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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
QUESTÕES COMENTADAS DA ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
www.pontodosconcuros.com.br 
1 
 
CONJUNÇÕES e PERÍODOS 
Olá, pessoal 
Hoje nosso assunto será a função e o emprego das conjunções e a formação de 
períodos compostos. 
Ao lado das preposições, esses elementos são responsáveis por estabelecer o nexo 
entre os vocábulos de uma oração e entre as orações, períodos e parágrafos em um 
texto. 
Por questões didáticas, iremos alterar a nossa forma de apresentação. 
Como o assunto é grande, para não corrermos o risco de deixar de fora alguma 
conjunção, apresentaremos nessa primeira parte os conceitos para, em seguida, 
resolvermos as questões de prova. 
 
CONJUNÇÕES 
São vocábulos de função estritamente gramatical, utilizados para o estabelecimento 
da relação entre dois termos na mesma oração ou entre duas orações, que formam 
um período composto. 
Período Simples – apresenta a oração absoluta. 
Período Composto – apresenta mais de uma oração, que podem estar em 
coordenação (independentes) ou em subordinação (uma exerce função sintática na 
outra – relação de dependência). 
As conjunções podem ser usadas em orações coordenadas (conjunções 
coordenativas) ou subordinadas (conjunções subordinativas). 
Primeiro conceito importante: não se classifica uma oração somente pela conjunção 
introduzida por ela. Deve-se observar o valor que essa conjunção emprega ao 
período para, somente então, classificá-la. 
Oração Absoluta – é a oração que forma um período simples. Há somente uma 
oração no período. 
Orações Coordenadas – são orações independentes entre si. Não exercem função 
sintática umas nas outras. Chamam-se assindéticas as orações que não são 
introduzidas por conjunção. As que recebem conjunção coordenativa se chamam 
sindéticas (síndeto = ligação). 
As conjunções coordenativas podem ser aditivas, adversativas, alternativas, 
conclusivas ou explicativas. 
Orações Subordinadas – são orações que, como o nome já diz, se subordinam, ou 
seja, exercem função sintática em outra oração. Por isso, falamos em oração 
principal e oração subordinada. Essa função sintática pode ser própria de um 
substantivo (oração subordinada substantiva), de um adjetivo (oração 
subordinada adjetiva) ou de um advérbio (oração subordinada adverbial): 
- Adjetivas – do mesmo modo que os adjetivos fazem referência a 
substantivos (calça clara, roupa velha), os pronomes relativos se referem a 
substantivos presentes em orações antecedentes - são os referentes. Por isso, 
os pronomes relativos dão início a orações subordinadas adjetivas, que podem 
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QUESTÕES COMENTADAS DA ESAF 
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2 
 
ser restritivas (restringir o conceito do substantivo) ou explicativas (explicar 
seu conteúdo, alcance ou conceito). 
- Substantivas - As orações subordinadas substantivas (também já vimos) são 
iniciadas pelas conjunções integrantes. Uma boa dica para identificar uma 
oração subordinada substantiva (e, consequentemente, a conjunção integrante) 
é substituir a oração iniciada pela conjunção pelo pronome substantivo ISSO. 
Exemplos: 
1 - “Eu quero | que você me deixe em paz.” – “Eu quero ISSO.” – Então, 
“que você venha” equivale a um substantivo (Eu quero sossego./Eu quero 
paz.) – é, portanto, uma oração subordinada substantiva. A função sintática 
exercida pelo substantivo é objeto direto (Eu quero isso), e por isso a oração 
se chama: oração subordinada substantiva objetiva direta. 
2 - “É preciso | que você preste bastante atenção.” – “É preciso ISSO.” – 
“que você preste bastante atenção” é uma oração subordinada substantiva. 
Como o pronome exerce a função de sujeito (Isso é preciso), a oração se 
chama: oração subordinada substantiva subjetiva. 
- Adverbiais - Finalmente, as orações subordinadas adverbiais apresentam 
uma conjunção adverbial, que pode expressar uma das seguintes 
circunstâncias: causa, comparação, concessão, condição, consecução, 
conformidade, finalidade, proporcionalidade, temporalidade. 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: 
• ADITIVAS – possuem a função de adicionar termos ou orações de mesma 
função gramatical – e, nem, não só... mas também (séries aditivas 
enfáticas) 
• ADVERSATIVAS – estabelecem uma relação de contraste entre os termos ou 
orações – mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, porém, 
enquanto 
• ALTERNATIVAS – unem orações independentes (coordenadas), indicando 
sucessão de fatos que se negam entre si ou que são mutuamente excludentes 
(a ocorrência de um exclui a do outro) – ou, ora, nem, quer, seja 
(repetidos ou não) 
• CONCLUSIVAS – exprimem conclusão em relação à(s) oração(ões) 
anterior(es) – pois (no meio da oração subordinada), portanto, logo, 
por isso, assim, por conseguinte 
• EXPLICATIVAS – a oração subordinada explica o conteúdo da oração 
principal – pois (no início da oração subordinada), porque, que, 
porquanto 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: 
INTEGRANTES – são apenas duas (graças a Deus!) – que e se – iniciam orações 
subordinadas substantivas e exercem funções sintáticas próprias dos substantivos – 
sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, 
agente da passiva etc. 
ADVERBIAIS – iniciam orações subordinadas adverbiais. 
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• CAUSAIS – a oração exprime causa em relação a outra oração – porque, 
pois, que, uma vez que, já que, porquanto, desde que, como, visto 
que, por isso que 
• COMPARATIVAS – subordinam uma oração a outra por meio de comparação 
ou confronto de idéias – que, do que (antecedidas por expressões mais, 
menor, melhor, pior etc), (tal) qual, assim como , bem como 
• CONCESSIVAS – apresentam idéias opostas às da oração principal – 
embora, apesar de, mesmo que, ainda que, posto que, conquanto, 
mesmo quando, por mais que 
• CONDICIONAIS – indicam condição para que o fato expresso na oração 
principal se realize ou ocorra - se, caso, exceto se, salvo se, desde que, 
contanto que, sem que, a menos que, a não ser que 
• CONSECUTIVAS – apresentam a consequência para um fato exposto na 
oração principal – (tanto/tamanho(a)/ tão) que, de sorte que, de modo 
que, de forma que, de maneira que 
• CONFORMATIVAS – expressam conformidade em relação ao fato da oração 
principal – conforme, segundo, consoante, como (no sentido de 
conforme) 
• FINAIS – apresentam a finalidade dos atos contidos na oração principal – a 
fim de (que), para que, porque, que 
• PROPORCIONAIS – expressam simultaneidade e proporcionalidade dos 
fatos contidos na oração subordinada em relação aos fatos da oração principal 
– à proporção que, à medida que, quanto mais (tanto), quanto menos 
(mais/menos) 
• TEMPORAIS – indicam o tempo/momento da ocorrência do fato expresso na 
oração principal – quando, enquanto, logo que, agora que, tão logo, 
apenas, toda vez que, mal, sempre que 
 
Para a prova, duas providências são necessárias: a memorização do significado de 
algumas dessas conjunções (especialmente as sublinhadas, que não estão no nosso 
linguajar cotidiano); análise do contexto para que identifique a circunstância 
expressa pela oração subordinada. Não basta memorizar essa lista (aliás, essa 
providência é infrutífera). Útil é compreender as circunstâncias em que devam ser 
empregadas. 
Vamos, agora, à prática. 
 
QUESTÕES DE PROVA DA ESAF 
1 - (ESAF/ANEEL – Técnico/2006 - adaptada) 
A classe média está mudando. Essa classe média é herdeira da porção Bélgica da 
Belíndia (mistura de Bélgica e Índia, expressão usada na década de 70 para explicar 
a desigualdade no Brasil). Ela antes tinha acesso ao sistema financeiro habitacional, 
a universidades públicas, à expansão de empresas estatais cheias de ofertas de 
trabalho e à indexação, que reajustava o dinheiro nos bancos.Na década de 90, 
essas facilidades acabaram e a classe média passou a ter mais gastos. É como se ela 
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tivesse viajado sempre de executiva e agora tivesse de andar de econômica. Em 
compensação, existe uma população que era de baixa renda e ascendeu. 
(Adaptado de Ricardo Neves, Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006) 
Julgue as afirmações a respeito do texto como verdadeiras (V) ou falsas (F), para 
marcar, a seguir, a opção correta. 
I - As duas orações coordenadas que seguem a expressão “Na década de 90” (l.8), 
expressam, semanticamente, uma relação que também pode ser escrita em apenas 
uma oração: com o fim dessas facilidades, a classe média passou a ter mais 
gastos. 
II - A conjunção “e”(l.7) coordena duas orações que, semanticamente, expressam 
um contraste; por isso equivale a mas. 
III - O conectivo “Em compensação” (l.12) está empregado com valor adversativo, 
pois introduz um período sintático que, semanticamente, contradiz o que afirma a 
primeira oração do texto. 
 
a) V / F / F 
b) V / F / V 
c) F / V / F 
d) F / F / V 
e) V / V / F 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
I – VERDADEIRA 
Em função da relação de CAUSA e CONSEQUËNCIA entre as duas orações, 
poderíamos formar apenas um período, desde que fosse incluída a estrutura “com o 
fim dessas facilidades”, que expressa o primeiro sentido. 
 
