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5976 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
Construção e validação de tecnologia cuidativo-educacional para o cuidado 
de enfermagem à criança com hidrocefalia 
 
Construction and validation of care-educational technology for nursing care 
for children with hydrocephalis 
 
DOI: 10.55905/revconv.16n.7-046 
 
Recebimento dos originais: 05/06/2023 
Aceitação para publicação: 06/07/2023 
 
Chesney Mota Oliveira 
Mestre em Enfermagem 
Instituição: Hospital Estadual da Criança 
Endereço: Feira de Santana - BA, Brasil 
E-mail: chesneymota@gmail.com 
 
Maria Carolina Ortiz Whitaker 
Doutora em Ciências 
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia 
Endereço: Salvador - BA, Brasil 
E-mail: maria.ortiz@ufba.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0253-3831 
 
Lucas Amaral Martins 
Doutor em Enfermagem e Saúde 
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) 
Endereço: Santo Antônio de Jesus - BA, Brasil 
E-mail: lucas.martins@ufrb.edu.br 
 
Rita da Cruz Amorim 
Doutora em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica do Salvador 
Instituição: Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) 
Endereço: Feira de Santana - BA, Brasil 
E-mail: ritacamor@gmail.com 
 
Kátia Santana Freitas 
Pós-doutora em Epidemiologia 
Instituição: Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) 
Endereço: Feira de Santana - BA, Brasil 
E-mail: ksfreitas@uefs.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0491-6759 
 
https://orcid.org/0000-0002-0491-6759
 
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Juliana de Oliveira Freitas Miranda 
Doutora em Enfermagem 
Instituição: Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) 
Endereço: Feira de Santana - BA, Brasil 
E-mail: julidefreitas@hotmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7659-3103 
 
Aisiane Cedraz Morais 
Doutora em Enfermagem 
Instituição: Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) 
Endereço: Feira de Santana - BA, Brasil 
E-mail: aisicedraz@hotmail.com 
 
RESUMO 
A prevalência de hidrocefalia na população infantil é pouco relatada, podendo estar presente, na 
forma congênita, em 3 a 4 por 1000 nascidos vivos. Sendo assim, o estudo em questão teve como 
objetivo construir e validar uma Tecnologia Cuidativo-Educacional para o cuidado de 
Enfermagem à criança com hidrocefalia no contexto hospitalar. Estudo metodológico realizado 
em hospital pediátrico de grande porte no interior da Bahia, com 27 enfermeiras participantes. 
Desenvolvido em três etapas e a primeira contemplou a elaboração da tecnologia, do tipo Manual, 
a partir da definição do objetivo, população alvo e levantamento conceitual. Na segunda etapa, a 
validação de conteúdo por meio da avaliação com cinco juízes e na última etapa, a validação com 
o público-alvo da instituição do estudo. Ao final, foi aplicado um teste piloto. A Tecnologia 
Cuidativo-Educacional, do tipo Manual, sobre o cuidado de enfermagem à criança com 
hidrocefalia alcançou um índice de validade de conteúdo geral de 0,94. Na validação com o 
público-alvo obteve um índice de 0,99. Sua validação foi feita sob os aspectos da 
aparência/clareza, abrangência, pertinência e aplicabilidade à prática do enfermeiro no contexto 
hospitalar pediátrico. Este estudo tem relevância e impacto para a assistência de enfermagem à 
criança com hidrocefalia e concentra-se na perspectiva de aplicação de uma tecnologia leve 
voltada para promoção de qualidade da assistência nesse contexto. 
 
Palavras-chave: criança hospitalizada, hidrocefalia, cuidado de enfermagem, tecnologia 
educacional, estudo de validação. 
 
ABSTRACT 
The prevalence of hydrocephalus in the child population is little reported, and it may be present, 
in the congenital form, in 3 to 4 per 1000 live births. Therefore, the study in question aimed to 
build and validate a Care-Educational Technology for Nursing care for children with 
hydrocephalus in the hospital context. Methodological study carried out in a large pediatric 
hospital in the interior of Bahia, with 27 participating nurses. Developed in three stages and the 
first included the elaboration of the technology, of the Manual type, from the definition of the 
objective, target population and conceptual survey. In the second stage, the content validation 
through the evaluation with five judges and in the last stage, the validation with the target 
audience of the study institution. At the end, a pilot test was applied. The Care-Educational 
Technology, of the Manual type, on nursing care for children with hydrocephalus reached a 
general content validity index of 0.94. In validation with the target audience, it obtained an index 
of 0.99. Its validation was carried out under the aspects of appearance/clarity, scope, pertinence 
mailto:aisicedraz@hotmail.com
 
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and applicability to nursing practice in the pediatric hospital context. This study is relevant and 
has an impact on nursing care for children with hydrocephalus and focuses on the perspective of 
applying a light technology aimed at promoting the quality of care in this context. 
 
