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Classificaçao dos Med

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QUANTO À FINALIDADE: 
CURATIVOS: Têm como objetivo eliminar o 
agente causal da doença. Ex.: 
Antibióticos, antiparasitários e outros; 
PROFILÁTICOS: Previnem o aparecimento 
da doença. Ex.:vacinas, 
glicosaminoglicanos (condroprotetor); 
◦ Uso indiscriminado de medicamentos 
profiláticos ou uso de medicamentos 
curativos como profiláticos e o 
aumento da resistência microbiana 
 
 
SINTOMÁTICOS: Combatem apenas os 
sintomas produzidos pela enfermidade. 
Ex.: Antitérmicos, analgésicos e alguns 
antinflamatórios; 
◦ Uso de medicamentos sintomáticos na 
ausência de diagnóstico preciso 
 
DIETÉTICOS: Visam a correção de um 
problema nutricional como causa 
primária ou secundária de uma doença. 
Ex.: Suplementos vitamínico-minerais; 
◦ Uso indiscriminado de suplemento 
vitamínico e o aparecimento precoce de 
insuficiência renal e hepática 
 
 
DIAGNÓSTICOS: Auxiliam a realização de 
um procedimento diagnóstico. Ex.: 
Contrastes radiológicos. 
QUANTO AO MECANISMO DE AÇÃO: 
ETIOLÓGICOS: Eliminam o agente 
etiológico. Ex.: Antiparasitários; 
◦ A maioria dos medicamentos de “amplo 
espectro” age sobre diversos agentes etiológicos. 
 
FI SIOPATOLÓGICOS: Drogas que 
estimulam determinadas ações 
fisiológicas do organismo quando as 
mesmas se mostram deficientes. Ex.: 
Diuréticos e cardiotônicos; 
DE REPOSIÇÃO: Repõem determinadas 
perdas orgânicas. Ex.: soluções 
hidroeletrolíticas. 
QUANTO AO TIPO DE PREPARAÇÃO: 
OFICINAIS: Medicamentos cuja 
preparação se faz a partir das 
informações obtidas em uma 
farmacopeia, tendo como base droga(s) 
pura(s). 
➢ Uma farmacopeia é um conjunto de 
informações técnicas que retratam a 
nomenclatura das substâncias, dos 
medicamentos básicos (princípios ativos e 
coadjuvantes), requisitos de qualidade, 
insumos, compostos e equipamentos 
farmacêuticos. 
 
 
MAGISTRAIS: Medicamentos onde o 
clínico elabora a fórmula e a prepara ou 
manda aviar numa farmácia de 
manipulação. São, portanto, 
medicamentos individualizados para 
cada paciente. É um tipo de 
preparação pouco utilizada atualmente, 
ficando quase que restrito à área de 
homeopatia veterinária. Desde que 
cientificamente embasado, o uso de 
medicamentos Magistrais é legalmente 
apoiado. 
 
 
 
 
ESPECI ALIDADES TERAPÊUTICAS: Produtos 
comerciais já prontos e adquiridos na 
farmácia, também conhecidos como 
remédios. Em geral produtos de “amplo 
espectro” ligados ao tratamento 
genérico de determinada patologia, e 
não necessariamente conhecidos por 
suas drogas-base. 
 
QUANTO À CONSTI TUIÇÃO: 
SIMPLES: Constituídos somente por base 
mais veículo ou excipiente, 
(respectivamente líquido ou sólido), que 
dão corpo a esta base, aumentando seu 
volume. Normalmente são usadas 
substâncias inertes como amido ou 
água; 
COMPOSTOS: Além da base e do veículo, 
têm outros componentes, que podem 
ser: 
◦ Intermediário: Substâncias que 
melhoram a atuação da base principal 
nos aspectos químicos e físicos, sem 
interferir com seu efeito terapêutico. Ex.: 
Iodeto de potássio melhorando a 
solubilidade do iodo metálico no veículo, 
quando se prepara soluções ou tinturas 
de iodo; 
◦ Adjuvante: Droga que auxilia de 
alguma maneira o efeito terapêutico da 
base principal. Ex.:Dimetilsulfóxido 
(DMSO) aumentando a distribuição de 
outras drogas; 
◦ Corretivo: Corrige o sabor e/ou odor 
desagradáveis de certas bases. Quando 
se trata especificamente da correção do 
sabor, pode-se usar o termo edulcorante. 
Ex.: Sacarose nos xaropes. 
 
