deles, podem liberar macrócitos 
normocrômicos. 
 
Macrócitos são os glóbulos vermelhos jovens (maiores do 
que as hemácias maduras) que se coram como células 
maduras (normocrômicos). Este geralmente é o único sinal 
de regeneração em cavalos anêmicos e quando muito podem 
aumentar o VGM. 
Em ruminantes os reticulócitos/policromatófilos também 
não são observados no sangue periférico de animais 
saudáveis. Nas anemias regenerativas podem ser vistos: 
policromasia, macrócitos, pontilhado basófilo e corpúsculos 
de Howell-Jolly. 
 
Arregenerativas: medula não consegue manter ou 
aumentar produção de hemácias, por lesões madelur ou 
carência de substratos necessários á eritropoiese: EPO, Fe, 
vit. Complexo B. As causa podem ser quadro crônico e 
início lento; Neutropenia e trombocitopenia; diminuição da 
eritropoiese, ausência de EPO, doença endócrina, 
inflamação crônica, lesão tóxica da medula. Geralmente 
são normocíticas normocrômica. Baixa contagem de 
reticulócitos; Na anemia arregenerativa não existem 
reticulócitos e nem policromasia. 
 Pode ser por: 1. Não deu tempo de responder 
 2. Lesão crônica: lesão na medula ou faltou 
ingredientes. 
A anemia arregenerativa começa lentamente, a anemia 
crônica por uma doença crônica era regenerativa, mas por 
não dar conta virou arregenerativa. 
 
Hipercromia verdadeira não existe, por haver um grau de 
saturação da hemoglobina dentro da célula. Se caso 
ocorrer, teve erro analítico ou ocorrência de hemólise e 
lipemia. A presença de esferócitos ou de hemácias com 
corpúsculo de heinz também pode acarretar em falso 
aumento do CHGM. 
 
Normocíticas/Normocrômicas - indicam falta de resposta 
medular. Nessas anemias observa-se pouca ou nenhuma 
resposta da medula óssea (arregenerativas). Essa anemia 
ocorre em doenças crônicas, como as renais, por 
diminuição na sintese de EPO, doenças endócrinas 
(hipotireoidismo), doenas hepáticas, infecciosas que 
promove depressão da medula óssea (leishmaniose, 
erlichiose, parvovirose, cinomose) e neoplasias, casos de 
carência de nutrientes necessários á produção de hemácias. 
 
Macrocíticas/Hipocrômicas- Sugestivas de aumento na 
atividade eritropoética na medula óssea (anemias 
regenerativas) e denotam, em cães, gatos e suínos, aumento 
na liberação de reticulócitos para o sangue periférico. Os 
reticulócitos ajudam no aumento de VGM e redução do 
CHGM. As anemias hemorrágicas e hemolíticas são 
tipicamente regenerativas.Microcíticas/Hipocrômicas - Estão relacionadas à 
deficiência de Fe (ferro) e Vitamina B6. Na deficiência de Fe 
ocorre alteração na sintese de hemoglobina aparecendo 
hemácias hipocrômicas na circulação. Apesar desta 
redução, não ocorre redução na sintese de DNA, ocorrendo 
mitoses, produzindo a liberação de hemácias menores na 
circulação causando microcitose. Essa anemia significa 
perdas de sangue crônica como, por exemplo, úlceras 
gástricas, neoplasias, desordens da coagulação, infestação 
de ectoparasitas que contribuem para a perda de Fe. 
 
Macrocíticas/Normocrômicas: possuem relação com 
deficiência de Vitamina B12 e Ácido Fólico, que possuem 
função de estimular as divisões celulares durante o 
processo de Eritropoiese, se há deficiência delas, não ocorre 
síntese normal de DNA, ocasionando alterações nas 
divisões celulares e defeitos na maturação da célula. Desse 
modo, as células maiores, vão para o sangue periférico, 
aumentando o VGM. A anemia é considerada 
normocrômica pois a hemoglobina continua em sua 
produção normal. O que irá causar essa anemia são 
doenças mieloproliferativas, doenças hepáticas, uso de 
drogas que inibem o ácido fólico, disturbios nutricionais, 
etc. A deficiência de cobalto em ruminantes pode também 
causar essa anemia. 
 
