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Patologia estuda a história do paciente, seu passado, presente e futuro. Além disso, estuda o uso das análises laboratoriais. Eles servem para auxiliar no: 1. Diagnóstico e casos clínicos; 2. Ajudam na evolução do quadro; 3. Auxiliam na resposta terapêutica; 4. Ajudam na validação de métodos de diagnóstico. Esse procedimento vai avaliar a presença, quantidade ou característica de uma substância de uma célula ou de um elemento dentro de um frasco. Existe dois tipos de exames laboratoriais, um vai estabelecendo a presença de um agente patogênico e o outro avalia a condição e resposta a uma alteração/doença. -Parasitológicos -Microbiológicos (presença de vírus, bact,...) -Imunológicos (exames sorológicos) -Toxicológicos Análises Clínicas: -Hemograma -Bioquímicos -Análises de fluídos -Citodiagnóstico -Histopatológicos Azul: é utilizado na análise de coagulação. Vermelho: possui ativador de coagulação, utilizado para testes bioquimicos. Amarelo: faz separação sem necessidade de centrifugação. Verde: usado para análise bioquimica de gasometria e outros exames. Roxo: contém aticoagulante, é utilizado em análise hematológica. Cinza: utilizado em análise de glicemia. A coleta de sangue deve estar dentro do tempo ideal, e ser armazenada em local frio. O esfregaço deve ser feito com sangue fresco, a quantidade de sangue deve ser ideal para cada tamanho de tubo, seguindo a recomendação do fabricante. -Tempo de permanência dos elementos figurados (células e glicose) -Refrigerado por 24 a 48h -Arquivo de congelados de (-70°C). -Tempo de armazenamento e a qualidade. O valor de referência vai seguir o intervalo do menor e o maior valor considerado “normal”, ou seja, o intervalo de referência. Cerca de 95% dos animais para se chegar no valor de referência são sadios, e é levado em consideração o sexo, idade, raça, ambiente, comportamento, estado de prenhes e gênero. Ex: Hematócrito de cão referência de 36 a 55% - Poodle com 42% pode estar anêmico. Fosfatase Alcalina está maior em animais jovens pela maior atividade óssea. CLINICA Coleta Manuseio Confiança Armazenamento Pré-analítica -Pedido ou interpretação errada da requisição médica; -Orientação inadequada ao paciente -Tempo de Jejum; -Coleta inadequada; -Estase venosa inadequada; -Proporção inadequada entre sangue e anticoagulante; -Volume insuficiente de amostra... Analítica -Falha no equipamento; -Perda de amostra; -Troca de amostra; -Contaminação entre amostras; Pós-analítica -Perda do resultado; -Interpretação equivicada do resultado e ação subsequente; -Erro na transcrição dos resultados; -Tempo de liberação dos resultados acima do especificado; -Valores de referência e limites de decisão inapropriados. Espécie Débito Urinário Cães e gatos 1 a 2 ml/kg/hora Bovinos e equinos 2 a 5 ml/kg/hora Existe substâncias que vão interferir na coleta, podendo ser: -Hemólise: falso aumento de enzimas mensuradas por espectrofotometria ou de substâncias presentes dentro de eritrócitos. Potássio em equinos e bovinos por exemplo. -Lipidemia: Aumento da turbidez da amostra. -Hiperbilirrubinemia: Coloração mais escura que o normal, excesso de bilirrubina no sangue (cor amarelada), comum em caso de icterícia. A bilirrubina está relacionada ao processo digestivo sendo eliminada em grande maioria nas fezes e urina. A urina é um líquido formado pelos rins, que tem como resultado a filtração do plasma. Nela vai haver eliminação de substâncias produzidas pelo catabolismo (etapa para obtenção de energia e diminuição da degradação de proteínas e carboidratos) e indesejáveis ao organismo, medicamentos e drogas ingeridas, etc.. Nos rins há milhares de néfrons, que são unidades morfofuncionais capazes de formar a urina. A Urinálise é um exame de urina, que constitui o método de avaliação fisíca, química e microbiológica da urina que serve para prognóstico ou diagnóstico de estados fisiológicos ou patológicos do paciente. A urina é composta por 95% de água, 2% ureia, e nos ultimos 3% restantes encontramos fosfato, sulfato, amônia, magnésio, cálcio, ácido úrico, creatina, sódio, potássio e outros elementos. O débito urinário (DU) é definido como, a quantidade de urina produzida pelos rins em um período pré-definido. Fase 1: Filtração O sangue vem do coração com a pressão muito alta, pela arteríola aferente fazendo com que a parte liquída do sangue, o plasma, se atravesse no lomérulo, sendo absorvido pela cápsula glomerular. Fase 2: Reabsorção Ela acontece no tubo contorcido proximal e na alça néfrica, fazendo uma reabsorção do sangue. Fase 3: Secreção Acontece no tubo contorcido distal e no ducto coletor, ocorrendo uma segunda reabsorção. Após isso, a urina vai passar para os rins, ureter, bexiga e uretra para ser eliminada. A urinálise é um componente essencial para avaliação do trato urinário, trazendo informações sobre a saúde do sistema urinário como um todo, além de fazer parte de check-up de todos. Alterações análisadas na composição da urina pode significar alguns problemas como, por exemplo: -Alteração na função renal; -Alteração na integridade de vias urinárias; -Falha de metabolismo de outros órgãos: fígado, adrenais e pâncreas. Micção espontânea (coleta natural). Cistocentese (pulsionar a bexiga através do abdômen para coletar diretamente da bexiga), porém só deve ser feita com auxilio de ultrassom. Cateterização (pode haver risco de cistite). O exame de urina deve ser realizado o mais rápido possível, coletando uma quantidade de 5 a 10 ml, Espécie N° de Néfrons Gatos 190.000/rim Cão 415.000/rim Suínos 1.250.000/rim Bovinos 4.000.00/rim desprezando os primeiros jatos. No frasco deve conter o nome do paciente. A refrigeração