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Direito Civil (Contratos 1
👥
Direito Civil (Contratos
DOS CONTRATOS EM GERAL
1- Teoria geral dos contratos (doutrina)
I- Conceitos- o contrato 
constitui “a relação jurídica subjetiva, nucleada na solidariedade constitucional, 
destinada à produção de efeitos jurídicos existenciais e patrimoniais, não só entre os 
titulares subjetivos da relação, como também perante terceiros”
Obs: o contrato pode envolver um conteúdo existencial, relativo a direitos da 
personalidade. Cite-se a exploração patrimonial de imagem de um atleta 
profissional. Em reforço, pode ser mencionado o contrato celebrado entre 
uma emissora de televisão e o participante de programa de realidade 
(reality show).
Deve ficar claro, também, que o instituto 
contrato não se confunde com o instrumento contrato. Existem institutos que são 
instrumentalizados por contratos, mas não assumem a feição do instituto. Podem ser 
Direito Civil (Contratos 2
citados, para ilustrar, o penhor e a hipoteca, que não são contratos como institutos, 
mas direitos reais (art. 1.225, incs. VIII e IX, do CC).
II- Classificações contratuais
Quanto aos direitos e deveres das partes envolvidas
a) Contratos unilaterais: é o que apenas um dos contratantes assume deveres em face 
um do outro. Como ocorre na doação pura e simples. Logo, apesar 
da presença de duas vontades, apenas uma delas será devedora, não 
havendo contraprestação.
b) Contrato bilateral: os contratantes são simultânea e reciprocamente credores e 
devedores uns dos outros, produzindo o negócio direitos e deveres para ambos os 
envolvidos, de forma proposital. Ex: compra e venda e locação.
c) Contrato plurilateral: envolve várias pessoas, trazendo direitos e deveres para todos 
os envolvidos, na mesma proporção. Ex: segures de vida em grupo e consórcio.
Quanto ao sacrifício patrimonial das partes
a) Contrato oneroso: aquele que traz vantagens para ambos os contratantes, pois estes 
sofrem o mencionado sacrifício patrimonial. Ambas as partes assumem deveres 
obrigacionais, havendo um 
direito subjetivo de exigi-lo. Há uma prestação e uma contraprestação. 
Exemplo: compra e venda.
b) Contrato gratuito ou benéfico: Contrato gratuito ou benéfico – aquele que onera 
somente uma das partes, 
proporcionando à outra uma vantagem sem qualquer contraprestação. Deve 
ser observada a norma do art. 114 do CC, que enuncia a interpretação 
restritiva dos negócios benéficos. Exemplo: doação pura ou simples.
Observação – Como decorrência lógica da estrutura 
contratual, em regra, o contrato oneroso é bilateral, e o 
gratuito é unilateral. Mas pode haver exceção, como é o 
caso do contrato de mútuo de dinheiro sujeito a juros 
(mútuo feneratício) pelo qual além da obrigação de restituir 
a quantia emprestada (contrato unilateral), devem ser 
pagos os juros (contrato oneroso).
Direito Civil (Contratos 3
Quanto ao momento do aperfeiçoamento do contra
a) Contrato consensual: é o que tem aperfeiçoamento pela simples manifestação de 
vontade das partes envolvidas. Ex: compra e venda, doação.
b) Contrato real: apenas se aperfeiçoa com a entrega da coisa, de um contratante para 
o outro. Exemplos: comodato, mútuo, contrato 
estimatório e depósito. Nessas figuras contratuais, antes da entrega da 
coisa tem-se apenas uma promessa de contratar e não um contrato perfeito 
e acabado.
Quanto aos riscos que envolvem a prestação
a) Contrato cumulativo: aquele que as partes já sabem quais são as prestações, ou 
seja, essas são conhecidas ou pré-estimadas. A compra e 
venda, por exemplo, é, em regra, um contrato comutativo, pois o 
vendedor sabe qual o preço a ser pago e o comprador qual é a coisa a ser 
entregue. Também é contrato comutativo o contrato de locação, pois as 
partes sabem o que será cedido e qual o valor do aluguel.
b) Contrato aleatório: a prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no 
momento da celebração do NJ pelo fato de depender da sorte, da álea, que é um fator 
desconhecido. O Código Civil 
de 2002 trata dos contratos aleatórios nos arts. 458 a 461. Alguns negócios 
são aleatórios devido à sua própria natureza, caso dos contratos de seguro 
e de jogo e aposta. Em outros casos, contudo, o contrato é aleatório em 
virtude da existência de um elemento acidental, que torna a coisa ou o 
objeto incerto quanto à sua existência ou quantidade, como ocorre na 
compra e venda de uma colheita futura.