II - VERDADEIRA 
A passagem em análise é “É como se ela tivesse viajado sempre de executiva e 
agora tivesse de andar de econômica.”. 
O valor dessa conjunção é adversativo, exatamente como afirma o examinador: 
sempre andou de executiva MAS AGORA tivesse de andar de econômica. 
Tendo em mente o valor da conjunção (e não aquela “decoreba” inútil), você acerta 
a questão. 
Um bom exemplo de emprego da conjunção “e” com valor adversativo quem nos dá 
é o grupo Skank: 
Te ver e não te querer 
É improvável, impossível 
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5 
 
Pela lógica, se o rapaz visse a moça, a quereria, mas isso não acontece na hipótese 
aventada pelo autor. Por isso, o valor desse “e” é o mesmo da conjunção “mas” (Te 
ver mas não te querer é improvável, impossível). 
Como veremos na próxima questão, o conceito de conjunção “e” com valor 
adversativo já há algum tempo vem sendo explorado pela ESAF. 
 
III - FALSA 
O período iniciado por “Em compensação” não contradiz de forma alguma a 
afirmação da primeira oração do texto: “A classe média está mudando.”. 
Pelo contrário - ele traz uma informação a mais: não é só a classe média que está 
mudando; existe uma classe baixa que ascendeu. 
Por esse motivo, a assertiva está INCORRETA. 
A ordem correta é V / V / F e o gabarito é a letra E. 
 
2 - (ESAF/Ministério das Relações Exteriores - Assistente de Chancelaria/2002) 
Assinale a opção em que ao menos um dos conectivos propostos para preencher a 
lacuna provoca incoerência textual ou erro gramatical. 
O Brasil é um país grande, diversificado _____(a) visto como uma promessa que 
parece nunca se realizar. O potencial existe, _______(b) há algo bloqueando o 
Brasil. Acho que é uma combinação de fatores como o sistema político e o modo de 
trabalhar do cidadão, pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) é 
muito freqüente o brasileiro eleger políticos por seu nível de popularidade, sem 
avaliar seus programas e ações. É um país muito importante para a economia 
mundial, _____(d) sermos sempre decepcionados. É, _______(e), um desafio 
delicado entender por que as coisas não acontecem rapidamente no Brasil. 
(Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações) 
a) e / mas 
b) entretanto / mas 
c) já que / pois 
d) embora / apesar de 
e) contudo / portanto 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “frequente”. 
Excelente questão antiga, motivo que nos leva a incluí-la nesse material. 
Em outras palavras, a passagem em que se encontra a lacuna (d) seria: 
Apesar da importância do país na economia mundial, nós, brasileiros, 
sempre sofremos decepções (nem me fale nisso...). 
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Esse valor adversativo tanto pode ser apresentado pela conjunção “embora” quanto 
pela apesar de. 
Contudo, as conjunções embora e apesar de, a despeito de estarem situadas no 
mesmo campo semântico, levam o verbo a conjugações verbais distintas. O 
problema foi de conjugação verbal. Enquanto a conjunção ‘apesar de’ exige o verbo 
no infinitivo (sermos), ‘embora’ leva a flexão verbal ao subjuntivo (sejamos). 
Provocou, portanto, erro de natureza gramatical (conjugação verbal) o emprego da 
conjunção “embora” na passagem. 
Em relação às demais opções: 
a) Não me canso de lembrar que o valor da conjunção deve ser verificado na 
construção. No primeiro período do texto, a idéia adversativa (que tanto pode ser 
apresentada pela conjunção e quanto por mas) reside na oposição entre os adjetivos 
“grande” e “diversificado” e o fato de ser “uma promessa que parece nunca se 
realizar”. Assim, essa conjunção e tem valor adversativo, como nos exemplos que 
vimos anteriormente. Logo, qualquer das duas conjunções poderia ser empregada 
nessa lacuna. 
b) Na segunda lacuna, as duas opções empregam valor adversativo ao período: 
entretanto / mas. 
c) Na terceira, justifica-se o pouco engajamento do cidadão ao fato de ele não 
avaliar os programas e as ações dos políticos e, com isso, elege-os de acordo com 
sua popularidade. Assim, tanto pode ser usada a conjunção já que como pois, de 
valor explicativo. 
e) No último período, pode-se apresentar uma conclusão, com o emprego da 
conjunção “portanto” ou estabelecer uma idéia contrária ao fato de ser um país tão 
importante, a partir do emprego da conjunção “contudo”. Alteram-se os sentidos, 
mas mantém-se a correção gramatical. 
 
3 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Analise a proposição quanto aos elementos linguísticos e semânticos do texto. 
Feliz aniversário, Darwin! 
2. Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse 
pela seleção natural. Ela, afinal, é a maior responsável 
4. pelo barroco processo de desenvolvimento que leva 
os organismos complexos inexoravelmente à morte 
6. – conceito que não se aplica muito a bactérias e 
arqueobactérias, seres que se reproduzem gerando 
8. clones de si próprios, partilham identidades com 
a transferência horizontal de genes e podem ficar 
10. milênios em vida suspensa (no gelo, por exemplo). 
A contribuição de Darwin para a ciência e para a história, 
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12. porém, continua viva, e muito viva, exatamente com a 
ideia de seleção natural. Só por isso ele já merece os 
14. parabéns. Feliz aniversário, Darwin. 
(Marcelo Leite, em: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08) 
- O conetivo adversativo “porém”(ℓ.11) se opõe, no contexto, à ideia de que a 
contribuição de Darwin para a história e para a ciência foi pequena. 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Agora, a banca inovou. Em vez de se ater ao significado da conjunção, resolveu 
explorar o valor deste conectivo no texto, a partir das ideias apresentadas pelo 
autor. 
A conjunção adversativa foi usada para contrapor a informação de que continua viva 
a contribuição de Darwin à ciência e à história ao fato de que o cientista já se 
encontra morto, e não em relação à grandeza dessa contribuição. 
 
4 - (ESAF/AFRE MG/2005) 
1. Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores 
do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua 
contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda 
que involuntária,foi tremenda. Em suas Confissões, o 
5. bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que, 
ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse 
a castidade e a continência e fez uma ressalva 
– ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele 
admitiu que receava perder a concupiscência natural 
10. da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz 
impecavelmente a urgência do ser humano em viver 
o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de 
adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqüências 
do desfrute presente – sejam elas de ordem 
15. financeira ou de saúde. É justamente essa urgência 
que explica a predisposição das pessoas, empresas 
e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o 
mais rápido possível seu objeto de desejo. 
(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negócios, Revista Veja, 
30/03/2005, p.90) 
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Analise a proposição a seguir, com base no texto acima. 
- Dada a relação de sentido que se estabelece no período, a conjunção “e” (l..7) 
poderia ser substituída, mantendo-se a coerência textual, pela conjunção ”mas” 
precedida de vírgula. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Na passagem “... ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse a castidade 
e a continência e fez uma ressalva - ansiava por essa graça, mas não de 
imediato.”, notamos o valor contrário da segunda oração em relação à primeira 
(Santo Agostinho fez uma súplica a Deus, mas com uma ressalva). 
Percebeu como essa conjunção “e” com valor adversativo vem caindo em prova? 
O segredo para acertar a questão é ler atentamente e, se for preciso, verificar a 
possibilidade de emprego de uma conjunção adversativa “clássica”, como “mas”. 
 
5 - (ESAF/Técnico IPEA/2004) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, 
de coesão ou de coerência textual. 
É relevante(1) o fato de que (2), na idade de ouro do capitalismo, nos 25 anos do 
pós-guerra, entre os países industrializados, de cada (3) dez empregos criados, seis 
o (4) eram no setor público. Essa informação não deve surpreender, não obstante 
(5) a principal característica do estado de bem-estar social é a existência de um 
serviço público de qualidade e em quantidade suficiente. 
(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Acordo ortográfico: não houve mudança em relação à grafia de “bem-estar” 
e “pós-guerra”, que continuam com hífen. 
A conjunção “não obstante” tem valor adversativo, equivalente a “no entanto”, 
“contudo”, “entretanto”. 
O uso inadequado de uma conjunção prejudica a coesão textual e prejudica o nexo 
do texto. Além disso, ainda que cabível, teria havido emprego inadequado do verbo, 
que deveria estar no infinitivo (“...não obstante a principal característica... SER a 
existência de um ...”). 
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9 
 
A segunda oração do período (“a principal característica do estado de bem-estar 
social é a existência de um serviço público de qualidade e em quantidade suficiente”) 
apresenta valor explicativo em relação à primeira (“Essa informação não deve 
surpreender”). Por isso, deve-se usar uma conjunção coordenativa explicativa, como 
porque, pois. A oração é explicativa (e não causal) por trazer uma explicação para 
a afirmação da oração assindética (sem conjunção). 
Na próxima questão, veremos a diferença entre as conjunções causais e as 
explicativas. 
Nessa questão, por exemplo, bastava que você percebesse que, na lacuna, não 
caberia a conjunção não obstante, concorda? 
Mas isso só iria acontecer se você não tivesse caído na armadilha da ESAF e marcado 
o item (4) como errado. Ele está CERTO. Vejamos. 
O segmento é: “entre os países industrializados, de cada (3) dez empregos criados, 
seis o (4) eram no setor público”. 
Esse “o” (sem flexão alguma) deve ter sido objeto de MUITAS dúvidas. Algumas 
pessoas podem ter pensado que o pronome fazia referência a “empregos” e, por 
isso, deveria ser “os”, e não “o”. 
Mas, se eu já adiantei que essa opção está correta, por que será que o pronome “o” 
não se flexionou? 
Lembra-se do termo vicário, citado na aula sobre pronomes (“Há muito tempo eu 
planejo sair de férias e vou fazê-lo no meio desse ano.”)? 
Pois é... é esse o caso. Esse pronome demonstrativo o está substituindo a ideia 
“empregos eram criados”. Veja como fica a troca: “de cada dez empregos criados, 
seis eram criados no setor público”. Assim como os pronomes “isso, isto, aquilo”, 
esse pronome demonstrativo na função vicária também não varia – permanece 
neutro, sem flexão de gênero ou número. 
Mais um bom exemplo para compreensão do termo vicário: “Eu prometi a mim 
mesma que seria rica e famosa e vou sê-lo (vou ser rica e famosa).”. Mesmo sendo 
os adjetivos femininos (rica, famosa), o pronome vicário continuaria sendo “o” 
(neutro, ou seja, no masculino singular). Por isso, está correto o pronome “o” do 
item (4). 
 
