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REFERENCIAIS CURRICULARES
NACIONAL CULTURA CORPORAL
Autora 
SHIRLEY RODRIGUES MAIA 
Apresentação
Caro aluno, esta disciplina visa trazer as atualizações na Educação Infantil, trazendo a Base
Nacional Comum Curricular e complementando as Diretrizes dos Referenciais Curriculares
Nacional Cultura Corporal: Expressões pelo movimento Expressões Dramáticas e Teatro.
Expressões Rítmicas e Musicais.
Espero que a disciplina apoie os planos de aula, visando dar condições de conhecimento e
desenvolvimento das competências das crianças dos programas de Educação Infantil.
Tenham um bom estudo e bons momentos para compartilhar as informações.
Profa. Shirley Rodrigues Maia
Videoaula - Referenciais Curriculares Nacional: Cultura Corporal
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Referenciais Curriculares Nacionais: Cultura Corporal1
Esta disciplina irá tratar sobre a alteração dos documentos legais da Educação Infantil –
Referenciais Curriculares Nacionais Cultura Corporal: Expressões pelo Movimento, Expressões
Dramáticas e Teatro, Expressões Rítmicas e Musicais para a Base Nacional Comum Curricular –
BNCC. Iniciaremos fazendo referência ao documento que norteava as atividades curriculares da
Educação Infantil.
Partindo da Carta Constitucional, a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional, no artigo 29,
afirma: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por finalidade o
desenvolvimento integral da criança de 0 até seis anos de idade, em seus aspectos físicos,
psicológicos, intelectual e social, contemplando a ação da família e da comunidade” (BRASIL
1996). Assim, foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Infantil.
Ela foi aprovada em 17 de dezembro de 1998 pelo Parecer nº 22/1998, publicado pelo Conselho
Nacional de Educação da Câmara de Educação Básica. A Resolução Câmara de Educação Básica
(CEB) nº 1/1999 estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil. É um documento
que traça as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – é um conjunto de
orientações para subsidiar as instituições de Educação Infantil na elaboração de sua proposta
pedagógica.
Os autores Garcia e Leite Filho (2001) ressaltam que esse documento e o parecer do Conselho
Nacional de Educação deixam claro que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil, além de nortear as propostas curriculares e os projetos pedagógicos, estabelecerão
paradigmas para a própria concepção desses programas de cuidado e educação, com qualidade.
Introdução1.1
Podemos observar pela Figura 1 que os objetivos da Educação Infantil requerem ver a criança no
seu desenvolvimento e a necessidade de ela ser exposta a diferentes situações para garantir
uma aprendizagem significativa, preparando-a para uma vida acadêmica estruturada.
Figura 1 – Objetivos gerais da Educação Infantil
Fonte: Elaborado pela autora.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/01.png
Videoaula - Componentes Estruturais do RNEI
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O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil foi elaborado pela Secretaria de
Educação Fundamental do MEC (Ministério da Educação). Chegou às mãos dos educadores no
ano de 2001, propondo a democratização da escola infantil, uma vez que seu objetivo é promover
a difusão, neste nível da Educação, de conteúdos mínimos, valores éticos e estéticos, e também
de orientações didáticas para orientar as instituições que atendem crianças de 0 a 5 anos.
Inicialmente, o documento incorporou poucas sugestões e críticas que foram solicitadas aos
professores e pesquisadores consultados para sua elaboração. Foram organizados três volumes
para dar continuidade à política governamental na época e traçar parâmetros curriculares
nacionais para os diferentes níveis de ensino.
Esse documento apresentava concepções de infância e de educação para crianças pequenas,
entendendo as ações de cuidar, educar e brincar como pilares do trabalho, determinando que por
essas situações deve perpassar toda a intencionalidade da educação do adulto e da instituição.
Componentes estruturais do RCNEI1.2
Segundo o RCNEI, as crianças só teriam um desenvolvimento adequado se a instituição lhes
proporcionasse não só segurança e tranquilidade, mas informações e aprendizagens que tenham
significado real para elas. Dessa maneira, o RCNEI apresenta como princípios essenciais para
que a criança possa exercer sua cidadania de maneira plena os seguintes tópicos:
O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais,
sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.
O direito das crianças ao brincar como forma particular de expressão, pensamento, interação e
comunicação infantil.
O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das
capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à
estética.
Figura 2 – Estrutura do Referencial Curricular Nacional
Fonte: MEC (2001, p. 32).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/02.png
A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas
sociais, sem discriminação.
O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua
identidade (BRASIL, 1998, p. 13).
Assim, a visão do MEC para as crianças da Educação Infantil é que as brincadeiras promoverão
aos professores oportunidades de observar o comportamento infantil e sua história de vida,
podendo registrar seus hábitos, costumes, valores e crenças.
A ênfase do RCNEI é que as crianças poderão exercer sua capacidade de criar e que, para isso, é
necessária uma riqueza nas experiências organizadas pelas instituições e professores que os
recebem.
Os conteúdos a serem priorizados no atendimento às crianças pequenas são:
Brincadeiras no espaço interno e externo.
Rodas de história.
Rodas de conversa.
Ateliês ou oficinas de desenho, pintura, modelagem e música.
