Buscar

Incentivo fiscal na Zona Franca de Manaus

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
GUSTAVO MIGLIARI
INCENTIVO FISCAL NA ZONA FRANCA DE MANAUS
SÃO PAULO
2024
INCENTIVO FISCAL NA ZONA FRANCA DE MANAUS
RESUMO 
Esta produção bibliográfica tem como propósito explorar a compreensão e a relevância dos estímulos fiscais proporcionados pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Zona Franca de Manaus, realçando os incentivos tributários, tais como isenções, reduções, suspensões, diferimentos, descontos e créditos tributários, conforme estabelecido no Artigo 2º da Lei nº 2.826, de 29 de setembro de 2003, para promover o desenvolvimento socioeconômico e ambiental no Estado do Amazonas. O modelo da Zona Franca de Manaus desempenhou um papel significativo no progresso e na expansão do Estado, estabelecendo-se como um modelo industrial que, desde sua implementação, tem demonstrado índices positivos em termos de emprego, crescimento populacional e produção de bens. Os resultados indicam que a Zona Franca de Manaus mantém uma vantagem competitiva em relação a outros estados brasileiros, atraindo diversas empresas e indústrias, tanto nacionais quanto internacionais, devido às suas significativas vantagens econômicas.
PALAVRAS-CHAVE: Zona Franca de Manaus. Incentivo Fiscal. ICMS.
1. Introdução 
	A abordagem deste estudo bibliográfico visa esclarecer a eficácia do ICMS como Incentivo Fiscal na Zona Franca de Manaus, desde sua origem até os dias atuais. Busca-se evidenciar os benefícios do incentivo fiscal do ICMS para o crescimento socioeconômico de Manaus após a implementação do modelo Zona Franca, bem como abordar brevemente as perspectivas para o futuro do modelo nos próximos anos.
	Após o declínio do ciclo da borracha, houve uma crise econômica nas áreas produtoras de látex, especialmente em Manaus, devido à mudança na produção de Hevea brasilienses para outras regiões. O governo brasileiro, diante dessa realidade, estabeleceu a Amazônia Legal e criou a Zona Franca de Manaus, baseada em incentivos fiscais, incluindo a renúncia do ICMS, como forma de reverter esse cenário.
	A questão principal levantada é: quais foram os benefícios proporcionados pelo modelo Zona Franca de Manaus para o crescimento e estímulo das indústrias, visando reverter o quadro socioeconômico? Os principais benefícios incluem a criação e manutenção de milhares de empregos e a atração de investimentos internacionais significativos para o polo industrial de Manaus.
	O objetivo geral deste estudo é explorar o incentivo fiscal do ICMS e destacar seus benefícios e importância para a Zona Franca de Manaus. Isso envolve examinar os fundamentos específicos dos incentivos fiscais concedidos às indústrias na região e sua contribuição para as transformações socioeconômicas do Amazonas.
	Apesar das questões levantadas, é notável a contribuição da Zona Franca de Manaus para a arrecadação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Entretanto, é importante analisar criticamente a situação atual, especialmente diante da queda do número de empregos e do faturamento do polo industrial.
	Em resumo, este estudo busca fornecer uma análise atualizada da Zona Franca de Manaus e dos resultados práticos dos incentivos fiscais concedidos a ela, com base em dados da Suframa. Além disso, destaca a necessidade de discutir o futuro do modelo, considerando os interesses de outros estados e a eficiência do modelo econômico para o desenvolvimento da Região Amazônica.
2. Criação da Zona Franca de Manaus 
	Após o término do "Ciclo da borracha", a região entrou em uma recessão econômica significativa, caracterizada pelo esvaziamento das áreas remotas e pela falta de atividades econômicas produtivas. Conforme observado por Herculano (2005), após o declínio do "Ciclo da Borracha", a economia amazônica enfrentou um período prolongado de estagnação e isolamento econômico, parcialmente atribuído às mudanças no mercado internacional de látex e às inovações tecnológicas na indústria mundial.
	As políticas públicas voltadas para a região amazônica ganharam força com a Constituição de 1946, que estabeleceu um fundo de desenvolvimento para a região, conhecido como Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Segundo Nascimento (2002), este plano determinava que a União deveria investir 3% de sua receita líquida nesse projeto por duas décadas, além de exigir que estados, territórios e municípios da região também destinassem recursos para o mesmo fim.