Pode ser de dois tipos, um com risco maior e outro com a fixação de quantidade 
mínima, ou seja, risco menor.
Quanto à previsão legal
a) Contrato típico: aquele com uma previsão legal mínima, ou seja, com um estatuto 
legal suficiente Como compra e venda.
b) Atípico: não há uma previsão legal mínima, como ocorre com o 
contrato de garagem ou estacionamento. O art. 425 do CC dispõe que é 
lícita a criação de contratos atípicos, desde que observados os preceitos 
Direito Civil (Contratos 4
gerais da codificação privada, caso dos princípios da função social do 
contrato (art. 421 do CC) e da boa-fé objetiva.
Quanto à negociação do conteúdo de partes. Contrato de adesão x contrato de 
consumo
a) Contrato de adesão: aquele em que uma parte, o estipulante, impõe o 
conteúdo negocial, restando à outra parte, o aderente, duas opções: aceitar 
ou não o conteúdo desse negócio.
b) Contrato paritário ou negociado: aquele em que o conteúdo é plenamente 
discutido entre as partes, o que constitui raridade no atual momento 
contratual. De toda sorte, muitos contratos celebrados entre grandes 
empresas assumem essa forma, estando sujeitos à nova Lei da Liberdade 
Econômica, em muitas de suas previsões.
Quanto à presença de formalidades ou sonelidades
a) Contrato formal – aquele que exige qualquer formalidade, caso da forma 
escrita. Exemplo: o contrato de fiança deve ser celebrado por escrito (art. 
819 do CC). 
b) Contrato informal – não exige qualquer formalidade, constituindo regra geral 
pelo sistema civil brasileiro, pelo que consta do art. 107 do CC, que 
consagra o princípio da liberdade das formas. Exemplos: prestação de 
serviço e empreitada. 
c) Contrato solene – aquele que exige solenidade pública. O art. 108 do CC 
enuncia que a escritura pública somente é necessária para os negócios de 
alienação de imóvel com valor superior a trinta vezes o maior salário 
mínimo vigente no País. Ilustrando, havendo compra e venda de imóvel 
com valor superior a tal parâmetro, necessária a escritura pública 
(contrato solene e formal). Se o imóvel tiver valor inferior, dispensa-se a 
escritura, mas é fundamental a forma escrita, para o registro (contrato não 
solene, mas formal). Essa escritura pública de compra e venda, reitere-se, 
pode ser feita pela via digital ou eletrônica, conforme o Provimento n. 100 
do CNJ. 
d) Contrato não solene – não há necessidade de se lavrar a escritura pública 
em Tabelionato de Notas, como no último exemplo citado.
Quanto à independência contratual. 
Direito Civil (Contratos 5
a) Contrato principal ou independente – existe por si só, não havendo qualquer 
relação de dependência em relação ao outro pacto. Como exemplo, pode 
ser citado o contrato de locação de imóvel urbano, regido pela Lei 
8.245/1991.
b) Contrato acessório – aquele cuja validade depende de um outro negócio, o 
contrato principal. O exemplo típico é o contrato de fiança, que depende 
de outro, como, por exemplo, de um contrato de locação de imóvel urbano. 
Diante do princípio da gravitação jurídica, pelo qual o acessório segue o 
principal, tudo o que ocorre no contrato principal repercute no acessório.
Quanto a momento do cumprimento
a) Contrato instantâneo ou de execução imediata – aquele que tem 
aperfeiçoamento e cumprimento de imediato, caso de uma compra e venda 
à vista.
b) Contrato de execução diferida – tem o cumprimento previsto de uma vez só 
no futuro. Exemplo: compra e venda pactuada com pagamento por cheque 
pré ou pós-datado.
c) Contrato de execução continuada ou de trato sucessivo – tem o 
cumprimento previsto de forma sucessiva ou periódica no tempo. É ocaso 
de uma compra e venda cujo pagamento deva ser feito por meio de boleto 
bancário, com periodicidade mensal, quinzenal, bimestral, trimestral ou 
qualquer outra forma sucessiva. Exemplos: locação e financiamentos em 
geral.