Atividades diversificadas em ambientes organizados por temas ou materiais à escolha das crianças,
incluindo momentos para que estas possam ficar sozinhas, se assim o desejarem; e
Cuidados com o corpo (BRASIL, 1998, p. 56).
Com vistas a essas atividades, é possível que a educação psicomotora na prática pré-escolar
possa se individualizar nesta idade, e talvez até mais tarde, em uma “educação psicomotora”
isolada, diferenciada de uma “Educação” bem curta? Não pensamos que seja possível.
O corpo, o objeto, a ação, o pensamento, o outro, o eu, a percepção, a expressão, o afetivo, o
racional, o real, o imaginário estão estritamente ligados nessa idade e vão apenas se diferenciar
pouco a pouco, opondo-se uns aos outros: o pensamento é apenas um momento da ação
motora, o objeto é ao mesmo tempo real e imaginário, o corpo está ainda pouco separado do
mundo exterior, a expressão é apenas um prolongamento da ação.
É a partir dessa globalidade que precisamos trabalhar, sem nos preocuparmos em querer
delimitá-la arbitrariamente no início com atividades pedagógicas catalogadas: trabalho manual,
desenho, ginástica rítmica, expressão verbal, iniciação matemática, educação psicomotora etc.
Videoaula - Inteligência Sensória Motora
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Uma época importante para o desenvolvimento e a aprendizagem ocorre na Educação Infantil, na
qual a criança vai experimentando o corpo por meio do movimento e, assim, consegue ter
planejamento motor para a resolução de problemas, conforme a Figura 3. Nesta imagem,
Fonseca (2006) retrata bem o desenvolvimento da criança e suas aquisições motoras, as quais
ele denomina Inteligência sensório-motora
Como sedá a motricidade e a aprendizagem?1.3
O desenvolvimento motor é muito importante na fase da Educação Infantil – permite e apoia a
capacidade de resolução de problemas, a noção corporal, a capacidade para alfabetização e o
letramento.
Suas funções e ações precisam ser estimuladas, principalmente por meio do brincar na
Educação Infantil e pelas experiências compartilhadas com interações significativas que apoiam
a linguagem e a aprendizagem durante o desenvolvimento educacional.
Figura 3 – Inteligência sensório-motora
Fonte: Fonseca (2006, p. 518).
Para mais informações sobre a inteligência sensório-motora, veja o link soumamae.com.br
[https://soumamae.com.br/inteligencia-sensorio-motora/] .
Segundo Fonseca (2006), a Inteligência Perceptiva Motora irá apoiar a criança no entendimento
da posição do seu corpo no espaço e na identificação para orientação e deslocamento, com o
intuito de entender e interpretar rotas, e ter noção de localização.
Quadro 1 – Conceito sobre Inteligência Perceptiva Motora
Inteligência Perceptiva Motora1.4
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/03.png
https://soumamae.com.br/inteligencia-sensorio-motora/
NOÇÕES DE CORPO
Autoidentificação
Localização corporal
Organização espaço-corporal
Abstração corporal
LATERALIZAÇÃO
Identificação esquerda-direita.
Heteroidentificação
ORIENTAÇÃO ESPACIAL
Noções de:
Cor
Forma
Tamanho
Direcionalidade
Orientação do espaço agido
Orientação do espaço simbólico
Orientação do espaço representado
ORIENTAÇÃO TEMPORAL
ESTRUTURAÇÃO RÍTMICA CORPORAL
ESTRUTURAÇÃO
DISSOCIAÇÃO
Sequencialização
Translação do movimento
Fonte: Fonseca (2006, p. 518).
Os conceitos que são trabalhados para favorecer a Inteligência Perceptiva Motora ensinarão a
criança a ter noção de como se deslocar no espaço com segurança e a se organizar em espaços
abertos e fechados com segurança.
O registro do professor é importante para ter uma visão sobre a estratégia utilizada e o
desenvolvimento do aluno, alcançado ou não os objetivos traçados e o alcance deles.
Visando à Educação inclusiva conforme Política Nacional de Educação (2008), a Educação
Infantil é o grande alicerce para o desenvolvimento da criança com deficiência e a base para uma
inclusão com qualidade no Ensino Fundamental. Essas sugestões fornecem ao professor
condições de planejamento e avaliação, partindo das competências que são adquiridas com
estruturação de atividades significativas na vida do aluno, partindo das práticas que hoje tem a
visão de educação para diversidade e inclusão.
Esses registros devem acontecer para cada atividade a ser realizada, como por exemplo o “Faz
de Conta”, que será feito para cada história do faz de conta.
Importância do registro1.5
Mapas conceituais para os registros1.5.1
Registro de Observação e Planejamento de como aprender a conversar e conversar para
aprender.
As rodas de conversa são o registro de observação e o planejamento de como aprender a
conversar e conversar para aprender em sala de aula. Elas auxiliam a contar as novidades, a
trocar experiências vividas no dia a dia, a regular o comportamento emocional dos alunos e a
conhecer o outro – uma estratégia que auxilia o aprendizado de forma ativa.