	No entanto, à aplicação efetiva desses recursos levou tempo. A criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), conforme estabelecido pela Lei nº 1.806 de 1953, demorou cerca de sete anos desde a promulgação da Constituição. Esta agência administrava os recursos destinados à região e definiu a área de abrangência da Amazônia Legal, conforme descrito no Artigo 2º da mesma lei.
	A proposta originalmente apresentada como "porto franco" foi posteriormente alterada para "zona franca" pelo deputado relator Maurício Joppert, como mencionado por Garcia (2004). A Lei nº 3.173, que criou a Zona Franca de Manaus, foi aprovada em 1957 e sancionada pelo presidente Juscelino Kubitschek, alinhando-se ao Plano de Metas do governo federal e à política de substituição de importações.
	No entanto, mesmo após sua criação e regulamentação, a Zona Franca de Manaus não produziu os resultados esperados, conforme registrado pela Suframa (2020a). A falta de investimentos e de mão-de-obra qualificada foram alguns dos obstáculos que impediram o desenvolvimento econômico da região, como apontado por Garcia (2004).
	Durante o governo militar, a região amazônica ganhou importância estratégica, resultando na Operação Amazônia e no Plano de Integração Nacional, que visavam integrar a região ao restante do país. O Plano de Integração Nacional, estabelecido em 1970, incluía a abertura de estradas para facilitar a migração de populações do Nordeste para a Amazônia.
	Além dessas estratégias de ocupação, o governo implementou incentivos fiscais para promover o desenvolvimento econômico da região amazônica.
2.1. Incentivos Fiscais 
	Conforme apontado pela Suframa (2020), para compreender e aplicar o complexo conjunto de normas jurídicas que compõem o modelo de desenvolvimento na região, é crucial destacar os incentivos fiscais e tributários disponibilizados. Estes incluem isenções, reduções, suspensões, diferimentos, descontos e créditos dos tributos, conforme estabelecido no Art. 2º da Lei nº 2.826, de 29 de setembro de 2003, visando fornecer subsídios aos agentes sociais: "Art. 2º Os incentivos fiscais destinados às empresas industriais e agroindustriais constituem-se em crédito estímulo, diferimento, isenção, redução de base de cálculo e crédito fiscal presumido do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS." (AMAZONAS, 2003).
	Essa legislação, aliada à Política de Incentivos Fiscais Estaduais (PIFE) e ao Marco Regulatório, regulamentado pelo Decreto 23.994, de 29 de dezembro de 2003, com vigência até 05 de outubro de 2023, representaram estímulos importantes para o desenvolvimento da região. Todos esses benefícios foram possibilitados pelas diretrizes econômicas do governo federal, que promoveu mudanças estruturais em diversos setores e instituições relacionadas ao Plano Emergencial de Desenvolvimento da Amazônia.
	Dentre os incentivos destacados, temos o Crédito Estímulo do ICMS, responsabilidade dos estados e municípios; Adicionais de Crédito Estímulo, pela localização, destinados a promover a migração de capital para a região; Adicionais de Crédito Estímulo, pela utilização de insumos regionais (Coeficiente de Regionalização), destinados a promover a utilização de matérias-primas locais; Adicional de Crédito Estímulo pela destinação das mercadorias, estabelecendo parâmetros para produtos supérfluos e essenciais; Crédito Fiscal Presumido de Regionalização; e a Redução da base de cálculo do ICMS, estabelecida entre 60%a 100% do valor sobre o produto comercializado.
2.2. A origem do ICMS 
	O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi instituído pela Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), que regula o sistema tributário brasileiro atualmente em vigor desde março de 1989. Este imposto constitui a principal fonte de arrecadação para a maioria dos estados e municípios do país. Seu precursor foi o Imposto Sobre Vendas e Consignações (IVC), estabelecido na Constituição Federal de 1934.
	O IVC era um imposto de incidência em cascata, aplicado a cada venda realizada. Em 1965, foi substituído pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que trouxe a inovação de ser cobrado com base na diferença entre o valor de compra e de venda (SABBAG, 2014).
