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Previdência Complementar para Servidores Públicos Estaduais e Municipais

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Aposentadoria e Previdência
Previdência Complementar 
para Servidores Públicos 
Estaduais e Municipais
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
Delúbio Gomes Pereira da Silva (Conteudista, 2022).
Elaine Cristina Cavalcanti Sales (Conteudista, 2022).
Lilian Alves de Almeida (Conteudista, 2022).
Márcia Paim Romera (Conteudista, 2022).
Mauricio Dias Leister (Conteudista, 2022).
Rafael Alves do Nascimento Azevedo Roda (Conteudista, 2022).
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
Módulo 1 – Contextualização do Sistema de Previdência do Brasil
Unidade 1 – Pilares e Regimes de Previdência no Brasil .....................................6
1.1 Pilares da Previdência Social ..................................................................................... 6
1.2 Regime Geral de Previdência Social: principais aspectos. ..................................... 8
1.3 Regime Próprio de Previdência Social: principais aspectos ................................ 12
1.4 Regime de Previdência Complementar: principais aspectos .............................. 13
Unidade 2 – A Previdência Pública Oficial dos Servidores ................................15
2.1. Como um servidor público se aposenta no Brasil? ............................................. 15
2.2 Reforma da Previdência de 2019 e as regras de transição. ................................ 19
2.3. O funcionamento do Regime Próprio de Previdência Social ............................ 22
Unidade 3 – A Previdência Complementar para servidores públicos ..............23
3.1 Características e especificidades do RPC dos servidores públicos .................... 23
3.2 Panorama da Previdência Complementar dos Servidores Públicos .................. 25
3.3 Migrar ou não migrar, eis a questão ...................................................................... 27
Unidade 4 – Combinação de Regimes de Previdência .......................................29
4.1. Como fica a aposentadoria do servidor com e sem o Regime de Previdência 
Complementar? ............................................................................................................... 29
4.2. Importância da combinação dos regimes. ........................................................... 30
Módulo 2 – Previdência Complementar: Estrutura e Funcionamento
Unidade 1 – Características Gerais do Regime de Previdência Complementar 
(RPC) ........................................................................................................................ 34
1.1 Principais conceitos para compreender a Previdência Complementar ............ 34
1.2 Tipos de Entidades e os principais atores do RPC ................................................ 35
1.3 Os principais normativos do RPC ........................................................................... 37
Unidade 2 – A Governança das Entidades de Previdência Complementar .....40
2.1. Órgãos de Governança ........................................................................................... 40
2.2 Estatuto e Convênio de Adesão .............................................................................. 41
2.3 Fiscalização e Regulação .......................................................................................... 42
2.4. Responsabilização dos gestores ............................................................................ 43
2.5 Transparência e os canais de acompanhamento do participante .................... 45
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Módulo 3 – O Plano de Previdência: Entenda o seu funcionamento
Unidade 1 – O Plano de Previdência e suas coberturas ....................................47
1.1 Plano de Contribuição Definida .............................................................................. 47
1.2 Tipos de Contribuição e Custos Administrativos .................................................. 48
1.3 Formas de Renda de Aposentadoria ...................................................................... 51
1.4 Coberturas adicionais .............................................................................................. 52
Unidade 2 – Regulamento do Plano de Previdência ..........................................54
2.1 Regulamento e suas regras principais ................................................................... 54
2.2 Institutos: direitos garantidos aos participantes .................................................. 55
Unidade 3 – Investimentos na Previdência Complementar .............................57
3.1 Como os recursos dos planos são investidos? ..................................................... 57
3.2 Limites e Classes de Investimentos ........................................................................ 57
3.3 Perfis de Investidores e Perfis de Investimentos. ................................................ 60
Unidade 4 – Tributação dos Planos de Benefícios .............................................. 62
4.1 Formas de Tributação: Progressiva e Regressiva ................................................. 62
4.2 Incentivos Fiscais ...................................................................................................... 65
Módulo 4 – A Previdência é sua: Monitorando seu Plano de Benefícios
Unidade 1 – Monitorando o Plano de Benefícios ............................................... 66
1.1. Como acompanhar a poupança previdenciária .................................................. 66
1.2. Estratégias para aumentar sua renda de aposentadoria ................................... 68
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 70
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Olá!
Desejamos boas-vindas ao curso Previdência Complementar para Servidores 
Públicos dos Estados e Municípios.
Este curso tem o objetivo apresentar os principais aspectos do Regime de Previdência 
Complementar para auxiliar a decisão dos servidores públicos estaduais e municipais 
à adesão a este regime.
Desejamos um excelente estudo!
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Contextualização do Sistema de 
Previdência do Brasil1
Unidade 1 – Pilares e Regimes de Previdência 
no Brasil
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os regimes 
de previdência existentes e suas principais características.
Vídeo 1 – Inaugural do curso 
1.1 Pilares da Previdência Social
O Sistema de Previdência no Brasil é composto por três regimes: O Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS); o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS); e o Regime 
de Previdência Complementar (RPC).
https://youtu.be/5HKLOQL854A
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Organograma
Elaboração: SPREV/MTP. Edição: Enap.
Os sistemas públicos de previdência têm inscrição obrigatória e são destinados a 
todos os trabalhadores que exercem atividades remuneradas. Como apresentado 
na figura acima, há dois regimes públicos: o Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS), que é destinado a todos os trabalhadores do Brasil; e os Regimes Próprios de 
Previdência Social (RPPS), destinados aos servidores públicos da União, dos estados 
e Distrito Federal, e dos municípios que realizaram a sua instituição. 
Nos sistemas públicos, a contribuição é mensal e obrigatória 
para todos aqueles que exercem atividade remunerada, o que 
inclui os servidores públicos. 
No Regime Geral, é possível ainda a adesão de cidadãos que não exerçam trabalho 
remunerado, mas que podem se filiar à Previdência de maneira facultativa (não-
obrigatória) a partir da inscrição formalizada com o pagamento da primeira 
contribuição sem atraso (segurados facultativos, conforme veremosadiante).
Já o sistema de previdência privado é composto pelo Regime 
de Previdência Complementar (RPC). Como o próprio nome diz, 
esse regime é complementar ao sistema público de previdência 
e de contribuição facultativa, com a finalidade de oferecer uma 
proteção a mais ao trabalhador durante a aposentadoria.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.2 Regime Geral de Previdência Social: principais 
aspectos.
Esse é o Regime a que a maioria dos trabalhadores está vinculado, destinado a 
pessoas que trabalham no setor privado – ou mesmo no setor público, quando não 
esteja filiado a regime próprio. 
É obrigatório (quem exerce atividade remunerada deve estar 
filiado/a), nacional (as mesmas regras valem em todo o país) e 
público.
Você provavelmente já deve ter escutado falar do Instituto Nacional do Seguro Social 
(INSS), não é mesmo? Ele é o órgão responsável pela administração do regime geral 
de previdência social. Muitas pessoas conhecem o regime geral por INSS, por isso 
utilizaremos a denominação RGPS/INSS.
No RGPS/INSS, as contribuições dos trabalhadores em idade ativa (atual geração de 
trabalhadores) financiam o pagamento dos atuais aposentados, havendo, portanto, 
solidariedade entre as gerações. Quando os trabalhadores de hoje conquistarem a 
aposentadoria, novos trabalhadores estarão contribuindo para o pagamento desses 
benefícios e assim por diante. É o que chamamos de regime de repartição simples, 
o qual funciona por meio de um pacto entre as diferentes gerações, garantido 
pela Constituição Federal. Esse método de financiamento é utilizado na maioria 
dos sistemas previdenciários públicos no mundo. Vale lembrar que os sistemas 
baseados no regime de repartição simples enfrentarão desafios para seu equilíbrio 
no futuro, devido ao envelhecimento e à redução da população em idade ativa.
Exemplo para que você entenda bem como funciona: 
Suponha um trabalhador que hoje tenha 35 anos e contribua como trabalhador 
formal para a previdência social. Na verdade, ele não está contribuindo para a própria 
aposentadoria diretamente, mas para a do avô que está aposentado, por exemplo. 
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Por um lado, suas contribuições são utilizadas para pagar benefícios dos aposentados 
naquele momento. Por outro lado, quando ele se aposentar, as contribuições dos 
trabalhadores naquele momento é que vão pagar a aposentadoria dele. Assim, o 
trabalhador paga contribuição para poder ter o direito de se aposentar no futuro. 
É importante que você saiba que toda pessoa que contribui para o RGPS é uma 
pessoa segurada. E são as contribuições mensais que garantem que o segurado 
possa receber a aposentadoria e outros benefícios temporários (auxílio por 
incapacidade temporária, salário-maternidade) ou de risco (aposentadoria por 
incapacidade permanente) e que os dependentes possam receber a pensão por 
morte, por exemplo. 
Os segurados da Previdência Social podem ser obrigatórios ou facultativos. 
