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PSICOLOGIA COMUNITÁRIA A partir das críticas à Psicologia Social “tradicional” observa-se... O psicólogo social analisa o indivíduo concreto, constituinte e constituído nas relações grupais, na linguagem, no pensamento e nas ações. O fenômeno psicológico reflete a condições socio-históricas em que vivem os homens. A Psicologia Sócio-Histórica compreende que o fenômeno psicológico envolve dois aspectos de um mesmo processo no qual: o homem atua e constrói/modifica o mundo e este, por sua vez, propicia os elementos para a constituição psicológica do homem. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA: Área da Psicologia Social. Todo fenômeno social tem uma dimensão psicológica. Foco: Ambiente social. Dimensão subjetiva dos fenômenos sociais. Objetivo: Potencializar (empoderar) Grupos e Comunidades Resolver problemas e atender demandas da comunidade. Trabalha com sujeitos sociais em condições ambientais específicas atentas as suas respectivas psiquês (FRANCO, 1988). - Interação: Indivíduo x Indivíduo - Indivíduo x Grupo - Grupo x Grupo social PSICOLOGIA TRADICIONAL PSICOLOGIA COMUNITÁRIA PSICOLOGIA TRADICIONAL PSICOLOGIA COMUNITÁRIA SOCIEDADE E COMUNIDADE COMUNIDADE: - Sociedade: Ampla, geral, universal. Formado de várias instituições e comunidades. Não exige pontos em comum. Várias comunidades -> Várias perspectivas; - Comunidade: Grupo de indivíduos em uma área mais localizada. Exige que existam pontos em comum. • Obra Gemeinschaft und Gesellschaft (Comunidade e Sociedade) do sociólogo alemão Ferndinand Tönnies (1855 - 1936): •A comunidade é baseada em características comuns entre os indivíduos, como parentesco, sangue, amizada língua, religião e território. A sociedade, por sua vez, é baseada em critérios e constituições que podem ser comuns a várias comunidades. Baseia-se igualmente no dinheiro, troca, mercado, etc. SOLIDARIEDADE: - É o que motiva os indivíduos a cumprirem suas funções/responsabilidades diferentes na sociedade (fazer a sua parte); - Laços que une o indivíduo a sociedade. - Orgânica: Natural - O indivíduo cumpre a sua função, faz a sua parte de forma natural, entendendo que este é o melhor para a sociedade. Lei caráter orientador e preventivo. Marcada pela interdependência. - Mecânica: Artificial (Sociedade pré-capitalista) - O indivíduo cumpre a sua função, mas não assimilou determinados valores, não entendeu completamente que aquele comportamento é o melhor para a sociedade, ele apenas cumpre porque é obrigado. Laços tradicionais. Lei tem um caráter punitivo e reparador. - SOCIEDADE: - NORMAL (Todos fazem a sua parte); - PATOLÓGICA (Alguns fazem sua parte, outros não); - ANÔMICA (Ninguém faz a sua parte) COMUNIDADE: Unidade social cujos membros partilham algo em comum - como normas, valores, identidades, etc. – em um lugar onde estão situados, ou seja, em uma determinada área geográfica ou virtual como aldeias, bairros, cidades, etc. - Sempre foi foco da Sociologia perdeu lugar para a Psicologia Social. Lugar da comunidade na formação de uma consciência social e do próprio sujeito social. - Foi sendo privilegiada dentro os diferentes esforços do homem para viver de forma organizada e pacífica com seus semelhantes através dos tempos. - Podem ser fechadas ou abertas. - Vivemos um momento de nostalgia da comunidade, ou seja da busca de uma maior unidade, solidariedade, etc. COMUNIDADE: - comunidade (do termo latino communitate) é um grupo de indivíduos que: - residem em uma mesma área geográfica; - compartilham uma cultura e tradição histórica comum; - Sentimento de pertença a mesma; - São conscientes do fato de que compartilham certa unidade e que pode atuar coletivamente em busca de um objetivo ou de uma meta; - Comunidade é um conjunto de interações, comportamentos humanos que têm um sentido e expectativas entre seus membros. Não somente ações, senão ações baseadas em esperanças, valores, crenças e significados compartidos entre pessoas COMUNIDADE: • Nisbet (1973): movimento de hostilidade intelectual à comunidade e seu substrato ético ocorrido no Iluminismo foi decorrência de sua associação ao sistema feudal = destruição dos grupos e associações surgidas na Idade Média, para combater os resquícios de dominação e exploração do homem resultante de interdependências • Contra a ideia de sociedade fundada na comunidade, defendiam a ideia de sociedade fundada no contrato entre homens livres (não homens membros de corporações ou camponeses) que se vinculam, racionalmente, em modos específicos e limitados de associações. • COMUNIDADE: • Conceito capaz de abarcar qualquer perspectiva de prática profissional, contanto que realizada fora de consultórios e instituições, permitindo seu uso demagógico no discurso político: compromisso com o povo e a união do povo • ou ainda no discurso dos que se arvoram de inventores da sociedade ou defensores da pureza étnica e cultural; • Hoje, comunidade aparece como a utopia do final do século para enfrentar o processo de globalização, considerado o grande vilão da vida em comum e solidária, mas uma utopia reacionária, saudosista. • COMUNIDADE: • Comunidade entendida como um espaço de convivência e de sustentação de experiências humanas fundamentais, por isso, espaço fundamentalmente ético de convívio. • Comunidade entendida como espaço de elaboração do sofrimento, das dificuldades, da humilhação social e, por essa razão, espaço que articula transformações psíquicas a formas de atuação política mais conscientes e organizadas. • Comunidade entendida como horizonte utópico inspirador de transformações sociais, como ideal organizador de práticas críticas de educação popular, o que permite a articulação entre os fatores imediatos desencadeadores de luta dos diferentes grupos e a compreensão do funcionamento da totalidade social. • A HUMILHAÇÃO SOCIAL Trata-se de um sofrimento político porque a “humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de homens para fora do âmbito intersubjetivo da iniciativa e da palavra” (Gonçalves Filho, 1998, p. 15). É também um fenômeno psicológico porque a humilhação social conta “como uma modalidade de angústia disparada pelo enigma da desigualdade de classes” (Gonçalves Filho, 1998, p. 15). • COMUNIDADE: • É possível observar que o funcionamento comunitário de alguns movimentos sociais representa uma tentativa de enfrentar coletivamente os sentimentos ligados à humilhação social; • A angústia ligada à mensagem de não contar com um igual em diferentes situações sociais, o sentimento de invisibilidade e de não possuir direitos, passa a ser metabolizado pelo trabalho do grupo e alimenta a força de sua atividade política; • A angústia desencadeada pela mensagem enigmática da desigualdade de classes necessita de um espaço comunitário de elaboração. • ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO COMUNITÁRIO: • Nos diversos movimentos sociais, nas práticas preventivas e comunitárias da reforma psiquiátrica, nos movimentos da economia solidária, nas políticas públicas de enfrentamento da vulnerabilidade social, é preciso pensar formas de atuação do psicólogo que promovam experiências comunitárias que ao mesmo tempo se tornem potencialmente espaços de crítica, espaços em que possa crescer nossa experiência de comunidade concomitantemente ao crescimentoda consciência dos fatores sociais que impedem sua efetivação. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA • [...] desmantelar o discurso ideológico que oculta e justifica a violência, desmascarar os interesses de classe que estabelecem a desigualdade social e as atitudes discriminatórias, apontar os mecanismos e racionalizações através dos quais a opressão e a repressão se legitimam e se perpetuam. (Martín Baró, 2003, p. 218) DESAFIOS: • 1. A busca de teorias, métodos e práticas que permitissem a psicologia não apenas a estudar, mas principalmente a oferecer soluções aos problemas urgentes que afetavam as sociedades latino-americanas (Montero, 2005); •2. uma crítica à perspectiva