Quadro 2 – Ficha de Observação/Avaliação no brincar em movimento
OBSERVAÇÃO QUE
PREFERÊNCIAS
AS CRIANÇAS
MANIFESTAM
DURANTE A
BRINCADEIRA
AVALIAÇÃO
DO QUE A
CRIANÇA
BRINCA
EM
MOVIMENTO
COM
QUEM?
COM
O
QUÊ?
ONDE
BRINCA?
AMBIENTE
DA
BRINCADEIRA
DOS OBJETOS
QUE
COMPÕEM A
BRINCADEIRA
COMPORTAM
DA CRIANÇA
BRINCADEIR
 
 
Rodas de conversa
Figura 4 – Rodas de conversa
Fonte: Maia (2011, p. 34).
Brincar em movimento
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Fonte: Maia (2011, p. 37).
O instrumento para registro do faz de conta auxilia o professor a planejar como trabalhar a
linguagem e a comunicação.
Quadro 3 – Ficha de registro do faz de conta
CONTEXTO
CARACTERÍSTICAS
DO FAZ DE CONTA
APRENDIZAGEM
DAS CRIANÇAS
INTENÇÃO
DO
PROFESSOR
INTERVENÇÕES DO
PROFESSOR
 
 
 
 
 
 
ANTES DURANTE DEPOIS
Faz 
De 
Conta
 
 
Faz de conta
Figura 5 – Folha de Planejamento/Avaliação de Atividades: Faz de Conta
Fonte: Maia (2011, p. 41).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/05.png
 
 
 
 
 
 
Fonte: Maia (2011, p. 45).
Videoaula - Sugestões de Instrumentos para Registro
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Videoaula - Aspectos importantes quanto a organização do
ambiente
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A organização do ambiente para orientar a criança na Educação Infantil apoiará a rotina do aluno
na brincadeira ou no uso das atividades.
Vamos ver o mapa conceitual sobre a construção de ambientes na Figura 6.
Construção do ambiente1.6
Figura 6 – Construindo ambientes
Fonte: elaborado pela autora.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/06.png
Um exemplo disso é quando no ambiente escolar há uma pessoa com deficiência Estas
sugestões referem-se às necessidades das pessoas com surdocegueira e deficiência múltipla
sensorial: As crianças com deficiência múltipla e surdocegueira têm necessidades específicas
para sinalização do ambiente, ou seja, no chão há um sinal de alerta para portas e janelas por
meio do piso podotátil de bolinhas e direcionamento dos traços indicando o caminho para ir ao
banheiro; na porta da sala há uma placa contendo uma sinalização em libras, em braille e uma
figura com a foto da professora. Assim, a organização dos espaços torna-se acessível e favorece
também o uso dos materiais, sinalizando onde eles estão.
Aspectos importantes quanto à organização do ambiente:
A organização do ambiente deve ocorrer em termos de espaço, materiais, atividades e tempo.
As necessidades de tecnologia de apoio servem para facilitar o acesso à comunicação e também a
autonomia pessoal e social, aumentando a interação com o meio e a participação nos contextos que
frequentam.
Feita de calça jeans com enchimento de retalhos tecidos, flocos de isopor ou outro material
confortável. Posicionar a criança favorecendo seu campo visual, o desenvolvimento do
movimento motor e a participação do estudante na atividade.
Recursos acessíveis de baixo custo1.6.1
Calça da vovó
Figura 7 – Calça da vovó
Legenda: A foto mostra estudantes da Educação Infantil utilizando a calça da
vovó, posicionados de forma que seu campo visual e seus movimentos
estejam com a acessibilidade garantida na atividade inicial da aula para dar
boas-vindas aos estudantes. 
Fonte: Acervo pessoal da autora.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/07.jpg
Outra forma de posicionar a criança com necessidades motoras especiais para brincar é
utilizando uma bacia e a calça da vovó
Um recurso importante para desenvolver a mobilidade e a interação é o quartito, empregado
principalmente no desenvolvimento de pessoas com deficiência visual e motora. Pode ser feito
em PVC, em diferentes texturas e utilizando brinquedos com sons e cores diferenciadas. Na foto,
o quartito confeccionado de PVC com texturas diferentes ao lado e ao fundo, com objetos
diferenciados (coloridos, brilhantes e texturas). Ele está sobre um tablado de ressonância,
material confeccionado em MDF (madeira) de 1 × 1 metro, a 5 cm do chão, o que permite à
criança se deslocar (movimento levando ao deslocamento e permite receber a informação
tatilmente pela vibração).
Figura 8 – Posicionamento com apoio
Legenda: Foto de uma estudante com necessidade motora especial
posicionada com segurança, acessibilidade e conforto em uma bacia com o
apoio da calça da vovó, para brincar ao som de música e treinando
movimentos. 
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Mobilidade e interação
Figura 9 – Quartito em PVC e MDF
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Sinalizaçãoe acessibilidade
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https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/09.jpg
A organização de espaço permite favorecer pessoas em condições de deficiência que requerem
sinalização no ambiente.
A delimitação das diversas áreas de trabalho deve ser clara, sinalizando e identificando os
materiais de cada estudante. A sinalização pode feita com cores, texturas e tapetes demarcando
o espaço (área temática).