6 - (ESAF/ANEEL TÉCNICO/2006) 
De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vida 
profissional assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dos 
desempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência, 
há o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de 
trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para 
trabalhar. Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A 
grande oferta de mão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação, com 
testes de conhecimentos e de raciocínio lógico, redação, dinâmicas de grupo, 
entrevistas. E não é só. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem 
teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o 
conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, a qualificação e o potencial 
comportamental é que definem um bom candidato, e não só o preparo técnico. 
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(Adaptado de ISTOÉ 5/10/2005) 
 
Analise a proposição abaixo a respeito do emprego das estruturas lingüísticas do 
texto. 
- A relação de sentidos entre os dois primeiros períodos sintáticos do texto permite 
subentender uma idéia explicativa, expressa pela conjunção Pois, antes de 
“Começam” (l.2). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Acordo Ortográfico: Segundo o novo Vocabulário Ortográfico da Língua 
Portuguesa, registra-se SEM HÍFEN a palavra “mão de obra” e não há trema 
em “linguísticas”. 
O fato de que “[os jovens] começam a vida profissional assombrados pelos altos 
índices de desemprego” é a justificativa (explicação) para a afirmação de que “têm 
motivos para se sentirem inseguros”. 
Está correta a assertiva. 
É muito tênue a linha divisória entre oração subordinada causal e a oração 
coordenada explicativa. 
Algumas dicas, colhidas aqui e ali, podem ajudar na classificação da oração. 
Compilei-as aqui e vamos analisá-las, uma a uma: 
I – na explicativa, normalmente há uma pausa, marcada no texto por uma vírgula 
antes da conjunção; no entanto, se a oração principal for extensa, também é 
possível o emprego da vírgula antes da conjunção causal (ou seja, essa dica não 
ajuda muito...); 
II – após orações no imperativo, as orações são explicativas: “Não venha, pois não 
estarei sozinha.” (essa dica funciona mesmo, pena que não nessa questão!); 
III – se for possível a troca do “porque” pelo “que”, a oração é explicativa. 
Comparemos: “Não gostava muito de estudar, porque a família não deu um bom 
exemplo.” – não posso substituir pelo que = é causal. / “É bom você vir logo, 
porque não estou com muita paciência.” – posso substituirpelo que = é 
explicativa. (na minha opinião, essa dica merece nota 7 – muitas vezes funciona 
mas pode furar, como ocorre aqui...); 
IV – enquanto a oração coordenada explicativa é independente da oração 
assindética, a oração subordinada causal exerce a função sintática de adjunto 
adverbial na oração principal. (Apesar de ser somente o conceito do que é uma 
oração coordenada ou subordinada, essa dica nos ajuda a resolver a questão. Se não 
fossem coordenadas, não seria possível a separação em duas orações, como se 
apresenta a forma original do texto.). 
 
7 – (ESAF/Analista IRB/2004) 
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Fazer pesquisa é ofício que exige dedicação e paciência, ____1_____ os resultados 
são lentos e incertos. Além disso, por genial que seja um cientista, não é possível 
produzir conhecimento sozinho. Há o contexto de criação, a comunidade científica 
nacional e internacional ____2____ se discutem os resultados e ____3____ se 
expõem métodos e técnicas desenvolvidas em prol do saber. De maneira marcante 
há a formação de discípulos, ____4_____ iniciação científica, quando o estudante 
ainda está nos cursos de graduação, ao doutorado e pós-
doutorado.______5_______, é sumamente relevante o debate de idéias em favor do 
objeto de estudo. 
(Adaptado de Roseli Fischmann, Ciência, democracia e direitos,Correio Braziliense, 
26/01/2004) 
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. 
 
 
 1 2 3 4 5 
a) já que de que para a qual da Por todas elas 
b) pois com quem em que para a Tais níveis 
c) porque na qual para a qual desde a Em todos esses níveis 
d) porquanto a que da qual com a Naquelas 
e) vez que onde de que pela Em certos níveis 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Iremos comentar cada uma das lacunas. 
Acordo ortográfico: não há alteração na grafia de “pós-doutorado”, mas a 
palavra “ideias” não mais recebe acento agudo. 
1ª) Devemos empregar uma conjunção causal pois a segunda oração (subordinada) 
apresenta o motivo de ser necessário ter dedicação e paciência ao fazer pesquisas. 
Todas as sugestões são válidas. 
2ª) Podemos entender “comunidade” como um grupo de pessoas ou, por 
interpretação extensiva, algum local onde elas se encontram. 
Por isso, seriam válidas as preposições “com” - com ela se discutem os resultados 
(considerando a primeira acepção) – ou “em” - nela se discutem os resultados (de 
acordo com a segunda). 
Não se empregam as preposições: 
- “de”: haveria alteração semântica com o emprego dessa preposição: “não se 
discutem resultados da comunidade” - os resultados são do cientista, e não da 
comunidade; 
-“a”: a regência do verbo discutir não admite essa preposição; aceitam-se as 
preposições em, sobre, com e de (esta última em outro sentido, já mencionado 
acima). 
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Restam as opções b, c e e. 
3ª) “Métodos e técnicas desenvolvidas em prol do saber são expostos à / para a 
comunidade”. Como a preposição para é dissílaba, devemos usar o pronome relativo 
“a qual” – para a qual. Na acepção de “lugar” para “comunidade científica”, aceita-
se a preposição em – em que. Não é cabível a preposição de. 
Restam, agora, b e c. 
4ª) O que irá determinar o preenchimento desta lacuna é a expressão subsequente 
“ao doutorado e pós-doutorado”. Percebe-se assim, uma enumeração que teve 
início em “iniciação científica”. A preposição que irá estabelecer essa sequência lógica 
é “de” ou “desde” – “desde a / da iniciação científica, quando o estudante ainda 
está nos cursos de graduação (oração explicativa), ao / até o doutorado e pós-
doutorado”. Como a alternativa a (que sugere para esta lacuna a forma “da”) já foi 
eliminada, restou somente a opção c. 
 
 
 
8 - (ESAF/TRF/2003) 
O panorama da sociedade contemporânea sugere-nos incontáveis abordagens da 
ética. À medida que a modernidade — ou a pós-modernidade — avança, novas 
facetas surgem com a metamorfose do espírito humano e sua variedade quase 
infinita de ações. Mas, falar sobre ética é como tratar da epopéia humana. Na 
verdade, está mais para odisséia, gênero que descreve navegações acidentadas, 
lutas e contratempos incessantes, embates de vida e morte, ilusões de falsos valores 
como cantos de sereias, assédios a pessoas e a propriedades, interesses 
contraditórios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis ora 
favoráveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de ideais 
nobres e de paixões mesquinhas. Não obstante, narram-se também feitos de 
abnegação, laços de fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de 
racionalidade e emoção, a perseverança na reconquista de valores essenciais. Os 
mitos clássicos são representações de vicissitudes humanas e situações éticas reais. 
(Adaptado de José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da Ética, São Paulo: Senac, 
2002, págs.17 e 18) 
Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
a) Em “sugere-nos” (l.1) o pronome enclítico exerce a mesma função sintática do 
“se” em “narram-se”(l.10). 
b) Ao se substituir “À medida que”(l.2) por À medida em que, preservam-se as 
relações semânticas originais do período. 
c) A preposição “com”(l.3) está sendo empregada para conferir a idéia de 
comparação entre “novas facetas”(l.3) e “metamorfose do espírito humano”(l.3). 
d) A expressão “Na verdade, está mais para odisséia”(l.5) e as informações que se 
sucedem permitem a inferência de que “epopéia”(l.4) não traria a noção de 
dificuldades, fracassos. 
e) O período permaneceria correto se a preposição na expressão “confronto de 
ideais”(l.9) fosse, sem outras alterações no período, substituída por entre. 
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Gabarito: D 
Comentário. 
Acordo ortográfico: Não há alteração na grafia de “pós-modernidade”, mas, 
agora, retiramos os acentos agudos de “odisseia" e “epopeia". 
Enquanto ‘epopéia’(*) traz somente a idéia de uma luta, ‘odisséia’(*) indica uma 
série de dificuldades bem mais complexas do que em uma simples luta. Está correta, 
portanto, essa afirmação da letra d. 
As incorreções das demais opções são: 
a) Em “sugere-nos”, o pronome exerce a função sintática de objeto indireto. Para a 
análise, não adianta a troca do pronome nos por “a nós”, uma vez que os 
pronomes ele(s), ela(s), nós e vós, quando oblíquos, são obrigatoriamente 
precedidos de preposição. Há duas formas de se comprovar a função direta ou 
indireta dos pronomes me, te, se, nos e vos: (1) trocar o pronome pelo nome (por 
exemplo: “sugere ao analista incontáveis abordagens da ética”) ou (2) analisar a 
regência do verbo (sugerir alguma coisa a alguém). Assim, verificamos que a função 
sintática é de objeto indireto. 
Já o pronome “se” em “narram-se também feitos de abnegação” é apassivador – o 
verbo narrar é transitivo direto, existe a ideia passiva (feitos são narrados) e está 
acompanhado do pronome “se”. Portanto, a afirmação está incorreta. 
b) Excelente questão de conjunção, pois a ocorrência desse erro é muito comum no 
dia a dia. Não existe a conjunção “à medida em que”; existem as conjunções “à 
medida que” (proporcional) e “na medida em que” (causal). Não confunda alhos 
com bugalhos. 
Daqui a pouco você vai levar um susto com uma questão recente de prova da ESAF. 
Prepare-se!!! (tchan, tchan, tchan, tchaaaaan....[música de suspense]....rs...) 
c) A preposição “com”, na passagem, equivale a “a partir de”: “novas facetas surgem 
com/a partir da metamorfose do espírito humano e sua variedade quase infinita de 
ações.”. É indicativa de origem e não de comparação, como se afirma. 
e) Se houvesse a troca da preposição de pela preposição entre, seria necessáriaa 
retirada da preposição de antes de “paixões mesquinhas” – “representam o 
confronto entre ideais nobres e de paixões mesquinhas”. Como a opção indica não 
ser necessária mais nenhuma alteração, está incorreta tal proposição. 
 