Os segurados obrigatórios são aqueles que devem, 
obrigatoriamente, recolher contribuição para o RGPS. São pessoas 
físicas que exercem, pelo menos, uma atividade remunerada, 
com vínculo empregatício ou não. Quem tem carteira assinada, 
por exemplo, está automaticamente filiado ao RGPS/INSS e é um 
segurado obrigatório.
Os segurados obrigatórios se dividem nas seguintes categorias: 
empregados, empregados domésticos, trabalhadores 
avulsos, contribuintes individuais (trabalhadores autônomos, 
empresários) e segurados especiais (trabalhadores rurais). 
Por outro lado, os segurados facultativos são aqueles que 
não exercem atividade remunerada ou não possuem renda 
direta e fazem a opção, de forma voluntária, de contribuir 
para a Previdência Social, filiando-se ao RGPS/INSS. Com essa 
opção, a dona de casa, por exemplo, pode ser uma segurada. 
Isso vale também para o estudante, o estagiário, o bolsista e o 
desempregado, por exemplo. 
Ou seja, todo mundo pode se registrar para receber um benefício 
do RGPS/INSS, desde que tenha 16 anos ou mais.
Para não perder a qualidade de segurado, o cidadão precisa:
 - Manter sua inscrição junto ao RGPS/INSS; e
 - Não interromper as contribuições mensais.
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Além disso, o regime público constitui um seguro social com a função de compartilhar 
o risco de seus participantes. Pense num seguro de carro: todos pagam uma 
contribuição, e aqueles que têm problemas com o veículo possuem auxílio da 
seguradora. O seguro social da previdência é parecido: todos pagam contribuição, e 
aqueles que sofrem infortúnios, como acidentes e doenças que acarretem perda da 
capacidade para o trabalho, recebem benefícios. No caso de morte, os dependentes 
recebem o benefício da pensão por morte.
Portanto, partindo do princípio de que todos os trabalhadores precisam estar 
protegidos em caso de perda da capacidade de trabalho, o que pode acontecer 
em qualquer momento da vida, a Previdência Social funciona também como um 
seguro que garante a renda do trabalhador e de sua família em casos de doença, 
acidente, gravidez, reclusão, morte ou idade avançada, por exemplo. O objetivo é 
trazer segurança para a população.
Os principais benefícios oferecidos pelo Regime Geral de Previdência Social aos seus 
segurados, são:
Aposentadoria por Idade
É um benefício concedido ao segurado do RGPS/INSS que atingir 
determinada idade mais avançada. Para os trabalhadores urbanos, a 
idade de acesso ao benefício é de 65 anos para os homens e 62 anos 
para as mulheres. Para os trabalhadores rurais, ela é de 60 anos para 
os homens e 55 anos para as mulheres.
Lembre-se: para solicitar o benefício, os trabalhadores urbanos precisam comprovar 
contribuição de 15 anos, se mulher e de 20 anos, se homem. Os segurados especiais 
têm de provar, com documentos, 180 meses de atividade rural. 
Aposentadoria por Incapacidade Permanente (antiga 
aposentadoria por invalidez)
Concedido ao segurado que, por doença ou acidente, for considerado, 
pela perícia médica federal, incapaz de exercer suas atividades ou 
outro serviço que lhe garanta o sustento.
Aposentadoria Especial
Para o trabalhador que exerce suas atividades com exposição a 
agentes nocivos à saúde, podendo ser agentes físicos, químicos ou 
biológicos (por período de 15, 20 ou 25 anos).
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)
Benefício concedido ao segurado que é impedido de trabalhar por 
doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. 
Auxílio-acidente
Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com 
sequelas que reduzem permanentemente sua capacidade de 
trabalho.
Auxílio-reclusão
É devido aos dependentes de pessoa segurada recolhida à prisão, 
durante o período em que estiver presa em regime fechado. A 
carência de contribuição exigida para fazer jus ao benefício é de 24 
meses. 
Salário Maternidade
É devido a pessoa segurada por ocasião do parto, inclusive o natimorto, 
aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
Salário-família
Valor pago ao empregado de baixa renda, inclusive o doméstico, 
e ao trabalhador avulso, de acordo com o número de filhos. Filhos 
maiores de 14 anos não têm direito, exceto se tiverem deficiência 
(para os quais não há limite de idade).
Pensão por morte
Benefício pago à família do segurado do RGPS/INSS em decorrência 
de seu falecimento, observadas as condições de dependência.
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.3 Regime Próprio de Previdência Social: principais 
aspectos
O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) é a previdência 
pública dos servidores, de inscrição obrigatória. O RPPS 
assegura aos servidores efetivos os benefícios de aposentadoria 
e pensão por morte. Cada ente público da Federação (União, 
Distrito Federal, estados e municípios) pode, assim, organizar a 
previdência de seus servidores.
No Brasil, a União, o DistritoFederal, os estados e todas as capitais instituíram 
regimes próprios, bem como outros cerca de 2.100 municípios. Muitos municípios, 
entretanto, não o fizeram, de forma que seus servidores são vinculados ao Regime 
Geral de Previdência Social (RGPS).
O RPPS deve ser custeado, obrigatoriamente, pelo respectivo ente federativo 
(por exemplo, estado ou município) e pelos seus servidores públicos, mediante 
contribuição previdenciária.
Vamos entender um pouco mais sobre os segurados do RPPS?
Todo servidor público titular de cargo efetivo de entes públicos 
que criaram seus RPPS é uma pessoa segurada. 
Os servidores que ocupam cargos exclusivamente comissionados, os servidores 
temporários e os empregados públicos regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho - CLT são, por previsão constitucional, vinculados ao RGPS, cujos benefícios 
são geridos pelo INSS e as contribuições arrecadadas pela Receita Federal do Brasil.
A partir da Nova Previdência – reforma aprovada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019 
–, todos os entes que possuírem RPPS estão obrigados a 
instituir seus regimes de previdência complementar, de 
adesão voluntária dos servidores.
Assim, o valor da aposentadoria do servidor público pelo 
RPPS estará limitado ao teto do RGPS, assim como o 
trabalhador da iniciativa privada. 
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.4 Regime de Previdência Complementar: principais 
aspectos
O Regime de Previdência Complementar é o terceiro pilar que compõe o Sistema 
Previdenciário Brasileiro. Esse regime privado foi criado para as pessoas que 
querem ter rendimentos na aposentadoria que sejam superiores aos do RGPS/INSS. 
Sim, o RGPS tem um limitador no valor do benefício, calculado e revisto anualmente. 
O teto do RGPS/INSS é o valor máximo que você pode receber 
de qualquer benefício da previdência social, por exemplo, a 
aposentadoria. O valor do teto previdenciário é atualizado pelo 
Governo Federal anualmente. Em 2022, o teto foi estipulado em 
R$ 7.087,22.
Portanto, a previdência complementar, também chamada de previdência privada, 
será um instrumento adicional que auxiliará na garantia de tranquilidade financeira 
na idade avançada, pois ajuda a manter o poder econômico na aposentadoria. Por 
isso que é tão importante entender como o Regime de Previdência Complementar 
funciona, bem como conscientizar-se de que quanto mais cedo começar a contribuir, 
mais o tempo trabalhará a seu favor na formação de sua poupança previdenciária.
De forma geral, as principais características do Regime de Previdência Complementar, 
são:
• Facultatividade (regime opcional);
• Autonomia em relação aos regimes públicos;
• Baseado na formação de reservas (poupança individual);
• Operado por entidades abertas e entidades fechadas de previdência 
complementar.
Para conhecer mais sobre essas características e definições iniciais da previdência 
complementar, assista ao vídeo com a professora Elaine Cavalcanti, subsecretária 
do Regime de Previdência Complementar: 
Vídeo 2 – Regime de Previdência Complementar: principais 
aspectos
https://youtu.be/DdNaHcWzs9M
https://youtu.be/DdNaHcWzs9M
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Quer conhecer melhor os dados do Regime de Previdência 
Complementar? Acesse o Relatório Gerencial de Previdência 
Complementar atualizado trimestralmente pela Subsecretaria 
do Regime de Previdência Complementar: https://www.gov.
br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/dados-
abertos/dados-abertos-previdencia/previdencia-complementar/
dados-abertos-previdencia-complementar 
Chegamos ao final do conteúdo referente aos Pilares e Regimes de Previdência no 
Brasil. Agora você conhece as principais características dos regimes públicos (RGPS 
e RPPS) e do regime privado (RPC). 
Preenchido pela(o) conteudista.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/dados-abertos-previdencia/previdencia-complementar/dados-abertos-previdencia-complementar
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/dados-abertos-previdencia/previdencia-complementar/dados-abertos-previdencia-complementar
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/dados-abertos-previdencia/previdencia-complementar/dados-abertos-previdencia-complementar
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/dados-abertos-previdencia/previdencia-complementar/dados-abertos-previdencia-complementar
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 – A Previdência Pública Oficial dos 
Servidores
Ao final desta unidade, você será capaz de compreender as 
principais regras da aposentadoria dos servidores públicos e as 
alterações promovidas pela Reforma da Previdência, incluindo as 
regras de transição para os atuais servidores; além de reconhecer 
os aspectos gerais do funcionamento de um Regime Próprio de 
Previdência Social – RPPS.
