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05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 1/47 TEORIA DAS ESTRUTURASTEORIA DAS ESTRUTURAS INTRODUÇÃO À TEORIA DASINTRODUÇÃO À TEORIA DAS ESTRUTURASESTRUTURAS Autor: Me. Cleverson de Freitas Revisor : Bruno Pere ira dos Santos IN IC IAR 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 2/47 introdução Introdução Caro aluno, você sabe projetar a estrutura de uma edi�cação? Por que é tão importante o conhecimento do comportamento e dos conceitos que envolvem as estruturas? E você já deve ter se questionado como cada vez mais as estruturas estão mais esbeltas e ao mesmo tempo maiores, não? O cálculo de uma estrutura parte do conhecimento das cargas atuantes denominadas esforços externos ativos ou cargas; com os fundamentos da Teoria das Estruturas, determinamos as reações dos apoios ou os esforços externos reativos e os esforços que ocorrem nas seções transversais ao longo das barras, tais como o momento �etor, o esforço cortante, o esforço normal, dentre outros, que também denominamos esforços internos solicitantes. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 3/47 O estudo da forma (morphos + logia) das estruturas é imprescindível dentro da engenharia civil. Vamos, então, abordar os conceitos e as classi�cações fundamentais das estruturas, objetivando a melhor compreensão da Teoria das Estruturas. Uma estrutura refere-se ao conjunto dos elementos resistentes de uma construção convenientemente associados, isto é, são sistemas compostos de uma ou mais peças ligadas entre si e ao meio exterior, de modo a formar um conjunto estável capaz de receber solicitações externas, absorvê-las internamente e transmiti-las até seus apoios, resultando no sistema estático equilibrante. Assim de�nimos, então, elementos resistentes de uma construção como sendo as vigas, pilares, lajes, tirantes, escoras, arcos, dentre outros. É fundamental que um engenheiro estrutural reconheça os vários elementos que compõem a estrutura e seja capaz de classi�car as estruturas quanto à sua forma e função. Morfologia das EstruturasMorfologia das Estruturas 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 4/47 Assim classi�camos as estruturas quanto à disposição dos elementos resistentes e ao modo de agir dos esforços externos ativos (ou cargas) nas categorias a seguir. Estruturas lineares ou unidimensionais: estruturas compostas de elementos estruturais denominados barras. • Barra é todo corpo alongado cujas dimensões transversais são pequenas em relação ao seu comprimento e cujo eixo é uma linha reta ou curva aberta contínua que passa pelo centro de gravidade da seção transversal. Caso as estruturas lineares sejam formadas por saiba mais Saiba mais Qual a diferença entre resistência e rigidez? São propriedades conferidas a todas as estruturas - de resistência e de rigidez, isto é, são as propriedades que permitem às estruturas resistirem às cargas dentro de certos limites, sem colapsarem, ou seja, ruírem ou sofrerem grandes deformações, ou ainda, variações de suas dimensões originais. A resistência é a capacidade de transmitir as forças internamente, molécula por molécula, dos pontos de aplicação aos apoios, sem que ocorra a ruptura da peça. Rigidez é a capacidade de não deformar excessivamente para o carregamento previsto, não comprometendo o funcionamento e o aspecto da peça. Para conhecer mais, sugiro que você leia o artigo Contribuição para a Avaliação da Redução da Rigidez de Elementos Estruturais de Concreto Pré-moldado de Edifícios de Múltiplos Pavimentos para Análise da Estabilidade Global. ACESSAR http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-41952012000300005&lng=en&nrm=iso&tlng=pt 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 5/47 barras de eixo reto, recebem as seguintes denominações: tirantes, vigas, treliças, pórticos, grelhas etc. Se apresentarem eixo curvo, são denominadas arcos, redes, cabos, vigas, balcões etc. • Tirantes são elementos estruturais sujeitos a uma força de tração. São ainda conhecidos como barras de contraventamento. Devido à natureza da carga, esses elementos são delgados e frequentemente escolhidos a partir de hastes, barras ou cantoneiras. • Vigas são elementos estruturais, em geral, horizontais retos, empregados fundamentalmente para sustentar cargas verticais. Em particular, quando a seção transversal varia, a viga é denominada de inércia variável. As seções transversais das vigas ainda podem ser reforçadas com o emprego de chapas ao longo do seu comprimento na parte superior e inferior. As vigas são basicamente projetadas para resistir ao momento �etor, entretanto, se elas são curtas e suportam grandes cargas, a força de cisalhamento interna pode se tornar muito grande e in�uenciar no projeto. O material de que é feito uma viga pode ser aço, concreto ou madeira. Quando executada em aço, a sua seção transversal pode ser e�ciente devido ao seu formato. Quando executada em concreto, geralmente a sua seção transversal é retangular devido à facilidade de execução. As vigas de madeira podem ser executadas de uma única peça de madeira ou laminadas (montadas com o emprego de colas de alta resistência). • Pilares são elementos estruturais, normalmente verticais, que resistem a cargas de compressão axiais. Tubos e seções transversais de abas largas são mais utilizados para pilares metálicos, enquanto que seções transversais circulares e quadradas com armadura de aço