Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SUMÁRIO RACIOCÍNIO LÓGICO Estruturas lógicas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. Lógica sentencial (ou proposicional). Proposições simples e compostas. Tabelas-verdade. Equivalências. Leis de De Morgan. Diagramas lógicos. Lógica de primeira ordem............................................................................................................................................................... 01 Princípios de contagem e probabilidade................................................................................................................................................... 24 ATUALIDADES Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ecologia................................................................................................................. 01 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, emendas constitucionais e emendas constitucionais de revisão: princípios fundamentais...................................................................................................................................................... 01 Aplicabilidade das normas constitucionais. Normas de eficácia plena, contida e limitada. Normas programáticas.... 02 Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos. Direitos sociais. Direitos de nacio- nalidade. Direitos políticos........................................................................................................................................................................ 06 Organização político-administrativa: competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ................... 28 Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos................................................................................................ 34 Poder executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república........................................................... 41 Artigo 225 da Constituição Federal (Meio ambiente)................................................................................................................... 44 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios. Direito administrativo: conceito, fontes e princípios....................................................................................................................................... 01 Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. Invalidação, anulação e revogação. Prescrição.......................................................................................................................................................................................................... 08 Agentes administrativos. Investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos. Processo administrativo: conceito, princípios, fases e modalidades..................................................... 15 Lei nº 8.112/1990 e alterações: Regime Jurídico Único................................................................................................................... 19 Poderes da administração: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar....................................... 55 Princípios básicos da administração. Responsabilidade civil da administração: evolução doutrinária e reparação do dano. Enriquecimento ilícito e uso e abuso de poder.............................................................................................................. 60 Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação, formas e competência de prestação............................... 64 Organização administrativa. Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. Autarquias, funda- ções, empresas públicas e sociedades de economia mista........................................................................................................... 75 Controle e responsabilização da administração. Controle administrativo. Controle judicial. Controle legislativo. Responsabilidade civil do Estado............................................................................................................................................................. 82 Contratos administrativos: conceito e características. Lei nº 8.666/1993 e alterações (Normas para licitações e contratos).......................................................................................................................................................................................................... 90 Lei nº 10.520/2002, Decreto nº 5.504/2005 e Decreto nº 5.450/2005 (Pregão).................................................................... 97 Decreto 7.892/2013 (Sistema de Registro de Preços)...................................................................................................................... 106 Instrução Normativa 2/2008/MPOG (Regras e diretrizes para a contratação de serviços)............................................... 112 Decreto nº 2.271/1997 (Contratação de serviços)............................................................................................................................. 123 LÍNGUA PORTUGUESA ÍNDICE Compreensão e interpretação de textos............................................................................................................................................................ 01 Tipologia textual.......................................................................................................................................................................................................... 10 Ortografi a ofi cial.......................................................................................................................................................................................................... 12 Acentuação gráfi ca..................................................................................................................................................................................................... 15 Emprego das classes de palavras........................................................................................................................................................................... 18 Emprego/correlação de tempos e modos verbais......................................................................................................................................... 18 Emprego do sinal indicativo de crase.................................................................................................................................................................. 59 Sintaxe da oração e do período.............................................................................................................................................................................. 62 Pontuação...................................................................................................................................................................................................................... 77 Concordância nominal e verbal............................................................................................................................................................................. 