subjetivista da psicologia social psicológica e às formas de atuação predominantes (Montero, 2006); •3. o desenvolvimento e a utilização de metodologias de pesquisa e intervenção (por exemplo, a pesquisa-ação) adequados para se superar a dicotomia entre sujeito e objeto e o problema do caráter descontextualizado da produção acadêmica na área (Montero, 2006). COMUNIDADE: - A Problemática comunitária é alvo de diversas práticas sociais; - Ação Comunitária -> organização da comunidade; - Ação Social -> Desenvolvimento de Comunidade. •Objetivo: Estudar a subjetividade do indivíduo se manifestando no conjunto de suas relações sociais e no cotidiano de suas ações. •Meta: Superar a dicotomia entre a vida interna e externa, compreender o sujeito contextualizado (espaço social e histórico). •Identidade da psic. Soc. latino-americana: Compromisso com os setores mais desfavorecido e com a busca pela mudança social, métodos participativos. O ser humano, como ser social, tem papel ativo na construção das relações, ao participar, fazer parte dos grupos e da sociedade. O indivíduo e o meio social são indissociáveis, devendo-se considerar o ser humano em um movimento de produzir e se produzir de forma individual e coletiva. É no fazer coletivo que o ser humano encontra a possibilidade de atuar como sujeito, mobilizando suas dimensões subjetivas, dando significado à sua vida, por meio da produção coletiva, realizando suas potencialidades. • SUBJETIVIDADE = MODOS DE VIVENCIAR E SE APROPRIAR DA REALIDADE. • DURANTE MUITO TEMPO A SUBJETIVIDADE FOI REDUZIDA AO EU E DESCOLADA DA REALIDADE SOCIAL; • A PSICOLOGIA SOCIO HISTÓRICA ENTENDER QUE A SUBJETIVIDADE NÃO SE RESUME A UMA PERCEÇPÃO PARTICULAR DA PESSOA. • ELA É VIVIDA PELO INDIVÍDUO, MAS REFLETE UM SISTEMA DE RELAÇÕES NO QUAL ESTE SE INTEGRA INFLUENCIANDO E SENDO INFLUENCIADO (MUNDO MATERIAL E SOCIAL); • OU SEJA A SUBJETIVIDADE TEM TAMBÉM UMA NATUREZA SOCIAL. • NÃO MAIS SE REDUZ APENAS AO EU, MAS REFLETE UM CONJUNTO DE INTERRELAÇÕES CONSTRUÍDO NA REALIDADE , NO VIVIDO, NAS RELAÇÕES COM O MUNDO MATERIAL. • ELA CONJUGA O SINGULAR E O UNIVERAL DE FORMA DIALÓGICA E DIALÉTICA. • O SUJEITO A FORMA DE FORMA ATIVA CONSIDERANDO QUE AS INTERPRETAÇÕES DO REAL SÃO POR ELE CONSTRUÍDAS PODENDO TANTO REPRODUZIR O SISTEMA DE RELAÇÕES DOMIANTES EM SEU CONTEXTO OU REALIDADE HISTÓRICA, COMO INVENTAR OUTRO MODO DE SE RELACIONAR E INTERPRETAR CRIANDO NOVAS PRODUÇÕES DE SENTIDO. Vínculo = laço significativo • PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: •Preocupa-se com a cidadania efetiva (escolarização, saúde, trabalho, questõesde gênero) e auxilia as políticas públicas nas proposições subjetivas e equitativas, não igualitárias. A Psicologia Social Comunitária privilegia o trabalho com os grupos, colaborando para a formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade social e individual, orientada por preceitos eticamente humanos (Freitas, 1996). Assim, visa desenvolver trabalhos capazes de contribuir para promover relações de cooperação e solidariedade e para a construção de sujeitos mais críticos e reflexivos, problematizadores e transformadores da realidade, utilizando-se de métodos de inserção e atuação comunitária (Góis, 2005 & Monteiro, 2004). A Psicologia Social Comunitária é preocupada com a cidadania e tem se constituído ao longo das últimas décadas a partir de um esforço de intervenção com os diversos grupos sociais. Essa interação tem se dado, de maneira geral, a partir da ênfase na autonomia e no protagonismo das populações com as quais se tem trabalhado por maio da ampliação da criticidade desses sujeitos em relação ao contexto e aos problemas que apresentam, em busca da construção de um conhecimento social e comunitário. TEXTO para leitura e resumo: Maciel, T. e Alves, M. A importância da psicologia social comunitária para o desenvolvimento sustentável. In: Revista: Pesquisa e prát. psicossociais vol.10 no.2 São João del-Rei dez. 2015 O debate em torno do desenvolvimento começa a ser construído em