9 - (ESAF/SEFAZ CE/2007) 
Assinale a única reescritura do segmento sublinhado que, em vez de corrigi-lo, 
introduz erro de natureza morfossintática ao texto. 
A campanha “Sua Nota Vale Dinheiro. Ganha você. Ganha o Ceará”, desenvolvida 
pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará - SEFAZ, atinge o seu primeiro ano 
de atividades, (a) cujo crescimento de suas estatísticas revela o sucesso da 
campanha. Ela premia os participantes com 0,5% do valor das operações constantes 
nos cupons e notas fiscais enviados e digitados na SEFAZ. 
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(b) Participantes de todo Ceará tem aderido à campanha de educação tributária, (c) 
que objetiva a conscientizar à população acerca da importância da emissão de 
documentos fiscais nas compras no comércio atacadista e varejista, além de 
incentivar projetos sociais desenvolvidos por entidades sem fins lucrativos. 
Para se ter uma amostra do alcance da “Sua Nota”, 286 entidades, de acordo com os 
dados consolidados até o dia 16 de agosto, (d) procederam o cadastramento na 
coordenação-executiva da promoção, o que perfaz um total de 70.354 participantes 
indiretos e 47.297 pessoas diretamente cadastradas na SEFAZ. Números que, 
certamente, podem mudar (e) à medida que novos cadastramentos se forem 
concretizando 
(Adaptado de http://www.sefaz.ce.gov.br/comunicacaosocial/sefaznot.asp#,consulta 
em 20/10/2006) 
Reescrituras: 
a) com estatísticas cujo crescimento revela o sucesso da campanha. 
b) Participantes de todo o Ceará têm aderido à campanha de educação tributária 
c) que objetiva conscientizar a população sobre a importância da emissão de 
documentos fiscais 
d) procederam ao cadastramento junto à cordenação-executiva da promoção 
e) à medida em que se for concretizando novos cadastramentos. 
 
Gab. E 
Comentário. 
O candidato preparado (e não muito observador) não teria perdido nem trinta 
segundos nessa questão. Sabe por quê? Porque não existe a locução conjuntiva “à 
medida em que”. 
Conforme já falamos, isso é um monstro criado a partir da junção de duas outras: 
- À MEDIDA QUE – de valor proporcional: “À medida que estudo, aumento meus 
conhecimentos.” – Há, nessa estrutura, uma ideia de progressividade: “Quanto mais 
estudo, mais aumento meus conhecimentos.”. 
- NA MEDIDA EM QUE – de valor causal: “Na medida em que estudo, aumento 
meus conhecimentos.”. Agora, a ideia é de CAUSA e EFEITO: “Aumento meus 
conhecimentos porque estudo.”. 
Contudo, a banca deveria ter anulado essa questão, mas infelizmente (para os bons 
observadores), de forma intransigente, manteve o gabarito. Será que você notou um 
erro de ortografia na opção D: a palavra “coordenação” recebe dois “os”, mas na 
opção está grafada com apenas um. Por isso, como o enunciado buscava a opção 
que “introduz erro de natureza morfossintática ao texto”, havia duas respostas 
válidas e essa questão deveria ter sido ANULADA. 
Isso não ocorreu provavelmente porque esse foi um erro de digitação e a banca não 
deu o braço a torcer. 
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Assim sendo, na hora da prova, na dúvida entre um “cordenação” e um “à medida 
em que”, nem pense duas vezes – marque a segunda como ERRADA e finja que não 
viu a primeira. Fazer o quê... 
Para piorar a situação da banca, vale lembrar que não existe, no VOLP e no Houaiss, 
registro da palavra “reescritura”, mas de “reescrita”. 
Em relação ao emprego de hífen, sabemos que a regra geral é usar o sinal quando 
houver coincidência de vogal / consoante entre o fim do prefixo e o início do segundo 
elemento (micro-ondas). Contudo, essa regra encontra exceções com os prefixos 
“co-” (em todos os casos, registra-se sem hífen: coirmão, coautor, cooperação, 
coopositor, coparticipante) e, em alguns casos, com os prefixos “pré”, “pró” e “re” 
(mantém-se o hífen quando o segundo vocábulo mantiver sua autonomia vocabular, 
como em “pré-natal”, e registra-se sem hífen, mesmo havendo aquela coincidência, 
nos vocábulos aglutinados já consagrados: reedição, preencher, proótico). 
 
10 – (ESAF/ANA/2009) 
Em relação ao texto abaixo, analise as proposições a seguir. 
O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer programa de despoluição das 
águas. Em grande parte das situações, a viabilidade econômica das estações de 
tratamento de esgotos (ETE) é reconhecidamente reduzida, em razão dos altos 
investimentos iniciais necessários à sua construção e, em alguns casos, dos altos 
custos operacionais. Por esses motivos que mesmo os países desenvolvidos têm 
incentivado financeiramente os investimentos de Prestadores de Serviços em ETE, 
como os Estados Unidos e países da Comunidade Europeia. No Brasil, o problema de 
viabilidade econômica do investimento público torna-se ainda mais agudo, devido à 
elevada parcela de população de baixa renda. No entanto, vale ressaltar que a água 
de qualidade também é um fator de exclusão social, uma vez que a população de 
baixa renda dificilmente tem condições de comprar água de qualidade para beber ou 
até mesmo de pagar assistência médica para remediar as doenças de veiculação 
hídrica, decorrentes da ausência de saneamento básico. 
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp) 
a) Mantém-se a correção gramatical do período se a conjunção “No entanto”(ℓ.9) for 
substituída por qualquer uma das seguintes: Porém, Todavia, Entretanto, Contudo. 
b) Estaria gramaticalmente correta a substituição de “uma vez que”(ℓ. 10) por 
porquanto. 
 
ITENS CERTOS 
Comentário. 
a) A conjunção “no entanto” tem valor adversativo, podendo ser substituída, no 
texto, por qualquer das demais apresentadas pelo examinador, de idêntico valor 
semântico. 
b) A conjunção “porquanto”, a despeito do pouco emprego na linguagem coloquial, 
tem sido figurinha fácil nas provas da ESAF, exatamente por não ser usada pela 
maior parte das pessoas. 
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Para você nunca mais esquecer o significado dessa conjunção, lembre-se de que 
PORQUANTO pode ser substituída por PORQUE. Assim como esta última, pode 
apresentar valor causal ou explicativo, a depender da construção em que se 
encontre. 
A locução conjuntiva “uma vez que” apresenta valor causal e, por esse motivo, 
poderia ser substituída, sem prejuízo para a coerência textual, pela conjunção 
porquanto. 
 
11 - (ESAF/TRF/2003) 
A ciência moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista, 
que encara o mundo natural como máquina desmontável, levou a razão humana aos 
limites da perplexidade, porquanto a fragmentação do conhecimento em pequenos 
redutos fechados se afasta progressivamente da visão do conjunto. A excessiva 
especialização das partes subtrai o conhecimento do todo. Daí resulta a dificuldade 
teórica e prática para que o espírito humano se situe no tempo e no espaço da sua 
existência concreta. 
(José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da Ética, SãoPaulo: Senac, 2002, p. 27) 
Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo. 
- Ao se substituir a conjunção “porquanto”(l.4) pela conjunção porque, as relações 
sintáticas e semânticas do período são mantidas. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Como vimos na questão anterior, a conjunção porquanto é equivalente à conjunção 
porque, seja com valor causal ou explicativo. 
Daqui a pouco, veremos um método mnemônico válido para lembrar quando se 
emprega “porquanto” e “conquanto”, conjunções parecidas cujos significados são tãodiferentes. 
 
