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Coberturas de solo para o cultivo de hortaliças agroecológicas Mestranda: Nancy Aidé Cardona Casas Orientadora: Irene Maria Cardoso Coorientador: Raphael B. Fernandes Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Agrárias Departamento de Solos Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas Coberturas do Solo 2 Tonte: https://www.proplantas.com/ Fonte: Nancy C. Importância de cobrir o solo Proteção do impacto das gotas de chuva Proteção dos raios do sol Conservação da umidade Diminuição da temperatura 3 Importância de cobrir o solo Retorno de matéria orgânica Melhora a estrutura Conservação dos organismos vivos do solo Retorno de nutrientes Diminuição das plantas espontâneas 4 O que é a agroecologia? 5 A. Wezel 2009 Hortaliças Agroecológicas 6 Agricultura Familiar Representa o 81,3% das explorações agropecuárias Emprega mais de 50% de trabalhadores do setor Ocupa menos do 23% da superfície FAO - Leporati et al., 2014 7 Mão de obra da família As terras e meios de produção pertencem à família Comercialização: circuitos curtos Produção baseada em recursos da própria unidade agrícola: autonomia em relação ao mercado 8 Ploeg, 2009 Agricultura Familiar Camponesa “...Esse agricultor familiar, de uma certa forma, permanece camponês...na medida que a família continua sendo o objetivo principal que define as estratégias de produção e reprodução e a instância imediata de decisão” 9 Wanderley, 2003 Solos Tropicais Altamente intemperizados Altas taxas de lixiviação de nutrientes Baixa capacidade de troca de cátions Forte retenção de P Altos teores de alumínio 10 Aporte constante de matéria orgânica 11 Uso de coberturas vegetais nas hortaliças tem sido uma boa estratégia para o aporte de matéria orgânica ao solo Controle de plantas espontâneas Conserva a umidade e temperatura Proteção da radiação solar e impacto das gotas de chuva Nutrientes 12 13 Fonte: http://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/plantio-direto Usado Plantio direto Produção orgânica: Compra de materiais de cobertura e na agricultura familiar camponesa? 14 Pesquisas e observações em MG... Nos sistemas de agricultura familiar, esta proteção nem sempre é verificada... Por quê? Área disponível? Mão de obra disponível? Desconhecimento? Falta de convencimento? 15 Resíduos dentro das unidades de produção familiar podem ser aproveitados! Mas... os agricultores usariam? 16 A discussão de um problema técnico requer que esse apareça ao camponês como um problema real uma vez que a resposta a ele é de ordem cultural. “...E porque são culturais as respostas que os camponeses estão dando a desafios naturais, não podem ser substituídas através da superposição de respostas, também culturais (as nossas), que nós estendemos até êles” 17 Freire, 1983 18 19 Material e Métodos Área de estudo Sete propriedades familiares agroecológicas produtoras de hortaliças. Seis comunidades de Viçosa: Varginha, Palmital, Cristais, Violeira, São José do Triunfo e Cachoeirinha. 20 Rede Raízes da Mata Economia solidária Gestão compartilhada Transparência Prosumo: Integração produtores e consumidores Ritmo: Velocidade de desenvolvimento adequada 21 Cruz et al. 2013 Etapa 1 Resíduos nas propriedades 22 23 Etapa 2 Avaliação das coberturas e seu efeito Experimento de campo em 1 propriedade das 7 visitadas. 24 Liberação de nutrientes Avaliar três das coberturas identificadas Uso de sacos de decomposição (litterbag) distribuídas em canteiro. As sacolas serão distribuídas na superfície do canteiro Momentos de coleta das sacolas nos tempos 5, 15, 30, 60 e 90 dias. Esquema fatorial 3 x 5 Em cada tempo de coleta será analisado os teores de N, P, K, Ca, Mg e a velocidade de decomposição do material. 25 Taxa de decomposição 26 Quantificação do CO2 liberado pela respiração microbiana Produtividade de alface Seleção de 1 das unidades familiares visitadas 27 Sem cobertura Cobertura A Cobertura B Cobertura C Identificação previa e interesse 28 Preparo do solo Aplicação de esterco Implementação das coberturas Plantio de alface 29 Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 1 2 3 4 2 épocas 30 Parâmetros a avaliar Número de plantas de alface Diâmetro Número de folhas Massa fresca Massa seca Com os agricultores Laboratório 31 Umidade e Temperatura do solo Avaliações semanais de umidade e temperatura Amostras desestruturadas de solo nas profundidades 0 - 10 e 10 - 20 cm Pesagem antes e depois de levadas a estufa (U) A temperatura do solo a 5 cm da superfície será avaliada nos canteiros com e sem cobertura, três vezes por semana, sempre às 14 horas. 32 Socialização dos resultados Intercâmbio agroecológico Metodologia que estimula a troca de conhecimentos de “camponês a camponês”, reduzindo a centralidade no técnico; e assumindo os agroecossistemas de cada família agricultora como território de produção de conhecimento 33 Zanelli et al. 2015 Agradecimentos UNEC CAPES Universidade Federal de Viçosa: Programa de Pos-graduação em Solos e Nutrição de Plantas 34 Referencias CRUZ, N.A.; ZANELLI, F. V.; BORGES, K. S.; LADEIRA, I. F.; BARRETO, E.M.; CARDOSO, I. M. Rede Raízes da Mata: relocalizando a agricultura familiar camponesa na Zona da mata Mineira. Resumos do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia. Porto Alegre, 2013. FREIRE, P. Extensão ou comunicação?. 8ª Edição. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, p. 22, 1983. LEPORATI, M; SALCEDO, S.; JARA, B.; BOERO, V. e MUÑOZ, M. La agricultura familiar en cifras. Em: Agricultura Familiar en América Latina y el Caribe: Recomendaciones de Políticas. Eds. Salomón Salcedo y Lya Guzmán. Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura FAO, Chile. 2014. PLOEG, J. D. V. Sete teses sobre a agricultura camponesa. Agricultura familiar camponesa na construção do futuro. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2009. p.16 a 31. ISBN: 978-85-87116-14-7. WANDERLEY, M.N. Agricultura familiar e Campesinato : rupturas e continuidade. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, 21, Outubro, 2003: 42-6. WEZEL, A. BELLON, S.; DORÉ, T.; FRANCIS, C; VALLOD, D; DAVID, C. Agroecology as a science, a movement and a practice. A review. Agron. Sustain. Dev. (2009) ZANELLI, F.V.; CARDOSO, I.M.; SILVA, L. H.; MIRANDA, E.L.; SILVA, B. M.; COSTA L.S.F. Intercâmbios agroecológicos: processos educativos impulsionando a agroecologia. In: Hur Ben Corrêa da Silva; Denise Cidade Cavalcanti; Alexandra Ferreira Pedroso. (Org.). Pesquisa e Extensão para a Agricultura Familiar no âmbito da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. 1aed. Brasília: Gráfica Editora Ideal, v. 1, p. 355-363. 2015. 35 36