decorrência da insatisfação com os limites da abordagem predominante. Essa insatisfação é um reflexo da conscientização da progressiva deterioração das condições de vida da maior parte da população e da crescente pressão da degradação ambiental. Desde a década de 1970, quando o paradigma econômico começou a ser questionado, a humanidade vem se dando conta do limite dessa perspectiva economicista, que não tem sido capaz de sozinha dar conta de alcançar o bem-estar humano. O enfrentamento do problema exige uma atuação multidisciplinar onde psicólogos, educadores, assistente sociais, economistas, antropológos e outros atuem de forma integrada informando, conscientizando e sensibilizando as comunidades para serem protagonistas da construção de uma sustentabilidade comunitária. De modo particular a Psicologia Comunitária atuará junto a comunidade para que ela entenda a gravidade da situação e construa relações mais solidárias e humanas no seu processo de desenvolvimento. • MEIO AMBIENTE: - Conjunto de fatores bióticos e abióticos de um habitat; - Tudo aquilo que me circunda inclusive eu mesmo; - Deve ser entendido de forma complexa englobando diversas dimensões: política, econômica, social, cultural, etc.; - É Possível discutir de forma aprofundada; qualquer questão que não passe ainda que indiretamente pela questão ambiental? CONCEITOS-CHAVE. • A CRISE AMBIENTAL atual é tão grave que atinge a um só tempo o ar, a terra, o mar em níveis que colocam em risco a sobrevivência planetária; • Um dos grandes desafios da sociedade moderna capitalista é conseguir se manter e simultaneamente garantir o mínimo de sustentabilidade para o planeta; • Parece ser inseparável o colapso global que estamos vivendo do distanciamento da noção cidadã e de uma falta de consciência do problema CRISE AMBIENTAL • A crise ambiental vigente é um reflexo de uma grave crise civilizatória, reflexo de um projeto de civilização marcado pelo individualismo, pela ganância, pelo consumismo desenfreado o que caracteriza, fundamentalmente, por uma CRISE ÉTICA, UMA CRISE DE VALORES; • É difícil encarar a ética sem refletir, sem entrar em confronto como nossas ideias, nossos comportamentos, nossas atitudes, nossa visão de mundo, reflexão que é facilitada através da Educação. ORIGENS: 1) Promoção de Questionamentos / Indagações / Reflexões: • EXISTE UM MEIO AMBIENTE E ELE É MAIS AMPLO E COMPLEXO DO QUE VOCÊ IMAGINA: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1) Promoção de Questionamentos / Indagações / Reflexões: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL • NÓS NÃO APENAS ESTAMOS, NÓS SOMOS O MEIO AMBIENTE: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL No lugar do Corcovado,o Caminho do Grafite do Morro dos Prazeres. Ao invés do Copacabana Palace, o Hostel Favela Inn do Chapéu Mangueira. E para variar a cerveja na Lapa, tem o Bar da Dona Vera no Morro do Turano. Esses foram alguns dos lugares mapeados pelo recém- lançado Guia de Bolso das Comunidades do Rio – SEBRAE/RJ PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1) Promoção de Questionamentos / Indagações / Reflexões: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL • O MEIO AMBIENTE ESTÁ DOENTE; 1) Promoção de Questionamentos / Indagações / Reflexões: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL • Queimadas, poluição, desmatamento, aquecimento global, etc. 1) Promoção de Questionamentos / Indagações / Reflexões: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL • O HOMEM ESTÁ DOENTE (fadiga, irritação, doenças respiratórias, psíquicas, alergias, surdez, etc.) 1) Promoção de Questionamentos / Indagações / Reflexões: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2) Convite a uma TOMADA DE DECISÃO: PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL • O QUE EU, VOCÊ, NÓS PODEMOS FAZER? 