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Universidade Católica de Moçambique
Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos
Licenciatura em Gestão e Administração Hospitalar
Gestão dos resíduos nas unidades sanitárias 
Américo Miguel Palucha
Lichinga, Junho de 2019
Gestão dos resíduos nas unidades sanitárias
Américo Miguel Palucha
No 711140389
 (
Monografia Submetida à Universidade Católica de Moçambique, Faculdade de Recursos Florestais e Faunísticos (FAREFF), para obtenção do grau de Licenciatura
.
)
 Supervisor: 
 Dr. Zeferino Mirole 
 ___________________________________
Lichinga, Junho de 2019
DECLARAÇÃO
Declaro que este trabalho é o resultado da minha investigação e que todas as fontes estão devidamente referenciadas, não contendo nenhum plágio. Declaro ainda, que esta monografia nunca foi apresentada para aprovação de qualquer disciplina nesta instituição ou qualquer outra instituição. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas para a sua elaboração estão devidamente mencionadas no texto e na página bibliográfica.
Assinatura
________________________________
(Américo Miguel Palucha)
____/____/2019
DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho a minha esposa Catarina e filhos Lino, Bernardete, Josefina, Minjurda pela paciência que demonstraram durante as minhas ausências ao longo de todo o processo de formação e que juntos acreditamos neste sonho que hoje se torna uma realidade.
AGRADECIMENTOS
À todos que contribuíram para a concretização deste trabalho de final do Curso de Administração e Gestão Hospitalar, em Lichinga.
À Dra. Graciete pela paciência e dedicação no acompanhamento dos seus estudantes, tendo em conta a disponibilização do seu escasso tempo neste sentido em prol dos estudantes.
A todos os profissionais de saúde do Hospital Provincial de Lichinga pela entrega a e abnegação, acolhimento e demonstração do seu espírito de empatia ao se lidar com os estudantes durante o estágio do curso;
Ao Zeferino, por todo o apoio prestado, pela compreensão, pelas sugestões pertinentes, pelos conhecimentos transmitidos e pelo acompanhamento ao longo da realização deste trabalho. 
Aos meus amigos e colegas pela paciência, compreensão e pelo auxílio que prestaram e me ajudaram a crescer a todos os níveis.
Muito Obrigado! 
RESUMO
A questão do lixo hospitalar é, nos dias de hoje, um dos temas centrais para os gestores das Unidades Sanitárias, tendo em vista manter o ambiente hospital em óptimas condições e sem riscos para a saúde de todos que frequentam o ambiente hospitalar. A falta de informação e treinamento dos profissionais nas unidades que geram os resíduos hospitalares, assim como a segregação incorrecta de tais resíduos, é um grande problema, pois implica na potencialização de risco directo à saúde de diversos profissionais e pacientes das unidades sanitárias. O estudo se justifica pelo facto de serem grandes os prejuízos causados pela má gestão do lixo hospitalar, visto que, trazem consequências não só para o meio ambiente, mas também para a saúde pública. Os danos ambientais são evidentes, devendo se encontrar mecanismos para minimizar os efeitos desta espécie de lixo, sobre o meio ambiente e a Saúde Pública. Desta forma, em virtude do grave risco para o meio ambiente e para a saúde humana, é necessário se fazer o estudo que vai a fundo em relação a esta problemática. Tendo o objectivo de perceber os mecanismos de gestão do lixo nas Unidades Sanitárias, os resultados do estudo mostraram que para uma melhor gestão dos resíduos hospitalares, devem ser usadas técnicas que garantam que o lixo tenha o devido tratamento por parte dos profissionais, tais técnicas incluem a capacitação do pessoal sobre a correcta separação e manejo do lixo, incineração do lixo, fornecimento de equipamentos para armazenamento adequados, e criação de aterros para a disposição final do lixo, exclusivamente dos serviços de saúde.
Palavras-chave: Resíduos; gestão; meio ambiente; saúde pública.
ABSTRACT
The issue of hospital waste is, today, one of the central themes for the managers of the Sanitary Units, in order to maintain the hospital environment in optimal conditions and without risks to the health of all who attend the hospital environment. The lack of information and training of professionals in the units that generate the hospital waste, as well as the incorrect segregation of such waste, is a great problem, since it implies in the potentialization of direct risk to the health of several professionals and patients of the sanitary units. is justified by the fact that the damage caused by the poor management of hospital waste is great, since they have consequences not only for the environment but also for public health. The environmental damages are evident, and mechanisms must be found to minimize the effects of this kind of waste, on the environment and Public Health. In this way, due to the serious risk to the environment and human health, it is necessary to make the study that goes deep in relation to this problem. Through a research of the bibliographical type, we tried to answer in this work the following question: In what way should the garbage management produced in the various hospital services be done? The results showed that for better management of hospital waste, techniques should be used to ensure that garbage is properly treated by professionals, such techniques include training of personnel on the correct separation and management of waste, incineration of waste, provision of adequate storage equipment, and the creation of landfills for final disposal of garbage, exclusively from health services.