Keywords: child hospitalized, hydrocephalus, nursing care, educational technology, validation 
study. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A hidrocefalia é uma condição patológica, evidenciada por sinais e sintomas, na qual 
ocorre o aumento do volume de líquido cefalorraquidiano (LCR), associado também ao volume 
sanguíneo cerebral e ao parênquima cerebral, muitas vezes consequentes de edema ou lesões, 
levando a uma dilatação dos ventrículos cerebrais. Essa dilatação comprime o cérebro, 
ocasionando um aumento da pressão intracraniana (PIC) prejudicial aos tecidos cerebrais 
(Pinheiro, 2012; Kahle et al., 2016). 
A prevalência de hidrocefalia na população infantil é pouco relatada, podendo estar 
presente, na forma congênita, em 3 a 4 por 1000 nascidos vivos (Cunha, 2014). Estudo realizado 
em hospital de São Paulo, com 34 crianças de 0 a 3 anos com essa malformação, demonstrou que 
em 41% dos casos (n=14) as mães apresentaram antecedentes obstétricos, os pacientes com peso 
ao nascer < 2500g apresentaram 5 vezes mais chances de ter hidrocefalia quando comparado aos 
pacientes com peso de nascimento entre 2500 e 3000 gramas, e 73,5% das crianças foram 
diagnosticadas com hidrocefalia antes dos 6 meses de vida (Martins, Beserra & Barbosa, 2018). 
Além dos aspectos físicos, crianças com hidrocefalia podem sofrer alterações no 
desenvolvimento, apresentando problemas na função motora, déficit no domínio escolar e 
dificuldades na comunicação e relacionamento interpessoal, o que pode levar ao isolamento 
social e repercutir na rotina e qualidade de vida da criança e da família, com ênfase nos aspectos 
emocionais e sociais (Torres et al., 2017). Para mitigar essas repercussões da hidrocefalia, faz-se 
necessário o diagnóstico e intervenção cirúrgica precoces, a fim de promover a resolução dos 
sintomas (Kahle et al., 2016). 
O tratamento cirúrgico da hidrocefalia é feito por meio da implantação de derivações 
ventriculares para drenar o LCR; porém, complicações como infecção, obstrução do sistema de 
drenagem e lesões neurológicas associadas ao procedimento podem ocorrer e gerar sofrimento. 
 
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No contexto da hospitalização decorrente da hidrocefalia, os profissionais de enfermagem 
estão mais próximos da criança e sua família. Dentre os diagnósticos de enfermagem associados 
ao cuidado da criança com hidrocefalia é possível destacar: capacidade adaptativa intracraniana 
diminuída relacionada ao aumento da PIC; conforto alterado relacionado a vômitos secundários 
ao aumento da PIC; risco para o desequilíbrio de volume de líquidos relacionado aos vômitos 
e/ou hiperdrenagem liquóricae risco para integridade da pele prejudicada relacionado à 
deformidade craniana acentuada (Alcântara et al., 2011). 
No que se refere aos problemas de enfermagem relativos ao cuidado da criança com 
hidrocefalia no cenário hospitalar, a enfermeira que atua na assistência ao paciente 
neurocirúrgico tem a responsabilidade de identificar problemas reais e potenciais de saúde, 
fundamentados em evidências científicas, a fim de traçar ações para o cuidado e manutenção da 
qualidade de vida desses pacientes. Nessa perspectiva, a Educação Permanente, essencial nos 
serviços de saúde, é uma estratégia de incentivo e promoção de mudanças na prática profissional, 
apoiando a assistência segura ao paciente (Brasil, 2018). 
Visando a promoção da educação permanente em saúde, o compartilhamento de 
conhecimentos por meio de Tecnologias Cuidativo-Educacionais, consolidadas a partir da 
comunicação e orientação sistemáticas, pode ser uma estratégia para promoção da prática segura 
no campo da enfermagem. As Tecnologias Cuidativo-Educacionais (TCE) são capazes de 
desvelar a inter-relação entre o cuidar-educar, se configurando como uma inovação de conceber 
e justificar produtos e tecnologias que precisam ser validadas e utilizadas, se tornando necessárias 
quando o indivíduo toma consciência da sua práxis profissional (Salbego et al., 2018). Nesse 
sentido, as TCE podem ser ferramentas úteis para a prática assistencial e gerencial da enfermeira. 
Com o intuito de sistematizar e promover a prática assistencial segura pela Enfermagem, 
surgiu o interesse em construir e validar uma tecnologia para auxiliar Enfermeiras no cuidado da 
criança com hidrocefalia no contexto hospitalar. Para isso, foi realizada busca em setembro de 
2022, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e National Library of Medicine 
(PubMed), utilizando os termos hydrocephalus AND nursing care, nos idiomas inglês, português 
e espanhol, e dos onze (11) artigos selecionados, apenas cinco (05) foram realizados no Brasil, 
revelando a escassez de produção sobre a temática. Além disso, nenhum estudo apresentava uma 
proposta de tecnologia para o cuidado de enfermagem à criança com hidrocefalia, o que reforça 
a necessidade de construção de TCE voltadas para esse cuidado. 
 
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Diante da lacuna na produção científica e da importância da sistematização do cuidado 
de Enfermagem à criança com hidrocefalia, este estudo tem como objetivo construir e validar o 
conteúdo de uma Tecnologia Cuidativo-Educacional voltada para o cuidado de Enfermagem à 
criança com hidrocefalia no contexto hospitalar. 
 
2 MÉTODO 
Trata-se de uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento de uma Tecnologia 
Cuidativo – Educacional (TCE) em formato de Manual, abordando aspectos conceituais e de 
cuidados à criança com hidrocefalia, destinado as enfermeiras e técnicos de enfermagem para 
qualificação do cuidado no contexto hospitalar. 
Foram respeitados os aspectos éticos das Resoluções 466/2012 e 510/2016 que versam 
sobre pesquisas com seres humanos em serviços de saúde no âmbito do SUS (Brasil, 2012; 2018). 
Aprovada sob CAAE nº 52677821.5.0000.0053. 
Realizado de junho a outubro de 2022, em um hospital pediátrico de grande porte, 
referência no atendimento materno-infantil no estado, com 240 leitos, situado no município de 
Feira de Santana, Bahia. 
Foram incluídas enfermeiras, contratadas há mais de 03 meses, em regime de escala 
diarista ou plantonista, que atuam nas unidades de internamento de crianças com hidrocefalia do 
hospital (emergência, clínicas médica e cirúrgica e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica). 
Foram excluídas enfermeiras afastadas por motivos de licenças e férias. Todos concordaram com 
sua participação mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
O estudo foi conduzido em duas etapas: construção do manual e validação de conteúdo, 
conforme fluxograma das etapas do estudo (Figura 1) (Deatrick; Aalberg; Cawley, 2010). 
 
