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96 industriais e ao predomínio da mão de obra europeia imi- grante nos trabalhos agrícolas. e) à formação de governos autônomos no nordeste do Bra- sil, à liberdade de venda no exterior da produção colonial e aos investimentos de grandes somas de capital em manu- faturas têxteis. 365. (Mackenzie SP/2017) No Brasil do sé- culo XVI, a sociedade tinha, no engenho, o centro de sua organização. Assinale a al- ternativa que NÃO atesta a importância do engenho no período colonial. a) A grande propriedade era monocultora e também escra- vocrata, voltada para o mercado externo, sendo a monta- gem da estrutura de produção açucareira, um empreendi- mento de alto custo. b) Os senhores de engenhos, por serem proprietários de terras e escravos, detinham o poder político e controlavam as Câmaras Municipais, sendo denominados de “homens bons”, estendendo tal poder para o interior de sua família. c) Alguns engenhos funcionavam como unidades de produ- ção autossuficientes, pois além de oficinas para reparos de suas instalações, produziam alimentos necessários à so- brevivência de seus moradores. d) No engenho também havia alguns tipos de trabalhadores assalariados, como o feitor, o mestre de açúcar, o capelão ou padre, que se sujeitavam ao poder e à influência do grande proprietário de terras. e) Os grandes engenhos contavam com toda a infraestru- tura não apenas para atender às necessidades básicas de sobrevivência, mas voltadas à atividade intelectual que tor- nava o engenho centro de discussões comerciais. 366. (UNIFOR CE/2017) O Complexo Econômico Nor- destino estruturou-se no Nordeste do Brasil ao longo dos séculos XVI e XVII, a partir da produção de cana de açúcar para exportação. Esta produção articulou-se com a pecuária no interior da região. Sobre este período da história econômica do Brasil pode-se afirmar que: I. O aproveitamento do escravo indígena revelou-se in- viável na escala requerida, o que levou ao aprofunda- mento da importação de africanos. II. A criação de gado no interior do Nordeste ocorreu, especialmente, para abastecer a região açucareira de carne e animais de tiro. III. O crescimento destas economias se dava intensiva- mente incorporando as mais modernas técnicas produ- tivas. IV. As “Invasões Holandesas” foram consequências do alto interesse comercial e financeiro dos holandeses no negócio do açúcar. V. O desenvolvimento de uma economia açucareira nas Antilhas, depois da expulsão dos holandeses do Brasil, em nada prejudicou o florescimento da Região Nor- deste do Brasil. Está correto o que se afirma em: a) I, II, IV. b) I, II, V. c) III, IV e V. d) I, III, e V. e) II, III e IV. 367. (UNCISAL AL/2017) No Brasil colônia, o responsá- vel pela produção açucareira – o senhor de engenho – tinha enorme prestígio social. Era um tipo de “nobre da terra”, um membro da “açucarocracia”, que produzia a partir de um modelo centrado nos princípios capitalis- tas de produção da época. A agricultura assentava-se sobre o latifúndio monocultor, escravista e exportador. VAINFAS, Ronaldo (Dir.). Dicionário do Brasil colonial. O modo de produção descrito no texto é conhecido como a) roça. b) plantation. c) agrofeudal. d) rotação de cultivo. e) agricultura coletiva. 368. (PUCCamp SP/2017) As colônias que se formaram na América portuguesa tiveram, desde o século XVI, o caráter de sociedades escravistas. Com o passar do tempo, consolidaram-se em todas elas algumas práti- cas relacionadas à escravidão que ajudaram a cimentar a unidade e a própria identidade dos colonos luso-bra- sileiros. Dentre essas práticas, ressalta-se a combina- ção entre um avultado tráfico negreiro gerido a partir dos portos brasileiros e altas taxas de alforria. BERBEL, Márcia. Escravidão e política. Os holandeses, durante o governo de Maurício de Nas- sau, lançaram mão de algumas estratégias ao se relaci- onarem com os colonos luso-brasileiros durante o pe- ríodo em que dominaram parte do Nordeste brasileiro, no século XVII. Dentre essas estratégias, incluem-se a) a busca do controle do tráfico negreiro a partir de um en- treposto na África do Sul, a expropriação dos engenhos de açúcar mais produtivos e a difusão do calvinismo aos colo- nos luso-brasileiros. b) o estímulo à imigração holandesa para o nordeste brasi- leiro, a limpeza étnica da porção urbana da região ocupada e a expansão da cultura canavieira para o Suriname. c) o controle das rotas comerciais no Atlântico, a implanta- ção do trabalho livre em sua área de influência, e a forma- ção de uma colônia judaica na região do Maranhão. d) o estabelecimento de redes de comércio com os produ- tores de uma vasta região da costa nordestina, certa tole- rância religiosa e a manutenção das relações escravistas. e) a formação de um exército anti-lusitano de alforriados em Recife, o estabelecimento de alianças com os espanhóis e a concessão de créditos aos colonos protestantes. 369. (PUCCamp SP/2017) Mais do que resultante de aca- sos e similares, como aconteceu a muitos países, o Bra- sil é produto de uma obra. Em sua primeira parte, feita à medida e semelhança do colonizador. Depois, condu- zida pela classe dominante dele herdeira, no melhor e sobretudo no pior da herança. O sistema aí nascente projetou-se na história como um processo sem inter- rupção, sem sequer solavancos. Escravocrata por tanto tempo, fez a abolição mais conveniente à classe domi- nante, não aos ex-escravizados. A República trouxe re- cusas superficiais ao Império, ficando a expansão repu- blicana do poder e dos direitos reduzida, no máximo, a farsas, a começar do método fraudador das "eleições a bico de pena". (FREITAS, Jânio de. Folha de S. Paulo, 30/04/2017)