Keywords: Waste; management; environment; public health.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Lixo infeccioso	17
Figura 2: Lixo comum	18
Figura 3: Lixo de medicamentos	18
Figura 4: Sacos de lixo para resíduos hospitalares tóxicos	18
Figura 5: Lixo cortante e/ou perfurante	19
Figura 6: Fluxograma das etapas de gestão do lixo hospitalar	20
Figura 7: Acondicionamento do lixo Hospitalar	21
Figura 8: Transporte interno do lixo	22
Figura 9: Aterro sanitário	25
LISTA DE ABREVIATURAS
ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
EPI - Equipamentos de Protecção Individual
OMS – Organização Mundial da Saúde
RCAAP - Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal 
US – Unidade Sanitária
Índice
DEDICATÓRIA	ii
AGRADECIMENTOS	iii
RESUMO	iv
ABSTRACT	v
LISTA DE FIGURAS	vi
LISTA DE ABREVIATURAS	vii
CAPITULO I: INTRODUÇÃO	10
1.1. Contextualização	10
1.2. Problematização	11
1.3. Objectivos	13
1.3.1. Objectivo Geral	13
1.3.2. Objectivos Específicos	13
1.4. Justificativa	14
1.5. Estrutura	15
CAPITULO II: MARCO TEÓRICO	16
2.1. Conceito de lixo hospitalar	16
2.2. Classificação do Lixo hospitalar segundo o decreto 8/2003 de 18 de Fevereiro	17
2.3. O processo de gestão do lixo dos serviços de saúde	19
2.3.1. Acondicionamento e identificação do lixo	20
2.3.2. Transporte interno	21
2.3.3. Armazenamento temporário do lixo	22
2.3.4. Tratamento do lixo	22
2.3.4.1. Incineração	22
2.3.4.2. Desinfecção química	23
2.3.4.3. Desinfecção térmica (autoclavagem)	23
2.3.5. Colecta e transporte externo	24
2.3.6. Disposição final	24
2.4. Teorias	25
2.4.1. Administração	25
2.4.2. Promoção da saúde	26
CAPITULO III: METODOLOGIA	27
3.1. Tipo de estudo	27
3.2. População	27
3.3. Amostra	27
3.4. Instrumentos de pesquisa	28
3.5. Procedimento de análise de dados	28
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO	29
4.1. Riscos que advêm da ma gestão do lixo hospitalar	30
4.2. Estratégias para a gestão correcta dos resíduos produzidos nos serviços hospitalares	31
CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES	34
5.1. Conclusões	34
5.2. Recomendações	36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	37
iv
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O presente estudo tem como tema gestão dos resíduos nas unidades sanitárias, procurando desta feita mostrar
os diversos mecanismos a serem usados para garantir um correcto tratamento do lixo produzido nos serviços de saúde.
As actividades do homem na maioria dos casos geram resíduos, tanto na sociedade assim como nas instituições é verificada essa problemática, e nos hospitais não é excepção, sendo necessária a criação de boas praticas que garantam uma gestão adequada desses resíduos no ambiente hospitalar.
Segundo Mahler e Moura (2017, p. 47): 
Apesar das práticas de gerenciamento de lixo hospitalar variarem de país para país já que dependem de diversos factores como: as condições sócio económicas, os recursos humanos e financeiros disponíveis e as legislações existentes, uma das etapas primordiais para implementação de um processo adequado de Gerenciamento do lixo é o conhecimento, por parte dos gestores, da quantidade de lixo gerada e sua composição.
A questão do lixo hospitalar é, nos dias de hoje, um dos temas centrais para os gestores das unidades sanitárias, tendo em vista manter o ambiente hospitalar em óptimas condições e sem riscos para a saúde de todos que frequentam o ambiente hospitalar. Os diversos efeitos gerados pelos resíduos no meio hospitalar, são reconhecidos por diversos autores, Accurio et al. (1998) apud Len (2007) identificam várias deficiências nos processos de colecta e eliminação final, como principais causas desses efeitos. 
O lixo produzido nos serviços hospitalares, em particular as Unidades Sanitárias do país, na sua maioria é composto por medicamentos, seringa contaminadas, material de higiene, sangue contaminado entre outros tipos de materiais que são potencialmente perigosos para a saúde dos seres humanos. Nesse sentido, o tratamento desses resíduos deve ser feito de forma responsável, pois, só assim poderá evitar a contaminação do meio ambiente assim como do ser humano: se for eliminado sem o devido cuidado, poderá contaminar o meio ambiente e ser um centro de infecções no ambiente hospitalar.
No sentido de garanti que todos resíduos hospitalares sejam colectados, tratados e descartados de forma adequada, é necessário que as unidades sanitárias tenham bem definido um plano de gestão do lixo, que contemple todos os processos que farão com que esse lixo tenha o seu devido tratamento, partindo de uma correcta recolha ate a sua eliminação final, pois caso contrário, o descarte destes resíduos gerará muitos prejuízos para a saúde. O treinamento sobre a colecta e destino desse lixo deve envolver desde o profissional que faz o atendimento dos pacientes até a sua a sua eliminação fora do hospital.
Diante disto, surge a ideia de fazer o estudo bibliográfico relacionado a gestão do lixo nas unidades sanitárias, procurando com este estudo perceber como deve ser feito o processo de gestão do lixo, para que possa ser eliminado sem comprometer a saúde das pessoas e o ambiente. Tendo em conta que todos os serviços hospitalares na sua essência geram resíduos, torna-se importante fazer uma pesquisa que visa trazer aspectos teóricos de como devem ser tratados esses resíduos gerados, para assim, criar bases que possam ser aplicados na prática diária das instituições de Saúde.
1.2. Problematização
Actualmente o lixo hospitalar constitui um problema para as unidades sanitárias em todo mundo, conforme reconhecem os autores Sanches et al. (2018, p. 2509): 
No contexto atual de desenvolvimento humano, há uma crescente geração de resíduos, o que desencadeia sérios problemas relacio-nados à sua disposição final, exigindo esforços de gestores públicos de diferentes áreas, como saúde, meio ambiente, planejamento e saneamento, para o alcance de um gerenciamento adequado
De acordo com Cafure e Graciolli (2015, p. 302):
O lixo hospitalar representam uma fonte de risco à saúde e ao meio ambiente principalmente pela falta de adopção de procedimentos técnicos adequados no manejo dos diferentes resíduos, como material biológico contaminado, objectos perfuro cortantes, peças anatómicas, substâncias tóxicas, inflamáveis e radioactivas.
A falta de informação e treinamento dos profissionais nas unidades que geram os resíduos hospitalares, assim como a separação incorrecta desses resíduos, é um grande problema, visto que implica no aumento do risco directo à saúde de diversos profissionais assim como à saúde dos pacientes das unidades sanitárias. Quando esses resíduos são deslocados para o ambiente externo, podem vir a causar sérios problemas à saúde da população residente nas proximidades das unidades sanitárias.
