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QGis tutorial

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Prévia do material em texto

GEOPROCESSAMENTO 
COM O USO DO QGIS: 
MÓDULO BÁSICO 
 
 
Autor 
Christian Nunes da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GAPTA/UFPA 
BELÉM 
2021 
APOIO 
Christian Nunes da Silva 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEOPROCESSAMENTO COM O USO DO QGIS: 
MÓDULO BÁSICO 
 
 
 
 
 
Autor 
Christian Nunes da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GAPTA/UFPA 
BELÉM 
2021 
Christian Nunes da Silva 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
5 
Editora GeoDigital 
 
Editor de Publicações: Christian Nunes da Silva 
Gerência e preparação do texto: Joyce Caetano 
Revisão: Gustavo Saldivar 
Digramação e Capa: Anderson Reis 
 
Todos os direitos para GeoDigital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índices para catálogo sistemático: 
 
1. QGIS : Sistemas de informação geográfica : 
 Geoprocessamento 910.285 
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 
 
Os conceitos, declarações e opiniões emitidos nos manuscritos são de 
responsabilidade exclusiva do (s) autor (es). 
Todos os direitos reservados Ed. GeoDigital 
Impresso no Brasil 
Christian Nunes da Silva 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
7 
SUMÁRIO 
Página 
 APRESENTAÇÃO 9 
MÓDULO 1. O QGIS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 12 
1.1. O QGis e os Tipos de Arquivos Suportados 14 
1.2. Camadas de Visualização 15 
1.3. Instalando o QGis 16 
1.4. Explorando o QGIS 18 
MÓDULO 2. MANIPULANDO DADOS VETORIAIS NO QGIS 23 
2.1. Adicionando Arquivos Vetoriais 24 
2.2. Alterando o Visual: Valor Único (cores únicas) por Camada 28 
2.3. Inserindo o Rótulo 31 
2.4. Alterando o Visual: Valor Categorizado 35 
2.5. Visualização de Gráficos Estatísticos: Torta/Pizza e 
Barras/Colunas 
38 
2.6. Salvando uma Camada para a Base de Dados Externa 41 
2.7. Extração de dados vetoriais da Internet com o uso da função 
OpenStreetMap (OSM) 
44 
2.8. Criando uma Nova Camada do Tipo Shapefile 48 
2.9. Ferramenta de Consulta Espacial 51 
MÓDULO 3. MANIPULANDO A TABELA DE ATRIBUTOS 55 
3.1. Editando a Tabela de Atributos 55 
3.2. Calculadora de Campo: Cálculo de Áreas 58 
3.3. Cálculo de Distâncias 60 
3.4. Ferramenta de Consulta por atributo 62 
3.5. Adicionar os Dados de Coordenadas na Tabela de Atributos da 
Camada 
67 
MÓDULO 4. OPERAÇÕES GEOGRÁFICAS COM DADOS 
MATRICIAIS/RASTER 
70 
4.1. Importando e manipulando camadas Raster 70 
4.2. Mesclar imagens no QGis 73 
4.3. Recortando uma Camada Raster a Partir de um Arquivo 
Vetorial 
76 
MÓDULO 5. COMPOSITOR DE IMPRESSÃO: ELABORANDO UM MAPA 79 
5.1. Inserindo o Mapa Principal 80 
5.2. A Grade de Coordenadas 82 
5.3. O Título 83 
5.4. O Mapa de Localização/Situação 84 
5.5. A Orientação 85 
5.6. Simbolização e a Legenda 86 
5.7. A escala Gráfica e Numérica 87 
5.8. A Fonte dos Dados e a Responsabilidade Técnica 89 
5.9. Outras Figuras do Mapa 89 
5.10. Exportando o Mapa Final 90 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 92 
7. REFERENCIAS 97 
 O Autor 100 
 Agradecimentos 101 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
9 
APRESENTAÇÃO 
 
As representações espaciais estão presentes na vida dos seres humanos, 
desde antes mesmo, da escrita e das falas articuladas. Por meio de símbolos e de 
desenhos, os seres humanos representaram suas primeiras apreensões da 
realidade e usaram-nas, para delimitar e para ocupar, efetivamente, os seus 
territórios. Evolutivamente, as técnicas cartográficas e o uso de recursos modernos 
possibilitaram ocupar diversos lugares da Terra, criando cidades e estados, além de 
outros fenômenos e objetos. Assim, a representação espacial ganhou formas mais 
precisas e significações cartográficas, cujas simbolizações foram se aproximando, 
cada vez mais, do real. Desenvolvia-se, assim, a ideia de convenções cartográficas. 
A partir de uma padronização internacional ‒ principalmente, nos últimos séculos ‒, 
as representações simbólicas foram aperfeiçoadas e, com o advento das fotografias 
aéreas e, posteriormente, com o emprego de imagens de sensores remotos, o 
espaço geográfico foi explorado e entendido de um modo que seria impossível, em 
tempos passados, quando a produção cartográfica ‒ composta, basicamente, de 
mapas impressos em papel ‒, era artesanal. 
Em tempos passados, mudanças na forma de organização dos seres 
humanos determinaram avanços nas técnicas de representação do espaço 
geográfico e o advento de novas tecnologias e normativas, aceitas 
internacionalmente ‒ chamadas de convenções cartográficas ‒, as quais fizeram 
com que os mapas fossem padronizados, levando em consideração as percepções 
da realidade e permitindo uma representação mais aproximada do ambiente 
existente, possibilitando a todos os indivíduos conhecer lugares, antes, 
desconhecidos ou inacessíveis. 
Neste sentido, os produtos cartográficos (mapas, globos, croquis, etc.) 
passaram a ser utilizados para diversos fins ao longo da história, tendo em vista sua 
abrangência artística, científica e técnica: no planejamento, por parte de gestores 
territoriais, no ensino e no entendimento das características da superfície terrestre, 
através das diversas disciplinas e especialidades, criadas pelo ser humano. 
Contemporaneamente, o desenvolvimento de ferramentas computacionais fez 
com que as áreas do conhecimento tivessem um incremento, no que tange aos 
métodos e às metodologias do fazer das ciências, que não pararam de proliferar e 
de evoluir, dando origem a novas cartografias. Assim, as chamadas geotecnologias, 
Christian Nunes da Silva 
 
10 
apoiadas, principalmente, nos computadores, tornaram mais ágeis e seguras à 
coleta de dados espaciais, a elaboração de produtos cartográficos e a extração de 
novas informações espaciais de um produto já criado, como o levantamento de 
dados de um mapa preexistente ou a análise visual de imagens de sensores 
remotos, por exemplo. 
A cartografia computadorizada (incluindo o Sistema de Posicionamento 
Global (GPS), o sensoriamento remoto e o geoprocessamento) tem se mostrado 
uma poderosa ferramenta de entendimento, de representação e de interpretação do 
espaço geográfico e dos fenômenos e dos objetos nele incluídos. Tal técnica trouxe 
subsídios ao trabalho do planejador e se tornou instrumento para o educador, em 
sala de aula. Mas seus produtos são uma construção humana, uma simplificação do 
espaço real, que serve para comunicar ou para transmitir informações, as quais 
devem ser entendidas por elaboradores e por usuários. 
Este livro faz parte de uma coletânea de trabalhos, que objetivam contribuir 
no processo de ensino-aprendizagem da cartografia e das chamadas 
geotecnologias, além de auxiliar no entendimento do espaço geográfico, tendo em 
vista que a ausência dos conhecimentos cartográficos pode interferir na capacidade 
de leitura e de compreensão de mapas e de similares, sendo que a maior parte dos 
conteúdos deste livro foi publicada em revistas científicas ou em blogues, os quais 
foram, agora, atualizados, trazendo novas e úteis informações ao leitor. 
Assim, objetivamos com este livro uma apresentação e aplicação das 
principais operações que estão disponíveis no software QGis. Outra iniciativa deste 
livro é referente à base de dados própria (disponível em 
http://gaptaufpa.blogspot.com/2021/05/base-de-dados-cartografica-digital-do.html), 
que difere da maioria dos tutoriais disponíveis na internet que deixam a base à 
escolha do usuário,dificultando o entendimento das atividades práticas que são 
apresentadas. Buscamos, ainda, mostrar como se pode aplicar o QGis em trabalhos 
práticos, com proximidade do público alvo a quem esse material é direcionado: os 
profissionais brasileiros. Desse modo, os dados vetoriais e raster utilizados nas 
atividades práticas em cada módulo foram adquiridos na base de dados do Plano 
Diretor do município de Barcarena, no estado do Pará e outras bases cartográficas 
oriundas de sites institucionais do IBGE, SISCOM/IBAMA, INPE, DNPM, etc. e 
citados no último módulo, direcionado para a divulgação de Fontes de Dados para o 
Geoprocessamento. 
http://gaptaufpa.blogspot.com/2021/05/base-de-dados-cartografica-digital-do.html
Christian Nunes da Silva 
 
11 
É importante enfatizar também que este livro foi elaborado a partir dos 
debates conceituais e técnicos sobre cartografia, suas ferramentas e seus avanços 
tecnológicos, realizados durante a execução do projeto “O uso da cartografia em 
sala de aula e a geoinformação como tecnologia assistiva de inclusão 
Socioespacial”, desenvolvido pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e 
financiado por meio de recursos oriundos da Chamada n°. 012/2017 (Concessão de 
Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas) da Fundação Amazônia de 
Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA). 
 