12 - (ESAF/Gestor Fazendário MG/2005) 
A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano passado, incentivada, 
principalmente, por anterior queda nos juros e pelo crescimento das vendas do país 
no exterior. ____(a)___este ano, um desses motores está ausente. ___(b)___ o 
Banco Central, para combater a inflação, vem elevando seguidamente a taxa básica, 
hoje situada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros altos estão contribuindo para 
frear o crescimento econômico, mas não a inflação._____(d) _____o ganho com a 
queda da inflação é pequeno, se comparado à perda no crescimento econômico. Não 
se defende por meio dessa comparação, o aumento da produção a qualquer custo. 
_____(e)_____o objetivo é expor a atual ineficácia do aumento dos juros sobre a 
inflação. O outro motor importante para o crescimento de 2004 (as exportações 
brasileiras), no entanto, continua presente este ano, com ótimo desempenho. 
(Inflação e crescimento. Opinião.Correio Braziliense, 9 de abril de 2005, com 
adaptações) 
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Desconsiderando o emprego de letras maiúsculas e minúsculas, assinale a opção 
que, ao preencher a lacuna, mantém o texto coeso, coerente e gramaticalmente 
correto. 
a) Haja vista que 
b) Apesar de 
c) Entretanto 
d) Embora 
e) Tão pouco 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
No terceiro período do texto, informa-se que “o Banco Central, para combater a 
inflação, vem elevando seguidamente a taxa básica” de juros. Na oração seguinte, 
iniciada pela lacuna (c), afirma-se que os juros altos não estão freando a inflação. 
Essas duas afirmações situam-se em campos semânticos opostos. Por isso, deve-se 
empregar uma conjunção adversativa, como “entretanto”. 
As demais opções estão incorretas. 
a) Nessa lacuna, deve-se empregar uma conjunção de valor adversativo (entretanto, 
todavia, contudo), e não a locução adverbial “haja vista”, que corresponde a 
“considerando, tendo em vista”. Sobre a flexão desta expressão, lembramos que o 
vocábulo “vista” permanece invariável, enquanto que o verbo pode ficar no singular 
(acompanhado ou não de preposição) ou concordar com o termo subsequente (“Haja 
vista os resultados / Haja vista aos resultados / Hajam vista os resultados”). 
b) A oração iniciada por esta lacuna irá apresentar uma explicação para a afirmação 
presente no período anterior (“um desses motores está ausente”). Por isso, não pode 
ser empregada a conjunção “apesar de” – de valor contrário. 
d) O emprego da conjunção “embora”, além de causar erro na flexão verbal do verbo 
ser – “Embora o ganho (...) é pequeno” (correto = seja), prejudicaria a coesão 
textual em virtude da ausência de uma oração principal. O mais apropriado seria 
empregar expressões como “além disso”, “ademais”, de forma a introduzirem 
informações adicionais à passagem anterior. 
e) Não existe a conjunção “tão pouco”, mas o advérbio “tampouco”, que equivale a 
“muito menos”, “menos ainda”, “também não”, impróprio para a passagem. 
Vale lembrar que não é aceita pela norma culta a colocação da conjunção nem antes 
desse advérbio, por ele já apresentar valor de negação (“Não fui ao trabalho, 
tampouco à aula.”). 
“Tão pouco”, combinação do advérbio de intensidade (tão) com o (também) advérbio 
“pouco”, remete à ideia de “pequena quantidade” – “Estou fazendo uma dieta 
terrível! Nunca comi tão pouco!” ou “Tenho tão pouco interesse em assistir às 
novelas que, nesse horário, vou estudar Português!” (Oba!!!...rs...). 
Algumas palavras podem ser classificadas como advérbios de intensidade, como 
adjetivos e/ou também como pronomes indefinidos: bastante, pouco, muito, menos. 
O que irá nos auxiliar nessa classificação é verificar se são variáveis ou invariáveis. 
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Como vimos, os advérbios são palavras invariáveis, enquanto que os adjetivos e os 
pronomes se flexionam em gênero e/ou número. Veja só: 
- “pouco” – advérbio (“Você tem estudado pouco”); adjetivo (“Não se aborreça 
com essa coisa pouca.” – coisa pequena); pronome indefinido (“Tenho poucos 
livros de Direito Constitucional” – em quantidade pequena ou insuficiente). 
- “bastante” – advérbio (“Você tem estudado bastante.” / “Esse volume está 
bastante alto.”); adjetivo (“Tenho livros bastantes.” – livros que bastam, que são 
suficientes); pronome indefinido (“Tenho bastantes livros de Direito 
Constitucional.”- em grande quantidade). 
- “muito” - advérbio (“Você tem estudado muito.” / “Esse volume está muito 
alto.”); pronome indefinido (“Tenho muitos livros de Direito Constitucional.”- em 
grande quantidade). 
 
13 - (ESAF/Oficial de Chancelaria/2002) 
Além de estabelecer um parâmetro esportivo até aqui intransponível, Pelé é parte de 
uma outra epopéia. Sem ele, talvez o Brasil não tivesse derrotado nem o complexo 
de inferioridade de sua sociedade em geral nem o racismo velado que se 
manifestava até no futebol. Com Pelé, brasileiro e negro, foi possível vencer um e 
outro complexos. Nós, jornalistas brasileiros, temos uma dívida enorme com Pelé. 
Vários companheiros – e eu mesmo – já escapamos de situações delicadas, usando a 
palavra mágica “Pelé”, em países remotos nos quais a palavra Brasil não faz o menor 
sentido, a não ser quando associada a Pelé. Sem ele, talvez alguns de nós até 
poderíamos ter morrido. Não é assim que alguém marca uma época? 
(Clovis Rossi, Folha de S. Paulo, 7/04/2002) 
Com base nos elementos do texto acima, analise a proposição a seguir. 
- A eliminação da primeira ocorrência de “nem”(l.3) e a substituição da segunda (l.4) 
por e mantêm a correção sintática do período. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “epopeia". 
A conjunção aditiva negativa nem significa “e não”. Por isso, sua retirada de uma 
oração – que já apresenta um advérbio de negação – e, em seu lugar, a colocação 
da conjunção “e” não provocariam erro gramatical, tampouco prejuízo para a 
coerência textual: 
“Sem ele, talvez o Brasil não tivesse derrotado o complexo de inferioridade de sua 
sociedade em geral e o racismo velado que se manifestava até no futebol.” 
Você percebeu que coisinha linda a concordância em “talvez até alguns de nós 
PODERÍAMOS ter morrido.”. Como o pronome indefinido está no plural, 
acompanhado de um pronome reto, há possibilidade de se concordar com o 
indefinido (alguns de nós PODERIAM ter morrido) ou fazer como o autor fez, 
flexionando o verbo na 1ª pessoa do plural, para dar ênfase ao fato de que ELE – o 
autor - poderia ter morrido também. 
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14 - (ESAF/MP ENAP – SPU/2006) 
Assinale a opção que não preenche corretamente a lacuna do texto. 
Outra medida que promove a pequena e média empresa brasileira é a instalação 
pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil – APEX de um centro de 
distribuição de produtos nacionais, em Miami, Estados Unidos. O centro tem espaço 
para armazenagem de produtos, um showroom e um escritório comercial e 
administrativo. 
As empresas podem ficar instaladas por um período de 12 a 18 meses para a 
consolidação de seus produtos no mercado, ____________a idéia é reduzir a 
distância entre as empresas e seus clientes estrangeiros. O próximo centro será 
instalado na Alemanha no segundo semestre deste ano. 
(Adaptado de Em Questão n. 288 - Brasília, 04 de março de 2005) 
a) uma vez que 
b) porquanto 
c) pois 
d) conquanto 
e) já que 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Não há mais acento agudo em “ideia”. 
A ESAF simplesmente A-D-O-R-A exigir o correto emprego das conjunções 
PORQUANTO e CONQUANTO. 
Elas são parecidas, mas possuemconceitos diametralmente diferentes. 
Segure, que lá vem uma dica: 
- PORQUANTO, já vimos, traz a ideia de “por causa de” – pode ser CAUSAL ou 
EXPLICATIVA; 
- CONQUANTO começa com “con-” de CONCESSIVA, equivalente a “embora”. 
Com isso, verificamos que “conquanto” não poderia ser empregado nessa passagem, 
uma vez que a oração a seguir apresenta ideia CAUSAL ao período. 
Todas as demais conjunções possuem essa ideia, exceto a da letra D, gabarito da 
prova. 
 
15 - (ESAF/MPOG - APO/2008) 
Em relação ao texto abaixo, analise a afirmação a seguir. 
1. As grandes empresas estatais chinesas estão 
em plena temporada de compras no mercado 
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internacional. O acúmulo de quase US$ 1,5 trilhão 
em reservas na China não apenas mudou o jogo 
5. do financeiro internacional, com mudanças de 
paradigma — dinheiro chinês financiando o déficit 
americano — como tem potencial para alterar o 
mapa das fusões e aquisições mundiais e também 
a configuração de forças em vastos setores da 
10. economia. O foco da mais recente investida dos 
chineses é emblemático: mineração. 
A rápida, coordenada, cautelosa e surpreendente 
compra de 9% do capital da anglo-australiana 
Rio Tinto, a terceira maior mineradora do 
15. mundo, mostra uma mudança de qualidade 
no planejamento da investida no exterior das 
estatais chinesas. Até a pouco tempo atrás, 
havia sérias dúvidas sobre a capacidade de 
arregimentação dessas empresas pelo governo 
20. chinês. A imagem predominante era a de que elas 
realizavam incursões esporádicas e oportunistas 
em vários mercados, sem objetivos comuns. A 
compra de parte do capital acionário da Rio Tinto, 
entretanto, passa a mostrar um alinhamento 
25. entre os interesses do Estado e os das estatais 
enquanto empresas, para assegurar o suprimento 
de commodities que sustente a rápida expansão 
econômica. Elas entraram em uma disputa de 
mercado para evitar que eventual monopolização 
30. de alguns setores, como o das commodities 
metálicas, traga uma indesejável elevação de 
preços. 
(Valor Econômico, 8/02/2008) 
- O termo “entretanto” (l. 24) pode, sem prejuízo para a informação original do 
período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: porém, contudo, todavia, 
conquanto, porquanto. 
 
