Contexto e Ação Cultura, ciência e tecnologia (19)

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Aprimorando o conhecimento
NÃO ESCREVA NO LIVRO
1. (Enem 2018)
A primeira fase da dominação da econo-
mia sobre a vida social acarretou, no modo de 
definir toda realização humana, uma evidente 
degradação do ser para o ter. A fase atual, em 
que a vida social está totalmente tomada pelos 
resultados da economia, leva a um deslizamento 
generalizado do ter para o parecer, do qual todo 
ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e 
sua função última. Ao mesmo tempo, toda rea-
lidade individual tornou-se social, diretamente 
dependente da força social, moldada por ela.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. 
Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
Uma manifestação contemporânea do fenômeno 
descrito no texto é o(a)
a) valorização dos conhecimentos acumulados.
b) exposição nos meios de comunicação.
c) aprofundamento da vivência espiritual.
d) fortalecimento das relações interpessoais.
e) reconhecimento na esfera artística.
2. (Enem 2019)
Professor, no Manual você encontra orientações sobre estas atividades.
3. (Enem 2018) 
TEXTO I
Também chamados impressões ou imagens foto-
gramáticas […], os fotogramas são, numa defini-
ção genérica, imagens realizadas sem a utilização 
da câmera fotográfica, por contato direto de um 
objeto ou material com uma superfície fotossensí-
vel exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que 
nasceu junto com a fotografia e serviu de modelo 
a muitas discussões sobre a ontologia da imagem 
fotográfica, foi profundamente transformada pelos 
artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do sé-
culo XX. Representou mesmo, ao lado das colagens, 
fotomontagens e outros procedimentos técnicos, a 
incorporação definitiva da fotografa à arte moderna 
e seu distanciamento da representação figurativa.
COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as 
experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000.
Produzida no Chile, no final da década de 1970, a 
imagem expressa um conflito entre culturas e sua 
presença em museus decorrente da
a) valorização do mercado das obras de arte.
b) definição dos critérios de criação de acervos.
c) ampliação da rede de instituições de memória.
d) burocratização do acesso dos espaços expositivos.
e) fragmentação dos territórios das comunidades 
representadas.
No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da 
representação figurativa” a que se refere o Texto I 
manifesta-se na:
a) ressignificação do jogo de luz e sombra, nos 
moldes surrealistas.
b) imposição do acaso sobre a técnica, como críti-
ca à arte realista.
c) composição experimental, fragmentada e de 
contornos difusos.
d) abstração radical, voltada para a própria lingua-
gem fotográfica.
e) imitação de formas humanas, com base em di-
ferentes objetos.
“Nossa cultura não cabe nos seus museus”. 
TOLENTINO, A. B. Patrimônio cultural e discursos 
museológicos. Midas, n. 6, 2016.
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Ray, Man. Rayografia. 1922. 23,9 × 29,9 cm. MOMA, 
Nova York.
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 18 abr. 2018 
(adaptado).
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Como eu apareço?
Propaganda de 1982 de marca de roupas estadunidense 
comercializada no Brasil. A propaganda suscita alguns 
questionamentos. A quem ela se dirige? Tal moda é 
condizente com a cultura brasileira? De que forma a 
juventude brasileira é retratada na imagem? De forma realista 
ou idealizada? Ela mostra diversidade de raças, corpos e 
estilos? Você é capaz de se reconhecer nessa imagem?
Este projeto pode ser desenvolvido em conjunto pelos professores de Filoso�a, 
de Geogra�a, de História e de Sociologia. 
Questão mobilizadora
Para desenvolver este projeto, é preciso que você 
faça alguns questionamentos sobre as obras que for 
examinar. Considere as questões a seguir.
Metodologia
A metodologia para desenvolver este projeto con-
siste em estudar a recepção de obras de arte ou de 
produtos da indústria cultural, em geral. Isso significa 
que você assumirá a posição de um crítico de arte e 
tentará entender como o público recepciona produ-
tos culturais, isto é, como se relaciona com obras de 
arte, propagandas etc.
O objetivo do projeto deste capítulo é fazer um 
mapeamento crítico das representações visuais, ar-
tísticas ou simplesmente culturais em geral, da popu-
lação brasileira, inclusive de você.
Representações culturais incluem não apenas 
obras de arte tradicionais, como pinturas, esculturas 
e peças musicais ou de teatro, mas também fotos 
e vídeos nas redes digitais, em documentários etc. 
Assim, a sugestão é trabalhar com as formas com as 
quais você tiver mais familiaridade, por exemplo, as 
fotografias de propaganda ou letras de músicas.
Como eu e meus semelhantes somos 
representados na mídia? Tenho 
algum controle ou poder sobre isso? 
Eu gostaria de ser representado 
de outra maneira?
O fundamental, então, não é o que você pensa, 
nem tampouco como você é capaz de analisá-las, mas 
como o público interage com a obra, reagindo a ela 
de certas maneiras e interpretando-a conforme essas 
reações. 
Públicos diferentes reagem de jeitos diferentes, 
conforme o contexto e suas vivências socioculturais 
– esse é o ponto principal. Como você estudou na 
Parte 1 do capítulo, não há conteúdo sem forma, de 
modo que a maneira como uma ideia ou mensagem é 
expressa já a altera significativamente. Por outro lado, 
uma obra não é nada se não for interpretada por al-
guém, em algum contexto, quer dizer, se o público não 
se envolver com ela.
Assim, todo autor/artista tem em vista algum pú-
blico, que pode ser considerado implícito, mas não 
precisa ser o público real, que é quem vai se envolver 
com a obra a partir do momento em que ela for ex-
posta ou publicada.
O estudo sobre recepção pressupõe que qualquer 
obra só se realiza de fato na interação com o público, 
pois é a interpretação dada a ela, por quem a contempla 
PARTE 2
IMERSÃO
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