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Analise_Circuitos/Analise_Circuitos_Magneticos_2014.pdf Circuitos Magnéticos Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 1 1 Circuitos magnéticos nas condições de corrente contínua 1.1 Introdução. Substâncias ferromagnéticas e não- ferromagnéticas Da física sabe-se que pelas suas propriedades magnéticas todas as substâncias podem dividir-se em diamagnéticas, paramagnéticas e ferromagnéticas. Substâncias diamagnéticas são aquelas que tendem a desviar-se de um campo magnético mais forte e a sua permeabilidade relativa r é ligeiramente inferior à unidade (para o bismuto é 0.99983). Substâncias paramagnéticas são aquelas que têm uma permeabilidade relativa r ligeiramente superior à unidade (para a platina é 1.00036). Substâncias ferromagnéticas são as que têm valores altos de permeabilidade relativa r, até 104 ou mesmo 106, tais como ferro, níquel, cobalto, etc. Para o nosso estudo basta classificá-las simplesmente em ferromagnéticas e não- ferromagnéticas. As primeiras incluem substâncias de permeabilidade relativa muitas vezes maior que a unidade, enquanto que as últimas têm permeabilidades relativas praticamente iguais à unidade. 1.2 Parâmetros do campo magnético Os parâmetros de um campo magnético são a intensidade magnética (ou grandeza do campo magnético) H, indução magnética (ou densidade de fluxo magnético) B, e magnetização J. A intensidade magnética H em qualquer ponto de um campo magnético é definida pela força que produz, ou com a qual está associada, a indução magnética no mesmo ponto. A indução magnética B em qualquer ponto de um campo magnético é a quantidade vectorial que determine a f.e.m. induzida num condutor elementar que se move através do campo nesse ponto. A magnetização J em qualquer ponto de um campo magnético é definida como o momento magnético por unidade de volume. As três quantidades estão relacionadas pela expressão abaixo: )(0 JHB Eq. 1 em que 0 é a permeabilidade do vácuo. A unidade de indução magnética é o tesla que é igual a um weber por metro quadrado. A magnetização J em qualquer ponto de um campo magnético é um vector que tem a mesma direcção de H nesse ponto e é directamente proporcional à intensidade magnética (no interior da substância). Assim: Circuitos Magnéticos Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 2 HJ Eq. 2 em que é a susceptibilidade magnética da substância e é por sua vez uma função de H. Substituindo a Eq. 2 na Eq. 1 e pondo r 1 , temos: HB r0 Eq. 3 No sistema internacional de unidades 0 = 4 x10-7 henry/m = 1,256x10-6 henry/m. A permeabilidade relativa de um meio,r, é igual à razão entre a permeabilidade desse meio e a permeabilidade do vazio, e assim é uma grandeza sem dimensões. Para as substâncias ferromagnéticas é uma função de H. O fluxo magnético através de uma área S é o integral duplo da componente normal do vector indução magnética ao longo da área, ou S dSB Eq. 4 Em que dS é um elemento da área S. Os circuitos são em geral resolvidos em função de B e H. Quanto a J raras, vezes é usado. Quando necessário, o seu valor pode ser tirado da Eq. 1. 1.2.1 Propriedades básicas das substâncias ferromagnéticas As propriedades magnéticas das substâncias ferromagnéticas são convenientemente representadas desenhando as curvas de B em função de H. Como é sabido da física as substâncias ferromagnéticas apresentam um atraso entre a indução magnética e a intensidade magnética aplicada chamado de histerese. O fenómeno de histerese é análogo ao da inércia mecânica, e, falando aproximadamente é devido à fricção entre os domínios. Devido à histerese, para um dado ciclo magnético, B tem dois valores para cada valor de H, um quando H aumenta e outro quando H diminui. A curva resultante é fechada e é conhecida como ciclo de histerese de uma dada substância. Pode haver ciclos simétricos e assimétricos. A Fig. 1, mostra um conjunto de ciclos de histerese simétricos. Estes são obtidos quando uma substância magnética é colocada num campo magnético alternado de uma intensidade suficiente para levar a indução magnética ao máximo; sendo depois a grandeza do campo progressivamente diminuída, a substância apresenta ciclos de histerese de área progressivamente menor. Para cada máximo + B há um máximo –B igual em grandeza. O mesmo se passa com H. As extremidades dos ciclos limitam uma curva chamada curva de magnetização normal. Para valores muitos altos de H, as curvas de H crescente e de H decrescente são quase coincidentes em Hmax. Para uma substância que nunca foi magnetizada (isto é, no estado virgem), podem ser necessários muitos ciclos de magnetização até se obter um ciclo fechado. O que se Circuitos Magnéticos Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 3 obtém para Hmax designa-se por ciclo limite de histerese, e diz-se que a substância está magnetizada ciclicamente. Fig. 1 Quando a intensidade magnética é reduzida a partir do valor de saturação, a indução magnética apresenta um atraso em relação a intensidade magnética aplicada. Para H reduzido a zero, a indução magnética está ainda perto do seu valor de saturação e é igual a Br, indução residual ou remanescente. Para reduzir B a zero, aplica-se um campo magnético negativo Hc chamado de força coerciva. A porção Br Hc do ciclo de limite de histerese chama-se de curva de desmagnetização. Ela dá quase todas as características requeridas numa substância para ser usada como íman permanente ou como memória de computadores. 1.3 Lei de Ampere Uma corrente eléctrica passando através de um condutor produz um campo magnético na sua vizinhança. A relação quantitativa entre a circulação do vector intensidade magnética H ao longo de qualquer percurso fechado e a corrente total I limitada por este percurso é dada por IldH em que o sentido positivo de integração (dl) e o sentido positivo da corrente estão relacionados pela regra do saca-rolhas. Esta é muitas vezes conhecida como a lei de Ampere. Ela traduz uma relação empírica e pode provar-se experimentalmente com, o anel de Rowland. Circuitos Magnéticos Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 4 1.4 Força magnetomotriz A força magnetomotriz (f.m.m.), F, de uma bobina percorrida por uma dada corrente é dada pelo produto do número de espiras, N, da bobina, pela corrente , I, que circula nas espiras da bobina, sendo a sua unidade o Ampere-espira. A força magnetomotriz (f.m.m.), F, dá origem a um fluxo magnético num circuito magnético, do mesmo modo que uma f.e.m. dá uma corrente eléctrica num circuito eléctrico. Como a f.e.m., a f.m.m. é uma quantidade vectorial. O seu sentido positivo está indicado na Fig. 2 por uma seta. Este sentido pode ser encontrado aplicando-se a regra do saca-rolhas: Fazendo rodar a cabeça do saca-rolhas no sentido da corrente na bobina, o movimento progressivo do saca-rolhas dará o sentido da f.m.m. Como alternativa pode usar-se a regra da mão direita para um enrolamento condutor de uma corrente: Se a bobina é agarrada de modo que os dedos apontem na direcção de deslocamento da corrente, o polegar estendido apontará na direcção do campo magnético originado pela corrente. Fig. 2 A Fig. 2 mostra em esboço várias formas de bobinadas enroladas num núcleo e os respectivos sentidos da f.m.m., F. 1.5 Diferença de potencia magnético A diferença de potencial magnético entre dois pontos a e b de um campo magnético é o integral escalar da intensidade magnética entre esses pontos. b a Mab ldHV Eq. 5 Se H entre os dois pontos é constante e tem a mesma direcção que o elemento de percurso dl, estão H dl = H dl cos 0º, e H pode ser colocado fora do sinal de integração. Então, ab b a Mab lHdlHV Eq. 6 Em que lab é o percurso entre os pontos a e b do campo magnético. Como a f.m.m., a diferença de potencial magnético mede-se em ampere-espira. Circuitos Magnéticos Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 5 Se o circuito magnético entre dois pontos de um campo magnético pode ser dividido em n partes de modo que para cada parte H = Hk seja constante, então n k kkMab lHV 1 Eq. 7 1.6 Lei de Ohm para um circuito magnético Por definição, a diferença de potencial magnético de um circuito magnético é lHVM Por outro lado S BH rr 00 em que é o fluxo magnético, e S a secção transversal do circuito magnético. Consequentemente, S l V r M 0 ou MM RV Eq. 8 em que S lR r M 0 Eq. 9 é chamada de resistência magnética ou, de preferência de relutância. 