deve estar entre 0 a 4°C, manutenção por 24 horas no máximo e processar em temperatura ambiente. Esse exame vai verificar parâmetros como: Densidade; pH (exame químico); Proteína (exame químico); Glicose (exame químico); Corpos cetônicos (exame químico); Nitrito; Hematúria; Leucócitos; Urobilinogênio; Bilirrubina. (exame químico); Sangue oculto (exame químico). Exame Físico: 1:É observado a coloração da urina. Amarelo claro: a urina está diluída, hipostenúria (inabilidade de concentrar a urina) e isostenuria (insuficiência renal crônica, onde a urina tem concentração baixa, por incapacidade de diluir). Possiveis estados patológicos são diabetes insipidus, doença renal grave e ingestão excessiva de água. Âmbar: a urina está concentrada com a densidade alta, hipertenúria (não filtra corretamente ficando concentrada por desidratação, febre ou nefrite). Marrom: Na maioria dos casos indica aumento dos níveis de bilirrubina na urina (Problemas hepáticos ou obstrução biliar (anemia hemolítica, neoplasia biliar, pancreatite, colangite)). Vermelha: indica hematúria, ou seja, possui eritrócitos no sedimento urinário (hemostasia, CID, trauma, neoplasias), hemoglobinúria (urina avermelhada/castanha e pouco turva ou seja, há hemólise) e mioglobinúria (necrose muscular em cavalos com dieta rica em carboidratos e proteínas, manifestando após os exercicios). Esbranquiçada: presença de fosfato triplo e piúria, podendo ocorrer em pH alcalino. 2: Após a coloração, observamos qual é o aspecto em que a urina está. E para fazer diferenciação de elementos, somente conseguimos com o exame de sedimentos. Aspecto Normal: vai estar limpida ou translucida (transparente). Aspecto Patológico ou amorfa, estando opaca e/ou turva. As patologias podem ser hemáturia, piúria, cristalúria, bacteriúria. 3 Odor:Sui generis urina com odor normal. Aliáceo, odor normal para carnívoros. Pútrido/fético, estáocorrendo necrose tecidual. Adocicado possui presença de corpos ccetônicos, diabetes mellitos e acetonemia (vaca leiteira). Amonical possui infecção bacteriana. 4: A densidade é importânte pois é ela que nos mostra a quantidade de sólidos em solução, refletindo a capacidade do rim em concentrar a urina. Em animais saudáveis vai depender do seu grau de hidratação corporal. -Isostenúria: ela ocorre quando possui lesões que afetam o parênquima renal, ou seja, insuficiência renal. O nível de concentração da urina não pode ser nem mais concentrada e nem menor do que o plasma livre de proteínas. -Hipostenúria: o rim perde a capacidade de concentrar a urina de forma adequada, deixando-a com densidade baixa. -Hiperestenúria: é resultado de desidratação, paciente com baixo consumo de liquidos ou perdas como, em casos de vômitos e diarréias, febre e quando possui a diabetes mellitus. Além da Poliúria, ocorre o aumento da densidade, por valor baixo de moléculas de glicose e pelo seu baixo limiar renal. Existe dois testes feito no laboratório: ❖ Teste de privação da água: animal fica de 8 a 12 horas sem ingerir a água, mas sempre monitorando a saúde do paciente. ❖ Teste de vasopressina sintética: aplicação da vasopressina verificando a concentração urinária. A partir desses dois testes, podemos decidir se a isostenúria e hipostenúria é renal ou pós renal. -Glicosúria: taxa de glicose presente nos túbulos excede a capacidade de reabsorção. Na renal é a presença de glicose na urina, sem hiperglicemia. -Cetonúria: ocorre aumento da concentração sanguínea. -Urobilinogênio: diminuição da bilirrubina conjugada pelas bactérias intestinais, sendo eliminada em pequenas quantidades. -Proteinúria: pode ser funcional ou pode ser patológicas sendo, pré renal, renal e pós renal. Em condições normais possui poucas quantidades de proteínas presente na urina. Anúria→ não produz urina (rins) Escúria→ não elimina (tem urina, mas não elimina). Oligúria→ pouca eliminação Poliúria→ aumento do volume Polaquiúria→ aumento da frequência Estrangúria→ micção lenta e dolorosa Colúria→ urina escura com espuma amarelada Disúria→ urinar com dificuldade Hematúria→ urina com sangue Secreções→serosa/sero-sanguinolenta/sanguinolenta/ purulenta − Lesões glomerulares: alteram a permeabilidade dos capilares glomerulares e aumentam a filtração de proeínas, onde ocorre mais perdas de proteínas. − Lesões tubulares: resultam na diminuição da reabsorção das proteínas filtradas, resultando em uma urina com mais concentração de proteínas. Pré-renal: ocorre diminuição da taxa de filtração glomerular, causada por: Hipovolemia, hipotensão, desidratação, sepse, anestesia, cardiopatia... A causa primária não é uma lesão renal. Renal: ocorre devido a uma lesão tubular aguda, ou qualquer outra causa que resultem em lesão renal estrutural, podendo ser causada por, persistência das alterações hemodinâmicas e exposição a medicamentos ou toxinas, nefrotoxidade medicamentosa ou substâncias nefrotóxicas. Pós-renal: é observada em casos de obstrução do fluxo urinário, por exemplo, traumas, urolitíases, DITUIF obstrutiva, neoplasias e inflamações. -Sedimentos Ativos: Hemáturia Leucocitúria Bacteriuria Cristalúria Aumento de celularidade -Sedimentos inativos: Ausência dos elementos ativos, se possuir um ou mais elemento já é considerado ativo. A avaliação do sedimento urinário inclui a identificação das células, cilindros, microorganismos e cristais, dentre outros. O sedimento é obtido a partir da centrifugação da amostra e pode ter como conteúdo: Hemacias: o normal é possuir 1 a 5 por campo, possuem formato arredondado brilhante a luz e passa direto pela membrana, podem ser causas: infecção TU (pielonefrite, cistite, prostatite), traumas, neoplasias, parasitas de TU (hematúria). Leucócitos: normal