O problema da gestão do lixo hospitalar parte do local onde o mesmo é produzido, isto é, do sector ou serviço que geral o lixo. Pois é importante antes de tudo perceber que o processo de gestão do lixo hospitalar começa a partir do local onde o mesmo é produzido e termina na sua eliminação ou disposição final.
O que se tem verificado actualmente é que as unidades sanitárias não adoptam uma boa estratégia de gestão do lixo, no qual os profissionais não fazem uma correcta separação do mesmo.
O lixo hospitalar (comprensas ensanguentadas, medicamentos, seringas contaminadas, entre outros), resultados das actividades das unidades sanitárias constituem, na sua maioria, um perigo para saúde pública. As unidades sanitárias produzem uma grande quantidade de lixo nas suas actividades e esse lixo é algo bastante perigoso, no qual deve ser descartado de maneira segura para assim evitar possíveis contaminações para as pessoas ou o meio ambiente. 
Diante do exposto acima surge a seguinte questão: De que forma deve ser feita a gestão do lixo produzido nos diversos serviços hospitalares?
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
Analisar os mecanismos de gestão do lixo nas unidades sanitárias.
1.3.2. Objectivos Específicos
· Identificar os principais conceitos relacionados ao lixo hospitalar;
· Caracterizar as etapas do tratamento de gestão do lixo hospitalar; 
· Propor melhores métodos de gestão dos resíduos hospitalares de acordo com a legislação.
1.4. Justificativa
O presente estudo se justifica pelo facto de serem grandes os prejuízos causados pela má gestão do lixo hospitalar, visto que, trazem consequências para a saúde pública. Os danos ambientais provenientes da má gestão dos resíduos hospitalares são evidentes, sendo necessário encontrar mecanismos que visam minimizar os efeitos destes resíduos. Sendo assim, diante do grande risco que esses resíduos oferecem ao meio ambiente e a saúde pública, tornou necessário a elaboração de estudo que vai a fundo em relação a esta problemática
A escolha do tema foi deveu-se pelo facto das unidades sanitárias serem locais de recuperação de saúde e não fontes e vectores de contaminação. Os resíduos hospitalares são importantes vectores de contaminação de diferentes doenças e a deficiência do tratamento dos mesmos verificados nos vários hospitais do país é bastante preocupante, tornando, assim, necessário fazer um estudo que visa trazer bases de como deve ser feita a correcta gestão destes resíduos como forma de eliminar as contaminações no meio ambiente. 
A criação de condições adequadas para depósito do lixo hospitalar, é uma maneira de evitar a propagação de doenças e cheiros nauseabundos pelas artérias das cidades e vilas. Desta forma, existe uma necessidade urgente de criar mecanismos que garantam a eliminação correcta do lixo com vista a fazer face a boa gestão do lixo hospitalar. 
Esta pesquisa é relevante para a sociedade, pois, conforme apontam Pozzetti e Monteverde (2017, p. 195) “a geração de resíduos é um dos grandes problemas urbanos, que a sociedade contemporânea enfrenta; pois o consumo desenfreado tem gerado diversas externalidades que o capitalismo não consegue resolver. Pensar em mecanismos de resolver o problema do lixo é urgente”. Para tal, esta pesquisa visa trazer bases e fundamentos sobre como a sociedade deve lidar com o seu lixo, no sentido de criar um ambiente livre de infecções. 
Com esta pesquisa espera-se melhorar os mecanismos de gestão do lixo hospitalar nas diversas unidades sanitárias do país, bem como melhorar as normas, estratégias
e procedimentos de eliminação do lixo. Esta pesquisa visa servir de manual de consulta ou ponto de partidas para as futuras pesquisas relacionada com a gestão de lixo Hospitalar.
1.5. Estrutura
O presente estudo será estruturado em cinco (5) capítulos, no qual os mesmos serão subdivididos em seus subcapítulos. O primeiro capítulo diz respeito a aspectos de carácter introdutório, onde constarão a contextualização, a problematização, os objectivos, as perguntas de pesquisa, a justificativa e a delimitação. O segundo capítulo é do marco teórico, constituído pela conceptualização, teorias e estudos empíricos. O terceiro capítulo é o da metodologia, integram neste capítulo o tipo de estudo, população e amostra, instrumentos de recolha de dados, técnicas de análise de dados. O quarto capítulo diz respeito a resultados e discussão. Por final o quinto capítulo é da conclusão e recomendações.
CAPITULO II: MARCO TEÓRICO
2.1. Conceito de lixo hospitalar
Dentre os diferentes tipos de resíduos gerados em áreas urbanas, os resíduos produzidos em serviços de saúde, mesmo constituindo-se uma pequena parcela em relação ao total dos resíduos sólidos urbanos gerados são particularmente importantes pelo risco potencial que apresentam, podendo ser fonte de microrganismos patogénicos, cujo manuseio, tratamento e/ou descarte inadequado pode acarretar a disseminação de doenças infecto-contagiosas, principalmente devido ao carácter infectante de algumas de suas fracções componentes, (Risso, 1993, apud Len, 2007).
Lixo são substâncias ou objectos sem utilidade para a unidade sanitária, que se eliminam que se tem à intenção de eliminar ou que se é obrigado por lei a eliminar, (Decreto n.º 8 /2003 de 18 de Fevereiro).
Para Morel apud Pinheiro (2005, p. 23):
Resíduo de serviço de saúde é todo aquele gerado por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica, instituições de ensino e pesquisa médica, relacionado à população humana, bem como veterinário, possuindo potencial de risco em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção, produtos químicos perigosos, objectos pérfuro-cortantes efectiva ou potencialmente contaminados, e mesmo rejeitos radioactivos, necessitando de cuidados específicos de acondicionamento, transporte, armazenagem, colecta e tratamento. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescenta que os resíduos hospitalares englobam todos os resíduos produzidos nos serviços hospitalares e em instituições de investigação e laboratórios relacionados” (Gonçalves, 2005, apud Afonso, 2015). 