são mais utilizadas como pilares de concreto. Em alguns casos, os pilares são sujeitos tanto a carga axial quanto ao momento �etor, e nesse caso, são chamados de vigas-parede. • Treliças consistem em elementos delgados, normalmente dispostos de maneira triangular. As treliças planas são compostas de elementos que se encontram no mesmo plano, muito utilizadas para o suporte de pontes e coberturas. Já as treliças espaciais têm estruturas em três dimensões, sendo mais utilizadas em guindastes e torres. Devido ao arranjo geométrico de seus elementos, o 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 6/47 carregamento que tende a curvar as treliças é convertido em forças de tração ou compressão nos seus elementos. Daí, então, uma das vantagens fundamentais de uma treliça, se comparada a uma viga, é quanto ao consumo menor de materiais para sua execução. Ela ainda é construída de elementos longos e delgados, que podem ser arranjados de várias maneiras para suportar o carregamento. • Cabos e arcos são duas outras formas de estruturas destinadas a cobrir vãos de grandes dimensões. Os cabos são normalmente �exíveis e suportam suas cargas em tração. Muito utilizados em pontes e coberturas. Como os cabos sempre estão tracionados, não se tornarão instáveis a ponto de um colapso súbito, como pode ocorrer com vigas ou treliças. Além disso, a treliça vai exigir mais custos para sua construção e uma altura maior à medida que o vão aumenta. Por outro lado, o uso de cabos é limitado apenas por sua �echa, peso e métodos de ancoragem. O arco trabalha fundamentalmente à compressão, tendo em vista que ele tem uma curvatura inversa àquela do cabo. No entanto, o arco deve ser rígido, a �m de manter a sua forma, e isto resulta em carregamentos secundários envolvendo cisalhamento e momento, o que deve ser considerado para �ns de projeto. Os arcos são frequentemente usados em estruturas de pontes, tetos abobadados e para aberturas em paredesde alvenaria. Estruturas super�ciais ou bidimensionais: estruturas com duas dimensões predominantes sobre a terceira. • Chapas e lâminas são estruturas bidimensionais formadas por dois planos paralelos e próximos, estando as forças situadas no plano médio. Citamos, por exemplo, a viga parede, seção transversal de túnel e barragem etc. • Placas são estruturas super�ciais onde as cargas agem em plano perpendicular ao plano médio, como por exemplo, as lajes. • Cascas são estruturas formadas por duas superfícies curvas próximas com cargas atuando em qualquer plano, como por exemplo, as cúpulas. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 7/47 • Membranas são as placas ou cascas, porém sem resistência à �exão. Estruturas volumétricas ou tridimensionais: estruturas em que todas as dimensões são relevantes, como por exemplo, os blocos de fundações, blocos de coroamento de estacas e estruturas de barragens. praticar Vamos Praticar O engenheiro de estruturas é o pro�ssional especialista que graduou em Engenharia Civil e se dedica ao estudo do cálculo estrutural das edi�cações, barragens e tantas outras estruturas que demandam detalhamentos e análises seguindo os conceitos, normas e especi�cações dentro da Engenharia. O dia a dia do engenheiro calculista deve seguir uma lista de precauções, tais como conhecer o tipo de estrutura a ser desenvolvida, possuir visão global e crítica, aprendizado contínuo, entre outras. OFICINA de textos. 10 dicas para um engenheiro estrutural. O�cina de Textos. [S.I.], [2019?]. Disponível em: https://www.o�texto.com.br/comunitexto/10-dicas-para-um- engenheiro-estrutural/. Acesso em: 18 jan. 2020. Assim o projeto de uma estrutura processa-se em qual das seguintes fases? Assinale a alternativa correta: a) Segundo o desejo do contratante dos serviços de engenharia. b) Anteriormente à determinação das cargas atuantes na estrutura. c) Posteriormente à de�nição do problema e da concepção da estrutura. d) Sem a necessidade da determinação dos esforços internos atuantes. https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/10-dicas-para-um-engenheiro-estrutural/ https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/10-dicas-para-um-engenheiro-estrutural/ 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 8/47 e) No detalhamento do projeto, desde que seja um projeto complexo. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd=… 9/47 Prezado aluno, olhando para um projeto ou até mesmo para uma edi�cação na rua, você seria capaz de dizer que ela está corretamente dimensionada de modo a resistir a todos os esforços, como por exemplo, a uma chuva intensa acompanhada de muitos ventos? Ou ainda, se ela é corretamente utilizada? Era um edifício residencial e passou a ser uma biblioteca. Está correta, do ponto de vista estrutural, essa alteração? Neste tópico, apresentaremos a classi�cação primordial dos esforços para a elaboração de um bom projeto estrutural. Esforços Externos As estruturas devem ser dimensionadas de modo que não colapsem e nem deformem excessivamente sob a ação dos esforços. Assim sendo, o engenheiro deve ter a cautela necessária ao prever as cargas prováveis que atuarão na estrutura e como esta irá suportá-las. Ativos (ou cargas) Esforços SolicitantesEsforços Solicitantes Externos Ativos e ReativosExternos Ativos e Reativos e Esforços Solicitantese Esforços Solicitantes InternosInternos 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 10/47 As forças aplicadas às estruturas são também