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Anatomia da porção inferior do trato gastrointestinal (intestino delgado e grosso)

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JULIANA LOPES
 EBMSP 21.1
Intestino delgado Porção inferior do trato gastrointestinal
O intestino delgado é responsável pela absorção de nutrientes e água e pela parte final da digestão dos macronutrientes no TGI. Além disso, o intestino delgado se estende do piloro até a junção ileocecal — local em que o íleo se une ao ceco — e é um órgão dividido em três porções, uma proximal denominada de duodeno, uma intermédia denominada de jejuno e uma distal denominada de íleo. 
Embriologia:
	Intestino anterior
	Intestino médio
	Intestino posterior 
	Até a papila maior
	Da papila maior até os 2/3 proximais do colo transverso
	A partir do 1/3 distal do colo transverso 
	Irrigado pelo tronco celíaco (artéria hepática comum, artéria gástrica esquerda e a artéria esplênica)
	Irrigado pela artéria mesentérica superior (AMS)
	Irrigado pela artéria mesentérica inferior (AMI)
· Duodeno 
O duodeno é a primeira, a mais larga e a mais curta porção do intestino delgado e se estende do piloro até a flexura duodenojejunal. Além disso, é dividido em 4 porções: 
· Superior possui cerca de 5 cm de comprimento e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. Além disso, os 2 cm proximais é denominado de ampola duodenal, possui mesentério (intraperitoneal), não possui pregas circulares e é responsável pela fixação de alguns ligamentos e os 3 cm distais não possui mesentério (retroperitoneal) e possui pregas circulares.
· Descendente segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Além disso, possui entre 8-10 cm de comprimento, é retroperitoneal e possui duas papilas, uma maior — local de desembocadura da ampola hepatopancreática — e uma menor — local de desembocadura do ducto de Santorini ou ducto pancreático acessório (nem sempre está presente). 
· Inferior possui cerca de 10 cm de comprimento, seguindo transversalmente para a esquerda e é retroperitoneal. 
Ascendente possui cerca de 2,5 cm de comprimento, é retroperitoneal e a nível de L2 temos o angulo Treitz — sustentado pelo ligamento de Treitz (músculo suspensor do duodeno), o qual é formado por músculo esquelético do pilar direito do diafragma juntamente com musculo liso. A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura duodenojejunal, facilitando a passagem de alimento pelo angulo de Treitz.
Vascularização a porção proximal do duodeno é irrigada pela artéria pancreático duodenal, ramo do tronco celíaco, e a porção distal do duodeno é irrigada pela artéria pancreaticoduodenal inferior, ramo da a. mesentérica superior.
Drenagem venosa veia portaÓrgãos extraperitoneais X Órgãos intraperitoneais
Os órgãos extraperitoneais estão localizados fora da cavidade peritoneal e são divididos em retroperitoneais e subperitoneais. Sendo que os subperitoneias são revestidos apenas superiormente pelo peritônio e os retroperitoneais são revestidos apenas em sua face anterior pelo peritônio. No entanto, os retroperitoneais ainda são divididos em primários — desde sua origem embriológica possuem peritônio apenas em sua porção anterior — e os secundários — formados embriologicamente como intraperitoneais, mas vão sendo achatados contra a parede abdominal posterior fazendo com que a lâmina posterior do seu peritônio seja absorvida (ex: duodeno). 
Os órgãos intraperitoneais são aqueles em que estão localizados dentro da cavidade peritoneal e são divididos em verdadeiros — sendo totalmente revestidos pelo peritônio (ex: ovário) — e falsos —parecem estar totalmente revestidos por peritônio, mas na verdade estão revestidos uma invaginação de uma mesma lâmina de peritônio.
Drenagem linfática acompanha as artérias. Dessa forma, a drenagem da porção anterior será realizada pelos linfonodos pancreaticosduodenais e linfonodos pilóricos e a drenagem da porção posterior será realizada pelos linfonodos mesentéricos superiores. 
Inervação os nervos do duodeno derivam do nervo vago e dos nervos esplâncnicos maior e menor através dos plexos celíacos e do plexo mesentérico superior.OBS: MESENTÉRIO 
É um órgão delimitado pelo MESO (duas lâminas de peritônio) em forma de leque localizado na cavidade abdominal que se estende da flexura duodenojejunal até o reto. Além disso, contém vasos, nervos, linfonodos e tecido adiposo e tem a função de fixar o intestino na parede abdominal posterior, impedindo o seu desabamento na cavidade pélvica e favorecendo o trânsito intestinal. 
OBS II: o peritônio é uma membrana serosa que atua fazendo o revestimento das estruturas abdominopélvicas através de duas lâminas, uma parietal e uma visceral. 
O Peritônio parietal reveste as paredes abdominopélvicas e o Peritônio visceral está em íntimo contato com as vísceras. 
OBS II: OMENTO prega peritoneal dupla que lia uma víscera a outra. O omento maior se liga a curvatura maior do estômago, pende na cavidade abdominal e se fixa ao colo transverso e o omento menor é formado pelo ligamento hepatogástrico que liga o fígado à curvatura menor do estomago e o ligamento hepatoduodenal que liga o fígado à primeira porção do duodeno.
· Jejuno e íleo 
O jejuno começa na flexura duodenojejunal, onde o intestino volta a ser intraperitoneal e se estende até a sua junção com o íleo. Sua maior parte se encontra no quadrante superior esquerdo. 
O íleo estende-se da sua junção com o jejuno até a junção ileocecal. Sua maior parte se encontra no quadrante inferior direito.
OBS: não existe uma transição muito clara entre o jejuno e o íleo, mas existem algumas características que diferem essas duas porções: 
	Características 
	Jejuno