é de 1 a 5 por campo, formato arredondado com grânulos em seu interior, possuem núcleo e são mais opacos, podem ter como causa: : inflamações renais (nefrite, glomérulo-nefrite, pielonefrite), inflamações de baixo TU (uretrite, cistite). (leucocitúria ou piúria). Cilindros: o normal é que não haja presença, forma-se no túbulos renais a partir de mucoproteínas secretadas pelas células epiteliais tubulares, elas se condensam e formam cilindros, em alta concentração o pH fica ácido. Não se formam quando o pH está alcalino ou em baixa densidade, a presença deles indica doença renal, mas necessáriamente falha renal. Formas de detecção: Fita reagente: método semi-quantitativo Proteína Creatitina urinária Cristais: urina normal não tem presença. A presença de cristalúria, acaba sendo influênciada por pH urinário, densidade, saturação de substâncias na amostra e presença de promotores ou inibidores desses cristais. São compostos por proteínas e mucoproteínas, não se formam em pH alcalino ou densidade baixa. O paciente que tiver urina muito concentrada, com concentração de substâncias cristalogênicas altas, ou com reduzida taxa de fluxo renal, podem desenvolver cristais, e se for em animais com histórico de urolitíase, por exemplo, deve redobrar atenção. RPC Relação Proteína Creatinina Urinária, teste indicado para avaliação de lesão aos glomérulos quando ainda não há evidências clínicas ou até mesmo laboratoriais de patologia no Sistema Urinário, ele pode servir como indicativo de lesão aos rins em casos iníciais. Quanto mais proteína há na urina, maior a RPC urinária e maior o indício de gravidade na lesão aos glomérulos. Microalbinúria: albinúria significa albumina na urina. ❖ Microalbuminúria: pequenas quantidades de albumina na urina, 1 a 3 mg/dl. ❖ Macroalbiminúria: grande quantidade de albumina na urina, superior a 30 mg/dl, maioria dos testes de fita reagente para proteínas é reagente, (teste de Elisa e método semi- quantitativo). A albumina tem função de controlar a pressão osmótica, controle de pH plásmatico, e como transportador hormonal, ácidos graxos e bilirrubina. Já as patologias (doenças) podem incluir diabetes descompensadas ou não tratada; hipertensão; doenças cardiovasculares; doença renal crônica. GGT A Gama Glutamil Transpeptidase urinária, é uma enzima encontrada nas células epiteliais com "borda em escova" do túbulo contorcido proximal renal. Casos em que se necessita de avaliação de injúria renal tubular proximal precoce, principalmente quando o animal está em terapia com fármacos/compostos nefrotóxicos. Esta enzima exerce o papel essencial no transporte de aminoácidos e participa na manutenção da reserva de aminoácidos na célula. SDMA; é um biomarcador renal que deve ser executado juntamente de outras análises como: creatinina, uréia e uma urinálise, para ajudar a diagnosticar a doença renal mais cedo e com maior confiança. Ela é liberada na corrente sanguínea durante a degradação de proteínas, e é excretado principalmente 90% pelos rins. Eritrograma é o exame que analisa os glóbulos vermelhos, fazendo a contagem das hemácias. Se houver baixa concentração de hemoglobina significa anemia, se houver alta concentração policitemia. O sangue é composto por uma parte líquida e outra sólida (celular). A parte líquida é chamada de plasma, é obtida após a centrifugação do sangue com anticoagulante, e contém o fibrinogênio. Quando não há presença de anticoagulante no soro, o fibrinogênio coagula e só restam no soro os mais variados solutos orgânicos (minerais, enzimas, hormônios, etc). A parte celular é composta por eritrócitos, leucócitos e plaquetas, em aves, réspteis, anfíbios e peixes, todas as células possuem núcleo, e as plaquetas chamadas de trombócitos, porém,nos mamíferos, apenas os leucócitos possuem núcleo, e as hemácias após amadurecerem perdem o núcleo. O sangue passa por todo o corpo com a função de levar O2 para os tecidos, fazer a troca gasosa, levar nutrientes e hôrmonios, levar os restos de coisas não saudáveis para excreção. Exame mais solicitado por ser prático, econômico e de grande utilidade clínica, servindo como o ponto de partida para descoberta de patologias. Ele se divide em três partes: Eritrograma: compreende o hematócrito, dosagem de hemoglobina e a avaliação morfológica e contagem total de eritrócitos (hemácias). Leucograma: avaliação e contagem total e diferencial de leucócitos (glóbulos brancos, proteção do organismo). Plaquetas: avaliação morfológica e contagem de plaquetas. VCM: volume corpuscular médio, tamanho da hemácia (células jovens ocupam mais espaço). VCM alto: macrocítica VCM na referência: normocítica VCM baixo: microcítica CHCM: concentração de hemoglobina corpuscular média no sangue, pigmentação da hemácia, quantidade de hemoglobina num determinado volume de sangue (células jovens possuem menos). CHCM alto: hipercrômica. CHCM na referência: normocrômica CHCM baixo: hipocrômica. HCM: hemoglobina corpuscular média, avalia a quantidade de hemoglobina dentro de uma hemácia. RDW: variação de tamanho entre as hemácias. rdw alto: anisocitose. Plaquetas altas trombocitose, pode estar relacionada com aumento em processos crônicos, sangramento agudo. Plaquetas baixas trombocitopenia, relacionada a diminuição por causa de infecções, doenças autoimune e quimioterápicos. Proteina Total Plasmática (PPT): pode indicar hidratação do paciente (perda ou aumento do volume plasmático), Hiperproteinemia e Hiporproteinemia. Fibrinogênio está relacionada a coagulação e inflamação, proteína hepática de fase aguda. Devemos proporcionar o mínimo de estresse ao animal, para manter o resultado preservado, aprender a explorar região com a luva. Fazer higiênização do