 
O autor 
Belém, março de 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
12 
MÓDULO 1. O QGIS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 
O Quantum Gis, ou apenas QGis, é um programa de geoprocessamento de 
código fonte1 licenciado segundo a licença pública geral. Nesse sentido, o QGis é 
um projeto oficial da Open Source Geospatial Foundation (OSGeo), que funciona em 
nas plataformas Linux, Unix, Mac OSX, Windows e Android e suporta inúmeros 
formatos de vetores, rasters, bases de dados e funcionalidades (QGIS, 2016). 
Trata-se de um software de geoprocessamento livre e gratuito, com atualizações 
periódicas, que pode ser adquirido no endereço http://www.qgis.org/pt_BR/site/ e 
que trabalha com a informação geográfica por meio da criação e manipulação de 
mapas interativos. Dessa forma, é possível visualizar, explorar, questionar e analisar 
toda a informação geográfica que está no sendo exposta no QGis (QGIS, 2016). 
Em um projeto cartográfico no QGis, o conjunto de dados (geográficos ou 
simplesmente alfanuméricos) é adicionado no programa sob a forma de camadas. 
Estas camadas são representações geométricas dos dados, em que a tabela com 
seus atributos está oculta e pode ser manipulada de acordo com o interesse do 
usuário. É desta forma que se pode dizer que o QGis é dinâmico e reflete o estado 
da fonte da informação, em que, se ele altera seus atributos também se altera a 
representação do mesmo na área de visualização da geometria (QGIS, 2016). 
O QGis é, na prática, um programa de geoprocessamento que possui um 
conjunto de camadas de informação ao qual é possível executar um conjunto de 
funcionalidades referentes à localização e a manipulação de um objeto que pode ser 
representado cartograficamente. Nesse caso, durante a elaboração de um projeto 
cartográfico com o QGis, uma camada representa um conjunto homogéneo de 
entidades geográficas existente numa determinada fonte. Por exemplo, em uma 
sessão QGis pode existir uma camada representando os distritos de um país, uma 
camada representando as vias de comunicação, uma camada representando as 
sedes municipais, e daí em diante (QGIS, 2016). 
Neste livro conheceremos as principais ferramentas e ícones do software 
QGis, apresentando sua interface gráfica e a utilização de alguns de seus 
componentes. Todos os arquivos de dados vetoriais e raster que serão utilizados 
nos módulos deste manual fazem parte do banco de dados georreferenciado – com 
 
1 O código fonte permite aos usuários usar, modificar, estudar e melhorar o desenvolvimento de novos 
componentes e/ou extensões para o programa (COSME, 2012). 
http://www.qgis.org/pt_BR/site/
Christian Nunes da Silva 
 
13 
dados reais e fictícios, que foi reunido pelo autor, em que, a base cartográfica 
principal, refere-se aos dados geográficos oriundos do Plano Diretor do município de 
Barcarena, no estado do Pará, Brasil. A figura 1 representa o visual/interface de uma 
sessão QGis. 
 
Figura 1: Interface do QGis versão 3.16 
Fonte: http://www.qgis.org/pt_BR/site/ 
 
O QGis possui uma significativa comunidade de desenvolvedores que 
também disponibilizam os plugins criados de forma gratuita. As extensões ou plugins 
podem ser adquiridos diretamente no site http://plugins.qgis.org/plugins/, ou pelo 
software, e objetivam resolver/auxiliar os usuários em diversas atividades de seus 
usuários. É importante informar que em algumas versões do QGis podem existir 
erros ou inconsistência na realização de operações ou nos resultados destas, em 
que, normalmente, a versão posterior corrige esses problemas. 
Resumidamente, o QGis é usado para todo o tipo de construção de mapas 
com informações georeferênciadas, todas as tarefas de edição, mesmo as mais 
complexas e todos os tipos de análise espacial envolvendo informação geográfica 
podem ser trabalhados em um projeto cartográfico diferente, que possuirá seu 
conjunto de camadas e seus respectivos atributos, para a criação de um mapa 
específico. Assim, é necessário avisar que o QGis é mais um dos diversos 
programas disponíveis para o geoprocessamento, sendo que, a grande vantagem da 
gratuidade e do código aberto – que dá oportunidade para novos desenvolvedores, o 
coloca como um dos mais indicados programas no manuseio de projetos 
cartográficos da atualidade. 
 
http://www.qgis.org/pt_BR/site/
http://plugins.qgis.org/plugins/
Christian Nunes da Silva 
 
14 
1.1. O QGis e os Tipos de Arquivos Suportados 
 
A informação espacial é de fundamental importância para qualquer programa 
de geoprocessamento, pois possui dados geométricos e de atributos dos objetos e 
dos fenômenos que podem ser cartografados/representados. Assim, os principais 
formatos possíveis de manusear no QGis são: 
• Shapefile: Ou simplesmente shape, é um dos formatos principais do QGis, que 
pode ser usado em qualquer operação de análise espacial que trabalhe com dados 
vetoriais. Na visualização direta no sistema operacional do usuário, perceberemos 
que o arquivo shapefile armazena a informações referenciadas em diversos arquivos 
separados, com um mesmo nome, contudo, quando importados na plataforma do 
QGis, será visível somente o arquivo com extensão .shp, visto que, os outros 
arquivos guardam informações específicas do dado do qual fazem parte, que são: 
✓ *.SHP: armazena a estrutura gráfica (geométrica) das feições; 
✓ *.SHX: índice de banco de dados, (armazena as ligações entre as entidades e a 
sua geometria); 
✓ *.DBF: informação descritiva dos dados, ou seja, a tabela de atributos do arquivo 
shape; 
✓ *.PRJ: projeção cartográfica utilizada; 
✓ *.XML: guardam as informações dos metadados, isto é, as características de 
ano de elaboração, instituição, criador, formato, extensão, etc; 
✓ *.SBN: índices resultantes na edição gráfica; 
✓ *.SBX: índices resultantes da edição de tabelas de atributos, porém, estes 
arquivos podem não existir se não tiver sido feita uma operação de análise espacial 
(TROCADO, 2016). 
✓ *.AIN e *.AIH: são arquivos disponíveis apenas quando se procedem operações 
de união de tabelas) (TROCADO, 2016). 
 Para utilização de dados no formato shapefile, ao menos três arquivos são 
indispensáveis: *.SHP, *.SHX e *.DBF, estes arquivos deverão ter os mesmos nome 
e devem estar disponibilizados na mesma pasta e/ou diretório, só alterando a 
extensão deles. É interessante e muito prático utilizar o arquivo *.PRJ, para evitar 
problemas de projeção cartográfica, datum e fuso horário. 
• Raster: São arquivos no formato matricial, que possuem as informações contidasem células e/ou pixels. Nesse sentido, o QGis permite o manuseio de arquivos 
Christian Nunes da Silva 
 
15 
adquiridos por fotografias aéreas ou imagens de sensoriamento remoto. Esses 
arquivos podem ser adquiridos em sites governamentais, conforme veremos no 
ultimo módulo deste livro; 
• Arquivos do AutoCAD: O QGis permite a importação de arquivos provenientes 
do programa AutoCAD (formato .DXF); 
• Keyhole Markup Language: KML é um formato de arquivo usado para exibir 
dados geográficos em um navegador da Terra, como Google Earth e Google Maps. 
• Outros formatos: Qgis é extremamente dinâmico e pode receber além desses 
formatos informados, outros formatos disponíveis no momento da importação da 
informação para a visualização da geometria, inclusive banco de dados geográficos 
e tabelas externas em formato CSV, Mif, DGN, OSM, GMT, GTZ, entre outros. 
 
1.2. Camadas de Visualização 
 
Entende-se por camada um nível de informação que representa determinada 
informação da realidade, seja objeto ou fenômeno que se apresenta visível ou não 
na superfície da Terra, basicamente a camada contém as informações geométricas 
(desenho) e alfanuméricas (tabela de atributos) da informação espacial. Pode-se 
dizer que o conjunto das camadas representa a realidade concebida por um mapa. 
E, cada elemento de uma camada apresenta uma feição de um determinado 
componente de uma camada, que é representada por ponto, linha ou polígono. 
Nesse sentido, as diferentes formas de representação de shapefiles podem 
ser salvas como camadas distintas - isso significa que, para um mesmo shapefile, 
diversas camadas podem ser geradas, cada um representando um campo diferente 
de acordo com as informações presentes em sua tabela de atributos, ou ainda 
diferentes distribuições de cores para um mesmo objeto e/ou camada. Assim, 
dependendo da escala cartográfica do mapa os desenhos poderão ser 
representados como ponto, linha, polígono ou camada raster (figura 2). 
Nesse caso, a escala é uma das características do mapa que define o tipo de 
representação a ser utilizada, por exemplo, em uma grande escala um rio pode 
aparecer como polígono e em uma escala média ou pequena esse mesmo rio deve 
ser representado como linha. Da mesma forma as representações do tipo polígono, 
como um bairro, que em grande escala aparecem como polígono, em pequena e 
média escala, como na visualização do estado, devem aparecer como um ponto. A 
https://developers.google.com/kml/?hl=pt-br
Christian Nunes da Silva 
 
16 
percepção da escala e da simbologia, além de sua posição hierárquica no mapa são 
fatores preponderantes na qualidade do produto cartográfico. 
 
Figura 2: Sobreposição de Camadas no Geoprocessamento 
Fonte: http://www.poci-compete2020.pt/admin/fileman/Uploads/Imagens%20Noticias/Sig.jpg 
 
Assim, no QGIS as camadas podem representar arquivos vetoriais de pontos, 
linhas e polígonos ou mesmo representações do tipo de imagens matriciais e/ou 
raster. A ordem das camadas é imprescindível, pois as geometrias serão mostradas 
ou ocultadas de acordo com essa hierarquia, por isso, o mais comum é manter as 
camadas de representação menor para a maior, de cima pra baixo, seguindo a 
ordem – ponto, linha, polígono e, por fim, as camadas raster. 
 
1.3. Instalando o QGis 
 
Podemos considerar que o QGis possui como uma de suas características 
principais a instalação ágil e fácil, em que o usuário deve possuir apenas os 
conceitos básicos de informática para a execução. O programa também não possui 
complexidade de ser encontrado na internet e está disponível para download no link 
http://www.qgis.org/pt_BR/site/, deve ser baixado direto no computador do usuário 
para sua instalação2. Este software possui versões atualizadas esporadicamente, 
por isso, é importante que o usuário verifique a versão mais atual para sua 
utilização, visto que, geralmente, a versão atual possui correções de erros e 
 
2 Algumas atividades práticas propostas neste livro foram executadas nas versões 2.14.2, 2.16 e 2.18. É possível 
que alguns nomes ou operações mudem conforme a versão e atualização do programa. 
http://www.poci-compete2020.pt/admin/fileman/Uploads/Imagens%20Noticias/Sig.jpg
http://www.qgis.org/pt_BR/site/
Christian Nunes da Silva 
 
17 
complementos mais avançados que as versões anteriores. Após acesso no site3 e o 
download o usuário deve clicar duas vezes no arquivo de instalação que foi salvo no 
computador e a tela da figura 5 será exibida: 
 
Figura 3: Instalando o QGis 3.16.. 
Fonte: http://www.qgis.org/pt_BR/site/4. 
 
Clique em próximo, e será mostrada a tela com o acordo de licença. 
Selecione em Eu Concordo para prosseguir para a próxima etapa. Nas próximas 
janelas é possível o usuário escolher onde salvará o programa em seu computador e 
marcar as interfaces que deseja instalar, clique em na opção próximo nas janelas 
seguintes. Após essas etapas você pode iniciar as atividades no QGis. 
 