Sinalização
A sinalização é um sistema para orientação. É o domínio de técnicas para desenvolvimento de
signos de advertência, pictogramas, setas, tipografia específica e de cores. São códigos visuais
que proporcionam o rápido entendimento das informações e traduzem a hierarquia orientadora,
necessária ao receptor.
Áreas temáticas
Espaço de brincadeiras com brinquedos de texturas diferentes, promovendo a vivência com
objetos e conceitos (plástico, isopor, couro, mole, duro, pesado, leve, grande, pequeno).
Figura 10 – Sinalização e organização do ambiente
Fonte: acervo pessoal da autora.
Figura 11 – Sinalizando um armário de estudantes
Fonte: Acervo pessoal da autora.
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Comunicação
A importância de favorecer a comunicação por meio de diversos sistemas de comunicação e
pistas para favorecer o estudante.
Comunicação alternativa e expressão
Utiliza desenhos de contorno e objetos concretos, como pranchas temáticas e/ou sistema
pictográfico, como o Picture Communication Symbols (PCS).
Figura 12 – Áreas temáticas do brincar
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Figura 13 – Sistema de objeto de referência e desenho de contorno
Fonte: Acervo pessoal da autora.
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Faz de conta
As atividades de faz de conta incluem as necessidades e os objetivos a serem alcançados com
as pessoas com deficiência que envolvam as necessidades de acessibilidade, comunicação e
vivência prática e objetivos relacionados à interação, à manutenção de tempo, à seleção e à
estruturação do material.
Figura 14 – Prancha temática
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Figura 15 – Atividade faz de conta
Fonte: Ikonomidis e Maia (2010, p. 33)
A expressividade e a movimentação das crianças no jogo1.7
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/14.jpg
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É muito importante que a Educação Infantil garanta a expressividade por meio do jogo. Assim, o
Quadro 4 visa orientar os professores sobre como proceder e planejar as atividades, garantindo
os objetivos traçados.
Quadro 4 – Como organizar os jogos: movimentos e expressividade
Princípios das
orientações
curriculares da
Educação Infantil
de São Paulo
Criança/Expectativas de
aprendizagens: O que
queremos que as
crianças vivenciem nas
Unidades (visão da
Educação Inclusiva)
O que o professor precisa
saber e saber fazer:
O que é necessário
garantir nos grupos de
estudos e na troca de
informações
“(...) deve ser uma
atividade diária no
cotidiano” (p. 59)
Que a criança possa,
durante as atividades
que envolvam jogos,
aprender a esperar pela
sua vez (regras).
Organizar a atividade que
promova a interação entre
as crianças em troca de
turnos (minha vez, sua
vez).
Que o professor, ao
planejar suas
atividades, proporcione
atividades de respeito
de tempo do aluno e
troca de turnos entre
eles.
“possibilitar que as
crianças aprendem
novas formas de
brincar” (p. 59)
Que a criança consiga
criar diferentes
situações em ambientes
organizados explorando
movimentos e o
posicionamento do
corpo.
Organizar o ambiente com
diferentes possibilidades
de construção e situações,
convidando a criança a
participar e a
experimentar.
Que o professor entenda
a necessidade de
organizar os diferentes
ambientes,
possibilitando a
participação ativa do
aluno.
“ampliar o tempo da
brincadeira” (p. 59)
Que a criança participe
ativamente.
Favorecer a participação do
aluno na atividade.
Que a participação do
aluno é importante
durante a atividade.
“criação e
renovação das
brincadeiras” (p. 59)
Que a criança
experimente diferentes
atividades que envolvam
a expressão corporal e a
movimentação do corpo
no espaço.
Organizar diferentes
atividades para cada dia.
A importância da
diversificação de
atividades para garantir
a motivação e a
participação do aluno.
Princípios das
orientações
curriculares da
Educação Infantil
de São Paulo
Criança/Expectativas de
aprendizagens: O que
queremos que as
crianças vivenciem nas
Unidades (visão da
Educação Inclusiva)
O que o professor precisa
saber e saber fazer:
O que é necessário
garantir nos grupos de
estudos e na troca de
informações
“fortalecer as
culturas lúdicas” (p.
59)
Experimente atividades
em diferentes
linguagens.
Preparar atividades que
promovam para a criança a
possibilidade de
experimentar diferentes
brincadeiras de datas
comemorativas e culturas.
A necessidade de
experimentar as
atividades relacionadas
a datas comemorativas.
“favorecer a
organização de
atividades que
reúnam crianças
com diferentes
competências
corporais” (p. 64)
Experimentar as
possibilidades do corpo
no espaço.
Preparar situações em que
a criança tenha
possibilidade de
experimentar o corpo em
diferentes posições.
O planejamento de
ações lúdicas para
favorecer a posição do
corpo.
“Estimular a
interação de
crianças da mesma
idade” (p. 64)
Que consiga resolver
situações-problema
sozinho ou em grupo.
Promover atividades em
que os alunos
experimentem a
necessidade de estar em
conjunto.
Garantir o
desenvolvimento,
planejando atividades
por faixa etária.
Fonte: Maia e Ikonomidis (2010, p. 65).
