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S8P2
Objetivos:
• Aprender as funções e estruturas das camadas da pele (histologia)
• compreender as funções e estruturas dos anexos da pele
• estudar como ocorre a reparação tecidual
A pele é o maior órgão do corpo humano, compondo 16% do peso 
corporal. Ela recobre a superfície do corpo e é constituída por um 
tecido epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e um tecido 
conjuntivo de origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura 
da epiderme, distinguem-se a pele espessa e a fina. A pele espessa é 
encontrada na palma das mãos, na planta dos pés e recobrindo 
algumas articulações. O restante do corpo é protegido por pele fina.
Abaixo e em continuidade com a derme, encontra-se a hipoderme ou 
tecido celular subcutâneo, que não faz parte da pele, apenas lhe 
serve de união com os órgãos subjacentes. A hipoderme é um tecido 
conjuntivo frouxo que pode conter muitas células adiposas, 
constituindo o panículo adiposo.
funções 
• protege o organismo contra desidratação, atrito, agentes 
químicos e patógenos.
• a pele recebe constantemente informações sobre o ambiente e as 
envia para o sistema nervoso central.
• colabora com a termorregulação do organismo. Suas glândulas
sudoríparas participam da termorregulação e da excreção de
várias substâncias.
• Um pigmento que é produzido e acumulado na
epiderme, a melanina, tem função protetora contra os raios
ultravioleta. 
• Na pele também se forma vitamina Da pela ação da
radiação ultravioleta do sol sobre precursores sintetizados no
organismo.
• apresenta ainda células do sistema imunitário, que atuam 
contra a invasão de microrganismos.
A junção entre a epiderme e a derme é irregular. A derme tem 
projeções, as papilas dérmicas, que se encaixam em reentrâncias da 
epiderme, as cristas epidérmicas, aumentando a coesão entre essas 
duas camadas. Essa coesão é muito importante, porque a pele está 
constantemente sujeita a agressões mecânicas provenientes de 
múltiplas direções. Pelos, unhas e glândulas sudoríparas, sebáceas e 
mamárias são estruturas anexas da pele.
Epiderme 
É constituída por epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado (com camada córnea), cujas células mais 
abundantes são os queratinócitos. A epiderme apresenta 
ainda outros três tipos de células: os melanócitos, as 
células dem Langerhans e as de Merkel.
Vista a partia da derme, A epiderme apresenta 
cinco camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida 
e córnea.
A camada basal é constituída por células prismáticas ou 
cuboides, ligeiramente basófilas, que repousam sobre a 
membrana basal que separa a epiderme da derme. A 
camada basal, rica em células-tronco (stem cells) da 
epiderme, é também chamada de germinativa. Apresenta 
atividade mitótica, sendo responsável, junto com a 
camada seguinte (espinhosa), pela constante renovação 
da epiderme.
Os queratinócitos proliferam na camada basal e migram para a 
superfície da epiderme, diferenciando-se até contribuir para a 
formação da camada córnea. Fatores mitogênicos produzidos 
pelos fibroblastos presentes na derme, como o fator de 
crescimento semelhante à insulina (IGF), o fator de crescimento 
de fibroblastos 7 e 10 (FGF-7 e FGF-10) e diversos ligantes para o 
receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), são muito 
importantes para a proliferação celular na camada basal. Os 
queratinócitos contêm filamentos intermediários de 
queratina, que se tornam mais abundantes à medida que a 
célula avança para a superfície.
A camada espinhosa é formada por células cuboides ou 
ligeiramente achatadas, com volume maior que o das células da 
camada basal, de núcleo central e citoplasma com feixes de 
filamentos de queratina (tonofilamentos). Nessa camada os 
queratinócitos estão unidos entre si por inúmeras junções 
intercelulares do tipo desmossomo. Em preparações 
histológicas, essas junções aparecem como pequenas projeções 
celulares, o que confere a cada célula um aspecto espinhoso.
Os filamentos de queratina e os desmossomos têm importante
papel na manutenção da coesão entre as células da epiderme e
na resistência ao atrito.
