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MARKETING DE CONTEÚDO 
É REI 
MATERIAL DE APOIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Raphael Moroz 
@psi.raphaelmoroz 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Sou o professor Raphael Moroz e atuarei como o seu facilitador do 
processo de aprendizagem nesta aula. Permita-me uma breve apresentação: 
sou formado em Jornalismo e em Psicologia e possuo mestrado em 
Comunicação e Linguagens. Atuo com Marketing e Comunicação 
Organizacional há mais de 10 anos e sou apaixonado por tudo que envolve o 
comportamento humano na Era Digital! Para conhecer melhor o meu trabalho, 
me siga no Instagram: @psi.raphaelmoroz 
Nesta aula, compreenderemos a origem e as especificidades do 
Marketing de Conteúdo enquanto estratégia que visa atrair e conquistar o(s) 
público(s)-alvo de uma marca. Dialogaremos com base nos conhecimentos de 
autores que se dedicam ao estudo e à execução da estratégia em questão e 
também a partir da minha experiência profissional. Ao final da aula, você será 
capaz de planejar e executar ações de Marketing de Conteúdo efetivas! Vem 
comigo? 
 
TEMA 1 – AFINAL, O QUE É MARKETING DE CONTEÚDO? 
Você já parou para pensar em todos os conteúdos que consome 
diariamente? Lembre das últimas postagens que viu nas redes sociais que 
costuma acessar, dos livros que leu recentemente e dos filmes/séries que 
assistiu para se divertir um pouco. Com certeza, a lista é grande! Nós 
consumimos conteúdos o tempo todo e por meio dos mais variados recursos 
tecnológicos. 
Repare: as marcas que você consome e/ou acompanha são grandes 
produtoras de conteúdos. Pense numa marca da qual você gosta. Agora, analise 
os conteúdos dessa marca nas redes sociais ou em outros canais de 
comunicação. Parece que eles foram feitos pra você, não é mesmo? Pois, então: 
isso significa que a empresa em questão utiliza, de maneira efetiva, uma 
estratégia chamada Marketing de Conteúdo. Esse termo foi cunhado pelo 
executivo de marketing, Joe Pulizzi em 2001. Desde então, Pulizzi se dedica a 
pesquisar como grandes empresas mundiais têm utilizado conteúdos para lucrar 
mais. Ele é, inclusive, o fundador do Content Marketing Institute (CMI), um 
instituto responsável pelo maior evento da área na América do Norte. Vejamos 
qual é a definição de Pulizzi para o Marketing de Conteúdo: 
 
 
 
3 
O Marketing de Conteúdo é o processo de marketing e de negócios para a criação 
e distribuição de conteúdo valioso e convincente para atrair, conquistar e envolver 
um público-alvo claramente definido e compreendido – com o objetivo de gerar uma 
ação lucrativa do cliente. Uma estratégia de Marketing de Conteúdo pode aproveitar 
todos os canais de história (impresso, on-line, pessoalmente, móvel, social e assim 
por diante); ser empregada em toda e qualquer fase do processo de compra, desde 
as estratégias voltadas para a atenção até as estratégias de retenção e fidelização; 
e inclui vários grupos de compra. (Pulizzi, 2016, p. 5) 
 
 Ao lermos essa importante citação de Joe Pulizzi, podemos concluir que: 
• Empregar uma estratégia de Marketing de Conteúdo significa criar e 
distribuir conteúdos relevantes para determinado(s) público(s)-alvo; 
• O objetivo dessa estratégia é atrair, conquistar e envolver esse(s) 
público(s)-alvo para que consumam mais produtos/serviços da 
empresa em questão; 
• O Marketing de Conteúdo pode ser usado em toda e qualquer fase 
do processo de compra e aproveitar diferentes canais de 
comunicação. 
Vale ressaltar que existem outras maneiras de nomearmos o Marketing 
de Conteúdo. Vejamos algumas delas: mídia do cliente, estratégia de conteúdo, 
conteúdo de marca, mídia corporativa, jornalismo de marca, jornalismo 
corporativo, histórias de marca e mídia personalizada, entre outros nomes 
(Pulizzi, 2016). 
 