conhecidas como ações solicitantes externas ativas, cargas externas, carregamentos ou ainda cargas aplicadas. Para o engenheiro estrutural, as cargas a serem consideradas no projeto de uma estrutura dependem da sua futura utilização, sendo, em geral, regulamentadas por normatização. Reativos (ou reações de apoio) Conforme exposto por Almeida (2009), as reações de apoio são forças ou momentos com pontos de aplicação e direção conhecidos e de intensidades e sentidos, tais que equilibrem o sistema de forças ativas aplicado à estrutura. Os sistemas de forças externas, formados pelas forças ativas e reativas, têm de estar em equilíbrio. Ativos (ou cargas) As forças aplicadas às estruturas são também conhecidas como ações solicitantes externas ativas, cargas externas, carregamentos ou ainda cargas aplicadas. Para o engenheiro estrutural, as cargas a serem consideradas no projeto de uma estrutura dependem da sua futura utilização, sendo, em geral, regulamentadas por normatização. Reativos (ou reações de apoio) Conforme exposto por Almeida (2009), as reações de apoio são forças ou momentos com pontos de aplicação e direção conhecidos e de intensidades e sentidos, tais que equilibrem o sistema de forças ativas aplicado à estrutura. Os sistemas de forças externas, formados pelas forças ativas e reativas, têm de estar em equilíbrio. Esforços Internos De acordo com Martha (2010), os esforços internos em uma estrutura caracterizam as ligações internas de tensões; em outras palavras, esforços internos são integrais de tensões ao longo de uma seção transversal. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 11/47 Representam ainda o efeito de forças e momentos entre duas porções de uma estrutura resultantes de um corte em uma seção transversal. Assim os esforços internos correspondentes de cada lado da seção seccionada são iguais e contrários, pois são a ação e a reação, conforme representados na Figura 1.1. Os esforços internos são divididos em solicitantes e resistentes. Solicitantes (ou esforços simples ou seccionais): • forças normais (N) de tração ou de compressão; • forças cortantes (Q); • momentos �etores (M); • momentos torcedores (T). Resistentes: • tensões normais (σ); • tensões tangenciais (τ). Figura 1.1 – Representação esquemática dos esforços internos num corpo genérico Fonte: Elaborada pelo autor. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 12/47 Vínculos Estruturais e Tipos de Apoio A restrição aos movimentos de uma estrutura dá-se por meio dos apoios ou vínculos. Os apoios ou vínculos são classi�cados em função do número de graus de liberdade impedidos. Nos apoios, nas direções dos deslocamentos impedidos, surgem as forças reativas ou reações de apoio. Apoio do 1º Gênero, Articulado Móvel ou Pêndulo O apoio do 1º gênero possui um vínculo externo (impede uma translação), correspondendo a uma reação de apoio (força), conforme ilustra a Figura 1.2. Figura 1.2 - Apoio do 1° gênero, articulado móvel ou pêndulo Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). Apoio do 2º Gênero, Articulado Fixo ou Rótula O apoio do 2° gênero possui dois vínculos externos (impede duas translações), correspondendo a duas reações de apoio (forças): H e V, conforme ilustrado na Figura 1.3. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 13/47 Apoio do 3º Gênero, Engastado ou Engastamento Perfeito O apoio do 3º gênero possui três vínculos externos (impede duas translações e uma rotação), correspondendo a duas reações (forças) H e V e a uma reação momento M, conforme ilustrado na Figura 1.4. Figura 1.3 - Apoio do 2° gênero, articulado �xo ou rótula Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd…14/47 Condições de Equilíbrio e Estaticidade das Estruturas Quando uma estrutura está em equilíbrio, os esforços externos ativos (cargas) e os esforços internos reativos (reações de apoio) constituem um sistema de forças em equilíbrio. De acordo com Hilbbeller (2013, p. 34), “O equilíbrio de um sistema de forças quaisquer, coplanares, deve satisfazer as três Equações Universais da Estática: ∑F = 0, ∑F = 0 e ∑M = 0.” Onde, ∑F e ∑F são, respectivamente, as somas algébricas dos componentes x e y de todas as forças atuando sobre a estrutura ou uma de suas partes, e ∑M representa a soma algébrica dos momentos desses componentes de força em torno de um eixo perpendicular ao plano x-y (ou eixo z) e passando através do ponto O. Figura 1.4 - Apoio do 3° gênero, engastado ou engastamento perfeito Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). x y O x y O 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 15/47 Dessa forma, no tópico anterior, veri�camos que a função dos apoios é limitar os graus de liberdade de uma estrutura. Assim podemos constatar as implicações seguintes. Número de Apoios Impede todos os Movimentos Possíveis de uma Estrutura O número de reações de apoio a serem determinadas é igual ao número de equações de equilíbrio, ou seja, temos um sistema de equações determinado que resolverá o problema. Temos, dessa maneira, uma estrutura conhecida como isostática, isto é, uma situação de equilíbrio estável, conforme ilustra a Figura 1.5. Número de Apoios Inferior ao Necessário para Impedir todos os Movimentos Possíveis de uma Figura 1.5 - Estrutura isostática Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 16/47 Estrutura Estamos diante de um caso em que o número de equações é maior que o número de incógnitas, ou seja, ter-se-á um sistema de equações