1.7 Leis de Kirchoff para os circuitos magnéticos Como para os circuitos eléctricos, também os circuitos magnéticos podem ser convenientemente calculados da 1ª e 2ª leis de Kirchoff. A 1ª lei de Kirchoff para os circuitos magnéticos baseia-se na continuidade do fluxo magnético. Ela diz-nos que a soma algébrica dos fluxos magnéticos em qualquer nó de um circuito magnético é zero. 0 Eq. 10 A 2ª lei de Kirchoff para os circuitos magnéticos estabelece que a soma algébrica das diferenças de potencial magnético ao longo de qualquer percurso fechado é igual à soma algébrica das forças magnetomotrizes ao longo do mesmo percurso. Circuitos Magnéticos Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 6 INFVM Eq. 11 Antes de se escreverem as equações para um circuito magnético aplicando as leis de Kirchoff, deve-se arbitrar um sentido positivo para os fluxos nos vários ramos e para o somatório ao longo do circuito. Se o fluxo numa porção do circuito tem o sentido do somatório a diferença de potencial magnético desta porção entrará no termo do somatório com sinal positivo, e caso contrário com o sinal negativo. Do mesmo modo, se a f.m.m. de uma porção do circuito tem o sentido do somatório, entrará no termo do somatório, com sinal positivo e caso contrário com sinal negativo. Como exemplo, escrevamos as equações de Kirchoff para o circuito ramificado da Fig. 3, que tem três ramos e duas f.m.m. Fig. 3 Suponhamos que os fluxos (1, 2 e 3) se dirigem todos para o nó a. Para a 1ª lei teremos: 0321 Para a 2ª lei teremos: 2122221111 FFHlHHlH 133331111 FlHlHHlH Analise_Circuitos/Analise_Circuitos_Quadripolos_2014.pdf 21-07-2014 1 Teoria de Quadripolos Quadripolo é um circuito eléctrico com dois terminais de entrada e dois terminais de saída. Neste dispositivo são determinadas as correntes e tensões nos terminais de entrada e saída e não no interior do mesmo. Analise_Circuitos_2014 1 CZ1E 1U 2U 1I 2I m n p q Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 2 Classificação dos quadripolos Lineares – quando contém apenas elementos lineares. Não Lineares – quando contém pelo menos um elemento não linear Activo – quando contém fontes de tensão ou de corrente ou ambas. Passivo – quando não contém nenhuma fonte. Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 3 A Quadripolo activo P Os quadrípolos podem ser simétricos e não simétricos. Um quadrípolo designa-se simétrico se aos trocarmos o posicionamento da fonte e da carga, as respectivas tensões e correntes não mudarem Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 4 CZ1E 1U 2U 1I 2I m n p q CZ1E 1U 2U 1I 2I m n p q Para o quadrípolo simétrico: 2222 1111 ; ; UUII UUII 21-07-2014 2 Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 5 Descrição Matemática dos quadripolos Para um quadrípolo pode-se determinar o número de combinações possíveis aplicando a relação: 6 )24(!2 !42 4 C 2221212 2121111 UYUYI UYUYI1. Modelo Y Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 6 2. Modelo Z 2221212 2121111 IZIZU IZIZU 3. Modelo A 2222211 2122111 IAUAI IAUAU 4. Modelo H 2221212 2121111 UHIHI UHIHU Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 7 5. Modelo G 2221212 2121111 IGUGU IGUGI 6. Modelo B 1221212 1121112 IBUBI IBUBU Nas equações (modelos) apresentadas Y, Z, A, H, G e B são parâmetros gerais do quadrípolo e dependem: a) Do modo como os elementos estão ligados no interior do quadrípolo; b) Dos valores das impedâncias e da frequência Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 8 Para qualquer quadrípolo estes coeficientes podem ser calculados ou determinardos experimentalmente. Pressupõ-se que tanto a carga como as tensões de entrada podem variar, enquanto que as configurações das ligações internas e as impedâncias permanecem inalteradas. No estudo que faremos vamo-nos basear no modelo de parâmetros A Na obtenção do modelo A, foi suposto que qpCnm UZIUUUE 2211 ; Pelo teorema da compensação, a impedância de carga pode ser substituída por uma fem com sentido contrário ao da corrente na carga e numericamente igual a tensão na carga. 21-07-2014 3 Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 9 1E 1U 2U 1I 2I m n p q CZIE 22 Escrevamos as expressões das correntes em função das fem e das admitâncias. )2( )1( 2221212 2121111 EYEYI EYEYI Obtenção dos parâmetros do modelo A Nestas equações Y11 e Y22 são admitâncias próprias e Y12 e Y21 são admitâncias de transferências e Y12=Y21. Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 10 De (2) pode-se escrever: )3(1 2 12 2 12 22 1 I Y E Y YE Substituindo (3) em (1): )4(2 12 11 2 12 2 122211 1 I Y YE Y YYYI 12 11 22 12 2 122211 21 12 12 12 22 11 ;;1; Y YA Y YYYA Y A Y YA Subistituindo as fem pelas respectivas tensões, os paramentros A resultantes são: Analise_Circuitos_2014 11 Teoria de Quadripolos Consideremos o caso em que trocarmos o posicionamento da fonte e da carga )6( )5( 1222211 1122112 EYEYI EYEYI CZ1E 1U 2U 1I 2I m n p q De (5) pode-se escrever: )7(1 2 12 2 12 11 1 I Y E Y YE Analise_Circuitos_2014 12 Teoria de Quadripolos Substituindo (7) em (6): )8(2 12 22 2 12 2 122211 1 I Y YE Y YYYI Substituindo as fem pelas respectivas tensões, o modelo de parâmentros A resultantes, neste é: 2112211 2122221 IAUAI IAUAU Os parâmentros lineares A são relacionados por: 121122211 AAAA No caso de um quadrípolo simétrico: 2211 AA 21-07-2014 4 Analise_Circuitos_2014 13 Teoria de Quadripolos Determinação dos coeficientes de quadripolos Os coeficientes complexos do modelo A pdem ser determinados : 1. Analiticamente conhecendo a configuração do esquema das ligações internas e parâmetros dos elementos; 2. Analiticamente usando os regimes de marcha em vazio e curto- circuito; 3. Experimentalmente usando os regimes de marcha em vazio e curto- circuito; 4. Analiticamente usando as configurações equivalentes em T ou em Π; 5. Analiticamente representando um quadrípolo complexo por meio de quadrípolos simples, com ligações em série, em cascata ou em paralelo. Analise_Circuitos_2014 14 Teoria de Quadripolos 21 11 10 10 10 202110 201110 A A I UZ UAI UAU 1. O método analítico no caso em que se conhecem a configuração do esquema das ligações internas e os parâmetros dos elementos será analisado na aula prática. 2. Método da marcha em vazio e curto-circuito 1U 2U 1I 2I m n p q a) Terminais p e q em vazio, isto é, I2= 0 Analise_Circuitos_2014 15 Teoria de Quadripolos b) Terminais p e q em curto-circuito, isto é, U2= 0 22 12 1 1 1 2221 2121 A A I UZ IAI IAU cc cc cc cccc cccc c) Terminais m e n em curto-circuito, isto é, U2= 0 2U 1U 2I 1I m n p q 2112211 2122221 IAUAI IAUAU 11 12 1 1 2 2111 2121 A A I UZ IAI IAU cc cc cc cccc cccc Analise_Circuitos_2014 16 Teoria de Quadripolos 121122211 11 12 2 22 12 1 21 11 10 AAAA A AZ A AZ A AZ cc cc Pode-se formar o sistema de quatro equações com quatro incógnitas: De onde podem ser obtidos os valores dos parâmetros: cc cc cccc cc Z AA Z AAZAA ZZZ ZZA 1 12 22 10 11 2121112 1102 110 11 ;;; )( 21-07-2014 5 Analise_Circuitos_2014 17 Teoria de Quadripolos 3. Método experimental da marcha em vazio e curto-circuito Neste método, os valores anteriormente calculados analiticamente são obtidos experimentalmente, recorrendo-se ao esquema apresentado no qual são medidos três valores: tensão, corrente e potência. O mesmo esquema é utilizado no caso de curto-circuito dos terminais p e q e m e n. Analise_Circuitos_2014 18 Teoria de Quadripolos No caso do esquema apresentado, por exemplo, são medidos os valores: 101010 ,, PIU 101010 1010 10 10 10 10 10 arccos; ZZ IU P I UZ Com base nestes valores são obtidos : O mesmo procedimento é feito nos casos de curto-circuito dos terminais p e q e curto-circuito dos terminais m e n. Analise_Circuitos_2014 19 Teoria de Quadripolos Impedância característica de um quadrípolo Num quadrípolo, o quociente da tensão de entrada pela corrente de entrada designa-se impedância de entrada enZ CZ1U 2U 1I 2I m n p q 222221 212211 1 IAUA IAUAZen Como: 2222 ZIZIU C 22221 12211 1 AZA AZAZen Analise_Circuitos_2014 20 Teoria de Quadripolos 1Z 2U 2U 2I 1I m n p q 2112211 2122221 IAUAI IAUAU )(;)( ; 1221 122 11121 12122 1 1 2 ZfZZfZ ZIU AZA AZA I UZ enen en 21-07-2014 6 Analise_Circuitos_2014 21 Teoria de Quadripolos Estabelece-se que para um quadrípolo não simétrico existem tais valores caractcaract ZZZZ 1122 , caracten ZZ 11 Quando nos terminais pq está ligada a impedância de carga caractac ZZZ 22arg Quando nos terminais mn está ligada a impedância de carga caracten ZZ 22 caractac ZZZ 11arg Teoria de Quadripolos Analise_Circuitos_2014 22 As impedâncias caractcaract ZZ 21 , São designadas impedâncias características. 