TEMA 2 – A ORIGEM DO MARKETING DE CONTEÚDO 
 O termo Marketing de Conteúdo foi cunhado em 2001, mas a estratégia 
em si é bem mais antiga. A primeira vez que uma marca criou e distribuiu 
conteúdos com fins mercadológicos foi em 1895. Na época, a empresa agrícola 
norte-americana ‘Deere & Company’ desenvolveu um periódico impresso 
chamado The Furrow com o intuito de ensinar os fazendeiros do país a utilizarem 
as tecnologias agrícolas existentes e prosperarem em seus negócios. A 
quantidade de mensagens publicitárias era mínima, e os textos publicados eram 
escritos por jornalistas especialistas em contar histórias relevantes para o 
público-alvo da empresa: os fazendeiros (Pulizzi, 2016). 
 Consegue perceber o mote da estratégia da ‘Deree & Company’? 
Obviamente, o objetivo final da organização ao lançar o periódico em questão 
era vender seus produtos agrícolas para os fazendeiros dos Estados Unidos. No 
 
 
4 
entanto, a empresa alcançou esse objetivo de maneira indireta, após conquistar 
e fidelizar os fazendeiros em questão. 
Tal estratégia de conteúdo deu tão certo que o periódico existe até hoje! 
A The Furrow é considerada a maior revista de agricultura em circulação no 
mundo, sendo entregue mensalmente para mais de 1,5 milhão de fazendeiros 
de 40 países (Pulizzi, 2016). Atualmente, a ‘Deree & Company’ disponibiliza, 
inclusive, uma versão digital da revista em questão e um blog (John Deree, 
2021). 
 
TEMA 3 – CARACTERÍSTICAS DO MARKETING DE CONTEÚDO 
 Sabemos que o Marketing de Conteúdo consiste em criar e distribuir 
conteúdos que interessem ao(s) público(s)-alvo de uma marca. Agora, 
conversaremos sobre as características dessa estratégia. Para facilitar o seu 
entendimento, o presente tópico foi estruturado no formato ‘perguntas e 
respostas’. 
 
O Marketing de Conteúdo se restringe a postagens em redes sociais? 
Apesar de muitas pessoas acharem que a única forma de colocar em prática um 
planejamento de conteúdos é por meio das redes sociais, isso não é verdade. 
As redes sociais propiciam a produção e distribuição dos mais diversos 
conteúdos em razão de sua popularidade, mas é importante que outras 
plataformas também sejam empregadas para esse fim. As redes sociais que 
você utiliza não pertencem a você, certo? Imagine se as empresas que mantêm 
tais plataformas decidem encerrá-las de uma hora para outra? Todo o seu 
planejamento de conteúdos para essas redes sociais iria ‘por água abaixo’! Ao 
usar plataformas que pertencem a terceiros, você está ‘alugando’ espaços para 
distribuir seus conteúdos. Esses espaços não são seus e, portanto, não podem 
ser totalmente controlados por você. Por isso, é recomendado que você tenha 
plataformas/canais de comunicação próprios para divulgar conteúdos, tais como 
sites, blogs, e-books e mídias impressas. O ideal é integrar o seu planejamento 
de conteúdos tanto em plataformas populares (como as redes sociais) quanto 
em mídias pertencentes a você. 
 
 
 
 
 
5 
Posso produzir conteúdos em diferentes formatos? 
Com certeza! Conteúdo é conteúdo, independentemente do formato. Há públicos 
que preferem consumir conteúdos em mídias impressas – os mais tradicionais, 
por exemplo. Já outras pessoas preferem ter acesso a conteúdos mais 
sintetizados, em vídeos e podcasts. Parta sempre desta premissa: quem 
determinará o(s) formato(s) que você irá empregar nos seus conteúdos será o 
seu público-alvo. É possível, inclusive, que a sua empresa possua públicos 
diversos, que preferem consumir conteúdos em formatos diferentes. Nesse caso, 
é importante pensar em um planejamento que contemple essas diferenças. 
 
