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GE - Prática Profissional_02

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Prática Profissional
UNIDADE 2
2
PRÁTICA PROFISSIONAL
UNIdAde 2
PARA INíCIO de CONveRSA
Olá, meu caro,(a) aluno,(a)! Como vão seus estudos? Espero que estejam em pleno andamento.
Na unidade anterior estudamos sobre a introdução ao empreendedorismo, sobre inovação e como ela se 
diferencia de invenção. Entendemos um pouco do perfil e das características necessárias ao empreende-
dor, sobre as diferenças e semelhanças entre o administrador e o empreendedor e sobre como se realiza 
o processo empreendedor.
Nesta unidade daremos continuidade estudando mais detalhadamente sobre fases do processo empreen-
dedor, as orientações para o plano operacional de desenvolvimento do produto, a estratégia de desenvol-
vimento e as fases do desenvolvimento do produto. Vamos lá?
FASeS dO PROCeSSO eMPReeNdedOR
 
Fonte: http://sereduc.com/qg3vyV
 
Então, como estava falando pra você, encerramos a unidade 1 falando sobre como se dá o processo em-
preendedor, e lá expus que as fases necessárias para a realização deste processo são: a identificação da 
oportunidade, o desenvolvimento do plano de negócios, a determinação e captação dos recursos neces-
sários e, por fim, o gerenciamento do empreendimento criado.
Agora quero apresentar detalhadamente cada uma dessas fases.
http://sereduc.com/qg3vyV
3
A primeira fase, a da identificação e avaliação da oportunidade é a fase onde há a criação e a abragência 
da oportunidade. Nessa fase são levantados os valores percebidos e reais da oportunidade, os riscos e 
retornos que a oportunidade pode oferecer, a oportunidade versus as habilidades e metas pessoais e a 
situação dos competidores (análise da concorrência). esta é a fase onde é possível se encontrar mais 
dificuldades, por ter que se identificar a oportunidade empreendedora. Aqui, a aptidão, o talento, a per-
cepção e o conhecimento do empreendedor serão fundamentais.
A segunda fase, fase onde será desenvolvido o plano de negócio, o empreendedor deve projetar um plano, 
escrevendo-o de forma sucinta, porém abrangente, para que seja possível uma assimilação plena. 
Geralmente, o plano de negócio é composto, sequencialmente, pelos seguintes pontos: Sumário executi-
vo, o conceito do negócio, definição da equipe de gestão, detalhamento do mercado e dos competidores, 
definição do produto ou serviço, detallhamento do plano de marketing e das vendas, estrutura e operação 
do empreendimento, análise estratégica (análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, ou 
seja, análise do ambiente interno e exetrno), o plano financeiro e, caso necessário, os anexos.
O plano de negócios pode ser visualizado como um documento da empresa, onde estarão todos os obje-
tivos e metas almejados para a estratégia de manutenção do negócio, a avaliação do mercado e concor-
rentes, possíveis fornecedores, público-alvo, pontos fortes e pontos fracos. 
A terceira fase, determinação e captação dos recursos necessários, é o resultado do plano de negócio. 
Note que, é nela onde serão avaliadas as várias maneiras para conseguir o capital necessário paar se 
fazer o investimento que dará asas ao sonho do Plano.
Saliento que não são só os recursos financeiros que serão captados nesta fase, mas também os recursos 
pessoais, recursos de amigos e parentes, capitalistas de risco, avaliação dos bancos, governos, incuba-
doras, etc.
E, finalmente, mas não menos importante, a quarta fase que é o gerenciamento da empresa é a que se 
recomenda atenção, pois este processo possui muitos desafios e armadilhas. 
PARA ReFLeTIR
Pense comigo: Se o empreendedor identificou a oportunidade, desenvolveu o plano de 
negócios e captou os recursos, agora é que é chegada a hora de pôr tudo em prática, ou 
seja, verificar “na lida diária” se realmente seus pontos fortes, fracos e suas ameaças 
coincidem com o que ele planejou, certo? 
E, concorda comigo que será desafiador para o empreendedor, pois superar as ameaças dependerá muito 
do tipo de gerenciamento que ele empregará? 
Se você concordou com as duas questões acima, você percebeu que a quarta e última fase é a que irá 
requerer maior cautela no processo empreendedor.
4
Porém, se os recursos humanos captados estiverem prontos para encarar os desafios e sejam compostos 
de uma boa equipe de profissionais, capazes de contribuir com alternativas que possam minimizar os pro-
blemas, focando nas prioridades e nas ameaças, certamente isto ajudará a garantir o sucesso do negócio.
 