Figura 4: Instalando o QGis versão 3.16. 
 
 Após a instalação o QGis está pronto para se manipulado. Como visto, a 
instalação deste programa é ágil e rápida e desconhecemos que o programa cause 
travamento e/ou incompatibilidade com outros softwares. 
 
3 Reiterando, a Base de dados Cartográfica desse curso pode ser baixada no link 
http://gaptaufpa.blogspot.com/2021/05/base-de-dados-cartografica-digital-do.html e salvo diretamente na área de 
trabalho do computador. 
4 Todas as fontes que envolvem figuras do QGis possuem essa informação. Por isso é desnecessário a 
repetição desta fonte em todas as figuras. 
http://www.qgis.org/pt_BR/site/
http://gaptaufpa.blogspot.com/2021/05/base-de-dados-cartografica-digital-do.html
Christian Nunes da Silva 
 
18 
1.4. Explorando o QGIS 
 
Inicialmente, trabalharemos com arquivos vetoriais, em que criaremos um 
projeto cartográfico com a exibição de alguns temas/camadas do município de 
Barcarena, estado do Pará (informações fictícias e reais). Os arquivos shapefile 
(vetoriais), tabelas, figuras e raster estão salvos na pasta Base de Dados5, que 
pode ser inserido na área de trabalho do computador, por exemplo, sugerimos a 
instalação direta na Área de Trabalho, de forma que o endereço será: 
C:\Desktop\Base de dados. Assim, para a realização das atividades deste livro, o 
usuário terá acesso padrão a esses dados da forma mais fácil e ágil. 
Para iniciar o QGis clique duas vezes no ícone de atalho ( ), que encontra-
se onde indicamos anteriormente, na área de trabalho do computador. A tela inicial 
do programa será aberta e, neste momento, você pode “limpar” algumas opções do 
software que não serão necessárias para o manuseio inicial para a elaboração dos 
produtos cartográficos. Também é possível organizar as janelas conforme a 
conveniência do usuário (figura 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Tela inicial do Quantum Gis e sua Interface. 
 
Antes de continuar a manipulação do QGis clique na opção Salvar ( ), para 
que o projeto cartográfico seja salvo6. Salve seu projeto na pasta Exercícios, que 
está dentro da pasta Base de Dados, na área de trabalho do computador (desktop), 
nomeio o projeto cartográfico como Aula1. O QGis salvará automaticamente o 
 
5 Reiteramos que a base cartográfica dos módulos deste livro está disponível no site: 
http://gaptaufpa.blogspot.com/2021/05/base-de-dados-cartografica-digital-do.html. 
6 É importante enfatizar isso: O QGis não salva automaticamente o projeto cartográfico criado, por isso, salve 
esporadicamente suas atividades. 
3 - Área de Visualização das 
Geometrias do Mapa 2 - Área de 
Camadas 
1 – Menu de Ferramentas e 
Painel de atalhos 
http://gaptaufpa.blogspot.com/2021/05/base-de-dados-cartografica-digital-do.html
Christian Nunes da Silva 
 
19 
projeto, porém, clique regularmente na opção Salvar para não perder suas 
informações caso ocorra algum problema com a máquina ou na rede de energia 
elétrica. 
O QGis apresenta três principaisestruturas ou áreas de organização. Na 
primeira encontra-se o Menu de Ferramentas e o Painel com Botões de Atalhos, 
que permite a realização das operações básicas do QGis. A segunda estrutura é a 
Área de Camadas que permite a organização das camadas, que definem as 
estruturas geométricas que deverão ser expressas visualmente na Área de 
Visualização das Geometrias do Mapa, que é a terceira estrutura e que está 
vinculada às classificações e operações provenientes das duas primeiras, sendo que 
esta área é fundamental para visualização de todas as representações geométricas 
que serão organizadas em formas de camadas, isto é, na Área de Visualização o 
usuário verá o mapa sendo construído. Esses painéis de atalhos podem ser 
organizados conforme o interesse do usuário, sugerimos que o painel Gerenciar 
Camadas seja movido para outro local. Para tornar o manuseio mais ágil coloque 
este painel ao lado da Área de Camadas. 
A seguir, com o auxílio da obra de Bossle (2015, 2016), veremos os principais 
ícones disponíveis nos painéis com botões de atalhos. 
 
Quadro 1: Ícones da Barra de atalhos do Menu Projeto 
ÍCONE NOME DESCRIÇÃO 
 
Novo Dá início a um novo projeto do QGis 
 
Abrir Abre um projeto do QGis salvo em uma pasta 
externa. 
 
Salvar Salva um projeto novamente ou pela primeira 
vez. 
 
Salvar Como Salva um projeto pela primeira vez ou sobrepõe 
um projeto salvo anteriormente com o mesmo 
nome 
 
Novo compositor de impressão Abre a janela para a composição do layout para a 
elaboração do mapa final e impressão, isto é, por 
meio deste ícone é possível abrir o modo de 
edição do layout do mapa, salvar o mapa em 
vários formatos e imprimir em variados tamanhos 
e resoluções. 
 
Gerenciador do compositor Abre a janela de gerenciamento do compositor de 
impressão e layout, onde é possível abrir projetos 
de mapas salvos anteriormente. 
 
Quadro 2: Ícones da Barra de atalhos do Menu Exibir 
Christian Nunes da Silva 
 
20 
ÍCONE NOME DESCRIÇÃO 
 
Toque de zoom e pan 
Com um clique e segurando o botão do mouse, 
permite movimentar o mapa sem alteração da escala, 
com mais cliques aproxima a área de visualização. 
 
Panorâmica do Mapa Possibilita visualizar a área de visualização inteira, 
independente da escala, no estilo arrastar e soltar. 
 
Mover mapa para seleção Permite mover a área de visualização do mapa para 
uma geometria selecionada. 
 
Aproximar Aproxima a área de visualização do mapa. 
 
Afastar Afasta a área de visualização do mapa. 
 
Aproximar ao tamanho real Aproxima a camada para a sua resolução original, ao 
nível do pixel. 
 
Zoom ver tudo Possibilita a visualização de toda a área do mapa. 
 
Aproximar à seleção Permite visualizar um objeto selecionado. 
 
Aproximar camada Possibilita a visualização de uma camada em toda a 
sua extensão. 
 
Ultima visualização Volta para a ultima visualização mostrada. 
 
Próxima visualização Avança para a próxima visualização. 
 
Atualizar Atualiza as informações do mapa, quando se tratar de 
um trabalho em rede. 
 
Identificar Feições Possibilita identificar, individualmente, uma feição 
selecionada da camada. 
 
Rodar ação de feição Permite selecionar um arquivo externo da camada, 
localizado na internet. 
 
Selecionar feições por área 
ou por simples clique 
Seleção de feições individuais ou em grupo. 
 
Desfazer seleção de feições 
em todas as camadas 
Desfaz a seleção das feições selecionadas 
anteriormente. 
 
Selecionar feições usando 
uma expressão 
Seleciona os valores da feição de acordo com seus 
atributos. 
 
Abrir tabela de atributos Mostra a tabela de atributos da camada ativa. 
 
Abrir calculadora de campo Permite selecionar os valores da feição de acordo 
com seus atributos. 
 
Show statistical sumary Mostra o cálculo estatístico de informações do 
atributo de uma feição selecionada. 
 
Medida de linha, área ou 
ângulo 
Permite a medida em linha reta, área ou ângulo na 
área de visualização. A medida pode ser em metros, 
pés, graus ou milhas náuticas. 
 
Dicas do mapa Mostra informações sobre as feições das camadas 
selecionadas. 
 
Novo favorito Marca um local favorito previamente selecionado. 
 
Mostrar favoritos Apresenta a lista de locais favoritos selecionados. 
 
Anotação do texto Possibilita ao usuário realizar uma anotação na área 
de visualização do mapa. 
Quadro 3: Ícones da Barra de atalhos do Menu Editar 
Christian Nunes da Silva 
 
21 
ÍCONE NOME DESCRIÇÃO 
 Edições atuais 
Mostra as camadas que estão em edição, com a 
possibilidade de salvamento/cancelamento individual 
ou total das camadas. 
 
Alternar edição Alterna a opção de edição da camada, deixando as 
informações editáveis ou não. 
 
Salvar edições da camada Salva as edições feitas na camada, caso essa 
camada não seja acionada, ao fechar o projeto 
cartográfico, o programa interrogará o usuário se é 
necessário o salvamento da edição. 
 
Adicionar feição Com a edição ativa, essa opção adiciona uma nova 
feição na camada do tipo, ponto, linha ou polígono. 
 
Mover feição Move a feição que está em edição. 
 
Ferramenta de nós Insere um novo nó/vértice na feição em edição. 
 
Excluir selecionados Exclui a feição selecionada. 
 
Recortar feições Recorta feições selecionadas 
 
Copiar feições Copia feições selecionadas 
 
Colar feições Cola feições recortadas ou copiadas anteriormente. 
 
Quadro 4: Ícones da Barra de atalhos do Rótulo 
ÍCONE NOME DESCRIÇÃO 
 
Opções de rotulagem da 
camada 
Possibilita a rotulação das feições de uma camada. 
 
Opções do diagrama da 
camada 
Permite a criação de diagramas, por meio da seleção 
dos atributos numéricos de uma camada. 
 
Destacar rótulos fixados Destaca os rótulos 
 
Fixar/soltar Rótulos 
Movimentam, mostram, ocultam e modificam os rótulos 
de acordo com sua seleção. 
 
Mostrar/esconder Rótulos 
 
Mover Rótulo 
 
Rotacionar Rótulo 
 
Modificar Rótulo 
 
Quadro 5: Ícones da Barra Gerenciar Camadas 
ÍCONE NOME DESCRIÇÃO 
 
Adicionar Camada Vetorial Adiciona camadas de diversos tipos no projeto: 
vetorial, raster, entre outras, de acordo com a 
necessidade do usuário e a disponibilidade na base de 
dados. 
 
Adicionar Camada Raster 
 
Adicionar Tabela PostGis 
Christian Nunes da Silva 
 
22 
 
Adicionar Tabela Spatial lite 
 
Adicionar Tabela MSSQL 
 
Adicionar Tabela Oracle 
Spatial 
 
Adicionar Camada Oracle 
GeoRaster 
 
Adicionar Camada 
WMS/WMTS 
 
Adicionar Camada WFS 
 
Adicionar uma Camada de 
Texto Delimitado 
 
Adicionar/editar Camada 
Virtual 
Permite a criação de uma nova camada do tipo virtual. 
 