Quanto à pessoalidade
a) Contratos pessoal, personalíssimos ou intuitu personae – aqueles em que a pessoa 
do contratante é elemento determinante de sua conclusão. Tal 
contrato não pode ser transmitido por ato inter vivos ou mortis causa, ou seja, pelo 
falecimento da parte. Exemplo: contrato de fiança, uma vez que a condição de fiador 
não se transmite aos herdeiros, mas somente as obrigações vencidas e não pagas 
enquanto era vivo o fiador e até os limites da herança (art. 836 do CC).
b) Contrato impessoal – aquele em que a pessoa do contratante não é 
juridicamente relevante para a conclusão do negócio. Exemplo: compra e 
venda, hipótese em que a causa do contrato está relacionada com a 
transmissão do domínio
Direito Civil (Contratos 6
Quanto à definitividade do negócio
a) Contrato preliminar ou pré-contrato (pactum de contrahendo) – negócio 
que tende à celebração de outro no futuro. Exemplo: compromisso de 
compra e venda de imóvel. O instituto está tratado entre os arts. 462 e 466 
do CC, merecendo estudo detalhado mais à frente.
b) Contrato definitivo – não têm qualquer dependência futura, no aspecto 
temporal. Exemplo: compra e venda de um imóvel.
III- Princípios contratuais do CC 2002
2- Introdução
Contratos: fontes das obrigações.
Também são negócios jurídicos. 
É bilateral, pois é proveniente de um acordo de vontades. Adquirir, resguardar, 
modificar ou extinguir relações jurídicas. 
Regras básicas que valem para todas as modalidades contratuais:
I- Contratos presumem-se paritários e simétricos. (art. 421).
II- Revisão contratual é excepcional.
III- Boa fé objetiva como princípio (art. 422).
IV- No contrato de adesão, que é uma excepcionalidade, no caso de interpretação ela 
será favorável ao aderente (art. 423). Além disso, são nulas cláusulas em renúncia 
antecipada de direitos.
V- Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (art. 426).
3- Principiologia contratual
I- autonomia da vontade/privada ⇒ você pode contratar com quem quiser, como quiser, 
colocando as cláusulas que quiser. Mas não é absoluto. Por exemplo, a função social 
do contrato. Porém, é interessante deixar claro que a função social não elimina 
Direito Civil (Contratos 7
totalmente a autonomia privada ou a liberdade contratual, mas apenas atenua ou reduz 
o alcance desse princípio. 
Em reforço, em situações de dúvida entre a proteção da liberdade da pessoa humana e 
os interesses patrimoniais, deve prevalecer a primeira; ou seja, o direito existencial 
prevalece sobre o patrimonial.
Função social ⇒ A palavra função social deve ser visualizada com o sentido de 
finalidade coletiva, sendo efeito do princípio em questão a mitigação ou relativização da 
força 
obrigatória das convenções (pacta sunt servanda), na linha de se considerar possível a 
intervenção do Estado nos contratos, especialmente nos casos de abuso ou de 
excessos de uma parte perante outra.
II- supremacia da ordem pública ⇒ fiscalização do Estado nos contratos privados que 
tenha um viés público, como de saúde. 
III- consensualismo ⇒ os contratos são formados pela simples manifestação de 
vontade. Exceção são os contratos reais, que a entrega da coisa é fundamental.
IV- relatividade dos contratos ⇒ em regra só abrangem as partes envolvidas.
V- obrigatoriedade dos contratos ⇒ força vinculante dos contratos. Contratou tem que 
cumprir (regra). Porém, não é uma regra absoluta. Exceções:
a) Clássica ⇒ caso fortuito ou força maior.
b) Moderna ⇒ onerosidade excessiva.
Em ambos pode-se pedir revisão contratual ou resolução. 
Revisão contratual: art. 317.
Onerosidade excessiva: art. 478.
VI- Princípio da boa fé objetiva ⇒ princípio da eticidade. Comportamento ético. Na 
tratativa, na formação, na execução. É uma cláusula geral. 
Boa fé ⇒ lealdade, informação, esclarecimento, proteção, cooperação.
Rompimento da boa fé ⇒ abuso do direito-art.187. Comete ato ilícito titular de um 
direito que exerce e excede. Gera responsabilidade civil objetiva.
4- Formação dos contratos (427-435)
Direito Civil (Contratos 8
O contrato, em regra, é formado através da manifestação de vontades 
(consensualismo).
4.1-Fases:
-Negociação preliminar ⇒ fase em que ocorrem debates prévios, entendimentos, 
tratativas ou conversações sobre o contrato preliminar ou definitivo. Deve haver boa fé.
Deve-se concluir, na linha da doutrina e da jurisprudência, que não é incorreto afirmar 
que a fase de puntuação gera deveres às partes, pois em alguns casos, diante da 
confiança depositada, a quebra desses deveres pode gerar a responsabilização civil. 