Em quanto tempo os resultados de uma estratégia de Marketing de 
Conteúdo aparecem? 
O principal objetivo do Marketing de Conteúdo, assim como as demais 
estratégias de marketing, é contribuir para o aumento do lucro de uma empresa. 
Todavia, há estratégias que possibilitam isso de maneira mais rápida que outras. 
Vejamos um exemplo: quando criamos e veiculamos um anúncio em 
determinada rede social, a tendência é que essa ação gere resultados mais 
imediatos em termos de vendas de um produto/serviço. Quando falamos em 
Marketingde Conteúdo, a ação lucrativa ocorre num maior espaço de tempo, a 
médio e longo prazos. “E qual é a vantagem disso?”, você deve estar se 
perguntando. Enquanto um anúncio promocional dificilmente contribuirá para 
fidelizar consumidores, uma estratégia efetiva de Marketing de Conteúdo é 
capaz de alcançar esse feito! O processo ocorre de maneira similar a uma 
amizade. Sim, você leu corretamente! É isso, mesmo. Quando conhecemos 
alguém, é normal que fiquemos retraídos, inicialmente. À medida que 
conhecemos melhor a pessoa e sua trajetória de vida, passamos a gostar mais 
e mais dela e a confiar nela. Com a confiança, vem a lealdade. Com o Marketing 
de Conteúdo, é a mesma coisa! Inicialmente, consumimos os conteúdos de 
determinada marca de maneira tímida, sem interagir. Quando passamos a nos 
interessar mais pelos conteúdos, nos permitimos interagir com a marca: 
curtimos, comentamos, enviamos mensagens inbox ou por e-mail e 
compartilhamos os conteúdos com pessoas próximas. Com o tempo, 
conhecemos os produtos/serviços que a empresa em questão oferece e, como 
já mantemos uma relação de afeto com ela, passamos a adquiri-los. 
Primeiramente, a marca conquista os consumidores mediante os conteúdos que 
 
 
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produz. Depois, esses consumidores – que já estão emocionalmente envolvidos 
com a empresa – passam a adquirir os produtos/serviços desta e se tornam seus 
clientes. Com o Marketing de Conteúdo, as vendas acabam sendo a 
consequência de um processo eficaz de engajamento do(s) público(s)-alvo em 
relação à marca. 
 
TEMA 4 – O TAL DO CONTEÚDO RELEVANTE 
 Que conteúdos você gosta de consumir no seu dia a dia? O que é 
relevante pra você? O que é considerado interessante para uma pessoa pode 
não ser para outra. Quando falamos em Marketing de Conteúdo, o que determina 
se um conteúdo é relevante ou não? Na verdade, precisamos substituir o termo 
‘o que’ por ‘quem’ para que essa pergunta seja formulada corretamente: 
Quem determina se um conteúdo é relevante ou não? 
A resposta é um tanto óbvia: o(s) público(s)-alvo da marca. Afinal, são 
eles que consumirão os conteúdos da empresa, não é mesmo? Vejamos a 
importante recomendação de Joe Pulizzi (2016, p. 101) a esse respeito: “tudo o 
que você faz com o seu marketing de conteúdo deve começar e terminar em seu 
público. Se você não entender os desejos e necessidades de seu público, não 
há como ter sucesso com o seu conteúdo”. 
Todavia, existe um ‘porém’: um ou mais públicos-alvo costumam englobar 
uma grande faixa de pessoas. Diante disso, como produzir conteúdos que 
atraiam todas essas pessoas? Para isso, é necessário definir as personas do(s) 
seu(s) público(s). Você, provavelmente, já ouviu falar nesse termo, certo? Uma 
persona é a representação do(s) público(s) da sua marca a partir de um(a) 
personagem fictício(a). Quando definimos as personas da nossa empresa, fica 
muito mais fácil pensar em conteúdos mais assertivos e estratégicos. Vejamos 
um exemplo de persona: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 4.1 – Exemplo de persona 
 
Fonte: o autor (2021). 
 