A camada granulosa tem apenas três a cinco fileiras de células 
poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado 
de grânulos basófilos, chamados de grânulos de querato-
hialina, que não são envolvidos por membrana. Esses grânulos 
contêm uma proteína rica em histidina fosforilada e também 
proteínas com cisteína. Os grânulos de querato-hialina são 
importantes para a condensação dos tonofilamentos, 
previamente à formação da camada córnea. Outra 
característica das células da camada granulosa são os 
grânulos lamelares, que se fundem com a membrana plasmática 
e expulsam seu conteúdo para o espaço intercelular da camada 
granulosa, onde o material lipídico se deposita, contribuindo 
para a formação de uma barreira contra a penetração de 
substâncias e para tornar a pele impermeável à água, impedindo 
a desidratação do organismo. 
Durante a evolução, esse impermeabilizante epidérmico surgiu 
nos répteis, e esse foi um evento importante para tornar 
possível a vida fora da água.
A camada lúcida, mais evidente na pele espessa, é constituída 
por uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas e 
translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas 
foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. 
O citoplasma apresenta numerosos filamentos de queratina, 
compactados e envolvidos por material elétron-denso. Ainda 
se podem ver desmossomos entre as células ao microscópio 
eletrônico, mas as células são indistinguíveis ao microscópio 
óptico.
A camada córnea tem espessura muito variável e é constituída 
por células achatadas, mortas e sem núcleo, cujo citoplasma 
se apresenta repleto de queratina. A composição dos 
tonofilamentos se modifica à medida que os queratinócitos se 
diferenciam. As células da camada basal. Na camada córnea os 
tonofilamentos se aglutinam junto com uma matriz formada 
pelos grânulos de querato-hialina. Nessa etapa da 
diferenciação, os queratinócitos estão transformados em 
placas sem vida e descamam continuamente.
Essa descrição da epiderme corresponde à epiderme na sua maior 
complexidade, que é encontrada na pele espessa. Na pele fina, a 
epiderme é mais simples, faltando frequentemente as camadas 
granulosa e lúcida, e apresenta uma camada córnea muito 
reduzida
Derme
É o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e que une a 
pele ao tecido subcutâneo, ou hipoderme.
A derme apresenta espessura variável de acordo com a região 
observada, alcançando um máximo de 3 mm na planta do pé. 
Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências, 
as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias 
correspondentes da epiderme. As papilas são mais frequentes 
nas zonas sujeitas a pressões e atritos.
Funções:
• oferece suporte à epiderme
• essencial para a nutrição DA EPIDERM, já que ESTA não é 
vascularizada
• os vasos sanguíneos da derme são importantes para a 
termorregulação da pele
• importante para a percepção sensorial (tato, 
temperatura, dor)
• defesa imunológica da pele
A derme é constituída por duas camadas de limites pouco 
distintos: a papilar, superficial, e a reticular, mais profunda.
A camada papilar é delgada, constituída por tecido 
conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nessa 
camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que, 
por um lado, se inserem na membrana basal e, por outro, 
penetram profundamente a derme. Essas fibrilas contribuem 
para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos 
sanguíneos observados nessa camada são responsáveis pela 
nutrição e oxigenação da epiderme.
A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido 
conjuntivo denso.
Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico, 
responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos 
sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas 
na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: 
folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
É formada por tecidoconjuntivo frouxo, que une de maneira 
pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. É a camada 
responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas 
nas quais se apoia. Dependendo da região e do grau de 
nutrição do organismo, a hipoderme pode ter uma camada 
variável de tecido adiposo, que, quando desenvolvida, 
constitui o panículo adiposo. Este modela o corpo, é uma 
reserva de energia e proporciona proteção contra o frio, 
uma vez que a gordura é um bom isolante térmico.
Hipoderme
Observações:
• Melanócitos:
A melanina é um pigmento de cor marrom-escura, produzido 
pelos melanócitos, que se encontram na junção da derme 
com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada
basal da epiderme. Os melanócitos se originam das cristas 
neurais do embrião.
Os melanócitos não formam desmossomos com os 
queratinócitos, mas se prendem à membrana basal por meio
de hemidesmossomos.
A melanina é sintetizada nos melanócitos com a 
participação da enzima tirosinase. Uma vez formados, os 
grânulos de melanina migram pelos prolongamentos dos 
melanócitos e são injetados, por mecanismo pouco 
conhecido, no citoplasma dos queratinócitos, que 
funcionam como depósitos de melanina.