Duma forma geral, segundo os autores citados, podemos dizer que os resíduos hospitalares são tudo aquilo que não tem aproveitamento e que resulta da prestação de cuidados de saúde, ou seja, são substâncias sem utilidade, resultantes das actividades da Saúde. A existência desses resíduos provenientes da actividade dos hospitais acarreta um importante problema ambiental e de saúde pública. Em função do desenvolvimento dos serviços de saúde, assistiu-se nos últimos tempos, um aumento descontrolado da produção do lixo de origem hospitalar, fazendo com que o risco de contaminação ambiental aumentasse, assim como para a saúde pública. 
2.2. Classificação do Lixo hospitalar segundo o decreto 8/2003 de 18 de Fevereiro
Como é sabido, os serviços hospitalares geram uma grande quantidade do lixo hospitalar, e esse lixo é classificado conforme o nível de perigosidade e o tipo de tratamento do mesmo. O decreto 8/2003 de 18 de Fevereiro classifica o lixo em: infeccioso, anatómico, comum, de medicamentos, perfuro-cortante e outro tipo de lixo.
· Lixo Infeccioso: é qualquer tipo de lixo, que tenha entrado em contacto com tecidos humanos, sangue ou fluidos do corpo humano e animal. O lixo infeccioso pode também ser designado como lixo médico, lixo contaminado, lixo patológico ou qualquer outra terminologia usada para descrever lixo infeccioso.
 
Figura 1: Lixo infeccioso
Fonte: Google imagens
· Lixo Anatómico: é todo o lixo constituído por fluidos, restos de tecidos, órgãos membros, partes de órgãos ou membros de seres humanos e animais de qualquer espécie, que são removidos ou libertados durante cirurgias, partos, biopsias e autópsias.
Estes resíduos sem valor científico ou legal e que não tenham sido conduzidos pelo paciente ou por seus familiares, após o registo no local de geração, devem ser encaminhados para sepultamento ou tratamento térmico por incineração, (Nóbrega, 2016). 
· Lixo comum: é todo o lixo que não tenha estado em contacto ou sido contaminado por tecido humano, sangue ou outros fluidos corporais, e que não esteja incluso em qualquer das categorias precedentes. 
De acordo com Nóbrega (2016), o lixo comum não apresenta risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparado aos resíduos domiciliares.
 
Figura 2: Lixo comum
Fonte: Google imagens
· Lixo de medicamentos: é todo o lixo constituído por produtos farmacêuticos fora de prazo, que não tenham outra utilidade para os pacientes ou unidades sanitárias, ou por materiais ou substâncias produzidas durante o fabrico e administração de produtos farmacêuticos, excluindo os citotóxicos.
 
Figura 3: Lixo de medicamentos
Fonte: Nóbrega, (2016).
· Lixo Radioactivo: é qualquer material contaminado por radioisótopos. Ele também representa um constante risco, pois caso haja um vazamento a radiação pode causa graves problemas de saúde nas pessoas que forem expostas, e dependendo do grau de radiação levar a morte.
 
Figura 4: Sacos de lixo para resíduos hospitalares tóxicos
Fonte: Nóbrega, (2016)
· Lixo Cortante e/ou perfurante: é o lixo constituído por objectos ou dispositivos usados ou descartados possuindo extremidades, gumes, pontas ou protuberâncias rígidas e agudas que podem cortar picar ou perfurar a pele humana.
De acordo com Nobrega (2016) fazem parte deste grupo materiais que cortam ou perfuram, como agulhas, lâminas, ampolas de vidro, bisturis e outros similares
Figura 5: Lixo cortante e/ou perfurante
Fonte: Google images
· Outro Tipo de Lixo: é todo o lixo constituído por pequenas quantidades de lixo específico que tem o potencial de criar riscos especiais e que pode ser produzido em algumas unidades sanitárias com serviços altamente especializados.
De uma forma geral, no que tange a classificação, o lixo hospitalar classifica-se levando em consideração os riscos que esses resíduos apresentam para a saúde humana e o meio ambiente no qual os mesmos estão inseridos. No geral verifica-se que todo tipo de resíduos acima expostos (excepto o lixo comum) podem vir apresentar riscos e colocar em perigo a saúde das pessoas, assim como a salubridade do meio ambiente. Conforme foi visto acima, o decreto 8/2003 classifica o lixo tendo em conta o local de onde o mesmo é produzido, ditando assim a forma como esse lixo será eliminado. Contudo é importante que os profissionais de saúde e aqueles que lidam directamente com os resíduos dos serviços de saúde tenham muita atenção e conheçam a sua classificação, para assim saber quais as melhores e correctas formas de tratamento e manuseio de cada tipo de lixo.
2.3. O processo de gestão do lixo dos serviços de saúde
Para Len (2007) apud Prates (2011, p. 83):
Os resíduos sólidos hospitalares ou como é mais comummente denominado “lixo hospitalar”, sempre constituiu um problema bastante sério para os administradores hospitalares, devido principalmente à falta de informação a seu respeito, gerando mitos entre seus funcionários, pacientes, familiares, e principalmente a comunidade vizinha às edificações hospitalares e aos aterros sanitários.
As unidades sanitárias são por si só, grandes geradoras do lixo, isso devido a complexidade de actividades e serviços desenvolvidos nestas instituições. Para o autor supracitado, a falta de informações por parte dos profissionais, faz com que a temática do lixo hospitalar seja ignorada, ou então, que o tratamento do mesmo não seja adequando.
Acerca do plano de gestão do lixo hospitalar, Oliveira
(2015, p. 48) afirma que:
Um sistema de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde executado de forma eficiente pelo próprio estabelecimento de saúde tem como base a segurança e a sustentabilidade englobando duas fases distintas: a fase intra estabelecimento de saúde relativa às etapas ocorridas desde o ponto de geração até a colocação dos resíduos para a colecta externa e a fase extra estabelecimento relativa aos procedimentos que ocorrem com equipe da colecta ou em ambiente externos. 