Microcíticas/Normocrômicas: presentes no início da 
deficiência de Fe, em cães de raça Akita, é normal observar 
microcitose e normocromia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo patofisiológico classificação 
 Anemias Hemorrágicas 
 Anemias Hemolíticas 
 Anemias por deficiência de Fe 
 Anemias Inflamatórias 
 Anemias da Doença Renal Crônica 
 
Anemia Hemorrágica: muito comum nos animais, devido a 
perda sanguínea de forma aguda ou crônica, interna ou 
externamente. Dentre as causas, podemos citar os 
traumas, perda excessiva de sangue em procedimento 
cirurgico, intoxicação por anticoagulantes, etc. 
 
Anemia Hemolítica: ocorre a lise excessiva e anormal das 
hemácias de maneira intravacular ou extravascular. Na 
hemólise intravascular os eritrócitos liberam a hemoglobina 
no plasma se ligando a haptoglobina (proteína plasmática), 
logo em seguida, os hepatócitos removem o complexo 
hemoglobinahaptoglobina, que irá dá origem a bilirrubina. 
Se houver hemoglobinemia e hemoglobinúria, pode indicar 
hemólise intravascular caso a liberação de hemoglobina 
supere a quantidade de haptoglobina. 
 
Anemia Extravascular: consiste na sua maioria por 
anemia hemolítica, que ocorre por fagocitose dos eritrócitos, 
podendo ser de forma parcial ou completa por macrófagos. 
 -Na fagocitose parcial, os eritrócitos perdem uma fração 
de sua membrana tornando eles menos flexível, chamados 
de esferócitos, e podem ser retidos no figado e baço. 
 -Na anemia hemolítica extravascular o principal sinal 
clínico é a icterícia que ocorre por elevada produção de 
bilirrubina que supera a capacidade hepática de 
conjugação e excreção. 
 
Anemia por deficiência de Fe: ele é essencial para o grupo 
heme, e na sua falta não se produz hemoglobina suficiente. 
Animais jovens tende a ter essa deficiência por crescerem e 
se desenvolverem rapidamente, e por sua reserva ser 
menor, pois o leite materno é pobre nesse nutriente, e com o 
rápido crescimento é necessário expansão do volume 
sanguíneo. Os leitões e bezerros podem ter essa deficiência 
sem perda de sangue anormal, já os filhotes de cães e 
gatos, podem sofrer essa deficiência por infestação de 
pulgas, carrapatos ou ancilostomídeos, se esses animais 
(cão/gato) comerem ração suplementada, dificilmente vai 
ser pela alimentação, sendo mais comum se houver perda 
crônica de sangue. 
 
Anemia por doenças inflamatórias: neoplasias, doenças 
hepáticas e doenças gastrointestinais, saõ consideras 
doenças inflamatórias. Ela compromete a eritropoiese por 
ser mediada pelas citocinas inflamatórias (TNF, IFN-y, IL-1 
e IL-6), mesmo não havendo sinais clinícos ou exames 
laboratoriais de inflamação no animal. Ela inibe a 
eritropoiese pois diminui a disponibilidade de Fe, por 
inibição direta de células progenitoras eritróides por 
inibição ou liberação na produção de EPO e por redução da 
atividade biológica da EPO. 
 