 
QUANTO À NATUREZA: 
De acordo com sua origem, as drogas 
podem ser animais, vegetais, minerais, 
sintéticas ou semissintéticas. Podem 
ainda ser classificadas em alopáticas ou 
homeopáticas. 
 
 
QUANTO À INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: 
De acordo com sua aplicação 
terapêutica, podem ser antitérmicos, 
antibióticos, antiparasitários, analgésicos 
e outros. 
PRESCRIÇÃO MÉDICO-VETERINÁRI A: 
A receita deve, ser sucinta e inteligível; 
ao fazê-la, entretanto, não se deve privar 
dos preceitos da terminologia técnica. 
Informações complementares se farão 
sempre necessárias ao seu bom 
entendimento e serão fornecidas à 
parte, como esclarecimentos. Todo 
clínico necessita ter, o seu próprio 
receituário, familiarizando-se com 
determinadas drogas que possam ser 
usadas em diferentes situações. Os 
compêndios são bons auxiliares nestas 
ocasiões. 
➢ Compêndio é o nome que se dá a uma 
súmula dos conhecimentos relativos a 
uma dada área do saber, em forma de 
livro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMATO GRÁFICO 
Os blocos de receita devem ser 
confeccionados numa gráfica, em papel 
1⁄2ofício e num padrão pré-determinado. 
 As receitas são constituídas das 
seguintes partes: 
CABEÇALHO OU SUPERSCRIÇÃO: 
Contém os dados do profissional. 
Obrigatoriamente, devem constar, no de 
inscrição no Conselho Regional e 
endereço, podendo ser acrescidos 
outros dados como CPF, especialidade 
do profissional e outros; 
IDENTIFICAÇÃO: Identifica o animal e 
seu proprietário; 
INSCRIÇÃO: Indica a droga com sua 
concentração e quantidade prescrita. É 
sempre grifada e, opcionalmente, pode 
ser precedida de termos que indicam a 
via de administração, também grifados: 
Uso interno, uso parenteral, uso tópico e 
outros; 
SUBSCRIÇÃO: Pode estar presente 
quando se prescreve um medicamento 
magistral, sendo o local onde se informa 
a forma farmacêutica e a quantidade a 
ser aviada; 
INSTRUÇÃO OU INDICAÇÃO: Informa 
ao proprietário sobre a maneira de se 
administrar o medicamento. 
◦ Aconselha-se sempre o uso do tempo verbal 
imperativo nas instruções de uma prescrição 
(quando o verbo indica uma certeza, uma 
realidade, algo que de fato acontece, 
aconteceu ou acontecerá). 
ASSINATURA: É a parte final de uma 
prescrição. Caso o cabeçalho não 
identifique o profissional (ex. receituários 
de clínicas ou hospitais), esta assinatura 
deve ser obrigatoriamente seguida de 
aposição de carimbo com o nome e 
inscrição no Conselho Regional do 
mesmo. 
ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS 
NA PRESCRIÇÃO 
PARA QUEM SE VAI RECEITAR: 
ESPÉCIE: A ação das drogas nas várias 
espécies animais é extremamente 
variável. Apenas como exemplos, 
podemos citar a absoluta intolerância 
dos felinos à maioria dos antinflamatórios 
não-hormonais, a pouca eficiência da 
xilazina nos equinos e a toxicidade alguns 
antibióticos para roedores. 
PORTE E PESO: Deve-se considerar que, 
de maneira geral, a dose por kg é 
inversamente proporcional ao porte e ao 
peso do animal. Espécies maiores 
normalmente requerem uma dose 
proporcionalmente menor e animais 
obesos podem exigir um ajuste da dose 
de drogas de baixa lipossolubilidade; 
SEXO E STATUS REPRODUTIVO: O sexo do 
animal é importante, sobretudo quando 
se usa, por exemplo, hormônios ou certas 
drogas com efeitos teratogênicos em 
animais gestantes; 
Observação importante: A escolha da 
forma de apresentação do 
medicamento deve sempre levar em 
conta o tamanho do animal, a espécie e 
a possibilidade de administração pelo 
proprietário. Pode haver dificuldades, por 
exemplo, na administração de grandes 
comprimidos para animais muito 
pequenos ou de drogas orais para gatos. 
Por outro lado, a grande maioria dos 
proprietários de pequenos animais tem 
dificuldade em administração de drogas 
injetáveis. Aves são extremamente 
estressáveis, podendo beneficiar-se da 
medicação na ração ou água. 
CONCENTRAÇÃO: É variável em função 
do porte do animal. Deve-se sempre 
procurar adequar a apresentação ao 
porte, para se evitar erros de dosagem 
que inevitavelmente surgirão pela 
fragmentação excessiva do 
medicamento. 
QUANTIDADE A SER ADMINISTRADA: 
A quantidade de determinada droga a 
ser administrada varia em função da 
dose, peso do animal, espécie e 
severidade da enfermidade, embora 
existam medicamentos cuja dose é 
invariável (Ex.: Vacinas). 
 