2.1. Como um servidor público se aposenta no Brasil?
Muitos servidores públicos se aposentam por meio de um Regime Próprio de 
Previdência Social (RPPS), ao invés de se aposentarem pelo famoso INSS (Instituto 
Nacional do Seguro Social). Para ser mais exato, o INSS é quem administra as 
aposentadorias e pensões dos que estão inscritos no Regime Geral de Previdência 
Social (RGPS). Você sabe o que é um RPPS? É um regime de aposentadoria e pensão 
exclusivo para servidores públicos. Os RPPS foram criados pelos entes federativos 
para assegurar os benefícios de aposentadoria e pensão por morte aos servidores 
titulares de cargos efetivos. A União, os estados, o Distrito Federal, todas as capitais 
e diversos municípios em todas as unidades federativas têm RPPS, que totalizam 
cerca de 2.152 no país.
Se instituído um RPPS, os servidores efetivos de todos os órgãos, poderes autarquias 
e fundações serão vinculados ao regime. Na União e nos estados, os membros da 
magistratura, ministério público, tribunais de contas e defensoria pública também 
são vinculados ao RPPS. Diferentemente, os militares das Forças Armadas e Policiais 
Militares dos Estados fazem parte do Sistema de Proteção Social dos Militares, de 
que trata a Lei nº 13.954/2019.
Nos estados e municípios que instituíram RPPS, as regras de concessão de 
aposentadoria e pensão para os servidores e seus dependentes são as previstas 
na respectiva legislação ou na Constituição Federal, que podem ou não ter sido 
alteradas para adequação às alterações introduzidas pela Reforma da Previdência 
de 2019.
Vale lembrar que muitos municípios (cerca de 3.445), entretanto, não têm RPPS, 
de forma que seus servidores são vinculados ao RGPS. Ou seja, esses servidores 
municipais se aposentarão pelo INSS, observando as regras de concessão aplicadas 
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
para os trabalhadores em geral. Não existe obrigatoriedade de instituição da 
previdência complementar para os servidores públicos dos municípios vinculados 
ao RGPS.
Voltando aos RPPS, no caso daqueles que se adequaram às normas estabelecidas pela 
Reforma da Previdência de 2019, o servidor poderá se aposentar nas modalidades 
apresentadas no vídeo a seguir, com professor Delúbio da Silva, da subsecretaria do 
Regime Próprio de Previdência Social:
Vídeo 3 – Como um servidor público se aposenta no Brasil
2.1.1 Cálculo do Benefício
Uma vez compreendidos os requisitos a serem cumpridos para um servidor público 
requerer a aposentadoria, é importante saber alguns parâmetros sobre o valor que 
será pago como aposentadoria:
1. O valor da aposentadoria é fruto da média salarial de toda a vida 
profissional;
2. Sobre essa média é aplicado um fator que é maior quanto maior for o 
tempo de contribuição para o RPPS e/ou RGPS. Assim sendo, para ter 
direito à aposentadoria no valor de 100% da média dos salários de 
contribuição, serão necessários 40 anos de contribuição para ambos os 
sexos;
3. Além disso, esse valor final não podeser inferior a um piso, que é o 
salário-mínimo, nem superior a um teto, que é aquele praticado pelo 
INSS;
4. A única exceção ao teto do INSS é o caso do servidor público que tenha 
ingressado antes da implantação do regime de previdência complementar 
e NÃO pediu para migrar para esse novo regime que combina RPPS com 
o RPC.
Após a instituição da Previdência Complementar pelo Ente 
Federativo, o servidor público que ingressar no serviço público 
https://youtu.be/aHd-NlvOoEI
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
terá obrigatoriamente, como limite de aposentadoria, o teto 
do RGPS (R$ 7.087, 22 em 2022), mesmo que sua remuneração 
seja superior ao limite do RGPS. Nesse caso, é fundamental 
que o servidor opte pelo ingresso no regime de previdência 
complementar.
A Reforma da Previdência estabeleceu também que os RPPS 
devem praticar alíquotas de contribuição cobradas dos servidores 
dos estados, Distrito Federal e municípios no mínimo iguais às 
dos servidores federais, previstas na EC nº 103/2019. A alíquota 
de contribuição de referência dos servidores federais é de 14%, 
com faixas progressivas de acordo com a remuneração.
Como agora o servidor público que ingressar no serviço público tem sua 
aposentadoria limitada pelo teto do INSS, a EC nº 103/2019 tornou obrigatória a 
instituição do Regime de Previdência Complementar (RPC) pelos entes federativos 
que possuem RPPS, para que esse trabalhador tenha uma forma de complementar 
sua renda na aposentadoria. O prazo previsto na EC para implantação do RPC foi de 
dois anos (até 13/11/2021), mas para fins de emissão do Certificado de Regularidade 
Previdenciária, foi previsto um prazo adicional, que venceu em 31/03/2022. E se o ente 
realizar contratações de servidores com remuneração acima do teto do INSS, além 
de aprovar a lei, é necessário celebrar convênio com uma entidade de previdência 
complementar e ter esse convênio aprovado pela PREVIC, até 30/06/2022. Na 
prática, só com esse convênio de adesão é que o servidor público poderá contratar 
um plano de previdência privada patrocinado pelo seu empregador.
Como visto antes, os requisitos e parâmetros da aposentadoria 
dos servidores públicos expostos até aqui são para aqueles entes 
que se adequaram às normas estabelecidas pela Reforma da 
Previdência de 2019. Mas para os Municípios que não atualizaram o 
respectivo regime próprio de previdência social às regras contidas 
na EC 103/2019, tais regras e parâmetros permanecem de acordo 
com a legislação vigente antes da Reforma da Previdência. Na 
prática, isso significa tempos de contribuição e idades mínimas 
exigidas diferentes para a aposentadoria voluntária, como 
podemos ver a seguir:
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Aposentadoria Voluntária
Para os servidores públicos dos Municípios que não 
fizeram sua reforma, os homens se aposentarão aos 60 
anos de idade com 35 anos de tempo de contribuição e as 
mulheres, aos 55 anos de idade com 30 anos de tempo de 
contribuição, além de 10 anos de efetivo exercício no serviço 
público e 5 anos no cargo em que se der aposentadoria 
para ambos os sexos.
Para os professores, aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição exclusivamente 
em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil; e, no ensino 
fundamental e médio, se homem, aos 50 anos de idade e 25 anos de contribuição 
exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e 
no ensino fundamental e médio, além de 10 (dez) anos de efetivo exercício de serviço 
público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, 
para ambos os sexos.
No que diz respeito ao parâmetro de cálculo da aposentadoria dos servidores desses 
municípios, para se ter direito a 100% da média dos salários de contribuição, são 
exigidos 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se mulher. 
E continuam valendo a regra do piso e do teto que foi explicada antes: não pode 
ser uma aposentadoria inferior ao salário-mínimo nem superior ao teto do RGPS, 
com exceção do servidor público que tenha ingressado antes da implantação do 
regime de previdência complementar e não optou pela mudança de suas regras de 
aposentadoria (migração).
Consolidação dos atos normativos dos RPPS
Foi recentemente publicada a Portaria MTP nº 1.467, de 02 
de junho de 2022, que consolidou todos os atos normativos 
relacionados à organização e funcionamento dos RPPS, 
contemplando inclusive as regras de benefícios. Confira em: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/
previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps/portarias/
copy_of_PortariaMTPn1.467de02jun2022.pdf
Se você quiser acessar a legislação atualizada dos RPPS, acesse: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/
previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps 
Estatísticas e Informações dos RPPS — Português (Brasil) (www.
gov.br)
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps/portarias/copy_of_PortariaMTPn1.467de02jun2022.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps/portarias/copy_of_PortariaMTPn1.467de02jun2022.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps/portarias/copy_of_PortariaMTPn1.467de02jun2022.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/estatisticas-e-informacoes-dos-rpps-1/estatisticas-e-informacoes-dos-rpps
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/estatisticas-e-informacoes-dos-rpps-1/estatisticas-e-informacoes-dos-rpps
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.2 Reforma da Previdência de 2019 e as regras de 
transição.
Você pode estar se perguntando sobre o que acontece com quem já estava no serviço 
público quando veio a Reforma da Previdência de 2019. Essa é uma preocupação 
justa, pois as novas regras exigindo maior tempo de contribuição e potencial 
redução do benefício de aposentadoria começaram a valer quando você talvez já 
estivesse no meio do caminho para se aposentar. Para isso, foram criadas as regras 
de transição. Essas regras existem para que não se pegue de surpresa quem estava 
perto de alcançar determinado direito de aposentadoria.
Para ilustrar melhor, suponha o caso de um servidor público que já estava próximo 
de se aposentar, e aí veio a Reforma da Previdência de 2019, fazendo com que ele 
tenha que trabalhar mais 5 anos. Pode parecer injusto, certo? Nesse caso se aplica 
a regra de transição para que o impacto das novas condições seja mais suave para 
quem já estava no mercado de trabalho antes da reforma.