 
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Figura 3 - Fluxograma das etapas do estudo 
 
Fonte: Dados da pesquisa, 2022. 
 
2.1 CONSTRUÇÃO DO MANUAL 
Inicialmente foi feita a definição do objetivo e das participantes, seguida do levantamento 
conceitual, formação do comitê institucional e construção da primeira versão da tecnologia. 
O objetivo da construção do TCE foi traçar e nortear ações voltadas para o cuidado de 
enfermagem à criança com hidrocefalia a fim de auxiliar na assistência, identificação de 
problemas potenciais, tomada de decisão, promoção de segurança e manutenção da qualidade de 
vida dessa criança. 
Para o levantamento conceitual, foi realizada busca de estudos nas bases Biblioteca 
Virtual em Saúde e Pubmed utilizando os descritores em saúde: nursing care and hydrocephalus. 
Para essa seleção foram utilizados os seguintes critérios: ser publicado na íntegra nos idiomas 
português, inglês e espanhol nos últimos 10 anos; ser classificado como estudo original, revisão 
integrativa ou sistemática, sendo em formato de artigos, capítulos de livro, livros, guias, manuais 
e/ou protocolos; conter informações sobre cuidados da criança com hidrocefalia, segurança do 
paciente pediátrico, validação de tecnologias; envolver a população pediátrica /ou neonatal. Ao 
final da busca foram selecionados 12 estudos. 
O conteúdo da primeira versão do manual foi elaborado a partir do conhecimento 
produzido pelos estudos e tecnologias encontrados nas bases de dados. Foram utilizadas 
informações sobre a definição da hidrocefalia, causas, sinais e sintomas, cuidados de enfermagem 
Construção do Manual 
Definição do objetivo do Manual e da 
população alvo 
Levantamento conceitual sobre 
hidrocefalia na criança e cuidados de 
enfermagem 
Construção do Manual 
Definição e aprovação do Manual 
Validação de Conteúdo 
Validação de conteúdo da 
versão do Manual pelo painel 
de experts 
Validação com as 
participantes 
 
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à criança com hidrocefalia, cuidados no pré e pós-operatório, medidas de prevenção de 
complicações pós-cirúrgicas. 
A construção do manual e a diagramação foram realizadas com a ajuda de um profissional 
em design, utilizando imagens disponibilizadas pela internet que são de domínio público. A 
versão preliminar do manual foi construída pelas pesquisadoras principais, a partir do 
levantamento teórico realizado previamente e sua experiência prática. 
Após discussão da versão preliminar produzida pela designer, foram necessários os 
seguintes ajustes: alterar cor e fonte da capa; enumerar subtítulos no corpo do texto; alinhar o 
sumário; inserir definição da hidrocefalia na introdução; inserir cor de fundo com informações 
para dar destaque; ajustar margem; alterar subtítulos; referenciar o Escore de Alerta Pediátrico 
(escala utilizada na rotina das enfermeiras para detecção da deterioração clínica); ajustar 
referências. Posteriormente, a primeira versão da TCE “Manual para o Cuidado da Criança com 
Hidrocefalia” foi encaminhada para validação de conteúdo pelos juízes experts. 
 
2.2 VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO PELOS JUÍZES 
Para verificar se os conceitos apresentados, itens, textos e imagens do manual estavam 
condizentes com a proposta, foi necessário realizar a validação de conteúdo (Bittencourt et al., 
2011; Polit, Hungler & Beck, 2011). 
A coleta de dados foi feita por meio do instrumento de validação (Perroca, 2011; 
SCARPARO et al., 2012). Para a validação de conteúdo foram selecionados e convidados 05 
juízes, 03 enfermeiras da assistência de Enfermagem Pediátrica, selecionadas de acordo com a 
sua unidade de atuação (prestam assistência à criança com hidrocefalia) e no tempo de trabalho 
na unidade (no mínimo03 anos), e 02 enfermeiras pesquisadoras. Ao final, os 05 juízes 
selecionados e convidados participaram da avaliação dos critérios de aparência, clareza, 
abrangência pertinência e aplicabilidade do Manual. 
Existe uma variação em relação a quantidade de participantes nesse tipo de estudo. A 
literatura mostra uma variação entre um mínimo de cinco e dez juízes, outros indicam de seis a 
vinte participantes, ou entre doze e vinte. Deve-se levar em consideração as características do 
instrumento de avaliação, a formação, qualificação e disponibilidade desses profissionais, para 
definir essa quantidade (Hayner, Richard & Kubany, 1995; Reichenheim & Moraes, 2007). 
 
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O convite dos juízes foi realizado por um período de 15 dias, de segunda-feira a sexta-
feira, e após o aceite foi entregue o TCLE informando o objetivo da pesquisa. Concordando em 
participar, foi entregue o instrumento, com escala tipo Likert, para iniciar o processo de validação 
do manual. A escala Likert consiste em vários itens que expressam um ponto de vista sobre algum 
tópico. Os respondentes indicam até que ponto concordam ou discordam da declaração (Polit & 
Beck, 2019). 
Após a devolução dos instrumentos respondidos, os dados foram digitados no Excel, e 
calculadas as frequências absolutas e relativas de cada variável. Para a análise da relevância e do 
grau de relevância do conteúdo da TCE, foi efetuado o cálculo do Índice de Validação de 
Conteúdo (IVC), para quantificar a concordância entre os especialistas, adotando-se IVC maior 
do que 0,80 como um valor desejável. Foram calculados e analisados o índice de validação de 
cada item e logo em seguida o IVC global. Para avaliação completa do manual, foi realizado o 
somatório de todos os IVC calculados separadamente, dividindo-os pelo número de itens do 
instrumento de validação. Foram considerados validados os itens que obtiveram índices de 
concordância entre os juízes maior ou igual a 80% (Polit & Beck, 2006). 
 