22221 12211 11 AZA AZA ZZ caract caract encaract 11121 12122 22 AZA AZA ZZ caract caract encaract 2221 1211 1 AA AAZ caract 1121 1222 2 AA AAZ caract Para um quadrípolo simétrico: 21 12 21 A AZZ caractcaract Analise_Circuitos_2014 23 Teoria de Quadripolos 4. Método Analítico usando as configurações equivalentes em T ou em Π 3Z 1U 2U 1I 3I 2I 2Z 1Z 321 2222211 2122111 ; III IAUAI IAUAU 3 2 22 3 21 2 3 2 2 3 1 3 222 333222 1 1 ;)1(1 0 Z ZA Z A I Z ZU Z I Z UZIIZIUZI Analise_Circuitos_2014 24 Teoria de Quadripolos 21 3 21 22 2 21 11 1 3 21 2112 3 1 11 2 3 21 212 3 1 222111 1;1;1 ;1 )()1( A Z A AZ A AZ Z ZZZZA Z ZA I Z ZZZZU Z ZUZIZIU 21-07-2014 7 Analise_Circuitos_2014 25 1Z 1U 2U 1I 2I 2Z 3Z 1 I Teoria de Quadripolos 112 3 1 11 212 3 1 212 3 2 1 2 3 2 12111 ;1 )1()( ; ZA Z ZA IZU Z ZUZI Z UU I Z UIUZIU 2 1 22 32 321 212 2 1 2 32 321 1 2 3 2 212 3 1 2 1 2 1 1 1;;)1( ])1[(1 Z ZA ZZ ZZZAI Z ZU ZZ ZZZI I Z UIZU Z Z Z I Z UI Analise_Circuitos_2014 26 Teoria de Quadripolos 5. Acoplamento de quadrípolos a) Cascata aI1 aI2 bI1 bI2 aU1 aU 2 bU2 bU1 1U 2U 1I 2I Analise_Circuitos_2014 27 Teoria de Quadripolos a a b b b b a a I U I U I U I U I U I U 2 2 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 ;; 2 2 2221 1211 2 2 2221 1211 2221 1211 1 1 2 2 2221 1211 1 1 2 2 2221 1211 1 1 ; I U AA AA I U AA AA AA AA I U I U AA AA I U I U AA AA I U ba bbbaaa Analise_Circuitos_2014 28 Teoria de Quadripolos b) Série aI1 aI2aU1 aU 2 bI1 bI2 bU2bU1 1U 1I 2I 2U 1U 2U 1I 2I 21-07-2014 8 Analise_Circuitos_2014 29 Teoria de Quadripolos 2 1 2221 1211 2221 1211 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2221 1211 2 1 2 1 2221 1211 2 1 ;; ; I I ZZ ZZ ZZ ZZ U U U U U U U U I I I I I I I I I I ZZ ZZ U U I I ZZ ZZ U U ba baaba bbbaaa No caso do acoplamento em série o modelo prárico para se utilizar é o Z: Analise_Circuitos_2014 30 Teoria de Quadripolos c) Paralelo aU1 aI1 aU 2 aI2 bI1bU1 bU2bI2 1U 1I 2U 2I 1U 2U 1I 2I Analise_Circuitos_2014 31 Teoria de Quadripolos 2 1 2221 1211 2221 1211 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2221 1211 2 1 2 1 2221 1211 2 1 ; U U YY YY YY YY I I I I I I U U U U U U U U YY YY I I U U YY YY I I baba ba bbbaaa No caso do acoplamento em paralelo a obtenção do quadrípolo resultante torna-se efectivo com o modelo Y: Analise_Circuitos_2014 32 Teoria de Quadripolos Transformacao do modelo A em outros e vice-versa a) A em Z e vice-versa 2 21 22 1 21 2 2 21 1 21 11 1 2 21 22 1 21 2 2 21 22112112 1 21 11 1 2 21 22 1 21 2 212 21 2211 1 21 11 1 2222211 2122111 1 1 1 1 )( )2( )1( I A AI A U I A I A AU I A AI A U I A AAAAI A AU I A AI A U IA A AAI A AU IAUAI IAUAU 21-07-2014 9 Analise_Circuitos_2014 33 Teoria de Quadripolos 21 22 22 21 21 21 12 21 11 11 ;1;1; A AZ A Z A Z A AZ 21 22 22 21 21 21 22112112 12 21 11 11 2 21 22 2 21 1 2 21 22112112 2 21 11 1 2221212 2121111 ;1;.; 1 . )4( )3( Z ZA Z A Z ZZZZA Z ZA I Z ZU Z I I Z ZZZZU Z ZU IZIZU IZIZU Analise_Circuitos_2014 34 Teoria de Quadripolos b) A em Y e vice-versa 2 12 11 1 12 2 2 12 1 12 22 1 2 12 11 1 12 2 2 12 11221221 1 12 22 1 2 12 11 1 12 2 2 12 11 1 12 222211 2222211 2122111 1 1 1 1 )1( )2( )1( U A AU A I U A U A AI U A AU A I U A AAAAU A AI U A AU A I U A AU A AUAI IAUAI IAUAU Analise_Circuitos_2014 35 Teoria de Quadripolos 12 11 22 12 21 12 12 12 22 11 ;1;1; A AY A Y A Y A AY 21 11 22 21 2211 1221 21 12 21 22 11 2 21 11 2 21 2211 121 2 21 2 21 22 1 2221212 2121111 ;;1; )( 1 Y YA Y YYYA Y A Y YA I Y YU Y YYYI I Y U Y YU UYUYI UYUYI 1221122121122211 ;;1 YYZZAAAA Analise_Circuitos_2014 36 Teoria de Quadripolos Concordância de um quadrípolo instalado entre uma fonte de CA e a carga para obtenção de potência máxima na carga CZ1E m n p q 1entZ 2entZ intZ arg2 1 cent iten ZZ ZZ Analise_Circuitos/Analise_Circuitos_Transformadores_2014.pdf Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 1 Transformadores O transformador é destinado a transformação de uma corrente alternada primária noutra corrente secundária, com a mesma frequência, tendo no caso geral outras características, nomeadamente tensão e corrente, diferentes. Um transformador é constituído por um núcleo em chapa de aço de transformador, por dois ou mais enrolamentos acoplados electromagneticamente e, no caso particular de um auto-transformador, com acoplamento eléctrico. De acordo com o número de enrolamentos, o transformador pode ser de dois, três ou de vários enrolamentos. Consoante o tipo de corrente os transformadores podem ser monofásicos, trifásicos ou polifásicos. Ao enrolamento do transformador que absorve energia designamos por primário e ao outro enrolamento, que fornece energia, chamamos secundário. Todas as grandezas do transformador relacionadas com o enrolamento primário, são igualmente chamadas de primárias (exemplo, corrente, tensão, etc.) e, as relacionadas com o secundário são designadas por secundárias. Ao enrolamento do transformador ligado à rede com tensão mais elevada chamamos de enrolamento de alta tensão (AT); o enrolamento ligado à rede de tensão mais inferior designamos por enrolamento de baixa tensão (BT). Se a tensão do secundário é inferior à do primário, dizemos que o transformador é abaixador e, quando a tensão do secundário é superior que a do primário, dizemos que o transformador é elevador. 1.1 Princípio de funcionamento de um transformador Considere-se dois enrolamentos de material condutor com posição relativa fixa, entre os quais há ligação magnética, isto é, o fluxo ligado com cada enrolamento depende das duas correntes em jogo. u1 u2 i1 i2A X a x Fig. 1 Esquema representativo de um transformador monofásico Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 A Fig. 1 mostra o esquema representativo de um transformador monofásico. Se aos terminais A - X de um dos enrolamentos se aplica uma tensão proveniente de uma rede de corrente alternada, no segundo enrolamento, sob a acção do fluxo magnético comum aos dois enrolamentos, aparecerá uma fem alternada e caso uma carga for conectada aos terminais a – x uma corrente circulará através desta. Deste modo é feita a transferência de energia, com corrente alternada, do circuito primário para o circuito secundário. Para reforçar o acoplamento electromagnético dos dois enrolamentos utiliza-se o núcleo do transformador, constituído por chapas de aço do transformador. Para transformar a tensão e corrente primárias em corrente e tensão secundárias é necessário calcular, e executar de forma conveniente, os enrolamentos primário e secundário. 1.2 Equações de fmm e de fem de um transformador A análise do funcionamento de um transformador baseia-se nas equações de fem dos enrolamentos primário e secundário e na equação da fmm. Seja u1 for o valor o valor instantâneo da tensão aplicada aos terminais A – X do enrolamento primário do transformador, proveniente de uma rede de frequência f, i1 e i2 os valores instantâneos das correntes nos enrolamentos primário e secundário. As correntes i1 e i2 desenvolvem as fmm primária e secundária i1w1 e i2w2, em que w1 e w2 são os números de espiras, ligadas em série, nos enrolamentos primário e secundário. De acordo com a 2ª lei de Kirchoff para circuitos magnéticos: 102211 wiwiwi Eq. 1 ou 102211 wiwiwi Eq. 2 em que i0w1 é a componente magnetizante necessária para criar, no núcleo do transformador, um fluxo cujo valor é t, que se reparte de um modo praticamente uniforme pela secção do núcleo e atravessa as espiras dos enrolamentos primário e secundário. Este fluxo é o mais importante sendo designado por fluxo principal. O fluxo principal, cria nos enrolamentos primário e secundário do transformador, fem dt d dt dwe 10t 11 Eq. 3 Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 dt d dt d we 20t 22 , Eq. 4 onde 10 e 20 são os fluxos totalizados que correspondem, somente, ao fluxo principal t. As fmm i1w1 e i2w2 criam também fluxos de fugas primário e secundário 1 e 2 que se fecham nos respectivos enrolamentos. Tendo em conta que os fluxos de fugas se fecham principalmente por meios não magnéticos, de permeabilidade magnética constante (óleo, ar, cobre, etc.), pode-se admitir que os coeficientes de auto-indução L1 e L2 são constantes e assim pode-se escrever: dt di Le 1 11 Eq. 5 e dt diLe 2 22 . Eq. 6 De acordo com a 2ª lei de Kirchoff, a equação da equilíbrio de tensões do enrolamento primário é: 11111 Rieeu Eq. 7 onde R1 é resistência do enrolamento primário. A Eq. 7 pode ser rescrita do seguinte modo: 11111 Rieeu . Eq. 8 Substituindo este último resultado na Eq. 7, obteremos, 11 1 11 1 1 10 1 Ri dt d Ri dt di L dt d u Eq. 9 onde 1 representa o fluxo total no enrolamento primário. Para o enrolamento secundário temos: 22222 uRiee Eq. 10 ou 222 2 222 2 2 20 uRi dt duRi dt diL dt d0 Eq. 11 sendo 2 o fluxo total no enrolamento secundário. Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 Desprezando as perdas no ferro e admitindo que a permeabilidade magnética do ferro constante, podemos representar 1 e 2 sob a forma: 212111 iMiL 121222 iMiL Eq. 12 onde L1 e L2 são os coeficientes de auto-indução total dos enrolamentos primário e secundário, que correspondem ao fluxo total através dos respectivos enrolamentos e M12=M21=M são os coeficientes de indução mútua dos enrolamentos. Substituindo os valores de 1 e 2 na Eq. 9 e Eq. 11, obtemos: 11 21 11 Ri dt diM dt diLu Eq. 13 222 12 2 uRi dt diM dt diL0 . Eq. 14 1.3 Razão de transformação A razão de transformação de tensões de um transformador (razão de transformação) é definida com a razão das fem induzidas nos enrolamentos primário e secundário, pelo fluxo principal: 2 1 t 2 t 1 2 1 w w dt dw dt d w e ek . Eq. 15 1.4 Esquema equivalente de um transformador Em muitas circunstâncias torna-se prático representar o transformador por um circuito eléctrico, o circuito equivalente, por forma a evidenciar certos aspectos relativos ao seu comportamento e também para estabelecer de forma mais fácil as conexões com os circuitos a que esta máquina está ligada. No caso geral a representação do transformador por um circuito eléctrico equivalente pode ser feita de várias formas, desde que cada uma delas satisfaça as equações fundamentais de fem e fmm do transformador. No nosso estudo utilizaremos o esquema equivalente em T(Fig. 2) no qual cada enrolamento do transformador equivalente é composto por duas bobinas ligadas em Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 série, uma das quais representada a impedância do enrolamento correspondente e a outra representa a impedância do ramo comum de magnetização. 1R 2R 2X 1X mX mR 1U 2U 1I 2I magI CZ Fig. 2 Esquema equivalente em T de um transformador As equações que caracterizam o funcionamento do transformador são dadas por: m21 III Eq. 16 1111 ZIEU Eq. 17 22212 UZIEE Eq. 18. 1.5 Funcionamento de um transformador em regime permanente Neste ponto considera-se que o transformador está ligado a fontes de alimentação de energia eléctrica que impõem tensões alternadas sinusoidais e as cargas que o transformador alimenta podem considerara-se elementos lineares. Estas hipóteses possibilitam considerar um regime permanente alternado sinusoidal, regime permanente que se considera significativo, nomeadamente no sistema de produção e distribuição de energia eléctrica. 1.5.1 Funcionamento de um transformador em vazio O transformador diz-se em vazio quando o secundário está em aberto, isto é, tem aos seus terminais uma impedância infinita. Nesta hipótese, a corrente 2I é nula e a impedância vista pelo primário tem um valor relativamente elevado. Para se concluir este facto basta ter presente o circuito equivalente assim como os valores típicos dos seus parâmetros. Quando o transformador funciona em vazio, as perdas relevantes são as perdas no ferro, que são compensadas pela potência em vazio que o transformador recebe da rede. Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 1.5.2 Funcionamento de um transformador ideal em vazio Nos transformadores vulgares, o fluxo de fugas no funcionamento em vazio é extremamente pequeno (normalmente de 0,25% do fluxo principal). Nestas condições as perdas no ferro representam uma pequena percentagem da potência nominal do transformador. mX mR 1U 2U 10I 2I magI Fig. 3 Esquema equivalente de um transformador ideal em vazio A Fig. 3 mostra o esquema equivalente de um transformador ideal em vazio. Como considera-se que neste transformador não há fugas os parâmetros dos enrolamentos (resistências e indutâncias) não todos nulos. Admitamos que a tensão aplicada ao primário seja da forma: tfsenUtsenUu m 22111 . A equação do equilíbrio de tensões tem o aspecto: 11 eu Eq. 19. Por analogia com a expressão de u1, teremos: )(2)( 111 tsenEtsenEe m . Eq. 20 O fluxo magnético principal pode ser determinado a partir da fem e1: )(2111 tsenE dt dwe t de onde se pode obter ) 2 (2 1 1 tsen w E t . Eq. 21 A constante de integração é nula ,pois, em regime permanente, não há fluxo com sentido constante no núcleo do transformador. Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 Da Eq. 21 resulta que, quando a tensão aplicada for sinusoidal, o fluxo magnético de um transformador ideal é igualmente representado por uma função sinusoidal do tempo e este fluxo está em avanço relativamente à fem num ângulo de 90º. Podemos representar a Eq. 21 na forma: ) 2 ( tsenmt Eq. 22 em que 1 1 1 1 2 2 wf E w E m Eq. 23 é a amplitude do fluxo magnético. Obtemos, assim, expressão fundamental da teoria do transformador para o valor eficaz da fem do enrolamento primário: m11 wf44,4E . Eq. 24 Desta fórmula conclui-se que, se a frequência f e o número de espiras w1 são conhecidas, teremos mE1 CE , ou seja, o fluxo m é proporcional à fem E1. O enrolamento secundário é atravessado pelo mesmo fluxo m. Por isso o valor eficaz da fem do enrolamento secundário poder ser escrito da seguinte forma: mm wfwfE 222 44,42 , Eq. 25 em que w2 é o número de espiras do secundário. A fem 2E , tal como a fem 1E , está atrasada em 90º em relação ao fluxo. A razão de transformação é dada por 2 1 2 1 w w E Ek . 1.5.3 Funcionamento de um transformador real em vazio Num transformador real o fluxo de fugas é tido em conta. O fluxo de fugas do enrolamento primário cria, neste uma fem da fugas e as perdas em vazio do transformador são equilibradas pela potência eléctrica que este absorve da rede. Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 1R 2R 2X 1X mX mR 1U 2U 10I 2I magI Fig. 4 Esquema equivalente de um transformador real em vazio A Fig. 4 mostra o esquema equivalente de um transformador real em vazio. A equação do equilíbrio eléctrico neste caso toma s forma: 1mag11 ZIEU Eq. 26 1.5.4 Perdas em vazio de um transformador As perdas em vazio de um transformador são constituídas por: 1) Perdas no cobre do enrolamento primário, 1 2 mag1c RIP . 2) Perdas principais no ferro do núcleo, Pf0. 3) Perdas adicionais em vazio, Pad0. A potência absorvida pelo transformador em vazio é inteiramente dispendida para compensar as perdas em vazio. Assim, 0010 adfc PPPP Eq. 27 Em geral as perdas no cobre representam valores muito baixos (inferiores a 2%), por isso podem ser desprezadas. Assim pode-se constatar que a potência em vazio do transformador é praticamente gasta para compensar as perdas no ferro. As perdas principais no ferro do núcleo são constituídas por perdas por histerese e perdas por correntes de Foucalt. As perdas adicionais em vazio compreendem: a) perdas suplementares no ferro; b) perdas nas juntas e nos locais onde se encontram as cavilhas; c) perdas nas diferentes peças do transformador; d)perdas no isolamento, nos transformadores de alta. As perdas adicionais representam 15 a 20% das perdas principais no ferro. Assim : 0f0ad0ff P20,1a15,1PPP . Eq. 28 Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 1.5.5 Ensaio em vazio de um transformador O ensaio em vazio é efectuado de acordo com o esquema indicado na Fig. 5. Por meio dos voltímetros, do amperímetro e do wattímetro medem-se as tensões primária e secundária U1 e U20, a corrente I10 e a potência em vazio P0. A partir dos dados no funcionamento com tensão nominal, podemos determinar os parâmetros do funcionamento em vazio do transformador. A V V W** Fig. 5 Esquema para o ensaio em vazio de um transformador O esquema equivalente que pode ser considerado, neste regime de funcionamento, é o indicado na Fig. 6. 1R 1X mX mR 1U 10I magI Fig. 6 Esquema equivalente de um transformador em vazio Do esquema da Fig. 6 00mm11m110 10 1 jXRjXRjXRZZZ I U . Eq. 29 Nos transformadores de potência os valores de R1 e X1 são muito pequenos em relação a Rm e Xm. Por este motivo, pode admitir-se, sem grande erro, que mmm0010 10 1 jXRZjXRZ I U . Eq. 30 Se por cálculo ou por via experimental se determinarem as perdas no ferro, teremos: Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 2 0 f m I P R . Eq. 31 Então, 2 10 2 2 10 122 I P I URZX f mmm . Eq. 32 Do ensaio em vazio determina-se a razão de transformação, 20 1 2 1 U U E E k . Eq. 33 1.5.6 Ensaio em curto-circuito de um transformador A determinação dos parâmetros de curto-circuito é feita mediante o ensaio em curto- circuito de um transformador. Este ensaio é realizado de acordo com o esquema da Fig. 12. A V A W** Fig. 7 Esquema para o ensaio em curto-circuito de um transformador Com base nos valores medidos são efectuados cálculos para a determinação dos parâmetros conforme: 1 1 I U Z cc cc Eq. 34 2 1I PR cc cc Eq. 35 22 cccccc RZX Eq. 36 Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 1.6 Auto-transformadores Um auto-transformador é um transformador em que parte do enrolamento pertence, simultaneamente, ao primário e ao secundário. Os auto-transformadores podem ser abaixadores ou elevadores, monofásicos ou trifásico. Na Fig. 18 está indicado o esquema de um auto-transformador monofásico abaixador. Examinando o funcionamento de um auto-transformador da Fig. 18, constatamos que a tensão primária U1=UAX está aplicada aos