É exatamente isso que aconteceu com a vigência da Reforma da Previdência, que está 
valendo desde o dia 13/11/2019. E para garantir regras diferenciadas aos servidores 
que já estavam no serviço público na data de publicação da Reforma da Previdência, 
foi estabelecido um regramento de transição para o servidor. O servidor público que 
se encaixa nessa situação poderá escolher entre duas opções de regra de transição, 
conforme abaixo detalhado:
1ª Regra de Transição para Servidores Públicos - EC 103/2019
Para os servidores públicos estaduais e municipais em que o respectivo ente 
aprovou a reforma da previdência nos moldes estabelecidos pela EC 103/2019, a 
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
aposentadoria voluntária será concedida quando cumpridos os seguintes requisitos 
cumulativamente:
I - 56 anos de idade, se mulher, e 61 anos de idade, se homem (elevados para 57 
anos/M e 62 anos/H a partir de 2022);
II - 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição,se homem;
III - 20 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que 
se der a aposentadoria; e
IV - somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente 
a 86 pontos, se mulher, e 96 pontos, se homem, e a partir de jan/2020, a pontuação 
de ambos os sexos será acrescida a cada ano de 1 ponto, até atingir 100 pontos (M) 
e 105 (H).
Regra de Transição para professor
I - 51 anos de idade, se mulher, e 56 anos de idade, se 
homem (elevados para 52 ano/M e 57 anos/H a partir 
de 2022);
II - 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de 
contribuição, se homem;
III - 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço 
público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que se der 
a aposentadoria; e
IV - somatório da idade e do tempo de contribuição, 
incluídas as frações, equivalente a 81 pontos, se mulher, e 91 pontos, se homem, e 
a partir de jan/2020, a pontuação de ambos os sexos será acrescida a cada ano de 1 
ponto, até atingir 92 pontos (M) e 100 (H).
2ª Regra de Transição para Servidores públicos - EC 103/2019
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para os servidores públicos estaduais e municipais onde o respectivo ente 
aprovou a reforma da previdência nos moldes estabelecidos pela EC 103/2019, a 
aposentadoria voluntária será concedida quando cumpridos os seguintes requisitos 
cumulativamente:
I - 57 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem;
II - 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem;
III - para os servidores públicos, 20 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 
anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria;
IV – cumprir um tempo adicional de contribuição equivalente ao tempo que faltaria 
para se aposentar na época em que a Reforma entrou em vigor (13/11/2019).
Regra de Transição para professor
Para o professor que comprovar exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de magistério 
na educação infantil e no ensino fundamental e 
médio, serão reduzidos, para ambos os sexos, os 
requisitos de idade e de tempo de contribuição em 
5 (cinco) anos.
2.2.1 Cálculo de Benefício
As regras de transição vistas dizem respeito ao momento em que o servidor 
poderá pleitear a aposentadoria. Sobre o valor da aposentadoria, cabe as seguintes 
observações: a) para os servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, 
o valor da aposentadoria será a totalidade do valor que recebia no seu último 
cargo efetivo (ou seja, integralidade), destacando-se que na 1ª regra exige-se 
adicionalmente a idade mínima de 62 anos(M) ou 65 anos (H); b) para os demais 
servidores o valor do benefício de aposentadoria será calculado como demonstrado 
anteriormente, ou seja, pela média dos salários de contribuição, sendo exigidos para 
atingir os 100% da medida 40 anos de contribuição para ambos os sexos na 1ª regra 
e 30 anos (M) ou 35 anos (H) na 2ª regra.
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.3. O funcionamento do Regime Próprio de 
Previdência Social 
Conheça as principais características no vídeo “RPPS: aspectos gerais”, apresentado 
por Allex Albert Rodrigues - Subsecretário dos RPPS - Secretaria de Previdência do 
Ministério do Trabalho e Previdência.
Vídeo 4 – RPPS: aspectos gerais
Quer se manter atualizado sobre a legislação e projetos dos RPPS?
É divulgado mensalmente o informativo “Acontece na SRPPS”, que 
tem por objetivo nivelar e atualizar os gestores dos RPPS e dos 
entes federativos sobre a legislação e os mais diversos temas 
relevantes para a gestão desses regimes. Confira em: https://
www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-
publico/acontece-na-srpps/acontece-na-srpps.
Muito bem, você conseguiu entender as regras de funcionamento da Previdência 
Pública oficial dos servidores públicos e pôde compreender como um servidor 
público se aposenta no Brasil por meio do RGPS e do RPPS. Compreendeu também 
que, para os servidores públicos estaduais e municipais com RPPS, a reforma da 
previdência de 2019 estabeleceu a obrigatoriedade de oferecimento aos servidores 
do regime complementar de previdência.
Que bom que você chegou até aqui! Agora chegou a hora de você testar seus 
conhecimentos. 
https://youtu.be/Pl6wcjpQIdw
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/acontece-na-srpps/acontece-na-srpps
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/acontece-na-srpps/acontece-na-srpps
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/acontece-na-srpps/acontece-na-srpps
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3 – A Previdência Complementar para 
servidores públicos
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar as 
características e especificidades do Regime de Previdência 
Complementar (RPC) do servidor público. Conhecerá um 
panorama dos Regimes de Previdência do Servidor Público (RPPS) 
já instituídos por estados e municípios no Brasil.
3.1 Características e especificidades do RPC dos 
servidores públicos
A partir da reforma aprovada pela Emenda Constitucional nº 103, de 12 de 
novembro de 2019, a instituição do Regime de Previdência Complementar passou 
a ser obrigatória para todos os entes federativos que possuem RPPS, de adesão 
voluntária dos servidores.
Isso significa que, depois de aprovada a Lei de Instituição do RPC pelos estados e 
municípios e após realizada a contratação de uma entidade de previdência privada, 
os novos servidores poderão realizar a sua opção pela adesão ao Regime de 
Previdência Complementar.
A obrigatoriedade de instituição do RPC não torna obrigatória a 
adesão pelo servidor à previdência complementar. Essa obrigação 
se aplica aos entes federativos que devem oferecer planos de 
previdência privada aos seus servidores.
Independentemente da opção do servidor por ingressar no plano de previdência 
contratado pelo seu estado ou município, é importante destacar que, para os novos 
servidores contratados a partir da instituição do RPC no seu ente, os benefícios de 
aposentadoria e pensão a serem concedidos pelo RPPS estarão limitados ao teto 
estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Esse novo servidor que tenha remuneração acima do 
teto do RGPS deve ingressar em um plano de previdência 
complementar para que possa ter um benefício de 
aposentadoria semelhante à sua remuneração da ativa ao 
receber a complementação de aposentadoria pelo RPC. 
Os planos de previdência privada dos servidores públicos possuem as mesmas 
regras gerais de funcionamento dos planos de empregados de empresas privadas 
ou de estatais amplamente comercializados no Brasil. No entanto, importante 
esclarecer algumas especificidades estabelecidas pela legislação em relação a oferta 
desses planos pelos entes.
Características Específicas do RPC do Servidor Público
1) Planos de Contribuição Definida: o plano a ser ofertado é somente 
na modalidade de contribuição definida. Nesta modalidade de plano, 
o servidor e o patrocinador contribuem um valor determinado 
mensalmente e o valor do benefício de aposentadoria varia de acordo 
com o tempo de contribuição, o total acumulado e a rentabilidade das 
aplicações realizadas no período. 
 
2) Paridade contributiva: a contribuição do ente patrocinador deve 
ser igual à do servidor participante do plano até o limite da alíquota 
máxima fixada na Lei de Instituição do RPC.
Importante mencionar que aos servidores devem ser oferecidas coberturas de morte 
e invalidez. Coberturas adicionais podem ser contratadas por meio da entidade 
administradora do plano.
No vídeo a seguir, a professora Marcia Romera, subsecretaria do Regime 
de Previdência Complementar, apresenta mais sobre essas características e 
especificidades da previdência complementar do servidor público: 
Vídeo 5 – Características e Especificidades do RPC do Servidor 
Público
https://youtu.be/H04OO1_Zbbchttps://youtu.be/H04OO1_Zbbc
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Quer conhecer melhor o histórico do desenvolvimento do Regime 
de Previdência Complementar do servidor público no Brasil?
Três etapas marcam o desenvolvimento da previdência 
complementar no Brasil.
• 1ª fase: marcada pela formação dos marcos legais do 
Regime de Previdência Complementar – RPC e do Regime 
Próprio de Previdência Social – RPPS entre 1998 e 2003;
• 2ª fase: caracterizada pela implantação de fato do RPC 
na União e em alguns poucos estados e municípios 
com a criação das Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar de natureza pública entre 2011 e 2019;
• 3ª fase: inicia-se com a Emenda Constitucional 103/2019, 
que torna obrigatória a implementação do RPC em todos 
os entes da Federação com RPPS. 
Quer saber mais? Acesse o artigo 7 da página 192 para compreender 
o histórico do desenvolvimento da previdência complementar do 
servidor público: https://bityli.com/EdScdr
3.2 Panorama da Previdência Complementar dos 
Servidores Públicos
A previdência complementar do servidor público já é uma realidade nos estados e 
municípios do Brasil. 