FICA A dICA
Meu caro (a) estudante, não esqueça de que ameaças e incertezas serão comuns e, 
sempre, farão parte do processo empreendedor, mas que caberá a equipe de recursos 
humanos diminuir os riscos de forma calculada, verificando e avaliando os prós e os 
contras das ações que serão realizadas, todas as possibilidades que podem ser aplica-
das e a consequência de cada uma delas, sempre levando em consideração o “trilho” 
do planejamento desenhado no Plano de Negócios. 
Você deve atentar para todos estes detalhes que trazem para a empresa uma vantagem competitiva 
considerável.
LeITURA COMPLeMeNTAR
Se você tiver a oportunidade e desejar embarcar no fantástico mundo da criação do 
plano de negócios, sugiro que realize a leitura complementar do livro O segredo de Luí-
sa, de Fernando Dolabela. Neste livro, através de uma história fascinante você enten-
derá como nasce o empreendedor e como se cria uma empresa, desde a ideia inicial, 
passando pela concepção do produto até o desmembramento detalhado do Plano de 
Negócios.
ORIeNTAÇÃO PARA O PLANO OPeRACIONAL de deSeNvOLvIMeNTO dO PROdUTO 
 
Fonte: http://www.franquiaeducacional.com/como-elaborar-um-plano-de-negocios-para-sua-franquia/
http://www.franquiaeducacional.com/como-elaborar-um-plano-de-negocios-para-sua-franquia/
5
Então meu caro (a), acabamos de falar das fases do processo empreendedor e detalhamos entre elas a 
segunda fase que é a do desenvolvimento do plano de negócios. Dentro do plano de negócios há uma 
etapa a ser pensada e desenvolvida que é o plano de desenvolvimento do produto.
Ora, óbvio que alguém precisa pensar em detalhes o que vai vender (produto) ou oferecer (serviço), que 
“roupa” vai vestir (rótulo), quais serão suas variações (portfólio), que tecnologia será empregada, qual 
será o custo, qual seu tempo de vida útil ou garantia, entre outros detalhes, correto?
PALAvRAS dO PROFeSSOR
Que bom que você admite que é necessário definir como será o produto, mas você deve estar pensando: 
Professora, entendi a necessidade de se fazer um plano para desenvolver um produto, mas nunca fiz um 
e nem conheço ninguém que tenha feito um... então como eu faço isso?
Peço que você tenha um pouco de paciência, pois agora lhe darei as orientações necessárias para de-
senvolver este plano. Mas antes preciso lhe dizer que para se fazer a contento a estrutura e a gestão do 
processo de desenvolvimento de produtos é fundamental relacionar as características particulares do 
desenvolvimento de bens duráveis, através de uma visão abrangente do negócio, com todo o possível 
ciclo de vida do produto. Ou seja, é necessário relacionar o planejamento estratégico do negócio com o 
plano do produto, isto compreendendo desde a fase de projeto e engenharia até as fases de lançamento 
e acompanhamento do produto durante sua comercialização e produção e, até a sua retirada do mercado 
através de atividades de logística reversa, como por exemplo, reciclagem e reutilização, e de descarte.
Além disto, é imprescindível que o plano de desenvolvimento do produto englobe os conceitos, ferramen-
tas e fluxos de informações aplicados nas diversas atividades, que possibilitem a compreensão dos requi-
sitos dos clientes, que podem ser utilizados no projeto e/ou na melhoria das especificações do produto e 
de seu processo de produção.
Daí a importância de se detalhar as atividades do plano de desenvolvimento do produto em todas as suas 
fases da seguinte forma: nas entradas com o conteúdo das tarefas a serem executadas, nos processos 
com as ações de acompanhamentoe controle e nas saídas, inclusive apontando as ferramentas de supor-
te e os mecanismos de controles necessários.
Acho que está começando a clarear suas ideias, não é mesmo? Que bom, então vamos em frente!
O processo de planejamento para desenvolvimento de um produto inicia-se com os dados que serão uti-
lizados nos informes do produto, como por exemplo, o conceito do produto e a preparação da produção 
até o seu lançamento. 
Durante todo este processo também é importante a gestão eficaz e comprometida dos processos de apoio 
com o gerenciamento de mudanças de engenharia e da melhoria do processo de desenvolvimento de 
produtos. 
6
Se pudéssemos resumir as etapas do plano de desenvolvimento do produto, a dividiríamos em três fases 
distintas: o “Pré-desenvolvimento”, o “Desenvolvimento” e o “Pós-desenvolvimento”, cujo o resultado 
dessa divisão ficaria mais ou menos assim, observe:
Pré-desenvolvimento: composto pelo planejamento estratégico do produto.
Desenvolvimento: composto pela definição das informações do projeto informacional, conceitual e 
detalhado do produto, além da preparação da produção e o lançamento do produto.
Pós-desenvolvimento: o acompanhamento do produto/processo e a descontinuidade do produto (quando 
necessário).
Bem, agora que você entendeu as orientações do plano operacional de desenvolvimento do produto, irei 
apresentar a você a estratégia de desenvolvimento. Vamos lá? 
eSTRATÉGIA de deSeNvOLvIMeNTO 
 