terminais AX do enrolamento primário; a parte do enrolamento primário compreendida entre a e x, serve de enrolamento secundário. u1 u2 i1 i2 A X a x Fig. 18 Esquema de um auto-transformador monofásico abaixador O regime de funcionamento em vazio de um auto-transformador (I2=0) em nada difere do correspondente regime de um transformador normal. Como a tensão UAX aplicada ao primário está unicamente repartida pelas espiras do enrolamento primário, a tensão secundária será: aa AX ax AX AX ax k U k U w w U UU 1 2 , Eq. 37 sendo ax AX a w wk a razão de transformação do auto-transformador. No caso de um auto-transformador elevador, teremos U2=UAX=kaU1. Quando o auto-transformador está em curto-circuito, a rede primária fornece uma corrente I1 e o condutor que curto-circuita os terminais a e x é percorrido pela corrente I2. Se os enrolamentos A-X e a-x estivessem electricamente separados, tal como num transformador normal, desprezando a corrente magnetizante teríamos: Transformadores Texto de apoio – Análise de Ciurcuitos 2014 021 axAX wIwI ou 01 21 I k I a . Eq. 38 Num auto-transformador a corrente I1 apenas circula na parte A-a do enrolamento e, na parte comum a-x do enrolamento, circula uma corrente Iax que representa a soma algébrica das correntes do primário e do secundário. Assim, a aax k IkIIII 111 2121 . Eq. 39 Analise_Circuitos/Analise_Circuitos_Transitorios_2014.pdf 21-07-2014 1 Fenómenos Transitórios Definição de fenómenos transitórios São fenómenos que ocorrem em circuitos eléctricos entre dois estados de regime permanente. Normalmente, os fenómenos transitórios ocorrem em circuitos eléctricos durante as manobras de abertura e fecho de interruptores. Podem também acontecer devido a outras causas, tais como ligações defeituosas. Normalmente estes fenómenos duram alguns décimos, centésimos ou milésimos de segundo. Fig. 1 – Fecho e abertura de um interruptor ANALISE DE CIRCUITOS_2014 1 Fenómenos Transitórios Os fenómenos transitorios duram usualmente alguns décimos, centésimos ou milésimos de segundo, contudo o seu estudo é importante, pois mostra com antecedência qual o aumento perigoso de tensão ou intensidade da corrente que pode ocorrer em várias secções de um circuito eléctrico. A análise dos fenómenos transitórios permite também prever as distorções nas formas de onda ou amplitude dos sinais quando passam através de amplificadores, filtros ou outros elementos. ANALISE DE CIRCUITOS_2014 2 Fenómenos Transitórios Leis da comutação Sob quaisquer condições transitórias ou estacionárias há dois aspectos básicos a considerar: a corrente através de uma indutância e a tensão através de uma capacidade não podem varias bruscamente. 1ª Lei da comutação A corrente através de uma indutância imediatamente antes da comutação é igual à corrente através da mesma indutância imediatamente depois da comutação. )0()0()0( LLL iii ANALISE DE CIRCUITOS_2014 3 Fenómenos Transitórios 2ª Lei da comutação A tensão através de uma capacidade imediatamente antes da comutação é igual à tensão através da mesma capacidade imediatamente depois da comutação. )0()0()0( ccc uuu Condições iniciais As condições iniciais são utilizadas para a determinação das constantes nas soluções das equações diferencias. Para a determinação das constantes são aplicadas as leis da comutação. ANALISE DE CIRCUITOS_2014 4 21-07-2014 2 Métodos de cálculo de processos transitórios Para o cálculo de circuitos em regime transitórios devem ser resolvidas equações diferenciais lineares. A resolução das equações pode ser feita por três métodos: 1. Clássico; 2. Operacional; 3. Integral de Duhamel No nosso estudo aplicaremos o método clássico, que consiste em: 1. Constituir as equações diferenciais para o circuito eléctrico depois da comutação; 2. Determinar a solução geral como a soma de duas componentes: a. Componente estacionária (ou forçada) – que corresponde à solução particular da equação diferencial não homogénea, quando t . ANALISE DE CIRCUITOS_2014 5 Métodos de cálculo de processos transitórios ANALISE DE CIRCUITOS_2014 6 b. Componente livre – que corresponde à solução geral da equação diferencial homogénea. A Solução completa é constituida por duas componentes: 3. Determinar as raizes das equações características. 4. Determinar as constantes de integração usando as condições iniciais. Neste caso o circuito é analisado antes da comutação. livest iiti )( Fenómenos Transitórios Processos transitórios no circuito RL com fonte contínua Escrevamos uma equação da 2ª lei de Kirchoff para o circuito da figura dada, com o interruptor fechado: R E L EiR dt idL Trata-se de uma equação diferencial linear com coeficientes constantes, pois R e L são constantes. ANALISE DE CIRCUITOS_2014 7 Fenómenos Transitórios Resposta forçada e natural Da matemática sabe-se que a solução geral de uma equação diferencial linear é a soma da solução particular de uma equação não homogénea com a solução geral de uma equação homogénea. A solução particular (forçada) é: R Ei forçada A equação homogénea obtém-se igualando o segundo membro a zero é: 0 iR dt idL ANALISE DE CIRCUITOS_2014 8 21-07-2014 3 Fenómenos Transitórios Resposta forçada e natural A solução da equação homogénea é uma função exponencial da forma: tp livre Aei Consideramos que para todos os fenómenos transitórios o tempo t = 0 corresponde ao instante em que o interruptor é levado de uma posição a outra. A e p são constantes independentes do tempo. ANALISE DE CIRCUITOS_2014 9 L Rp Fazendo: dt dp E resolvendo a equação homegenea em ordem a p, obtemos: Fenómenos Transitórios Resposta forçada e natural Assim a solução completa da equação diferencial será: t L R livfor eA R Eiii ANALISE DE CIRCUITOS_2014 10 Constante de tempo: ][s R L Determinação da constante de integração: R EAA R Eiit 0)0(;0)0(0 )1( t L R e R Ei Fenómenos Transitórios Processos transitórios no circuito RL com fonte alternada sinusoidal Escrevamos uma equação da 2ª lei de Kirchoff para o circuito da figura dada, com o interruptor fechado: R e L )(; Em tsenEeeiR dt idL Trata-se de uma equação diferencial linear com coeficientes constantes, pois R e L são constantes. ANALISE DE CIRCUITOS_2014 11 Fenómenos Transitórios Resposta forçada e natural Neste caso a resposta forçada para a obtenção desta solução, devemos analisar um circuito de corrente alternada sinusoidal monofásica: 22;;)( L m mImfor Ifor L forçada XRZ Z EItsenIi I XjR E Z EI A equação homogénea obtém-se igualando o segundo membro a zero é: 0 iR dt idL ANALISE DE CIRCUITOS_2014 12 21-07-2014 4 Fenómenos Transitórios Resposta forçada e natural A solução da equação homogénea é uma função exponencial da forma: tp livre Aei A solução completa, será: ANALISE DE CIRCUITOS_2014 13 t L R Imlivfor eAtsenIiii )( Fenómenos Transitórios Determinação da constante de integração: ANALISE DE CIRCUITOS_2014 14 Constante de tempo: ][s R L ImIm senIAAsenIiit 0)0(;0)0(0 t L R ImIm esenItsenIi )( Fenómenos Transitórios Desligação de um circuito RL da fonte contínua Escrevamos uma equação da 2ª lei de Kirchoff para o circuito da figura dada, com o interruptor fechado: R E L 1R 0)( 1 iRR dt idL ANALISE DE CIRCUITOS_2014 15 A solução desta equação homogénea é uma função exponencial da forma: tpeAi Fenómenos Transitórios ANALISE DE CIRCUITOS_2014 16 L RRp 1onde: t L RR e R Ei 1 Determinação da constante de integração: A R Ei R Eit )0(;)0(0 21-07-2014 5 Fenómenos Transitórios ANALISE DE CIRCUITOS_2014 17 L RRp 1onde: t L RR e R Ei 1 Determinação da constante de integração: A R Ei R Eit )0(;)0(0 Processos transitórios nos circuitos R-C ANALISE DE CIRCUITOS_2014 18 EUAAEUUut C 000 ;)0(0 R E c tp C tp livCestC livCestCCC CC C eAEueAuEu uuuEu td udCR td udCiEiRu ;; ;; Determinação da constante de integração: Processos transitórios nos circuitos R-C ANALISE DE CIRCUITOS_2014 19 tt C CC e R UE td udCieUEEu CR CR puupCR 1 0 1 0 ;)( ;110 Determinação da raíz da equação característica: 0U R UU 0 st , )( tu )(ti transt )53( transt Processos transitórios nos circuitos R-C ANALISE DE CIRCUITOS_2014 20 Descarga de um consensador através de uma resistência: R E c 1R i tp livC livClivCestCCC C C CC C eAu uuuuu td udRRC u td udRRC td ud CiuRRi ;0)( 0)(;;0)( 1 11 21-07-2014 6 Processos transitórios nos circuitos R-C ANALISE DE CIRCUITOS_2014 21 tC t CC e RR E td ud Ci CRReEuAEEut 1 1 1 1 )(;)0(;0 E st, )(tu )(ti 1RR E Analise_Circuitos/Circuitos_lineares_corrente_continua_2014.pdf 1 Analise de Circuitos 2014 1 CIRCUITOS LINEARES DE CORRENTE CONTÍNUA Analise de Circuitos 2014 2 Associação de resistências em série Numa ligação de resitências em série, a corrente que flui no circuito é a mesma e pode-se obter uma resistência equivalente do conjunto. 