A população de crianças com surdocegueira e deficiência múltipla sensorial é muito
heterogênea. Sua caracterização inclui as perdas dos sentidos de distância, ou seja, visão e
audição, em diferentes graus, que trazem implicações significativas em como a criança aprende,
se comunica e interage socialmente. São crianças que precisam constantemente de mediação,
pois, com a perda dos canais de distância e com as dificuldades em virtude das deficiências
neuromotoras, podem apresentar comportamentos que levem ao isolamento, por não
conseguirem interagir sem auxílio de outra pessoa, podendo apresentar comportamentos mais
bruscos ao entrar em contato com ela ou serem muito passivos, esperando alguém tocá-las. A
Unidade Educacional (UE) é um ambiente favorável, pois, como tem hora certa para as atividades,
cria uma rotina estruturada e ajuda a criança a entender e a antecipar seu dia, já que “a escolha
do horário de realização das atividades pode favorecer uma melhor organização das mesmas, o
que torna a participação das crianças mais tranquila” (SÃO PAULO, 2008, p. 36).
Por apresentarem necessidades específicas de comunicação e mobilidade, as crianças com
surdocegueira e com deficiência múltipla perdem oportunidades de aprendizagem incidental,
seja pela deficiência visual, auditiva ou pelos comprometimentos motores ou neurológicos. Os
pais tendem a superprotegê-las e a evitar a exposição dessas crianças em atividades que
ocorrem no dia a dia. No entanto, elas precisam de vivências práticas para aprender. Pela falta de
uma comunicação eficiente, as crianças não conseguem conversar sobre fatos passados. Para
contar histórias e participar do faz de conta, a criança tem necessidade de primeiro vivenciar
uma situação real para depois entender o faz de conta. Atividades simples como hora do lanche
ou hora do banho podem tornar-se livros de experiência real, nos quais o personagem principal é
a própria criança, e as páginas do livro trazem a sequência de materiais usados durante a
atividade e que são significativos para eles (Figura 16).
Figura 16 – Livrode Experiência Real
Fonte: Legenda: Confeccionado em feltro e EVA e outros materiais para
representar o que foi vivenciado pela criança e sua significação e
importância para lembrança tátil, os livros de experiência real foram
confeccionados com materiais que permitem acessibilidade motora, tátil e
visual, trazendo registros significativos para o aluno como a corrente do
balanço, que permite a sensação tátil e cinestésica do movimento ao
balançar, o material de metal do gira-gira que também promove a mesma
sensação da corrente do balanço. 
Fonte: Acervo pessoal da autora.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/16.jpg
O Livro de Experiência Real mostrado na Figura 17 foi confeccionado com objetos utilizados na
atividade de banho. O primeiro objeto é uma réplica da cadeira que a criança utiliza para ser
posicionada para o banho, conforme foto disposta no último objeto do livro.
A criança pode participar do faz de conta com o uso de dramatizações que não contem apenas
com os recursos visuais e auditivos, mas que a criança experiencie as ações e os movimentos da
história. Por exemplo, se o Lobo Mau assoprou, que a criança assopre ou que assoprem nela
para ela aprender o que é soprar, ou pode-se usar um ventilador para ela ligar e desligar para
produzir vento. Existem várias maneiras de adaptar histórias e “tomar a brincadeira infantil como
campo privilegiado de experiências na construção conjunta de significados” (SÃO PAULO, 2008,
p. 39).
Figura 17 – Livro de Experiência Real
Fonte: Acervo pessoal da autora.
As atividades de contação de histórias apoiam o faz de conta e a criatividade da criança na
Educação Infantil.
Contação de histórias1.8
Figura 18 – Contação de histórias adaptada para alunos com deficiência
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/17.jpg
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/18_a_b.jpg
A Figura 18 mostra a adaptação da história para facilitar a comunicação e a acessibilidade, além
do uso de pistas táteis.
Fonte: Legenda: (A) casinha confeccionada com palitos de sorvete, palha,
papelão e casca de árvore. (B) História “Os três porquinhos”. (C-G) Professora
trabalhando com aluna, organizando a acessibilidade para a interpretação da
história. Demonstram uso de materiais confeccionados em espuma, tecidos e
uso do ventilador para mostrar o sopro do lobo e, assim, a aluna, recebendo o
vento, cai para entender a dramatização de soprar e fazer a casa cair. 
Fonte: Acervo pessoal da autora.
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No entanto, é importante ressaltar que a criança com surdocegueira e com deficiência múltipla
terá sempre a necessidade de mediação, seja por um adulto ou por outra criança, ou seja, um
amigo que possa segurar o livro, sentar-se junto dela, o professor realizando sinais táteis e/ou
coativos para efetivar a participação do aluno na hora da contação de história para “valorizar as
interações professor-criança (s) e criança-criança como recursos fundamentais nas
aprendizagens”. (SÃO PAULO, 2008, p. 39)
Recapitulando a Unidade 1
A Unidade 1 detalhou os objetivos da Educação Infantil, abordou o Referencial Nacional
Curricular, bem como os componentes estruturais dos Referenciais Curriculares Nacionais da
Educação Infantil, como ocorre a motricidade e a aprendizagem, a Inteligência Perceptiva Motora,
a importância do registro, os mapas conceituais, as rodas de conversa, o brincar e o movimento,
o faz de conta, a construção do ambiente, os recursos acessíveis de baixo custo como a calça da
vovó, a mobilidade e a interação, a sinalização e a acessibilidade às áreas temáticas, a
comunicação, a comunicação alternativa e a expressão, a expressividade e a movimentação das
crianças no jogo, finalizando com a temática “Contação de histórias”. Todos esses aspectos
envolvem a regulamentação para o ensino e também os exemplos por meio de figuras e fotos de
aplicação prática nas salas de aula em que estão inseridas pessoas com deficiência, tornando
acessíveis os materiais e o seu uso nas Unidades Escolares.