	O ICMS, em sua forma atual, foi estabelecido pela Constituição Federal de 1988, regulamentado pelo artigo 155, inciso II, e pela Lei Complementar 87/96, conhecida como Lei Kandir. Trata-se de um tributo com diversas hipóteses de incidência, cobrado sobre operações relativas à circulação de mercadorias, prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, comunicação e outros serviços tributáveis (SABBAG, 2014).
	Segundo Sabbag (2014), o ICMS também englobou os impostos sobre combustíveis, energia elétrica e minerais, uma vez que esses bens também são objetos de circulação. O contribuinte ou sujeito passivo do imposto é definido pela Lei Complementar 87/96, em seu artigo 4º.
	O formato do ICMS foi alterado por meio de outras leis complementares, e uma lei ordinária foi criada para viabilizar sua cobrança, estabelecendo várias tabelas de alíquotas independentes para cada estado. Em outras palavras, cada estado possui uma taxa específica correspondente ao tributo, sendo que no estado do Amazonas a alíquota do ICMS é de 18%. É importante ressaltar que somente os estados e o Distrito Federal podem instituir esse imposto.
	No século XXI, o ICMS representa 80% da arrecadação dos estados, sendo um imposto plurifásico incidente sobre o valor agregado, seguindo o princípio da não cumulatividade previsto na Constituição (SABBAG, 2014). Sua utilização como incentivo fiscal no modelo Zona Franca de Manaus foi de extrema importância para sua consolidação, devido à sua significativa arrecadação e representatividade no crescimento econômico do estado.
2.2.1 A importância do ICMS para a ZFM
	A inclusão do ICMS no conjunto de incentivos fiscais na Zona Franca de Manaus possibilitou o estabelecimento de um polo industrial, comercial e agropecuário na região amazônica, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico e na geração de milhares de empregos na capital amazonense. Conforme dados divulgados pela Suframa (2020a), o Polo Industrial de Manaus (PIM) também recebe incentivos na forma de "vantagens locacionais".
	No distrito industrial de Manaus, o local conta com infraestrutura significativa, incluindo sistemas de abastecimento de água, vias urbanizadas, redes de telecomunicações, esgoto sanitário e drenagem pluvial (Suframa, 2020a). Com uma área industrial de 3,9 mil hectares, as empresas instaladas atualmente ocupam menos de 1,7 hectares, deixando mais de 2,2 hectares disponíveis para a instalação de novas empresas. O governo brasileiro, por meio da Suframa e de outras entidades governamentais, realiza investimentos substanciais para garantir as condições necessárias para que os investidores possam estabelecer suas empresas no Polo Industrial de Manaus. Esses incentivos, aliados aos créditos de ICMS, reforçam a importância desse imposto para o desenvolvimento da Zona Franca de Manaus.
	Conforme Nelson Pimentel (2006), esse modelo é fundamental para fortalecer, manter, ampliar, aprimorar e especializar o Polo Industrial de Manaus, além de promover o desenvolvimento econômico e seus efeitos positivos na região.
	A análise de Araújo Filho (2005) destaca que esse modelo resultou na criação de um complexo industrial diversificado, englobando setores como eletrônica de consumo, mecânica, brinquedos, química, relojoaria, ótica, naval, higiene pessoal, alimentícia, madeireira, motocicletas, bicicletas, além de indústrias de insumos como componentes eletrônicos, plásticos injetados, metalúrgica e gráfica.
	Lyra (1995) ressalta que o modelo que incorpora o ICMS como incentivo fiscal foi essencial para o sucesso da política de construção de um núcleo industrial dinâmico na Zona Franca de Manaus, caracterizado principalmente por indústrias de tecnologia avançada e alta integração vertical com a indústria do Centro-Sul do país.
	Essas estratégias governamentais foram fundamentais para impulsionar o desenvolvimento e a ocupação da região, resultando na criação significativa de empregos, aumento da renda e maior competitividade dos produtos da Zona Franca de Manaus nos mercados nacional e internacional. O ICMS desempenhou um papel de destaque nesse processo, contribuindo de forma efetiva para viabilizar o modelo econômico adotado na região amazônica.