71 Regências nominal e verbal.................................................................................................................................................................................... 81 Signifi cação das palavras......................................................................................................................................................................................... 86 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República)..................................... 91 Adequação da linguagem ao tipo de documento......................................................................................................................................... 91 Adequação do formato do texto ao gênero..................................................................................................................................................... 91 1 LÍ N G UA P O RT U G U ES A COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. Interpretação Textual Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo signifi cativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codifi car e decodifi car). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um signifi cado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identifi cação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamentações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, em uma prova, o candidato deve: Identifi car os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais defi nem o tempo). Comparar as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: conhecimento histórico- literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; capacidade de raciocínio. Interpretar/Compreender Interpretar signifi ca: Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Através do texto, infere-se que... É possível deduzir que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afi rmar que... Compreender signifi ca Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. O texto diz que... É sugerido pelo autor que... De acordo com o texto, é correta ou errada a afi rmação... O narrador afi rma... Erros de interpretação Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insufi ciente para o entendimento do tema desenvolvido. Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. Observação: Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão e Coerência Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). 2 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Dicas para melhorar a interpretação de textos • Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais in- formação você absorver com a leitura, mais chan- ces terá de resolver as questões. • Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom- pa a leitura. • Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. • Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). • Volte ao texto quantas vezes precisar. • Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. • Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão. • Verifi que, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. • O autor defende ideias e você deve percebê-las. • Observe as relações interparágrafos. Um parágra- fo geralmente mantém com outro uma relação de continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi - que muito bem essas relações. • Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. • Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Inter- pretação de Texto, mas para todas as demais ques- tões! • Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con- clusão. • Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- tem a outros vocábulos do texto. SITES Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/09- dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- provas> Disponível em: <http://www.portuguesnarede. com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um. html> Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/ cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm> EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) Texto CG1A1AAA A valorização do direito à vida digna preserva as duas faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala- se, singulariza-se em sua individualidade. O direito é o instrumento da fraternização racional e rigorosa. O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizável de justiça social. Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a revelação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana. Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. In: 50 anos da Declaração Universaldos Direitos Humanos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 (com adaptações). Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano tem direito a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobrevivência das espécies. b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário para defender seus interesses. c) de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos. d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros. e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos. Em “a”, de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobrevivência das espécies = incorreta Em “b”, de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário para defender seus interesses = incorreta Em “c”, de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos = incorreta Em “d”, à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros = incorreta Em “e”, a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos. O ser humano tem direito a uma vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus direitos – saúde, educação, segurança – e exercer seus deveres plenamente, como prescrevem todos os direitos: (...) O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam (...). GABARITO OFICIAL: E 2. (PCJ-MT - DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE-2017) Texto CG1A1BBB Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as 3 LÍ N G UA P O RT U G U ES A regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos agentes do poder popular, que o Estado polariza e exerce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em nome do qual é pronunciada. Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do processo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com adaptações). Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania popular. b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo voto popular, como ocorre com os representantes dos demais poderes. c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais. d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magistratura e o sistema democrático. e) os magistrados brasileiros exercem o poder constitucional que lhes é atribuído em nome do governo federal. Em “a”, o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania popular. Em “b”, os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo voto popular, como ocorre com os representantes dos demais poderes = incorreta Em “c”, os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais = incorreta Em “d”, há incompatibilidade entre o autogoverno da magistratura e o sistema democrático = incorreta Em “e”, os magistrados brasileiros exercem o poder constitucional que lhes é atribuído em nome do governo federal = incorreta A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afi rma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido (...). GABARITO OFICIAL: A 3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) Texto CG1A1CCC A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. E, nessa destruição geral das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça, corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja. Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa. Vol. XLI. 1914. Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações). Infere-se do texto CG1A1CCC que I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” sejam mais desonestas e rudes que as gerações passadas. II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação íntegra e idônea das gerações futuras. III - a injustiça é responsável pela degradação dos homens, que, desanimados, ficam à mercê do destino. Assinale a opção correta. a) Apenas o item I está certo. b) Apenas o item II está certo. c) Apenas os itens I e III estão certos. d) Apenas os itens II e III estão certos. e) Todos os itens estão certos. 3. I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” sejam mais desonestas e rudes que as gerações passadas = incorreta II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação íntegra e idônea das gerações futuras. III - a injustiça é responsável pela degradação dos homens, que, desanimados, fi cam à mercê do destino = incorreta Com base na leitura do texto, a única afi rmação correta é a de que a injustiça impede a atuação honesta, idônea das gerações futuras, pois (...) semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão (...). GABARITO OFICIAL: B 4. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – CESPE – 2017) Texto 1A1AAA Após o processo de redemocratização, com o fim da ditadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se esperar que a democratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de modo amplo, abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram mais desafios para a cidadania brasileira, como a violência urbana — que ameaça os direitos individuais — e o desemprego — que ameaça os direitos sociais. No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir de 1980, impacto do processo de modernização pelo qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo colocou 4 LÍ N G UA P O RT U G U ES A em circulação bens de alto valor e, consequentemente, aumentou as oportunidades para o crime, inclusive porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço social mais anônimo, menos supervisionado. Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade. O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais importância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do risco. Essa postura às vezes proporciona controle, porém não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário dividir as tarefas de controle com organizações locais e com a comunidade. Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pública e garantia dos direitos individuais: os desafios da polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasileira deSegurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. – mar./2011, p. 84-5 (com adaptações). De acordo com o texto 1A1AAA, a restauração da democracia no Brasil evidenciou a) a diminuição do controle social decorrente do aumento da mobilidade de pessoas. b) o crescimento da produção de bens de alto valor decorrente do aumento do poder de consumo. c) a existência de problemas sociais que difi cultam a consolidação da cidadania. d) a modernidade do mercado interno e das instituições públicas brasileiras. e) o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da violência urbana e do desemprego. Em “a”, a diminuição do controle social decorrente do aumento da mobilidade de pessoas = incorreta Em “b”, o crescimento da produção de bens de alto valor decorrente do aumento do poder de consumo = incorreta Em “c”, a existência de problemas sociais que difi cultam a consolidação da cidadania. Em “d”, a modernidade do mercado interno e das instituições públicas brasileiras = incorreta Em “e”, o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da violência urbana e do desemprego = incorreta Ao texto: Após o processo de redemocratização, com o fi m da ditadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se esperar que a democratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de modo amplo, abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que confi guram mais desafi os para a cidadania brasileira, como a violência urbana — que ameaça os direitos individuais — e o desemprego — que ameaça os direitos sociais (...). = problemas sociais que difi cultam a consolidação da cidadania. GABARITO OFICIAL: C 5. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2AAA Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar. Minha filha sorria para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência semelhava um anjo. Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la... Ainda não tinha vencido cem braças de caminho, quando um assobio, que repercutiu nas matas, me veio orientar acerca do perigo iminente que aí me aguardava. E logo dois homens apareceram e me amarraram com cordas. Era uma prisioneira — era uma escrava! Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem compaixão. Julguei enlouquecer, julguei morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava ainda longos caminhos. Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura, até que aportamos nas praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados em pé e, para que não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa. Davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez; a comida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura, asfixiados e famintos. Maria Firmina dos Reis. Úrsula. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2004, p. 116-7 (com adaptações) No texto CB3A2AAA, o trecho “como o rosto de um infante” introduz uma ideia de a) comparação. b) contraste. c) adição. d) compensação. e) intensidade. (..) era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante. A conjunção estabelece uma comparação – manhã risonha e bela como (igual ao) rosto de um infante. GABARITO OFICIAL: A 6. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) No texto CB3A2AAA, ao utilizar a expressão “Ah! Nunca mais devia eu vê-la...”, a narradora manifesta 5 LÍ N G UA P O RT U G U ES A a) uma surpresa. b) um lamento. c) um desejo. d) uma recomendação. e) uma dúvida. No contexto: (...) Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la... = representa tristeza, lamento. GABARITO OFICIAL: B 7. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2BBB O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das Constituições democráticas modernas. A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo tempo, o processo de democratização do sistema internacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos humanos, democracia e paz são três elementos fundamentais do mesmo movimento histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que não tenha a guerra como alternativa, somente quando existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele Estado, mas do mundo. Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adaptações). De acordo com o texto CB3A2BBB, a condição necessária para que os direitos humanos sejam reconhecidos e efetivamente protegidos nos Estados é a a) soberania. b) lei. c) democracia. d) cidadania. e) paz. Ao texto: A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema internacional. GABARITO OFICIAL: E 8. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Depreende-se do texto CB3A2BBB que o avanço do processo de democratização do sistema internacional depende da a) fl exibilização das fronteiras dos Estados. b) eliminação de regimes autoritários. c) manutenção de mecanismos que preservem interesses ideológicos e materiais dos Estados. d) sobreposição dos direitos humanos aos interesses individuais dos Estados. e) existência, em todos os Estados, de condições mínimas para a solução pacífi ca de confl itos. Em “a”, fl exibilização das fronteiras dos Estados = incorreta Em “b”, eliminação de regimes autoritários = incorreta Em “c”, manutenção de mecanismos que preservem interesses ideológicos e materiais dos Estados = incorreta Em “d”, sobreposição dos direitos humanos aos interesses individuais dos Estados. Em “e”, existência, em todos os Estados, de condições mínimas para a solução pacífi ca de confl itos = incorreta Texto! (...) o processo de democratização do sistema internacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. As questões de Interpretação/compreensão textual, muitas vezes, apresentam as respostas “explícitas”, bastando à (ao) candidata(o) voltar ao texto quando precisar - ou, então, destacar as ideias principais durante a leitura. GABARITO OFICIAL: D 9. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVELMÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2CCC Fala-se, às vezes, na necessidade que tem a democracia de se defender do que lhe possa ameaçar. Quase sempre, porém, lamentavelmente, o que se vem considerando como ameaças à democracia é o que na verdade a justifica como democracia: a presença atuante do povo no processo político nacional; a voz das classes trabalhadoras que se mobilizam e se organizam na reivindicação de seus direitos; a presença inquieta da juventude brasileira cuja palavra nos é indispensável... Os que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” da participação dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção necessária da sociedade sonham com uma democracia sem povo. Paulo Freire. In: Ana Maria Araújo Freire (Org.). Paulo Freire: uma história de vida. Indaiatuba, SP: Villa das Letras, 2006, p. 405 (com adaptações) Assinale a opção que apresenta a tese central do texto CB3A2CCC. a) As classes trabalhadoras precisam se organizar para lutar pelos seus direitos. b) A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem a participação popular no processo político nacional. 6 LÍ N G UA P O RT U G U ES A c) A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental para a defesa da democracia, é passiva. d) A democracia dispensa a participação efetiva do povo no processo político nacional. e) As organizações estudantis representam uma ameaça para o processo democrático. Em “a”, As classes trabalhadoras precisam se organizar para lutar pelos seus direitos = incorreta Em “b”, A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem a participação popular no processo político nacional. Em “c”, A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental para a defesa da democracia, é passiva = incorreta Em “d”, A democracia dispensa a participação efetiva do povo no processo político nacional = incorreta Em “e”, As organizações estudantis representam uma ameaça para o processo democrático = incorreta Segundo o texto, (...) Os que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” da participação dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção necessária da sociedade sonham com uma democracia sem povo = o termo em destaque mostra que essas pessoas, sim, representam perigo à democracia. GABARITO OFICIAL: B 10. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Texto CB1A1BBB Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria legislação destinada a assegurar, como alegam, maior rigor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, fortalecer a estrutura legal que protege o dinheiro público do mau uso por gestores irresponsáveis. Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro público, para a criação de despesas e, em particular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda mais rigorosas? Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise. Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adaptações). De acordo com o texto, as normas da LRF dispõem principalmente sobre gastos com pessoal, pois esse tipo de gasto causa mais problemas para os responsáveis pela gestão do dinheiro público. ( ) CERTO ( ) ERRADO A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre gastos em geral, não apenas com pessoal. O texto aborda apenas este, mas não afi rma ser o único alvo da LRF. GABARITO OFICIAL: ERRADO 11. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Segundo o texto, o objetivo de se propor uma nova lei de responsabilidade fiscal, mais rígida quanto à proteção do dinheiro público, é desconfigurar a LRF. ( ) CERTO ( ) ERRADO No texto, o objetivo apresentado é: Querem uma nova lei de responsabilidade fi scal para, segundo argumentam, fortalecer a estrutura legal que protege o dinheiro público do mau uso por gestores irresponsáveis. Para o autor, sim, haverá desconfi guração. GABARITO OFICIAL: ERRADO 12. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Para o autor do texto, o descumprimento das normas da LRF em alguns estados decorreu do fato de a própria lei ser pouco clara em relação aos gastos públicos e também da incapacidade dos gestores do dinheiro público de adaptar as contas estaduais à realidade financeira do país. ( ) CERTO ( ) ERRADO Texto: O verdadeiro problema é a difi culdade do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise. GABARITO OFICIAL: ERRADO 13. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Para o autor do texto, é um contrassenso a proposta de tornar a LRF mais rigorosa. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta no texto: Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda mais rigorosas? GABARITO OFICIAL: CERTO 14. (PC-PE – CONHECIMENTOS GERAIS – AGENTE DE POLÍCIA – CESPE – 2016) Texto CG1A01BBB Não são muitas as experiências exitosas de políticas públicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram 7 LÍ N G UA P O RT U G U ES A continuidade. O Pacto pela Vida, política de segurança pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, é identificado como uma política pública exitosa. O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao controle da violência. A decisão ou vontade política de eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia. O Pacto pela Vida, entendido como um grande concerto de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais valores que orientaram a construção da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes. Desse modo, definiu-se, no estado, um novo paradigma de segurança pública, que se baseou na consolidação dos valores descritos acima (que estavam em disputa tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate com a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013. José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2014.Internet: <https://igarape.org.br> (com adaptações). O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB como uma política exitosa porque a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco. b) tratou a questão da violência como um problema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua complexidade. c) defi niu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência. d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade. e) resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco. Em “a”, teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco = incorreta Em “b”, tratou a questão da violência como um problema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua complexidade = incorreta Em “c”, defi niu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência = incorreta Em “d”, foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade = incorreta Em “e”, resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco. Exitosa porque obteve êxito, como comprova o resultado: diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013. GABARITO OFICIAL: E 15. (INSS – TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 2003) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em seu discurso na reabertura do Congresso que o “vírus da inflação voltou a ser uma ameaça real”. Em sua fala de 21 minutos aos senadores e deputados, o presidente alertou também para a piora do cenário econômico internacional e afirmou que o aperto fiscal de seu governo durará o “tempo necessário”. Segundo Lula, “teremos tempos difíceis pela frente. O mundo entrou em um período de maiores incertezas”. Folha de S. Paulo, 18 fev. /2003, capa. (Com adaptações.) Infere-se do texto que o atual governo brasileiro não acredita que uma guerra contra o Iraque de Saddam Hussein possa acarretar dificuldades econômicas mais acentuadas para países como o Brasil, quase autossuficiente em petróleo. ( ) CERTO ( ) ERRADO O texto não aborda este tema. GABARITO OFICIAL: ERRADO 16. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Tempo livre A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu desenvolvimento — não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato -, opõe-se a outra: à de tempo não-livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescentar, na verdade, determinado de fora. O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime- lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus papéis sociais. Em uma época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade própria, isso ainda significa que essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho. 8 LÍ N G UA P O RT U G U ES A A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, hoje, esta: “Com o aumento da produtividade no trabalho, mas persistindo as condições de não- liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com o tempo livre?” Se se cuidasse de responder à questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade em si mesma. T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82. (Com adaptações.) Como, de acordo com o texto, as características essenciais ao “tempo livre” se baseiam na oposição entre este e o “tempo não-livre”, é correto concluir que as formas de uso do “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época. ( ) CERTO ( ) ERRADO Segundo o texto, (...) o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade (...), e como esta sofre mudanças com o passar do tempo, não podemos afi rmar que as formas de “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época. GABARITO OFICIAL: ERRADO 17. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Conclui-se da leitura do texto que tanto o “tempo não-livre” quanto o “tempo livre” são condicionados pela sociedade. ( ) CERTO ( ) ERRADO Busquemos no texto: (...) Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade (...) Em uma época de integração social sem precedentes, fi ca difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. GABARITO OFICIAL: CERTO 18. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Do primeiro parágrafo do texto, depreende-se que a ideia de tempo livre, isto é, a de tempo não ocupado pelo trabalho, não é nova. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ao texto! (...) A expressão, de origem recente, aliás; antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada. GABARITO OFICIAL: CERTO 19. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Um dos indicadores de saúde comumente utilizados no Brasil é a esperança de vida ao nascer, que corresponde ao número de anos que um indivíduo vai viver, considerando-se a duração média da vida dos membros da população. O valor desse índice tem sofrido modificações substanciais no decorrer do tempo, à medida que as condições sociais melhoram e as conquistas da ciência e da tecnologia são colocadas a serviço do homem. A julgar por estudos procedidos em achados fósseis e em sítios arqueológicos, a esperança de vida do homem pré-histórico ao nascer seria extremamente baixa, em torno de 18 anos; na Grécia e na Roma antigas, estaria entre 20 e 30 anos, pouco tendo se modificado na Idade Média e na Renascença. Mais recentemente, têm sido registrados valores progressivamente mais elevados para a esperança de vida ao nascer. Essa situação está ilustrada no gráfico abaixo, que mostra a evolução da esperança de vida do brasileiro ao nascer, de 1940 a 2000. M. Z. Rouquayrol e N. de Almeida Filho. In: Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003, p. 68. (Com adaptações.) No Brasil, o fenômeno do aumento da esperança de vida ao nascer atinge de maneira uniforme todas as classes sociais, pois esse indicador não é influenciado pela renda familiar. ( ) CERTO ( ) ERRADO Voltemos ao texto: (...) O valor desse índice tem sofrido modifi cações substanciais no decorrer do tempo, à medida que as condições sociais melhoram, infl uência da renda familiar. GABARITO OFICIAL: ERRADO 20. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Texto I Envelhecimento, pobreza e proteção social na América Latina O processo de envelhecimento populacional, no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas posteriores, a proporção desse grupo no total da 9 LÍ N G UA P ORT U G U ES A população diminui e, eventualmente, diminuirá em termos absolutos, como é a situação atual do Japão e de vários países europeus. Por outro lado, o segmento com idade avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos, em face da redução do contingente populacional em idade ativa, fez com que o envelhecimento populacional entrasse na agenda das políticas públicas pelo lado negativo, ou seja, ele é visto como “um problema”. A. A. Camarano e M.T. Pasinato. Texto para discussão. Brasília: IPEA, 2007. Texto II Os impactos sociais da velhice Idade Ativa — No caso da previdência, os idosos são o grande problema? Ana Amélia Camarano — Eu acho que esse é outro engano. Claro que você tem mais gente idosa e gente vivendo mais. Agora, o que acontece é que o nosso modelo de previdência é o mesmo da Europa Ocidental, dos EUA, modelos desenhados no pós-guerra, quando havia emprego, as pessoas se aposentavam e ficavam pouco tempo aposentadas porque morriam logo. Então, esse modelo está falido. Esse cenário mudou. Nós não estamos mais no mundo do trabalho estável, não temos mais o pleno emprego e as relações de trabalho hoje passam pela flexibilização. E a tão falada flexibilização significa informalização. A nossa política social é toda ligada ao trabalho. A Constituição de 1988 mudou um pouco, mas até então só tinha direito ao benefício da previdência quem trabalhava. Era uma cidadania ligada ao trabalho e, não, ao benefício do trabalhador. E isso não é mais possível. Nós estamos caminhando para um mundo sem trabalho. Internet: <www.techway.com.br>. (Com adaptações.) De acordo com o texto I, é correto afirmar que há países europeus em que a força de trabalho, em relação ao total da população, já se reduziu. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ao texto: O processo de envelhecimento populacional, no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas posteriores, a proporção desse grupo no total da população diminui e, eventualmente, diminuirá em termos absolutos, como é a situação atual do Japão e de vários países europeus. Os termos destacados se relacionam. GABARITO OFICIAL: CERTO 21. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) De acordo com o desenvolvimento e a organização das ideias do texto I, depreende-se que “segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos” e “segmento com idade avançada” referem-se ao mesmo conjunto de indivíduos. ( ) CERTO ( ) ERRADO Texto: (...) o segmento com idade avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos. = maneiras de se referir à velhice. GABARITO OFICIAL: CERTO 22. (INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 2010) A Revolta da Vacina O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém- chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas. Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas, nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este, por sua vez, chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento. O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o consequente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares. Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela. Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo. A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém- reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados. Internet: <www.ccs.saude.gov.br>. (Com adaptações.) O texto faz um histórico da Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, mostrando explicitamente o ponto de vista do autor acerca do tema. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10 LÍ N G UA P O RT U G U ES A O texto não apresenta o ponto de vista do autor, apenas descreve os fatos. GABARITO OFICIAL: ERRADO 23. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) Da tomada para a estrada Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar. Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa Itaipu Binacional, com o objetivo de nacionalizar a tecnologia de produção de carros elétricos. Basta colocá-los na tomada por um período de oito horas para que eles estejam aptos a rodar aproximadamente 120 km. Os deslocamentos podem ser velozes, já que os veículos conseguem atingir uma velocidade de até 130 km por hora. O detalhe mais animador é que, para isso, se gasta de quatro a cinco vezes menos do que se forem utilizados combustíveis convencionais, como o álcool ou a gasolina. O motorista que experimentar dirigir os protótipos não deverá estranhá-los. “É muito simples guiá-los, pois as diferenças em relação aos carros tradicionais são mínimas”, explica o engenheiro eletricista Celso Novais, coordenador geral brasileiro do projeto Veículo Elétrico. “A principal distinção é que não existe partida. O veículo liga como se fosse acionado por um interruptor.” Segundo Novais, quando está parado - em um congestionamento, por exemplo -, o veículo não consome energia. “A bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” O coordenador do projeto destaca o aspecto econômico como uma das grandes vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa quantidade de gasolina for empregado na compra de energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefícios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.” Jaqueline Bartzen. Ciência hoje. Internet: <cienciahoje.uol.com. br>. (Com adaptações.) O texto é uma reporta gem sobre os veículos movidos a energia elétrica que estão sendo usados no Brasil. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ao texto: Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar ( ainda não estão rodando, segundo o texto). Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa Itaipu Binacional (...) GABARITO OFICIAL: ERRADO 24. (INSS –ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) De acordo com o texto, é correto inferir que a bateria dos veículos elétricos só será reciclada se apresentar defeito. ( ) CERTO ( ) ERRADO A única referência que o texto faz à bateria é (...) A bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” Não há citação de quando deve ser reciclada. GABARITO OFICIAL: ERRADO 25. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) A principal vantagem dos veículos movidos a energia elétrica é o fato de serem muito semelhantes aos carros tradicionais, sendo que a principal distinção entre os dois tipos é o mecanismo usado para ligar o carro. ( ) CERTO ( ) ERRADO Texto: (...) O coordenador do projeto destaca o aspecto econômico como uma das grandes vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa quantidade de gasolina for empregado na compra de energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefícios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.” GABARITO OFICIAL: ERRADO TIPOLOGIA TEXTUAL TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito. É de fundamental importância sabermos classifi car os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classifi camos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. 11 LÍ N G UA P O RT U G U ES A As tipologias textuais se caracterizam pelos aspectos de ordem linguística Os tipos textuais designam uma sequência defi nida pela natureza linguística de sua composição. São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demarcados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, descrevem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...” C) Textos expositivos – Têm por fi nalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o benefício. D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma modalidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo, infi nitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingrediente e bata no liquidifi cador até criar uma massa homogênea. E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam- se pelo predomínio de operadores argumentativos, revelados por uma carga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos que justifi cam a posição assumida acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que signifi ca que os gêneros estão em complementação, não em disputa. GÊNEROS TEXTUAIS São os textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam características sócio- comunicativas defi nidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita culinária, e-mail, reportagem, monografi a, poema, editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. A escolha de um determinado gênero discursivo depende, em grande parte, da situação de produção, ou seja, a fi nalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores e os interlocutores, o meio disponível para veicular o texto, etc. Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científi ca são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científi co, seminário, conferência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. SITE http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia- textual.htm EXERCÍCIO COMENTADO 01. (TJ-DFT – CONHECIMENTOS BÁSICOS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2015) Ouro em Fios A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, como o ouro e o cobre - condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT: - Desligue as luzes nos ambie ntes onde é possível usar a iluminação natural. - Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado. - Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do ambiente. - Utilize o computador no modo espera. Fique ligado! Evite desperdícios. Energia elétrica. A natureza cobra o preço do desperdício. Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações) Há no texto elementos característicos das tipologias expositiva e injuntiva. ( ) CERTO ( ) ERRADO Texto injuntivo – ou instrucional – é aquele que passa instruções ao leitor. O texto acima apresenta tal característica. GABARITO OFICIAL: CERTO Leia o texto a seguir e responda à questão.. Como nasce uma história (fragmento) Quando cheguei ao edifício, tomei o elevador que serve do primeiro ao décimo quarto andar. Era pelo menos o que dizia a tabuleta no alto da porta. — Sétimo — pedi. A porta se fechou e começamos a subir. Minha atenção se fixou num aviso que dizia: É expressamente proibido os funcionários, no ato da subida, utilizarem os elevadores para descerem. 12 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata de problema complicado, este do infinito pessoal. Prevaleciam então duas regras mestras que deveriam ser rigorosamente obedecidas. Uma afirmava que o sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se flexionasse. Da outra infelizmente já não me lembrava. Mas não foi o emprego pouco castiço do infinito pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar ele concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos de um escritor que se preza. Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro, entenderia o que se pretende dizer neste aviso. Pois um tijolo de burrice me baixou na compreensão, fazendo com que eu ficasse revirando a frase na cabeça: descerem, no ato da subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma simples e correta de formular a proibição: É proibido subir paradepois descer. É proibido subir no elevador com intenção de descer. É proibido ficar no elevador com intenção de descer, quando ele estiver subindo. Se quiser descer, não tome o elevador que esteja subindo. Mais simples ainda: Se quiser descer, só tome o elevador que estiver descendo. De tanta simplicidade, atingi a síntese perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de óbvio ululante, ou seja, a enunciação de algo que não quer dizer absolutamente nada: Se quiser descer, não suba. Fernando Sabino. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1995, p. 137-140. (Com adaptações.) 02. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) O gênero textual apresentado permite o emprego da linguagem coloquial, como ocorre, por exemplo, em “Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro” e “um tijolo de burrice”. ( ) CERTO ( ) ERRADO O gênero é a crônica, conta fatos do dia a dia de maneira descontraída, o que permite a utilização de uma linguagem mais próxima do leitor; a informalidade. GABARITO OFICIAL: CERTO ORTOGRAFIA OFICIAL A ortografi a é a parte da Fonologia que trata da correta grafi a das palavras. É ela quem ordena qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafados segundo acordos ortográfi cos. A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender ortografi a é realizar muitos exercícios, ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de etimologia (origem da palavra). 1. Regras ortográfi cas A) O fonema S São escritas com S e não C/Ç Palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir – consensual. São escritos com SS e não C e Ç Nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou - meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão. Quando o prefi xo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir. No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: fi casse, falasse. São escritos com C ou Ç e não S e SS Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar. Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique. Sufi xos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço. Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção. Após ditongos: foice, coice, traição. Palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção. B) O fonema z São escritos com S e não Z Sufi xos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa. Sufi xos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose. Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. Nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir – difusão. Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho. Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. Verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar. 13 LÍ N G UA P O RT U G U ES A São escritos com Z e não S Sufi xos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza. Sufi xos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): fi nal - fi nalizar / concreto – concretizar. Consoante de ligação se o radical não terminar com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal Exceção: lápis + inho – lapisinho. C) O fonema j São escritas com G e não J Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso. Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. Exceção: pajem. Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio. Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir. Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir. Depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente. São escritas com J e não G Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. Palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, manjerona. Palavras terminadas com aje: ultraje. D) O fonema ch São escritas com X e não CH Palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro. Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa. Depois de ditongo: frouxo, feixe. Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) São escritas com CH e não X Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. E) As letras “e” e “i” Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra. Verbos que apresentam infi nitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infi nitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui. FIQUE ATENTO! Há palavras que mudam de sentido quan- do substituímos a grafi a “e” pela grafi a “i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo). Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografi a de uma palavra, há a possibili- dade de consultar o Vocabulário Ortográfi - co da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo para a criação de dicionários, pois traz a grafi a atualizada das palavras (sem o signifi cado). Na Internet, o endereço é www.academia.org.br. #FicaDica 2. Informações importantes Formas variantes são as que admitem grafi as ou pronúncias diferentes para palavras com a mesma signifi cação: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/ quatorze, dependurar/pendurar, fl echa/frecha, germe/ gérmen, infarto/enfarte, louro/loiro, percentagem/ porcentagem, relampejar/relampear/relampar/ relampadar. Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 120km/h. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L. Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro segundos). O símbolo do real antecede o número sem espaço: R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($). ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS 1. Por que / por quê / porquê / porque POR QUE (separado e sem acento) É usado em: 1. interrogações diretas (longe do ponto de interrogação) = Por que você não veio ontem? 2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por que faltara à aula ontem. 3. equivalências a “pelo(a) qual”/ “pelos(as) quais” = Ignoro o motivo por que ele se demitiu. 14 LÍ N G UA P O RT U G U ES A POR QUÊ (separado e com acento) Usos: 1. como pronome interrogativo, quando colocado no fi m da frase (perto do ponto de interrogação) = Você faltou. Por quê? 2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por quê? PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfi co) Usos: 1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na escrita (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até ponto fi nal) = Compre agora, porque há poucas peças. 2. como conjunção subordinativa causal, substituível por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu porque se antecipou. PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfi co) Usos: 1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “razão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Geralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê da discussão. É uma pessoa cheia de porquês. 2. ONDE / AONDE Onde = empregado com verbos que não expressam a ideia de movimento = Onde você está? Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos que expressam movimento = Aonde você vai? 3. MAU / MAL Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se como qualifi cação = O mau tempo passou. / Ele é um mau elemento. Mal = pode ser usado como 1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”, “logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu. 2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi mal na prova? 3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal não compensa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. CAMPEDELLI, Samira Yousseff . Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira Yousseff , Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo: Saraiva, 2002. SITE http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ ortografi a 4. Hífen O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras compostas (como ex- presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no fi m de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). A) Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfi ca: 1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem para formam um novo signifi cado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro. 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-fl or, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde. 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem- número, recém-casado. 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria- Hungria, Angola-Brasil, etc. 6. Nas formações com os prefi xos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo que é iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super- racional, etc. 7. Nas formações com os prefi xos ex-, vice-: ex- diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. 8. Nas formações com os prefi xos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. 10. Nas formações em que o prefi xo tem como segundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub- hepático, geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem. 11. Nas formações em que o prefi xo ou pseudoprefi xo termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto- observação, etc. O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. 15 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Lembrete da Zê! Ao separar palavras na translineação (mu- dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in- fl amatório e, ao fi nal, coube apenas “anti-”. Na próxima linha escreverei: “-infl amatório” (hífen em ambas as linhas). Devido à diagra- mação, pode ser que a repetição do hífen na translineação não ocorra em meus conteú- dos, mas saiba que a regra é esta! #FicaDica B) Não se emprega o hífen: 1. Nas formações em que o prefi xo ou falso prefi xo termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografi a, etc. 2. Nas constituições em que o prefi xo ou pseudoprefi xo termina em vogal e o segundo termo inicia- se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefi xos “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc. 4. Nas formações com o prefi xo “co”, mesmo quando o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc. 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista, etc. 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc. Os prefi xos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado, pressuposto, propor. Escreveremos com hífen: anti-horário, anti- infeccioso, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar. Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. SITE http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ ortografi a EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Cespe – 2013 – adaptada) A fi m de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatenados são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos de comunicação, os quais são indispensáveis para que os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos que lhes cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe. Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações). No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguintes. Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto nem para seu sentido caso o trecho “A fi m de solucionar o litígio” fosse substituído por Afi m de dar solução à demanda e o trecho “tomem conhecimento dos atos acontecidos no correr do procedimento” fosse, por sua vez, substituído por conheçam os atos havidos no transcurso do acontecimento. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. “A fi m” tem o sentido de “com a intenção de”; já “afi m”, “semelhança, afi nidade”. Se a primeira substituição fosse feita, o trecho estaria incorreto gramatical e coerentemente.
Compartilhar