2.3 VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO PELAS PARTICIPANTES 
Para a validação pela população alvo foram convidados 30 enfermeiros profissionais da 
assistência de Enfermagem Pediátrica. Ao final, participaram 22 enfermeiros e avaliaram os 
critérios de escrita, aparência e motivação do Manual. 
O convite foi realizado por um período de um mês, de segunda-feira a sexta-feira, após o 
aceite, foi entregue o TCLE informando o objetivo da pesquisa. Concordando em participar, foi 
entregue o instrumento de validação, com escala tipo Likert, para iniciar o processo de validação 
do manual. 
Devido à dificuldade de devolutiva dos participantes, foi proposto por eles, transformar 
o instrumento de pesquisa físico em formulário do Google, e que o manual fosse enviado via 
PDF, para facilitar a devolutiva. Após o aceite dos participantes e assinatura do TCLE impresso, 
o instrumento foi enviado via correio eletrônico acompanhado do link do formulário digital. 
 
 
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2.4 TESTE PILOTO SOBRE A APLICABILIDADE DO MANUAL 
Após a validação de conteúdo pelos experts e pela população alvo, foi feito um teste piloto 
com 06 enfermeiras da Clínica cirúrgica do referido serviço de saúde, a fim de colher relatos 
sobre a aplicação do Manual na sua prática clínica. 
Foi solicitado que as enfermeiras relatassem em texto a seguinte pergunta: fale sobre a 
importância e aplicabilidade clínica do “Manual para a assistência de enfermagem a criança com 
hidrocefalia no contexto hospitalar”. 
A partir desses relatos, foi elaborado uma análise de como este Manual tem sido utilizado 
na prática e sua aplicação clínica para a equipe de enfermagem. Neste momento buscou-se 
conhecer a utilização da tecnologia cuidativa-educacional. 
 
2.5 ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 
Após a devolução dos instrumentos respondidos pelos participantes, os dados foram 
digitados no Excel, e calculadas as frequências absolutas e relativas de cada variável. Para a 
análise da relevância e do grau de relevância das figuras e textos explicativos, foi efetuado o 
cálculo do Índice de Validação de Conteúdo (IVC), o qual quantifica a extensão da concordância 
entre os profissionais especialistas, adotando-se IVC maior do que 0,80 como um valor desejável 
(Polit & Beck, 2006). 
 
3 RESULTADOS 
Os resultados apresentam os dados obtidos nas etapas de desenvolvimento e validação do 
Manual para o cuidado de Enfermagem à criança com hidrocefalia. 
 
3.1 LEVANTAMENTO CONCEITUAL 
Por meio da busca do estado da arte, foram selecionados 12 artigos específicos sobre a 
temática, que fundamentaram a construção do Manual, conforme quadro 1. 
 
 
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Quadro 1 - Artigos encontrados na BVS e PubMed com os descritores hydrocephalus and nursing care. 
N OBJETIVO TIPO DE ESTUDO CONCLUSÃO 
1 Avaliar se o material 
educativo sobre a hidrocefalia 
e seu tratamento, previamente 
elaborado por profissionais de 
saúde, correspondia ao 
cotidiano de cuidadores de 
crianças com hidrocefalia 
(TAVARES et al., 2020). 
Foi realizado um estudo 
qualitativo em um hospital 
universitário no Brasil, 
entrevistando 32 cuidadores 
informais de crianças com 
hidrocefalia. O referencial 
metodológico da análise de 
conteúdo de Bardin foi 
utilizado para analisar os 
dados. 
Na perspectiva dos cuidadores informais 
de crianças com hidrocefalia, o material 
educativo correspondeu ao cotidiano e 
experiência cirúrgica das famílias e pode 
ser utilizado pelos profissionais de saúde 
para reforçar pontos importantes para o 
cuidado à criança com hidrocefalia, 
facilitando o processo de educação em 
saúde. 
2 Analisar a assistência de 
Enfermagem ao recém-
nascido com hidrocefalia em 
Unidades de Terapia Intensiva 
e de Cuidados Intermediários 
Neonatais (SILVA et al., 
2019) 
Trata-se de estudo 
quantitativo, descritivo, 
transversal, em um instituto 
materno-infantil de 
referência. Compôs-se a 
amostra por 20 enfermeiros 
e 55 técnicos de 
Enfermagem. 
Evidenciaram-se, no estudo, um déficit de 
capacitação para prestar assistência ao 
recém-nascido com hidrocefalia e que a 
assistência é, geralmente, não 
sistematizada e nem sempre adequada às 
necessidades integrais desses neonatos 
3 Descrever a retenção do 
conhecimento dos 
enfermeiros após intervenção 
educativa sobre cuidados com 
derivação ventricular externa 
(SOUZA et al., 2020) 
Estudo quase experimental 
com enfermeiros de uma 
unidade de terapia intensiva 
adulto, em que foi avaliado 
a retenção de conhecimento 
sobre o tema em três 
momentos: antes, uma 
semana e três meses após o 
treinamento. 
Houve retenção de conhecimento 
significativa entre os profissionais na 
primeira semana após o treinamento, mas 
não aos três meses após o treinamento. 
4 Construir e validar material 
educacional digital e impresso 
do tipo jornal para cuidadores 
informais (ou seja, os pais que 
prestam cuidados) de crianças 
com hidrocefalia (TAVARES 
et al., 2020) 
Trata-se de um estudo misto 
(quantitativo - qualitativo). 
O material educativo pode auxiliar no 
reconhecimento precoce dos sinais e 
sintomas de disfunção da DVP, podendo, 
inclusive, ser utilizado como fonte de 
consulta de dúvidas em seu domicílio. 
5 Explorar o envolvimento dos 
pais nos cuidados com a 
hidrocefalia de seus filhos e as 
maneiras pelas quais os pais e 
profissionais colaboram ao 
avaliar uma criança com 
potencial mau funcionamento 
do implante de drenagem 
(SMITH, 2015). 
Dois estudos exploratórios 
foram realizados utilizando 
métodos de entrevista e 
observacionais. 
Apesar de identificar a colaboração com 
os pais como o modelo de cuidado 
desejado, os profissionais de saúde 
consideram desafiadora a integração dos 
conhecimentos dos pais sobre a condição 
de seufilho durante a avaliação e no 
planejamento dos cuidados. 
6 Avaliar a eficácia de uma 
intervenção educativa entre 
pais de crianças com 
hidrocefalia e shunt 
(MURALI; JOB; 
UDAYAKUMARAN, 2019). 
O desenho quantitativo, 
quase experimental de um 
grupo pré-teste-pós-teste 
foi usado para o estudo 
O estudo revelou que a educação centrada 
nos pais foi eficaz para melhorar o 
conhecimento dos pais sobre os cuidados 
de crianças com hidrocefalia e shunt. Isso 
os ajuda a estender os cuidados a essas 
crianças do hospital para casa e, portanto, 
melhorar sua qualidade de vida. 
7 Identificar os problemas 
enfrentados pelas crianças 
com DVP e avaliar sua 
qualidade de vida (PRAKASH 
Estudo exploratório 
transversal. 
As crianças submetidas à derivação VP 
enfrentam diversos problemas de saúde 
em diferentes domínios e baixa QV. 
Embora o domínio cognitivo tenha sido o 
 