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21 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Tudo estava indo muito bem, até que o examinador colocou, no mesmo “patamar” 
das demais conjunções adversativas ou concessivas (todas apresentam ideias de 
oposição), a conjunção “porquanto”, que já vimos ser uma conjunção de valor causal 
ou explicativo. 
Sabendo que “conquanto” é concessiva e “porquanto” equivale a “porque” (causal 
ou explicativa), você já saberia que uma não poderia substituir a outra sem que se 
alterasse o sentido original do texto. Por isso, a assertiva está ERRADA. 
 
16 - (ESAF/TFC SFC/2000) 
Assinale o item que não preenche a lacuna do texto com coesão e coerência. 
Os historiadores dizem que a troca de e-mails, o download de fotos dos amigos ou 
as reservas para as férias feitas pelo computador talvez sejam divertidos, 
______________ a Internet não pode ser comparada a inovações como a invenção 
da imprensa, o motor a vapor ou a eletricidade. 
(Adaptado de Negócios Exame, p.94) 
a) contudo 
b) no entanto 
c) entretanto 
d) todavia 
e) porquanto 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Agora, a situação se inverteu. 
Enquanto as conjunções “contudo”, “no entanto”, “entretanto” e “todavia” estão no 
campo semântico da oposição, “porquanto” tem valor causal ou explicativo. Como a 
ideia que se deseja empregar é a de CONTRADIÇÃO (equivale afirmar que “tudo isso 
é divertido, mas não pode ser comparado com outras inovações”), a conjunção 
PORQUANTO é a única que não seria cabível. 
 
17 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006) 
1. A concepção moderna de Estado tem raízes no 
pensamento ético de Kant e de Hegel e o apresenta 
como uma realização da idéia moral, para o primeiro, 
ou como a substância ética consciente de si mesma, 
5. para o segundo. Para esses pensadores, o Estado 
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seria o apogeu do desenvolvimento moral, substituiria 
a família, e com o direito produzido, racional, imparcial 
e justo, substituiria a consciência ética dos indivíduos, 
que, embora retificadora da ação humana, se revelaria, 
10. na prática, inviável, por ser incoercível. 
(Oscar d’Alva e Souza Filho) 
Analise a seguinte assertiva. 
- O termo “embora”(l.9) pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, 
ser substituído por conquanto. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Seria válida a troca de “embora” por “conquanto”, pois são duas conjunções 
subordinativas concessivas. 
Com aquela regrinha mnemônica (conquanto tem “con-” de “concessiva”), o 
candidato mataria essa questão num piscar de olhos. 
 
18 - (ESAF/MP ENAP – SPU/2006) 
1. O Brasil tem potencial para se transformar em um 
dos maiores produtores de biodiesel do mundo e 
um grande exportador. Os Estados Unidos e alguns 
países da Europa já são consumidores do biodiesel. 
5. A União Européia definiu como meta que, até 2005, 
2% dos combustíveis utilizados devem ser renováveis 
e, em 2010, esse valor deverá ser de 5,75%. Como 
o continente não tem área de cultivo suficiente nem 
capacidade industrial instalada para atingir esses 
10. patamares, surgem as oportunidades de exportação 
do combustível pelo Brasil. O biodiesel ainda vai 
contribuir para melhorar a qualidade do ar nas 
grandes cidades pela redução do uso de combustíveis 
derivados de petróleo. O uso de fontes energéticas 
15. renováveis e que não poluam o meio ambiente faz 
parte do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
(MDL), uma das diretrizes do Protocolo de Quioto. 
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(Adaptado de Em Questão, n. 261 - Brasília, 08 de dezembro de 2004) 
 
Analise a proposição abaixo em relação ao texto. 
- Entre o período iniciado por “Como o continente...”(l.7 e 8) e o período anterior, 
subentende-se uma relação que pode ser representada por Entretanto. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “Europeia". 
Ainda falando sobre as conjunções adversativas, vemos que as ideias apresentadas a 
partir da linha 7 se contrapõem ao que se afirma no período imediatamente anterior. 
A União Européia(*) definiu como meta que, até 2005, 2% dos combustíveis 
utilizados devem ser renováveis e, em 2010, esse valor deverá ser de 5,75% MAS o 
continente não tem área de cultivo suficiente nem capacidade industrial instalada 
para atingir esses patamares. 
Por isso, seria perfeitamente justificável o emprego de uma conjunção como 
“entretanto” para ligá-las. 
A União Européia(*) definiu como meta que, até 2005, 2% dos combustíveis 
utilizados devem ser renováveis e, em 2010, esse valor deverá ser de 5,75%, 
ENTRETANTO, como o continente não tem área de cultivo suficiente nem 
capacidade industrial instalada para atingir esses patamares, surgem as 
oportunidades de exportação do combustível pelo Brasil. 
A proposição está correta. 
 
19 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
Uma única inovação ocorrida no século XV teve enorme influência para o progresso, 
a inclusão social e a redução da pobreza. Foi a invenção do conceito de capital social 
pelo frei Luca Paccioli, o criador da contabilidade. Antes de Luca Paccioli, um 
comerciante ou produtor que não pagasse suas dívidas poderia ter todos os bens 
pessoais, comocasa, móveis e poupança, arrestados por um juiz ou credor. 
Muitos cientistas políticos e sociólogos usam o termo capital social de forma 
equivocada, numa tentativa deliberada de confundir o leitor. 
(Adaptado de Stephen Kanitz, O capital social.Veja, 12 de abril, 2006) 
 
Julgue o item abaixo a respeito do texto. 
- Por constituir um valor oposto às informações do primeiro parágrafo, o período final 
do texto admite ser iniciado pelo conectivo No entanto, seguido de vírgula, 
fazendo-se os ajustes nas iniciais maiúsculas. 
 
ITEM CERTO 
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Comentário. 
A informação de que “muitos cientistas políticos e sociólogos usam o termo capital 
social de forma equivocada” se contrapõe ao que definiu o criador da contabilidade, 
Luca Paccioli. São informações, portanto, antagônicas, podendo haver a introdução, 
entre os dois parágrafos, de uma conjunção adversativa, como “no entanto”. 
Parece que as conjunções adversativas e concessivas têm sido a menina dos olhos 
dessa banca, hem? Agora, veremos outras conjunções além dessas até agora 
estudadas. 
 
20 - (ESAF/ANEEL Especialista/2006) 
1. A idéia é a de que a institucionalização da raça como 
categoria possuidora de direitos e oportunidades 
sociais, negada pelos processos de exclusão 
racial, resultaria na construção jurídica de um país 
5. racialmente apartado, contrário a sua suposta 
vocação a-racial. Como foi possível que essa 
ideologia a-racial tão decantada por especialistas 
conformasse uma sociedade que é alva em todas 
as suas dimensões de poder, riqueza e prestígio e 
10. escura nas suas instâncias de pobreza e indigência 
humana? O país real jamais amedrontou as elites 
políticas e intelectuais. Elas jamais enxergaram 
nele uma ameaça. O seu discurso nunca pôs em 
questão a sua imperiosa necessidade de romper 
15. com o exclusivismo da supremacia branca como 
condição para a desracialização da sociedade. 
(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 
2006) 
Analise a seguinte afirmação a respeito do emprego dos termos e expressões do 
texto. 
- O valor semântico da conjunção em “como categoria” (l.1 e 2) é semelhante ao 
valor dessa conjunção em “Como foi” (l. 6) e “como condição” (l. 15 e 16): atribui 
causa ou razão aos substantivos a que se refere. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia". 
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A conjunção “como” pode ter valor: 
- comparativo: “Ele age como um bandido (age).” 
- causal: “Como ele não me dava bola, parti para outro amor.” 
- conformativo: “Como falei anteriormente, o valor da conjunção só pode ser definido 
na construção.” (aproveito o exemplo para dar uma “alfinetada” em você...rs...) 
Esse vocábulo também pode ser: uma preposição acidental (classificação que faz 
Napoleão Mendes de Almeida se revirar no túmulo...rs...), no sentido de “na 
qualidade de” (“Como presidente da comissão, dou início aos trabalhos.”); um 
advérbio de interrogação (Como você pôde fazer isso comigo?); um pronome relativo 
(Olhe a maneira como você fala comigo!). 
Então, já viu que não adianta decorar – o jeito é perceber o valor da palavra na 
passagem. 
Esse vocábulo se apresenta como preposição nas passagens de linhas 1 e 15, 
enquanto que, na ocorrência de linha 6, tem valor adverbial. 
O sentido, portanto, não poderia ser o mesmo, muito menos causal conforme afirma 
o examinador. Assim, está errada tal proposição. 
 