Antes da reforma de 2019, a União e alguns estados e municípios optaram pelo 
oferecimento do RPC aos seus servidores. O processo de implantação iniciou-se de 
fato em 2013 com o início do funcionamento do RPC pela União e pelo estado de São 
Paulo, seguidos pelo Rio de Janeiro (2013) e Espírito Santo (2014). Em novembro de 
2019, apenas 20 entes federativos tinham o RPC em funcionamento com planos de 
previdência geridos pelas 12 entidades de previdência do servidor público, criadas 
para administrar esses planos.
A partir da reforma de 2019 e com a obrigatoriedade de instituição do regime pelos 
entes e de ampliação das entidades autorizadas a ofertar o RPC para servidores 
públicos, o número de entes com a Lei aprovada e com a entidade de previdência 
contratada aumentou de forma expressiva.
Até o primeiro semestre de 2022, dos 2.151 estados e municípios 
que possuem RPPS instituído 1.733, ou seja, mais de 80%, já 
https://bityli.com/EdScdr
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
haviam aprovado suas leis de instituição do RPC. Desse total, 
cerca de 370 já contrataram Entidades de Previdência e passaram 
a oferecer os planos aos servidores.
No vídeo a seguir o professor Frederico Viana de Araújo, que atua na subsecretaria 
do Regime de Previdência Complementar, irá apresentar um panorama do RPC do 
Servidor Público e onde buscar dados atualizados sobre a previdência do servidor 
público.
Vídeo 6 – Panorama do RPC do Servidor Público
Para facilitar as consultas relacionadas à evolução do RPC dos 
Entes, a Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar 
(SURPC) criou o Painel de Acompanhamento Mensal da 
Implementação do RPC pelos Entes Federativos que está 
disponível no site da Secretaria de Previdência (SPREV), no link: 
https://bit.ly/3sJD9wI
Instituição do RPC como requisito de Manutenção da 
Regularidade Previdenciária do Ente Federativo
Os entes federativos devem instituir regime de previdência 
complementar para os seus servidores titulares de cargos 
efetivos, na forma dos §§ 14 a 16 do art. 40 da Constituição Federal.
O prazo conferido pela EC nº 103/2019 foi até 13/11/2021. A 
obrigação de instituição do RPC foi incluída como critério de análise 
para a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária 
pela Secretaria de Previdência, a partir de 1º de abril de 2022. 
Sem ele, os estados ou municípios ficam impedidos de receber 
transferências voluntárias de recursos; obter garantia, direta 
ou indireta, da União; e contratar operações de crédito com 
instituições federais.
Mais orientações sobre a forma de instituição da previdência 
complementar podem ser acessadas no Guia da Previdência 
https://youtu.be/2eyHQv8FGJ4
https://bit.ly/3sJD9wI
27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Complementar para Entes Federativos: https://www.gov.br/
previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-
informacoes/publicaes. 
3.3 Migrar ou não migrar, eis a questão
Com a obrigatoriedade de instituição da previdência complementar pelos entes 
federativos, os novos servidores que ingressarem após sua instituição terão as 
suas aposentadorias limitadas ao teto do RGPS e a opção de ingressarem para o 
plano de previdência complementar contratado pelo seu município ou estado.
Todavia, aos servidores que já estavam na administração pública no momento de 
sua instituição, é permitido a escolha da adesão ou não ao RPC do servidor público.
A migração é a possibilidade, dada pela Constituição Federal, aos 
servidores que já estão na administração pública no momento da 
instituição da previdência complementar, de optar pelo ingresso 
no RPC e limitar o pagamento de benefícios do RPPS ao teto do 
RGPS. 
Essa opção é expressa e irretratável, isto é, uma vez realizada não pode ser revogada. 
O servidor que optar pela migração passa a participar dos dois regimes (RPPS e RPC) 
e o seu benefício de aposentadoria do RPPS passa a ser limitado ao teto do RGPS.
Como funciona o Benefício Especial da União
O benefício especial é um direito assegurado aos membros e 
servidores titulares de cargo efetivo da União, suas autarquias e 
fundações, aos membros do Poder Judiciário, do Ministério Público 
da União e do Tribunal de Contas da União que tenham ingressado 
no serviço público até a data anterior ao início da vigência do 
regime de previdência complementar de que trata a Lei nº 12.618, 
de 2012 (3 de fevereiro de 2013, para o Executivo e Legislativo; 
13 de outubro de 2013, para o Judiciário e Ministério Público), e 
que nele permaneceram sem perda do vínculo efetivo e optaram 
pelo referido regime de previdência na forma do § 16 do art. 40 
da Constituição Federal. Não possui natureza previdenciária, é 
benefício estatutário de natureza compensatória.
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/publicaes
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/publicaes
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/publicaes
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
O benefício especial será devido enquanto perdurar o pagamento 
do benefício pago a título de aposentadoria ou pensão por morte 
de que trata o art. 40 da Constituição Federal. Extinguindo-se 
estes, cessa também o pagamento do benefício especial.
A Medida Provisória nº 1.119, de 25 de maio de 2022, reabriu o 
prazo para os servidores federais optarem pela migração até 30 
de novembro de 2022.
Mais detalhes podem ser acessados neste parecer da Advocacia 
Geral da União que firma entendimentos sobre o tema: PRC-
JL-03-2020 (planalto.gov.br) e também no site da FUNPRESP: 
https://www.funpresp.com.br/migracao-do-rpps-para-o-rpc/
janela2022/.
Se você é servidor antigo da administração pública, este podcast foi feito para você 
e esclarece as principais dúvidas sobre essa tomada de decisão. Para ouvir o bate-
papo com os especialistas Lilian Alves de Almeida e Narlon Gutierre Nogueira, que 
são subsecretários do Regime de Previdência Complementar, aperte o play e boa 
aula!
Podcast 1 – Migrar ou não migrar, eis a questão
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/AGU/Pareceres/2019-2022/PRC-JL-03-2020.htm
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/AGU/Pareceres/2019-2022/PRC-JL-03-2020.htm
https://www.funpresp.com.br/migracao-do-rpps-para-o-rpc/janela2022/
https://www.funpresp.com.br/migracao-do-rpps-para-o-rpc/janela2022/
https://anchor.fm/enap/episodes/EV-G-Previdncia-Complementar-para-Servidores-Pblicos-Estaduais-e-Municipais---Migrar-ou-no-migrar--eis-a-questo-e1so63l
29Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 4 – Combinação de Regimes de 
Previdência
Ao final desta unidade, você será capaz de compreender como 
fica a aposentadoria do servidor que optar por não aderir 
à previdência complementare entender a importância da 
combinação de regimes previdenciários. 
4.1. Como fica a aposentadoria do servidor com e 
sem o Regime de Previdência Complementar?
A partir da reforma aprovada pela Emenda Constitucional nº 103/2019, o valor da 
aposentadoria do servidor público pelo RPPS estará limitado ao teto do RGPS/INSS. 
Consequentemente, as contribuições ao RPPS desses servidores também estão 
limitadas ao valor máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
O servidor público que ingressar no serviço após a instituição 
do RPC terá obrigatoriamente sua aposentadoria limitada ao 
teto do RGPS/INSS – R$ 7.087,22 – ano de 2022 (valor atualizado 
anualmente), mesmo com remuneração superior ao limite do 
RGPS. 
A partir dessas alterações, o servidor que possuir remuneração acima do teto do 
RGPS/INSS e quiser se aposentar recebendo um benefício de aposentadoria próximo 
ao seu salário da ativa, deverá realizar uma combinação de regimes previdenciários, 
ou seja, combinar o RPPS, regime público e o RPC, regime privado. 
Como você já viu, a Previdência Complementar é facultativa, ou seja, é preciso que 
você faça voluntariamente uma opção por ela, tornando-se assim um participante.
Na maior parte dos entes federativos, os servidores que 
ingressarem em cargo cuja remuneração seja superior ao teto do 
RGPS/INSS, a inscrição aos planos de benefícios de previdência 
complementar se dará de forma automática. Poderá o servidor, 
entretanto, caso não deseje permanecer vinculado ao plano, 
solicitar, a qualquer momento, o cancelamento da sua inscrição. 
Nas solicitações realizadas no prazo de até noventa dias da data 
da inscrição, os valores dos descontos serão restituídos com 
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
correção monetária ao servidor. 
No entanto, caso o seu ente não tenha realizado sua inscrição de 
forma automática, você poderá realizar essa opção por meio da 
área responsável pelos recursos humanos de seu ente.
No vídeo a seguir, o professor Rafael Roda, que atua na subsecretaria do Regime de 
Previdência Complementar, apresenta alguns casos práticos para que você possa 
compreender como fica a aposentadoria de quem optar e de quem não optar pelo 
Regime de Previdência Complementar.
Vídeo 7 – Como fica a aposentadoria do servidor com e sem o RPC?