1) Promove Questionamentos: • Existe um meio ambiente; • Ele é + amplo e complexo do que imaginamos; • Fazemos parte dele (Nós somos M.A); • Esse ambiente está doente; • Estamos doentes também, sofrendo também. TOMADA DE DECISÃO 2) Promove Mudanças: de valores, de posturas, de comportamento • A mudança nesse quadro depende de nós (conscientização + auto-crítica); 2) Convite a uma TOMADA DE DECISÃO: ÂMBITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ÂMBITO DA E.A.: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: FOCO DE ATUAÇÃO: FORMAL (Institucional) • Funciona dentro de uma formalização institucional; • Tradicionalmente se dá no âmbito de instituições de ensino seja através do ensino presencial ou à distância; • Art. 9 da lei 9795/99. • Uma Organização em particular como uma empresa ou em unidades de ensino; • Público-alvo mais uniforme (escolaridade, faixa etária, etc.) • Parte-se de atividades no âmbito interno para atingir também o âmbito externo. * Mapas Afetivos consiste em criar um mapa baseado na relação entre os lugares e as pessoas. * Forma de resgatar e promover a memória afetiva do território valorizando sua cultura e sua história * Promover/ Resgatar uma relação diferenciada com o meio ambiente (vínculo / pertencimento). ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: http://www.mapasafetivos.com.br/ Case: Projeto do LIQUID MEDIA LAAB lançado em outubro de 2014: uma narrativa transmídia que conta histórias de pessoas a partir dos lugares. O que cada rua poderia contar sobre você? O site traz depoimentos de cidadãos comuns, famosos ou não, e seus lugares preferidos em São Paulo e de outras cidades do Brasil e do mundo. Técnica do MAPA AFETIVO: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL http://www.festivaldo minuto.com.br Exemplo de mapa afetivo ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Museu do Território de Paraty / Casa de Cultura http://www.museudoterritoriodeparaty.org.br ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Museu do Território de Paraty / Casa de Cultura Sabores do Território Antes dos restaurantes, os quintais de Paraty traduziam a história da cidade “Só consigo entender as pessoas por meio da comida”, disse a antropóloga e autora de Farinha, feijão e carne- seca (Editora Senac) Paula Pinto e Silva na abertura do último debate da jornada Histórias e Ofícios do Território, do Museu do Território de Paraty. Segundo ela, muito mais do que ser um alimento, a comida conta histórias. “A comida tradicional de Paraty, por exemplo, mostra uma sobreposição dos ciclos econômicos brasileiros: com a chegada da cana de açúcar temos farinha de mandioca, aguardente e açúcar pra fazer doces; com o ciclo do ouro, temos a cultura do milho, o porco e o bacon; há também o ciclo da banana, presente nos pratos emblemáticos de Paraty; e, é claro, o peixe. É como se a comida pudesse contar uma série de camadas de história”. CARTOGRAFIA AFETIVA O que é um mapa afetivo? Fazer uma mapa afetivo é fazer uma construção coletiva. Definida uma região, no caso a cidade de Paraty, com todos os seus bairros, incluindo o centro histórico, traçamos em um mural um grande mapa. A partir daí, todos os integrantes da oficina vão marcando nele os pontos geográficos onde aconteceram as suas memórias e histórias. Como, por exemplo, a casa onde cada um morou, a escola onde estudou, onde conheceu o(a) namorado(a) e assim por diante. Em um segundo momento, solicitamos que os participantes trouxessem fotos antigas de família que ilustrassem o que foi falado e marcado no mapa. Essas fotos foram digitalizadas, projetadas e apresentadas por quem a trouxe. Um mapa assim construído materializa simbolicamente a ocupação de cada participante em um lugar e espaço de tempo na cidade de Paraty. Marca também as interrelações deste grupo. Walter Craveiro Oficina: Redescobrindo Paraty: Fotografia, História Memória. PEGADA ECOLÓGICA http://www.suapegadaecologica.com.br/ Quando esse custo é justificado Ok! O problema é quando em função da sociedade consumista que valoriza mais o TER do que SER consumimos sem uma justificativa consciente. TUDO A NOSSA VOLTA TEM UM CUSTO AMBIENTAL. De onde vem o nosso lápis? Viveiro de mudas A