Ferropriva X Inflamatórias 
 
CTLF- Capacidade total de ligação de ferro, expressa pela 
transferrina . 
Anemias Inflamatórias – Ferro está ligado a ferritina, no 
meio intracelular, não há ferro disponível para transporte . 
Anemias Ferroprivas- Todo ferro que entra no meio 
extracelular deve ser transportado para a medula . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leucograma 
 
Leucograma avalia os leucócitos, indicando o número de 
neutrófilos, bastões ou neutrófilos segmentados, linfócitos, 
monócitos, eosinófilos e basófilos presentes no sangue. Os 
leucócitos ou glóbulos brancos fazem parte do sistema 
imunitarário, que participa da resposta imune inata ou 
específica. Os leucócitos são divididos em 
polimorfonucleares (granulócitos) e mononucleares 
(agranulócitos). 
esses apresentam núcleo polimorfo 
em formas de feijão, alteres, 
lobulado, circular, etc. e o 
citoplasma com grânulos contendo 
enzimas hidrolíticas. Em mamíderos 
são representados por neutrófilos, 
basófilos e eosinófilos. 
 
eles não apresentam grânulos visíveis 
no citoplasma e seus núcleos são de 
forma endentada ou arredondada, e 
são representados pelos monócitos e 
linfócitos. 
ligação de ferro, expressa 
pela transferrina . 
• Anemias Inflamatórias – 
Ferro está ligado a ferritina, 
no meio intracelular , não há 
ferro disponível para 
transporte . 
• Anemias Ferroprivas- Todo 
ferro que entra no meio 
extracelular deve ser 
transportado para a medula . 
• Atenção para os riscos da 
suplementação de ferro sem 
necessidade : Pacientes 
oncológicos , interferência 
nos mioplasmos , tendência 
a liberação radicais livres . 
Os leucócitos são fabricados na medula óssea e liberados 
no sangue para migrarem para os tecidos. O 
Compartimento medular é divido em compartimento mitótico 
(proliferação ou multiplicação) e de maturação 
(armazenamento/estoque). No sangue se vê uma parte dos 
leucócitos aderidos ao endotélio vascular e outra parte no 
leito vascular. O compartimento tecidual é o total de 
leucócitos que vão migrar por diapedese, para os tecidos, 
realizando seu papel de defesa orgânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neutrofilia: é o aumento de neutrófilo no sangue periférico, 
pode ser liberado ou ter produção aumentada por estresse 
ou em resposta a uma inflamação. Processos inflamatórios 
(locais ou generalizados) frequentemente resultam em 
neutrofilia. Assim, a neutrofilia é acompanhada pelo 
aumento de neutrófilos imaturos (bastões), conhecida como 
desvio de neutrófilos á esquerda, também denominado de 
desvio maturativo ou desvio nuclear de neutrófilos à 
esquerda (DNNE), ocorre quando há aumento no número 
de neutrófilos em bastão (ou precursores mais jovens como 
metamielócitos e mielócitos) no hemograma. 
 
Desvio à Esquerda Regenerativo: presença de bastonetes e 
outras células jovens no sangue periférico sem a perda da 
relação de produção, ou seja, o aumento de neutrófilos vem 
acompanhado de estímulo e liberação de células jovens. O 
número de bastões é abaixo do número de segmentados, o 
que indica que o oganismo está tendo uma boa resposta, 
além de mostrar que a medula óssea tem o tempo ideal de 
3-5 dias para responder a demanda e necessidade 
tecidual aumentada de neutrófilos. 
 
Desvio à Esquerda Degenerativo: é quando as células 
jovens supera os número de segmentados ou pela perca da 
proporção maturativa (mielócitos, metamielócitos, 
bastonetes, segmentados), isso indica que a medula está 
esgostada na sua reserva de neutrófilos maduros, tendo 
que liberar as imaturas. 
 
Desvio à Direita: neutrófilos hipersegmentados (com mais 
de 5 lóbulos) em quantidade aumentada no sangue 
periférico. Indica que a diapedese dos neutrófilos pode estar 
diminuída e essas células estão envelhecendo na corrente 
sanguínea., deficiência de vitamina B12 pode levar a 
hipersegmentação. Com a resolução do processoinflamatório ou infeccioso, a diapedese está reduzida e 
podem ser observados esses neutrófilos no sangue 
periférico. 
 