No processo de gestão dos resíduos hospitalares seguem-se algumas etapas básicas que garantem com que o lixo tenha um destino final adequado. Eis abaixo, o esquema do correcto tratamento do lixo hospitalar:
Figura 6: Fluxograma das etapas de gestão do lixo hospitalar
Fonte: Autor, (2019)
2.3.1. Acondicionamento e identificação do lixo 
De acordo com Rabelo (2008, p. 38) “os recipientes devem ter capacidade de acondicionar os resíduos, de acordo com o tipo e a quantidade gerada diariamente e devem possuir tampa que proporcione abrir o recipiente sem o contacto manual”.
Segundo o autor acima citado, a identificação correcta dos resíduos promove a segurança de profissionais que os manipulam em todas as etapas de produção e durante o seu trajecto, desde o ponto de origem até a disposição final. (Rabelo, 2008). 
Aqui é importante salientar que, as unidades sanitárias são os responsáveis pela correcta gestão interna de todos do lixo, no qual o seu acondicionando adequadamente deve ser feito em sacos ou recipientes especiais bem fechados, compatíveis com a produção diária de cada tipo de resíduo e estrategicamente colocado em locais fechados e acessíveis aos serviços de recolha. Muitas unidades sanitárias do nosso país separam o lixo, em diferentes recipientes coloridos, nos lugares onde o mesmo é criado. Para que isto seja útil, os profissionais precisam compreender qual o tipo de lixo que vai ser deitado em qual recipiente colorido.
Figura 7: Acondicionamento do lixo Hospitalar
Fonte: Autor, 2019
2.3.2. Transporte interno
O transporte interno consiste na movimentação dos contentores com resíduos desde os pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de disponibilização para a colecta. (Nóbrega, 2016, p. 44).
Importa salientar que deve haver uma gestão logística eficaz no transporte interno do lixo hospitalar para assim garantir, uma recolha sem interferências. Para tal, é importante ter um plano relacionado ao circuito que o lixo hospitalar irá percorrer, desde o local de produção até ao local de armazenamento temporário. Neste sentido devem ser bem definidos os horários para a recolha do lixo, estes horários devem ter em conta o fluxo de utentes, distribuição dos alimentos, medicamentos ou de roupas.
.
Figura 8: Transporte interno do lixo
Fonte: Autor, (2019)
2.3.3. Armazenamento temporário do lixo 
De acordo com ANVISA (2004) apud Rabelo (2008, p. 44) “o armazenamento temporário é o local da guarda provisória dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados”.
O lixo hospitalar depois de recolhido internamente, deve ser armazenado de forma temporária em um local que faz parte da US, para posteriormente outras instancias fazerem a recolha externa e encaminharem no seu destino final. O armazenamento deve ser feito ainda em recipientes onde o mesmo foi acondicionando.
2.3.4. Tratamento do lixo
O tratamento do lixo baseia-se na aplicação métodos que modifiquem as características dos riscos ligados aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. (Nóbrega, 2016).
Em geral, dentre os diversos mecanismos para o tratamento do lixo, torna-se importante destacar os mais conhecidos mais conhecidos, que são a incineração, a desinfecção por tratamento químico e a desinfecção por tratamento térmico. 
2.3.4.1. Incineração
De acordo com Rebelo (2008, p. 46) “a incineração dos resíduos é uma prática antiga quando se usava métodos rudimentares que consistia em empilhar os resíduos e atear o fogo.
Na mesma senda, Nóbrega (2016, p. 46) afirma que a Incineração: 
Trata-se de um processo físico-químico de oxidação a temperaturas elevadas que resulta na transformação de materiais com redução de volume dos resíduos, destruição de matéria orgânica, em especial de organismos patogénicos.
O tratamento por incineração é feito no sentido de decompor os resíduos, submetendo o mesmo a altas temperaturas. Em outras palavras é a queima dos resíduos resultantes das actividades de saúde, porem, diferentemente da simples queima de resíduos, a incineração é realizada em fornos compostos por filtros que evitam que os gases tóxicos produzidos no processo sejam libertos no meio ambiente. Entre as principais vantagens deste processo, pode destaca-se a redução do volume de lixo.
2.3.4.2. Desinfecção química
De acordo com Pinheiro (2005, p. 55):
O processo de desinfecção química inclui o contacto dos resíduos com desinfectantes químicos. Os materiais entram num tanque onde são misturados com desinfectantes e, os líquidos resultantes, incluindo qualquer sobra do agente desinfectante, são descarregados no sistema de esgoto, porém os sólidos e desinfectados são encaminhados para aterro sanitário
O tratamento químico do lixo hospitalar, consiste num conjunto de processos no qual o lixo gerado nos serviços de saúde é envolvido ou injectado com soluções desinfectantes, tais como hipoclorito de sódio, por um período de tempo determinado, no sentido de remover ou reduzir os agentes patogénicos presentes nos diversos materiais para que assim não ofereçam um alto nível de perigosidade no seu destino final. De salientar que este tipo de tratamento é utilizado principalmente na descontaminação do lixo proveniente dos laboratórios 
2.3.4.3. Desinfecção térmica (autoclavagem)
Nóbrega (2016, p. 45) A desinfecção por tratamento térmico ou autoclavagem: 
É um tratamento que consiste em manter o material contaminado em contacto com vapor de água, a uma temperatura elevada, durante período de tempo suficiente para destruir potenciais agentes patogénicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco.
A autoclave é um processo de desinfecção térmica eficiente, que é usado para a esterilização de materiais recicláveis. Este é um processo que permite um tratamento de quantidades limitadas do lixo.
2.3.5. Colecta e transporte externo 
Nóbrega (2016, p. 48) afirma que:
 A colecta e o transporte externo consistem no translado dos resíduos do abrigo externo de resíduos da unidade de saúde até o local de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e da integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente.
De acordo com Rabelo (2016), o transporte externo dos resíduos infectantes deve ser feito em carros totalmente fechados, para assegurar que estes cheguem ao destino final sem deixar para trás riscos acidentais ou de contaminação.