Esse entendimento constitui indeclinável evolução quanto à 
matéria, havendo divergência apenas quanto à natureza da responsabilidade civil que 
surge dessa fase negocial.
-proposta (policitação) ⇒ constitui a manifestação da vontade de contratar, por uma 
das partes, que solicita a concordância da outra. Aqui segue a regra que a proposta 
vincula o proponente. Esse caráter é mantido se a promessa for direcionada ao público.
-aceitação (oblação)
-contrato definitivo.
A responsabilidade civil contratual começa a partir da proposta. Na negociação 
preliminar não é contrato ainda. Ou seja, a responsabilidade civil seria extracontratual.
4.1- Fase do contrato preliminar
O contrato preliminar ou pré contrato encontra-se tratado na atual codificação privada, 
como novidade, entre os artigos 462 a 466. Porém, imperioso é ressaltar que tal fase 
não é obrigatória entre as partes, sendo dispensável. Na prática, muitas vezes, o 
contrato preliminar é celebrado em compra e venda de imóvel para dar mais segurança 
às partes, notadamente em relação ao preço convencionado.
O contrato preliminar, em suma, exige os mesmos requisitos de validade do negócio 
jurídico ou contrato, previstos no art. 104, CC, com exceção da forma prescrita ou não 
defesa me lei. Sendo assim, no caso de uma compra e venda de imóvel, de qualquer 
valor, o contrato preliminar dispensa a escritura pública.
Dois tipos de contrato preliminar:
a) Compromisso unilateral de contrato ou contrato de opção ⇒ hipótese na qual as 
duas partes assinam o instrumento, mas somente uma das partes assume um dever, 
Direito Civil (Contratos 9
uma obrigação de fazer o contrato definitivo. Essa possibilidade está presente no art. 
466. 
b) Compromisso bilateral de contrato ⇒ as duas partes assinam o documento e, ao 
mesmo tempo, assumem a obrigação de celebrar o contrato definitivo. 
No contrato preliminar não poderá constar cláusula de arrependimento, conforme 
consta do art. 463 da codificação. Assim como ocorre no compromisso unilateral do 
contrato, o compromisso bilateral pode ter como objeto bens móveis e imóveis.
Pode também aquele que celebrou contrato preliminar de compra e venda indicar 
terceira pessoa que adquirirá o imóvel, retirando lucro de tal transação.
A fase das negociações ou tratativas preliminares não é realização do contrato 
preliminar e com este não se confunde, pois não gera direitos e obrigações
4.2- Proposta/policitação
É feita pelo proponente/policitante. 
A proposta vincula o proponente, se o contrário não resultar dos próprios termos, da 
natureza do negócio ou das circunstâncias (previstas no art. 428) do caso. Por 
exemplo, sujeito a estoque. 
Art. 428 ⇒ propostas feitas entre presentes e ausentes.
PRESENTES: contato imediato. EX: presencial, telefone, chat. 
Sem prazo> deve ser imediatamente aceita "pegar ou largar".
Com prazo > proponente fica vinculado à proposta durante o prazo.
AUSENTES: não há contato imediato. EX: carta, e-mail.
Sem prazo> proposta se perde se a resposta não chegar ao proponente em prazo 
razoável. 
Com prazo> proposta é obrigatória durante o prazo. E a aceitação deve ser expedida 
no prazo.
OBS: Contraproposta também é proposta. Ou seja,aplica-se as mesmas regras.
OBS 2: Local é o local da celebração.
4.3 Fase do contrato definitivo
A última fase de formação do contrato é a fase do contrato definitivo, quando ocorre o 
choque ou encontro de vontades originário da liberdade contratual ou autonomia 
Direito Civil (Contratos 10
privada. A partir de então, o contrato estará aperfeiçoado, gerando todas as 
suas consequências como, por exemplo, aquelas advindas da responsabilidade civil 
contratual, retirada dos arts. 389 a 391 do Código Civil de 2002. Por fim, não se pode 
esquecer que a boa-fé objetiva, com todos os seus deveres 
anexos ou laterais, deve ser aplicada a essa fase, bem como à fase pós-contratual.
4.4 A revisão judicial dos contratos por fato superveniente no Código Civil e no 
Código de defesa do consumidor
Parte do princípio que muitas demandas levadas à discussão no Âmbito do judiciário 
envolvem a possibilidade de se rever um determinado contrato.
É pacífico doutrinamente que a extinção do contrato deve ser o último caminho a ser 
percorrido.
OBS: a revisão contratual por fato superveniente no CDC não é igual a prevista no CC.
No CC: 
Esta matéria pode ser retirada dos artigos 317 e 478 do CC.