1R 2R 3R nR I 1U 2U 3U nU U neq RRRRR ...321 eqR I U n nn RRRR I U RRRRIUUUUUU ... )...(... 321 321321 Analise de Circuitos 2014 3 Associação de resistências em paralelo Os terminais das resistências encontram-se conectados entre si. Por isso mesmo deve-se cumprir a condição de que todas as resistências tenham a mesma tensão. 2R A B 2I 3R 3I 1R 1II nR nI ABU )...( ... 321 321 nAB n GGGGU IIIII neq GGGGG ...321 eqR I U Analise de Circuitos 2014 4 Transformações estrela-triângulo e vice-versa abR a b c bcR caR aR bR cR A resistência medida entre dois terminais, tanto da ligação estrela como da ligação triângulo, deve ser a mesma. Assim: cabcab cabcab ba RRR RRRRR )( cabcab caabbc bc RRR RRRRR )( cabcab bcabca ca RRR RRRRR )( Para os terminais a e b: Para os terminais b e c: Para os terminais c e a: 2 Analise de Circuitos 2014 5 Transformações estrela-triângulo e vice-versa Na transformação de triângulo para estrela, pode-se escrever: cabcab caab a RRR RRR cabcab abbc b RRR RR R cabcab bcca c RRR RRR Na transformação de estrela para triângulo, obtém-se: c cbcaba ab R RRRRRRR a cbcaba bc R RRRRRRR b cbcaba ca R RRRRRRR Analise de Circuitos 2014 6 Transformações estrela-triângulo e vice-versa Exemplo: Calcular as correntes do circuito dado aplicando o método de transformação. 2R 1R 3R 4RJ 5R 6R J = 1A; R1 = 1; R2 = 1; R3 = 1; R4 = 4; R5 = 1, R6 = 2. a b c d 1I 2I 3I 4I 6I 5I 1º passo: Transformando o triângulo constituído pelas resistências R2 , R3 e R5, obtemos : ;33,0 532 52 25 RRR RRR ;33,0 532 32 23 RRR RRR .33,0 532 53 35 RRR RRR Analise de Circuitos 2014 7 Análise de Circuitos de Corrente Contínua Transformações estrela-triângulo e vice-versa 25R 1R 35R 4R J 23R 6R a b d c 1I 4I 6I ;33,2635356 RRR ;33,4423234 RRR ;51,1 234356 234356 RR RRR p ;84,12525 RRR pp ;65,0 125 25 1 A RR R JI p p ;35,0125 AIJI ;12,0 234356 356 254 A RR RII ;23,04256 AIII ;19,03562525 VRIRIU ad ;19,0 5 5 A R UI ad ;16,0512 AIIJI .04,0423 AIII 2º passo: Depois da transformação pode-se representar o circuito do seguinte modo: 3º passo: Com o circuito simplificado pode-se proceder ao cálculo do mesmo: Analise de Circuitos 2014 8 Transformações estrela-triângulo e vice-versa Fazendo o equilíbrio de potências, obtém-se: WIRIRIRIRIRIRP ac 65,0649,02 66 2 55 2 44 2 33 2 22 2 11arg WJRIJUP abFonte 65,011 3 Analise de Circuitos 2014 9 Associação de geradores de tensao Associação em série Existem dois tipos principais de associação de geradores: a associação em série e em paralelo. 1E 1R 2E 3E 2R 3RA BI Os geradores são ligados de forma que sejam atravessados pela mesma corrente. Analise de Circuitos 2014 10 Associação de geradores Neste caso pode-se obter uma fonte equivalente na qual a f.e.m. está em série com a resistência interna equivalente. eqE eqRA BI ieq EE ieq RR No caso geral quando temos várias fontes em série, podemos escrever: 321 EEEEeq 321 RRRReq Analise de Circuitos 2014 11 Associação de geradores Os terminais ou pólos do mesmo nome do gerador encontram-se conectados entre si. Por isso mesmo deve-se cumprir a condição de que todos os geradores tenham a mesma f.e.m.. De outro modo os geradores com menor f.e.m. funcionariam como cargas. Associação em paralelo 2E 2RA B2I 3E 3R 3I 1E 1R 1I I Analise de Circuitos 2014 12 Associação de geradores Tal como no caso da ligação em série, pode-se obter uma fonte equivalente na qual a f.e.m. está em série com a resistência interna equivalente. eqE eqRA BI BAeq UE neq GGAdmitindo a corrente total seja nula : 321 332211 GGG GEGEGEEeq 321 GGGGeq 321 IIII Seja : EUEEEE BA 321 4 Analise de Circuitos 2014 13 Métodos de cálculo de corcuitos complexos Metodo das leis de Kirchoff As leis de Kirchoff são usadas nos problemas de circuitos eléctricos para calcular a corrente nos respectivos ramos. Consideremos que r seja o número total de ramos num circuito, rc o número de ramos contendo fontes de corrente e N o número de nós. Supondo conhecidas as correntes nos ramos com fontes de correntes, então o número de equações de Kirchoff é obtido como se segue: Assinala-se no esquema com uma seta, o sentido positivo da Corrente em cada ramo; Fixa-se o sentido positivo de circulação em cada malha; Analise de Circuitos 2014 14 Metodo das leis de Kirchoff Para que as equações sejam independentes, as equações da 1ª lei de Kirchoff devem ser tantas, quantos são os nós menos uma, ou N -1. As que traduzem a 2ª lei de Kirchoff devem ser tantas quantos são os ramos sem fontes de corrente, menos o número de equações da 1ª lei de Kirchoff: 1)1()( NrrNrrN cceq A título de exemplo, consideremos o circuito dado. 4R3R 1E 1R 2E2R Analise de Circuitos 2014 15 Metodo das leis de Kirchoff O circuito dado tem 2 nós, identificados pelas letras a, e b. De acordo com a 1ª lei de Kirchoff devem ser escrita 1 equação, que Fica: De acordo com a 2ª lei de Kirchoff devem ser escritas 2 equações das malhas indicadas a tracejado: O número de ramos é 3 e não temos nenhuma fonte de corrente. 0321 III 13311 EIRIR 233242 )( EIRIRR 4R3R 1E 1R 2E2Ra b Analise de Circuitos 2014 16 Metodo das leis de Kirchoff Considerando os seguintes dados: E1 = 12 V; E2 = 12 V; R1 = 4 ; R2 = 5 ; R3 = 5 ; R4 = 5 A solução será: I1 = 1,09 A; I2 = 0,44 A; I3 = 1,53 A Fazendo o equilíbrio de potências: WIEIEPFonte 36,18)44,009,1(122211 WxxxIRRIRIRP ac 39,1844,01053,1509,14)( 2222 242 2 33 2 11arg 5 Analise de Circuitos 2014 17 Método de sobreposição A aplicação do método de sobreposição é para circuitos com elementos lineares e consiste em obter a influência de cada fonte presente no circuito de forma isolada, para depois se fazer a sobreposição das soluções obtidas parcialmente. Exemplo: Considerando o circuito dado, calcular todas as correntes usando o método de sobreposição: 1E 1R 2R 3R 2E E1 = 2 V; E2 = 4 V; R1 = 4 ; R2 = 5 ; R3 = 10 . Analise de Circuitos 2014 18 Método de sobreposição Devemos indicar os sentidos das correntes no circuito inicial. Considerar o circuito com apenas uma das fontes de tensão de cada vez e calcular as respectivas correntes. 1E 1R 2R 3R 2E 1I 2I3I Analise de Circuitos 2014 19 Método de sobreposição Correntes da fonte 1: 1E 1R 2R 3R 1I 2I 3I AIII RR RIIAI RR RRRR R EI eq eq 18,0 09,0 15 5.27,0;27,0 33,7 2 33,7 15 504. 312 32 2 131 23 23 11 Correntes da fonte 2: 2E 1R 2R 3R 1I 2I 3I AIII RR RIIAI RR RRRR R EI eq eq 36,0 15,0 14 4.51,0;51,0 86,7 4 86,7 14 405. 321 31 1 232 13 13 2 2 2 Analise de Circuitos 2014 20 Método de sobreposição Finalmente calculamos as correntes totais: 1E 1R 2R 3R 2E 1I 2I3I AIII AIII AIII 24,0 33,0 09,0 333 222 111 6 Analise de Circuitos 2014 21 Método das tensões nos nós ou método de análise nodal No método de análise nodal escolhe-se como incógnitas as tensões nos nós e as equações são obtidas por aplicação da lei dos nós. A aplicação deste método pode ser sistematizada do seguinte modo: 1º passo: Identificar os nós que servem de incógnitas – Liga-se um dos nós do circuito à terra, este nó passa a ser o nó de referência e com tensão absoluta nula. Assim o número de nós com potenciais desconhecidos passa a ser N-1, sendo N o número de nós. 22 Método das tensões nos nós ou mesmo de análise nodal 2º passo: Existindo fontes de tensão ideiais, determinar o número destas fontes e designar por T; 4º passo: Obter as correntes nos ramos por aplicação da lei de Ohm. 3 passo: Estabelecer as N-1-T equações de nó, em função das tensões absolutas dos nós e resolver este sistema de equações. Analise de Circuitos 2014 Analise de Circuitos 2014 23 Método das tensões nos nós ou método de análise nodal 1E 2E 1R 2R 3R 4R 5R 1I 2I 3I 4I 5I a b c Exemplo: Calcular as correntes do circuito dado usando análise Nodal. ;321 VE VE 322 21R 12R 53R 24R 55R Analise de Circuitos 2014 24 Método das tensões nos nós ou método de análise nodal ;0c ;0531 III ;0452 III 111 111 )( GEI U ERIU a acaac ac 55 44 33 )( GI GI GI ba b a 222 222 )( GEI U EURI b bcbbc bc As equações ficam então: 0)()( 0)()( 4522 5311 GGGE GGGE bbab baaa 225425 115531 )( )( GEGGGG GEGGGG ba ba SG SGSG SGSG R RR RR 2,0 2,0;1 5,0;5,0 3 52 41 1 3 1 5 1 2 1 4 1 1 327,12,0 162,09,0 ba ba 7 Analise de Circuitos 2014 25 Método das tensões nos nós ou método de análise nodal Resolvendo o sistema de equações, obtemos: V V b a 48,21 55,22 As correntes resultam em: AI AI AI AI AI 214,0 74,10 51,4 52,10 735,4 5 4 3 2 1 WIRIRIRIRIRP WIEIEP c F 13,488 16,488 2 55 2 44 2 33 2 22 2 11 2211 Fazendo o balanço de potências obtemos: Analise de Circuitos 2014 26 Método das correntes nas malhas (malhas independentes) Tal como foi visto na aplicação do método das leis de Kirchoff, para que as equações sejam independentes, as equações que traduzem a 2ª lei de Kirchoff devem ser tantas quantos são os ramos sem fontes de corrente, menos o número de equações da 1ª lei de Kirchoff: 1)1()( NrrNrrN cceq Sendo r o número de ramos do circuito, rc o número de ramos com fontes de corrente e N o número de nós. Analise de Circuitos 2014 27 1E 1R J 2R 3R 4R E1 = 100 V; J = 6 A; R1 = 2,5 ; R2 = 10 ; R3 = 40 ; R4 = 20 . Exemplo: Calcular as correntes do circuito dado aplicando o método de análise de malhas. 