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198 4. (Enem) A vinda da família real deslocou de- finitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte implicava uma alteração do acanha- do cenário urbano da Colônia, mas a marca do absolutismo acompanharia a alteração. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento). As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da presença da Corte estavam limitadas à superfície das estruturas sociais porque a) a pujança do desenvolvimento comercial e industrial retirava da agricultura de expor- tação a posição de atividade econômica cen- tral na Colônia. b) a expansão das atividades econômicas e o desenvolvimento de novos hábitos convi- viam com a exploração do trabalho escravo. c) a emergência das práticas liberais, com a abertura dos portos, impedia uma renovação política em prol da formação de uma socie- dade menos desigual. d) a integração das elites políticas regionais, sob a liderança do Rio de Janeiro, ensejava a formação de um projeto político separatista de cunho republicano. e) a dinamização da economia urbana retar- dava o letramento de mulatos e imigrantes, importante para as necessidades do trabalho na cidade. 5. (Enem) A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os es- cravos eram extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melho- rar as condições de vida da escravaria exis- tente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o problema da mão de obra. COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010. Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determi- nou a extinção do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os cafeicultores paulistas, a medida que re- presentou uma solução efetiva desse proble- ma foi o (a) a) valorização dos trabalhadores nacionais li- vres. b) busca por novas fontes fornecedoras de cati- vos. c) desenvolvimento de uma economia urbano- -industrial. d) incentivo à imigração europeia. e) escravização das populações indígenas. 6. (Enem) TEXTO I Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimen- to dos descendentes de senhores e a afinida- de de sofrimento dos herdeiros de escravos. NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em www. dominiopublico.gov.br. Acesso em 12 out 2011 (adaptado) TEXTO II Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube traba- lhar nos bastidores para impulsionar a cam- panha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão internacional para a causa abolicionista, pu- blicando em jornais estrangeiros lidos e res- peitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim. COSTA e SILVA, P. “Um abolicionista bom de marketing”. Disponível em www.revistadehistoria. com.br. Acesso em 27 de jan. 2012 (adaptado) Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado da: a) Evolução moral da sociedade. b) Vontade política do Imperador. c) Atuação isenta da Igreja Católica. d) Ineficácia econômica do trabalho escravo. e) Implantação nacional do movimento repu- blicano. 7. (Enem) O movimento abolicionista, que le- vou à libertação dos escravos pela Lei Áu- rea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com par- ticipação popular. Nunca antes tantos bra- sileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públi- cas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país. GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado). O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a) a) imprensa escrita. b) oficialato militar. c) corte palaciana. d) clero católico. e) câmara de representantes.