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Maria Luiza Torres Importância das lipoproteínas Transportam e controlam o metabolismo do colesterol e triglicerídeos (Ácidos graxos). Fase exógena: Gordura da dieta- intestino-Quilomícrons. Fase endógena: Gordura endógena-Fígado- Tecidos extra-hepáticos. As lipoproteínas tem importância no transporte de lipídeos no organismo humano. Então, a gente destaca as principais nessa coluna. Na esquerda os quilomicrons, VLSL, LDL, HDL e vamos destacar cada uma delas. OS quilomicrons dentre essas proteínas destacadas na tabela é a lipoproteína com menor densidade, mas apresenta o maior tamanho. Os quilomicrons tem origem no intestino e as VLDL com origem no fígado, então essa lipoproteínas tem o papel de auxiliar no transporte de gorduras, de lipídeos focando nos triaciglicerois, especialmente de fonte exógena no que diz respeito aos quilomicrons e de fonte endógena com relação aos VLDL. Então a gente viu que o nível de importância das proteínas esta justamente atrelada ao seu conteúdo lipídico. Temos ainda, a LDL, que é uma proteína de baixa densidade e o conteúdo majoritário dessa lipoproteína são os ésteres de colesterila, significando que o colesterol esta esterificado a uma cadeia de acido graxo, por isso são ésteres de colesterila. (o principal conteúdo dessa lipoproteína é o colesterol, mas ele não esta de forma libre e sim na forma esterificada). E o HDL, lipoproteína de alta densidade ela apresenta um percentual muito maior que as outras de proteína e por isso maior densidade, quanto eu tenho maior o conteúdo lipídico, menor a densidade. Metabolismo de L I P O P R O T E Í N A S Maria Luiza Torres Nessa imagem nós temos uma parte da tabela vista anteriormente, destacando as lipoproteínas. e as densidades correspondentes. (Imagem a esquerda). Nessa imagem a direita, temos uma representação, fazendo uma comparação com essas esferas de lipoproteínas, considerando a densidade e o diâmetro dessas partículas. Nisso, podemos observar que a lipoproteínas de alta densidade como a HDL e apresenta o maior conteúdo proteico. Já os quilomícrons tem a menor densidade e maior conteúdo de triacilglicerios, ou seja, maior conteúdo lipídico. Esses quilomicrons podem ser gerados no intestino, sendo responsáveis pelo transporte dos principais conteúdos lipídico dos triacilgliceróis de fonte exógena da dieta. E a HDL, lipoproteína de alta densidade com maior conteúdo proteico, pode ser gerada uma fração no fígado e outra no intestino, mas a maior parte é gerada no leito vascular. Metabolismo ideal de lipoproteínas Esse metabolismo ideal envolve: Lipoproteína lipase – LPL- que é uma enzima que esta no endotélio. Lipase Hepática – LH Apolipoproteínas – Facilita o metabolismo e são mediadoras da internalização de lipídeos pelos tecidos (A,B,C - E) Transporte pelos tecidos e transporte reverso do colesterol dos tecidos para o fígado Depuração. (retirada do excedente da circulação com retorno para o fígado) Quantificação das lipoproteínas plasmáticas: Métodos enzimáticos colorimétricos- CT, HDL-c e TG. Valores referenciais do perfil lipídico Maria Luiza Torres Na parte superior da tabela nós temos os tipos de lipides (colesterol total, HDL-c, Triglicérides). Essa lipoproteína LDL-c, ela é de baixa densidade e ela esta em destaque porque essa lipoproteína ela corre o risco de quando em excesso se oxidar e comprometer o leito vascular, ou seja, o fluxo sanguíneo normal e dai podendo ocasionar a placa de ateroma, dificultando o fluxo sanguíneo e causando danos. Estrutura molecular do quilomicrons Papel dos QM na Depuração dos lipídios (gorduras) da dieta. DESTINO METABÓLICO? Sistema linfático e leito vascular propriamente dito (corrente sanguínea) COMO OCORRE DEPURAÇÃO? Depuração é o retorno para o fígado. A Apo-E3 ajuda no retorno do quilomicrom para o fígado para que não se acumule no leito vascular. As moléculas na superfície dessa célula que corresponde as principais apolipoproteinas. É importante destacar nessa