impossível nos casos gerais. Logo a estrutura será conhecida como hipostática, ou seja, uma estrutura instável, de equilíbrio instável, conforme ilustra a Figura 1.6. Número de Apoios Superior ao Necessário para Impedir todos os Movimentos Possíveis de uma Estrutura Aqui o número de equações é menor que o número de incógnitas, conduzindo a um sistema indeterminado. Temos então que as equações universais da Estática não serão su�cientes para a determinação das reações de apoio. Figura 1.6 - Estrutura hipostática Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 17/47 A estrutura será chamada de hiperestática, com equilíbrio estável, conforme ilustra a Figura 1.7. Reações de Apoio Já sabemos que uma estrutura está em equilíbrio quando os esforços externos ativos e os esforços internos reativos (reações de apoio) constituem um sistema de forças em equilíbrio, dadas pelas três equações universais da Estática. Se a estrutura isostática possuir mais de três reações de apoio, as três equações da Estática serão insu�cientes para a resolução do sistema, havendo a necessidade de mais equações para sua solução. As equações adicionais serão obtidas através da pesquisa dos vínculos internos (ligações). O vínculo que liberar qualquer movimento relativo deverá ter o correspondente esforço interno solicitante nulo. Figura 1.7 - Estrutura hiperestática Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 18/47 Marcha para o Cálculo das Reações de Apoio A. Adotamos um sentido para cada reação. B. Montamos um sistema de equações de equilíbrio com as equações da Estática e mais as complementares, obtidas dos esforços internos solicitantes nulos, quando for o caso. C. Resolvemos o sistema de equações. As reações que resultarem positivas permanecem com o mesmo sentido arbitrado. Para as negativas, troca-se o sentido arbitrado e também o seu sinal (trabalharemos, daqui em diante, apenas com reações de sinal positivo). Esforços Internos Solicitantes Para Almeida (2009), o objetivo da análise estrutural é a determinação das reações de apoio e dos esforços internos solicitantes, de modo que o conhecimento das reações de apoio, no caso das estruturas isostáticas, permita a determinação do comportamento interno da estrutura. A interação de um corpo com os de sua vizinhança, e que se localizam fora dos seus limites, é caracterizada pelas forças externas. As forças externas caracterizam-se pelo conjunto das forças ativas (aplicadas diretamente) e pelas forças reativas. As forças ativas podem ser de superfície (contato direto) e de volume (ação remota), quando não existe o contato direto entre os corpos. Mesmo que as forças de volume atuem sobre cada partícula que compõe o corpo, elas geralmente são representadas por forças concentradas ou distribuídas. A ação da gravidade atuando sobre os corpos (peso próprio) é um exemplo de força de volume, considerada, muitas vezes, concentrada no centro de gravidade. Assim o equilíbrio é determinante para que essas forças externas formem um sistema em equilíbrio. Dado um corpo qualquer submetido a um sistema de forças externas em equilíbrio, conforme mostra a Figura 1.8a, e seccionado em duas partes na 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 19/47 seção S, como mostra a Figura 1.8b, surge a necessidade da ação de um sistema de forças internas para que se mantenha o equilíbrio dessas partes. Podemos notar ainda que há uma variação dessas forças internas, segundo o posicionamento da seção S. Em conformidade com o princípio da ação e reação, essas forças serão sempre recíprocas – mesma intensidade, direção e ponto de aplicação, entretanto com sentidos opostos. A distribuição das forças internas atuantes na seção S ocorre através das tensões, conforme ilustra a Figura 1.8b. A representação dos esforços internos dá-se por meio das resultantes das tensões que, como as estruturas são representadas através de seus eixos, referem-se exatamente a estes eixos. Os esforços internos solicitantes são sempre relacionados aos sistemas locais dos elementos que compõem as estruturas. Em relação à convenção dos sinais, os esforços internos solicitantes seguem a convenção, conforme a Figura 1.9 a seguir. Figura 1.8 – (a) Corpo submetido a um sistema de forças externas em equilíbrio; (b) Tensões internas na seção S Fonte: Adaptada de Almeida (2009, p. 42). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 20/47 Figura 1.9 – Convenção de sinais para os esforços internos solicitantes Fonte: Adaptada de Almeida (2009, p. 44). Cálculo dos Esforços Internos em uma Seção S de uma Viga Isostática (Método das Seções) De posse de todas as forças externas atuantes na estrutura, os esforços internos solicitantes podem ser determinados através de um dos caminhos descritos a seguir. 1. Considerando a ação das forças à direita ou à esquerda de S: é o cálculo dos esforços internos solicitantes por meio da determinação da ação do sistema de forças à esquerda ou à direita da seção S diretamente sobre a seção ou um ponto sobre o eixo de S. 2. Considerando o equilíbrio das partes à esquerda ou à direita de S: através da aplicação das equações de equilíbrio, seja a parte à esquerda de S, seja a parte à direita de S. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 21/47 Os caminhos propostos conduzem à mesma solução de determinação dos esforços internossolicitantes. A opção mais simples é sempre a melhor, pois exigirá menos cálculos e, por consequência, reduzirá a chance de erros, além de ser a mais rápida. A Figura 1.10 é um exemplo que visa à determinação dos esforços internos nas seções S e S , bem como ilustra o desenvolvimento do esquema de cálculo e faz a comparação entre as seções S (onde não há descontinuidade) e S (onde estão aplicadas duas cargas concentradas: uma de intensidade 3P vertical e outra horizontal, de intensidade 2P). Cálculo das reações de apoio: • de�nição de um sistema de eixos; • introdução das reações de apoio, conhecidos as direções e os pontos de aplicação, e arbitrados os sentidos; • cálculo das reações através das equações do equilíbrio estático; • ∑F = 0 ∴ −H + 2P = 0 ∴ H = 2P; • ∑F = 0 ∴ V − 3P + V = 0 ∴ V + V = 3P; 1 2 1 2 Figura 1.10 – Convenção de sinais para os esforços internos solicitantes Fonte: Adaptada de Almeida (2009, p. 46). x A A y A B A B 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 22/47 • ∑M = 0 ∴ −3P ∙ 2a + VB ∙ 3a = 0 ∴ VB = 3P ∙ 2a3a ∴ VB=2P; • V + 2P = 3P ∴ V = P. Determinação dos esforços internos solicitantes: Para o exemplo dado, a melhor opção na seção S é a consideração das forças esquerda de S por conter um número menor de cargas. Determinar a ação de um sistema de cargas sobre uma seção S nada mais é do que reduzir este sistema de cargas ao ponto que representa a seção S no eixo. Esforços solicitantes internos em S (os sinais foram determinados pela convenção de sinais conforme a Figura 1.9): N = +2P (tração) Q = +P (sentido horário) M = +Pa (�bras inferiores tracionadas) É importante destacar os seguintes aspectos. 1. Nas seções onde existirem cargas ou momentos concentrados, haverá descontinuidade dos esforços internos solicitantes: a. carga concentrada axial ocasiona descontinuidade dos esforços normais N; b. carga concentrada vertical ocasiona descontinuidade dos esforços cortantes Q; c. momento concentrado ocasiona descontinuidade de momentos �etores M. 2. Assim a determinação dos esforços internos solicitantes em S exige a consideração de duas seções: a. uma imediatamente junto e anterior ao ponto de aplicação das cargas concentradas, aqui denominada de S ou S ; b. outra imediatamente junto e após o ponto de aplicação das cargas concentradas, aqui denominadas de S ou S . A A A 1 1 1 2 2 a 2 e 2 p 2 d 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 23/47 Assim, no exemplo exposto da Figura 1.10, na seção S , temos descontinuidades de esforços normais e de esforços cortantes. Para a determinação dos esforços internos solicitantes na seção S , há a necessidade de veri�carmos S e S . Observando a seção S temos: N = +2P Q = +P M = +2Pa Em S , temos: N = 0 Q = -2P M = +2Pa (aqui não temos descontinuidade de momento, pois, em S , não há a aplicação de um momento concentrado). Nos nós, onde existe a mudança de direção dos elementos que neles convergem, também é necessária a consideração de duas seções, uma para cada elemento: S e S . Isso ocorre devido à mudança dos eixos locais aos quais os esforços internos solicitantes se referem. Nos nós, para onde convergem três ou mais elementos, será necessária a consideração de três ou mais seções, uma para cada elemento convergente no respectivo nó. Assim como no caso anterior, o fato de cada elemento ter o seu próprio eixo local justi�ca a necessidade, ou seja, para n elementos convergentes num nó, existirão n seções para as quais deverão ser calculados os esforços internos solicitantes. Quando um dos sistemas de cargas (à esquerda ou à direita de S) não existir cargas reativas, o cálculo das reações de apoio para a determinação dos esforços internos solicitantes nesta seção não é necessário, como por exemplo, nos elementos com bordos livres (balanços). Diagramas de Esforços e Momentos 2 2 2 a 2 p 2 a 2 p 2 a p 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 24/47 Envoltória (ou linha de máximos) é o lugar geométrico dos esforços máximos (de ambos os sinais) atuantes em cada seção da estrutura, quando esta é submetida a ações acidentais móveis, além das seções permanentes. A envoltória de um esforço interno solicitante é, pois, o diagrama que mostra, em cada seção transversal do elemento estrutural, os valores máximos positivo e negativo de um determinado esforço solicitante que se veri�cam na envoltória. Uma vez que a linha de in�uência de uma função seja estabelecida por um ponto na estrutura, o efeito máximo causado por uma força concentrada móvel é determinado multiplicando a ordenada do pico da linha de in�uência pela magnitude da força. Em alguns casos, entretanto, diversas forças concentradas têm de ser aplicadas à estrutura. Por exemplo, um caminhão ou trem transitando sobre uma ponte. A �m de determinar o efeito máximo neste caso, um procedimento de tentativa e erro pode ser usado ou um método que seja baseado na mudança da função, que ocorre à medida que a carga é deslocada ao longo da estrutura. Além disso, um problema mais geral envolve a determinação tanto da localização do ponto na viga quanto da posição da carga sobre a viga, de maneira que você possa obter o cortante e o momento máximos absolutos causados pelas cargas. Se a viga é em balanço ou com apoios simples, este problema pode ser prontamente solucionado. Cortante: para uma viga em balanço, o cortante máximo absoluto ocorrerá em um ponto localizado bem próximo do apoio �xo. O cortante máximo é encontrado pelo método das seções com as cargas posicionadas em qualquer lugar no vão. Para vigas com apoios simples, o cortante máximo