Nova Camada Shapefile Possibilita a criação de uma nova camada do tipo 
shapefile. 
 
Camada GPX Adiciona uma camada oriunda de dados coletados por 
GPS. 
 
No Menu de Ferramentas, na opção Exibir, o usuário pode selecionar os 
painéis e barras de ferramentas que deseja manter exibido na tela de visualização 
do computador. É importante enfatizar que a cada novo complemento/extensão ou 
plugin que é ativado no QGis uma nova barra de atalhos surgirá, com os ícones e as 
informações relativas às atividades da extensão acionada. Outros botões de atalhos 
ficam disponíveis ao usuário quando se ativa um complemento específico, contudo, 
sugerimos ao usuário uma “limpeza” sempre que necessária na área de trabalho da 
tela do computador, para que a visualização das camadas e do mapa não seja 
prejudicada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
23 
MÓDULO 2. MANIPULANDO DADOS VETORIAIS NO QGIS 
 
Na figura 6 vemos a forma mais comum de apresentação em um mapa, 
caracterizada pela representação das informações na forma bidimensional, isto é, 
em duas dimensões (conhecido como 2D), que considera a largura/altura e o 
comprimento de um objeto (dessa forma, existem um eixo x e outro y), em um 
determinado plano (papel ou no computador, por exemplo), em que a apresentação 
das formas nesse ambiente despreza a profundidade dosobjetos, demonstrados 
com mais propriedade nos ambientes 3D7 (que considera ainda o eixo z, de 
profundidade, que é nulo ou zero em ambientes 2D), como podemos observar pela 
visão humana. 
 
 
Figura 6: Representações Geométricas – Ponto, Linha e Polígono 
 
Nesse sentido, como modelos vetoriais, consideramos apenas as 
representações cartográficas em 2D, como sendo formas geométricas simples8. 
Para esses tipos de representações simbólicas, os objetos existentes na realidade 
devem ter uma correspondência similar no papel, de forma que possam ser 
entendidos pelo leitor do mapa, ou seja, se o objeto na realidade pode ser 
representado de maneira pontual (x e y), ele deve ser representado pontualmente no 
produto cartográfico, como por exemplo, uma casa, um poste, etc. De outra forma, 
se o objeto no espaço geográfico se apresenta de maneira linear, este deve ser 
representado de forma linear no mapa, como por exemplo, as estradas, rios, ruas, 
etc. Nesse último caso, a representação se dá por um conjunto de pontos, ligados 
continuamente, para dar a ideia de linearidade do objeto representado. 
 
7 As representações em 3D serão apresentadas em um módulo adiante. 
8 Sobre o uso dos conceitos e as aplicações dos dados vetoriais e raster sugerimos a leitura da obra de Ana 
Clara Mourão Moura (2014), que demonstra, de forma prática e por meio de exemplos metodológicos, a 
aplicação de ferramentas de geoprocessamento na gestão e planejamento urbano. 
Christian Nunes da Silva 
 
24 
No caso de objetos definidos por zonas ou áreas, estes serão representados 
por um conjunto de mais de três pontos que se encontram em um determinado 
momento, para “fechar” a figura geométrica, que formará um polígono. Como 
exemplos podemos ter os limites políticos administrativos de um município, a área 
de uma fazenda, ou os limites dos bairros, etc; sendo que, os modelos vetoriais 
apoiam-se nas representações bidimensionais compostas por objetos estáticos e 
com fronteiras bem definidas (MATOS, 2008). Desse modo, todos os objetos devem 
ser representados em um mapa da forma mais próxima como se apresentam na 
realidade, caso contrário, a leitura do mapa poderá ser prejudicada ou mostrar-se 
duvidosa. 
Enfatizamos que o formato dos objetos também dependerá diretamente da 
escala de apresentação do produto cartográfico, pois uma representação de um 
bairro poderá ser um polígono na visualização do município, porém, mudará de 
representação quando a escala cartográfica ficar menor, podendo ser somente um 
ponto, se o usuário trabalhar com a visualização do mundo. 
 
2.1. Adicionando Arquivos Vetoriais 
 
Inicialmente, vamos importar para o nosso projeto cartográfico Aula1, no 
QGis uma informação vetorial do tipo ponto, depois trabalharemos com linha e por 
fim com dados no formato de polígonos. Para isso, clique no ícone (Adicionar 
Camada Vetorial), ou siga o caminho Camada > Adicionar Camada > Vetorial. 
 
 
Figura 7: Adicionar camada vetorial. 
 
Na janela aberta selecione a opção Arquivo, pois esta possibilita a busca por 
um arquivo do tipo shapefile na base de dados, selecione a opção de Codificação 
Christian Nunes da Silva 
 
25 
UTF-8, que reconhece um número de fontes e símbolos diversificado. Depois, em 
Conjunto de dados, é necessário Buscar a camada vetorial na Base de Dados 
(lembrando: a camada de interesse está no endereço C:\Desktop\Base de dados). 
 
 
Figura 8: Adicionar camada vetorial – Buscando arquivos9. 
 
Dentro da pasta Base de Dados, na área de trabalho, clique na sub-pasta 
Vetorial e selecione o arquivo formato shapefile denominado Localidades_Para, 
clique em abrir. Para selecionar outros formatos de arquivos é necessário clicar na 
opção para que o seja informado o formato do arquivo requerido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Abrir uma camada vetorial – Localidades_Para. 
 
Como é a primeira vez que abrimos este programa, recém instalado, é 
possível que seja mostrada uma janela que pede a indicação do sistema de 
projeção. É importante enfatizar que todas as camadas estejam no mesmo sistema 
 
9 Durante a importação de uma camada vetorial mantenha selecionado a opção UTF-8 como codificação padrão. 
Christian Nunes da Silva 
 
26 
de referência (Projeção e Datum), ou similares, caso contrário o programa não vai 
abrir o desenho, devido o conflito de “endereços”, isto é, se a projeção ou sistemas 
de referência forem diferentes o programa terá inconsistência na apresentação das 
geometrias. Utilizaremos nos módulos desse livro as projeções UTM e Geográficas, 
com o Datum WGS8410. 
Assim, se a janela requerendo o Sistemas de Referencia de Coordenadas 
(SRC) aparecer, selecione a projeção WGS84 / EPSG11: 4326 e clique em Ok. 
 
 
Figura 10: Selecionando a Projeção (SRC). 
 
Na tela de visualização da área de desenho será exibido a camada 
Localidades_ Para, que também está ativa na área de camadas. Sugere-se que 
não sejam utilizados caracteres especiais (com acentos, cedilhas, etc). 
Em seguida, realizando a mesma ação de importação de camada vetorial, 
clique novamente no ícone , e busque o arquivo Rodovias_Para. 
 
10 Existem diversos data (plural de datum) e sistemas de referência, a sugestão é que se utilize nos próximos 
anos o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS 2000). Contudo, por uma opção do autor, 
utilizaremos neste livro a projeção UTM com o datum geocêntrico WGS 84 (World Geodetic System de 1984). 
11 O Grupo de Pesquisa Petrolífera Européia – European Petroleum Survey Group (EPSG) sistematizou todos os 
Sistemas de Referência de Coordenadas (SRC) do planeta por códigos, os chamados Códigos EPSG 
(PROCESSAMENTO DIGITAL, 2017). 
Christian Nunes da Silva 
 
27 
 
Figura 11: Camadas Localidades_Para e Rodovias_ Para. 
 
Agora busque o arquivo do tipo poligono, denominado 
Limite_Municipal_Para, que também está na pasta Vetorial. 
 
 
Figura 12: Camadas Localidades_Para, Rodovias_Para e Limite_Municipal_Para. 
 
 Após a importação do polígono, é necessária a organização das camadas, do 
“menor” para o “maior” objeto, de cima para baixo, para evitar a ocultação das 
camadas menores, pelas maiores. Para isso, mova as camadas12 seguindo então a 
orientação Ponto > Linha > Polígono. 
 Seguindo a mesma dinâmica de importação, adicione as camadas 
Hidro_Para, Hidrografia_Poligono_Para e Sedes_Municipais_Para13. 
 
12 Para mover a camada selecionada clique com o botão esquerdo do mouse e mantenha pressionado, 
arrastando para o local desejado. 
13 Ao importar novos arquivos, pressionando o botão Ctrl, juntamente com o botão esquerdo do mouse, o 
usuário poderá selecionar vários arquivos de uma só vez. 
Christian Nunes da Silva 
 
28 
 
Figura 13: Camadas Localidades_Para, Rodovias_Para, Limite_Municipal_Para, Hidro_Para, 
Hidrografia_Poligono_Para e Sedes_Municipais_Para. 
 
Após a importação das camadas é necessário a organização da hierarquia, 
isto é, quando o conjunto de camadas possuir mais de dois objetos do mesmo tipo 
de geometria (ou ponto, ou linha, ou polígono) o usuário deverá manter como 
prioridade – em cima dos das demais camadas, o objeto/feição com maior 
importância para o mapa, ou seja, que vai aparecer “em cima” dos outros objetos ou 
geometrias. Desta forma, organize as camadas na seguinte ordem: 
1ª Camada: Sedes_Municipais_Para – Ponto; 
2ª Camada: Localidades_Para – Ponto; 
3ª Camada: Rodovias_Para – Linha; 
4ª Camada: Hidro_Para – Linha; 
5ª Camada: Hidrografia_Poligono_Para – Polígono. 
6ª Camada: Limite_Municipal_Para – Polígono; 
 
Note que a camada hidrografia é exibida de dois modos diferentes: linha e 
polígono, por se tratar de informações diferenciadas quanto ao tamanho/largura dos 
corpos d’água e a escala de visualização. 
 
2.2. Alterando o Visual: Valor Único (cores únicas) por Camada 
 
A representação das camadas encontra-se com cores e símbolos 
selecionados aleatoriamentepelo programa. Para a representação de um bom mapa 
e para seguir as convenções cartográficas, é necessário alterar essas cores e 
símbolos segundo o interesse do usuário. Para isso, vamos clicar com o botão 
Christian Nunes da Silva 
 
29 
direito na camada Sedes_Municipais_Para14 e selecionar a opção Propriedades 
na janela apresentada: 
 
 
Figura 14: Selecionando a opção Propriedades. 
 
A janela que será mostrada possui as informações gerais da feição 
selecionada. Na opção Simbologia é permitido modificar o tipo de símbolo e a cor 
das geometrias desenhadas de uma camada selecionada. Então, vamos alterar o 
símbolo e a cor de Sedes_Municipais_Para. Clique em Simple fill, mude a cor do 
preenchimento para amarelo, contorno preto e tamanho 2,00000. 
 