• Células de Langerhans:
As células de Langerhans localizam-se em toda a epiderme 
entre os queratinócitos; porém, são mais frequentes na 
camada espinhosa. Essas células se originam de células 
precursoras da medula óssea que são transportadas pelo 
sangue circulante. As células de Langerhans são móveis, 
capazes de captar antígenos, processá-los e apresentá-
los aos linfócitos T, participando da defesa imunológica 
na pele e exercendo um papel importante nas reações 
imunitárias cutâneas.
• Células de Merkel:
Essas células existem em maior quantidade na pele espessa 
da palma das mãos e da planta dos pés, especialmente nas 
pontas dos dedos, onde a sensibilidade tátil é maior. elas 
se originam de precursores epidérmicos e localizam-se na 
parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana basal 
e unidas aos queratinócitos por meio de desmossomos. Em 
contato com a base das células de Merkel existe uma 
estrutura onde se inserem fibras nervosas aferentes 
(conduzem impulsos para o snc). As células de Merkel são 
mecanorreceptores (sensibilidade tátil), embora existam 
algumas evidências de que elas também participem do 
sistema neuroendócrino difuso, secretando 
neuropeptídios que podem potencialmente regular a 
função de queratinócitos, fibroblastos, células 
imunitárias, vasos próximos e neurônios.
Anexos da pele
Vasos e receptores sensoriais :
Os vasos arteriais que suprem a pele formam dois plexos: um que se 
situa no limite entre a derme e a hipoderme e outro entre as camadas 
reticular e papilar. Deste último plexo partem finos ramos para as 
papilas dérmicas; cada papila tem uma única alça vascular, com um 
ramo arterial ascendente e um venoso descendente.
Existem três plexos venosos na pele: dois nas posições descritas para 
as artérias e mais um na região média da derme. Frequentemente, 
encontram-se na pele anastomoses arteriovenosas com glomus que 
têm papel importante nos mecanismos de termorregulação.
O sistema de vasos linfáticos inicia-se nas papilas dérmicas como 
capilares em fundo cego, que convergem para um plexo entre as 
camadas papilar e reticular. Desse plexo partem ramos para outro 
plexo localizado no limite da derme com a hipoderme; portanto, na 
mesma localização dos vasos sanguíneos arteriais descritos 
anteriormente.
a pele é o receptor sensorial mais extenso do organismo. 
Além das numerosas terminações nervosas livres 
localizadas na epiderme, nos folículos pilosos e nas 
glândulas, existem receptores encapsulados e não 
encapsulados na derme e na hipoderme, sendo mais 
frequentes nas papilas dérmicas.
As terminações nervosas livres são sensíveis ao toque e à 
pressão (receptores táteis), bem como a variações de 
temperatura, e estão associadas a dor, coceira e outras 
sensações.
Os receptores encapsulados são os corpúsculos de Ruffini, 
Vater-Pacini, Meissner e Krause. Há evidências que mostram 
que os corpúsculos mencionados não são necessários para 
a sensibilidade cutânea. Muitas áreas da pele são 
desprovidas desses corpúsculos, porém têm sensibilidade. No 
entanto, quando são encontrados, eles funcionam como 
mecanorreceptores. Os corpúsculos de Vater-Pacini e os de 
Ruffini são encontrados também no tecido conjuntivo de 
órgãos situados nas partes profundas do corpo, em que 
provavelmente são sensíveis aos movimentos dos órgãos e 
às pressões de uns órgãos sobre os outros.
Pelos
Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas que se 
desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme. A cor, o 
tamanho e a disposição deles variam de acordo com a cor da 
pele e a região do corpo. São observados em quase toda a 
superfície corporal, com exceção de algumas regiões bem 
delimitadas. Os pelos são estruturas que crescem 
descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de 
crescimento variáveis. As características dos pelos de 
determinadas regiões do corpo (face e região pubiana) são 
influenciadas por hormônios, principalmente os hormônios 
sexuais.