No geral, após a recolha interna do lixo acondicionado, o mesmo é armazenado de forma temporária em algum local de fácil acesso para transporte externo, ainda na unidade sanitária, e posteriormente instâncias externas, que no nosso caso são as autoridades municipais, fazem a colecta e transporte do lixo para assim fazerem a sua disposição final.
2.3.6. Disposição final
De acordo com Oliveira (2015, p. 53) A disposição final lixo hospitalar é o confinamento destes resíduos, em aterro sanitário ou vala séptica, depois de haver sido submetidos a um tratamento como a desinfecção, esterilização ou incineração.
De acordo com Pinheiro (2005, p. 67): 
O lixo hospitalar pode ser depositado em aterros municipais se não puderem ser tratados anteriormente, porém não podem ser dispostos a céu aberto. Se o aterro é planejado, deve atender as seguintes condições mínimas: medidas estabelecidas pela autoridade municipal para o depósito organizado e racional de resíduos; se possível, fazer um trabalho de engenharia para preparar o local, de
maneira a reter o resíduo de maneira mais efectiva; e enterrar rapidamente de modo que o contacto entre o ser humano e o animal seja o mais limitado possível.
A última etapa do processo de gestão do lixo hospitalar é a disposição final. Após o correcto tratamento, o lixo hospitalar é transportado para assim ser feita a disposição final, que muitas das vezes é feita em aterros sanitários, localizados em locais distantes das cidades ou vilas. No caso particular de Moçambique, os Órgãos Municipais é que são responsáveis para dar o tratamento final dos resíduos hospitalares. E importante salientar que nem todo tipo de lixo vai para o aterro sanitários, visto que, existem aqueles materiais submetidos a autoclavagem e os mesmos muitas das vezes são reutilizáveis. Os aterros sanitários são mecanismos que são universalmente aceites, pois os mesmos aprestam certas vantagens, a destacar o baixo custo, e segurança se o seu acesso for restrito.
Figura 9: Aterro sanitário
Fonte: Google images
2.4. Teorias
2.4.1. Administração
A primeira razão para se estudar administração é o interesse em melhorar o modo como as organizações são administradas, porque rodos interagem com rodos, cada dia, dentro das organizações.
De acordo com Chiavenato (2000, p. 3) “administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados objectivos de maneira eficiente e eficaz”.
Da Silva (2008, p. 6) “administração é um conjunto de actividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objectivos ou metas da organização”.
Três elementos distintos dessa definição merecem atenção especial. Primeiro, o trabalho do administrador envolve actividade, isto é, o trabalho envolve muita acção. Segundo, a administração implica o uso eficiente e eficaz dos recursos, que podem ser materiais ou físicos, financeiros, informacionais e humanos. Terceiro, a definição de administração considera a importância das metas organizacionais, ou seja, a importância dos alvos que a organização busca alcançar. (Da Silva, 2008).
Portanto, os diferentes serviços exercidos nos vários sectores das organizações hospitalares, há necessidade de haver a administração como forma de garantir o uso eficiente e eficaz dos recursos. No caso especifico do lixo produzido nos diversos serviços, o mesmo deve ser administrado no sentido de que a organização possa alcançar a sua meta de promoção da saúde.
2.4.2. Promoção da saúde
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS (2009, p. 17) “os primeiros conceitos de promoção da saúde foram definidos pelos autores Winslow, em 1920, e Sigerist, em 1946. Este definiu como as quatro tarefas essenciais da medicina: a promoção da saúde, a prevenção das doenças, a recuperação e a reabilitação”.
Segundo a carta de Ottawa (1986) promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para actuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. 
Ainda segundo esta carta, a saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objectivo de viver. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do sector saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direcção de um bem-estar global.
Portanto, verifica-se nos conceitos acima que a promoção da saúde envolve um processo de capacitação, tendo com objectivo conscietizar a comunidade a velar pelo seu bem-estar físico e social. Nesta ordem de ideia quando se faz a correcta eliminação do lixo nas Unidades Sanitárias, significa que esta a se fazer sentir o processo de promoção da saúde, tendo em vista melhorar a saúde de todos aqueles que frequentam o ambiente hospitalar.
CAPITULO III: METODOLOGIA
3.1. Tipo de estudo
Este estudo baseia-se em uma pesquisa do tipo bibliográfica. A pesquisa bibliográfica de acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 37) “é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”.
Segundo Gerhardt e Silveira (2009) as pesquisas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procuram referências teóricas publicadas com o objectivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta.
Desta forma, pode se afirmar que a pesquisa bibliográfica é aquela que se baseia na revisão da literatura publicada sobre um determinado assunto que se pretenda desenvolver no meio académico. Essa revisão de literatura pode ser feita em fontes que contenham material fiável, tais ser livros, revistas, artigos científicos, sites da Internet entre outras fontes. 
A escolha desse tipo de pesquisa deve-se ao facto do lixo hospitalar ser uma problemática que afecta todas as unidades seja a nível nacional, assim como internacional, obrigando que o pesquisador recorra a uma metodologia que seja abrangente e assim a pesquisa bibliográfica mostrou-se adequada.
3.2. População
A população, segundo Lakatos e Marconi (2010) é definida como o conjunto de pessoas que apresentam pelo menos uma característica em comum.
Todo material bibliográfico disponível nos reportórios e na biblioteca da Faculdade de Recursos Florestais e Faunísticos que trata sobre o lixo no contexto hospitalar constitui assim, população para esse estudo.
3.3. Amostra
Segundo Lakatos e Marconi (2010, p. 27) apud Steffens (2013) amostra é definida como “uma porção ou parcela, convenientemente seleccionada do universo (população); é um subconjunto do universo”
Visto que trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, no qual não se preocupa com a mensuração e nem com aspectos estatísticos, vai se extrair da população 24 fontes bibliográficas, usando o critério de escolha de materiais que possuam maior influencia sobre o tema em estudo, sendo que na sua maioria, após uma leitura atenciosa e dedicada, pesquisador notou que muitos dos artigos, livros e revistas não ião de acordo com os objectivos pretendidos nesta pesquisa.