 
Figura 15: Propriedades da camada Sedes_Municipais_Para. 
 
14 Também é possível abrir a janela de Propriedades da Camada clicando duas vezes sobre a camada de 
interesse. 
Christian Nunes da Silva 
 
30 
Ao alterar a cor e clicar em aplicar ou em Ok as simbologias serão 
automaticamente modificadas na área de visualização da geometria. 
 
 
Figura 16: Camada Sedes_Municipais_Para alterada a forma e a cor. 
 
 Altere as cores e formas das demais camadas: 
Localidades_Para – tipo circle, preenchimento preto, tamanho 1.00000; 
Rodovias_Para – tipo Residential Road, cor vermelho, espessura 0.26000; 
Limite_Municipal_Para – Clique em Fill = Preenchimento simples, Preenchimento 
Transparente, borda/contorno preto, espessura da borda 0.600000; 
Hidro_Para – tipo Residential Road, cor azul, espessura 0.26000; 
Hidrografia_Poligono_Para – Preenchimento simples, Preenchimento azul, borda 
azul. 
 O programa faz a mudança da simbologia automaticamente. 
 
 
Figura 17: Propriedades da camada. 
Christian Nunes da Silva 
 
31 
 
 A simbologia é um dos principais elementos que favorecem o entendimento 
do mapa produzido. Assim, é necessário ao elaborador do mapa que tenha 
conhecimentos referentes às convenções cartográficas, cartografia temática e 
variáveis visuais, que podem ser encontrados em alguns textos citados nas 
Referencias Bibliográficas no final deste livro. 
 
2.3. Inserindo o Rótulo 
 
Após inserir as camadas desejadas é possível inserir rótulos que constam 
como informações na tabela de atributos da camada. Para isso, na camada 
Sedes_Municipais_Para, clique com o botão direito e selecione Propriedades, a 
janela de propriedades da camada será aberta. Escolha a opção Rótulos, logo 
abaixo da opção Estilo. 
 
 
Figura 18: Propriedades da camada – Inserindo Rótulos da Camada Sedes_Municipais_Para. 
 
Em seguida, escolha as opções de rótulo desejadas. Nesse caso, selecione a 
opção Rótulos Individuais, em Valor selecione o atributo NOME, fonte Times New 
Roman, estilo normal, tamanho do texto 6.0000 e cor preto. 
Christian Nunes da Silva 
 
32 
 
Figura 19: Propriedades da camada – Inserindo Rótulos da Camada. 
 
Os rótulos serão inseridos automaticamente, seguindo as características 
escolhidas pelo usuário. É possível inserir no rótulo a informação de dois atributos 
(dois rótulos) de uma única camada. Para isso, clique na camada 
Sedes_Municipais_Para e ative a janela de Propriedades, na opção Rótulos 
selecione ao lado da caixa Rotular Individuais o ícone (Caixa de diálogo 
expressão), onde você vai escolher a expressão para adicionar o rótulo adicionando 
a expressão Concatenação de string ( || ). 
Assim, clique em Campos e Valores e com duplo clique selecione a 
expressão "NOME" || "TOTHM", clique em ok. 
 
 
Figura 20: Propriedades da camada – Inserindo Duplo Rótulo da Camada. 
 
Christian Nunes da Silva 
 
33 
 
Figura 21: Selecionando as propriedades da camada – Inserindo Duplo Rótulo da Camada. 
 
Note que a expressão criada foi adicionada ao campo Rótulos individuais. 
Depois pode-se modificar a Fonte e seu tamanho, para adequar melhor o rótulo à 
geometria. Clique em Ok para fechar a caixa de Propriedades e visualizar o 
desenho/rótulo criado. 
 
 
Figura 22: Selecionando as propriedades da camada – Inserindo Duplo Rótulo da Camada. 
 
 Assim, note que também foi inserido no rótulo das geometrias a informação 
do total de Homens e Mulheres, conforme selecionado anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
34 
EXERCÍCIO 1: Construindo um Mapa e Organizando Camadas no QGIS. 
 
• Crie um Projeto Cartográfico no QGis chamado Barcarena, onde deverá ter as 
camadas editadas conforme a tabela abaixo. Todos os arquivos estão no formato 
.shp e disponíveis na pasta Vetorial na base de dados. 
• Organize as camadas segundo sua importância para o mapa e hierarquia (Ponto, 
Linha e Polígono). 
 
Após o término do trabalho, crie o mapa na opção Novo Compositor de 
Impressão. Para a geração do Mapa, sugerimos que o Usuário verifique o Módulo 
5: Compositor de Impressão. 
Coloque os elementos do mapa: mapa principal, legenda, escala, orientação, 
fonte e grade de coordenadas. 
Camadas 
Representação 
Cartográfica 
Tamanho / 
Largura / 
Contorno 
Cor 
(R-G-B) 
Símbolo 
Representação 
Símbolo 
Bairros_Barcarena 
Preenchimento 
Simples 
0.70 
Contorno Verde 
Preenchimento 
Transparente 
Contorno 0.70 
Estilo Linha 
Sólida 
 
Equip_Urbanos_Barcare
na 
Ponto 
Marcador 
Simples 
1 
Preenchimento 
Azul 
Círculo 
 
 
Hidro_Poligono_Barcare
na 
Polígono 1 
Preenchimento 
Azul 
Preenchimento 
e Borda Estilo 
Sólido 
 
Hidro_Linhas_Barcarena 
Linha 
Simples 
 
0.40 Contorno Azul Linha sólida 
 
 
Estradas_Barcarena Linha 0.26 
Contorno 
Vermelho 
Linha sólida 
 
Localidades_Barcarena Ponto 2 Cor Vermelho Caixa 
 
Limite_Municipal_Barcar
ena 
Polígono 1 
Contorno Preto 
Preenchimento 
Transparente 
Contorno 1 
Estilo Linha 
Tracejada 
 
Grandes_Projetos_Barca
rena 
Ponto 3 Cor Laranja Diamante 
 
Mineroduto_Barcarena Linha 1 Contorno 
Violeta 
Linha Sólida 
Ruas_Barcarena Linha 0.26 Contorno Preto 
Linha 
Sólida 
 
Limite_Municipal_Para Polígono 0.26 
Contorno Cinza 
Preenchimento 
Transparente 
Contorno 0.26 
Estilo Linha 
Tracejada 
 
Terminais_de_Integração
_Barcarena 
Ponto 4 Cor Lilás Estrela * 
Christian Nunes da Silva 
 
35 
2.4. Alterando o Visual: Valor Categorizado15 
 
O QGis permite atribuir uma cor diferente para cada feição de uma camada, 
de acordo com os atributos disponíveis nessa camada. Para isso, clique duas vezes 
na camada Limite_Municipal_Para, para abrir a janela de propriedades da camada. 
Na opção Estilo, selecione Categorizado. 
 
 
Figura 23: Alterando o Visual - Categorizado. 
 
 Após escolher categorizado, o usuário seleciona a coluna da tabela de 
atributo que possui a informação desejada. Nesse caso, escolheremos a opção 
NOMEMESO, depois clique em Classifica para que as cores das categorias sejam 
classificadas. Clique em aplicar, e em Ok, o resultado será apresentado na figura 
abaixo. 
 
 
Figura 24: Alterando o Visual - Categorizado. 
 
Para selecionar as cores dos atributos numéricos, a partir de valores, é 
necessário selecionar a opção Graduado, depois selecionar o atributo desejado, 
neste caso, selecione TOTHM, que é o total de homens e mulheres no estado do 
Pará. Selecione a barra de cores que interessa e na opção Modo marque o item 
 
15 Após a realização do exercício, reabra o projeto cartográfico Aula1, para a continuação dos próximos módulos. 
Christian Nunes da Silva 
 
36 
Quantil (contagem igual), em seguida clique no número de classes que serão 
mostradas = 6, posteriormente clique em Aplicar, e em Ok. O resultado pode ser 
visualizado na figura a seguir. 
 
 
Figura 25: Alterando o Visual - Graduado. 
 
 
Figura 26: Alterando o Visual - Graduado. 
 
 O QGis possui outras opções de graduação/modificação de cores que podem 
ser escolhidas de acordo com a necessidade do usuário. A escolha de outras 
variações de cores leva em consideração os dados numéricos/quantitativos 
presentes nos atributos das camadas,desse modo, a opção Quantil = contagem 
igual, entre outros, mostrará ao usuário intervalos numéricos de acordo com os 
dados contidos na tabela de atributos da camada. 
 Categorize também as camadas: 
• Ponto: Sedes_Municipais_Para, Modo Graduado, opção Quantil 
(Contagem igual), escolha o atributo TOTHM; 
• Linha: Rodovias_Para, Modo Categorizado, atributo CD_Adminis. 
 
Christian Nunes da Silva 
 
37 
O Qgis permite que alterações de visual sejam copiadas de uma camada para 
outra. Basta clicar com o botão direito em cima da camada que contem as 
características de visual pretendidas, escolher a opção Estilos, clicar em Copiar 
Estilo, depois clicar na camada onde as características serão inseridas, clicar em 
Estilo novamente e selecionar Colar estilo. Contudo, para que a nova alteração de 
visual seja realizada as duas camadas deverão ter os mesmos campos de valores 
na tabela de atributos. 
 
EXERCÍCIO 2: Construindo Mapas e Organizando Camadas no QGIS. 
 
• Crie um Projeto Cartográfico no QGis chamado Meio Ambiente Barcarena, com 
as camadas editadas abaixo: 
Nome do Tema 
Representação 
Cartográfica 
Simbologia na Legenda 
Hidro_Poligono_ 
Barcarena 
Polígono Preenchimento Sólido, cor azul anil. 
Limite_Municipal 
Barcarena 
Polígono Preenchimento Transparente, Borda Preto, largura 0.26. 
Geologia_ 
Barcarena 
Polígono 
Estilo: Categorizado/Coluna NM_UNID_GE/Cor do 
Gradiente YlOrBr/Classifica/Ok 
Geomorfologia_ 
Barcarena 
Polígono 
Estilo: Categorizado/Coluna NM_UNID_GE/Cor do 
Gradiente YlOrRd/Classifica/Ok 
 
Vegetação_ 
Barcarena 
Polígono 
Estilo: Categorizado/Coluna NOME/ 
Cor do Gradiente YlGn/Classifica/Ok 
Pedologia_ 
Barcarena 
Polígono 
Estilo: Categorizado/Coluna NM_CLASSE_/Cor do 
Gradiente OrRd/Classifica/Ok 
Uso_do_Solo_ 
Barcarena 
Polígono 
Estilo: Categorizado/Coluna SPRCLASSE/Cor do 
Gradiente Oranges/Classifica/Ok 
Limite_Municipal 
Para 
Polígono Preenchimento Transparente, Borda Cinza, largura 0.26. 
 