absoluto ocorrerá bem próximo de um dos apoios. Por exemplo, se as cargas são equivalentes, elas são posicionadas em sequência, de maneira que a primeira seja colocada próxima do apoio. Momento: o momento máximo absoluto para uma viga em balanço ocorre no mesmo ponto onde o cortante máximo absoluto ocorre, 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 25/47 embora neste caso as cargas concentradas devam ser posicionadas na extremidade mais distante da viga. Para uma viga com apoios simples, a posição crítica das cargas e o momento máximo absoluto associado não podem, em geral, ser determinados por meio de um exame. Nós podemos, entretanto, determinar a posição analiticamente. A conclusão a que se chega é que o momento máximo absoluto em uma viga com apoio simples ocorre sob uma das forças concentradas, de tal maneira que esta força esteja posicionada sobre a viga de forma que ela e a força resultante do sistema estejam equidistantes da linha de centro da viga. Tendo em vista que há uma série de cargas sobre o vão, este princípio terá de ser aplicado a cada carga na série e calculado o momento máximo correspondente. Por comparação, o maior momento é o máximo absoluto. Como regra geral, no entanto, o momento máximo absoluto frequentemente ocorre sob a maior força que se encontra mais próxima da força resultante do sistema. O cortante máximo absoluto em uma viga em balanço ou com apoios simples ocorrerá em um suporte, quando uma das cargas for colocada próxima do apoio. O momento máximo absoluto em uma viga em balanço ocorre quando a série de cargas concentradas é colocada no ponto mais distante do apoio �xo. Para determinar o momento máximo absoluto em uma viga com apoios simples, primeiro determina-se a resultante do sistema de forças. Então ela, juntamente com uma das forças concentradas no sistema, é posicionada de maneira que essasduas forças estejam equidistantes da linha de centro da viga. O momento máximo ocorre sob a força selecionada. Dessa maneira, é selecionada cada força no sistema e, por comparação, o maior de todos esses casos é o momento máximo absoluto. Obtenção dos Diagramas 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 26/47 A obtenção do diagrama é feita registrando-se, em ordenadas, na escala escolhida com a abscissa correspondente à seção onde dá o esforço solicitante estudado, os valores extremos do esforço oriundos das ações acidentais móveis, somados algebricamente com os valores provocados pelas ações permanentes. Tais valores extremos são obtidos pela linha de in�uência do esforço na seção considerada. Assim, para cada seção, obtém-se a linha de in�uência do esforço, e a partir do carregamento, calcula-se seus valores máximos. Regras ou fórmulas para determinar o cortante ou momento máximo absolutos são difíceis de estabelecer para vigas suportadas de outras maneiras que o balanço ou o apoio simples aqui discutidas. Uma maneira elementar de conseguir solucionar esse problema, no entanto, exige a construção de linhas de in�uência para o cortante ou momento em pontos selecionados ao longo de todo o comprimento da viga e então calcular o cortante ou momento máximos na viga para cada ponto usando os métodos conhecidos. Esses valores, quando representados gra�camente, produzem a envoltória de máximos, em que tanto o valor máximo absoluto de cortante quanto do momento e sua localização podem ser encontrados. Obviamente uma solução computacional para este problema é a mais indicada em situações mais complicadas, tendo em vista que o trabalho pode ser bastante tedioso e com certa probabilidade maior ao erro, se efetuado por meio de cálculos à mão. Em resumo, quando uma série de cargas concentradas passa sobre o membro, então as várias posições da carga sobre o membro têm de ser consideradas para determinar o maior cortante ou momento no membro. Em geral, é preciso colocar as cargas de maneira que cada uma contribua com sua in�uência máxima, como determinado ao multiplicar cada carga pela ordenada da linha de in�uência. Esse processo de encontrar a posição real pode ser feito usando um procedimento de tentativa e erro, ou encontrando a mudança no cortante ou momento, quando as cargas são deslocadas de uma posição para a outra. Cada momento é investigado até que um valor negativo de cortante ou momento ocorra. Assim que isso acontecer, a posição anterior de�nirá o carregamento crítico. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 27/47 Finalmente, para se obter o panorama dos esforços solicitantes numa estrutura, vamos tomar como base o seguinte esquema. Estrutura solicitada por: ações permanentes e ações acidentais móveis → linhas de in�uência → envoltórias (linhas de estado); ações permanentes e ações acidentais �xas → linhas de estado. Convenção de Sinais A convenção de sinais para o traçado das envoltórias estabelece as diretrizes conforme a seguir. Barra horizontal: • Envoltória M Figura 1.11 – Envoltória de momento - barra horizontal Fonte: Elaborada pelo autor. • Envoltória Q 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 28/47 Barra vertical: • Envoltória M ou Q Figura 1.12 – Envoltória de cortante - barra horizontal Fonte: Elaborada pelo autor. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 29/47 Figura 1.13 – Envoltória de momento e cortante - barra vertical Fonte: Elaborada pelo autor. praticar Vamos Praticar A viga esquematizada na Figura 1.14 está sujeita a uma força concentrada de 8 kN e um carregamento distribuído de 2 kN/m. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 30/47 Determine os componentes horizontal e vertical das reações de apoio em A e B. Despreze o peso próprio e a espessura da viga, e assinale a alternativa correta: a) H = 0; V = -13kN e V = -11kN. b) H = 0; V = -8,75kN e V = -1,25kN. c) H = 0; V = 8,75kN e V = 1,25kN. d) H = 0; V = 13kN e V = 11kN. e) H = 0; V = 13kN e V = 3kN. Figura 1.14 - Viga submetida aos carregamentos Fonte: Adaptada de Borja (2019, on-line). A A B A A B A A B A A B A A A 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 31/47 Ao longo do nosso estudo, vimos que a determinação dos esforços externos reativos dá-se através das três equações universais da Estática, e tendo o conhecimento desses esforços e dos esforços externos ativos (cargas), desenvolvemos os diagramas de esforços (cortante e momento �etor). Iniciamos agora o estudo das vigas isostáticas inclinadas a partir do conhecimento dos esforços externos reativos e da construção dos diagramas de esforços. Esforços Simples -Esforços Simples - Aplicações em EstruturasAplicações em Estruturas IsostáticasIsostáticas 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 32/47 reflita Re�ita O uso de softwares computacionais dentro da engenharia estrutural aumenta diariamente. Mas todo o engenheiro de estruturas está apto a operar adequadamente esses softwares? Fonte: Elaborado pelo autor. Vigas Inclinadas As vigas isostáticas inclinadas estão presentes no cotidiano dos engenheiros, tais como na construção de escadas, rampas, passarelas ( ver Figura 1.15). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 33/47 O estudo das vigas inclinadas segue o mesmo roteiro do cálculo das estruturas isostáticas, ou seja, o uso das três equações de equilíbrio e o desenvolvimento dos diagramas de esforços. Entretanto, para determinar os esforços externos reativos considerando os esforços externos ativos perpendiculares ao eixo da viga, devemos decompor os esforços de forma que atuem também perpendiculares à viga. Assim o cálculo e os diagramas de esforços em vigas inclinadas resumem-se à rotação dos eixos x e y, conforme ilustram as �guras de 1.16 a 1.19. Figura 1.15 - Exemplos de uso das vigas inclinadas Fonte: Elaborada pelo autor. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 34/47 Figura 1.16 - Carregamento distribuído ao longo da projeção horizontal Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 32). Figura 1.17 - Carregamento distribuído ao longo da projeção vertical Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 33). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 35/47 Perceba que houve uma rotação nos eixos x e y em função de um ângulo α que nos orienta a decompor o carregamento aplicado em componentes paralelos aos eixos x e y. Assim, com as componentes decompostas, os cálculos dos esforços externos reativos (reações de apoio) e o desenho dos diagramas de esforços são realizados como já conhecemos. Figura 1.18 - Carga concentrada vertical Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 33). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 36/47 Já a força normal que pode atuar nas vigas inclinadas está diretamente ligada aos esforços internos do elemento, como tração e compressão. Na Figura 1.20 percebemos que, em função do carregamentoql atuante na viga, no apoio A, temos a reação contrária à componente ao longo do eixo x e que, sendo oposta no trecho a, origina uma tração. Figura 1.19 - Carga concentrada horizontal Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 34). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 37/47 No entanto, no trecho b, a decomposição do carregamento ql provoca a reação no mesmo sentido da componente do apoio B, originando a compressão. Ou seja, os efeitos de tração e compressão do esforço normal possuem o mesmo valor em módulo, de efeitos opostos, conforme o diagrama de esforço normal. praticar Vamos Praticar Ao calcular a viga de uma escada, conforme ilustrado na �gura a seguir, deparamo- nos com uma viga inclinada onde temos os esforços externos reativos (reações de Figura 1.20 - Carregamento normal atuante na viga inclinada Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 34). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 38/47 apoio) e os esforços externos ativos (cargas), que atuam perpendiculares ao eixo da viga. Fonte: SANTOS, J. C. Estruturas isostáticas. Londrina: Educacional, 2018. Calcule as reações de apoio, trace os diagramas de esforços atuantes sobre a viga e assinale a alternativa correta: a) RA = 14,14 kN, RB = -14,14kN, VA = VB = 14,14kN; MA=MB=0; NA=NB=28,28kN. b) RA = RB = 14,14kN, VA = 14,14kN, VB = - 14,14kN; MA=MB=0kN; NA= 28,28kN, NB= -28,28kN. c) RA = RB = 14,14kN, VA = VB = 14,14kN; MA=MB=25,03kN; NA=NB=28,28kN. d) RA = RB = -14,14kN, VA = 14,14kN, VB = -14,14kN; MA=MB=0; NA=28,28kN, NB=-28,28kN. e) RA = RB = 20kN, VA = VB = 20kN; MA=MB=0kN; NA=NB=0kN. Figura 1.21 - Esquema estrutural de uma viga de escada Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 35). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 39/47 Para Sussekind (1989), vigas Gerber são estruturas estaticamente determinadas, constituídas de associação de vigas simples, com e sem balanços, obtidas a partir de uma viga contínua pela introdução criteriosa de articulações para torná-la isostática. São utilizadas quando se deseja evitar esforços adicionais provenientes de recalques diferenciais dos apoios, variação térmica, retração, ou por razões construtivas. A utilização das vigas Gerber é muito comum em pontes (Figura 1.22), passarelas, estruturas pré-moldadas, entre outras. Podemos também evitar reações negativas em determinados apoios, equalizar ou limitar momentos �etores por imposições construtivas ou razões técnico- econômicas. Vigas GerberVigas Gerber 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 40/47 Figura 1.22 - Ponte com a utilização de viga Gerber Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 44). As desvantagens no uso deste sistema estrutural são decorrentes dos problemas que ocorrem nas articulações, tais como: desgastes devido ao deslocamento contínuo da estrutura sob a ação das cargas, in�ltrações e di�culdades de manutenção. A Figura 1.23 representa o esquema estrutural de cálculo da viga Gerber exposto na Figura 1.22. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 41/47 Perceba que existem trechos da viga denominados de tramos, que nada mais são do que vigas apoiadas sobre dois apoios. Os tramos 1 e 3 são vigas em balanço e estão apoiadas sobre um apoio �xo e outro apoio móvel. O tramo 2 é uma viga simples apoiada sobre os balanços dos tramos 1 e 3. Para entendermos a viga Gerber, passamos ao estudo das reações de apoio. A marcha de cálculo para as reações de apoio da viga Gerber indica que devemos isolar os tramos, conforme a Figura 1.24; onde teremos a viga isostática simples bi-apoiada (tramo 2). Em seguida, as reações obtidas serão as cargas concentradas nos pontos C e D dos balanços. Lembre-se que os cálculos das reações de apoio, tanto da viga simples como da viga com balanço, devem partir das três equações de equilíbrio universal. Figura 1.23 - Ponte com a utilização de viga Gerber Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 44). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 42/47 De posse das reações de apoio calculadas, passamos ao traçado dos diagramas de esforços (força cortante e momento �etor) da viga Gerber, conforme a Figura 1.25. Note que traçamos os diagramas dos esforços para cada tramo em separado, e após, podemos uni-los conforme a Figura 1.25e e a Figura 1.25f. Figura 1.24 - Reações de apoio da viga Gerber Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 45). 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 43/47 praticar Vamos Praticar O engenheiro-chefe da obra de uma ponte solicitou que você calcule as reações de apoio da estrutura da Figura 1.25, onde há a presença de uma viga Gerber. Qual é o cálculo correto? Assinale a alternativa correta: a) R = R = R = R = 10kN. b) R = 26,67kN; R = R =10kN; R = 26,67kN. c) R = 26,67kN; R = R = - 19,33kN; R = 26,67kN. d) R = - 26,67kN; R = R = -10kN; R = - 26,67kN. Figura 1.25 - Traçado dos diagramas de esforços da viga Gerber Fonte: Adaptada de Santos (2018, p. 46). A B C D A B C D A B C D A B C D 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 44/47 e) R = 26,67kN; R = R = 19,33kN; R = 26,67kN.A B C D 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 45/47 indicações Material Complementar LIVRO História da Engenharia no Brasil Editora: LTC Autor: Pedro Carlos da Silva Telles ISBN: 8521603754 Comentário: O avanço da Engenharia Estrutural no �nal do século 19, com a Revolução Industrial e o seu grande desenvolvimento no Brasil nessa mesma época, é descrito pelo autor com uma impressionante quantidade de informações históricas. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 46/47 conclusão Conclusão Discutimos a importância da Teoria das Estruturas e apresentamos, dentro da morfologia das estruturas, os principais componentes que compõem as estruturas, bem como os esforços atuantes nas estruturas e sua classi�cação. Por meio do estudo das condições de equilíbrio e estaticidade das estruturas, entendemos as estruturas isostáticas, hiperestáticas e hipostáticas. A partir da discussão dos principais tipos de carregamentos atuantes nas estruturas, entendemos o processo de determinação das cargas atuantes, além dos seus principais tipos de ações com o estudo dos diagramas de esforços. Ao �nal, com a abordagem sobre uma das principais aplicações do nosso estudo, a viga Gerber, demonstramos uma aplicação prática das estruturas isostáticas na engenharia e no dia a dia do engenheiro. referências Referências Bibliográ�cas ALMEIDA, M. C. F. Estruturas isostáticas. São Paulo: O�cina de Textos, 2009. BORJA, E. Figura 65: aparelho de apoio do 1º gênero. 1 imagem. In: IFRN - Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. 05/03/24, 10:27 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wA64niBD%2bQVhZ%2bQUMklGCg%3d%3d&l=ZoJsRovD6D10Pqjpq5uvbg%3d%3d&cd… 47/47 Estabilidade das construções: tecnologia em construção de edifícios. Natal: IFRN, [2019?]. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/edilbertoborja/estabilidade-das- construcoes/estabilidade-das-construcoes-superior-2/apostila-completa-vigas-isostaticas/vigas-isostaticas-apostila-completa-em-pdf. Acesso em: 20 jan. 2020. HIBBELER, R. C. Análise das estruturas. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2013. MARIN, M. C.; EL DEBS, M. K. Contribuição para a avaliação da redução da rigidez de elementos estruturais de concreto pré-moldado de edifícios de múltiplos pavimentos para análise da estabilidade global. Rev. IBRACON Estrut. Mater., São Paulo, v. 5, n. 3, jun. 2012. 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