5986 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
et al., 2018). mais afetado, as cirurgias múltiplas 
tiveram o impacto mais significativo na 
QV. Intervenções apropriadamente 
focadas e manejo holístico são essenciais 
para melhorar a qualidade de vida das 
crianças submetidas à derivação VP. 
8 Investigar a tomada de decisão 
compartilhada entre pais e 
profissionais durante o 
diagnóstico de suspeita de 
mau funcionamento do shunt 
em internações hospitalares 
agudas (SMITH et al., 2015). 
Foi realizado um estudo de 
método misto envolvendo 
gravações de áudio de 
consultas de admissão, um 
questionário compartilhado 
de tomada de decisão e 
entrevistas 1 semana após a 
consulta. 
Tanto os pais quanto os profissionais 
perceberam que suas interações eram 
mais voltadas para a resolução de 
problemas do que para a tomada de 
decisões sobre tratamentos. Embora o 
modelo de tomada de decisão 
compartilhada possa ajudar os pacientes a 
tomar melhores decisões entre as opções 
de tratamento, não está claro qual a 
melhor forma de apoiar a colaboração 
entre profissionais e pais para garantir um 
bom processo de resolução de problemas. 
9 Explorar as experiências dos 
pais ao conviver com uma 
criança com hidrocefalia e 
suas decisões quando 
suspeitam de mau 
funcionamento do shunt 
(SMITH; CHEATER; 
BEKKER, 2015). 
Explorar as experiências 
dos pais ao conviver com 
uma criança com 
hidrocefalia e suas decisões 
quando suspeitam de mau 
funcionamento do shunt. 
Os pais podem reconhecer sintomas de 
doença sugestivos de mau funcionamento 
do shunt e desejam colaborar com os 
profissionais de saúde sobre o manejo da 
condição de seu filho. A colaboração com 
os pais exige que os profissionais de 
saúde ouçam as preocupações dos pais e 
valorizem as suas experiências. 
10 Reduzir a incidência de 
infecção relacionada ao dreno 
ventricular externo, incluindo 
ventriculites em pacientes 
neurocirúrgicos (LWIN, et al., 
2012). 
Auditoria das infecções por 
EVD na instituição 
observadas durante um 
período de um ano e meio. 
O bom trabalho em equipe entre médicos 
e enfermeiros é essencial para reduzir a 
taxa de infecção por DVE. Conseguiram 
reduzir substancialmente as infecções por 
DVE e continuam a se esforçar para 
permanecer livres de infecções no futuro. 
11 Analisar as condições clínicas 
e o tratamento cirúrgico 
primário da hidrocefalia nos 
recém-nascidos examinados 
no estudo (SLUSARZ et al., 
2013). 
Os dados foram coletados 
por meio de uma análise 
retrospectiva dos 
prontuários. 
Independentemente do motivo da 
formação da hidrocefalia, o tratamento 
baseia-se na intervenção cirúrgica e o 
sistema de drenagem mais utilizado para 
corrigir o defeito é a válvula ventrículo-
peritoneal. 
12 Identificar manejos e 
complicações dos drenos 
ventriculares externos. 
(MURALIDHARAN, 2015) 
 
Revisão de artigos 
referentes à colocação, 
gerenciamento e 
complicações da DVE. 
 
A manutenção, solução de problemas e 
monitoramento de complicações 
associadas à DVE tornou-se 
essencialmente uma responsabilidade da 
enfermagem. Cuidados de enfermagem 
precisos e responsáveis podem ter a 
capacidade de predizer melhores 
resultados em pacientes que necessitam 
de drenagem do LCR. 
Fonte: Dados da pesquisa, 2022. 
 
3.2 VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO PELOS JUÍZES 
A tabela 1 apresenta os IVC alcançados pelo Manual conforme os critérios julgados e 
avaliados pelos juízes (aparência/clareza, abrangência, pertinência e aplicabilidade). 
 