Neutropenia: diminuição de neutrófilos no sangue, 
causadas por septicemia por agentes bacterianos gram 
negativos, infecções pulmonares, torácicas, peritoneais, 
intestinais e uterinas, e pode ocorrer em casos que há 
inflamação porulenta aguda e doenças auto-imunes. 
Podem resultar em neutropenia a realização de 
quimioterapia, intoxicação por estrógeno, hematopoiese 
cíclica canina (Collies cinzas), erlichiose, radiação, doenças 
virais e mieloptise. O aumento da granulopoiese ineficaz em 
casos de FeLV, mieloptise e síndromes mielodisplásicas 
pode resultar em neutropenia. 
 
Eosinofilia: Aumento do número absoluto de eosinófilos no 
sangue, pode ocorrer em casos de parasitismo (vermes 
pulmonares e gastrintestinais, dirofilária, demodicose e 
ectoparasitismo), hipersensibilidade (pneumonia 
eosinofílica, alergia a picada de pulga, atopia, 
hipersensibilidade alimentar). 
 
Eosinopenia: diminuição na contagem absoluta do número 
eosinófilos no sangue. Eosinopenia pode ocorre em 
consequência de resposta aos glicocorticoides (leucograma 
de estresse) promovendo a marginação ou sequestro de 
eosinófilos nos tecidos, além de inibição da liberação dessas 
células pela da medula óssea. 
 
Linfocitose: é o aumento absoluto no número de linfócitos no 
sangue, as principais causas de linfocitose são descritas 
como fisiológicas em que se observa uma resposta à 
epinefrina, particularmente em gatos e cavalos e em 
animais jovens resultando em uma linfocitose transitória. 
Ocorre linfocitose também após as vacinações com 
observação de imunócitos; nas doenças infecciosas de 
natureza crônica; em casos de medo e ansiedade em felinos; 
na fase crônica da inflamação; em protozoonoses; em fase 
de convalescença; em casos de linfoma e leucemia linfocítica. 
Os animais jovens, menores de seis meses, podem ter a 
contagem de linfócitos mais elevada do que os adultos. 
 
Linfopenia: é caracterizada pela diminuição do número de 
linfócitos no sangue, as principais causas de linfopenia 
incluem administração de corticosteroides, fase aguda das 
infecções virais, processos infecciosos graves (endotoxemia, 
septicemia, início de viroses). A infecção aguda pode ser 
mediada por corticosteroides ou em consequência a uma 
infecção levando a uma diminuição na produção de 
linfócitos, aumento da marginalização e migração para os 
tecidos. 
 
Monocitose: indica o aumento do número de monócitos no 
sangue, pode ser causada por fase em que o animal se 
recupera da infecção, efeito esteroides (cão), desnutrição, 
caquexia. A monocitopenia é o resultado da diminuição de 
monócitos no sangue, os intervalos podem chegar a zero 
sem apresentar significado clínico. 
 
Basofilia: aumento do número absoluto de basófilos no 
sangue, sendo um achado raro e que ocorre normalmente 
em associação com a eosinofilia. Os basófilos não 
associados aos eosinófilos podem ser observados na 
doença mieloproliferativa crônica (leucemia mieloide crônica 
e trombocitemia essencial também chamada de leucemia 
crônica de plaquetas e leucemia basofílica que também tem 
sido relatada em animais). Pode ocorre basofilia em casos 
de dirofilária, lipemia e tuberculose. 
Basopenia- Não tem relevância devido à maioria dos 
animais saudáveis não apresentarem basófilos e o 
intervalo de referência geralmente é zero. Não tem 
significado clínico 
 
 
Plaquetas 
 
São fragmentos derivados de uma célula que é encontrada 
na medula óssea, chamada megacariócito. Sua principal 
função é formar coágulos, participando da hemostasia 
primária, interrompendo momentaneamente a hemorragia 
antes da estabilização do coagulo, além disso, mantém a 
integridade vascular, modular a resposta inflamatória e 
promove a cicatrização da feridas. 
 
