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Transformação anatômica de caninos em incisivos laterais com resinas
compostas
Article · January 2014
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1 author:
Roberto César do Amaral
Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)
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Transformação 
anatômica de 
caninos em incisivos 
laterais com resinas 
compostas
HIGASHI, Cristian
AMARAL, Roberto César do
Por que é importante?
O sorriso é um dos segmentos mais importantes 
na estética da face, e em sua composição os den-
tes anterossuperiores possuem um papel fun-
damental. Apesar das diferenças de forma e ta-
manho entre esses dentes, eles mantêm entre si 
uma proporção harmônica, o que garante a beleza 
natural de cada indivíduo,1,2 porém essa harmonia 
pode ser quebrada quando há agenesias dentá-
rias.
Agenesias de incisivos laterais superiores são 
umas das mais frequentes, e normalmente 
quando ocorrem há o posicionamento dos cani-
nos no espaço destinado ao dente ausente (Fig. 
A1-A2). Essa situação clínica pode ser soluciona-
da esteticamente de diversas formas, como pela 
associação de ortodontia com implantes ou pela 
transformação anatômica com cerâmicas ou re-
sinas compostas.3,4 
Quando a transformação anatômica a ser rea-
lizada é de um dente maior em outro menor, há 
a necessidade de se fazer um desgaste dentá-
rio seletivo. Para isso, um correto planejamento 
deve ser realizado, tanto para as reduções como 
para os subsequentes acréscimos de resinas 
compostas, no intuito de devolver uma estética 
harmoniosa para o sorriso de cada paciente.5
Portanto, com esta dica destacaremos um pro-
tocolo restaurador para transformar anatomica-
mente um canino em incisivo lateral. 
O que é necessário?
•	 Turbina de alta rotação, micromotor e contra-
-ângulo
•	 Contra-ângulo multiplicador: T2 Revo (Sirona) 
ou Alegra (W&H)
•	 Pontas diamantadas para preparos dentá-
rios: 2200, 2135, 4138 (KG Sorensen) 
•	 Fios afastadores Ultrapack # 000 (Ultradent)
•	 Substância hemostática Viscostat Clear (Ul-
tradent)
•	 Sistema adesivo convencional de 2 passos 
•	 Kit de resinas compostas com diferentes opa-
cidades e saturações
•	 Pontas diamantadas para acabamento séries 
F e FF (KG Sorensen)
•	 Discos de lixa abrasivos (Sof-Lex Pop-On, 3M 
ESPE) 
•	 Borracha abrasivas siliconizadas (Astropol, 
Ivoclar Vivadent)
•	 Escovas abrasivas de carbeto de silício (As-
trobrush, Ivoclar Vivadent)
•	 Pasta de óxido de alumínio Enamelize e disco 
de feltro Flexibuff (Cosmedent)
DICAS DE ESTÉTICA 2
Doutor em Dentística Restauradora pela Universidade Estadual de Ponta 
Grossa (UEPG-PR) e Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do 
Porto, Portugal
Mestre em Dentística Restauradora da Universidade Estadual de Ponta 
Grossa (UEPG-PR)
Professor do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta 
Grossa (UEPG-PR) 
cristianhigashi@gmail.com
Doutorando em Dentística Restauradora da Universidade Guarulhos (UnG-
SP)
Mestre em Dentística Restauradora da Universidade Estadual de Ponta 
Grossa (UEPG-PR)
Professor de Dentística Restauradora da Universidade do Oeste de Santa 
Catarina (UNOESC, Joaçaba)
Como fazer?
Para a redução de dentes mais volumosos, como 
os caninos em dentes menores, como os incisi-
vos laterais, há a necessidade de se fazerem 
desgastes dentários. Quando estes não forem 
realizados de forma apropriada, muito raramen-
te o resultado final desejado será alcançado, 
pois haverá sempre um incisivo lateral com as-
pecto anatômico de canino. 
Para alterações na estética do sorriso, um en-
ceramento de diagnóstico prévio pode facilitar 
os procedimentos restauradores, pois permite a 
utilização de guias de silicone para tornar o re-
sultado final mais previsível (Fig. B1-B2). Conco-
mitantemente à transformação dos caninos em 
incisivos laterais, muitas vezes existe a necessi-
dade de reanatomizar os dentes adjacentes ou 
de corrigir o posicionamento da linha média para 
se ter uma correta harmonia do conjunto. 
Para realizar a redução dos caninos, os desgas-
tes necessários são feitos com pontas diaman-
tadas de alta granulometria e podem seguir a 
sequência a seguir. 