	Íleo
	Cor
	Vermelho vivo
	Rosa claro
	Calibre
	Maior 
	Menor 
	Vascularização
	Maior 
	Menor 
	Gordura 
	Menor no mesentério 
	Maior no mesentério
	Pregas circulares
	Grandes e próximas 
	Menores e esparsas 
	Nódulos linfáticos 
	Poucos 
	Muitos (placas de peyer)
Vascularização como o jejuno e o íleo advém do intestino embriológico médio, são irrigados a partir da artéria mesentérica superior que emite as artérias jejunais e ileais que formam os arcos arteriais onde parte os vasos retos 
Drenagem venosa os vasos retos confluem para formar os arcos venosos que drenam para as veias jejunais e ileais de forma a desembocar na veia mesentérica superior. 
OBS: veia mesentérica superior + veia esplênica = veia porta 
Drenagem linfática presença de lactíferos (vasos linfáticos da parede das vilosidades intestinais que tem a função de absorver gordura). Os lactíferos têm um plexo próprio de drenagem e esse plexo vai fazer um percurso através de cadeias ganglionares presentes dentro do mesentério: linfonodos justaintestinais, linfonodos mesentéricos e linfonodos centrais superiores). Toda essa cadeia ganglionar drena para o linfonodo mesentérico superior. 
Inervação o jejuno e o íleo são inervados pelo plexo mesentérico superior através do qual recebem fibras simpáticas e parassimpáticas.
Simpática: reduz peristalse e atividade secretora e causa vasoconstricção.
Parassimpática: aumenta a peristalse e atividade secretora e causa vasodilatação.
Intestino grosso 
O intestino grosso é um tubo de 1,5 m de comprimento que se entende da papila ileal até o orifício anal e é especializado na absorção hídrica de resíduos não digeríveis para a formação de fezes semissólidas.
O intestino grosso é dividido em porções: o ceco que emite o apêndice vermiforme e se continua como colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmoide e por fim, reto e canal anal. 
É diferenciado do intestino delgado por ser mais fixo, ter maior calibre, pela presença de apêndices omentais do colo (projeções adiposas), pela presença de tênias do colo (feixes longitudinais de musculatura lisa que se diferenciam em três tipos: livres do colo, omentais e mesocólicas) e pela presença de saculações (formadas pelas tênias do colo).
OBS: a drenagem venosa do intestino grosso é homóloga à vascularização arterial — drenam para o sistema venoso portal, com exceção das veias retais médias e veias retais inferiores que possuem drenagem sistêmica (VCI). 
Ceco e apêndice vermiforme 
Porção inicial do intestinogrosso. É uma bolsa intestinal cega, que mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento e está situada na fossa ilíaca do quadrante inferior direito do abdome. O ceco é quase totalmente revestido por peritônio, mas não tem mesentério e apresenta o óstio ileal (comunicação com o intestino delgado).
O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal cego que contêm massas de tecido linfoide. Origina-se na face posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal.
A irrigação arterial do ceco é realizada pela artéria ileocólica, ramo terminal da A. mesentérica superior e a do apêndice vermiforme é realizada pela artéria apendicular, ramo da artéria ileocólica. 
A drenagem venosa do ceco e apêndice vermiforme segue por uma tributária da veia mesentérica superior, a veia ileocólica. 
A drenagem linfática do ceco e apêndice vermiforme segue até os linfonodos no mesoapêndice e até os linfonodos ileocólicos situados ao longo da artéria ileocólica. Os vasos linfáticos eferentes seguem até os linfonodos mesentéricos superiores. 
Colo ascendente 
É a segunda parte do intestino grosso, sendo mais estreito que o ceco e secundariamente retroperitoneal. Se entende do ceco até a flexura hepática direita. 
Vascularização Ramos da AMS — artéria ileocólica, artéria cólica direita e o ramo direto da artéria cólica média
Colo transverso
Porção mais longa e mais móvel do intestino grosso. Se entende da flexura hepática direita até a flexura esplênica ou flexura hepática esquerda. Além disso, possui o mesocólon transverso que prende o cólon transverso à parede posterior do abdome. 
Vascularização (porção direita) Ramos da AMS (ramo esquerdo da artéria cólica média).
Vascularização (porção esquerda) Ramos da AMI (artéria cólica esquerda.
Colo descendente 
Se estende da flexura hepática esquerda (esplênica) até a fossa ilíaca esquerda, sendo contínuo com o colo sigmoide. É secundariamente retroperitoneal. 
Vascularização: ramos da AMI — artéria cólica esquerda e artérias sigmóideas.
Colo sigmoide 
 Alça em forma de S com comprimento variável que se estende da fossa ilíaca esquerda até a junção retossigmoide. É intraperitoneal e possui o seu meso, o mesossigmoide. Além disso, é a última porção que contém as tênias e apêndices omentais.
Vascularização: ramos da AMI — artéria cólica esquerda e artérias sigmóideas.
Reto e canal anal
O reto possui duas flexuras anteroposteriores (flexura sacral e a flexura anorretal), três curvas laterais (superior, média e inferior) e três pregas transversas (superior, média e inferior). Além disso, o reto é dividido em três terços: um terço superior (intraperitoneal), um terço médio (retroperitoneal) e um terço inferior (subperitoneal).
O canal anal é dividido anatomicamente pela linha anorretal e por uma linha cirúrgica, a linha pectinada. 
Vascularização ramos da AMI (artéria retal superior) e ramos da artéria ilíaca interna — artéria retal média e artéria pudenda interna artéria retal inferior. 
 
Referências
MOORE, K. L. Anatomia Orientada para a Clínica, 7ª edição, 2014. 
STANDRING, S. Anatomia, 40ª edição, 2010. 
GRAY, H. Anatomia, 29ª edição, 1988

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