Trombocitopoese 
 
A palavra "trombocitopoese" tem significado literal de 
"formação de células de coagulação". também conhecida 
como trombocitopoese ou megacariocitopoiese, é o processo 
de formação das plaquetas. A célula mais imatura que 
dará origem às plaquetas é o megacarioblasto, uma célula 
com núcleo grande de formato oval ou riniforme, 
numerosos nucléolos e citoplasma intensamente basófilo. 
Os principais fatores estimulantes da produção de 
plaquetas são fator estimulante de colônia megacariocítica, 
fator estimulante da trombocitose, trombopoietina e 
interleucina 3. 
 
Trombocitopenia: são alterações hematológicas e podem 
ocorrer por redução de plaquetas (trombocitopoiese), 
aumento da destruição ou consumo e por sequestro ou 
perda de plaquetas. A trobocitopenia pode ser por 
insuficiência renal, por ser produzida no tecido renal. 
Algumas drogas podem causar redução na produção de 
plaquetas, como exemplo: fenilbutazona, estrógeno 
sintético, quimioretápicos, antibióticos. 
 
As doenças infecciosas podem causar trombocitopenia, por 
haver aumento do consumo ou destruição das plaquetas, 
como erlichiose, babesiose, PIV, leptospirose... Porém as 
plaquetas podem ser destruidas por doenças autoimunes, 
como a anemia hemolitica autoimune. Ocorre aumento no 
consumo de plaquetas e consequente trombocitopenia na 
coagulação intravascular disseminada (CID). 
 
Na esplenomegalia (aumento do tamanho do baço) pode 
ocorrer tombocitopenia. O baço é um órgão importante no 
armazenamento e destruição de células sanguíneas, dessa 
forma, o aumento no volume ou função esplênica pode 
resultar em citopenias (redução no número de células 
sanguíneas) como trombocitopenias, anemia e leucopenias. 
Pode ocorrer uma falsa trombocitopenia em situações em 
que ocorre grande número de agregados plaquetários 
dificultando a contagem global de plaquetas. Nessas 
situações o número de plaquetas está reduzido, porém bem 
próximo do intervalo de referência inferior. 
 
A trombocitose, também denominada plaquetose, é uma 
alteração hematológica menos frequente. Pode ser 
classificada como primária ou secundária (reativa). 
 
✓ A trombocitose primária consiste em uma doença 
hematológica rara na qual ocorre proliferação 
neoplásica dos precursores plaquetários 
resultando em aumento no número de plaquetas. 
 
✓ A trombocitose secundária, ou reativa, ocorre por 
estimulação da medula óssea ou por redução do 
“clearance” esplênico. Nas doenças inflamatórias 
geralmente ocorre aumento do número de 
plaquetas, pois, a trombopoietina pode estar 
elevada nestes estados clínicos, como parte da 
reação de fase aguda. Nas anemias regenerativas 
pode ser observada trombocitose, por estímulos 
inespecíficos sobre os precusores de plaquetas. 
As causas incluem resposta: 
 reativa: doença crônica, deficiência de ferro, 
hiperadrenocorticismo, neoplasias, desordens no 
trato digestivo e doenças endócrinas; 
 transitoria: mobilização esplênica ou pulmonar 
(exercício). 
 trombocitose maligna: leucemia granulocítica 
megacariocítica. 
 
Trombocitopenia: É a diminuição do número de plaquetas 
abaixo do valor de referência para a espécie. A 
trombocitopenia é a anormalidade mais comum encontrada 
nas plaquetas e provavelmente é a causa mais comum de 
diátese hemorrágica. Diminuição das plaquetas, pode ser 
diminuição na produção, erliquiose crônica destrói a 
medula. 
São cinco os mecanismos que podem levar a uma 
trombocitopenia: Produção diminuída de plaquetas, 
destruição de plaquetas, consumo de plaquetas, sequestro 
ou distribuição anormal de plaquetas e perda de plaquetas.

Continue navegando