plantação A coleta da madeira O lápis nascendo... Quase lápis... O Lápis... E o papel de nossos Cadernos? Da arvore à celulose... Da celulose ao papel... Por dentro das fábricas O papel... E o algodão de nossas roupas, de onde vem? A plantação de algodão A colheita do algodão A flor do algodão... Indo para a fábrica... Tirando o caroço Batendo o algodão Escovando o algodão Fiando o algodão os novelos de algodão ...Dentro da fábrica... Dos novelos às roupas... Nossas costureiras... Finalmente a roupa Conhecendo para cuidar... DANDO O EXEMPLO: • POUPAR ÁGUA SE POSSÍVEL ATRAVÉS DO REUTILIZAÇÃO; • NÃO SOLTAR BALÕES; • ECONOMIZAR ENERGIA ELÉTRICA; • REGULAR O MOTOR DO CARRO; • NÃO PROMOVER QUEIMADAS; • JOGAR O LIXO NO LIXO; • PRESERVAR O PATRIMÔNIO PÚBLICO; • EVITAR O CONSUMISMO DESNECESSÁRIO; • RECICLAR MATERIAIS; • MANTER-SE INFORMADO SOBRE OS PROBLEMAS AMBIENTAIS DE SUA LOCALIDADE; • CONHECER OS ÓRGÃOS DE SUA LOCALIDADE RESPONSÁVEIS PELA DEFESA DA NATUREZA; • ENVOLVER-SE EM PROJETOS DE E.A.; • INCENTIVAR PRÁTICAS DE E.A. ENTRE SEUS CONHECIDOS. COLEGAS DE TRABALHO E FAMILIARES. Quando falamos em sustentabilidade/ desenvolvimento sustentável temos de saber qual desenvolvimento queremos. E isso só é possível com a participação e o engajamento das pessoas. Psicologia Comunitária aplicada ao M.A Favorecer de uma forma ampla e eficiente: A Psicologia Social Comunitária volta-se para o exercício da cidadania e busca da qualidade de vida a partir de um esforço de intervenção com os diversos grupos sociais. Essa interação tem se dado, de maneira geral, a partir da ênfase na autonomia e no protagonismo das populações com as quais se tem trabalhado por maio da ampliação da criticidade desses sujeitos em relação ao contexto e aos problemas que apresentam, embusca da construção de um conhecimento social e comunitário. Desenvolvimento de um novo projeto civilizatório fundado sobre uma ética que determine e fundamente limites, prudência, respeito à diversidade, solidariedade, justiça e liberdade. Psicologia Comunitária aplicada ao M.A Favorecer de uma forma ampla e eficiente: O trabalho é bem-sucedido na medida em que conseguimos auxiliar a comunidade a identificar suas necessidades e aspirações, expressá-las com clareza e ser capaz de buscar as soluções. Essa é uma perspectiva do que Sachs chamou de desenvolvimento local, que pode ser considerado como o conjunto de atividades culturais, econômicas, políticas e sociais que participam de um projeto de transformação da realidade local. Desenvolvimento de um novo projeto civilizatório fundado sobre uma ética que determine e fundamente limites, prudência, respeito à diversidade, solidariedade, justiça e liberdade. Psicologia Comunitária aplicada ao M.A Psicologia Comunitária aplicada ao M.A Não há como separar o diagnóstico da intervenção. Ao procurarmos fazer um diagnóstico de um grupo, estamos fazendo uma intervenção. Por outro lado, quando fazemos uma intervenção, estamos, obrigatoriamente, levantando dados sobre o grupo, procurando entender sua dinâmica, ou seja, estamos fazendo um diagnóstico, uma investigação. Outra referência utilizada é a análise institucional (Lapassade, 1977). A partir dela trabalhamos os pressupostos de análise da demanda (cada solicitação que nos é demandada deve ser analisada criticamente, levando-se em consideração seu surgimento, possibilidades de atendimento, implicações socioinstitucionais, etc.), de autogestão (a gestão dos grupos por si mesmos, as tentativas de criação e manutenção de espaços e práticas de gestão crítica e coletiva), e da regra da livre expressão (o restituir, trazer à tona o não dito, a explicitação dos rumores e dos segredos). A construção ou elucidação de analisadores (construção de dispositivos de análise ou utilização de recursos ou dispositivos já existentes). - POLUIR - DESMATAR - DESREGULAR O CLIMA - INCHAR O TECIDO URBANO - DESERTIFICAR - REDUZIR A BIODIVERSIDADE - EXPLORAR RECURSOS DE FORMA PREDATÓRIA - DESRESPEITAR - SUBESTIMAR OS ALERTAS DOS ESPECIALISTAS - CONSUMISMO Para Refletir: A crise ambiental atual refere- se particularmente a como resolver o impasse entre desenvolvimento e meio ambiente. CRISE AMBIENTAL: PERCEPÇÕES DIFERENCIADAS SOBRE O CARÁTER DA CRISE AMBIENTAL - STRICTO SENSU Problemas de desequilíbrio ambiental grave que se resolveria com medidas mitigatórias - Enfrentamento: • Tratar melhor dos resíduos; • Melhorar o desempenho energético; • Criar e zelar por Unidades de Conservação); • Pesquisa e novas tecnologias • Ou seja: Adotar medidas que corrigiriam problemas e ao médio e longo prazo resolveriam estes problemas decorrente dos impactos ambientais antrópícos e naturais. • Reforma suave / Ecoeficiência barata. CRISE AMBIENTAL: PERCEPÇÕES DIFERENCIADAS SOBRE O CARÁTER DA CRISE AMBIENTAL - LATO SENSU O Desequilíbrio ambiental vigente é resultado de uma crise do Modelo Civilizatório. Foi o Projeto de Civilização, de Modernidade que faliu e se agravou com o sistema capitalista que vê a natureza como commoditie. - Enfrentamento: • Mudança radical em nossa maneira de ser, de viver, de se relacionar com o meio ambiente e com o outro; • Questionamento crítico do modelo vigente e construção de uma nova proposta civilizatória. • Reforma total / Proposta + cara CRISE AMBIENTAL: PERCEPÇÕES DIFERENCIADAS SOBRE O CARÁTER DA CRISE AMBIENTAL - LATO SENSU Leonardo Boff afirma que: “...a crise é sistêmica e paradigmática. Ela reclama outro projeto civilizatório alternativo se quisermos salvar Gaia e garantir um futuro para a humanidade...” (Boff, 2004) CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO: - Avançar; Progredir; Crescer; Criar - Desembrulhar (des + envolver) - Implica: Desembrulhar algo (aumentar algo e descobrir algo que estava oculto) - Envólucro: Dominação cultural, econômica, política, ignorância. - Potencial: possibilidades favoráveis ao crescimento ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO: - Variadas - Constituem modelos de Desenvolvimento - Dependem do conceito de Desenvolvimento - O conceito de Desenvolvimento estava subdesenvolvido (Vandana Shiva); - Só se enxergava o desenvolvimento como acumulação de capital (natureza = commodities) CONSEQUÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICISTA: - Excessiva concentração de riqueza; - Profunda injustiça social (800000 a 1000000 de famintos); - Alarmante esgotamento e deterioração dos recursos naturais e dos sistemas de sustentação da vida no planeta; - Dominação cultural e perda da identidade cultural - (etnias e práticas culturais desaparecidas /risco de desaparecer); - Concentração de poder tanto a nível global como nos países (população sem poder decisório) CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO: - Envolve diferentes dimensões: - Sociocultural (Investimentos na Cultura e na Educação); - Ambiental (Respeito ao meio ambiente); - Política (Participação democrática, livre- arbítrio); - Biológica (Redução taxa de mortalidade e aumento do bem estar); - Econômica (Fortalecimento da moeada) SINTOMAS DO SUBDESENVOLVIMENTO: - Insuficiência alimentar; - Deficiências na agricultura; - Baixa renda nacional e baixos níveis de vida; - Industrialização reduzida; - Frágil integração nacional; - Situação de subordinação econômica; - Subemprego e desemprego crônico; - Deficiente nível de instrução; - Intensa taxa de natalidade; - Situação sanitária irregular; - Fraco desenvolvimento das classes médias; - Setor comercial hiperatrofiado. A instalação de uma nova ética ambiental exige uma mudança do paradigma cultural que regeu as relações entre os seres humanos e a natureza nos últimos quinhentos anos. (NALINI, 2010) CRISE AMBIENTAL: CRISE AMBIENTAL: FATO: Fruto de uma grave crise ética sem precedentes “A Terra não é infinita, pois se trata de um planeta pequeno com recursos limitados, muitos deles não renováveis, e o crescimento não pode ser infinito e indefinido Ao longo do último século, a população mundial quadruplicou e a produção industrial aumentou quarenta vezes. Paralelamente, aumentou-se