21416 eqN O circuito tem 6 ramos, 4 nós e um ramo com fonte de corrente, isto é, r = 6, N = 4 e rc=1. Assim: O número de equações de malhas independentes é então de 2, o que significa que devemos identificar duas malhas independentes. Métodos das malhas independentes Analise de Circuitos 2014 28 1E 1R J 2R 3R 4R As malhas identificadas estão assinaladas no circuito pelas setas a azul. Assim temos as malhas A e B e as respectivas equações estão escritas no sistema abaixo. 14433 23321 )( 0)( EJRRRIRI JRRIRRRI BA BA 2206040 60405,52 BA BA II II 2264 6425,5 BA BA II II A 9 A 8 B A I I Métodos das malhas independentes 8 Analise de Circuitos 2014 29 Métodos das malhas independentes 1E 1R J 2R 3R 4R 1I 2I 3I 4II a b AJII AIII AJII II II B AB A B A 3 1 2 A 9 A 8 4 3 2 1 WEIJUP WIRIRIRIRP baFonte aC 420 4202 44 2 33 2 22 2 11arg VUUVRIRIU abbaab 80;804422 Analise de Circuitos 2014 30 Teorema de Thevenin Qualquer circuito eléctrico em relação a dois terminais, pode ser substituído por uma fonte de tensão real. ThE aCR arg ThR a b Caixa-preta Analise de Circuitos 2014 31 Teorema de Thevenin Procedimento para obter o circuito equivalente de Thevenin: 1. Dividir o circuito nas partes da fonte e da carga, conectadas a um par de terminais; 2. Considerar o circuito da fonte isolado do circuito da carga e determinar a sua tensão de circuito aberto Uth; 3. Considerar o circuito da fonte isolado do circuito da carga e curto-circuitando as fontes de tensão e abrindo as fontes de corrente, determinar a resistência de Thevenin Rth; 4. Considerar o circuito de Thevenin conectado ao circuito da carga e determinar as variáveis de interesse. Analise de Circuitos 2014 32 Teorema de Thevenin Considerando o circuito dado, determinar a corrente I usando o método de Thevenin. 1E 1R 2R 3R RI 2EE1 = 24 V; E2 = 6 V; R1 = 8 ; R2 = 5 ; R3 = 4 ; R = 10 . mvabth UE , 1E 1R 2R 3R 2E a b mvI3 mvabU , 233, ERIU mvmvab A RR EI mv 2 12 24 31 1 3 9 Analise de Circuitos 2014 33 Teorema de Thevenin ;264*2233, VERIU mvmvab VE th 2 1R 2R 3R a b 67,7 12 4*85 31 31 2 RR RRRRR abth thE thR RI a b A RR EI th th 113,0 1067,7 2 Analise de Circuitos 2014 34 Teorema de Norton Qualquer circuito eléctrico em relação a dois terminais, pode ser substituído por uma fonte de corrente real. NJ aCR argNR a b Caixa-preta Teorema de Norton Procedimento para obter o circuito equivalente de Norton 1. Dividir o circuito nas partes da fonte e da carga, conectadas a um par de terminais; 2. Considerar o circuito da fonte isolado do circuito da carga e determinar a sua corrente de curto-circuito; 3. Considerar o circuito da fonte isolado do circuito da carga e curto-circuitando as fontes de tensão e abrindo as fontes de corrente, determinar a resistência de Norton RN; 4. Considerar o circuito de Norton conectado ao circuito da carga e determinar as variáveis de interesse. 35Analise de Circuitos 2014 Analise de Circuitos 2014 36 Teorema de Norton Considerando o circuito dado, determinar a corrente e a tensão na resistência R3 usando o método de Norton. 1E 1R 2R 3R 2E E1 = 2 V; E2 = 4 V; R1 = 4 ; R2 = 5 ; R3 = 10 . 10 Analise de Circuitos 2014 37 Teorema de Norton 1E 1R 2R 2E a b Ncc JI ccI 2ccI1 A R E R EIIJ ccccN 3,1 2 2 1 1 21 22,2 21 21 RR RRRR abN 1R 2R a b Analise de Circuitos 2014 38 Teorema de Norton NJ 3RNR a b 3I A RR RJI N N N 236,0 3 3 VRIU ab 36,233 Analise de Circuitos 2014 39 Máxima transferência de potência Uma rede pode ser considerada como contendo dois elementos, a fonte e a carga. A fonte pode ser substituída por um circuito equivalente de Thevenin ou um circuito de Norton. Assim para uma rede puramente resistiva, a representação da fonte equivalente de Thevenin e considerando uma carga RL, será: ThE LR ThR a b LI Analise de Circuitos 2014 40 Máxima transferência de potência A potência na carga é dada por: ;2 LL RIP Atendendo que a corrente na carga é: ; Lth th L RR EI Pode-se escrever a expressão da potência como se segue: L Lth th R RR EP 2 Derivando esta expressão em ordem a RL, pode-se determinar as condições de potência máxima na carga. 11 Analise de Circuitos 2014 41 Máxima transferência de potência 3 2 2 Lth Lth thL Lth th LL RR RRER RR E dR d dR dP De onde se obtém, que para a potência máxima na carga: ;thL RR 0 LdR dP th th R EP 4 2 max A potência máxima na carga será então dada por: Analise_Circuitos/Corrente_Alternada_1_2014.pdf 1 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 1 Tema 2: Circuitos de Corrente Alternada Sinusoidal ANALISE DE CIRCUITOS 2014 2 Introdução • Uma corrente alternada é aquela que é alternadamente positiva e negativa. No caso em que essa variação seja da forma sinusoidal, a corrente é designada alternada sinusoidal. • A nível da cadeia energética, se ao nível da utilização da energia eléctrica, um variado e significativo número de cargas funciona em corrente contínua, a sua produção, transporte ou distribuição é feita quase exclusivamente em corrente alternada ANALISE DE CIRCUITOS 2014 3 Grandezas e valores característicos )()2( tsenIt T senIi mm T f 22 T f 1 - ângulo de fase inicial; - frequência angular; T - período ANALISE DE CIRCUITOS 2014 4 Valores médios e valores médios quadráticos das quantidades sinusoidais o valor médio da corrente durante metade do ciclo é: 2 0 2 2 1 T mmmed IdttsenI T I m m T m T I I dttsenI T dti T I 707,0 2 11 0 22 0 2 o médio quadrático ou valor eficaz da corrente num ciclo é: 2 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 5 Representação vectorial de quantidades sinusoidais Se representarmos num sistema cartesiano a posição do vector girante em cada instante, obtemos a representação instantânea da quantidade sinusoidal. Assim podemos concluir que uma quantidade sinusoidal pode ser representada por um vector de amplitude constante que roda a uma certa velocidade angular . i t 1I 2I 1t 2t 1t T 2t 2 T ANALISE DE CIRCUITOS 2014 6 Se introduzirmos um plano complexo no círculo trigonométrico, podemos representar a quantidade sinusoidal por um valor complexo. +1 +j I imagI realI .cos imagreal jIIsenIjII , IIForma polar: ,22 imarea III Forma rectangular: Forma exponencial: jeII 0, real real imag Ise I I arctg 0,º180 real real imag Ise I I arctg ANALISE DE CIRCUITOS 2014 7 Operações com valores complexos Consideremos dois números complexos: e 111 jbaZ 222 jbaZ Soma ou subtracção: .)()( 212121 bbjaaZZZ s Multiplicação: ,212121 ZZZZZ p ,2 1 2 11 baZ ,2 2 2 22 baZ )arg( 11 Z )arg( 22 Z Divisão: ,21 2 1 2 1 Z Z Z ZZq ANALISE DE CIRCUITOS 2014 8 Elementos armazenadores de energia Capacitores uCq A corrente i através de um capacitor é a taxa de variação da carga com o tempo: dt duC dt dqi 3 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 9 Associação de capacitores série ,CBA uuuu q u q u q u q u CBA .1111 CBA CCCC ANALISE DE CIRCUITOS 2014 10 Associação de capacitores Paralelo A carga total é a soma das cargas de cada um dos condensadores: CBA qqqq . u q u q u q u q CBA Dividindo por u ambos membros: CBA CCCC Finalmente obtemos: 2 2 1 CUWC A energia é dada por: ANALISE DE CIRCUITOS 2014 11 Indutores , dt diLeL A f.e.m. Induzida é dada por: . dt diLuL A diferença de potencial sobre o indutor será: ANALISE DE CIRCUITOS 2014 12 Associação de Indutores série I L1 L2 L3 u u1 u2 u3 321 uuuu A tensão sobre o conjunto é: dt diLLLu )( 321 Finalmente obtemos: .321 LLLL 4 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 13 Paralelo I L1 L2 L3 u Admitindo que os fluxos magnéticos das bobinas não interajam podemos escrever: 321 iiii Da equação da tensão numa bobina pode-se escrever: .111 321 dtu L dtu L dtu L i .)111( 321 dtu LLL i Já que a tensão é a mesma na ligação pode-se escrever: .1111 321 LLLL Finalmente: A energia é dada por: 2 2 1 ILWL ANALISE DE CIRCUITOS 2014 14 Comportamento de alguns elementos em CA Resistência R UItsenI R tsenU R ui tsenUu m mm m m ; ; Ru i u i U I ANALISE DE CIRCUITOS 2014 15 Comportamento de alguns elementos em CA Bobina pura ou Indutância LLL m mm LLL m XjLjL I U I UZLX tsenItsen L Ut L Ui tdu L iCCdtu L i td idLu tsenUu 90 90 0; ;)90()90(cos ; 1 0; 1 ; u i u i U I L ANALISE DE CIRCUITOS 2014 16 Comportamento de alguns elementos em CA Capacidade pura CCC m C m m m Xj C j CI U I UZ C X tsenItsenUtCU td udCi tsenUu 1901 90 0;1 )90()90(cos ; 1 u i u i U I C 5 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 17 Comportamento de alguns elementos em CA LX L C XC 1 Dependência das reactâncias