• Organize os Temas segundo sua importância para o mapa e hierarquia (Ponto, 
Linha e Polígono). 
Christian Nunes da Silva 
 
38 
• Após o término do trabalho, crie o mapa na opção Novo Compositor de 
Impressão. Coloque os elementos do mapa: mapa principal, legenda, escala, 
orientação, fonte e grade de coordenadas. Como são 5 temáticas diferentes, 
selecione uma das camadas de cada vez para a elaboração dos 5 mapas. 
 
2.5. Visualização de Gráficos Estatísticos: Torta/Pizza e Barras/Colunas16 
 
Podemos ainda representar as informações disponíveis em uma coluna da 
tabela de atributos em forma de gráficos estatísticos. Nessa opção, vamos trabalhar 
com os gráficos de pizza/tortas. Os gráficos são úteis para demonstrar várias 
informações numéricas/estatísticas de uma vez só e, juntamente com a geometria 
dos mapas possibilitam a compreensão mais ágil da informação. 
Ainda na camada Limite_Municipal_Para existem variáveis de população 
masculina (TOTH) e feminina (TOTM) que podemos utilizar para a geração dos 
gráficos. Assim, na janela de Propriedades, selecione a opção Diagramas. 
 
 
Figura 27: Selecionando os parâmetros para a criação de gráficos de tortas. 
 
 Marque a opção Mostrar Diagramas e em Tipo de Diagrama escolha a 
alternativa Gráfico de Pizza, depois selecione a opção TOTM e clique no símbolo 
de +, a seguir, selecione a opção TOTH e novamente clique em +, lembrando que 
esses campos devem ser "numéricos". Na figura a seguir escolhemos 2 campos, 
TOTM (Total Mulher) e TOTH (Total Homem), pois são as únicas informações 
disponíveis nesta tabela de atributos que pode ser cruzada, as demais informações 
 
16 Após a realização do exercício, reabra o projeto cartográfico Aula1, para a continuação dos próximos módulos. 
Christian Nunes da Silva 
 
39 
alteram a informação do gráfico final criado e distorcem a informação final. Assim, 
clique em aplicar e em Ok e visualize o mapa com o gráfico escolhido. 
 
Figura 28: Selecionando os parâmetros para a criação de gráficos de torta. 
 
É possível ainda alterar as cores dos atributos selecionados segundo o 
interesse do usuário. Para ajustar os gráficos gerados, volte na janela anterior e 
clique na opção tamanho, selecione tamanho fixo, escolha 6.00000. 
 
 
Figura 29: Selecionando os parâmetros para a criação de gráficos de torta. 
 
 Assim, selecionando o tamanho fixo os gráficos aumentarão ou diminuirão 
segundo o zoom escolhido para a área de visualização do mapa. Também é 
possível criar gráficos de barras/colunas. Para isso, na Janela de Propriedades, na 
opção Tipo de Diagrama selecione Histograma, em atributos, escolha os dados 
que comporão o gráfico selecionando o atributo e clicando em +. 
Christian Nunes da Silva 
 
40 
 
Figura 30: Selecionando os parâmetros para a criação de gráficos de barras. 
 
 Em renderização, escolha a espessura da barra 3: 
 
 
Figura 31: Selecionando os parâmetros para a criação de gráficos de barras. 
 
 Na opção Tamanho, marque em Tamanho Escalado (Scaled size), para 
selecionar o atributo de base, ou seja, TOTHM que é o total de homens e mulheres 
e será a referência principal para a criação do gráfico. Depois, em Valor Máximo 
clique em Encontrar e em Comprimento da Barra coloque o valor 30. Clique em 
Aplicar e Ok. 
Christian Nunes da Silva 
 
41 
 
Figura 32: Selecionando os parâmetros para a criação de gráficos de barras. 
 
Note a modificação do tipo de gráfico: 
 
 
Figura 33: Resultado da criação de gráficos de barras. 
 
Esses gráficos são interessantes como forma de comunicação e, juntamente 
com o mapa principal, possibilitam a representação de inúmeras informações 
numéricas, permitindo ao usuário a criação de gráficos com mais de duas 
informações. 
 
2.6. Salvando uma Camada para a Base de Dados Externa 
 
Nessa atividade, vamos salvar uma camada vetorial para fora do projeto 
cartográfico. Para isso, clique no município de Altamira, que está contido na 
Christian Nunes da Silva 
 
42 
camada Limite_Municipal_Para. Para a seleção use a ferramenta Selecionar 
feições por área ou por simples clique, disponível no ícone . 
 
Figura 34: Selecionando a feição do município de Altamira. 
 
No botão esquerdo do mouse, selecione o município de Altamira, caso o 
interesse for de selecionar mais de um município, basta pressionar conjuntamente 
com o botão de seleção do mouse a tecla Ctrl17. Após a seleção, o município de 
Altamira ficará marcado na cor Amarela. 
Em seguida clique com o botão direito na camada Limite_Municipal_Para e 
selecione a opção Exportar e em seguida selecionar a opção Salvar feições 
selecionada como.. 
 
 
Figura 35: Salvando camada para área externa do Projeto Cartográfico. 
 
Ao abrir a janela mantenha o formato shapefle e clique em Buscar, para 
selecionar o local onde deseja salvar (pasta Base de Dados/Exercícios). Adicione e 
o nome do arquivo (Altamira) e clique em Salvar. 
 
17 Mantenha a tecla pressionada para selecionar mais de uma feição. 
Christian Nunes da Silva 
 
43 
A projeção (SRC 4326) será escolhida da camada de origem. Clique em 
Adicionar arquivo salvo no mapa. Depois clique em OK. 
 
 
Figura 36: Selecionando as características para salvar camada vetorial como. 
 
Desmarque as outras camadas para visualizar a camada salva na Base de 
Dados/Exercícios e ativa no mapa. 
 
 
Figura 37: Nova camada salva na pasta Exercícios e ativa no projeto cartográfico. 
 
Dessa forma o usuário pode salvar qualquer camada selecionada para uso 
posterior no QGis ou em outro software que suporte o formato shapefile. Outra forma 
de selecionar as feições de uma camada e salvar posteriormente é por meio da 
consulta espacial, consulta por atributo ou utilizando a opção filtro, que veremos 
mais adiante. 
Christian Nunes da Silva 
 
44 
2.7. Extração de dados vetoriais da Internet com o uso da função 
OpenStreetMap (OSM) 
 
• Extensão QuickOSM 
Continuando com o projetocartográfico Aula1 aberto, apresentaremos agora 
uma possibilidade de extração de informações vetoriais com o uso do QGis, sem a 
necessidade de vetorização e/ou criação de novo shapefile no formato manual ou 
pelo resultado de operações espaciais. O QGis possui uma ferramenta capaz de 
extrair informações vetoriais a partir de uma determinada região, representada como 
polígono na área de visualização de geometrias. Para isso, como limite do polígono, 
vamos trabalhar com a camada criada anteriormente Altamira. 
O OpenStreetMap é um aplicativo que faz parte das ferramentas disponíveis 
pela empresa Google que disponibiliza uma série de ferramentas geográficas com 
informações vetoriais e matriciais. Essa ferramenta está disponível na internet e 
também como acessório do programa Google Earth18. Assim, para acessar essa 
ferramenta, o usuário deve estar conectado na web e clicar na Barra de Menu 
Principal, selecione Vetor, e vá até a opção QuickOSM. 
 
 
Figura 38: Importando dados vetoriais a partir do OpenStreetMap, a partir da camada Altamira. 
 
Com a janela aberta, na opção Chave, selecione um valor para gerar a 
consulta dos dados vetoriais, neste caso escolha os dados vetoriais land use. Em 
Extensão da camada selecione a camada que foi criada anteriormente, Altamira, 
que será o polígono da área onde serão importados os dados. Em seguida 
selecione a opção executar consulta. 
O resultado da pesquisa vai ser apresentado na interface. Note que os 
vetores gerados estão em formato de Arquivo OpenStreetMap (.osm) para salvar 
 
18 Este programa está disponível na Base de Dados dos módulos práticos deste livro, na pasta Programas. 
Christian Nunes da Silva 
 
45 
os arquivos como Shapefile, selecione a camada vetorial desejada, com o botão 
direito do mouse, e vá até a opção Exportar e em seguida selecione Salvar feições 
como. Será aberta uma janela, e escolha o local de salvamento das camadas 
vetoriais que serão importadas, salve em nossa pasta Exercícios, nomeie o novo 
arquivo como: Uso da terra _ Altamira. Após escolher o local de salvamento e 
nome do arquivo, clique em Ok 
 
 
Figura 39: Inserindo parâmetros para extração de informações do município de Altamira, por meio do 
QUICK OSM. 
 
• Extensão Download OSM 
É possível realizar a extração de dados vetoriais a partir de outro 
complemento da extensão OpenStreetMap. Dessa forma, para realizar o download 
dos arquivos vetoriais busque o ícone (Download OSM) disponível 
na barra de atalho. Ao selecionar este ícone, desenhe a extensão da área em que 
se deseja realizar a busca dos dados vetoriais. 
Christian Nunes da Silva 
 
46 
 
Figura 40: Inserindo parâmetros para extração de informações do município de Altamira, por meio do 
Download OSM. 
 
Vale destacar que a extensão da área selecionada interfere no tempo de 
processamento dos dados vetoriais, já que diferente da etapa anterior, em que foi 
realizado o download de apenas um dado vetorial, com o complemento Download 
OSM é possível fazer o download de todos os dados vetoriais disponíveis na área 
selecionada, portanto o tempo de processamento pode ser maior. 
Uma janela será aberta contendo os dados das coordenadas geográficas da 
área selecionada. Em Arquivo de saída, selecione o local de salvamento das 
camadas vetoriais que serão importadas, salve em nossa pasta Exercícios, nomeie 
o novo arquivo como: Vetorial_Altamira. Note que o formato que será salvo é 
Arquivo OpenStreetMap (.osm). Após escolher o local de salvamento e nome do 
arquivo, clique em Ok. 
 