3. Competitividade Industrial e Geração de Empregos 
	Os dados divulgados pela Suframa (2020a) revelam que a política de incentivo fiscal através do ICMS foi fundamental para sustentar o modelo da Zona Franca de Manaus (ZFM), impulsionando a competitividade, aumentando a produção e contribuindo para a recuperação dos postos de trabalho. Durante o período de janeiro a novembro de 2020, o Polo Industrial de Manaus registrou um faturamento de R$ 109,74 bilhões, um aumento de 13,06% em relação ao mesmo período de 2019, quando o valor foi de R$ 97,06 bilhões. O faturamento do PIM durante esses onze meses alcançou US$ 20,9 bilhões.
	O segmento de bens de informática apresentou um crescimento expressivo, com um aumento de 32,86% no faturamento em 2020 em comparação a 2019. Outros segmentos, como eletroeletrônico, termoplástico, metalúrgico e mecânico, também registraram crescimento significativo em seus faturamentos durante o mesmo período.
	Apesar dos desafios enfrentados devido à pandemia, o mês de novembro de 2020 marcou o melhor resultado de exportações do PIM, com um aumento de 55,08% em relação a novembro de 2019. No entanto, no acumulado do ano, as exportações tiveram uma queda de 15,07% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
	A produção de produtos como aparelhos celulares, microcomputadores, tablets e ar-condicionado apresentou um crescimento notável durante o período analisado. No entanto, houve uma ligeira queda no número de contratações em novembro de 2020 em comparação a outubro do mesmo ano.
	Apesar disso, o Polo Industrial de Manaus encerrou o ano de 2020 com uma média mensal de 94.046 empregos, representando a melhor média mensal de mão de obra empregada dos últimos cinco anos. Esses resultados evidenciam uma avaliação positiva dos resultados obtidos pelo modelo da ZFM, garantindo sua sustentabilidade através da competitividade e da manutenção de um elevado número de postos de trabalho.
 
4 O Futuro da ZFM 
	Realizando uma análise abrangente da Zona Franca de Manaus (ZFM) e do Polo Industrial de Manaus (PIM), desde sua concepção até os desafios contemporâneos e as perspectivas futuras. A discussão sobre a sustentabilidade e a eficiência do modelo é central, evidenciando a necessidade de aprimoramento e adaptação para atender às demandas socioeconômicas da região.
	A ZFM tem sido alvo de debates intensos, especialmente em relação aos incentivos fiscais concedidos e à sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional. Enquanto alguns defendem os benefícios gerados, como a geração de empregos e o aumento do PIB, outros questionam os custos elevados desses incentivos e sua eficácia em promover um desenvolvimento sustentável e equitativo.
	A discussão também aborda os desafios enfrentados pela ZFM, como a necessidade de nacionalização das tecnologias, os ataques políticos e as críticas à concentração de renda em determinadas áreas. No entanto, há um consenso sobre a importância do ICMS como um elemento fundamental para a consolidação do modelo, destacando anecessidade de direcionar esses recursos de forma a impulsionar os interesses locais, regionais e nacionais, especialmente em relação à preservação da Amazônia.
	Além disso, há uma busca por soluções que agreguem valor à produção, utilizando insumos locais e promovendo uma transição do modelo que esteja alinhada com as tendências globais. Isso inclui a diversificação econômica, o fortalecimento de setores como o turismo e a bioeconomia, e a promoção de práticas sustentáveis.
	Apesar dos desafios e das críticas, a ZFM continua desempenhando um papel crucial na integração territorial e no desenvolvimento econômico da região. Sua capacidade de adaptação e renovação ao longo dos anos demonstra sua relevância contínua como uma estratégia para impulsionar a economia regional e nacional, criando empregos e oportunidades de crescimento nos setores secundário e terciário.
5. Considerações Finais 
	A pesquisa revela que o incentivo fiscal ICMS desempenha um papel crucial na sustentação e no desenvolvimento da Zona Franca de Manaus (ZFM). Ao longo do estudo, foi possível constatar a vantagem competitiva proporcionada pela ZFM em relação a outros estados, especialmente por meio dos benefícios fiscais, destacando-se o ICMS. Essa política tem sido fundamental para impulsionar o crescimento das indústrias e reverter o quadro socioeconômico da região.