1. Redução das superfícies proximais: com uma 
ponta diamantada #2135 ou #2200 (KG So-
rensen), para remover a convexidade e dimi-
nuir o diâmetro dental no sentido mésio-distal 
(Fig. C1-C3).
Sorriso inicial (A1). Agenesia de incisivos laterais (A2). Situação inicial (B1) e após enceramento de diagnóstico (B2). Desgaste dentário 
nas superfícies proximais (C).
A1 A2
B1
C1 C2 C3
B2
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Desgaste da ponta da cúspide do canino (D). Desgaste do volume vestibular 
(E). Redução do perfil de emergência mesial (F1), distal (F2) e aspecto final 
após os desgastes necessários (F3).
D1 D2
E1 E2
F1 F2 F3
Reanatomização com resinas compostas (G). 
G1 G2
G3
2. Redução da ponta de cúspide: com a mesma 
ponta diamantada, diminui-se o comprimento 
cervicoincisal e deixa-se a borda incisal plana, 
que é uma característica marcante do incisi-
vo lateral (Fig. D1-D2). 
3. Redução do volume vestibular: com uma pon-
ta diamantada #2135 ou #4138 (KG Soren-
sen) faz-se a redução do volume vestibular do 
canino, para deixar a superfície plana, confor-
me a anatomia do incisivo lateral (Fig. E1-E2).
4. Redução do perfil de emergência: com uma 
ponta diamantada #2200 realizam-se estes 
desgastes subgengivais, lateralmente à raiz 
nas superfícies mesial e distal, para reduzir o 
diâmetro cervical do canino e conseguir me-
lhores contornos interproximais (Fig. F1-F3). 
Quando esse afilamento do perfil de emer-
gência gengival não for realizado, o incisivo la-
teral transformado continuará com o volume 
cervical de canino. 
Vale mencionar que, após este desgaste,possi-
velmente ocorrerá um sangramento advindo do 
sulco gengival, que pode ser controlado com um 
fio afastador fino (Ultrapack #000, Ultradent) 
no interior do sulco, umedecido em substância 
hemostática transparente, como o Viscostat 
Clear (Ultradent).
Após a realização dos desgastes, faz-se uma 
prova da matriz palatina de silicone, para saber 
se o canino a ser transformado encontra-se 
dentro do formato do incisivo lateral encerado. 
Em seguida, após o condicionamento ácido e 
a aplicação do sistema adesivo, realiza-se a 
estratificação da restauração da seguinte ma-
neira: camada palatina de cor altamente trans-
lúcida inserida com o auxílio da guia de silicone 
(4 Seasons High Value, Ivoclar Vivadent); con-
fecção do corpo, mamelos e halo incisal com 
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uma resina opaca (4 Seasons A3 dentin); repro-
dução da opalescência incisal com uma resina 
de efeito (4 Seasons Blue effect); reprodução 
da anatomia vestibular com uma resina trans-
lúcida (4 Seasons A2 enamel); e aumento da 
translucidez incisal e proximal com uma resina 
acromática (4 Seasons High Value) (Fig. G1-G3). 
Após os procedimentos de acabamento e poli-
mento, pode-se observar os resultados obtidos 
nas figuras H1-H3.
Considerações finais
Para a obtenção de um resultado estético, har-
mônico e previsível na transformação de cani-
nos em incisivos laterais, uma correta execu-
ção dos desgastes necessários para reduzir o 
volume do elemento dental é o ponto crucial da 
restauração. Quando eles não são realizados, o 
resultado final da transformação é um incisivo 
lateral com características anatômicas de um 
canino.
Referências
1. Baratieri LN, et al. Estética: restaurações adesivas 
diretas em dentes anteriores fraturados. São 
Paulo: Santos; 1998.
2. Fradeani M. Análise estética: uma abordagem 
sistemática para o tratamento protético. São 
Paulo: Quintessence; 2006.
3. Polder BJ, Van’t Hof MA, Van der Linden FP, 
Kuijpers-Jagtman AM. A meta-analysis of the 
prevalence of dental agenesis of permanent teeth. 
Community Dent Oral Epidemiol. 2004;32:217-26.
4. Salgado H, Mesquita P, Afonso A. Agenesia do 
incisive lateral superior: a propósito de um caso 
clínico. Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac. 
2012;53(3):165-9.
5. Hirata R, et al. TIPS: dicas em odontologia estética. 
São Paulo: Artes Médicas; 2011.
Sorriso inicial (H1). Resultado final (H2). Sorriso após a transformação (H3).
H1 H2
H3
ANÚNCIO
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