 
Figura 41: Inserindo parâmetros para extração de informações do município de Altamira, por meio do 
OpenStreetMap. 
Christian Nunes da Silva 
 
47 
Após a realização da importação, feche a janela e busque o arquivo 
adicionando o arquivo vetorial . Contudo, para a importação do arquivo 
Vetorial_Altamira marque na janela de importação o formato do arquivo 
OpenStreetMap (.osm). Será aberta uma janela pedindo a seleção das camadas 
vetoriais para adicionar, nesse momento o usuário poderá escolher o tipo de 
informação que deseja (ponto, linha ou polígono). Em nosso caso, clique em 
Selecionar tudo, todas as informações importadas serão selecionadas, clique em 
Ok. 
 
 
Figura 42: Escolhendo as camadas para serem abertas de Altamira. 
 
Nesse sentido, todos os dados disponíveis no OpenStreetMap da área 
selecionada do município de Altamira serão importados e estarão disponíveis como 
camadas, com sua separação em ponto, linha e polígono. As camadas vetoriais são 
importadas de forma completa e genérica, isto é, as informações de estradas, 
rodovias e outras linhas são importadas junto, assim também os pontos e os 
polígonos. Assim, é função do usuário a filtragem e seleção das informações 
vetoriais que lhe interessam. 
 
 
Figura 43: Resultado da extração das informações de Altamira, por meio da importação do 
OpenStreetMap. 
Christian Nunes da Silva 
 
48 
Após aberta a camada no formato .osm o usuário pode salvar externamente 
esse arquivo no formato shapefile ou outro que for conveniente. 
 
 
2.8. Criando uma Nova Camada do Tipo Shapefile19 
 
Nesse capítulo vamos criar um novo shapefile. Nesse caso, poderão ser 
criados shapes de pontos, linhas e polígonos, segundo a necessidade do usuário. 
Para continuarmos as atividades, salve e feche o projeto cartográfico Aula1 e crie 
um novo projeto cartográfico chamado de Aula2 e salve na pasta exercícios, dentro 
da pasta Base de Dados. Importe o shapefile Limite_Municipal_Marajo, que está 
na pasta Vetorial. 
O QGis permite a criação de novas camadas do tipo ponto, linha ou polígono. 
Para criar uma nova camada para edição, escolha na barra de atalhos do menu 
Gerenciar Camadas o atalho shapefile ( ). Será exibida a caixa de diálogo da 
figura a seguir, nela o usuário deve escolher a opção do tipo de camada (Ponto, 
linha ou polígono). 
 
 
Figura 44: Criando uma Nova Camada do Tipo Shapefile - Selecionando as características da 
Camada. 
 
Na opção Tipo de Geometria Escolha a opção Ponto. O programa vai definir 
uma projeção a partir do projeto cartográfico já ativo. Para cada camada, o programa 
permite que adicione as colunas dos atributos, clicando no botão e especificando um 
nome e o tipo de dado para o atributo. São possíveis atributos com dados de texto, 
número inteiro, número decimal e data. Além disso, e de acordo com o tipo de 
 
19 Utilizamos em algumas etapas desse módulo as sugestões de CENSIPAM (2016). 
Christian Nunes da Silva 
 
49 
atributo, você pode também definir a largura e a precisão da coluna do novo atributo. 
Escreva em Nome a palavra Localidade, em Tipo selecione Dados de Texto 
(string), clique adicionar campos à lista, depois insira a palavra População, Tipo = 
Número Inteiro (Integer) e clique em adicionar campos à lista novamente. 
Depois de adicionado as novas colunas, clique em Ok e salve a camada na 
pasta Base de Dados/Exercícios com o nome Localidades_Marajo, no formato 
shapefile. 
 
Figura 45: Salvando a Nova Camada do Tipo Shapefile criada. 
 
A partir de agora o usuário já pode vetorizar as feições da camada criada. 
Para iniciar o desenho das geometrias no mapa clique em Alternar edição, no ícone 
 na barra de atalhos do menu editar. Então, o usuário já pode capturar os 
pontos, clicando na opção adicionar feição, ícone , na mesma barra de atalhos. 
Na área de camadas deixe ativa somente a camada Limite_Municipal_Marajó e 
inicie a captura de pontos clicando aleatóriamente na área dos municipios 
marajoaras. 
Note que a partir do momento que se faz um clique na área de visualização 
do mapa é aberta uma janela para inserir as informações dos atributos da camada. 
Nesse caso, ainda não insira nenhuma informação, pois as informações da tabela de 
atributos dessa camada serão inseridas em outro momento, quando trabalharemos 
com a tabela, clique em Ok nessas janelas. 
 
Christian Nunesda Silva 
 
50 
 
Figura 46: Salvando a Nova Camada do Tipo Shapefile criada. 
 
Crie vinte pontos aleatórios, simulando a localização de localidades inseridas 
na ilha do Marajó. 
 
 
Figura 47: Salvando a Nova Camada do Tipo Shapefile criada. 
 
Se o usuário desejar aproximar a área de visualização ou mover a área de 
visualização é possivel usando os ícones contidos na barra de atalhos do menu 
exibir e, para retornar à edição é só clicar novamente no ícone adicionar feição 
( ). Por fim, Clique na opção Salvar edições na camada (ícone ). Pronto, 
sua nova camada está criada e salva. Clique novamente na opção Alternar edição, 
( ) para que a edição seja finalizada. 
Para linhas e polígonos, mantenha o clique com o botão esquerdo do mouse 
para cada ponto adicional que pretende capturar. Quando acabar de adicionar os 
pontos, clique com o botão direito no local do ponto final da linha ou no vértice final 
do polígono. Em caso de desenho incorreto o usuário pode apagar a feição criada 
Christian Nunes da Silva 
 
51 
clicando em Selecionar feições por área ou por simples clique (no ícone ) 
selecionar a feição e clicar em deletar no teclado do computador. 
A criação e edição de vetores é uma das ferramentas mais importantes do 
QGis, pois possibilita criar novas informações e realizar diversas operações 
geográficas com as camadas criadas, além de ser possível sua exportação e 
manuseio em outro programa. 
 
 
 
EXERCÍCIO 3: 
1 - Crie uma camada de linhas, chamada Estradas_Marajo e simule a localização 
de estradas na ilha. Coloque os atributos = Administracao (tipo texto) e Pavimento 
(tipo texto). Desenhe 10 linhas. 
2 - Crie uma camada de polígonos, chamada UC_Marajo e simule a localização 
dessas Unidades de Conservação (UC) na ilha. Coloque os atributos = Tipo (tipo 
texto) e Uso (tipo texto). Desenhe 10 polígonos. 
 
2.9. Ferramenta de Consulta Espacial 
 
Essa opção permite a realização de consultas espaciais, por meio da 
pesquisa das propriedades da camada a partir das suas características geométricas. 
Para isso, clique na barra de menu principal em Vetor, e posteriormente, clique em 
Consulta Espacial20. 
 
 
Figura 48: Acionando a Opção Consulta Espacial. 
 
 
20 Caso essa operação não esteja ativa no local indicado, deve-se ativar o Complemento de Pesquisa 
Espacial, na área de ferramentas, na opção Complementos, clicando em Gerenciar e instalar complementos, 
ativando posteriormente o complemento desejado. 
Christian Nunes da Silva 
 
52 
Nesse item, você pode consultar, por exemplo, todas as informações da 
camada Localidades_Marajo que estão contidas na camada 
Limite_Municipal_Marajo. 
 
Figura 49: Parâmetros da Consulta Espacial. 
 
Assim, selecione o parâmetro das feições a partir de 
Limite_Municipal_Marajo, que contem as Localidades_Marajo. Clique em 
Aplicar. 
 
 
Figura 50: Parâmetros da Consulta Espacial. 
 
Christian Nunes da Silva 
 
53 
Com essa consulta, foram selecionados todos os municípios que contém 
localidades do Marajó. Existem várias opções de consulta espacial, que dependerá 
do interesse do usuário e do tipo de consulta que a camada permitir. 
 
Figura 51: Tipos de Consulta Espacial. 
 
No QGis essas consultas funcionam conforme consultas/interrogações 
(query) específicas ao programa, usando a linguagem SQL (Structured Query 
Language), ou em português Linguagem de Consulta Estruturada, em que o 
programa cria automaticamente as queries (consultas) para o usuário em um banco 
de dados relacional, como se fossem fórmulas. Assim, o usuário pode investigar as 
geometrias por meio de seus atributos, escrevendo um query, que automaticamente 
selecionará os objetos que encontrar dentro do critério especificado. 
O tipo mais simples de query é o que relaciona um atributo (por exemplo, 
Localidades Marajó), um valor (por exemplo, contido na camada Limite Municipal) e 
uma relação entre ambos (por exemplo, “contiver”), usando esse exemplo, o query 
pode ser construído como: “Selecionar Localidades do Marajó contidas no Limites 
Municipais”. Assim há outras relações espaciais disponíveis na caixa that, cada uma 
produzindo um resultado diferente. São elas: 
• Contiver: Esse método seleciona objetos em uma camada que contém os objetos 
de outra camada. Para Silva (2003) essa função compreende as relações existentes 
entre elementos contidos em outros elementos. Nesse caso, é permitido que os 
limites dos objetos se toquem. 
• For desunida: Esse método seleciona objetos em uma camada que não estão 
contidas e/ou não se tocam com os objetos de outra camada. Para Silva (2003) essa 
Christian Nunes da Silva 
 
54 
função é definida pelas relações matemáticas entre os elementos que não possuem 
limites comuns. 
• For igual a: Esse método seleciona qualquer objeto que tenha a mesma 
geometria de um objeto de outra camada. Nesse sentido, Silva (2003) informa que 
essa função mostra a singularidade dos elementos que possuem as mesmas 
relações geométricas, como, por exemplo, quando dois mapas são superpostos, 
determinados polígonos em ambos os mapas podem possuir a mesma geometria, 
porém, tem significados espaciais diferentes. 
• Inserir: Esse método seleciona objetos em uma camada que estejam 
completamente dentro de polígonos de outra camada. 
• Interceptar: Esse método seleciona qualquer objeto que seja sobreposto por 
objetos de outra camada, bem como aqueles que limitam o objeto de referência. Ou 
seja, essa opção representa o cruzamento de um elemento linear com um dos 
contornos de determinado polígono, nesse caso, esse tipo de relação topológica 
pode ser observada quando se estuda os limites municipais e a rede hídrica de uma 
determinada região (SILVA, 2003). 
• Sobrepor: Esse método seleciona objetos que são sobrepostos por objetos de 
outra camada. 
• Tocar: Esse método seleciona linhas e polígonos que compartilham segmentos 
de linhas, vértices ou nós com as linhas da camada. 
Para Matos (2008), nas funções de sobreposição (contiver, interceptar, 
sobrepor) dois temas são utilizados como informação de entrada e resulta em um 
tema de saída, que é obtido por uma nova estrutura topológica, que incorpora 
elementos gráficos e atributos dos temas originais. É importante informar que todos 
os dados consultados podem ser salvos em formato shapefile, para serem 
trabalhados em outro projeto cartográfico do QGis ou programa, como o Terraview 
ou o ArcGis. 
 