Videoaula - BNCC
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Base Nacional Comum Curricular2
A Base Nacional Comum Curricular foi organizada para responder às necessidades atuais da
Educação. É um documento organizado para subsidiar os serviços da Educação desde a
Educação Infantil até o Ensino Fundamental. Para entender os objetivos de cada etapa,
principalmente destacando as faixas etárias, segue uma imagem que traz a BNCC para a
Educação Infantil.
Outro aspecto importante é a estrutura da BNCC na Educação Infantil, pensando nas etapas, de
acordo com o processo de aprendizagem, em como ela se dá e o que esperar, bem como na
organização das atividades.
Base Nacional Comum Curricular – BNCC2.1
Figura 19 – Base Nacional Comum Curricular na Educação Infantil
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/19.png
Figura 20 – Como se dá a estrutura da BNCC na etapa da Educação Infantil?
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
Videoaula - Educação Infantil - como garantir uma proposta
curricular
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Para garantir uma proposta curricular na Educação Infantil, o professor precisa:
Ter visão de criança.
Saber os direitos de aprendizagem.
Promover interações e brincadeiras como eixos estruturantes do aprendizado.
Promover e facilitar experiências.
Educação Infantil - como garantir uma proposta curricular2.2
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/20.png
Respeitar os objetivos de aprendizagem e o desenvolvimento por faixas etárias.
Ter visão de criança.
Figura 21 – Bebê brincando
Fonte: <commons.wikimedia.org
[https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Babies_male_-_2_months.jpg.] >.
Figura 22 – Meninas brincando com blocos de empilhar
Fonte: <www.pexels.com [https://www.pexels.com/pt-br/foto/menina-de-
vestido-vermelho-brincando-com-blocos-de-madeira-3662667/] >.
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento2.2.1
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/21.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Babies_male_-_2_months.jpg.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/22.jpg
https://www.pexels.com/pt-br/foto/menina-de-vestido-vermelho-brincando-com-blocos-de-madeira-3662667/
Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento envolvem ações como: conviver, brincar,
participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Assim, nas figuras, tentamos demonstrar como esses direitos podem ocorrer, no dia a dia, no
momento de explorar, brincar, conviver e expressar-se.
O brincar é um dos direitos da criança na Educação Infantil que precisa ser respeitado durante as
atividades, na organização do plano educacional e no Planejamento Político Pedagógico da
escola, garantindo a BNCC um detalhamento das competências a serem trabalhadas e a faixa
etária dos alunos.
Figura 23 – Criança brincando
Fonte: <www.pexels.com [https://www.pexels.com/pt-br/foto/menina-
brincando-com-panela-e-farinha-na-cozinha-3767363/] >.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/23.jpg
https://www.pexels.com/pt-br/foto/menina-brincando-com-panela-e-farinha-na-cozinha-3767363/
Os direitos da Educação Infantil visam também garantir o direito de explorar para aprender e
construir seu próprio conhecimento e aprendizagem.
Outro direito é a possibilidade de convivência para aprender com o outro, explorar o próprio corpo
e, por meio das relações, conseguir estabelecer conhecimento e a aprendizagem ao longo da
vida.
Figura 24 – Direito de conviver
Fonte: <www.pexels.com[https://www.pexels.com/pt-
br/foto/atividade-acao-movimento-
adoravel-5471952/] >.
Figura 25 – Ação de explorar
Fonte: <www.pexels.com [https://www.pexels.com/pt-br/foto/homem-de-
jaqueta-marrom-e-bone-de-malha-vermelha-sentado-em-um-tronco-
marrom-5623724/] >.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/24.jpg
https://www.pexels.com/pt-br/foto/atividade-acao-movimento-adoravel-5471952/
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/25.jpg
https://www.pexels.com/pt-br/foto/homem-de-jaqueta-marrom-e-bone-de-malha-vermelha-sentado-em-um-tronco-marrom-5623724/
Outro aspecto da BNCC é o de Campos de Experiência, que aborda quais são as áreas a serem
trabalhados da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, traçando assim o desenvolvimento da
criança. Este aspecto muito importante, pois aqui temos o direcionamento das habilidades e das
competências das crianças.
Figura 26 – Direito de conviver
Fonte: <unsplash.com [https://unsplash.com/photos/I0UMb-f3tTk.] >.
Figura 27 – Áreas do Campo de Experiência
Fonte: Adaptado de BNCC (2016).
Outro aspecto da BNCC são os objetivos de Aprendizagem, que ocorre pelo desenvolvimento por
faixa etária e, assim, garantem o respeito à maturação e ao envolvimento dos estudantes.