4.2. Importância da combinação dos regimes.
Agora você sabe que, com a adesão ao RPC, o servidor público fica vinculado a 
dois regimes previdenciários independentes. As contribuições previdenciárias 
referentes à parcela da remuneração que ultrapassar o teto do RGPS/INSS passam 
a ser depositadas em conta individual capitalizada em nome do participante na 
entidade privada de previdência. Esses recursos acumulados serão utilizados para 
o financiamento de um benefício de aposentadoria adicional que, no momento da 
aposentadoria, somar-se-á ao benefício recebido pelo RPPS e contribuirá para a 
manutenção do nível de renda que o servidor recebia durante a fase ativa. 
Para o servidor, é uma possibilidade de manter um padrão de poder aquisitivo com 
a complementação de renda, ter uma maior rentabilidade de recursos e aproveitar, 
da melhor forma possível, sua aposentadoria.
Vamos analisar melhor a seguir algumas vantagens dessa combinação.
4.2.1 Diversificação das fontes de pagamento 
Com a combinação de regimes previdenciários, a 
aposentadoria passa a ser custeada parte pelo RPPS 
e parte pelo RPC. A diversificação das fontes de 
pagamento da sua aposentadoria é importante, 
uma vez que esses regimes apresentam 
características distintas e alguns riscos muito 
específicos.
https://youtu.be/t3jxEWo7ByE
31Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A previdência pública depende primordialmente do regime de repartição, no 
qual os servidores que estão na ativa contribuem para o custeio dos benefícios 
daqueles que já estão aposentados, ou de capitalização coletiva, que tem um forte 
componente solidário entre os segurados. Nesse regime, há o risco permanente 
de novas reformas, dada a dinâmica demográfica e do mercado de trabalho, que 
podem afetar o valor do benefício de aposentadoria. Nesse caso, poderá haver 
alterações nas regras de idade e cálculo do benefício e na alíquota de contribuição, 
entre outros fatores que poderão afetar o valor da aposentadoria no futuro.
Não há, porém, o risco direto do mercado financeiro, uma vez que os valores dos 
benefícios são reajustados conforme a regra estabelecida na lei e não sofrem 
alteração de acordo com o tipo ou o desempenho das aplicações dos recursos 
capitalizados ou arrecadados pelo ente.
No RPC ocorre o oposto. Como o benefício do servidor depende unicamente do 
saldo acumulado na conta individual do participante, não está exposto ao impacto 
de eventuais reformas decorrentes da dinâmica demográfica e do mercado 
de trabalho. Porém, uma vez que os recursos são capitalizados e aplicados pela 
entidade no mercado financeiro, estão diretamente suscetíveis aos riscos e variação 
do valor das aplicações do mercado financeiro.
Desse modo, a combinação de regimes é uma ótima opção para o servidor. Ao 
contar com mais de um regime de previdência, o servidor diversifica as fontes de 
financiamento e pagamento do benefício, tornando possível minimizar os riscos 
inerentes aos regimes e evitar maiores oscilações em sua renda de aposentadoria.
Vem conferir esse resumo: 
 + RPPS:
• Financiamento: capitalização coletiva ou repartição;
• Risco de alterações na forma de cálculo dos benefícios;
• Risco de reformas dada a dinâmica demográfica e do mercado de 
trabalho;
• Não suscetível a impactos do mercado financeiro (repartição) ou menos 
suscetível (capitalização coletiva).
 + RPC:
• Financiamento: capitalização individual;
• Apresenta pequeno risco de reformas, dada a dinâmica demográfica e 
do mercado de trabalho;
• Suscetível a impactos do mercado financeiro.
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
4.2.2 Aproveitar os benefícios do RPC
Além da proteção do poder aquisitivo e da diversificação de diferentes fontes de 
renda, ao aderir ao RPC, o servidor agrega algumas vantagens que somente esse 
regime tem: 
Planejamento Previdenciário
• Com o RPC, o servidor pode planejar com quanto deseja contribuir e 
simular o impacto de suas contribuições no valor de seus benefícios;
• O valor dos benefícios pagos depende unicamente das reservas 
acumuladas pelo participante. Não há teto para os benefícios pagos pelo 
RPC;
• Além das contribuições normais, é permitido ao participante fazer 
contribuições adicionais facultativas ou esporádicas ao plano de 
benefícios.
Acesso à poupança individual de aposentadoria no RPC 
Em caso de perda do vínculo de trabalho com o ente federativo, o 
servidor não perde os recursos acumulados no RPC. As entidades 
de previdência devem, obrigatoriamente, facultar ao servidor as 
seguintes opções:
Resgate: possibilidade de sacar os recursos acumulados pelo participante em sua 
conta;
Portabilidade: possibilidade de transferir os recursos para outra entidade de 
previdência;
Benefício Proporcional Diferido: possibilidade de manter os recursos no plano e 
esperar para receber o benefício proporcional no momento da aposentadoria;
Autopatrocinio: possibilidade de permanecer no plano custeando a sua parte e a 
do patrocinador.
33Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Acesso aos produtos oferecidos pela Entidade
A adesão ao plano de benefícios permite que o servidor tenha 
acesso a diversos produtos fornecidos pelas entidades, por 
exemplo:
• Empréstimos pessoais;
• Programas de cashback;
• Seguros de Vida;
• Planos aos Familiares.
A adesão ao RPC possibilita ao servidor a sua proteção, em caso 
de incapacidade permanente, e da família, em caso de morte, 
uma vez que os planos preveem a cobertura ou a extensão dos 
benefícios aos dependentes.
Planejamento Tributário:
• As contribuições para o RPC são dedutíveis da base de 
cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física até o limitede 12% da renda bruta;
• O saldo acumulado ao longo da vida não entra em 
inventário, por isso, em caso de morte, o patrimônio é 
transferido sem burocracia para os herdeiros.
Se você quiser conhecer melhor os regimes de previdência, acesse 
as Apostilas do Programa Bem-Estar Financeiro, disponíveis 
através do link: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/
pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/
publicaes.
Muito bem, você conseguiu entender a importância da combinação de regimes e 
compreender como fica a aposentadoria do servidor que não optar pela adesão ao 
regime de previdência complementar.
Que bom que você chegou até aqui! Agora está na hora de você testar seus 
conhecimentos. 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/publicaes
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/publicaes
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/mais-informacoes/publicaes
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1 – Características Gerais do Regime 
de Previdência Complementar (RPC)
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os tipos de 
entidades, seus atores e os principais conceitos e normativos da 
previdência complementar.
1.1 Principais conceitos para compreender a 
Previdência Complementar
O Regime de Previdência Complementar (RPC), como você já viu, é aquele que tem 
o objetivo de oferecer uma proteção adicional aos trabalhadores/servidores 
públicos por ocasião da aposentadoria. Com as mudanças trazidas pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019, talvez seja necessário e muito importante que você 
contribua para a previdência complementar. 
Lembrando que o ente federativo (estado, Distrito Federal ou município), ao adotar o 
RPC mediante uma lei de sua iniciativa, estará sujeito à limitação dos seus benefícios 
de aposentadoria ou pensão por morte, por exemplo, ao valor máximo estabelecido 
pelo RGPS/INSS. 
Retomando alguns conceitos que você já viu, essa previdência complementar é 
facultativa para o servidor público e baseada na constituição de reservas. Ou 
seja, você escolhe se vai aderir e, ao aderir, contribui para a sua própria poupança 
previdenciária.
Na adesão à previdência complementar, você vai ingressar em um plano de 
benefícios de caráter previdenciário. Esse plano tem um conjunto de direitos 
e obrigações reunidos em um regulamento. O objetivo é pagar benefícios 
 Módulo
Previdência Complementar: 
Estrutura e Funcionamento2
35Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
previdenciários ou assistenciais aos seus participantes e beneficiários. O pagamento 
de tais benefícios é formado pela poupança composta com as contribuições de 
patrocinadores e participantes e da rentabilidade dos investimentos, descontados 
os custos administrativos.
As entidades são as operadoras do regime de previdência e administram os recursos 
dos participantes dos planos de benefícios. Vamos conhecer mais um pouco sobre o 
funcionamento delas e os atores que fazem parte do RPC?
1.2 Tipos de Entidades e os principais atores do RPC
O Regime de Previdência Complementar é operado pelas Entidades Abertas de 
Previdência Complementar (EAPC) e pelas Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar (EFPC).
As entidades abertas e entidades fechadas têm por objetivo principal administrar 
os recursos dos participantes dos planos de benefícios para a formação de uma 
poupança previdenciária, a fim de resguardar os trabalhadores para um futuro 
financeiro melhor e mais tranquilo.
Essas entidades possuem características muito distintas entre si, desde o tipo 
de constituição até a forma com que lidam com os recursos previdenciários dos 
participantes. Também são reguladas e supervisionadas por diferentes órgãos 
públicos.