local com álcool, para evitar que contamine e vá para a corrente sanguínea. A quantidade de sangue deve seguir a recomendação do tubo, e ser coletada devagar, mas sem exceder o tempo de coleta. Desfazer o garrote, remover a agulha, apertar o local com algodão e álcool iodado, retirar a agulha, transferir o sangue da seringa pressionando suavemente o embolo, prefencialmente na borda do tubo. Calor excessivo e umidade; seringas, agulhas, tubos molhados e quentes. Demora na coleta, forte pressão negativa na seringa . Coletas demoradas, lavar seringas e agulhas com anticoagulante previamente. Descarga violenta da seringa no frasco, retirar agulha e transferir o sangue suavemente na parede do tubo. Homogeneização abrupta do sangue com anticoagulante. Faça gentilmente por imersão por pelo menos 10 a 11 vezes. Uso Incorreto de anticoagulantes . Tamanho Morfologia EDTA (Etileno diamino tetra acetato de sódio ou potássio): não interfere na morfologia celular, podendo preservar por horas, se estiver refrigerada corretamente. Fluoreto de Sódio: determinar glicose sanguinea. Heparina: atividade inibitória da trombina e tromboplastina, retarda a coagulação do sangue por até 8 horas (Transfusão sanguínea), ideal para algumas analises bioquímicas limitadas, interfere na coagulação do esfregaço sanguíneo, não recomendado para hemograma. Citrato de Sódio: recomendado para prova de coagulação, tem ação quelante de cálcio, com formação de sais insolúveis, preservando ação da protrombina e tromboplastina. Hematopoiese -Mamíferos: Ocorre em meio extravascular . Fase fetal: Inicia no saco vitelino, fígado, baço e medula óssea . Após o nascimento: Medula óssea, epífises de ossos longos (Fêmur e Úmero), medula dos ossos chatos (Crânio, costelas e ílio ). -Aves: Trombóticos são produzidos intravascularmente . A medula óssea vermelha ou ativa, com o tempo vai desaparecendo e deixa de ser hematopoiética, sendo substituída por tecido gorduroso, formando uma medula amarela inativa. Em caso de necessidade ocorre regeneração, nesses casos o fígado, baço e linfonodos retomam a função hematopoiética até a total regeneração. Na fase senil a medula amarela se torna fibrosa, se tornando difícil e lenta a resposta a anemias . Alguns órgãos estão envolvidos na hematopoiese como, por exemplo: Baço: principal órgão do sistema fagócito mononuclear, elimina hemácias e plaquetas amorfas, parasitadas. Produz os plasmócitos e linfócitos, armazena o Ferro e faz degradação de hemoglobina. Fígado: responsável pelo armazenamento de vitamina B12 e Fe. Produz fatores de coagulação, albumina, algumas globulinas, é precursor alfa globulina da eritropoietina. Converte bilirrubina livre e é conjugada para excreção pela bile, e participa na excressão da urobilinogênio para circulação esterro-hepática. Eritropoiese Processo de eritrogênese que resulta na foração de eritrócitos maduros, levando em torno de 7 a 8 dias. Em mamíferos, a célula Pluripotencial é estimulada a diferenciar-se em Unidade Formadora Eritróide pelo fator estimulante IL-3 na presença de eritropoietina. Já a eritropoietina atua como fator de diferenciação e maturação para rubriblasto. Eritrograma: ele faz parte do hemograma e avalia a série eritróide do exame, ou seja, Número Total das Hemácia/ML, Concentração de Hemoglobina g/dl, Volume Globular %, Volume Globular Médio (VCM) que está relacionado ao tamanho da hemácia, Concentração Hemoglobina Globular Média (CHCM) e Reticulócitos. O Volume Globular % pode ser chamado de VC, e vai dizer a porcentagem de eritrócitos em relação aos demais componentes sanguíneos. Mudanças relativas ocasionadas na massa do eritrócito e volume do plasma: remoção parcial ou completa do baço. Reticulócitos: ele é considerado o melhor indicativo da atividade efetiva da Eritropoiese medular. Os reticulócitos ficam maduros e se transformam em eritrócitos, entre 24 a 48 horas, podendo ser na circulação ou no baço. No baço eles podem ser sequestrados e durante o processo de maturação perder algumas de suas estruturas. Grau de Resposta da Medula Óssea segundo % de Reticulócitos: Uma contagem corrigida de reticulócitos acima de 1% em cães e gatos indica Eritropoiese ativa. Anemias hemolíticas severas, liberação rápida, 1 a 2 dias. Hemorragias agudas, liberação lenta, 1 a 2 semanas. Corpúsculo de Holley-Jolly: Em condições normais é removido do Reticulócito na fase esplênica de maturação. Encontrados em animais esplenectomizados e com função esplênica comprometida. Regulação da Eritroiese ou Eritropoietina: hipóxia tecidual desencadeia a produção de eritropoietina pelos rins, que estimula a eritropoese, aumenta os eritrócitos na circulação (assim como aumenta a capacidade de carrear oxigênio). Os andrógenos: estimulam a produção de eritropoietina. Hormonios tireoidianos, hipofisários e adrenocorticais alteram a demanda de oxigênio dos tecidos, alterando a necessidade de eritropoiese (estimulam). Estrógenos: apresentam efeito inibitório sobre a eritropoiese. Vitamina B12 e folatos: atuam na síntese do DNA. Ferro: atua na síntese de hemoglobina e maturação de eritrócitos A duração média da vida do eritrócito varia com a espécie animal, podendo variar de 65 a 160 dias. Qualquer mudança pode ativar a destruição fagocitária por macrófagos, fluidez normal interna da hemoglobina, na forma ou propriedades da membrana das hemácias, principalmente no figado, baço e podendo ocorrer até na medula óssea. Isso ocorre porque os macrófagos reconhecem o IgG na superfície dos eritrócitos, iniciando assim o processo de fagocitose. A perda dos eritrócitos vai ser balanceada pela liberação de reticulócitos da medula óssea parao sangue periférico. Catabolismo normal da Hemoglobina: Funções dos Leucócitos: -Eosinófilo: possuem ação fagocítica e bactericidica, agem contra infecções parasitárias e alergias, possuem grânulos avermelhados, núcleo segmentado e citoplasma preenchido por grânulos ocidpofilos -Basófilo: agem contra alergias e infecções prolongadas, estão presentes em pequena quantidade e são raros de serem encontrados no esfregaço sanguíneo. -Neutrófilo: agem contra infecções bacterianas., produzido na medula óssea, chamados de segmentados. -Linfócito: agem contra infecções virais e alguns linfomas, são abundantes no sangue de ruminantes. O T é responsável pela imunidade celular e o B pela imunidade humoral. -Monócito: agem contra infecções bacterianas e virais, removem particulas estranhas e destroem células tumorais. Animais com Erlichiose, leishmaniose e histoplasmose pode ser observado no esfregaço presença dos mácrofagos. Anemias As anemias tem duas classificações Absolutas ou Relativas. A relativa FALSA vai cocorrer pela expansão do volume plasmático. Fêmeas gestantes e neonatos ou após fluidoterapia. Durante a fluidoterapia dilui a glicose e também dilui as hemácias, pois aumenta o volume plasmático, NÃO é porque diminui as hemácias, mas sim, por que as diluiu (fluidoterapia muito intensa). Na Absoluta VERDADEIRA, de fato ocorre um diminuição no número de células vermelhas, que causa alterações no eritrograma, caracterizada por diminuição da CGH, do HT e da HB. Existe váriaveis fisiológicas nos parâmetros eritrocitários, como idade, sexo, altitude, exercício, raça e estado fisiológicos. Idade: os animais jovens possuem números mais elevados de hemácia, por terem maior atividade hematopoiética da medula óssea. Podendo ter o VGM mais elevado e o CHGM mais baixo por causa do maior número de reticulócitos que é observado no sangue periférico. Sexo: os machos na mioria possuem maiores indíces eritrocitarios (CGH, HT e HB) se comparado as fêmeas, pois os andrógenos (testosterona) são estimulantes da eritropoiese, enquanto os estrógenos são inibidores. Altitude: quando o local tem altitude elevada, a tensão do oxigênio é menor, podendo causar hipóxia. A hipóxia tecidual estimula a síntese de eritropoietina, atuando na medula óssea que estimula a eritropoiese, aumentando o CGH, HT e HB. Exercício: durante o exercício ocorre a contração esplênica, liberando para o sangue periférico as hemácias e plaquetas, que ficam estocados no baço. Por isso deve ser realizada a coleta quando o animal está descansado. Raça: cavalos sanguíneos, ou seja, de corrida possuem maior número de eritrócito em comparação aos cavalos linfáticos, usados para tração, por precisarem de mais oxigênio durante a atividade aeróbicas. Algumas raças de cães atlétas também podem apresentar mais eritrócitos em relação a outros. Cães da raça poodle, principalmente os toys, apresentam hemácias macrocíticas. Akitas as hemácias são fisiologicamente microcíticas. A presença de metarrubrócitos (hemácias nucleadas) é normalmente observada em cães das raças Daschund e Shinauzers. Estados fisiológicos: se o animal está na gestação ou lactação, pode haver retenção de líquidos, resultando em hemodiluição, que causa a anemia relativa ou falsa. Classificação Após essas possibilidades serem excluídas, e confirmada a anemia absoluta (verdadeira), deve elucidar sua provável causa. Morfologia dos eritrócitos (tamanho e coloração), resposta da medula óssea (regenerativa ou arregenerativa), etiologia (hemorragia, hemólise ou diminuição na produção). As anemias absolutas podem ser causadas por: hemorragias (agudas ou crônicas), doenças hemolíticas, infecciosas, doenças metabólicas e neoplasias, carência de nutrientes essenciais para produzir hemácias e administração de medicamentos mielotóxicos. São classificadas com base no grau de regeneração medular (regenerativa ou não regenerativa), avaliação morfológica (VGM E CHGM) e no mecanismo patofisiológico. De acordo com a capacidade de resposta medular: Regenerativas: Hemograma com sinais de resposta medular; Reticulocitose, anisocitose e policromasia; Presença de metarrubrícitos (cão e gato), Howell-Jolly; Resposta de 2-3 dias para se mostrar evidente; Determinação da regeneração feita pela contagem de reticulócitos; Equinos: Não liberam reticulócitos; Bovinos: reticulócitos raros; Presença de células jovens, geralmente reticulócitos e eritroblastos, se aparecer metarrubrícito o prognóstico não é muito bom, pois a medula está liberando muitas células jovens. Sinais de Regeneração no Eritrograma: a avaliação da regeneração do eritróide é feita pela observação da presença de células imaturas no sangue (reticulócitos/policromatófilos, metarrubrócitos). São sinais de anemias regenerativas a observação de anisocitose, macrocitose, reticulocitose, policromatofilia, presença de pontilhado basófilo, corpúsculos de Howell-Jolly e metarrubrócitos. Em cães, gatos e suínos, são sinais de anemias regenerativas anisocitose, reticulocitose, policromatofilia, presença de corpúsculos de Howell-Jolly e metarrubrócitos. Nessas espécies, a medula óssea ativa libera muitas células imaturas, principalmente reticulócitos/policromatófilos, no sangue periférico. Equinos a medula óssea não libera reticulócitos normalmente no sangue periférico, assim, reticulocitose/policromatofilia não é resposta regenerativa. A medula óssea deles, podem liberar macrócitos normocrômicos. Macrócitos são os glóbulos vermelhos jovens (maiores do que as hemácias maduras) que se coram como células maduras (normocrômicos). Este geralmente é o único sinal de regeneração em cavalos anêmicos e quando muito podem aumentar o VGM. Em ruminantes os reticulócitos/policromatófilos também não são observados no sangue periférico de