imagem a Apolipoproteína C-II. Além disso, temos os conteúdos majoritários, que são os triacilglicerois, colesterol e fosfolipídios, sendo este responsável pela mobilidade do leito vascular é essencial para organizar esse núcleo hidrofóbico constituído por TAG (triacilglicerois). Maria Luiza Torres Processamento das gorduras da dieta NA etapa 4 com os quilomicrons formados a partir os interocitos e com a inclusão da Apoc-II, dai o quilomicrons alcança a corrente sanguínea e na etapa 6 temos o destaque da LPL (metabolização ideal dos quilomicrons) e essa LPL vai ser ativada pela Apoc-II, em que essa proteína faz parte da capa externa do quilomicrom e acaba artivando essa lipase lipoproteica , librando os ácidos graxos livres para atender a demanda energética. Metabolismo do QM TG > CE Depuração rápida Apo-C II (ALVO DE LPL - ENDOTÉLIO) Apo-E3 (RETORNO PARA O FÍGADO RICO EM TG) Depuração é o retorno para o fígado. A Apo-E3 ajuda no retorno do quilomicrom para o fígado para que não se acumule no leito vascular. O quilomicrom após percorrer a corrente linfático atinge a corrente sanguínea. Maria Luiza Torres Metabolismo de HDL-c Mulheres: > 55 mg/dl Homens: > 45 mg/dl HDL- Apo AII (Efeito cardioprotetivo) Estabilidade HDL Eleva o efluxo do COL Diminui a LDLox Apo- E ativa ABCA1 A HDL nascente, marcada por uma apolipoproteína A-1. Então nós temos essa Apolipoproteína A-1, fazendo parte dessa HDL que ainda não esta madura chamada de hdl nascente. Então nós temos que no leito vascular essa HDL nascente é alvo da enzima LCAT e essa enzima é responsável pelo amadurecimento dessa HDL no leito vascular e é por isso que no leito vascular ocorre a geração da maior quantidade de HDL madura . Essa LCAT participa desse processo de amadurecimento e daí terão as subfrações HDL3 e HDL2. Essa HDL3 pelo fato de apresentar a Apolipoproteína A-II ela tem um efeito cardioprotetivo e daí a LCAT continua esse processo de amadurecimento e converte em HDL2 e essa apresenta Apolipoproteína E essa é responsável pelo retorno dessa subfranção gerada no leito vascular. Maria Luiza Torres Sobre VLDL Quando o nível de insulina está alto (após uma refeição), as VLDL atuam principalmente para transportar lipídeos da dieta para o tecido adiposo para armazenamento. No estado de jejum ou entre as refeições, os ácidos graxos usados para produzir as VLDL no fígado são originários principalmente do tecido adiposo, e o principal alvo das VLDL são os cardiomiócitos e músculo esquelético. Metabolismo de VLDL TG>CE Apo c II (Alvo de LPL- Endotélio) Apo B100 Apo-E2 (retorno da VLDL remanescente) IDL LDL- Apo B 100 Maria Luiza Torres Sobre LDL-c Acúmulo de LDL contendo grupos acil-graxo parcialmente oxidados - Células do sistema imune (monócitos) são atraídas para a região onde há acúmulo de LDL, e elas se diferenciam em macrófagos, que captam o LDL oxidado e o colesterol que eles contêm - Acúmulo de colesterol livre nas células espumosas e em suas membranas, elas sofrem apoptose – oclusão das artérias progressivamente pelas placas, consistindo em material da matriz extracelular, tecido cicatricial formado por tecido muscular liso e células espumosas remanescentes. Metabolismo – LDL-C T.E.H fígado células espumosas Apo-B100 7. LDL transporta colesterol para os tecidos extra-hepáticos, como músculo, glândulas suprarrenais e tecido adiposo. Essestecidos têm receptores na membrana plasmática que reconhecem a ApoB-100 e controlam a captação de colesterol e ésteres de colesterila. 