Fonte: https://queroficarrico.com/blog/tag/estrategia/
PALAvRAS dO PROFeSSOR
Antes de iniciar os estudos sobre a estratégia de desenvolvimento, vamos falar um pouco sobre a vanta-
gem competitiva, pois muito se relacionam.
Se você não sabe o conceito, lhe digo logo que vantagem competitiva é um benefício significativo e, pre-
ferencialmente de longo prazo sobre a concorrência.
Você deve estar se perguntando: Não deve ser tão fácil assim estabelecê-la, não é mesmo? Isso mesmo, 
estabelecer e principalmente manter uma vantagem competitiva é complexo; entretanto, disto dependem 
a sobrevivência e a prosperidade do negócio.
https://queroficarrico.com/blog/tag/estrategia/
7
vOCê SAbIA?
Para Michael Porter, um dos grandes estudiosos da administração contemporânea, es-
trategicamente falando, toda empresa precisa analisar o microambiente para lidar com 
o macroambiente em seu favor.
Por isto que ele, Porter, sugeriu um modelo de cinco forças combinadas que conduzem à viabilização da 
vantagem competitiva. Vamos conhecê-las? 
1. Rivalidade entre os concorrentes atuais: embora todas as empresas sejam “rivais” em relação aos 
seus concorrentes, aquelas com a rivalidade mais alta tendem a ter mais empresas buscando vantagem 
competitiva.
2. Ameaça de novos entrantes: existe quando os custos de entrada e de saída são baixos e a tecnologia 
do negócio está, em geral, facilmente exposta (disponível).
3. Ameaça de produtos e serviços substitutos: quanto mais clientes forem capazes de obter produtos e 
serviços similares que satisfaçam suas necessidades, mais provavelmente as empresas estarão tentando 
estabelecer uma vantagem competitiva.
4. Poder de barganha dos compradores e dos fornecedores: os grandes compradores tendem a exercer for-
te influência sobre uma companhia. No entanto, essa influência pode ser minimizada se os compradores 
não dispuserem de outras opções de compra em outras empresas. Em alguns casos, os fornecedores fir-
mam alianças estratégicas com as empresas, atuando como parte integrante destas, contribuindo assim 
para a organização obter vantagem competitiva.
5. E finalmente, o poder de negociar com os clientes: essa força apresenta o poder de decisão do cliente 
sobre o preço, a qualidade e os atributos dos produtos e serviços. Claro que este poder pode variar de 
acordo com: tamanho da compra, padronização do produto, viabilidade da fabricação do produto e a mar-
gem de lucro do setor.
Meu caro (a), diante disto fica claro compreender que a busca pela vantagem competitiva deve ser reali-
zada quando essas forças (internas e/ou externas) afetam a capacidade da empresa para manter os seus 
clientes satisfeitos e obter lucros. Óbvio que se houver qualquer tipo de mudança em uma das forças é 
preciso realizar uma nova análise para reavaliar o mercado.
Por isto que para ser competitiva, uma empresa precisa ser rápida, ágil, flexível, dinâmica, econômica, 
inovadora e, o principal: ser orientada para o cliente. Considerando suas cinco forças, Porte ainda propôs 
três estratégias gerais para alcançar uma vantagem competitiva. 
A primeira delas é alterar a estrutura da empresa. Esta alteração consiste em um processo de mudança, 
de modo a favorecer a organização, geralmente viabilizada por meio da obtenção de poder sobre forne-
cedores e clientes. Em seguida é necessário criar novos produtos e serviços, pois isto pode ajudar a em-
???
8
presa a ganhar uma vantagem competitiva no que se refere a negócios de alta tecnologia. Isto é fácil de 
compreender, pois se um negócio não introduz novos produtos e serviços de tempos em tempos, ela pode 
estagnar rapidamente, perder participação no mercado, e consequentemente, enfraquecer. E por fim, a 
empresa precisa melhorar as linhas de produtos existentes; aquela velha história que já conversamos na 
unidade anterior sobre inovação: criar oportunidades através da observação de produtos já existentes. 
Esse processo deve ser utilizado para quem deseja permanecer competitivo no mercado. 
As melhorias podem ser reais ou percebidas pelos clientes. A forma que o cliente irá ser conquistado por 
ela não importa, o importante é que ela (a melhoria) traga benefícios notórios.
exeMPLO
Imagine um fabricante de produtos para o lar que sempre estar anunciando merca-
dorias novas e melhoradas e em alguns casos, faz somente discretas melhorias no 
produto existente. 
Isto é muito satisfatório para o cliente, pois ele “faz a leitura” de que com essas pe-
quenas melhorias a empresa está sempre preocupada em fazer a sua experiência com 
o produto cada vez melhor e aí é que está o segredo da manutenção no mercado. 
Entendeu? Espero que sim! Caso contrário, retome a leitura e converse com seu tutor.
Entendida a importância de pensar na vantagem competitiva, vamos falar sobre a estratégia de desen-
volvimento.
 
