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201 15. (Enem) A experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas nações me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de branco e, se isto sucede com os que estão já- civilizados, como não sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos. NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan. 1751. Apud CHAIM, M. M. Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo: Nobel, Brasília: INL, 1983 (adaptado). Noronha, que atendeu às diretrizes da políti- ca indigenista pombalina que incentivava a criação de aldeamentos em função: a) das constantes rebeliões indígenas contra os brancos colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas regiões mineradoras. b) da propagação de doenças originadas do contato com os colonizadores, que dizima- ram boa parte da população indígena. c) do empenho das ordens religiosas em prote- ger o indígena da exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração colonial. d) da política racista da Coroa Portuguesa, con- trária à miscigenação, que organizava a so- ciedade em uma hierarquia dominada pelos brancos. e) da necessidade de controle dos brancos so- bre a população indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho regular. 16. (Enem) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância”. MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). O império luso- brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986. O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movi- mentos libertários ocorridos no Brasil por: a) defender a igualdade econômica, extinguin- do a propriedade, conforme proposto nos movimentos liberais da França napoleônica. b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingle- ses na luta contra o absolutismo monárquico. c) propor a instalação de um regime nos mol- des da república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconômica escravista e latifundiária. d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolu- ção Francesa, propondo o sistema censitário de votação. e) defender um governo democrático que ga- rantisse a participação política das camadas populares, influenciado pelo ideário da Re- volução Francesa. 17. (Enem) A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos urbanos no início do século XIX. Lembrando que as atividades desempenha- das por esses trabalhadores eram diversas, os escravos de aluguel representados na pin- tura: a) vendiam a produção da lavoura cafeeira para os moradores das cidades. b) trabalhavam nas casas de seus senhores e acompanhavam as donzelas na rua. c) realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento para os seus senhores. d) eram autônomos, sendo contratados por ou- tros senhores para realizarem atividades co- merciais. e) aguardavam a sua própria venda após de- sembarcarem no porto. 18. Os tropeiros foram figuras decisivas na for- mação de vilarejos e cidades do Brasil colo- nial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de ho- mens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era le- vada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goi- ás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e pro- dutos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimen- ta-doreino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão qua- se sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos tí- picos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado. Disponível em: http://www.tribunadoplanalto. com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.