A pergunta que, provavelmente, está na ponta da sua língua agora é: 
“quantas personas a minha empresa precisa ter?”. A resposta é: depende. 
Pulizzi (2016) recomenda que precisamos de uma persona para cada grupo de 
pessoas para as quais produzimos conteúdos. Isso significa que, se um grupo 
de pessoas passam por um processo de compra diferente em relação a outro(s) 
grupo(s), é necessário que cada grupo seja representado por uma persona 
específica. Em suma: cada grupo de pessoas que passa por um processo 
de compra distinto precisa ser representado por uma persona. 
 
4.1 Construindo as personas da sua marca 
Para definir as personas da sua marca, é fundamental conhecer o(s) 
seu(s) público(s). Nesse sentido, qualquer tipo de interação pode ajudar – 
pessoalmente, por meio de redes sociais e/ou de formulários de pesquisa on-
line. O ideal é intercalar essas ações para coletar dados de maneira mais 
completa e fidedigna. Com os dados em mãos, é hora de definir as 
características das personas da sua empresa. Para que seja efetiva, uma 
persona precisa apresentar as seguintes informações: 
MATHEUS
28 anos
• Possui graduação e trabalha numa empresa de grande porte;
• É profissional dedicado, mora com a namorada e pertence à classe média 
baixa;
• Quer 'subir' na carreira e ganhar mais, mas não sabe como; 
• Tem interesse em temas como produtividade, autoconhecimento, liderança;
• Costuma consumir conteúdos em blogs, em e-books e no LinkedIn;
• Seus fatores de sucesso são: promoção na carreira, satisfação profissional 
e aumento do poder aquisitivo.
 
 
8 
1) Idade/faixa etária e caracterização: dados como a idade aproximada, o 
nível de escolaridade e a condição socioeconômica do(a) representante 
da marca nos ajudam a definir para quem direcionaremos os nossos 
conteúdos. 
2) Dores e necessidades: essas são as informações mais importantes. Ao 
mapearmos as dores e necessidades do(s) nosso(s) público(s), 
conseguimos pensar em conteúdos que os ajudem a se sentir melhor. 
3) Principais interesses e hábitos de consumo: é importante responder a 
perguntas como ‘quais temas mais interessam o(s) meu(s) público(s)?’, 
‘quais assuntos ele(s) quer(em) compreender melhor?’, ‘como 
costuma(m) consumir conteúdos?’ e ‘quais redes sociais prefere(m) 
usar?’. 
4) Fatores de sucesso: de acordo com Pulizzi (2016), tratam-se dos 
indicadores tangíveis ou intangíveis que o consumidor associa com o 
sucesso. Exemplos: aumentar o poder aquisitivo, comprar um imóvel 
próprio, conquistar um emprego etc. Seus conteúdos e, logicamente, os 
produtos/serviços da sua marca contribuirão para que os consumidores 
conquistem esses objetivos. 
Que tal retomarmos a persona do Matheus, de 28 anos (do tópico 
anterior), para vermos como cada uma dessas informações pode ser aplicada 
na prática? 
 
Quadro 4.1.1 – Características da persona ‘Matheus’ 
 
Fonte: o autor (2021). 
• Possui graduação e trabalha numa empresa de grande
porte; é profissional dedicado, mora com a namorada e
pertence à classe média baixa.
Caracterização
•Quer 'subir' na carreira e ganhar mais, mas
não sabe como.
Dores e 
necessidades
•Tem interesse por temas como produtividade,
autoconhecimento e liderança.
Principais 
interesses
•Costuma consumir conteúdos em blogs, em
e-books e no LinkedIn.
Principais hábitos 
de consumo
•Promoção na carreira, satisfação profissional
e aumento do poder aquisitivo.
Fatores de 
sucesso
 