Cada pelo se origina de uma invaginação da epiderme, o folículo 
piloso, que, no pelo em fase de crescimento, apresenta-se com 
uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro se 
observa uma papila dérmica. As células que recobrem a papila 
dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. Na 
fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e 
diferenciam-se em vários tipos celulares. Em certos tipos de 
pelos grossos, as células centrais da raiz produzem células 
grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que 
formam a medula do pelo. Ao redor da medula diferenciam-se 
células mais queratinizadas e dispostas compactamente, 
formando o córtex do pelo. Células mais periféricas formam a 
cutícula do pelo, constituída por células fortemente 
queratinizadas que se dispõem envolvendo o córtex como 
escamas. Finalmente, das células epiteliais mais periféricas de 
todas, originam-se duas bainhas epiteliais (uma interna e outra 
externa), que envolvem o eixo do pelo na sua porção inicial. A 
bainha externa se continua com o epitélio da epiderme, 
enquanto a interna desaparece na altura da região onde 
desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Separando o 
folículo piloso do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-
se uma membrana basal muito desenvolvida, que recebe o nome 
de membrana vitrea. O conjuntivo que envolve o folículo 
apresenta- se mais espesso, formando a bainha conjuntiva do 
folículo piloso. Dispostos obliquamente e inseridos de um lado 
nessa bainha e do outro na camada papilar da derme, 
encontram-se os músculos eretores dos pelos, cuja contração 
puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o 
eriçado.
Unhas
As unhas são placas de células queratinizadas localizadas na 
superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. Sua porção 
proximal é chamada de raiz da unha. O epitélio da dobra de pele 
que cobre a raiz da unha consiste nas camadas usuais da 
epiderme, e a camada córnea desse epitélio forma a cutícula da 
unha. É na raiz da unha que se observa sua formação, graças 
a um processo de proliferação e diferenciação das células 
epiteliais aí colocadas, que gradualmente se queratinizam, 
formando uma placa córnea. A unha é constituída 
essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente 
aderidas umas às outras.
Glandulas da pele
• glandulas sebáceas
As glândulas sebáceas situam-se na derme, e os seus ductos, 
revestidos por epitélio estratificado, geralmente 
desembocam nos folículos pilosos. Em algumas regiões (lábio, 
mamilos, glande e pequenos lábios da vagina), porém, os 
ductos abrem-se diretamente na superfície da pele. A pele da 
palma das mãos e a da planta dos pés não têm glândulas 
sebáceas.
As glândulas sebáceas são acinosas e geralmente vários 
ácinos desembocam em um ducto curto. Os ácinos são 
formados por uma camada externa de células epiteliaisachatadas que repousam sobre uma membrana basal. Essas 
células proliferam e se diferenciam em células arredondadas, 
que acumulam no citoplasma o produto de secreção, de 
natureza lipídica. Os núcleos tornam-se gradualmente 
condensados e desaparecem. As células mais centrais do ácino 
morrem e se rompem, formando a secreção sebácea. A 
atividade secretora dessas glândulas é muito pequena até a 
puberdade, quando é estimulada pelos hormônios sexuais. As 
glândulas sebáceas são um exemplo de glândula holócrina, 
pois a formação da secreção resulta na morte das células. A
secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios, que
contém triglicerídios, ácidos graxos livres, colesterol e 
ésteres de colesterol.
• glandulas sudorípas 
As glândulas sudoríparas merócrinas são muito numerosas e 
encontradas em toda a pele, excetuando-se certas regiões, 
como a glande. Essas glândulas são tubulosas simples 
enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da pele. As 
células secretoras são piramidais, e entre elas e a membrana 
basal estão localizadas as células mioepiteliais, que ajudam a 
expulsar o produto de secreção.
Nessas glândulas existem dois tipos de células secretoras:
• Células escuras são adjacentes ao lúmen, Seu ápice apresenta 
muitos grânulos de secreção que contêm glicoproteínas e o 
citoplasma é rico em retículo endoplasmático granuloso.
• cÉluas claras: localizas entre as células escuras e as 
mioepiteliais, não contêm grânulos de secreção e são pobres em 
retículo endoplasmático granuloso, mas contêm muitas 
mitocôndrias. Entre elas existem delgados espaços 
intercelulares (canalículos). alÉm disso, apresentam muitas 
dobras da membrana plasmática, uma característica das células 
que participam do transporte transepitelial de fluido e sais. 