vOCê SAbIA?
O processo de desenvolvimento de produtos é um dos processos mais importantes e 
vitais para o negócio de uma empresa, pois é por meio dele que a empresa é capaz de 
criar novos produtos mais competitivos e em menor tempo com o objetivo de atender à 
constante evolução do mercado.
Muitas empresas usam a abordagem de desenvolvimento de produto e processo em que os elementos crí-
ticos da estratégia – um plano para tecnologia e um plano para produto/mercado - são somente relaciona-
dos em projetos individuais. Esta abordagem convencional para desenvolvimento de produtos apresenta 
alguns problemas, porém merece destaque a falha da alta administração em planejar uma vantagem para 
fornecer os requisitos de habilidades e recursos para definir um projeto ou uma proposta apropriada e em 
integrar um projeto de desenvolvimento com as outras estratégias básicas.
???
9
De forma prática, pode-se dividir a estrutura para definição da estratégia de desenvolvimento em quatro 
pontos: 
•	 Criar, definir e selecionar um conjunto de desenvolvimento de projetos que abasteçam produtos 
e processos superiores; 
•	 Integração e coordenação de tarefas funcionais, técnicas e organizacionais envolvendo ativi-
dades de desenvolvimento; 
•	 Gerenciar esforços de desenvolvimento que possam convergir para a conclusão de propostas 
de negócio tanto eficazmente quanto eficientemente; 
•	 Criar e aumentar a necessidade de capacidade para realizar o desenvolvimento com vantagem 
competitiva para longo prazo. 
 
GUARde eSSA IdeIA!
Vale ressaltar que a estratégia para tecnologia e para produto/mercado fornece orien-
tação e direção dos esforços de desenvolvimento. Porém, para assegurar a consistên-cia e coerência entre as estratégias, a empresa deve definir suas metas e objetivos 
básicos de desenvolvimento.
 