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5987 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
Tabela 1 - Distribuição dos Índices de Validação de Conteúdo do Manual segundo os critérios 
avaliados pelos 05 juízes. Feira de Santana, BA, Brasil, 2022. 
Critérios julgados e avaliados 
IVC 
parcial 
Aparência e clareza (Estrutura, apresentação e linguagem) 
O título reflete o objetivo do Manual 1 
O tamanho da fonte e o tipo de letra estão adequados 1 
A composição visual está atrativa e bem organizada 1 
A ordem de apresentação dos componentes está disposta de forma lógica 1 
A linguagem está clara e de fácil entendimento e representa bem os itens do Manual 0,8 
A redação do Manual está compreensiva 0,8 
IVC médio Aparência e clareza 0,93 
Abrangência 
O componente “Definição da Hidrocefalia” e todos os seus itens representam aspectos necessários 
para a conceituação da hidrocefalia 
0,8 
O componente “Sinais e sintomas” representam aspectos necessários para sinais e sintomas da 
hidrocefalia 
1 
O componente “Preparando a família para cirurgia” apresenta aspectos necessários para esse cuidado 1 
O componente “Cuidados de enfermagem pré-operatórios” representam aspectos necessários para a 
transferência de cuidado 
1 
Os componentes sobre “O cuidado de enfermagem à criança em uso de DVE ou DVP” abrangem 
aspectos necessários para compor esse cuidado 
1 
O componente sobre “Medidas de prevenção das complicações pós-cirúrgicas” abrange aspectos 
importantes para compreender as medidas de prevenção 
1 
O componente sobre “orientação para família na alta hospitalar” compreende aspectos necessários 
para momento da alta 
1 
IVC médio abrangência 0,97 
PERTINÊNCIA 
Os itens dos componentes “Definição, causas, sinais e sintomas” são relevantes para compreender 
a hidrocefalia. 
0,8 
Os itens do componente “Preparando a família para cirurgia” são relevantes para direcionar o 
cuidado no preparo da família 
1 
Os itens dos componentes “Cuidado de enfermagem pré e pós-operatório; cuidados na rotina e 
transporte” são relevantes para descrever os cuidados de enfermagem nos transoperatório da 
hidrocefalia 
1 
Os itens do componente “Medidas de prevenção das complicações pós-cirúrgicas” descrever as 
principais recomendações para evitar as complicações 
1 
Os itens do componente “Orientações à família na alta” descrever os principais aspectos de 
orientação no momento da alta 
1 
IVC médio pertinência 0,96 
APLICABILIDADE 
O manual é aplicável à prática da enfermeira no contexto hospitalar pediátrico. 1 
O manual aparentemente não demanda muito tempo da enfermeira para sua leitura. 0,8 
IVC médio aplicabilidade 0,9 
IVC geral 0,94 
Fonte: Dados da pesquisa, 2022. 
 
Ao analisar o IVC global do Manual, obtivemos um valor superior a 0,9. A TCE foi 
validada na primeira rodada de avaliação dos juízes e alcançou consenso superior a 80% em todas 
 
5988 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
as categorias. Outros estudos também consideram o consenso a partir desse valor (Silva et al., 
2019; Oliveira & Pagliuca, 2013; Lopes et al., 2013). 
 
3.3 VALIDAÇÃO DO MANUAL COM AS PARTICIPANTES 
Os dados da validação de conteúdo com as participantes estão apresentados na Tabela 2. 
 
Tabela 2 - Distribuição dos Índices de Validação de Conteúdo do Manual segundo os critérios avaliados pelos 22 
enfermeiros. Feira de Santana, BA, Brasil, 2022. 
Critérios julgados e avaliados IVC parcial 
Organização do Manual 
A capa chamou sua atenção1 
Mostra o assunto que se refere 1 
O tamanho dos textos está adequado 1 
Linguagem e Aparência 
As informações estão fáceis de entender 1 
O conteúdo do Manual está claro 1 
O conteúdo do Manual está confuso 0,95 
As informações estão interessantes 1 
As ilustrações são simples 1 
As ilustrações são relevantes 1 
As ilustrações ajudaram para maior compreensão do texto 1 
Motivação e pertinência 
 
Qualquer profissional que ler este material vai entender do que se trata 1 
Você se sentiu motivado a ler até o final 1 
O Manual lhe sugeriu a agir ou a pensar a respeito da sua prática 0,95 
IVC geral 0,99 
Fonte: Dados da pesquisa, 2022. 
 
O IVC obtido nesta etapa foi superior a 0,8, desse modo, o consenso foi atingido na 
primeira rodada, porém uma participante realizou algumas sugestões relevantes que foram 
acatadas para a versão final: alterar a informação sobre a medida da DVE em milímetros de água 
para milímetros de mercúrio (unidade de medida mais utilizada na rotina do hospital); 
monitorizar e verificação de sinais vitais em pacientes no pós operatório na UTI; verificar 
glicemia no pré-operatório de pacientes com jejum prolongado; realizar testes após utilização do 
Manual para verificação da aplicabilidade. 
 
5989 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
Após a aplicação do Manual com enfermeiras, ajustes para sua aplicação na prática clínica 
o Manual alcançou a validade de conteúdo para uso durante o cuidado a criança com hidrocefalia 
hospitalizada 
 
3.4 TESTE PILOTO SOBRE A APLICABILIDADE DO MANUAL 
Após a validação de conteúdo pelos experts e participantes, foi feito um teste piloto com 
06 enfermeiras participantes, a fim de colher relatos sobre sua participação na pesquisa e a 
utilização do Manual na sua prática clínica. Foi realizada a categorização dos relatos conforme 
quadro 2. 
 
Quadro 2 - Relatos dos enfermeiros sobre a participação na pesquisa e aplicação do Manual na sua prática. 
Relatos dos enfermeiros 
Estudo contribuiu com melhoria da assistência 
Escassez de estudos sobre o tema 
O Manual contribuiu para o conhecimento 
Aplicabilidade prática para assistência de enfermagem 
Atualização da equipe de enfermagem 
Reflete na melhor assistência para crianças com hidrocefalia 
Fonte: Dados da pesquisa, 2022. 
 
