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Guarda dos filhos: compartilhada e unilateral
A guarda dos filhos é um dos principais temas no direito de família, especialmente quando os pais se separam ou se divorciam. Ela estabelece quem será responsável pelas decisões e cuidados diários dos filhos menores, como questões de saúde, educação e convivência. No Brasil, o Código Civil prevê duas formas principais de guarda: compartilhada e unilateral. Ambas têm implicações significativas para a vida dos filhos e dos pais, e sua escolha depende de diversos fatores, como o interesse da criança, a convivência com ambos os pais e as condições de cada um para exercer a guarda.
Guarda compartilhada
A guarda compartilhada é aquela em que ambos os pais têm direitos e deveres iguais sobre os filhos. Nesse regime, a responsabilidade por decisões importantes sobre a vida da criança, como escolha de escola, tratamento médico e outras questões fundamentais, é compartilhada entre os pais. A guarda compartilhada não significa que as crianças vão morar metade do tempo com um pai e metade com o outro, mas sim que ambos os pais têm o dever de participar ativamente da criação e educação dos filhos.
Esse tipo de guarda tem como princípio o interesse da criança, pois se entende que a convivência com ambos os pais é essencial para o desenvolvimento emocional e social do filho. A guarda compartilhada é vista como a melhor alternativa em muitas situações, uma vez que promove a participação de ambos os pais, permitindo que a criança se beneficie das contribuições de ambos no processo de socialização e educação.
O Código Civil Brasileiro, desde 2008, determina que a guarda compartilhada deve ser a regra, salvo se houver razões para que um dos pais não possa assumir essa responsabilidade, como em casos de violência doméstica ou situações que coloquem em risco o bem-estar da criança.
Guarda unilateral
A guarda unilateral ocorre quando apenas um dos pais tem a responsabilidade total sobre a criança. Neste caso, o pai ou a mãe que detém a guarda tem o direito de tomar decisões importantes sozinho, sem a necessidade de consultar o outro genitor. No entanto, isso não significa que o outro genitor seja privado do direito de convivência com o filho. Mesmo na guarda unilateral, o genitor não guardião tem o direito de visitação e, em alguns casos, até o dever de contribuir com pensão alimentícia.
A guarda unilateral pode ser determinada judicialmente quando um dos pais não está em condições de assumir a responsabilidade compartilhada, seja por questões de saúde, distanciamento geográfico ou outros fatores que dificultem a convivência. Ela também pode ser determinada quando um dos pais não demonstra interesse ou capacidade de cuidar da criança.
Diferenças entre as modalidades de guarda
A principal diferença entre a guarda compartilhada e a unilateral está na divisão de responsabilidades. Na guarda compartilhada, as decisões são tomadas em conjunto, enquanto na guarda unilateral, as decisões são tomadas exclusivamente pelo genitor que detém a guarda. Embora a guarda compartilhada seja considerada mais vantajosa para o desenvolvimento da criança, a guarda unilateral pode ser necessária em alguns casos onde um dos pais não pode ou não deseja participar ativamente da criação dos filhos.
Perguntas e Respostas:
1. Qual a principal diferença entre guarda compartilhada e guarda unilateral? A principal diferença está na responsabilidade pela educação e pelas decisões sobre a vida da criança. Na guarda compartilhada, ambos os pais participam ativamente das decisões, enquanto na guarda unilateral, apenas um dos pais tem esse direito.
2. A guarda compartilhada significa que os filhos devem morar com os dois pais igualmente? Não necessariamente. A guarda compartilhada refere-se à divisão de responsabilidades e decisões, mas a convivência física da criança pode ocorrer de forma diferente, dependendo do acordo entre os pais.
3. Quando a guarda unilateral é determinada? A guarda unilateral pode ser determinada quando um dos pais não tem condições de cuidar da criança ou quando a convivência com um dos pais é considerada prejudicial ao bem-estar da criança.
4. A guarda compartilhada é a regra no Brasil? Sim, desde a alteração no Código Civil em 2008, a guarda compartilhada passou a ser a regra, salvo em casos onde existem razões legítimas para a guarda unilateral, como violência ou incapacidade de um dos pais.
5. O genitor não guardião tem algum direito na guarda unilateral? Sim, mesmo na guarda unilateral, o genitor não guardião tem direito de convivência com o filho, podendo também ser obrigado a pagar pensão alimentícia, dependendo das circunstâncias.