 
 
 
 
 
Christian Nunes da Silva 
 
55 
MÓDULO 3. MANIPULANDO A TABELA DE ATRIBUTOS 
 
Neste módulo apresentaremos as funcionalidades do software relativas à 
manipulação de tabelas de atributos. Para isso continuaremos usando o projeto 
cartográfico criado na aula anterior (Aula2), para isso, importe o arquivo 
Limite_Municipal_Para, que encontra-se na pasta Vetorial. 
 
3.1. Editando a Tabela de Atributos 
 
A tabela de atributos mostra as características e atributos das feições de uma 
determinada camada. E, cada linha e coluna da tabela de atributos possui uma 
coluna de ligação com a geometria, isto é, ao selecionar ou editar a tabela de 
atributos o usuário modifica também as informações que podem gerar o mapa no 
final. Assim, toda vez que criamos uma camada vetorial, a mesma vem 
acompanhada de uma única tabela de atributos descritivos, que muitas vezes traz 
informações reduzidas de forma a não tornar o arquivo muito “pesado”. 
Por exemplo, clicando com o botão direito do mouse, podemos abrir a tabela 
de atributos da camada Limite_Municipal_Marajo, selecionando a opção Abrir 
tabela de atributos, que também pode ser encontrada pelo ícone , na barra de 
atalhos do Menu Camada. 
 
 
Figura 52: Tabela de atributos da camada Limite_Municipal_Marajo. 
 
A linha selecionada na tabela de atributos representa todos os atributos de 
uma feição ativa na camada. A tabela de atributos reflete qualquer mudança na 
Christian Nunes da Silva 
 
56 
seleção da camadana janela principal e vice-versa. Uma mudança na seleção da 
tabela de atributos também provoca uma mudança no conjunto de feições 
selecionadas na janela principal, e diferentes feições selecionadas na camada 
significam diferentes linhas a serem selecionadas (CENSIPAM, 2016). 
Então, abra a tabela de atributos da camada Localidades_Marajo, criada na 
atividade anterior. 
 
 
Figura 53: Tabela de atributos da camada Localidades_Marajo. 
 
Note que a tabela de atributos não possui informações, pois no momento em 
que a camada foi criada não foram colocadas características nas colunas 
Localidade e Populacao. Para editar, inserir ou deletar colunas ou linhas em uma 
tabela de atributos é necessário selecionar a camada que será alterada e clicar no 
item Alternar edição, no ícone na tabela de atributos, ou na barra de atalhos do 
Menu Editar. Ao selecionar a camada Localidades_Marajó e clicar nesse ícone 
será possível inserir informações na tabela de atributos da camada em edição, note 
que só poderá ser inserida o tipo de informação escolhida no momento da criação 
da camada, isto é, texto ou número. 
Christian Nunes da Silva 
 
57 
 
Figura 54: Editando a Tabela de atributos da camada Localidades_Marajo. 
 
Assim, é possível verificar que a tabela ficou ativa para edição. Com um duplo 
clique dentro de uma célula preencha aleatoriamente cada linha com as informações 
de Localidade = insira qualquer nome; e Populacao = insira qualquer valor. 
Para isso, escreva o nome ou número escolhido dentro da célula, clique em ENTER 
ou com os cursores de direção do teclado, passando para outra célula em branco 
para preenchimento. 
 
Figura 55: Editando a Tabela de atributos da camada Localidades_Marajo. 
 
Com as informações preenchidas o usuário pode clicar na opção Salvar 
Alterações (ícone ), na barra de menu da tabela de atributos, localizada na parte 
superior da tabela e, em seguida, clique em Alternar edição, no ícone , para 
finalizar a edição, com isso as células não poderão mais ser alteradas, pois não 
estarão mais em edição. 
Christian Nunes da Silva 
 
58 
 
Figura 56: Editando a Tabela de atributos da camada Localidades_Marajo. 
 
De outra forma, ao clicar em Alternar edição, no ícone , é possível: inserir 
novas feições (linhas), clicando no ícone (adicionar feição); excluir feição 
selecionada ; inserir nova coluna (Novo Campo) ; deletar coluna (excluir 
campo) , ou aproximar, copiar e colar linhas//feições selecionadas . 
 
 
 
EXERCÍCIO 4: 
1 – Insira informações aleatórias nas tabelas de atributos das camadas criadas 
Estradas_Marajo (Adiministracao = federal, municipal ou estadual / Pavimento = 
asfaltada sem asfalto) e UC_Marajo (Tipo = RESEX, REBIO, FLONA OU RDS / 
Uso = Restrito / Extrativista. 
2 – Altere as cores das camadas Localidades_Marajo, Estradas_Marajo e 
UC_Marajo, de acordo com as informações existentes na tabela de atributo de cada 
camada. 
 
3.2. Calculadora de Campo: Cálculo de Áreas 
 
Na tabela de atributos existe a opção Abrir calculadora de campo ( ), 
que permite o cálculo de área e perímetro conforme a geometria associada aos 
objetos da camada. O resultado será mostrado em uma nova coluna adicionada à 
tabela original da camada e podem ser salvos na camada de origem. Os valores 
são dados na unidade da projeção da camada de origem (metros ou graus 
decimais). 
Christian Nunes da Silva 
 
59 
Como exemplo, abra a tabela de atributos da camada UC_Marajo, clique em 
, e a janela da figura a seguir será aberta. 
 
Figura 57: Trabalhando com a tabela de atributos da camada UC_Marajo - Calculadora de Campo. 
 
Selecione Criar um novo campo, Digite o Nome do novo campo = Area, 
escolha a opção número inteiro. Depois, na coluna do meio, selecione em 
Geometria e dê um duplo clique na opção $area, para ela ser inserida na área à 
esquerda da janela. Caso a fórmula esteja errada o resultado incorreto será 
mostrado na área Prévia de saída. 
Por fim, clique em OK e o campo tamanho será adicionado com os valores 
da área das feições da camada UC_Marajo. 
 
 
Figura 58: Novo campo inserido com os valores de área das feições da camada UC_Marajo. 
 
 Para essa ação é necessário que os valores da camada estejam expressos 
na projeção UTM (planimétrica), que se apresenta em metros, caso contrario, se a 
Christian Nunes da Silva 
 
60 
projeção estiver em coordenadas geográficas (grau, minutos e segundos) os valores 
finais deverão ser convertidos. 
 
3.3. Cálculo de Distâncias 
 
 Assim como ocorre com a realização de cálculo de áreas, o QGis permite ao 
usuário a medição de distancias entre diferentes pontos de uma camada. Para essa 
ação importe o arquivo Grandes _Projetos_Barcarena e clique em Vetor, na aba 
de ferramentas, depois selecione Analisar e clique em Matriz de distância. 
 
 
Figura 59: Ativando a ferramenta Matriz de distância. 
 
A janela para a inserção dos parâmetros será mostrada a seguir: 
 
 
Figura 60: Janela para a geração da Matriz de distância. 
 
 Insira as seguintes informações na janela apresentada. 
Christian Nunes da Silva 
 
61 
1. Em Entrar com camada do ponto selecione a camada que possui as 
informações cujas distancias serão medidas, clique em Grandes 
_Projetos_Barcarena; 
2. Em Entrar com o campo de identificação exclusivo selecione a coluna da 
tabela de atributos da camada que possui a identificação das feições que 
terão suas distancias medidas. Nesse caso, selecione o campo Projeto; 
3. Na opção Local da camada de ponto alvo, selecione a camada que será 
medida, clique na mesma camada selecionada anteriormente, Grandes 
_Projetos_Barcarena; 
4. Campo exclusivo de identificação alvo, repita a coluna Projeto; 
5. No parâmetro Tipo de Matriz de Saída selecione a o algorítimo Matriz de 
distância linear (N*k x 3), que é o cálculo que será usado na identificação 
das distancias; 
6. Deixe a opção Use apenas pontos próximos do alvo (k) com o número 0; 
7. Em Matriz de distância, selecione o local de salvamento, nomeie a nova 
camada como Distancia_Projetos (formato .csv) e salve na pasta 
Exercícios; 
8. Clique em Run. 
 
 
Figura 61: Resultado da operação Matriz de distância. 
 
 Ao realizar o cálculo de distâncias será criada uma nova camada, 
denominada Matriz de distância, com as informações de distâncias entre os pontos 
na tabela de atributos, que pode ser visualizada a seguir. 
Christian Nunes da Silva 
 
62 
 
Figura 62: Tabela de atributos da camada Matriz de distância. 
 
 Na tabela de atributos da camada Matriz de distância será criada 
automaticamente as seguintes colunas: 
InputID: É o ponto inicial do cálculo de distância; 
TargetID: É o ponto final utilizado para o cálculo da distância, tendo como referência 
o ponto inicial; 
Distance: É a distancia calculada em metros, medido do ponto inicial ao ponto final. 
 
3.4. Ferramenta de Consulta por atributo 
 
Nesse item iremos realizar uma consulta pelos atributos disponíveis em uma 
camada. Diferente da consulta espacial, que busca pelas informações espaciais das 
camadas e suas relações geométricas, assim, a consulta por atributo pesquisa a 
partir das características da tabela de atributos da camada. Nesse sentido, a função 
de consulta é comum na maioria dos programas de geoprocessamento, e consiste 
em consultar o programa, para que o mesmo informe, com maior acurácia possível, 
as coordenadas geográficas de qualquer dado espacial, além do atributo a ele 
relacionado (SILVA, 2001; SILVA, 2003). 
Desse modo, vamos fazer a consulta por atributo, importando o arquivo 
Limite_Municipal_Para e abrindo sua tabela de atributos, clicando com o botão 
direito e selecionando a opção Abrir tabela de atributos, que também pode ser 
encontrada pelo ícone , na barra de atalhos do Menu Camada. 
Christian Nunes da Silva 
 
63 
 
Figura 63: Tabela de atributos da camada Limite_Municipal_Para. 
 
A consulta mais comum que pode ser

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