indutiva e capacitiva em função da frequência ANALISE DE CIRCUITOS 2014 18 Impedância e admitância A impedância representa a relação entre o fasor da tensão e o fasor da corrente: I UZ A admitância é definida como sendo o inverso da impedância: Z Y 1 jXRZ jBGY G é a condutância e B susceptância. R é a resistência e X a reactância. ANALISE DE CIRCUITOS 2014 19 Impedância e admitância As impedâncias podem ser ligadas em série ou em paralelo ou ainda de forma mista. O cálculo da impedância e admitância equivalente obedece as mesmas regras aplicadas no caso de resistências nos circuitos de corrente contínua. As figuras abaixo mostram os triângulos de impedância e de admitância, respectivamente. ANALISE DE CIRCUITOS 2014 20 Lei de Ohm na forma complexa Consideremos o circuito abaixo no qual a aplicação da lei de malhas em valores instantaneos resulta em: euuu CLR edti Cdt diLRi 1ou Em notação complexa temos mmmm E C jILjIRI )( 6 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 21 Lei de Ohm na forma complexa Resolvendo em ordem a corrente, resulta: C jLjR EI m m Em valores eficazes temos: Z E C jLjR EI A expressão anterior mostra-nos a lei de Ohm para circuitos sinusoidais ANALISE DE CIRCUITOS 2014 22 Leis de Kirchoff na forma complexa De acordo com a 1ª Lei de Kirchoff, a soma algébrica das correntes em qualquer nó de um circuito é zero, ou 0I A 2ª Lei de Kirchoff estabelece que a soma das quedas de tensão ao longo de uma malha é igual a soma das f.e.m. ao longo da mesma malha: n k n k kkk EZI 1 1 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 23 Métodos de cálculo de circuitos de C.A. Os métodos de cálculo de circuitos estudados em corrente contínua são aplicáveis também nos circuitos de corrente alternada, através do uso do método simbólico . Algumas expecções acontecem em circuitos com acoplamento magnéctico e serão devidamente analisados. Analise_Circuitos/Corrente_alternada_2_2014.pdf Electrotecnia Teorica I_2010 1 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 1 Potência nos circuitos de C.A. A figura abaixo mostra o andamento temporal da tensão e da corrente através de uma resitência, estando ambas em fase. A potência p é o produto da tensão pela corrente. A variação da potência com o tempo é mostrada também na fugura abaixo. ANALISE DE CIRCUITOS 2014 2 Potência nos circuitos de C.A. tsenUutsenIi mm ; Sendo a corrente I e a tensã u dadas por: Então a potência p será dada por: ; 2 2cos 2 1 )cos()cos(2; ttsentsen BABABsenAsentsenUtsenIuip mm )2cos1( 2 1 tUIp mm Esta é a equação que descreve a variação da potência com o tempo uma resistência pura. Verificamos que ela descreve uma variação co-senoidal de frequência dupla, em torno de um valor médio. ANALISE DE CIRCUITOS 2014 3 Potência nos circuitos de C.A. Para uma indutância pura, a variação da corrente e tensão é mostrada na figura ao lado, e analiticamente, por: Neste caso, a potência p é dada por: tUutsenIi mm cos; ;cos tUtsenIuip mm tsenUIp mm 2 2 1 A potência varia em torno do eixo zero com frequência dupla, sendo o seu valor médio zero. )()(cos2 BAsenBAsenBAsen tsenttsen 2 2 1cos ANALISE DE CIRCUITOS 2014 4 Na parte do ciclo onde a corrente é positiva a energia é armanezanada no campo magnéctico do indutor, enquanto que na parte do ciclo onde a corrente é negativa regista-se uma descarga dessa energia para o circuito. Potência nos circuitos de C.A. Para uma capacitância pura, a variação temporal da corrente e tensão é mostrada na figura ao lado, e analiticamente, por: )90(; 0 tsenUutsenIi mm Electrotecnia Teorica I_2010 2 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 5 Potência nos circuitos de C.A. Neste caso, a potência p é dada por: )1802( 2 1 0 tsenUIp mm )1802(2 )902cos(90cos)90(2 0 000 tsentsen ttsentsen A potência varia em torno do eixo zero com frequência dupla, sendo o seu valor médio zero. Na parte do ciclo onde a tensão é positiva a energia é armanezanada no campo eléctrico do capacitor, enquanto que na parte do ciclo onde a corrente é negativa regista-se uma descarga dessa energia para o circuito. ANALISE DE CIRCUITOS 2014 6 Potência nos circuitos de C.A. No caso geral, quando se regista uma diferença de fase entre a tensão e a corrente (figura abaixo): A potência p é então dada por: )( tsentsenIUuip mm ;)(; tsenIitsenUu mm )2cos(cos)(2 ttsentsen A figura ao lado mostra o gráfico da última equação. O segundo termo da equação descreve uma potência que oscila no tempo com frequncia 2. Considerando que: Resulta em: )2(cos 2 1cos 2 1 tIUUIp mmmm ANALISE DE CIRCUITOS 2014 7 Potência nos circuitos de C.A. O primeiro termo da equação descreve um nível constante de potência e é em torno desse valor que a oscilação de potência ocorre. Para um ciclo completo, o segundo termo terá um valor médio igual a zero. Assim, a potência média é dada por: cos 2 1 mmmed UIP ou: cosIUPmed Ao produto dos valores eficazes da corrente e da tensão desgina-se por produto volt-ampère ou potência aparente. A sua unidade é dada em VA. A potência aparente multiplicada pelo factor cos, dá a potência activa ou potêncial real. Por essa rezão, cos é conhecido como factor de potência. IUS ANALISE DE CIRCUITOS 2014 8 Potência nos circuitos de C.A. Triângulo de potências cosIUP senIUQ IUS Electrotecnia Teorica I_2010 3 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 9 Potência nos circuitos de C.A. Suponhamos que temos circuito alimentado com tensão sinusoidal da qual resulta uma corrente sinusoidal: UUU III O produto destas grandezas resulta em: IUUIIU Como se pode constatar o desfasamento entre a tensão e acorrente não aparece correctamente definido. Para que isso suceda, deve-se multiplicar pelo conjugado da corrente: IUUIIUS ANALISE DE CIRCUITOS 2014 10 Máxima transferência de potência Uma rede pode ser considerada como contendo dois elementos, a fonte e a carga. A fonte pode ser substituída por um circuito equivalente de Thevenin ou um circuito de Norton. Assim para uma rede de corrente alternada, a representação da fonte equivalente de Thevenin e considerando uma carga, será: ThE CZ ThZ a b CI CZ ANALISE DE CIRCUITOS 2014 11 Máxima transferência de potência A potência na carga é dada por: ;2 CC RIP Atendendo que a corrente na carga é: 22 )()( ; )()( CthCth th C CthCth th C XXRR EI XXjRR EI Pode-se escrever a expressão da potência como se segue: 22 2 )()( thCthC Cth XXRR REP ANALISE DE CIRCUITOS 2014 12 Máxima transferência de potência Neste caso, verifica-se que a potência pode depender de ou de . Assim o máximo pode ocorrer em duas situações: 0 CdR dP CZ CX 0 CdX dP thC thC thCthC thCCthth thCthC ththCCthCthCth CC XX RR XXRR XXRRE XXRR ERRRXXRRE dR dP dR dP 0 ])()[( ])()[( 0 ])()[( )(2])()[(0 222 2222 222 2222 Electrotecnia Teorica I_2010 4 ANALISE DE CIRCUITOS 2014 13 Máxima transferência de potência Neste caso, verifica-se que a potência pode depender de RC ou de XC. Assim o máximo pode ocorrer em duas situações: thththC thC thCthC thCthC CC XjRZZ XX XXRR XXER dX dP dX dP * 222 2 0 ])()[( )(20 Analise_Circuitos/Fundamentos_Circuitos_Electricos_2014.pdf I. Fundamentos de Circuitos Eléctricos 2 1.1 Circuitos lineares de corrente contínua 1.1.1 Introdução Na teoria dos circuitos eléctricos, os componentes electromagnéticos e os processos físicos que ocorrem neles e no espaço que os rodeia são substituídos através de certos cálculos de equivalência por circuitos eléctricos. Um circuito eléctrico é uma interligação entre fontes e conversores de energia (ou cargas) através dos quais uma corrente eléctrica pode circular. Os fenómenos electromagnéticos que se processam num circuito eléctrico podem ser descritos em função de tensão, força electromotriz (f.e.m.) , resistência, indutância e capacidade. As fontes de energia ou f.e.m. são dispositivos que convertem outras formas de energia (química, mecânica, etc.) em energia eléctrica. A energia eléctrica fornecida é depois transformada nos conversores (cargas) em outras formas de energia (trabalho mecânico, calor, luz, etc.). 1.1.2 Carga, corrente eléctrica e intensidade da corrente 1.1.2.1 Carga eléctrica ou quantidade de electricidade O número de electrões em excesso ou defeito, num corpo, define a carga eléctrica ou quantidade de electricidade que esse corpo possui. Seria, no entanto, inadequado expressá-la desta forma, já que num corpo electrizado a grandeza desse número ultrapassa os milhares de trilião. Escolheu-se, por conseguinte, uma unidade mais conveniente: o Coulomb (C). exC 1910625,01 1.1.2.2 Corrente eléctrica Os electrões livres são, como sabemos, os agentes transportadores de carga. Sabemos que num corpo no estado neutro esses electrões erram por toda a sua superfície. Sob uma diferença de potencial (d.p.p.), os electrões (cargas