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento por faixa etária2.2.2
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/26.jpg
https://unsplash.com/photos/I0UMb-f3tTk.
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/27.png
Figura 28 – Desenvolvimento por faixa etária
Fonte: <stock.adobe.com [https://stock.adobe.com/br/search?
as_audience=srp&as_campaign=Freepik&get_facets=1&order=relevance&safe
_search=1&as_content=popup&k=etapas+do+desenvolvimento+da+crian%C3%
A7a&tduid=8d52a3027a49412230f1767678b60b6a&as_channel=affiliate&as_ca
mpclass=redirect&as_source=arvato&asset_id=86527177] >.
Videoaula - Organização curricular por campos de experiência
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link:
"https://player.vimeo.com/video/734375688".
A Educação Infantil com referência à BNCC visa ter no currículo alguns aspectos que envolvam o
professor e ter claro em seu planejamento os campos de experiências determinados. A seguir,
levantaremos alguns aspectos relevantes para a organização curricular:
Organização curricular por campos de experiência2.3
https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator/img/28.jpg
https://stock.adobe.com/br/search?as_audience=srp&as_campaign=Freepik&get_facets=1&order=relevance&safe_search=1&as_content=popup&k=etapas+do+desenvolvimento+da+crian%C3%A7a&tduid=8d52a3027a49412230f1767678b60b6a&as_channel=affiliate&as_campclass=redirect&as_source=arvato&asset_id=86527177
O currículo vai organizar as situações de experiências concretas e da vida do dia a dia e os saberes
da criança aos conhecimentos que fazem parte culturalmente.
Mudança de perspectiva do foco currículo-perspectiva da criança.
Contextos de aprendizagem – por meio de projeto pedagógico de uso de diferentes linguagens.
Mudança na visão de tempo e espaço na efetivação do currículo.
Mudança com a BNCC
Garantir o tempo de exploração do aluno nas atividades e nos serviços.
Respeitar a criança e não a ver como frágil, sem condições de ter seus próprios conhecimentos.
Deixar a rigidez e a inflexibilidade, promover diversas atividades que apoiem a aprendizagem, bem
como diferentes maneiras de apresentar os conteúdos.
Não organizar o processo pedagógico em metas – garantir as experiências infantis.
Recomendações para (re)elaboração curricular
Organizar documento simples – professor deve saber quais habilidades precisam desenvolver.
Respeitar a faixa etária.
Indicadores e habilidades etárias e por campo.
Trabalhar com Temas/Saberes/Conhecimentos.
Ter projetos investigativos.
Interdisciplinaridade dos campos de experiências.
Garantir os direitos da Educação Infantil.
Formação continuada.
Oportunidades de inovação
Educação Infantil como fase preparatória para o ensino fundamental.
Romper com a lógica da organização curricular fragmentada.
Visão da integralidade do desenvolvimento.
Ter clareza da compreensão do processo do desenvolvimento da criança na primeira infância.
Atividades fazem sentido para as crianças.
Videoaula - A transição da educação infantil para o ensino
fundamental
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link:
"https://player.vimeo.com/video/734376298".
Quando pensamos em transição, precisamos ter claro o conceito de transição. A palavra
transição vem do termo latino transitio, que significa “transferência”, “mudança”. Assim, a
palavra transição é utilizada para se referir a todos os atos que envolvem uma mudança ou uma
evolução de transição de um estado para outro. O efeito que envolve o dia da criança que vai
para o Ensino Fundamental. O Quadro 5 traz as condições da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental.
Quadro 5 – Condições da Educação Infantil e do Ensino Fundamental
Condições Educação Infantil Ensino Fundamental
Estímulos Desenvolvimento natural
e saudável.
Desenvolvimento.
Há avaliação.
Interação Por meio das
brincadeiras e dos jogos.
Ações diferenciadas dos alunos sobre como afirmar sua
identidade – quem sou eu – e assim relacionar com o coletivo
de maneira confiante.
A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental:
práticas profissionais2.4
Condições Educação Infantil Ensino Fundamental
Conteúdos Movimento, brincar,
exploração do ambiente e
do estímulo.
Múltiplas linguagens – uso social da escrita.
Fonte: Elaborado pela autora.
Assim, o professor precisa conhecer a trajetória do aluno para entender seus processos
educacionais, estilos de aprendizagens e conhecimento e experiência vivenciada.
Assista ao vídeo Um olhar sobre a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, no
link: www.youtube.com [https://www.youtube.com/watch?v=WL5EFcoKp2c] .
ipe1380_10 - Referencial Curricular: o trabalho com as práticas de
linguagens na atualidade
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link:
"https://player.vimeo.com/video/734377028".
https://www.youtube.com/watch?v=WL5EFcoKp2c
ipe1380_11 - BNCC na Prática para Educação Infantil: desenho
coletivo
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link:
"https://player.vimeo.com/video/734377254".
Recapitulando a Unidade 2
Na Unidade 2, pudemos entender um pouco mais sobre a BNCC e a importância da visão dos
professores quanto ao currículo, à organização dos planos e à avaliação necessária para
reformular as atividades para atingir as reais necessidades de todos os alunos na Educação
Infantil.