21 - (ESAF/AFRF/2005) 
Assinale a opção que preenche corretamente a seqüência de lacunas do texto, 
mantendo sua coerência textual e sua correção gramatical. 
Tendo _____ unidade de análise o gênero humano no tempo, Morgan dispõe ______ 
sociedades humanas na história segundo graus de complexidade crescente 
_____________ se aproximam da civilização. Diferentes organizações sociais 
sucedem-se porque se superam _____ desenvolvimento de sua capacidade de 
______ e de dominar a natureza, identificando vantagens biológicas e econômicas 
em certas formas de comportamento que são, então, instituídas ________ modos de 
organização social. 
(Sylvia G. Garcia, Antropologia, modernidade, identidade. In: Tempo Social, 
vol. 5, no. 1 – 2, com adaptações) 
a) por - as - conforme - pelo - adaptar-se - como 
b) por - das - à medida que - no - adaptarem-se - em 
c) como - as - na medida em que - ao - se adaptar - por 
d) como - nas - conforme - até - se adaptarem - como 
e) a - das - à medida que - como - adaptar-se - em 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência". 
Infelizmente, não pudemos eliminar “de cara” nenhuma das opções por apresentar 
“descalabros” como “à medida em que” - que pena!...rs... 
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O melhor jeito de resolver questões como essa é eliminar as opções erradas, 
aumentando, assim, as chances de acerto. 
Nas sugestões de preenchimento da terceira lacuna, temos duas ocorrências de 
“conforme”, duas de “à medida que” e uma de “na medida em que”. Em relação a 
essas duas últimas, onde entraria uma, não poderia entrar outra, pois indicam ideias 
totalmente diferentes (proporcional ou causal). Poderíamos começar a resolver essa 
questão pela terceira lacuna, mas, para isso, teríamos de solucionar a segunda, a fim 
de compreender o sentido da construção. 
Aí, precisamos encarar uma “pegadinha” de regência verbal. 
Um candidato apressado pode se dar muito mal com o verbo DISPOR. 
Imediatamente ele pensa que “alguém dispõe DE alguma coisa”, sem atentar para 
outros sentidos que este verbo pode apresentar. Além desse, que significa “ter para 
seu livre uso”, outro sentido seria o de “organizar”, caso em que o verbo é 
TRANSITIVO DIRETO. Foi esse o emprego na passagem: 
“... Morgan dispõe [organiza, arruma] sociedades humanas na história segundo 
graus de complexidade crescente...”. 
Esse sentido é o mesmo de “O funcionário dispôs os artigos nas prateleiras 
superiores.”. 
Ficamos, pois, somente com as opções A e C, que sugerem somente o artigo “as”. 
Agora, a coisa ficou mais fácil. Vejamos a próxima lacuna: 
Morgan dispõe as sociedades humanas na história segundo graus de complexidade 
crescente _____________ se aproximam da civilização. 
O termo que pode preencher essa lacuna deve apresentar a ideia de 
PROPORCIONALIDADE. 
Se o candidato tivesse a ideia fixa de que “conforme” somente indica 
CONFORMIDADE, como em “conforme eu dizia...”, estaria num beco sem saída, pois 
a opção C sugere “na medida em que”, que possui valor causal e, caso usado, 
prejudicaria a coerência textual. 
Além da ideia de conformidade (mais comum), esse conectivo pode indicar também 
proporcionalidade: “Conforme [à medida que] o tempo passa, ela fica mais bonita.”. 
Assim, poderíamos preencher com “conforme” a terceira lacuna, marcar a letra A e 
correr para o abraço (rs...). 
 
22 - (ESAF/ACE TCU/2006) 
Assinale a asserção falsa acerca da estruturação lingüística e gramatical do texto 
abaixo. 
Nem o “sim” nem o “não” venceram o referendo, e quem confiar no resultado 
aritmético das urnas logo perceberá a força do seu engano. O vencedor do referendo 
foi o Grande Medo. Esse Medo latente, insidioso, que a todos nos faz tão temerosos 
da arma que o alheio possa ter, quanto temerosos de não ter defesa alguma na 
aflição. Se um lado ou outro aparenta vantagem na contagem das urnas, não faz 
diferença. O que importa é extinguir o Grande Medo. E nem um lado nem outro 
poderia fazê-lo. Todos sabemos muito bem porquê. 
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(Jânio de Freitas, Folha de S. Paulo, 24/10/2005 – com adaptações.) 
a) Para o texto não apresentar nenhuma incorreção de ordem sintática, a 
concordância do sujeito composto ligado por “nem... nem” (l. 7 e 8) deve ser feita 
com o verbo no plural, tal como se fez na ocorrência do mesmo sujeito composto, na 
primeira linha do texto. 
b) Apesar de sua posição deslocada na frase, o advérbio “logo” (l. 2) dispensa a 
colocação de vírgulas em virtude de ser de pouca monta, de pouca proporção. 
c) Um medo “latente, insidioso” (l.3 e 4) é um medo não manifesto, encoberto, 
enganador, traiçoeiro, pérfido. 
d) O trecho contido nas linhas de 4 a 5 admite a seguinte reescritura, sem que se 
incorra em erro de linguagem: “... que nos faz a todos não só temerosos da 
arma que o outro possa ter, mas também temerosos de ficarmos indefesos 
na angústia.”. 
e) A última palavra do texto merece reparo. Há duas expressões que a substituiriam 
com a devida correção gramatical: 1) por quê e 2) o porquê. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “linguística”. 
Mais uma vez, relembramos que o valor da conjunção deve ser aferido no contexto 
em que se encontra. A conjunção “nem”, na primeira passagem do texto, apresenta 
valor aditivo, equivalente a dizer que “O ‘sim’ e o ‘não’ não venceram o referendo.” 
– quem venceu foi um terceiro elemento – o medo. 
Já na passagem de linhas 7 e 8, tem valor alternativo – ou (qualquer dos lados) – 
“um lado ou outro poderia fazê-lo.” – qualquer um dos dois poderia fazê-lo. Por isso, 
manteve-se no singular. O valor da conjunção “nem” é, portanto, diferente em cada 
trecho. 
Em relação aos demais itens corretos, devemos comentar: 
b) na aula sobre pontuação veremos que expressões adverbiais curtas e de fácil 
entendimento dispensam a colocação de vírgulas, como fez o autor no trecho de 
linha 2. Portanto, está correta essa proposição. 
e) “porque” e “por que” recebem acento circunflexo quando tônicos. Isso ocorre em 
duas situações – a primeira, quando usado na função de um substantivo – o porquê 
– ou, a segunda, quando interrogativo, sob a forma direta ou indireta, ao fim da 
oração, estando subentendida a expressão “por qual motivo”, “por qual razão”, ou 
sozinho – “Não veio por quê?”, “Você não veio e todos sabemos por quê” / “Você 
ontem não veio. Por quê?”. A forma apresentada no texto não encontra respaldo na 
gramática normativa – a forma correta seria por quê. 
 
23 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não 
basta abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo 
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seja capaz de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados 
supérfluos. Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de 
prioridades deve colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como 
incentivo para a proposta de casar democracia, fim da apartação e eficiência 
econômica em geral é o fato de que o potencial econômico do país permite otimismo 
quanto à possibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma 
estratégia em que o tempo não será muito longo. 
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, 
p.29) 
Analise a proposta de alteração a seguir. 
- Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por caso, resultando em caso 
se não provocaria erro ao período. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Se o candidato corresse nessa hora, cairia numa pegadinha clássica da ESAF quando 
o assunto é conjunção. 
O problema não está na “dobradinha” caso se, uma vez que o primeiro é conjunção 
e o segundo, um pronome. 
Como já afirmamos, algumas conjunções, ainda que equivalentes, podem exigir 
conjugações verbais diferentes. É isso o que acontece com as conjunções 
condicionais “caso” e “se”. 
É válida a troca de uma pela outra, DESDE QUE se altere a forma verbal. 
Em vez de “... se se deseja...”, poderíamos construir “... caso se DESEJE...”. 
Cuidado, pois o examinador sugere apenas essa troca, nada afirmando sobre a 
mudança do verbo. Por isso, a assertiva está INCORRETA. 
 
24 - (ESAF/Técnico ANEEL/2006) 
Época – Qual é o grande problema brasileiro? 
Ricardo Neves – Assim como a inflação foi nosso dragão tempos atrás, a 
informalidade é nosso câncer que está entrando em metástase. A informalidade tem 
três eixos. O primeiro são os direitos de propriedade. Os barracos das favelas não 
podem ser comercializados, não podem ser usados para conseguir crédito. O 
segundo é o trabalho. Estima-se que entre 55% e 60% dos trabalhadores estão na 
informalidade. São pessoas que não contribuem, não pagam INSS. A carga tributária 
fica concentrada nos 40% restantes da população. O terceiro é a informalidade na 
cadeia produtiva. São empresas que estão fora da lei, seja porque os tributos são 
altos, seja porque a burocracia é complicada. 
 
Em relação ao texto acima, julgue a proposição abaixo. 
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- Pelas marcas de alternação, “seja ...seja”(l.11 e 12), que ligam as orações 
indicadoras das razões da informalidade na cadeia produtiva, depreende-se que tais 
razões excluem-se mutuamente: ou existe uma ou existe outra. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
As conjunções alternativas podem ser, ou não, mutuamente excludentes, a depender 
da construção em que são empregadas (vimos isso quando falamos sobre a 
conjunção “nem”). As empresas informais encontram-se nessa situação em 
decorrência de um dos fatores (tributos altos/burocracia complexa) ou até mesmo de 
ambos. Por isso, as orações iniciadas pelas conjunções alternativas não apresentam, 
entre si, ideias adversas ou contraditórias que justificassem a afirmação. Por isso, 
está incorreta tal assertiva. 
 