ASPECTOSA SEREM CONSIDERADOS NA 
PRESCRIÇÃO 
VI AS DE ADMINISTRAÇÃO: 
VI AS DIGESTIVAS: aplicação do 
medicamento se dá no tubo digestivo, 
ou seja, oral (PO ou VO) intra-rumenal e 
retal. Podem ser indicadas nas receitas 
como vias internas. 
VI AS PARENTERAIS: vias onde a 
administração se dá através de injeções, 
como intradérmica, subcutânea (SC), 
intramuscular (IM), endovenosa (EV), 
intra-arterial, intracardíaca, intra-
peritoneal, intra-articular ou epidural; 
VI AS TRANSMUCOSAS OU TÓPICAS: onde a 
aplicação do medicamento se dá sobre 
a pele ou uma mucosa, como nas vias 
tópica, intramamária, intravaginal e 
oftálmica. 
COMO FAZER A ADMINISTRAÇÃO: A receita 
deve conter, de forma clara, a maneira 
através da qual o proprietário deve 
administrar determinado medicamento. 
Expressões como “puro”, “diluído em 
leite”, “junto com o alimento”, “em 
jejum”, “intramuscular profunda” ou 
“endovenosa lenta” irão evitar erros na 
administração das drogas. 
INTERVALO DE DOSES: Varia em função 
das propriedades farmacológicas da 
droga utilizada e, às vezes, também em 
relação à severidade do quadro clínico. 
Pode ser denotada em intervalos de 
horas (cada 8 horas), frequência diária 
(duas vezes ao dia) ou de forma 
abreviada quando dirigida a outros 
veterinários (SID, BID, TID). 
DURAÇÃO DO TRATAMENTO: A duração do 
tratamento é variável de acordo com o 
tipo de doença. Como exemplos, 
podemos citar que geralmente os 
antimicrobianos são utilizados por um 
mínimo de 7 dias e as drogas para 
tratamento sintomático (antitérmicos, 
analgésicos e outros) administradas até 
cessarem os sintomas. 
QUANTIDADE FINAL A SER RECEITADA: Varia 
em função de todos os fatores citados 
acima e indica a quantidade de 
medicamento a ser adquirida pelo 
proprietário. 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE PRESCRIÇÕES: 
Uso interno: 
Amoxil cápsulas 250mg 2 cx 
Dar ao cão 1 cápsula a cada 8hrs, dentro de um pequeno pedaço de carne. 
 
Uso oftálmico: 
Dexafenicol colírio 1fco 
Instilar duas gotas em cada olho 6 vezes ao dia. Retornar com o animal ao término do 
medicamento. 
Pede-se sempre o retorno do paciente ao fim do medicamento. 
 
Uso interno: 
Morfina 10 caps de 10mg 
Dar uma cápsula de 10mg (dez miligramas) a cada 12hrs. 
Drogas potencialmente perigosas, devem ter suas quantidades escritas por extenso em 
parênteses. 
 
 
 
 
 
 
 
 Raphaela Barbosa 
 @vetraphastudies 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	QUANTO À FINALIDADE:
	QUANTO AO MECANISMO DE AÇÃO:
	QUANTO AO TIPO DE PREPARAÇÃO:
	QUANTO À CONSTITUIÇÃO:
	QUANTO À NATUREZA:
	QUANTO À INDICAÇÃO TERAPÊUTICA:
	PRESCRIÇÃO MÉDICO-VETERINÁRIA:
	FORMATO GRÁFICO
	ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA PRESCRIÇÃO
	PARA QUEM SE VAI RECEITAR:
	QUANTIDADE A SER ADMINISTRADA:
	ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA
	PRESCRIÇÃO
	VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
	EXEMPLOS DE PRESCRIÇÕES:

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