Essas características estruturais sugerem que a função das 
células claras seja produzir a parte aquosa do suor.
O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso 
em hélice ao atravessar a epiderme. Apresenta-se constituído por 
epitélio cúbico estratificado (duas camadas de células), que repousa 
sobre a membrana basal. As células da camada mais externa do 
revestimento dos ductos, em contato com a membrana basal, 
apresentam invaginações da membrana plasmática e citoplasma rico 
em mitocôndrias, que são aspectos característicos de células que 
transportam íons e água.
O suor secretado por essas glândulas é uma solução extremamente 
diluída, que contém pouquíssima proteína, além de sódio, potássio, 
cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. O seu teor de Nat (85 mEq/l) é 
muito menor do que o do sangue (144 mEq/?). Os ductos excretores 
absorvem Na*, que é devolvido ao sangue, evitando sua perda 
excessiva. O fluido encontrado no lúmen das glândulas sudoríparas é 
essencialmente um ultrafiltrado do plasma sanguíneo, derivado dos 
abundantes capilares localizados em volta das porções secretoras. 
Ao alcançar a superficie da pele, o suor evapora, fazendo baixar a 
temperatura corporal. Os catabólitos encontrados no suor mostram 
que as glândulas sudoriparas participam da excreção de substâncias 
inúteis para o organismo.
RESUMO
Além das glândulas sudoriparas merócrinas nas axilas, nas regiões 
perianal e pubiana, bem como na aréola mamária, existem glândulas de 
maior tamanho com partes secretoras muito dilatadas, as glândulas 
sudoriparas apócrinas, localizadas na derme e na hipoderme. Há fortes 
indicações de que essas glândulas secretem pelo processo merócrino, mas o 
nome de glândulas sudoriparas apócrinas tornou-se consagrado pelo uso. 
Os ductos dessas glândulas desembocam em um folículo piloso, e o lúmen de 
suas partes secretoras é dilatado. A secreção é ligeiramente viscosa e 
inodora, mas adquire um odor desagradável e característico pela ação das 
bactérias da pele. Na mulher, as glândulas apócrinas axilares passam por 
alterações durante o ciclo menstrual. As glândulas apócrinas são 
inervadas por fibras adrenérgicas, enquanto as merócrinas o são por 
fibrascolinérgicas. As glândulas de Moll da margem das pálpebras e as de 
cerume do ouvido são glândulas sudoríparas modificadas.
Repação tecidual
Células recém-formadas na camada basal são empurradas 
lentamente para a superficie. Conforme as células se movem de uma 
camada epidérmica para a outra, elas acumulam cada vez mais 
queratina, um processo chamado de queratinização. Elas, então, 
sofrem apoptose. Eventualmente, as célul as queratinizadas se 
soltam e são substituídas pelas células subjacentes que, por sua vez, 
se QUeratinizam. O processo completo através do qual as células se 
formam na camada basal, ascendem à superfície, se tornam 
queratinizadas e se soltam dura cerca de 4 a 6 semanas em uma 
epiderme média de 0,1 mm de espessura.
Nutrientes e oxigênio se difundem para a epiderme avascular a 
partir dos vasos sanguíneos da derme. As células epidérmicas da 
camada basal se encontram mais próximas aos vasos sanguíneos e 
recebem a maior parte dos nutrientes e do oxigênio. Essas células são 
mais metabolicamente ativas e sofrem divisão celular 
continuamente, produzindo novos queratinócitos. Conforme os 
novos queratinócitos são empurrados para longe do suprimento 
sanguíneo pela divisão celular contínua, as camadas epidermicas 
acima da camada basal recebem menos nutrientes e as células se 
tornam menos ativas e, eventualmente, morrem. A taxa de divisão 
celular na camada basal aumenta quando as camadas externas da 
epiderme são removidas, como ocorre nas abrasões e nas 
queimaduras. Os mecanismos que regulam esse crescimento notável 
não são bem compreendidos, porém proteínas semelhantes a 
hormônios como o fator de crescimento epidérmico têm sabidamente 
participação no processo. Uma quantidade excessiva de células 
queratinizadas liberadas da pele do couro cabeludo é chamada caspa.

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