Para conhecer essas características distintas das entidades abertas e entidades 
fechadas de previdência complementar, acesse o vídeo a seguir com o professor 
Maurício Dias Leister, da Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar:
Vídeo 8 – Entidades de Previdência Complementar: principais 
características
https://youtu.be/JCNSFwbq_Pg
https://youtu.be/JCNSFwbq_Pg
36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para resumir as características das entidades abertas e entidades fechadas de 
previdência complementar e facilitar o seu entendimento, verifique o quadro 
comparativo abaixo:
Como você viu no vídeo, as entidades abertas de previdência 
complementar estarão autorizadas a administrar e executar 
planos de benefícios de previdência complementar a serem 
ofertados pelos estados e municípios aos seus servidores somente 
após a publicação de uma lei complementar que discipline o 
tema.
Desse modo, a partir daqui o curso vai tratar de aspectos do 
regime de previdência complementar aplicáveis às entidades 
fechadas, tudo bem?
Vamos juntos!
Agora que você conhece as características gerais do RPC e os tipos de entidades de 
previdência privada, é importante conhecer quem são seus principais atores e qual 
o papel que cada um deles desempenha dentro do Regime. Alguns desses nomes 
você já pode ter visto por aqui. 
37Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Participante - é a pessoa que adere ao plano de previdência 
privada administrado por uma entidade de previdência 
complementar. Ou seja, o servidor público que aderir à 
previdência complementar ofertada por seu ente federativo será 
chamado de participante. 
Beneficiário - o próprio participante ou a pessoa por ele indicada 
para receber o pagamento relativo ao benefício contratado. Exemplo: 
o beneficiário será o próprio participante no caso de contratação de 
previdência privada com benefício de pagamento de renda mensal. 
Mas se a contratação incluir seguro de morte em nome do cônjuge e 
o participante vier a falecer, o beneficiário será o cônjuge sobrevivente.
Patrocinador - é o empregador, empresa ou o órgão público (União, 
estados, Distrito Federal e municípios) que oferece plano de 
previdência complementar, administrado por entidades fechadas, 
para os seus empregados ou servidores.
Instituidor - é o sindicato, a associação ou órgão de caráter 
profissional, classista ou setorial que institui plano de 
previdência privada para os seus associados ou membros, a 
ser administrado por uma entidade fechada. Atualmente, 
os planos para familiares dos participantes são oferecidos 
por instituidores.
1.3 Os principais normativos do RPC
O artigo 202 da Constituição Federal, além de estabelecer as características do regime 
privado de previdência, dispôs que sua regulação seria por lei complementar. Em 
atendimento ao comando constitucional, foram publicadas as Leis Complementares 
nº 108 e nº 109, ambas de 29 de maio de 2001. Essas leis regulamentam a Previdência 
Complementar e estabelecem as suas regras específicas.
Para conhecer um pouco mais sobre essas legislações, vamos começar pela Lei 
Complementar nº 109/2001, que, além de reforçar as características do regime 
apresentadas no artigo 202 da Constituição Federal, contempla todo o campo da 
Previdência Complementar e estabelece os parâmetros para as entidades abertas e 
entidades fechadas. 
Vamos conferir alguns pontos que a Lei Complementar nº 109/2001 apresenta:
38Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Normativo basilar do RPC;
• Regras de aplicação geral para planos de benefícios dos segmentos 
aberto e fechado de previdência complementar;
• Governança das entidades;
• Institutos (direitos) assegurados aos participantes dos planos de 
benefícios: Resgate, Portabilidade, Autopatrocínio e Benefício 
Proporcional Diferido;
• Regras gerais de fiscalização;
• Responsabilidade dos dirigentes;
• Intervenção e liquidação extrajudicial.
Já a Lei Complementar nº 108/2001 disciplina a relação das entidades fechadas de 
previdência complementar com patrocinadores da Administração Pública (União, 
estados,Distrito Federal e eunicípios, suas autarquias, fundações, sociedades de 
economia mista e outras entidades públicas). Conhecer essa lei é importante para 
você, servidor público!
Vamos conferir alguns pontos principais que a LC nº 108/2001 apresenta:
• Disposições acerca dos planos com patrocínio público;
• Formas de custeio e fiscalização;
• Estabelecimento da contribuição “paritária” entre patrocinador e 
participante (significa que a contribuição normal do patrocinador não 
pode exceder a do participante);
• Critérios detalhados relativos à governança das entidades fechadas.
Importante lembrar que o art. 40 da CF, nos §§ 14, 15 e 16, também 
trata da temática do RPC para servidores públicos. A Portaria MTP 
nº 1467, de 2 de junho de 2022, também estabelece regramento 
para o RPC dos servidores públicos, em seu art. 158. Por fim, se 
você quiser saber de regras específicas para o RPC do seu ente, 
você deve acessar a lei local de instituição do RPC. 
Acompanhe, a seguir, outras normas importantes para as entidades fechadas de 
previdência complementar:
39Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Essas e outras normas sobre o regime de previdência complementar podem ser 
acessadas na publicação “Fundos de Pensão - Coletânea de Normas”, referida ao 
final.
Quer conhecer a legislação aplicada ao segmento fechado do 
Regime de Previdência Complementar?
Acesse a Coletânea da Previdência Complementar: https://www.
gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-
complementar/legislacao.
Você conseguiu finalizar o conteúdo referente às características gerais do Regime de 
Previdência Complementar! Agora você conhece as diferenças entre as entidades 
abertas e entidades fechadas, os principais atores do Regime e seus normativos 
mais importantes. 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/legislacao
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/legislacao
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/legislacao
40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 – A Governança das Entidades de 
Previdência Complementar
Ao final desta unidade, você será capaz de compreender a 
estrutura dos órgãos de governança do RPC, e dos responsáveis 
pela fiscalização e regulação das entidades fechadas de 
previdência complementar.
 Conhecerá também os principais canais oficiais de transparência e acompanhamento 
do plano de previdência.
2.1. Órgãos de Governança
A governança está diretamente relacionada com a gestão das entidades de 
previdência que deve ser norteada pelo dever de zelar pela poupança previdenciária 
do participante, por princípios éticos, de prudência e transparência. Por meio do 
estabelecimento de boas práticas de governança, é possível direcionar para que 
as decisões sejam orientadas no interesse dos planos de benefícios e, então, dos 
participantes, assistidos e patrocinadores.
Tudo isso tem por finalidade preservar o direito dos participantes e garantir que 
a entidade atinja seu objetivo principal: o pagamento dos benefícios dos planos 
previdenciários.
A legislação vigente exige que as entidades possuam órgãos ou 
agentes que irão compor uma estrutura mínima de governança. 
No vídeo a seguir, a professora Elaine Borges - Subsecretaria do Regime de 
Previdência Complementar - irá apresentar quais são e como funcionam esses 
órgãos que compõem a estrutura mínima de governança das entidades fechadas.
Vídeo 9 – Órgãos de Governança
https://youtu.be/3hVZGx5MdTI
41Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A Resolução CGPC nº 13/2004 dispõe sobre princípios e boas 
práticas de governança, gestão e controles internos a serem 
implementados no âmbito das entidades fechadas, sempre 
observado o porte, a complexidade e os riscos inerentes aos 
planos de benefícios. Ela pode ser consultada na Coletânea 
de Normas da Previdência Complementar – disponível em: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/
previdencia-complementar/legislacao.
2.2 Estatuto e Convênio de Adesão
O estatuto da entidade fechada de previdência complementar e o convênio de 
adesão são instrumentos jurídicos que estabelecem, respectivamente, as regras 
de funcionamento da entidade e a relação entre esta e o patrocinador do plano 
de benefícios. Ambos os instrumentos dependem de aprovação prévia do órgão 
fiscalizador, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
2.2.1 Estatuto:
É o instrumento que estabelece as regras de organização e funcionamento da 
Entidade Fechada de Previdência Complementar. Nele consta sua estrutura 
administrativa, os cargos e as respectivas atribuições. 
Deverá constar no estatuto:
• Identificação da entidade (nome, sede e foro);
• O objeto da entidade;
• O prazo de duração (que deverá ser indeterminado);
• Quem pode ser participante, assistido, patrocinador ou instituidor de 
plano de benefícios;
• A estrutura organizacional: quais são os órgãos e suas atribuições, a 
composição, a forma de acesso, além da duração e término do mandato 
dos seus membros.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/legislacao
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-complementar/legislacao
42Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
O estatuto deve trazer claramente a segregação de atividades e funções, além da 
definição das atribuições de cada instância de governança, cabendo à Diretoria 
Executiva a administração da entidade, em conformidade com a política traçada 
pelo Conselho Deliberativo, ao passo que o controle interno caberá ao Conselho 
Fiscal.
O estatuto não deverá dispor sobre matéria específica de 
regulamento de plano de benefícios.
2.2.2 Convênio de Adesão:
O convênio de adesão estabelece a relação entre o patrocinador e a entidade. É por 
meio desse instrumento que se formaliza a relação contratual entre aquele e este. 
Nele são estabelecidos direitos e obrigações para as partes em relação ao plano de 
benefícios.