Considerações finais
Essa disciplina resgata os Referenciais Curriculares Nacionais e mostra o quanto ainda podem
ser organizadas as atividades com vistas à BNCC. Ela também traz várias experiências de como
apoiar a inclusão das pessoas com deficiência, além de aspectos importantes no processo de
transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Temas desenvolvidos na Unidade 2:
Base Nacional Comum Curricular – BNCC; Educação Infantil – como garantir uma proposta
curricular; Os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento; Objetivos de Aprendizagem e
Desenvolvimento por faixa etária; organização curricular por campos de experiência; transição
da Educação Infantil para o Ensino Fundamental – práticas profissionais. Esses temas são
importantes para garantir uma Educação Infantil de qualidade e aberta à diversidade.
Espero que vocês tenham uma boa leitura e também desfrutem dos vídeos e das experiências
compartilhadas.
Autoria
Autora
Pedagoga, habilitação em Audiocomunicação. Especialização em Supervisão Escolar e
Formação de Educadores nas áreas da Deficiência Sensorial e Múltiplas. Mestrado em Distúrbios
de Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutorado em Educação, área
da Psicologia da Educação, pela Universidade São Paulo-SP e Pós-Doutoradoem Psicologia da
Educação pela Universidade Federal São Carlos. Formação na área da Surdocegueira e
Deficiência Múltipla Sensorial pela Perkins School e Sense Internacional. Diretora Educacional da
Ahimsa - Associação Educacional para Múltipla Deficiência. Pesquisadora nas áreas de:
Distúrbios de Aprendizagem, Comunicação Alternativa, Tecnologia Assistiva, Educação Inclusiva,
Surdocegueira, Deficiência Múltipla Sensorial, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e
Atendimento Educacional Especializado (AEE).
SHIRLEY RODRIGUES MAIA
Glossário
O conceito de acessibilidade é descrito na legislação brasileira como a condição para utilização,
com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos
urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de
comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL,
Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004).
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência
construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o
resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. De acordo com a nova ênfase
educacional, centrada na aprendizagem, o professor é coautor do processo de aprendizagem dos
alunos. Nesse enfoque centrado na aprendizagem, o conhecimento é construído e reconstruído
continuamente. Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
[https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/o-que-e-aprendizagem.htm.]
A Base Nacional Comum Curricular é um documento que determina as competências (gerais e
específicas), as habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver durante cada etapa da Educação Básica – Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio. A BNCC também determina que competências, habilidade e conteúdos deve ser os
mesmos, independentemente de onde as crianças, os adolescentes e os jovens moram ou
estudam. Fonte: sae.digital [https://sae.digital/bncc-o-que-e-qual-e-o-seu-objetivo/?
utm_source=google] .
Característica de motriz; particularidade da força motriz. Competência ou conjunto das funções
nervosas e/ou musculares que possibilitam os movimentos, nos seres humanos. Particularidade
de algumas células nervosas que possibilita as contrações musculares. Etimologia (origem da
palavra motricidade). Motrice + (i)dade. Fonte: www.dicio.com.br
[https://www.dicio.com.br/motricidade/] .
O Referencial visa apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um
desenvolvimento integral de suas identidades, sejam capazes de crescerem como cidadãos
Acessibilidade
Aprendizagem
Base Nacional Comum Curricular
Motricidade
Referencial Nacional Curricular
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/o-que-e-aprendizagem.htm.
https://sae.digital/bncc-o-que-e-qual-e-o-seu-objetivo/?utm_source=google
https://www.dicio.com.br/motricidade/
cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também, contribuir para que possa realizar, nas
instituições, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o
acesso e a ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural. Fonte:
portal.mec.gov.br [http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf.]
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases – LDB. Brasília: Ministério da
Educação, 1996. Disponível em: www.planalto.gov.br
[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm] . Acesso em: 01 jul. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer nº 22/98. Brasília: Ministério da Educação, 1998.
Disponível em: portal.mec.gov.br
[http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/parecer_ceb_22.98.pdf] . Acesso em: 01 jul. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Nacional Educação Infantil. Brasília: Ministério da
Educação, 1998. Disponível em: portal.mec.gov.br
[http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf] . Acesso em: 01 jul. 2022.
FONSECA, V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2006.
GARCIA, R. L.; LEITE FILHO, A. (org.). Em defesa da educação infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MAIA, S. R. Projeto Rede em Rede – Formação de Professores de Educação Infantil do Município
de São Paulo, 2011.
MAIA, S. R.; IKONOMIDIS, V. M. Orientações Curriculares Expectativas de Aprendizagem –
Educação Infantil Município de São Paulo. 2010
SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Orientações Curriculares: expectativas de
aprendizagens e orientações didáticas para educação infantil. São Paulo: SME, 2008. Disponível
em: www.culturatura.com.br [http://www.culturatura.com.br/docsed/12%20orientcurr%20psp-
ei.pdf] . Acesso em: 29 jun. 2022.
Bibliografia Clássica
Bibliografia Geral
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/parecer_ceb_22.98.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf
http://www.culturatura.com.br/docsed/12%20orientcurr%20psp-ei.pdf