3.4. Instrumentos de pesquisa
As fontes bibliográficas usadas para essa pesquisa constituem instrumentos de pesquisa, neste caso os foram usados foram obtidos na biblioteca da Faculdade de Recursos Florestais e Faunísticos; nos reportórios que comportam material relacionado com os temas da área da Saúde, que são o RCAAP (Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal), ARCA (Repositório Institucional da Fundação Oswaldo Cruz); e também foram usadas algumas revistas científicas para complementar o trabalho.
Por meio de urna analise detalhada das fontes bibliográficas seleccionadas, pretende-se obter informações detalhadas que possam ser utilizadas em uma análise qualitativa.
3.5. Procedimento de análise de dados
Para a análise dos dados foi feita uma leitura detalhada de todas as obras constituintes da amostra do estudo, a leitura foi realizada obedecendo a uma ordem de prioridade e de seguida fez-se a interpretação dos textos no sentido de se produzir um novo raciocínio que estivesse relacionado ao tema, finalmente fez-se uma discussão com base no que foi interpretado das fontes bibliográficas usadas para esta pesquisa.
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Dentre os manuais utilizados para a construção da pesquisa, ambos estão de acordo em afirmar que o lixo hospitalar é de algum modo prejudicial a saúde humana quando mal gerido por parte dos profissionais de saúde. O lixo produzido nas Unidades sanitárias gera riscos a saúde, conforme ressaltam diversos autores
Conformes ressaltam Pozzetti e Monteverde (2017. P. 217):
Os resíduos gerados nas actividades de saúde, em especial no âmbito dos hospitais, geram inúmeros problemas ambientais e de Saúde Pública; reflectindo, comprovadamente, na qualidade de vida das pessoas que vivem no entorno destas unidades de saúde, bem como aqueles que trabalham dentro destas unidades.
Martins (2015), chama atenção que o principal risco para os profissionais de
saúde e está relacionado com o contacto com os resíduos antes de estes serem depositados nos respectivos contentores. Uma forma de diminuir estes riscos consiste na minimização da produção, na rápida deposição nos contentores adequados a cada tipo de resíduos hospitalares e na sua correcta e apropriada separação por grupos. 
De acordo com Vieira (2012, p. 1):
A natureza, diversidade e perigosidade dos resíduos hospitalares exige procedimentos específicos na sua gestão. A existência de resíduos provenientes da prestação de cuidados de saúde acarreta um importante problema de saúde pública e ambiental, para além de aumentar a preocupação na prevenção dos consequentes efeitos negativos. 
De acordo com o exposto acima, podemos estar de acordos que a problemática dos resíduos sólidos é reconhecida por diversos autores como um atentado a saúde pública. Portanto, para dar a frente a essa realidade, demanda-se que os hospitais tenham um plano de gestão adequando, que garanta que os resíduos não periguem a sociedade.
A questão dos resíduos hospitalares, é um aspecto que muitas unidades sanitárias de Moçambique lidam, pois consta-se que há dificuldades na elaboração de um bom plano de gestão do mesmo, perigando assim a saúde daqueles que frequentam os ambientes hospitalares. O que se tem verificado são dificuldades nos processos e armazenamento e eliminação do mesmo e essa questão esta sendo preocupante dia após dia. É nesse sentido que os gestores hospitalares devem intervir, como forma de prover bases de sustento para um correcto tratamento do lixo.
4.1. Riscos que advêm da ma gestão do lixo hospitalar
As concepções expostas pelos autores evidenciam que quando o lixo não é gerido de forma adequada, leva a incorrer a certos riscos para a saúde, assim como para o meio ambiente que rodeia a unidade sanitária.
Nessa perspectiva, Afonso (2015, p. 53) afirma que: 
Os resíduos hospitalares são constituídos por um grupo muito heterogéneo de materiais (agulhas, fraldas descartáveis, comida, entre muitos outros), provenientes de diversos sectores, podendo conter agentes patogénicos. Daqui se percebe que, se não houver uma gestão adequada das práticas nas várias etapas do processo de gestão (separação, recolha, armazenamento, transporte e tratamento), algumas situações podem levar ao aparecimento de ferimentos, infecções e doenças. 
Na mesma linha Martins (2005, p. 25) sublinha que
Quando incorrectamente manipulados, os resíduos hospitalares podem ter consequências gravosas para o Homem e para o Ambiente. As agulhas são um bom exemplo de um resíduo que coloca graves problemas devido ao facto de poder ser um reservatório de microrganismos patogénicos, constituindo uma via potencial de entrada na corrente sanguínea. Estes objectos cortantes, para além de poderem causar cortes e punções, também podem infectar feridas por intermédio de agentes que os tenham contaminado anteriormente
De acordo com Santos (2013) apud Afonso (2015) Os riscos para a saúde incorrem sob diferentes contextos distintos entre si: 
· Riscos químicos através da exposição a substâncias inflamáveis e tóxicas, que poderão causar consequências graves do aparelho respiratório e do aparelho digestivo; 
· Riscos biológicos através de fluidos corporais patogénicos de doenças transmissíveis, 
· Riscos físicos pela utilização de instrumentos de acção cortante/perfurante, contaminados pelo contacto com substâncias radioactivas, e por substâncias utilizadas em laboratórios ou em sessões de quimioterapia.
Conforme foi observado acima, a má gestão dos resíduos hospitalares propicia riscos maiores para a saúde pública. Os estudos mostram que os maiores riscos estão relacionados ao mau manejo dos objectos perfuro cortantes, materiais contendo fluidos corporais e substâncias químicas e tóxicas. 
Em suma, quando é feita má gestão dos resíduos, os profissionais incorrem aos riscos químicos, físicos e biológicos e tal facto constitui uma preocupação para os gestores das Unidades Sanitárias. 