Finalmente, chegamos na parte do assunto que é a hora de “colocar a mão na massa”. Não faça essa “ 
cara de interrogação”, franzindo a testa ao pensar: Como vou “colocar a mão na massa” se esta disciplina 
é a distância?
Eu te respondo, lembrando-lhe que estamos tratando da disciplina de prática profissional, então peço que 
exercite comigo, seguindo as instruções e anotando numa folha em branco ao lado de cada fase que vou 
lhe apresentar o que você faria se fosse você o criador do produto.
E aí topas este desafio? Excelente, então mãos à obra!
FASeS dO deSeNvOLvIMeNTO dO PROdUTO 
Fonte: http://adm-graduacao.blogspot.com.br/2014/06/gerencia-de-novos-produtos.html
http://adm-graduacao.blogspot.com.br/2014/06/gerencia-de-novos-produtos.html
10
Quando se cria algum produto ou serviço, há muitas responsabilidades envolvidas. Deixar que os clientes 
moldem sua grande ideia de acordo com a realidade deles é pensar no bem do próximo, sem dizer que só 
assim você estará sempre à frente no empreendedorismo.
Lembro que meu objetivo aqui não é esgotar o assunto, mas lhe fortalecer de conhecimento suficiente 
para que possas entender todos os caminhos que, geralmente precisam ser trilhados quando do desen-
volvimento de um produto.
PRATICANdO
Agora, como acabei de convidá-lo (a) a participar ativamente durante a leitura deste guia, sugiro que se 
desapegue dos seus “pré conceitos”, saia da sua zona de conforto e assuma o espírito empreendedor, ok? 
A cada fase que você for lendo peço que vá anotando numa folha em branco o que você faria se de fato 
estivesse desenvolvendo um produto.
Vamos lá? 1, 2, 3 e já!
 
A primeira fase é a da concepção da ideia, aí você pode estar se perguntando: Como conceberei uma 
ideia? Te respondo: Fácil, basta estar atento às oportunidades, pois elas estão acessíveis em qualquer 
lugar. 
Veja se eu não tenho razão: Se levarmos em consideração cada problema, cada sofrimento e cada desejo 
não atendido de alguém, veremos que neles contém uma ou mais oportunidades, certo? Então, sendo as-
sim, todos eles são oportunidades disponíveis para a criação de soluções inovadoras. Bingo! Isso mesmo!
Claro que, para identificar oportunidades de desenvolvimento de produtos, o fundamental é ter uma atitu-
de observadora, como já falei, e questionadora das coisas tais como elas se apresentam. Óbvio que você 
pode utilizar algumas técnicas, como por exemplo, a da identificação e análise de tendências do mercado 
e da sociedade atual. Esta técnica envolve identificar tendências que estão prevalecendo ou, melhor ain-
da, aparecendo agora e então imaginar formas de explorá-las. 
 
exeMPLO
Uma tendência atual no Brasil é a redução do tamanho dos domicílios. Costumo chamar os apartamentos 
récem-construídos em condomínios no geral de “casas de passarinho”, de tão pequenos que são com no 
máximo 45m², aff, um “apertamento” na minha opinião. 
Bem, deixando de lado essa minha crítica pessoal e focando no exemplo, isso cria a necessidade por 
eletrodomésticos menores e produtos alimentícios em embalagens menores também. 
Aposto que você nunca tinha pensado nisso. 
11
Pois é, você pode observar nos supermercados que várias empresas já estão explorando esta tendência, 
quer vê um exemplo: as pipocas de microondas em sua compacta embalagem, a espessura das tv’s, etc. 
Outro exemplo é a bengala para deficientes visuais. Quem a criou imaginou que o novo produto funciona-
ria de uma forma muito similar às bengalas existentes, ou seja, seria uma extensão da mão do deficiente 
visual, com a qual ele poderia tatear a uma certa distância os objetos a seu redor, permitindo a orientação 
e o desvio de obstáculos. Mas já imaginou se a bengala além de orientar através do tato emitisse sons ou 
avisos de advertências ao seu usuário? Hum! te peguei de novo. Não sei se já pensaram nisto, mas acho 
que seria uma oportunidade de negócio interessante, não achas? 
Agora é sua vez. Pense aí em alguma oportunidade e tome nota! 
Voltando a questão da observação das tendências para buscar oportunidades, dou-lhe um conselho: con-
sidere pensar grande, afinal de contas muito melhor do que seguir tendências já apresentadas é criar 
novas tendências. Isso você pode fazer, facilmente observando produtos já existentes sendo utilizados. 
Para esta observação com um “olhar crítico”, você pode utiilzar um instrumento bastante útil que é identi-
ficar as etapas de uso de um produto e os problemas encontrados pelas pessoas (clientes) ao realizá-las. 
Esta observação permite ir muito além da simples pesquisa de mercado, pois ela possibilita verdadeiros 
insights sobre necessidades que o cliente nem sonha ou pensa em expressar e, com toda certeza, oportu-
nidades escondidas só aguardando serem descobertas.
Outra forma de conceber uma ideia é identificando e pondo em prática as ideias dos clientes, no MIT há 
um professor que é especialista neste assunto. 
 