animais saudáveis. Nas anemias regenerativas podem ser vistos: policromasia, macrócitos, pontilhado basófilo e corpúsculos de Howell-Jolly. Arregenerativas: medula não consegue manter ou aumentar produção de hemácias, por lesões madelur ou carência de substratos necessários á eritropoiese: EPO, Fe, vit. Complexo B. As causa podem ser quadro crônico e início lento; Neutropenia e trombocitopenia; diminuição da eritropoiese, ausência de EPO, doença endócrina, inflamação crônica, lesão tóxica da medula. Geralmente são normocíticas normocrômica. Baixa contagem de reticulócitos; Na anemia arregenerativa não existem reticulócitos e nem policromasia. Pode ser por: 1. Não deu tempo de responder 2. Lesão crônica: lesão na medula ou faltou ingredientes. A anemia arregenerativa começa lentamente, a anemia crônica por uma doença crônica era regenerativa, mas por não dar conta virou arregenerativa. Hipercromia verdadeira não existe, por haver um grau de saturação da hemoglobina dentro da célula. Se caso ocorrer, teve erro analítico ou ocorrência de hemólise e lipemia. A presença de esferócitos ou de hemácias com corpúsculo de heinz também pode acarretar em falso aumento do CHGM. Normocíticas/Normocrômicas - indicam falta de resposta medular. Nessas anemias observa-se pouca ou nenhuma resposta da medula óssea (arregenerativas). Essa anemia ocorre em doenças crônicas, como as renais, por diminuição na sintese de EPO, doenças endócrinas (hipotireoidismo), doenas hepáticas, infecciosas que promove depressão da medula óssea (leishmaniose, erlichiose, parvovirose, cinomose) e neoplasias, casos de carência de nutrientes necessários á produção de hemácias. Macrocíticas/Hipocrômicas- Sugestivas de aumento na atividade eritropoética na medula óssea (anemias regenerativas) e denotam, em cães, gatos e suínos, aumento na liberação de reticulócitos para o sangue periférico. Os reticulócitos ajudam no aumento de VGM e redução do CHGM. As anemias hemorrágicas e hemolíticas são tipicamente regenerativas.Microcíticas/Hipocrômicas - Estão relacionadas à deficiência de Fe (ferro) e Vitamina B6. Na deficiência de Fe ocorre alteração na sintese de hemoglobina aparecendo hemácias hipocrômicas na circulação. Apesar desta redução, não ocorre redução na sintese de DNA, ocorrendo mitoses, produzindo a liberação de hemácias menores na circulação causando microcitose. Essa anemia significa perdas de sangue crônica como, por exemplo, úlceras gástricas, neoplasias, desordens da coagulação, infestação de ectoparasitas que contribuem para a perda de Fe. Macrocíticas/Normocrômicas: possuem relação com deficiência de Vitamina B12 e Ácido Fólico, que possuem função de estimular as divisões celulares durante o processo de Eritropoiese, se há deficiência delas, não ocorre síntese normal de DNA, ocasionando alterações nas divisões celulares e defeitos na maturação da célula. Desse modo, as células maiores, vão para o sangue periférico, aumentando o VGM. A anemia é considerada normocrômica pois a hemoglobina continua em sua produção normal. O que irá causar essa anemia são doenças mieloproliferativas, doenças hepáticas, uso de drogas que inibem o ácido fólico, disturbios nutricionais, etc. A deficiência de cobalto em ruminantes pode também causar essa anemia. Microcíticas/Normocrômicas: presentes no início da deficiência de Fe, em cães de raça Akita, é normal observar microcitose e normocromia. Mecanismo patofisiológico classificação Anemias Hemorrágicas Anemias Hemolíticas Anemias por deficiência de Fe Anemias Inflamatórias Anemias da Doença Renal Crônica Anemia Hemorrágica: muito comum nos animais, devido a perda sanguínea de forma aguda ou crônica, interna ou externamente. Dentre as causas, podemos citar os traumas, perda excessiva de sangue em procedimento cirurgico, intoxicação por anticoagulantes, etc. Anemia Hemolítica: ocorre a lise excessiva e anormal das hemácias de maneira intravacular ou extravascular. Na hemólise intravascular os eritrócitos liberam a hemoglobina no plasma se ligando a haptoglobina (proteína plasmática), logo em seguida, os hepatócitos removem o complexo hemoglobinahaptoglobina, que irá dá origem a bilirrubina. Se houver hemoglobinemia e hemoglobinúria, pode indicar hemólise intravascular caso a liberação de hemoglobina supere a quantidade de haptoglobina. Anemia Extravascular: consiste na sua maioria por anemia hemolítica, que ocorre por fagocitose dos eritrócitos, podendo ser de forma parcial ou completa por macrófagos. -Na fagocitose parcial, os eritrócitos perdem uma fração de sua membrana tornando eles menos flexível, chamados de esferócitos, e podem ser retidos no figado e baço. -Na anemia hemolítica extravascular o principal sinal clínico é a icterícia que ocorre por elevada produção de bilirrubina que supera a capacidade hepática de conjugação e excreção. Anemia por deficiência de Fe: ele é essencial para o grupo heme, e na sua falta não se produz hemoglobina suficiente. Animais jovens tende a ter essa deficiência por crescerem e se desenvolverem rapidamente, e por sua reserva ser menor, pois o leite materno é pobre nesse nutriente, e com o rápido crescimento é necessário expansão do volume sanguíneo. Os leitões e bezerros podem ter essa deficiência sem perda de sangue anormal, já os filhotes de cães e gatos, podem sofrer essa deficiência por infestação de pulgas, carrapatos ou ancilostomídeos, se esses animais (cão/gato) comerem ração suplementada, dificilmente vai ser pela alimentação, sendo mais comum se houver perda crônica de sangue. Anemia por doenças inflamatórias: neoplasias, doenças hepáticas e doenças gastrointestinais, saõ consideras doenças inflamatórias. Ela compromete a eritropoiese por ser