25 - (ESAF / IRB – Advogado / 2006) 
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. 
O reconhecimento _________ trabalho é um elemento ______ integra a vida dos 
jovens no Brasil pouco ajuda para a compreensão das relações entre esse mundo e a 
configuração da identidade. Ou seja, a sociabilidade tecida pela mediação dos 
vínculos com o mundo do trabalho, extremamente diversificado, pleno de situações 
de instabilidade, tende _________ menor força na conformação da identidade do 
jovem. Tanto a fluidez, a precariedade e a indefinição das relações de trabalho no 
Brasil, ________ os seus possíveis efeitos na auto-imagem do trabalhador podem 
contribuir para o enfraquecimento do “orgulho pelo trabalho”, _________o “orgulho 
do provedor”. 
(Marília P. Sposito, A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ação 
coletiva na cidade (com adaptações) Tempo social, 165) 
a) que – no qual – à – com – produzindo 
b) que o – em que – a exercer – quanto – ao produzir 
c) do – que – em – como – produz 
d) de que o – que – a exercer – como – produzindo 
e) de que – o qual – à – com – produzir 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há hífen em “autoimagem”. 
Vamos dar agora um tiro de misericórdia na dúvida entre conjunção integrante e 
pronome relativo. 
1ª lacuna: “O reconhecimento _________ trabalho é um elemento...” 
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O vocábulo “reconhecimento” exige a preposição “de” para ligar-se ao termo regido: 
“O reconhecimento DISSO”. Como na sequência temos uma oração, além da 
preposição, iremos colocar uma CONJUNÇÃO INTEGRANTE “que”: “O reconhecimento 
de que (o) trabalho é um elemento...”. O artigo antes de “trabalho” pode ser usadoou não, caso se deseje determinar a palavra ou usá-la em sentido vago. 
Só com essa providência, já podemos eliminar as opções A, B e C, restando apenas 
DUAS (já temos 50% de chance de acertar a questão!!!). 
2ª lacuna: “... trabalho é um elemento ______ integra a vida dos jovens no 
Brasil...” 
O preenchimento dessa lacuna não vai nos ajudar a resolver a questão, uma vez que 
tanto “que” quanto “o qual” poderiam preenchê-la. Sigamos, então. 
3ª lacuna: “Ou seja, a sociabilidade tecida pela mediação dos vínculos com o 
mundo do trabalho, extremamente diversificado, pleno de situações de 
instabilidade, tende _________ menor força na conformação da identidade 
do jovem.” 
Continuamos na mesma. As duas sugestões (tende a exercer menor força / tende à 
menor força) seriam válidas. Vamos continuar examinando as opções. 
4ª lacuna: “Tanto a fluidez, a precariedade e a indefinição das relações de 
trabalho no Brasil, ________ os seus possíveis efeitos na auto-imagem(*) 
do trabalhador podem contribuir para o enfraquecimento do “orgulho pelo 
trabalho”...” 
Agora, acabou! 
Temos um daqueles casos de sujeito composto cujos núcleos são ligados por termos 
em correlação, como “tanto...como”, “tanto...quanto” e afins. Falamos sobre isso na 
aula sobre concordância. 
O primeiro sujeito é “Tanto a fluidez, a precariedade e a indefinição das relações de 
trabalho no Brasil”. 
Assim, o segundo (“os seus possíveis efeitos na auto-imagem(*) do trabalhador”) 
somente poderia ser introduzido por “como”, conforme sugere a opção D (gabarito 
da prova) e não pela preposição “com”. 
Por fim, a última lacuna apresenta um verbo reduzido de gerúndio, introduzindo uma 
oração subordinada reduzida. Essa é a nossa deixa para vermos as questões que 
tratam de períodos compostos. 
 
26 – (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006) 
A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade humana. São mais 
do que rabiscos. São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com a 
comunidade – mesmo que por meio da agressão – e, ao mesmo tempo, de dar ao 
autor um sentido de auto-identidade. 
(Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 21/01/2006) 
Analise a afirmação a seguir. 
- Os dois verbos antecedidos de preposição: “de estabelecer...” e “de dar”, 
coordenados entre si, estão subordinados ao mesmo termo. 
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ITEM CERTO 
Comentário. 
A ESAF explorou questões sobre períodos usando esquemas e gráficos. Apesar de 
não os ter usado nessa questão, vamos começar a nos acostumar com eles, pois 
nada impede que voltem a cair em prova. 
Em relação à estrutura analisada, teríamos: 
 
São uma forma 
 de estabelecer uma relação 
de pertencimento com a 
comunidade 
 
mesmo que por meio da 
agressão 
 ao mesmo tempo, de dar ao 
autor um sentido de auto-
identidade 
 
Assim, em relação à palavra “forma”, há dois termos regidos: “de estabelecer uma 
relação...” e “de dar ao autor...”. Esses dois termos estão subordinados ao mesmo 
termo regente (forma) e coordenados entre si pela conjunção aditiva “e”. Está 
perfeita a assertiva. 
Esse “fenômeno” pode ocorrer, inclusive, com orações desenvolvidas. 
Veja o seguinte exemplo: 
Espero que encontre o amor da sua vida e que seja feliz. 
As orações “que encontre o amor da sua vida” e “que seja feliz” são orações 
subordinadas em relação à oração principal “Espero”. No entanto, entre si, são 
coordenadas, pois estão ligadas por uma conjunção coordenativa aditiva. Nesses 
casos, pode-se manter apenas a primeira conjunção integrante (Espero que encontre 
o amor da sua vida e seja feliz.), evitando uma repetição desnecessária. 
Uma curiosidade em relação à palavra FORMA. Com a reforma ortográfica de 1971, 
foi eliminado o acento diferencial de “fôrma” (“ô” = recipiente) que era usado para 
distinguir de “forma” (“ó” = formato). Agora, com o Acordo Ortográfico de 1990, 
este acento volta a surgir, desta vez como FACULTATIVO, ou seja, na primeira 
acepção, pode ser usado ou não. Feliz deve ter ficado (no céu) Aurélio Buarque de 
Holanda, ferrenho defensor da grafia com acento. 
 
27 - (ESAF/AFRF/2005) 
Olhamos e não vemos. Não conseguimos olhar nada pela primeira vez. Já o primeiro 
olhar é preconceituoso – dá informação falsa ou verdadeira, mas sempre pré-
fabricada, anterior ao ato de olhar. O economista cheio de teorias pensa que sabe o 
remédio para a inflação, a origem da miséria, o segredo da estabilidade e quanto 
desaforo a democracia agüenta. Erra como o médico, o astrônomo ou o caixa que 
aceita o cheque do homem elegante, de terno e cabelo com brilhantina que parece 
ser rico, mas é estelionatário. 
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Só que no caso do economista, não é apenas o paciente que fica com dor de cabeça, 
ou mais um cheque sem fundo. São 10% de desempregados. Um deles acaba 
apontando um revólver para a sua cabeça. Nada é visto pela primeira vez. Ninguém 
olha atentamente como as corujas, antes de propor ou piar. 
(João Sayad. A primeira vez. Revista TAM, julho de 2005, com adaptações) 
 
Assinale o esquema que representa corretamente a estrutura sintático-semântica do 
período sintático retirado do texto (desconsidere a pontuação e as letras 
maiúsculas). 
 
a) (l.1 e 2) o 
primeiro olhar 
 é preconceituoso 
 dá informação falsa 
 ou verdadeira 
 mas sempre pré-
fabricada 
 
b) (l.2 e 3) O 
economista 
 cheio de teorias 
 pensa que sabe o 
remédio para 
 a inflação 
 a origem da miséria 
 o segredo da 
estabilidade 
 e quanto desaforo ... 
 
c) (l.4 ) Erra 
como 
 o médico 
 o astrônomo 
 ou o caixa 
 que aceita o cheque do 
homem elegante 
 
 
 
 
d) (l.6) não é 
apenas o 
paciente que 
 fica com dor de cabeça 
 ou mais um cheque 
sem fundo 
 
 
 
 
 
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e) (l.7 e 8) São 
10% de 
desempregados 
 Um deles acaba 
apontando 
 um revólver 
 para a sua cabeça 
 Nada é visto pela 
primeira vez 
 
 Ninguém olha 
atentamente como.... 
 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Acordo ortográfico: não houve mudança na grafia de “pré-fabricada”. 
Na verdade, houve uma impropriedade no gráfico da opção A, mas, por absoluta 
falta de outra opção válida, só restaria ao candidato assinalá-la como o gabarito. 
Sobre o primeiro olhar, são feitas duas afirmações: (1) é preconceituoso; (2) dá 
informação. Por isso, está correta a relação estabelecida pelas setas, já que entre as 
duas orações há uma coordenação. 
Que tipo de informação pode ser dada? Certamente, essa informação será falsa ou 
verdadeira. São adjetivos mutuamente excludentes, não admitindo a possibilidade de 
um terceiro tipo. Além disso, seja ela falsa ou verdadeira (olha a alternância aí), ela 
será sempre pré-fabricada. Por isso, houve um erro ao associar essa última 
característica como um terceiro elemento da alternância. Na verdade, para estar 
perfeito, esse gráfico deveria ser: 
 
dá informação 
 
falsa 
 
mas sempre pré-
fabricada ou verdadeira 
Não tem jeito: teríamos de engolir esse deslize e assinalar como correta a estrutura 
apresentada, pois as outras apresentam erros mais grosseiros ainda. 
b) Não há alternância ou coordenação entre “cheio de teorias” e “pensa...”. Na 
verdade, o primeiro faz parte do primeiro bloco “O economista”. Outro erro seria 
indicar como quarto elemento da série relacionada ao “remédio” a estrutura “e 
quanto desaforo”, que deveria estar completamente independente. 
c) A oração “que aceita o cheque do homem elegante” é uma oração subordinada 
adjetiva que possui ligação somente com o elemento “o caixa”

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