vOCê SAbIA?
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (em inglês: Massachusetts Institute of 
Technology - MIT) é uma universidade privada de pesquisa localizada em Cambridge, 
Massachusetts, Estados Unidos. Lá há um renomado professor, o Prof. Eric Von Hippel 
que é um dos precursores da ideia do cliente como inovador. É deste professor o termo 
lead user (que em português podemos traduzir como: usuário líder). O lead user é o 
cliente que possui hoje as necessidades que serão gerais no mercado dentro de algum 
tempo. 
Interessante, não é? E tem mais: Estes clientes, lead users, podem ser ativamente identificados e con-
sultados, ou até mesmo, envolvidos no processo de desenvolvimento de novos produtos, com grandes 
vantagens. 
Agora vamos continuar traçando o caminho para o desenvolvimento dos produtos, pois uma vez que tenha 
sido identificada uma oportunidade de desenvolvimento de produto, é necessário partir para uma defini-
ção mais detalhada dos clientes e das suas expectativas em relação ao produto.
???
12
 
FICA A dICA
Tome nota aí: Em relação a oportunidade que você descobriu, inicie uma lista com as 
necessidades dos clientes.
Para facilitar, pense que as necessidades dos clientes são desejos ou demandas, colocados de forma mais 
qualitativa que quantitativa e que expressam o que as diversas partes interessadas no produto (compra-
dores, usuários, distribuidores, fabricantes) esperam do mesmo. 
Nesta lista, você não pode deixar de considerar aspectos econômicos, ambientais, ergonômicos, de segu-
rança, de estética e de durabilidade. Além disto, você também deve criar uma classificação das necessi-
dades, a qual pode ser qualitativa (demanda / desejo, baixa / média / alta) ou numérica (percentual, por 
exemplo).
Neste momento é válido que você aproxime-se dos clientes e/ou dos potenciais clientes e os escute. Ouça 
o que eles têm a dizer, quais as dificuldades que enfrentam, e você pode tomar nota de tudo isto se utilizar 
como ferramenta um questionário de pesquisa de mercado com perguntas previamente planejadas. 
Entretanto, considere que o cliente não vai contar para você, numa pesquisa, aquilo que ele considera 
característica óbvio e obrigatório num produto, como o retrovisor no lado do passageiro de um automóvel, 
por exemplo. 
Ele também não vai, na grande maioria das vezes, soltar a imaginação e falar grandes novidades como 
o exemplo da bengala que fala, que mencionei anteriormente. Resumindo, a média dos clientes tende a 
ser conservadora e expressar desejos e expectativas que ele considera razoáveis para o novo produto. É 
responsabilidade dos desenvolvedores de produto identificar por benchmarking, as características obri-
gatórias e, de formas criativas, as novidades e inovações. Ou seja, isto cabe a você de posse da pesquisa 
analisar.
Além da lista com as necessidades dos clientes em relação ao produto, você precisará fazer uma lista de 
especificações do produto. Entenda as especificações como os requisitostécnicos a serem atendidos pelo 
produto.
Esses requisitos devem ser obtidos a partir da tradução das necessidades dos clientes em linguagem 
técnica e, também de normas e outras restrições (inclusive de fabricação) que devem ser atendidas pelo 
produto.
As especificações servirão não somente para lhe orientar no desenvolvimento do produto, mas também, 
para lhe dá valores de referência para os testes a serem realizados no protótipo do produto.
Não é legal? Está anotando suas considerações aí não é? Espero que sim. Continuemos. 
13
Ainda sobre as especificações do produto, você precisará definir as funcionalidades básicas do produto. 
Ora, o novo produto terá princípios de funcionamento similares aos existentes, ou fará uso de novas tec-
nologias? 
Você deverá decidir isto levando em consideração que a inovação tecnológica é importante, mas, se 
pretende utilizar novas tecnologias, deverás ter domínio (ou conhecimento) sufuciente das mesmas para 
viabilizar sua incorporação em novos produtos.
Durante a definição das especificações defina o estilo do produto, ou seja, as questões relacionadas ao 
estilo e ao significado do produto para os clientes.
A seguir estão algumas auto-perguntas que podem lhe ajudar nessa definição. São elas: 
1. É necessário manter uma identidade visual já consagrada em versões anteriores do produto, de 
modo que o novo produto seja facilmente reconhecido?
2. Similarmente, é necessário manter uma identidade de marca?
3. Existe um padrão de estilo para a categoria de produto que se deseje manter, ou, pelo contrá-
rio, questionar com a nova proposta?
4. Que mensagens o produto deve passar para o cliente (estabilidade, segurança, arrojo, aventu-
ra)?
Se você estiver me entendendo o que quero dizer é que você chegou a conclusão de que nesta fase você 
deve pensar quem são, hoje, seus lead users e como você poderia atendê-los melhor e, assim, criar sua 
próxima geração de produtos bem sucedidos e quais seriam as modificações que os usuários líderes fize-
ram nos produtos e que poderiam ser incorporadas nas futuras versões, por exemplo. Entendeu? Espero 
que sim. Vamos prosseguir.
FICA A dICA
Só tome cuidado para oferecer vantagens reais a seus usuários líderes, a partir de seu 
time de desenvolvimento, e não desrespeitar as questões de propriedade intelectual, 
pois identificando e analisando produtos existentes / concorrentes (ou benchmarking 
de produto) você pode cair na armadilha de reinventar algo já existente. Muito cuidado 
nisto!
A identificação e análise de produtos existentes, ou seja, dos produtos dos seus concorrentes é essencial 
para não implementar algo já existente. Note que analisando produtos existentes, você identifica ideias 
que podem ser utilizadas no seu produto, desde que respeitando os direitos de propriedade intelectual. 
Também reconhece características problemáticas, que podem resultar em vantagens do seu próprio pro-
duto, se você conseguir encontrar soluções melhores. 
Lembre-se de que: Ao utilizar o benchmarking de produto, vale salientar que você deve estar consciente 
de que os produtos aos quais temos acesso, seja nas lojas ou nos bancos de dados patentários, repre-
14
sentam o passado. Um produto verdadeiramente novo, portanto, deve ser planejado para ir além dos 
benchmarks da indústria, comércio e dos existentes no mercado. Além disso, novamente aqui, cabe o 
conselho: respeite as questões de propriedade intelectual. Isto é fundamental!
 
