Text Material Preview
1. Uma bola de futebol cai a partir do repouso do alto de um edifício de 10 andares. Considerando a resis- tência do ar, alguns estudantes construíram diagramas das forças que atuavam na bola em momentos diferentes desde o repouso até segundos antes de atingir o solo, representados na �gura 1.58. Diagrama 1 Diagrama 2 Diagrama 4Diagrama 3 # Figura 1.58 – Representação esquemática de uma bola de futebol caindo de um edifício. Os elementos não estão representados em proporção. Cores fantasia. a) Todos os diagramas podem representar as forças que atuam na bola ao longo de sua queda? b) Relacione os diagramas a momentos da queda da bola. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra EXERCÍCIO INVESTIGAÇÃO Fazendo curvas Os modelos do Sistema Solar de Ptolomeu (geo- cêntrico) e de Copérnico (heliocêntrico) assumiam que os planetas giravam, respectivamente, em torno da Terra e em torno do Sol em órbitas circulares ou ligeiramente elípticas. Contudo, não se compreendia de que maneira um objeto celeste podia girar em tor- no de outro. Quando estamos andando de carro ou de ônibus e estes fazem uma curva, parece que seremos lançados para fora. Isso acontece por causa da inércia, tendên- cia de permanecer no mesmo movimento em que estávamos antes de o veículo fazer a curva. O que é necessário para que façamos a curva juntamente com o veículo? Nesta atividade, vamos investigar os movimentos circulares. MATERIAL Um carrinho a pilha que se move com velocidade constante, um pedaço de barbante de 50 cm e uma espiral de encadernação de 1 cm de diâmetro. O QUE FAZER 1. Ao ligar o carrinho, ele deve se movimentar em linha reta e com velocidade constante. Se o car- rinho tiver uma rodinha girante em baixo (�gu- ra 1.59), você deve �xá-la com uma �ta adesiva para que o carrinho não gire sozinho. # Figura 1.59 – Carrinho a pilha com mecanismo de rotação. D o tt a 2 /A rq u iv o d a e d it o rarodinha girante 2. Amarre o barbante na lateral do carrinho, dei- xando-o solto. Ligue o carrinho e observe seu movimento retilíneo uniforme. 3. Em determinado momento, com o carrinho em movimento, prenda o barbante com o dedo, conforme a �gura 1.60, e observe o movimento realizado pelo carrinho. # Figura 1.60 – Prenda o barbante com o dedo e observe a trajetória do carrinho. D o tt a 2 /A rq u iv o d a e d it o ra 47Cosmologia: dos primórdios da Astronomia à lei da gravitação universal 010a061_V1_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_U1_Cap1_LA.indd 47010a061_V1_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_U1_Cap1_LA.indd 47 9/3/20 7:43 PM9/3/20 7:43 PM 2. O que foi necessário acontecer para que o carri- nho executasse uma trajetória circular? 3. Quando a força do barbante está atuando no car- rinho, ele tem aceleração? 4. Quando está se movendo em uma trajetória circu- lar e você solta o barbante, como é o movimento do carrinho? 5. Uma linha tangente a um círculo toca esse círculo em apenas um ponto. Depois que você soltou o barbante, a trajetória do carrinho é uma linha tan- gente? 6. Por que a curva em que o carrinho se movia �cou mais fechada quando você puxou mais a mola? 4. Depois, solte o dedo que prende o barbante e ve- ri�que como será o movimento do carrinho. 5. Troque o barbante pela mola espiral e repita o pas- so 3. Veri�que, nesse caso, qual foi a distensão da mola e registre. 6. Agora, puxe mais a mola, aumentando sua disten- são, e observe o que ocorre com a trajetória do carrinho. REFLEXÃO 1. Quais são as forças que atuam no carrinho quan- do ele está em MRU? O carrinho está acelerado nessa situação? Forças no movimento circular porque o módulo da velocidade permanece constante, podemos escrever a segunda lei de Newton na forma: 5 ?F m ac c ur r em que Fc ur e ac r designam, respectivamente, a força e a aceleração centrípeta, que têm mesma direção e mes- mo sentido. Quando a força centrípeta deixa de atuar no objeto em movimento circular uniforme (como quando um carro perde a aderência em uma curva), ele sai pela tangente ao círculo no ponto em que estava e passa a se mover em linha reta. A �gura 1.62 representa essa situação. C F at 2 F at 1 v 1 v 2 v 3 # Figura 1.62 – Efeito na trajetória de um carro em movimento circular com velocidade de módulo constante quando a força centrípeta deixa de atuar fazendo o carro sair da pista pela tangente à curva. Os elementos não estão representados em proporção. Cores fantasia. linha tangente à trajetória circular B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Quando o carrinho da Atividade 9 estava em MRU, a resultante (ou soma vetorial) das forças que atuavam nele era nula. Porém, quando o barbante foi �xado com o dedo, passou a atuar sobre ele uma força na di- reção do barbante e apontada para o centro da curva, que chamamos de força centrípeta. Essa força não altera o valor do módulo da velocidade do carrinho, porém muda sua direção e seu sentido. Assim como a força, a velocidade é uma grandeza vetorial e tem módulo, direção e sentido. Mesmo que o módulo da velocidade permaneça constante no mo- vimento circular, como no caso da �gura 1.61, sua di- reção e seu sentido mudam. Assim, podemos a�rmar que o carrinho apresenta uma aceleração, chamada nesse caso de aceleração centrípeta. B A C F c A F c B F c C v A v B v C # Figura 1.61 – Representação esquemática de movimento circular com velocidade de módulo constante. Os vetores velocidade e força foram representados para os pontos A, B e C da trajetória. Vimos, pela segunda lei de Newton, que a resultan- te das forças que atuam em um objeto produz sobre ele uma aceleração, que se relacionam pela equação F m a r r 5 ? . Assim, a aceleração centrípeta tem origem na força centrípeta (�gura 1.61). No caso do movi- mento circular uniforme (MCU), que recebe esse nome B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 48 Cap’tulo 1 010a061_V1_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_U1_Cap1_LA.indd 48010a061_V1_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_U1_Cap1_LA.indd 48 9/3/20 7:43 PM9/3/20 7:43 PM