Esses relatos do teste piloto demonstram como o Manual validado pode trazer 
contribuições para assistência de enfermagem à criança com hidrocefalia, refletindo na segurança 
do paciente durante sua hospitalização. Deste modo, sugere-se a replicação deste manual em 
outros serviços de saúde que assistam crianças com essa condição. 
 
4 DISCUSSÃO 
A confirmação do diagnóstico de uma doença que pode deixar a criança na condição de 
neuropata se revela como um momento de transformação na vida de quem a acompanha, pois lhe 
confere limitações, mudanças de hábitos e atitudes em virtude do cuidado que é necessário aquela 
condição de saúde e consequente internamento prolongado (Milbrath et al., 2017; Souza et al., 
2020). 
É fundamental que os profissionais de saúde, em especial, enfermeiras e técnicas de 
enfermagem tenham conhecimento técnico-científico, relacionado às demandas que uma criança 
com hidrocefalia apresente durante o internamento, através de um cuidado contínuo baseado em 
evidências para que se evite a piora do quadro clínico (Silva et al., 2019). 
 
5990 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
O cuidado contínuo e intervenções através de tecnologias leves, leve/duras e duras pode 
ser utilizado por profissionais de saúde em pacientes com algum tipo de deficiência, seja nas 
necessidades humanas básicas, causado pela cronicidade de uma doença, caracterizada por ter 
um início gradual e prognóstico incerto (Brasil, 2013). 
A enfermeira se insere nesse cenário de cuidado da pessoa em condição crônica, seja 
como coordenador de equipe, atuando na gestão do cuidado, ou na área assistencial, na 
organização do cuidado, devido a sua posição estratégica e à aproximação com a criança e a 
família e a equipe. Assim, a sua interação com a equipe deve viabilizar a organização do cuidado 
através da utilização de tecnologias leves, como o Manual com abordagem do cuidado dentro do 
hospital para crianças com esse diagnóstico (Mororó et al., 2020). 
O Manual sobre a assistência de enfermagem à criança com hidrocefalia fornece para os 
membros da equipe de enfermagem informações de maneira fácil e objetiva, padronizando 
também o atendimento e garantindo a promoção da segurança do paciente. 
Baseado no levantamento conceitual e na prática clínica diária do contexto em estudo, foi 
desenvolvido e validado o conteúdo do Manual, considerado como tecnologia leve, organizado 
nos seguintes componentes: definição, sinais e sintomas; preparando a família para a cirurgia; 
cuidado de enfermagem pós-operatório; cuidados na rotina do transporte; medidas de prevenção 
das complicações pós cirúrgicas; e orientações à família na alta. 
O primeiro tópico traz a definição e os aspectos clínicos da patologia. Segundo Slusars e 
outros autores (2013), a hidrocefalia é um estado em que ocorre acúmulo excessivo de líquido 
cefalorraquidiano no espaço intracraniano como resultado de distúrbios da hidrodinâmica da sua 
circulação. Esse acúmulo excessivo é considerado um distúrbio do LCR, resultando em aumento 
anormal dos ventrículos cerebrais, como consequência temos crianças que apresentam 
macrocefalia progressiva e sinais de hipertensão intracraniana (Kahle et al., 2016). 
Em relação às manifestações clínicas apresentadas em RN e lactentes são o aumento 
rápido do perímetro cefálico, irritabilidade, letargia, vômito, hipotonia, abaulamento de 
fontanela, olhos de “pôr do sol”, estrabismo e atrasos neuropsicomotor. Em crianças na fase 
escolar, podemos observar cefaleia, vômitos, alteração na marcha, deterioração no nível de 
consciência e atrasos neuropsicomotor (Cunha, 2014), perda de controle da bexiga e/ou micção 
frequente, desaceleração ou perda do progresso do desenvolvimento, como andar ou falar. 
 
5991 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
No contexto de uma cirurgia pediátrica, a família desempenha a função de proteção e de 
decisão sobre a criança e, portanto, de acordo com Joseph, Killian e Brady (2017), os pais devem 
ser orientados sobre os prós e contras da cirurgia que será realizada e os resultados esperados e 
essa conversa é uma oportunidade para que eles sintam confiança na equipe, sanar as dúvidas e 
ter acesso ao termo de consentimento para a cirurgia. 
Um estudo traz como estratégias na gestão de emoções e informações na abordagem a 
família o fornecimento de informações para promover o autocontrole, tranquilidade e bem-estar; 
dar informação adequando a avaliação dos níveis satisfatórios de informação e menor experiência 
de dor; prover informação tendo em conta as habilidades cognitivas, e o seu estado emocional; 
dar informação tendo em conta o ritmo, local, linguagem e terminologia claras para não induzir 
emoções negativas; estimular para a expressão de necessidades, dúvidas, sentimentos e 
preocupações de modo a adequar as necessidades de informação; adequar a informação 
necessária evitando a sobrecarga emocional; fornece informação num processo continuado e 
repetido, incluindo dar significado às vivências; utilizar uma abordagem holística promovendo 
emoções positivas (Martinho & Diogo, 2020). 
O preparo da família já se configura como um cuidado na rotina pré-operatória. No 
entanto, o preparo do paciente é feito de acordo com o protocolo de cada instituição. Há cuidados 
que precisam ser feitos, entre eles estão a identificação do paciente e o checklist de cirurgia 
segura, ambas metas do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) (Brasil, 2013). 
Diante disso, identificou-sea necessidade de o Manual apresentar os cuidados de 
enfermagem no pré-operatório, que devem ser adaptados a unidade. Nesse contexto, ressaltam-
se os seguintes cuidados: conferir o uso da pulseira de identificação da criança; orientar jejum de 
pelo menos 08 horas, para lactantes, o tempo de jejum é reduzido; verificar a rotina da instituição, 
para programação do jejum; instalar hidratação venosa a fim de diminuir o risco de hipoglicemia; 
realizar banho com clorexidina degermante; instalar pulseira sinalizadora caso criança tenha 
alguma alergia; caso a criança seja prematura, deve comunicar a equipe de neurocirurgia para 
que o POI seja em leito de UTI; esclarecer a existência de comorbidades; conferir se faz uso de 
alguma medicação de rotina; verificar se o termo de consentimento de procedimento cirúrgico 
está assinado; colocar a camisola hospitalar na criança para ir ao Centro Cirúrgico; retirar adornos 
e peça intima da criança antes da cirurgia. 
 