dezesseis vezes a utilização de combustíveis fósseis, trinta e cinco vezes a captura de peixe e nove vezes o consumo de água” (Boff, 2004). CRISE AMBIENTAL: - Marcos da Ética Ambiental (NALINI, 2010) - A convicção de que os humanos são membros da comunidade de vida da Terra da mesma forma e nos mesmos termos que qualquer outra coisa viva é membro de tal comunidade; CRISE AMBIENTAL: - Marcos da Ética Ambiental: A convicção de que a espécie humana, assim como todas as outras espécies, são elementos integrados em um sistema de interdependência e, assim sendo, a sobrevivência de cada coisa viva bem como suas chances de viver são determinadas não somente pelas condições físicas de seu meio ambiente, mas também por suas relações com os outros seresvivos; CRISE AMBIENTAL: - Marcos da Ética Ambiental: A convicção de que o ser humano não é essencialmente superior às outras coisas vivas. Esse o verdadeiro sentido de um “existir em comunidade PRINCÍPIOS DA ÉTICA DO CUIDADO (Leonardo Boff): Relacionado com as bases do ser humano, pois hoje a crise da ética é crise de sensibilidade e de afeto, se não suscitarmos a capacidade de sentir, de nos indignar, de nos sensibilizar com o outro, nenhuma ética é possível. Diz respeito a capacidade de respeitar o outro como outro, cuidar do outro, cuidar da Terra como Gaia, cuidado com a vida. Cooperação para uma ética sustentável constitui a lógica objetiva do processo evolucionário e da vida. Devemos ser cooperativos e solidários afim de garantirmos um futuro compromisso para a Humanidade Darmo-nos conta das consequências de nossos atos, é agir de forma tão responsável que as consequências de nossa ação não sejam destrutivas para a vida e seu futuro PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE PRINCÍPIO DO CUIDADO PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE CRISE AMBIENTAL: GRANDES VILÕES - Sistema Capitalista; - Modelo Econômico Vigente (natureza como mercadoria = Reduzir o Custo Brasil) - Ignorância da Sustentabilidade Ambiental; - Ignorância dos limites do meio ambiente (recurso finito); - Latifúndio base produtiva do agronegócio (sem preocupação com a conservação de solo / Preocupação única: expansão); PSICOLOGIA COMUNITÁRIA: Prática disseminadora de concepções e práticas de comprometidas com o desvelamento na problemática socioambiental local e global e com o protagonismo transformador em nossa sociedade; Prática favorecedora de um novo modelo de Desenvolvimento mais comprometido com a lógica de que é possível creScer sem destruir o meio ambiente. 8º Mito: Para promover o desenvolvimento comunitário basta copiar modelos já existentes. • As estratégias de Desenvolvimento de um lugar são condicionadas pelo seu contexto histórico onde cada momento apresenta suas prioridades / especificidades específicas. • Por isso não é possível para se transferir ou copiar planos e estratégias de desenvolvimento de um local para outro. Psicologia Comunitária aplicada ao M.A Como lidamos com a subjetividade e com as implicações psicossociais dos processos sociais e culturais, sabemos que um brilho nos olhos de nossos "clientes/sujeitos", que um sorriso iluminado de uma criança e que um aceno de vida e saúde mental de um idoso institucionalizado são resultados que valem mais do que qualquer outro, passível de generalização e publicável em periódicos científicos. No entanto, precisamos traduzir nossos dados e mostrar sua importância para os processos de desenvolvimento social, educação e saúde pública. Publicar reflexões a partir de nossos resultados também é fundamental para o avanço da Psicologia como ciência e profissão. Além disso, se não nos sentirmos indignados com as condições cotidianas de vida e mal estar de nossa clientela e lutarmos para sua superação, significa que está faltando compromisso ético, envolvimento afetivo e desejo de transformação social. “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (Art. 225 – CF 1988) - O Controle total sobre o meio ambiente é uma ilusão. - Depende de nós!