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TEXTO I
“Vale a pena lembrar que a emenda n°11, que punha fim ao Ato 5, somente entrou em vigor em 
janeiro de 1979, quando faltavam somente dois meses e meio para a posse de Figueredo. Geisel, 
portanto, podia dar-se por satisfeito. Todos os seus compromissos haviam sido cumpridos: Ele 
empreendeu a descompressão “lenta, gradual, e segura” e, ao mesmo tempo, não abriu mão dos 
“poderes excepcionais” que a revolução lhe dera até o final de seu mandato.
MATHIAS, Suzeley. A distensão no Brasil: O projeto militar (1973 - 1979). Campinas: Papirus, 1995. (fragmento) 
TEXTO II:
“O crepúsculo da década de 1970, que havia começado como uma das mais autoritárias da história 
brasileira, foi marcado pelo retorno da sociedade civil organizada ao espaço da política. Às greves 
do ABC e à campanha pela anistia aos presos e exilados políticos, somaram-se movimentos de 
bairros nas grandes cidades e uma forte expansão das comunidades eclesiais de base, inspiradas 
na Teologia da Libertação. Em 1983, quando começaram as primeiras manifestações em prol do 
retorno das eleições diretas para presidente da República, foram também os participantes desses 
movimentos que, de forma gradativa, ampliaram o número de manifestantes na campanha das 
Diretas.”
DELGADO, Lucilia. Diretas-Já: Vozes das cidades. In: FERREIRA, Jorge; REIS, Daniel Aarão. As esquerdas no 
Brasil: Revolução e democracia (1964...). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. (fragmento) 
Do ponto de vista histórico, ambos os textos indicados revelam:
a) Os artifícios utilizados pela ditadura para impedir a participação política da sociedade, que somente 
pode se organizar de forma concreta para a eleição de 1989, disputada no segundo turno entre Luiz 
Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Collor de Melo (PRN).
b) A dinâmica do renascimento da participação política no fim da década de 70, ainda que parcialmente 
bloqueada pelas contradições do processo de abertura controlada.
c) Que os movimentos sociais não tiveram importância significativa no processo de abertura, pois o 
mesmo foi feito inteiramente sob o controle dos militares, que não foram abalados pelas pressões da 
sociedade civil, devido ao poder que obtiveram após o golpe de 1964.
d) Geisel pode ser considerado o “arquiteto” da abertura, planejada e implementada desde o início de 
seu governo, que forneceu abertura para os movimentos sociais e principalmente para a imprensa, que 
pode operar sem problemas em relação a censura e violência.
e) Os momentos finais da década de 70 foram marcados por um endurecimento do regime, principalmente 
pelo fato de que Geisel mantinha entre seus quadros generais da linha dura, como Silvio Frota, Golbery 
do Couto e Silva e João Baptista Figueiredo.
MODELO 4
Tema: Redemocratização
Construção da habilidade: Presente na competência 3, a habilidade 13 busca a compreensão 
sobre a atuação do movimento de diretas já e seu papel na contribuição em mudanças e rupturas no 
processo político.
Competência: 3 Habilidade: 13