O convênio de adesão deverá conter:
• Quem é o patrocinador ou instituidor e quem é a entidade;
• Qual é o plano de benefícios a que se refere a adesão;
• Quais são os direitos e as obrigações do patrocinador ou instituidor e da 
entidade;
• A vigência, com data de início e indicação de que o convênio será por 
tempo indeterminado;
• Quais são as condições para retirada de patrocinador ou instituidor;
• Se há ou não solidariedade entre patrocinadores ou instituidores com 
relação aos respectivos planos;
• O foro para dirimir todo e qualquer questionamento oriundo do convênio 
de adesão.
2.3 Fiscalização e Regulação
No Regime de Previdência Complementar, as atividades de fiscalização e regulação 
são fundamentais para a construção de um sistema de previdência sólido e eficiente, 
capaz de tratar os riscos operacionais e prevenir potenciais casos de desvios de 
conduta, fraudes e ilícitos que possam afetar os objetivos das entidades de previdência 
e, consequentemente, colocar em riscos a aposentadoria dos participantes.
43Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Nesse sentido, é de suma importância a atuação dos órgãos de regulação e 
fiscalização do Regime de Previdência Complementar. No vídeo a seguir, o 
professor Carlos Marne - Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
- PREVIC apresenta quais são e como funcionam esses órgãos, bem como o papel 
dos patrocinadores, instituidores e participantes como atores responsáveis pela 
fiscalização da atuação das entidades de Previdência.
Vídeo 10 – Fiscalização e Regulação
2.4. Responsabilização dos gestores
O regime de previdência complementar fechado tem um arcabouço robusto de 
normas, guias, manuais orientativos e recomendatórios, procedimentos e supervisão 
que visa à maior transparência e aprimoramento da gestão e dos controles internos 
das entidades fechadas a partir de boas práticas de governança,administração, 
avaliação de riscos e investimentos.
A atuação dos órgãos de regulação e de supervisão se baliza em munir o corpo 
técnico-profissional, em especial os gestores, das entidades de ferramentas e 
referências que norteiam suas decisões de maior responsabilidade, segurança, 
prudência, transparência e eficiência, zelando pela manutenção dos padrões éticos 
e os objetivos da previdência complementar.
Assim, o processo de responsabilização, no âmbito da previdência complementar 
fechada, desenvolve-se desde a adoção de medidas preventivas até a repressão das 
infrações e ilícitos cometidos à legislação.
Quem pode ser responsabilizado em uma entidade fechada
Todos os dirigentes, procuradores com poderes de gestão e membros 
de conselhos estatutários responderão pelos danos ou prejuízos 
que causarem, por ação ou omissão, às entidades. São também 
considerados responsáveis os representantes dos patrocinadores e 
instituidores, atuários, auditores independentes, técnicos ou membros dos Comitês 
de Investimentos e outros profissionais que prestem serviços técnicos à EFPC, 
diretamente ou por intermédio de pessoa jurídica contratada.
Há três tipos de responsabilidades que podem ser imputadas aos 
gestores – administrativa, civil e penal - em decorrência de más 
https://youtu.be/SCjIxBNibRk
44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
práticas de administração e o cometimento de atos ilegais, todas 
elas, expressamente, previstas na Lei Complementar nº 109, 
de 29 de maio de 2001, conforme artigos 63, 64 e 65, com tipos 
infracionais previstos em decreto.
As três esferas são independentes e podem ser apuradas de forma simultânea, nas 
instâncias competentes, com sanções aplicadas cumulativamente. Isso quer dizer 
que a responsabilização no âmbito civil, além de gerar o dever de reparar o dano ou 
prejuízo causado na sua extensão, há a responsabilidade administrativa em relação 
ao desempenho da função, podendo, ainda, a conduta praticada incorrer em crime 
previsto na legislação penal.
2.4.1 Processo Administrativo
A PREVIC atua permanentemente na supervisão do Regime quer seja determinando 
ações ou punindo os responsáveis por atos ou omissões, contrários à lei, em 
detrimento dos interesses e direitos das partes envolvidas. 
Para que essas medidas mencionadas tenham plena eficiência, existe uma legislação 
rigorosa para punir desvios de conduta e a inobservância ao arcabouço legal.
Para esse fim, o Decreto editado para dar cumprimento ao art. 66 da Lei 
Complementar nº 109/2001 regulamenta o processo administrativo para apuração 
de infrações no âmbito do regime fechado de previdência complementar, além de 
tratar da aplicação das penalidades administrativas.
As penalidades administrativas a que estão sujeitos aqueles gestores que praticam 
infrações são: i) advertência; ii) suspensão do exercício de atividades em entidades 
de previdência complementar; iii) inabilitação para o exercício de cargo ou função 
em entidades de previdência complementar; e iv) multa de dois mil reais a um milhão 
de reais, podendo ser aplicadas cumulativamente de acordo com o potencial dano 
da conduta praticada.
45Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Tipos Penais para responsabilizar criminalmente aqueles que 
praticam crimes no âmbito da previdência fechada.
A jurisprudência tem admitido a aplicação da Lei nº 7.492, de 16 
de junho de 1986, que 
“define os crimes contra o sistema financeiro nacional, e dá outras 
providências”, com base no art. 1º, parágrafo único, inciso I. 
O art. 4º, da Lei nº 7.492/86 fixa as seguintes penas: 
 “Art. 4º Gerir fraudulentamente instituição financeira: 
 Pena - Reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa. 
 Parágrafo único. Se a gestão é temerária: 
 Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa”.
2.5 Transparência e os canais de acompanhamento 
do participante 
No regime de previdência complementar, o acesso às informações e a transparência 
sobre a gestão dos planos de previdência direcionadas aos participantes constitui 
mandamento constitucional, como pode ser observado no § 1° do art. 202.
A Lei Complementar nº 109, de 2001, incorporou esse mandamento, na medida 
em que determinou a observância do princípio da transparência como diretriz das 
relações entre as entidades, seus participantes e assistidos.
 A entidade deve disponibilizar informações aos participantes 
de forma ativa, independente de solicitação:
1.Priorizando as plataformas digitais de comunicação; 
3. Utilizando recursos didáticos, como infográficos, tabelas e 
lâminas informativas;
4. Aplicando uma linguagem clara e acessível.
Portanto, a entidade deve desenvolver em seus canais de comunicação extratos, 
materiais e procedimentos para informar a todos os seus participantes sobre 
a situação dos planos de benefícios e, mais importante, sobre a evolução de sua 
poupança previdenciária. 
O participante deve estar atento à importância de acompanhar o desempenho de 
seu plano e da gestão realizada pela entidade.
Visando à maior transparência e publicidade do segmento, o 
Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC, órgão 
regulador do regime de previdência complementar fechado, 
46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
estabeleceu uma série de princípios que as entidades devem 
seguir no fornecimento de informações a seus participantes. 
Tais medidas visam fornecer, no tempo hábil, informações 
previdenciárias básicas aos participantes de planos, sem a 
necessidade de solicitação por parte deles, importantes tanto 
para o acompanhamento da atuação da entidade em relação 
à gestão de recursos quanto para o planejamento e possíveis 
desvios ao longo de toda sua fase de acumulação, com foco na 
fase de renda.
No vídeo a seguir, a professora Márcia Paim Romera, Subsecretaria do Regime de 
Previdência Complementar, apresenta quais são os canais de acompanhamento do 
plano de previdência e o que determina a legislação em relação à divulgação de 
informações aos participantes.
Vídeo 11 – Transparência e os canais de acompanhamento do 
participante
Que bom que você chegou até aqui! Agora chegou a hora de você testar seus 
conhecimentos. 
https://youtu.be/oy0BejAcNxw
https://youtu.be/oy0BejAcNxw
47Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1 – O Plano de Previdência e suas 
coberturas
Ao final desta unidade, você será capaz de conhecer o plano 
de contribuição definida, seus tipos de contribuição, custos 
administrativos, formas de renda e coberturas adicionais.
1.1 Plano de Contribuição Definida
Os planos de previdência privada são oferecidos pelas entidades de previdência 
complementar. No caso dos servidores públicos, esses planos podem ser oferecidos 
pelas entidades fechadas de previdência complementar. Lembrando que, para que 
as entidades abertas ofereçam planos acessíveis aos servidores públicos, ainda é 
necessário lei que regulamente o tema. 
Desse modo, estaremos falando das regras aplicadas aos planos das entidades 
fechadas, tudo bem?
A Constituição Federal estabeleceu que o regime de previdência 
complementar destinado aos servidores públicos ocupantes de 
cargo efetivo oferecerá plano de previdência privada somente 
na modalidade contribuição definida.
Vamos entender um pouco sobre o plano de contribuição definida?
Como o próprio nome diz, nessa modalidade de plano de 
benefícios, o valor da contribuição é previamente definido pelo 
participante, no caso, o servidor público. Já o valor do benefício a 
ser recebido na aposentadoria vai variar, a depender da poupança 
acumulada ao longo do tempo de contribuição.
 Módulo
O Plano de Previdência: Entenda o 
seu funcionamento3
48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Ou seja, você contribui para a construção de sua própria renda complementar 
de aposentadoria. Além da sua contribuição, lembre-se que seu empregador 
(patrocinador do plano de benefícios)

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