LeITURA COMPLeMeNTAR
 
Um sítio útil para a busca de patentes no Brasil é o do Instituto Nacional de Proprieda-
de Industrial – INPI. Nesse banco de dados, crescentemente acessível pela internet, é 
possível encontrar produtos e marca que já foram patenteados / registradas no Brasil, 
evitando que você cometa o plágio ou o uso indevido de uma marca registrada. Se liga 
aí. Caso tenha interesse acesse o link do INPI e saiba mais.
 
Se você chegou até aqui, já tem uma ideia sobre o novo produto, bem como conhecimento sólido sobre os 
potenciais clientes e suas necessidades, uma lista de especificações que o produto deverá atender e de-
finições do estilo. Parabéns! Você está anotando tudo e percebendo que está construindo o seu caminho 
certo para o desenvolvimento de um produto/ serviço.
Agora, é preciso conceber (ou inventar) o produto para em seguida colocá-lo á prova (prótotipo para tes-
tes) e, se aprovado, iniciar a comercialização do produto.
 
PARA ReSUMIR
Ufa! Muitas fases né? Sim, mas podemos resumir da seguinte forma para ficar mais tranquilo para o seu 
entendimento: 
1. Defina o problema: Procure uma abertura, um caminho ou, como nos esgotamos de falar, encontre uma 
oportunidade. Não crie algo por criar, tudo tem que surgir a partir de uma problemática (necessidade). 
2. Realize pesquisas, reflexões e defina um caminho: Como qualquer problema, depois de pontuado deve 
ser seguido de forte pesquisa e reflexão para analisar e ponderar se de fato ele é relevante e viável de ser 
desenvolvido. Lembra que falamos sobre a definição das expectativas dos clientes em relação ao produto 
e as especificações do produto? Pronto, é isso!
3. Não tenha receio de realizar mudanças (“re-planejar”) no meio do caminho: Depois de muita pesquisa e 
testes, a problemática gerará um caminho a seguir. Este percurso deve ser muito livre, com opções de di-
versas alternativas e mudança de direção. É assim que uma ideia inicial deve ser tratada, com desapego. 
Porém, além do desapego das suas ideias, você tem que saber ouvir opiniões de terceiros, entendedores 
do assunto, que possam te auxiliar nesse caminho criativo. Com isto o desenvolvimento da ideia para 
criação do produto vai aos poucos tomando uma forma mais definida. É como modelar um vaso de argila, 
onde se cria primeiro o conceito estrutural da ideia e aos poucos, através da modelagem do artesão, ela 
vai se tornando mais definida e acabada, e linda. 
http://www.inpi.gov.br/
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4. Evite perca de tempo e dinheiro: Esta etapa é simples, mas requer atenção, pois faz total diferença no 
desenvolvimento de produtos e serviços. Mesmo com uma oportunidade evidenciada e bem fundamen-
tada e uma viabilidade concreta, crie pequenos protótipos e teste para ver no que dá. Não perca tempo 
produzindo o produto antes de ter certeza que já testou o suficiente a versão simplificada da sua ideia. 
5. E, finalmente, chegue ao conceito do produto final: Aqui, dificilmente você saberá o que sua criação 
se tornará no fim do plano de desenvolvimento de produto, até mesmo depois de implementada, ainda 