mediada pelas citocinas inflamatórias (TNF, IFN-y, IL-1 e IL-6), mesmo não havendo sinais clinícos ou exames laboratoriais de inflamação no animal. Ela inibe a eritropoiese pois diminui a disponibilidade de Fe, por inibição direta de células progenitoras eritróides por inibição ou liberação na produção de EPO e por redução da atividade biológica da EPO. Ferropriva X Inflamatórias CTLF- Capacidade total de ligação de ferro, expressa pela transferrina . Anemias Inflamatórias – Ferro está ligado a ferritina, no meio intracelular, não há ferro disponível para transporte . Anemias Ferroprivas- Todo ferro que entra no meio extracelular deve ser transportado para a medula . Leucograma Leucograma avalia os leucócitos, indicando o número de neutrófilos, bastões ou neutrófilos segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos presentes no sangue. Os leucócitos ou glóbulos brancos fazem parte do sistema imunitarário, que participa da resposta imune inata ou específica. Os leucócitos são divididos em polimorfonucleares (granulócitos) e mononucleares (agranulócitos). esses apresentam núcleo polimorfo em formas de feijão, alteres, lobulado, circular, etc. e o citoplasma com grânulos contendo enzimas hidrolíticas. Em mamíderos são representados por neutrófilos, basófilos e eosinófilos. eles não apresentam grânulos visíveis no citoplasma e seus núcleos são de forma endentada ou arredondada, e são representados pelos monócitos e linfócitos. ligação de ferro, expressa pela transferrina . • Anemias Inflamatórias – Ferro está ligado a ferritina, no meio intracelular , não há ferro disponível para transporte . • Anemias Ferroprivas- Todo ferro que entra no meio extracelular deve ser transportado para a medula . • Atenção para os riscos da suplementação de ferro sem necessidade : Pacientes oncológicos , interferência nos mioplasmos , tendência a liberação radicais livres . Os leucócitos são fabricados na medula óssea e liberados no sangue para migrarem para os tecidos. O Compartimento medular é divido em compartimento mitótico (proliferação ou multiplicação) e de maturação (armazenamento/estoque). No sangue se vê uma parte dos leucócitos aderidos ao endotélio vascular e outra parte no leito vascular. O compartimento tecidual é o total de leucócitos que vão migrar por diapedese, para os tecidos, realizando seu papel de defesa orgânica. Neutrofilia: é o aumento de neutrófilo no sangue periférico, pode ser liberado ou ter produção aumentada por estresse ou em resposta a uma inflamação. Processos inflamatórios (locais ou generalizados) frequentemente resultam em neutrofilia. Assim, a neutrofilia é acompanhada pelo aumento de neutrófilos imaturos (bastões), conhecida como desvio de neutrófilos á esquerda, também denominado de desvio maturativo ou desvio nuclear de neutrófilos à esquerda (DNNE), ocorre quando há aumento no número de neutrófilos em bastão (ou precursores mais jovens como metamielócitos e mielócitos) no hemograma. Desvio à Esquerda Regenerativo: presença de bastonetes e outras células jovens no sangue periférico sem a perda da relação de produção, ou seja, o aumento de neutrófilos vem acompanhado de estímulo e liberação de células jovens. O número de bastões é abaixo do número de segmentados, o que indica que o oganismo está tendo uma boa resposta, além de mostrar que a medula óssea tem o tempo ideal de 3-5 dias para responder a demanda e necessidade tecidual aumentada de neutrófilos. Desvio à Esquerda Degenerativo: é quando as células jovens supera os número de segmentados ou pela perca da proporção maturativa (mielócitos, metamielócitos, bastonetes, segmentados), isso indica que a medula está esgostada na sua reserva de neutrófilos maduros, tendo que liberar as imaturas. Desvio à Direita: neutrófilos hipersegmentados (com mais de 5 lóbulos) em quantidade aumentada no sangue periférico. Indica que a diapedese dos neutrófilos pode estar diminuída e essas células estão envelhecendo na corrente sanguínea., deficiência de vitamina B12 pode levar a hipersegmentação. Com a resolução do processoinflamatório ou infeccioso, a diapedese está reduzida e podem ser observados esses neutrófilos no sangue periférico. Neutropenia: diminuição de neutrófilos no sangue, causadas por septicemia por agentes bacterianos gram negativos, infecções pulmonares, torácicas, peritoneais, intestinais e uterinas, e pode ocorrer em casos que há inflamação porulenta aguda e doenças auto-imunes. Podem resultar em neutropenia a realização de quimioterapia, intoxicação por estrógeno, hematopoiese cíclica canina (Collies cinzas), erlichiose, radiação, doenças virais e mieloptise. O aumento da granulopoiese ineficaz em casos de FeLV, mieloptise e síndromes mielodisplásicas pode resultar em neutropenia. Eosinofilia: Aumento do número absoluto de eosinófilos no sangue, pode ocorrer em casos de parasitismo (vermes pulmonares e gastrintestinais, dirofilária, demodicose e ectoparasitismo), hipersensibilidade (pneumonia eosinofílica, alergia a picada de pulga, atopia, hipersensibilidade alimentar). Eosinopenia: diminuição na contagem absoluta do número eosinófilos no sangue. Eosinopenia pode ocorre em consequência de resposta aos glicocorticoides (leucograma de estresse) promovendo a marginação ou sequestro de eosinófilos nos tecidos, além de inibição da liberação dessas células pela da medula óssea. Linfocitose: é o aumento absoluto no número de linfócitos no sangue, as principais causas de linfocitose são descritas como fisiológicas em que se observa uma resposta à epinefrina, particularmente em gatos e cavalos e em animais jovens resultando em uma linfocitose transitória. Ocorre linfocitose também após as vacinações com observação de