Apesar da determinação principal ser o art. 317, o 478 deve conduzir, sempre que 
possível, à revisão judicial dos contratos e não à resolução contratual.
Predomina a teoria da imprevisão, em que fato imprevisível possibilita a revisão.
Desse modo, o CC consagra a revisão contratual por fato superveniente diante de uma 
imprevisibilidade somada a uma onerosidade excessiva.
Requisitos ⇒ 
I- o contrato deve ser, em regra, bilateral, trazendo direitos e deveres para ambas as 
partes. Todavia, como exceção, o art. 480 do CC admite a revisão dos contratos 
unilaterais.
II- O contrato deve ser oneroso, com prestação e contraprestação, para que a eventual 
onerosidade excessiva esteja presente.
III- Deve assumir o negócio a forma comutativa, tendo as partes envolvidas ciência 
quanto às prestações. Por motivos óbvios, a revisão por imprevisibilidade e 
onerosidade excessiva não poderá ocorrer caso o contrato assuma a forma aleatória.
IV- O contrato deve ser de execução diferida ou de trato sucessivo, ou seja, deve ainda 
gerar efeitos no tempo.
V- Deve originar-se de fato imprevisível.
Direito Civil (Contratos 11
VI- Deve estar presente a onerosidade excessiva.
Revisão contratual por fato superveniente no Código de Defesa do consumidor
Na esfera contratual do CDC, este inseriu no sistema a regra de que mesmo uma 
simples onerosidade excessiva ao consumidor poderá ensejar a chamada revisão 
contratual por fato superveniente. 
“Art. 6.º São direitos básicos do consumidor: (...)
V – a modificação das cláusulas contratuais que estabelecem prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas”.
Percebe-se que não há menção a eventos imprevisíveis ou extraordinários, ou seja, o 
CDC não adotou a teoria da imprevisão.
Com a possibilidade de se rever um contrato por simples onerosidade excessiva, 
vislumbra-se um contrato amparado na teoria da equidade contratual ou na teoria da 
base objetiva do negócio jurídico.
5. Estipulação em favor de terceiros
Contratos em regra fazem efeitos só para as partes, ou seja, contratante e contratado. 
Princípio da relatividade.
De maneira excepcional, um contrato pode atingir terceiros. Acontece nos seguintes 
casos:
I) Estipulação em favor de terceiro (436-438). Acontece quando estipularem vantagem 
gratuita a um terceiro. EX: seguro de vida. Há a figura do estipulante, promitente e o 
beneficiado. Beneficiário pode exigir o cumprimento. 
II) Promessa fato de terceiro. (439-440). O terceiro que foi prometido não se vincula. 
Salvo se o terceiro tiver concordado. Promitente responde pelos danos.
III) Contrato com pessoa a declarar (467-471). Indicação de alguém por meio de 
outrem.
6. Contratos ⇒ garantias contratuais:
Convencionais: partes.
Direito Civil (Contratos 12
Legais: provém da lei. Incidência automática nos contratos. Também é implícita nos 
contratos cumulativos onerosos e doação onerosa (doação com encargo).
Vício redibitório (441-446) ⇒ vício oculto na coisa que impede o uso normal ou 
diminui o seu valor. Pode ser chamado de vício material ou garantia.
Esse vício oculto (a doutrina majoritária entende que tais vícios são sempre ocultos) 
gera duas ocasiões:
⇒ Impedir o uso. Neste caso, desfazimento do contrato.
⇒ Diminuição do valor. Pode pedir desfazimento ou abatimento do preço.
Há a figura do alienante e do adquirente.
Para desfazer o contrato a ação é a redibitória.
Para abater o preço a ação é a estimatória ou quanti minoris.
Sabendo ou não o alienante responde, por ser garantia automática.
Se sabia responde também por perdas e danos. 
Se não sabia responde apenas pelo vício.
OBS ⇒ No que diz respeito aos contratos aleatórios, admite-se a alegação de vício 
redibitório quanto aos seus elementos comutativos, predeterminados.
OBS II ⇒ Se o vício for insignificante ou ínfimo e não prejudicar as finalidades do 
contrato, não cabe sequer esse pedido de abatimento no preço.
Prazos art. 445.
Evicção ⇒ Perda do bem para o verdadeiro proprietário. É denominada de garantia 
jurídica. 
Há as seguintes figuras: 
Evicto ⇒ perde o bem
Evictor ⇒ quem retoma o bem
Alienante ⇒ que vendeu.
O que perde pode ou denunciar a lide ou entrar após o trânsito em julgado da perca 
ingressar com ação autônoma.

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