precisará ter a mente aberta e observar para onde “a maré está te levando”. 
 
PALAvRAS dO PROFeSSOR
Como assim professora, eu planejei todo o caminho para o desenvolvimento do meu produto, desde a 
primeira fase, não pulei nenhuma, segui tudo direitinho e agora você me diz que “, dificilmente eu saberei 
o que minha criação se tornará no fim do meu plano, até mesmo depois de implementá-lo? ” Como assim?
Ficou confuso (a) ? Calma, vou esclarecer para você. 
Entenda que o conceito final às vezes surge no término do plano de desenvolvimento, mas pode levar 
um tempo, mesmo depois de já estar tudo sendo produzido. Claro! Você irá produzir algo para atender 
às necessidades de alguém e as pessoas são complexas, a sociedade é diversificada e a economia está 
transbordando novidades todos os dias. 
Ficou claro agora? Que maravilha!
Por isto fica fácil compreender que diante disso, pouco há de se fazer! A não ser deixar o ambiente ex-
terno influenciar o seu plano e moldá-lo, conforme as necessidades manifestadas. Deixe o ambiente dar 
a forma final a sua ideia inicial, até que ela se insira definitivamente no mercado e passe a ser indispen-
sável aos clientes. 
Essa é a chance, porém para que “o mercado” saiba da existência, fique curioso em adquirir e passe a 
desejar seu produto todos os dias (o sonho ideal de todo empreendedor) o produto precisa aparecer e para 
isto é preciso que você trace um plano de marketing e os caminhos necessáriospara inserir o produto no 
mercado, os meios de divulgação, etc.
Falaremos mais detalhamente sobre o plano de abordagem mercadológica do produto na unidade 3.
 
vejA O vídeO!
Se quiser ver um exemplo prático de como é realizado o desenvolvimento de produtos 
de uma indústria farmacêutica, sugiro que assista ao vídeo com duração de 2:11 
minutos acessando o seguinte link.
https://www.youtube.com/watch?v=oSRYDXN2c58
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ACeSSe O AMbIeNTe vIRTUAL
Agora que você leu todo o material neste guia de estudo, links sugeridos e leitura 
complementar (disponível na Biblioteca Virtual), você poderá fazer as atividades dispo-
níveis no ambiente virtual, afinal é muito importante fazer os exercícios para consolidar 
o aprendizado. Caso você tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato com o 
seu tutor.
 
PALAvRAS FINAIS
Chegamos ao final da nossa segunda unidade da disciplina de Prática Profissional.
Nesta unidade aprendemos sobre as fases do processo empreendedor, as orientações para o plano ope-
racional de desenvolvimento do produto, estratégia de desenvolvimento e descobrimos que as fases do 
desenvolvimento do produto são etapas importantes e indispensáveis para o sucesso da concepção do 
produto.
Espero que você tenha posto em prática meu desafio de anotar todas as instruções das fases de desenvol-
vimento do produto numa folha em branco. Se ainda não fez, retome a leitura deste guia e o faça quando 
puder. Quem sabe daí surja uma grande oportunidade de negócio que poderá mudar totalmente sua vida 
e o tornar o empreendedor de sucesso? Vamos lá, arriscar só depende de você!
Bons estudos e até a próxima unidade.