8. A LDL também entrega colesterol para os macrófagos, algumas vezes os convertendo em células espumosas. Maria Luiza Torres O acúmulo do excesso de colesterol intracelular é prevenido pela diminuição da velocidade de síntese quando colesterol suficiente está disponível a partir de LDL no sangue. MECANISMOS MOLECULARES DE REGULAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE COLESTEROL: Inibição rota de síntese - via HMG CoA redutase (HMG-CoA-R) OU diminuição da expressão da enzima (via SREBP*) = *SREBP (proteínas de ligação aos elementos reguladores de esterol - SREBP: Diminui a transcrição do gene que codifica o receptor de LDL, reduzindo a captação de colesterol do sangue. PCSK9: protease que degrada o LDLr – a inibição estimula a captação de colesterol e redução dos níveis plasmáticos de LDL-c Hipertrigliceridemia Deficiência GENÉTICA: LPL – Apo C II - HL TG elevado – 2000 mg/dL VLDL QM ebrais e HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR DOENÇA CARDIOVASCULAR AGRESSIVA E PREMATURA IAM AVC ESTREITAMENTO DAS VÁLVULAS CARDÍACAS O FÍGADO NÃO REMOVE O EXCEDENTE DE LDL-c ELEVADOS NÍVEIS DE LDL-c MUTAÇÃO NO GENE DO RECEPTOR DE LDL FAIXA DE IDADE PARA DCV: Homens – 42-46 anos Mulheres – 51-52 anos CT - Pacientes diagnosticados com HF: Acima de 30 anos – 250 mg/dL +++ 20-29 anos – 220 mg/dL +++ Abaixo de 20 anos – 190 mg/dL +++ Pacientes de BAIXO RISCO DAC – meta LDL-c - inferior a 130 mg/dL. Pacientes de ALTO RISCO DAC – meta LDL- c - inferior a 50 mg/dL. Maria Luiza Torres A classificação laboratorial das dislipidemias de acordo com a fração lipídica alterada: Hiperlipidemia mista: Aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL. HDL-c baixo: Redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG. . Hipercolesterolemia isolada: Aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). Hipertrigliceridemia isolada: Aumento isolado dos Triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). ALELOS DA APO-E x Doença de Alzheimer : fator protetivo contra a doença. Alelo APO-E 3 risco aumentado de apresentarem a doença de Alzheimer de desenvolvimento tardio - homozigotos Prevalência do Alelo APO-E 4: para APOE4 têm o risco de desenvolver a doença antes dos 70 anos. HIPOTESE: morte dos neurônios por estanilidade da estrutura do citoesqueleto ALVOS TERAPÊUTICOS Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Inibição seletiva de NPC1-L1 – transportador de colesterol que facilita a absorção intestinal – tratamento de hipercolesterolemia. Inibição da síntese de VLDL no fígado - pela inibição da síntese de Apolipoproteína B 100 (ApoB) ou pela inibição da MTP. A CETP vem sendo testada como alvo terapêutico no tratamento de dislipidemias, em particular no tratamento da HDL baixa, e na redução do risco cardiovascular. nibição da HMG-CoA redutase e, portanto, da síntese intracelular do colesterol é um importante alvo terapêutico no tratamento da hipercolesterolemia. Maria Luiza Torres INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Tratamento Não Medicamentoso das Dislipidemias - (Os ácidos graxos trans devem ser excluídos da dieta por aumentarem a concentração Terapia nutricional: plasmática de LDL-c e induzirem intensa lesão aterosclerótica,141 condições que culminam em maior risco cardiovascular, conforme demonstrado em estudos experimentais, clínicos e epidemiológicos. - Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poli-insaturados. Controle de peso corporal. Como adjuvante no tratamento da hipertrigliceridemia, a suplementação de ômega 3 (EPA e DHA) entre 2 a 4 g ao dia, pode reduzir O consumo de fitosteróis reduz a absorção de colesterol. a concentração plasmática de TG em até 25 a 30%. Proteínas de soja. Fibras solúveis. Mudança do estilo de vida (redução de bebida alcoólica, tabagismo) e prática de atividade física. : Tópicos opcionais/Desdobramentos Doença de Tangier – doença genética em que os níveis de HDL Correlação clínica: (mutações na proteína ABCA1) são quase indetectáveis. A apoA-I na HDL sem colesterol não pode captar colesterol das células carentes da proteína são rapidamente removidas do sangue e ABCA1, e apoA-I e a HDL pobre em colesterol (NASCENTE) destruídas. Tanto a deficiência de HDL familiar como a doença de Tangier são muito raras (em todo o mundo, menos de 100 famílias com a doença de Tangier são conhecidas), mas a existência dessas doenças estabelece uma função para as proteínas ABCA1 e ABCG1 na regulação dos níveis plasmáticos de HDL.
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