	Desde os tempos de decadência econômica durante o período da borracha, o governo reconheceu a necessidade de intervir e criou a ZFM como uma estratégia para revitalizar a economia da região. A implementação desses incentivos fiscais, especialmente o ICMS, desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico da cidade de Manaus e da região amazônica como um todo.
	Apesar dos avanços econômicos e urbanos observados em Manaus ao longo dos anos, ainda existem desafios significativos em termos de desigualdade social e acesso a serviços básicos. A cidade ainda enfrenta problemas como moradias precárias em áreas de vulnerabilidade, baixos níveis salariais e alta rotatividade de empregos. A industrialização e urbanização impulsionadas pela ZFM trouxeram progresso, mas há uma necessidade contínua de investimento em infraestrutura urbana e desenvolvimento social para garantir que todos os segmentos da população se beneficiem desse crescimento econômico.
	Embora a ZFM tenha sido um catalisador crucial para o crescimento econômico da região, é importante reconhecer que ainda há desafios a serem superados para garantir que seus benefícios sejam distribuídos de forma mais equitativa. Ainda assim, a ZFM permanece como uma peça fundamental no desenvolvimento econômico e social da região amazônica, demonstrando sua importância contínua como uma política de integração regional e nacional.
Referências 
SEFAZ: Os Incentivos Fiscais (Lei nº 2.826, de 29 de setembro de 2003) disponível em: https://online.sefaz.am.gov.br/silt/Normas/Legisla%E7%E3o%20Estadual/Lei%20Estadual/Ano%202003/Arquivo/LE_2826_03.htm Acesso: 29 de Março 2024
SUFRAMA. Marco Regulatório: Incentivos Ficais da Zona Franca De Manaus, Amazônia Ocidental e Áreas Livre de Comércio. 4ª Edição, Manaus: Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), 2020. Disponível em: https://www.gov.br/suframa/pt-r/publicacoes/marco_regulatorio_4a_edicao_2020.pdf.  Acesso em: 09 abr. 2024.
SUFRAMA, Faturamento do Polo Industrial (jan. Maio 2021). Disponível em: https://www.gov.br/suframa/pt-br/publicacoes/notícias/p (im-fatura-r-60-9-bi-de-janeiro-a-maio-de-2021
SUFRAMA.Zona Franca de Manaus. Leis, Decretos, Portarias, Instruções Normativas e Atos Declaratórios (Lei 5.800 de 16 de fevereiro 2022). Disponível em: <http//www.receita.fazenda.gov.br>. Acesso em: 09 abr. 2024
BARBOSA, E.B. A origem da Zona Franca de Manaus 2013. Disponível em: https://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/13/zona-franca-manaus.html#:~:text=Portanto%2C%20o%20ciclo%20da%20economia,%3B%20ou%20seja%2C%20em%201967 Acesso 10 abr. 2024
AMAZONAS. Lei nº 2.826 de 29/09/2003. Regulamenta a política estadual de incentivos fiscais e extrafiscais nos termos da constituição do estado e dá outras providências. Manaus: Gabinete Do Governador Do Estado Do Amazonas, 2003. Disponível em: https://www.normasbrasil.com.br/norma/lei-2826-2003-am_119185.html. Acesso em: 10 abr. 2024
IBGE. Indicadores de desempenho do Polo industrial de Manaus. Disponível em: https://18horas.com.br/wp-content/uploads/2019/09/INDICADORES_DEFINITIVO_DEZ2018.pdf 
MACIEL, Paulo Sergio; MACHADO, Waltair Vieira; RIVAS, Alexandre A. F. O impacto da Zona Franca de Manaus – ZFM no desenvolvimento do Estado do Amazonas: A eficácia do modelo. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção XXIII, Ouro Preto: ENEGEP, 2003.
 MATTOS, M. G.; ROSSETTO Junior, A. J.; BLECHER, S. Teoria e prática da metodologia da pesquisa em educação física: construindo sua monografia, artigo científico e projeto de ação. São Paulo: Phorte, 2003. 
MINORI, Alan Fernandes; COUTINHO, Ana Luísa Celino. Desenvolvimento sustentável e intervenção estatal na ordem econômica: uma análise do modelo da Zona Franca de Manaus. In: Congresso Nacional do CONDEPI XVIII, São Paulo 2009.

Continue navegando