 
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TEMA 5 – PLANEJANDO E EXECUTANDO AÇÕES DE MARKETING DE 
CONTEÚDO 
 Este é o momento em que os seus conteúdos começarão a tomar forma! 
Quando conhecemos alguém, precisamos pensar no que dizer para ela, não é 
mesmo? Para isso, precisamos levar em consideração tanto o conteúdo do que 
iremos falar (qual é a função da nossa mensagem) quanto o contexto em que 
faremos isso (o momento e o local adequados para transmitir a mensagem). Com 
as personas da sua marca, é a mesma coisa (Pulizzi, 2016). 
 É aqui que entra o ciclo do envolvimento. Segundo Pulizzi (2016, p. 
113), trata-se de “um processo definido pelo qual o seu público passa enquanto 
você o ajuda cada vez mais a se envolver com sua marca”. Esse ciclo precisa 
ser estabelecido paralelamente ao ciclo de vendas – que, por sua vez, envolve 
o comportamento do(s) seu(s) público(s) diante dos seus esforços de marketing 
e vendas. De maneira didática, o autor em questão explica que o ciclo de vendas 
é como identificamos os consumidores que: 
• Não sabem nada a nosso respeito; 
• Em seguida, sabem algo sobre nós; 
• Um pouco depois, estão interessados no que temos para oferecer; 
• Depois, nos comparam com outras soluções; 
• Finalmente, fazem o que nós queremos que eles façam. 
Vamos pensar na aplicação desses conhecimentos na prática? Imagine 
que você administra uma empresa do ramo educacional que vende cursos on-
line voltadospara o desenvolvimento profissional de quem os adquire. Dessa 
forma, o seu ciclo de vendas é composto pelas seguintes fases: 1) visitantes 
(consumidores que entraram no site da marca); 2) leads (pessoas que têm 
interesse nos cursos oferecidos); 3) compradores (consumidores que 
adquiriram um curso); 4) clientes (pessoas que já adquiriram mais de um curso 
da sua empresa). 
Faça, agora, o seguinte exercício: levando em conta que a persona que 
representa o seu público-alvo é o Matheus, de 28 anos, quais conteúdos seriam 
interessantes para cada fase do seu ciclo de vendas? Veja só uma sugestão: 
 
 
 
 
 
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Quadro 5.1 – Ciclo de envolvimento (Opção 1) 
FASE DO CICLO DE VENDAS 
PERSONA VISITANTES LEADS COMPRADORES CLIENTES 
 
 
Matheus 
 
Dicas 
profissionais 
(em vídeo) no 
LinkedIn 
 
E-book 
 
Webinars exclusivos 
com professores via 
YouTube 
 
Mentorias 
individuais via 
Google Meet 
CONTEÚDOS 
 
Fonte: elaborado com base em Pulizzi (2016). 
 
 A primeira opção de ciclo de envolvimento para a empresa mencionada 
engloba conteúdos em quatro diferentes mídias/canais de comunicação: dicas 
profissionais em vídeo na rede social LinkedIn (para quem está entrando em 
contato com a marca), um e-book (para quem já demonstrou interesse nos 
cursos vendidos pela empresa), webinars por meio da rede social YouTube (para 
quem adquiriu o primeiro curso da empresa) e mentorias individuais mediante o 
uso do aplicativo Google Meet (para quem já é cliente da marca e estabeleceu 
relacionamento com ela). Esse ciclo de envolvimento faz sentido pra você? 
Vejamos uma outra opção: 
 
Quadro 5.2 – Ciclo de envolvimento (Opção 2) 
FASE DO CICLO DE VENDAS 
PERSONA VISITANTES LEADS COMPRADORES CLIENTES 
 
 
 
Matheus 
 
Posts sobre 
ferramentas de 
autoconhecimento 
no blog da 
empresa 
 
 
Newsletter 
semanal 
 
E-books 
 
Webinars 
exclusivos 
com 
palestrantes 
de renome 
CONTEÚDOS 
 
Fonte: elaborado com base em Pulizzi (2016). 
 
