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Criptorquidia

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Criptorquidia 
Conceito 
Ausência de um ou ambos os testículos 
na bolsa escrotal 
Fisiopatologia 
Processo embrionário ineficaz que possa 
ter impedido a descida do testículo da 
região retroperitoneal até a bolsa escrotal. 
A persistência do testículo dentro do 
abdome e a sua não passagem pelo canal 
inguinal é denominado criptorquidia. 
 
A descida do testículo da região inguinal 
para o escroto ocorre durante 24 a 35 
semanas. 
 
Fatores de risco 
Dentre os fatores de risco para 
criptorquidia, destacam-se: 
• História familiar 
• Prematuridade 
• Baixo peso ao nascer ou bebê PIG 
• Ingestão materna de bebidas 
alcoólicas 
• Diabetes gestacional 
• Cirurgia inguinal anterior 
Quadro clinico 
✓ Testículo mal posicionado ou 
ausente 
Obs: testículo retrátil é um exemplo de 
testículo mal posicionado, uma vez que 
este se localiza na posição supreescrotal, 
mas que pode ser manipulado para baixo, 
de maneira indolor, e permanecer na 
região de saco escrotal após liberação da 
tração. 
✓ Testículo não palpado é aquele que 
não consegue ser identificado no 
escroto, canal inguinal ou região 
femoral ou perineal 
✓ Testículo com criptorquidia palpável 
é aquele que não pode ser tracionado 
ou que se tentado tracionar para 
dentro do saco, este não fica. 
✓ Assimetria 
✓ Cicatriz cirúrgica na região 
inguinal, sem em casos de suspeita 
de criptorquidia iatrogênica 
Diagnostico 
O diagnóstico é clinico, não necessitando 
de exames complementares no manejo 
inicial 
USG: pode ser indicada para avaliar a 
genitália interna de lactentes com 
criptorquidia bilateral. 
Laparoscopia: indicado para todo paciente 
com testículo não palpável 
Rastreamento 
O encaminhamento de crianças com 
criptorquidia para o cirurgião só deve ser 
realizado se, dentro de um prazo de 6 
meses, esse testículo não tiver descido. 
O risco de câncer de testículo aumenta 
naqueles que realizam orquiopexia após a 
puberdade. 
Tratamento 
O objetivo primário da cirurgia para a 
criptorquidia é manter a função hormonal 
e a fertilidade intacta, bem como reduzir 
os riscos de neoplasias testiculares. 
A cirurgia realizada entre antes dos 12/18 
meses, reduz os riscos para uma neoplasia 
testicular 
1- Testículo palpável uni ou 
bilateralmente 
O tratamento de primeira escolha é a 
orquipexia (colocação do testículo na 
posição normal) com incisão única na 
região escrotal ou dupla na região 
inguinal 
2- Testículo não palpável 
unilateralmente 
É realizado um exame sob anestesia para 
localizar o testículo, se identificado, deve 
ser realizado orquipexia. Se não 
identificado, a laparoscopia está indicada. 
3- Testículo não palpável 
bilateralmente 
Se um neonato não apresenta ambos os 
testículos palpáveis, este deve ser 
encaminhado para investigar diferenças 
do desenvolvimento sexual. 
Um homem, por sua vez, com testículos 
bilaterais não palpáveis apresenta 
ausência de testículo quando: 
✓ Os níveis de inibina e substancia 
inibidora milleriana não são 
detectáveis. 
✓ Fsh alto associado 
Isso evita uma cirurgia desnecessária. 
✓ Se testes endócrinos indicam 
função celular de Sertoli e Leydig, 
significa que há presença de tecido 
testicular, logo indica-se cirurgia. 
Se testículos presentes: cirurgia indicada 
(orquipexia) 
Para testículos intra-abdominais alguns 
cirurgiões realizam cirurgia por etpas: 
a- Orquipexia unilateral e aguarda 
cicatrização 
b- Oquipexia contralateral após 
cicatrização 
4- Criptorquidia uni ou bilateral com 
hipospadia 
Encaminha para o endócrino para 
avaliação de diferenças de 
desenvolvimento sexual em neonatos e 
avaliação cirúrgica 
Outra forma de manejar o tratamento 
 
Cirurgia (fowller- Stephens): 
1º tempo: ligadura dos vasos testiculares 
2º tempo: após 6 meses da primeira 
cirurgia, realiza-se a orquidopexia 
Complicações 
As duas principais complicações da 
criptorquidia são: 
1- Infertilidade 
2- Câncer de testículo

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