imunócitos; nas doenças infecciosas de natureza crônica; em casos de medo e ansiedade em felinos; na fase crônica da inflamação; em protozoonoses; em fase de convalescença; em casos de linfoma e leucemia linfocítica. Os animais jovens, menores de seis meses, podem ter a contagem de linfócitos mais elevada do que os adultos. Linfopenia: é caracterizada pela diminuição do número de linfócitos no sangue, as principais causas de linfopenia incluem administração de corticosteroides, fase aguda das infecções virais, processos infecciosos graves (endotoxemia, septicemia, início de viroses). A infecção aguda pode ser mediada por corticosteroides ou em consequência a uma infecção levando a uma diminuição na produção de linfócitos, aumento da marginalização e migração para os tecidos. Monocitose: indica o aumento do número de monócitos no sangue, pode ser causada por fase em que o animal se recupera da infecção, efeito esteroides (cão), desnutrição, caquexia. A monocitopenia é o resultado da diminuição de monócitos no sangue, os intervalos podem chegar a zero sem apresentar significado clínico. Basofilia: aumento do número absoluto de basófilos no sangue, sendo um achado raro e que ocorre normalmente em associação com a eosinofilia. Os basófilos não associados aos eosinófilos podem ser observados na doença mieloproliferativa crônica (leucemia mieloide crônica e trombocitemia essencial também chamada de leucemia crônica de plaquetas e leucemia basofílica que também tem sido relatada em animais). Pode ocorre basofilia em casos de dirofilária, lipemia e tuberculose. Basopenia- Não tem relevância devido à maioria dos animais saudáveis não apresentarem basófilos e o intervalo de referência geralmente é zero. Não tem significado clínico Plaquetas São fragmentos derivados de uma célula que é encontrada na medula óssea, chamada megacariócito. Sua principal função é formar coágulos, participando da hemostasia primária, interrompendo momentaneamente a hemorragia antes da estabilização do coagulo, além disso, mantém a integridade vascular, modular a resposta inflamatória e promove a cicatrização da feridas. Trombocitopoese A palavra "trombocitopoese" tem significado literal de "formação de células de coagulação". também conhecida como trombocitopoese ou megacariocitopoiese, é o processo de formação das plaquetas. A célula mais imatura que dará origem às plaquetas é o megacarioblasto, uma célula com núcleo grande de formato oval ou riniforme, numerosos nucléolos e citoplasma intensamente basófilo. Os principais fatores estimulantes da produção de plaquetas são fator estimulante de colônia megacariocítica, fator estimulante da trombocitose, trombopoietina e interleucina 3. Trombocitopenia: são alterações hematológicas e podem ocorrer por redução de plaquetas (trombocitopoiese), aumento da destruição ou consumo e por sequestro ou perda de plaquetas. A trobocitopenia pode ser por insuficiência renal, por ser produzida no tecido renal. Algumas drogas podem causar redução na produção de plaquetas, como exemplo: fenilbutazona, estrógeno sintético, quimioretápicos, antibióticos. As doenças infecciosas podem causar trombocitopenia, por haver aumento do consumo ou destruição das plaquetas, como erlichiose, babesiose, PIV, leptospirose... Porém as plaquetas podem ser destruidas por doenças autoimunes, como a anemia hemolitica autoimune. Ocorre aumento no consumo de plaquetas e consequente trombocitopenia na coagulação intravascular disseminada (CID). Na esplenomegalia (aumento do tamanho do baço) pode ocorrer tombocitopenia. O baço é um órgão importante no armazenamento e destruição de células sanguíneas, dessa forma, o aumento no volume ou função esplênica pode resultar em citopenias (redução no número de células sanguíneas) como trombocitopenias, anemia e leucopenias. Pode ocorrer uma falsa trombocitopenia em situações em que ocorre grande número de agregados plaquetários dificultando a contagem global de plaquetas. Nessas situações o número de plaquetas está reduzido, porém bem próximo do intervalo de referência inferior. A trombocitose, também denominada plaquetose, é uma alteração hematológica menos frequente. Pode ser classificada como primária ou secundária (reativa). ✓ A trombocitose primária consiste em uma doença hematológica rara na qual ocorre proliferação neoplásica dos precursores plaquetários resultando em aumento no número de plaquetas. ✓ A trombocitose secundária, ou reativa, ocorre por estimulação da medula óssea ou por redução do “clearance” esplênico. Nas doenças inflamatórias geralmente ocorre aumento do número de plaquetas, pois, a trombopoietina pode estar elevada nestes estados clínicos, como parte da reação de fase aguda. Nas anemias regenerativas pode ser observada trombocitose, por estímulos inespecíficos sobre os precusores de plaquetas. As causas incluem resposta: reativa: doença crônica, deficiência de ferro, hiperadrenocorticismo, neoplasias, desordens no trato digestivo e doenças endócrinas; transitoria: mobilização esplênica ou pulmonar (exercício). trombocitose maligna: leucemia granulocítica megacariocítica. Trombocitopenia: É a diminuição do número de plaquetas abaixo do valor de referência para a espécie. A trombocitopenia é a anormalidade mais comum encontrada nas plaquetas e provavelmente é a causa mais comum de diátese hemorrágica. Diminuição das plaquetas, pode ser diminuição na produção, erliquiose crônica destrói a medula. São cinco os mecanismos que podem levar a uma trombocitopenia: Produção diminuída de plaquetas, destruição de plaquetas, consumo de plaquetas, sequestro ou distribuição anormal de plaquetas e perda de plaquetas.
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