 
 
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Nessa segunda opção, sugerimos postagens no blog da empresa (por 
meio de posts sobre ferramentas de autoconhecimento) e a produção e 
distribuição de e-books, já que o nosso público costuma consumir esses canais 
de comunicação. Além disso, acrescentamos ao planejamento de conteúdos 
uma newsletter semanal para os consumidores que já adquiriram um curso da 
marca e webinars exclusivos com palestrantes de renome – o que contribuiria 
para reforçar o valor da marca perante os clientes. 
Os dois exemplos anteriores representam a visão macro do 
planejamento de conteúdos. O passo seguinte é, com base nessa visão geral, 
desenvolver um planejamento semanal para discriminar os conteúdos que serão 
produzidos e divulgados. Confira um exemplo: 
 
Quadro 5.3 – Planejamento de Conteúdos (semanal) 
PLANEJAMENTO DE CONTEÚDOS 
DATA HORÁRIO TEMA PERSONA OBJETIVO(S) FORMATO CANAL STATUS 
01/04 10h 
Aspectos do 
autoconhecimento 
Matheus 
Fidelizar o 
público. 
Vídeo 
gravado 
LinkedIn Postado 
03/04 19h Tipos de líderes Matheus 
Fidelizar o 
público. 
Texto Blog Postado 
05/04 14h 
Métodos de 
produtividade 
Matheus 
Divulgar 
lançamento 
de curso. 
Transmissão 
ao vivo 
YouTube Programado 
 
Fonte: o autor (2021). 
 
NA PRÁTICA 
Chegou a hora de usar os conhecimentos aprendidos em benefício da sua 
marca e/ou da empresa em que você trabalha! Comece fazendo uma pesquisa 
e definindo as personas que representam o(s) seu(s) público(s)-alvo. Em 
seguida, estabeleça o ciclo de envolvimento da marca e desenvolva um 
planejamento de conteúdos para cada fase com base nas características das 
suas personas. Bom trabalho 
 
 
 
 
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FINALIZANDO 
Chegamos ao fim da nossa aula. Espero que você tenha tirado proveito 
dessa breve pincelada sobre o Marketing de Conteúdo – estratégia que, segundo 
Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), é a nova propaganda. Que tal revisarmos 
os conteúdos que vimos? Começamos a aula compreendendo o conceito do 
Marketing de Conteúdo, bem como seus objetivos e sua origem. Se você achava 
que essa estratégia surgiu no contexto das redes sociais digitais, se enganou: o 
uso de conteúdos por marcas é bem mais antigo – e tem se mostrado eficaz 
desde o seu surgimento! 
Em seguida, discutimos as principais características do Marketing de 
Conteúdo. Será que conseguimos resumi-las por meio de palavras? Vamos 
tentar: abrangência (podemos – e devemos – explorar conteúdos em diversas 
mídias/canais de comunicação), multiplicidade de formatos (formatos 
diferentes podem ser empregados considerando as preferências dos 
consumidores) e efetividade a médio e longo prazos (a estratégia em questão 
gera resultados em termos de fortalecimento de marca e lucratividade em um 
maior período de tempo). 
Nos últimos tópicos da aula, focamos na aplicabilidade prática do 
Marketing de Conteúdo. Será que produzir e divulgar conteúdos de uma ‘hora 
para outra’, sem conhecer as características do(s) seu(s) público(s), é a atitude 
mais eficaz? Com certeza, não! O primeiro passo para planejar seus conteúdos 
é realizar uma pesquisa para definir as personas da sua marca. O passo 
seguinte é mapear o ciclo do envolvimento da sua empresa, associando-o ao 
ciclo de vendas. A última fase é o desenvolvimento e a execução de um 
planejamento de conteúdos baseado em cada fase do ciclo do envolvimento 
da sua marca. 
Desejo a você bons resultados nas suas ações de Marketing de Conteúdo! 
Um abraço e até breve 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
JOHN DEREE. The Furrow (site). Disponível em: 
<https://www.deere.com/en/publications/the-furrow/>. Acesso em: 20 abr. 2021. 
 
KOTLER, Philip.; KARTAJAYA, Hermawan. SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0. 
Rio de Janeiro: Sextante, 2017. 
 
PULIZZI, Joe. Marketing de conteúdo épico: como contar uma história 
diferente, destacar-se na multidão e conquistar mais clientes com menos 
marketing. São Paulo: DVS Editora, 2016.