5992 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
Após a cirurgia, o paciente é encaminhado do centro cirúrgico, dependendo do seu quadro 
clínico, ou para UTI pediátrica, ou para a enfermaria cirúrgica. Esse transporte intra-hospitalar 
deve ser planejado, no sentido de ter uma equipe capacitada, e caso seja necessário, que os 
equipamentos do transporte sejam confiáveis, evitando riscos e eventos adversos ao paciente 
(Bomfati et al., 2019; Gurgel et al., 2021). 
O quarto tópico informa os cuidados na rotina de transporte intra-hospitalar. O transporte 
pode ocasionar ao paciente intercorrência, deste modo a execução da transferência intra-
hospitalar deve ser feita com segurança (Gurgel et al., 2021). A criança em uso de DVE deve ser 
acompanhada pelo técnico de enfermagem, devido ao uso de dispositivo invasivo. Qualquer 
transporte de paciente em uso de drenos, o sistema deve ser fechado e posicionado de maneira 
segura, se tratando de DVE, deve ficar na maca ao lado do paciente, para que o dispositivo não 
seja tracionado. Ao acomodar o paciente no leito, o enfermeiro deve se atentar para o nivelamento 
da derivação e abertura do sistema, para iniciar a drenagem de LCR (Dalmoro et al., 2019). 
Nas primeiras horas pós o procedimento cirúrgico, todo paciente tem seu sistema 
imunológico mais baixo, predispondo a outros problemas em potencial. A equipe de enfermagem 
deve estar atenta ao pós operatório imediato, devido a vulnerabilidade desse paciente, a fim de 
evitar complicações, priorizando a aferição dos sinais vitais (Vieira et al., 2020). 
O quinto tópico do Manual contempla informações acerca das complicações pós-
cirúrgicas bem como as medidas de prevenção que precisam ser implementadas. Entre elas estão 
o risco significativo de infecção causado pela inserção da DVE, procedimento invasivo. Esse 
risco aumenta quanto mais frequentemente é acessado por profissionais de saúde para obter 
amostras de LCR e quanto mais tempo o DVE é mantido (Cestari et al., 2016; Sakamoto, 2018; 
Carvalho et al., 2021). 
Os sintomas precoces relacionados a pós operatório do implante da válvula incluem febre 
e convulsões, mas são associados também a patologia subjacente, mau funcionamento da 
derivação e infecção. Por isso, é importante conhecer quais medidas devem ser tomadas para 
prevenir o aparecimento de infecções (Prakash et al., 2018). 
Por fim, o Manual demonstra quais orientações são necessárias para que o familiar da 
criança com hidrocefalia tenha conhecimento a partir da alta, incluindo o que é pertinente que o 
profissional de enfermagem compartilhe com o familiar, como: o que é a hidrocefalia; qual o 
tratamento da hidrocefalia; o que é DVP e DVE; quais sinais e sintomas indicam a obstrução da 
 
5993 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
DVP; o que fazer quando perceber os sinais e sintomas de obstrução da DVP; quais são os sinais 
de infecção da DVP; necessidade de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento em 
UBS mais próxima de sua residência; Acompanhar crescimento de perímetro cefálico; 
Necessidade de acompanhamento ambulatorial com neurocirurgião (Tavares et al., 2020). 
É fundamental que os cuidadores saibam reconhecer os sinais e sintomas da disfunção da 
DVP, já que o diagnóstico rápido associado ao manejo adequado por parte da equipe de saúde 
pode reduzir as complicações e a estrutura em que o Manual foi organizado garante ao 
profissional uma resposta rápida a alguma dúvida ou até mesmo elaborar um plano de cuidado 
específico para um paciente. 
Dessa forma, os profissionais de enfermagem não devem se ater apenas ao aprendizado 
que envolva a utilização de tecnologia de alta complexidade, a tecnologia cuidativo-educacional 
pode ser suficiente para o aprimoramento de técnicas que garantam a segurança do paciente e a 
TCE do tipo manual impresso tem como benefício para a equipe a disponibilidade para a leitura 
transformar a realidade da enfermagem referente a cuidados específicos. 
 
5 CONCLUSÃO 
Este estudo descreve o processo de construção e validação de uma TCE destinada para o 
cuidado de Enfermagem à criança com hidrocefalia. Sua relevância e impacto para a assistência 
em saúde concentra-se na perspectiva de aplicação de uma tecnologia leve voltada para promoção 
de mudanças na prática da enfermagem, permitindo criticidade e orientando a tomada de decisão 
profissional sobre estratégias que ofereçam conforto, diminuam o tempo de internamento, 
proporcionem uma melhor recuperação e promovam a segurança do paciente no contexto 
hospitalar. 
Considera-se também sua relevância acadêmica, pois o estudo poderá contribuir para 
reflexões docentes e discentes sobre o ensino de intervenções educativas que visam a segurança 
do paciente pediátrico, além de estimular novas investigações empíricas, no sentido de aprimorar 
a prática clínica dos trabalhadores de enfermagem em pediatria. 
Trata-se de uma TCE com potencial para utilização pelas enfermeiras das unidades 
assistenciais do cenário hospitalar pediátrico em estudo, com possibilidade de replicação para 
contextos semelhantes. Ademais, o estudo ajudará a preencher lacunas de produção científica 
sobre a temática. 
 
5994 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5976-5997, 2023 
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