Sabe-se muito bem que nas instituições hospitalares do nosso país são vários os objectos perfuro cortantes que os profissionais manejam, assim como as matérias usados contendo fluidos e os produtos químicos usados nas diversas actividades dos serviços de Saúde. Diante de tal facto, verifica-se que estes elementos constituem principais agentes de infecção para os profissionais que lidam com os resíduos assim como para a ambiente no qual estas US estão inseridas. 
Diante dos riscos que advêm da má gestão dos resíduos hospitalares, as unidades sanitárias devem adoptar uma politica interna que faça com que os resíduos produzidos tenham um devido tratamento. Os diversos estudos analisados nesta pesquisa sublinham aspectos como a criação de estratégias que garantam com que a quantidade do lixo gerado seja menor e haja uma boa separação do mesmo.
4.2. Estratégias para a gestão correcta dos resíduos produzidos nos serviços hospitalares
Diante das diversas barreiras enfrentadas para uma melhor gestão dos resíduos hospitalares, torna-se mister encontrar melhores formas, que permitam ultrapassar essas barreiras para assim dar o devido tratamento ao lixo hospitalar. Como fazer para que o profissional esteja consciente da necessidade de gerir o lixo nas unidades sanitárias? Qual a melhor forma de eliminar os lixo? Estas e outras indagações são frequentes na tentativa de encontrar um melhor método de gerir o lixo hospitalar. 
Os autores Pozzetti e Monteverde (2017) verificaram no seu estudo como resultados, que é necessário haver mais investimento em capacitação de pessoal, implantando técnicas para o gerenciamento seguro dos materiais dentro da unidade hospitalar, assim como é imperioso a disponibilização de aterros sanitários voltados para o agenciamento coreto dos resíduos hospitalares.
Na mesma linha de pensamento, o autor Martins (2005, p. 158) mostra no seu estudo que para uma melhor gestão dos resíduos hospitalares:
Há necessidade de se estabelecerem directrizes e protocolos para a manipulação de resíduos; se capacitarem e treinarem os profissionais de saúde, incorporando aspectos de manipulação de resíduos, biossegurança e infecções intra hospitalares; e ainda, se dotarem as instituições com equipamentos, recipientes de acondicionamento e espaços adequados para o armazenamento de resíduos hospitalares. 
Nota-se que os dois autores acima citados têm algo em comum nos seus argumentos, ambos dão mais ênfase na componente capacitação do pessoal para um melhor tratamento dos resíduos. Portanto, esse é o ponto em que diversas instituições hospitalares devem potencializar, visto que, quem maneja os resíduos hospitalares são os profissionais de saúde e estes devem estar devidamente preparados para lidar com essa problemática e assim garantir um bom ambiente para todos aqueles que frequentam os espaços hospitalares.
O decreto 8/2003 recomenda que, para uma boa gestão do lixo é necessário seguir as seguintes etapas:
1) Identificação dos perigos que cada tipo de lixo representa; 
2) Determinação dos riscos associados com os perigos; 
3) Determinação de medidas apropriadas para o controlo dos riscos; 
4) Início da implementação das medidas de controlo e análise da sua eficácia.
O decreto acima citado, esta de acordo com as ideias dos autores anteriormente citados, visto que torna-se fundamental que os profissionais antes de mais saibam identificar os perigos apresentados por cada tipo de lixo, no entanto para que o profissional esteja ciente e capaz de identificar esses perigos, o treinamento mostra-se como a estratégia eficaz, e só assim é que os profissionais serão capazes de gerir da melhor maneira os resíduos provenientes dos serviços hospitalares.
O aspecto mais preocupante na gestão do lixo hospitalar é a sua eliminação, diante disto, os autores Pfthscher et al. (2007) destacam que a “incineração” seria mais adequada, pois financeiramente é menos onerosa, consome menos energia e reduz a quantidade de resíduos a serem colocados em aterros em até 97%. 
Porem quanto a isso Nóbrega (2016,
p.140) chama atenção que:
É recomendável que os resíduos comuns sejam segregados de forma diferenciada, favorecendo a reciclagem e a compostagem dos orgânicos. A questão da minimização da geração dos resíduos comuns também foi citada como medida de gestão adequada. Os resíduos infectantes devem ser segregados e acondicionados adequadamente e tratado previamente antes da disposição final em aterro sanitário, devidamente legalizado pelos órgãos competentes. 
De uma forma geral, para uma melhor gestão do lixo hospitalar é imperioso que os profissionais tenham uma educação contínua acerca da temática “gestão dos resíduos hospitalares”, visto que, antes de mais torna-se importante que os profissionais tenham o conhecimento de todos os tipos de resíduos hospitalares que manejam e de todas as fases envolvidas na gestão do mesmo, desde a separação até a eliminação final. 
Conforme visto no referencial teórico, o processo de gestão do lixo hospitalar dá-se a partir do seguimento de um conjunto de etapas que constituem a base para tratamento lixo, porem a boa separação do lixo lixo a partir dos serviços onde o mesmo é produzido é um factor chave, visto que é uma fase que determina o tipo de tratamento a ser dado para cada tipo de lixo.
 
CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
Vale antes de mais frisar nesta conclusão que, quando os resíduos são mal geridos, originam os riscos físicos, químicos e biológicos, relacionados com a incorrecta manipulação dos objectos perfuro cortantes, materiais contendo fluidos corporais e produtos químicos. Um facto importante que coloca em risco os profissionais que lidam com os resíduos hospitalares, é o não uso dos equipamentos de protecção individual (EPI), pois fazendo isto, os profissionais ficam propensos a infecções e acidentes provenientes dos objectos e materiais que manejam.
Podemos então concluir que o trabalho alcançou os objectivos inicialmente definidos, sendo que o principal objectivo era o de perceber os mecanismos de gestão do lixo nas unidades sanitárias, afirma-se portanto que, para uma melhor gestão dos resíduos hospitalares, devem ser usadas técnicas que garantam que o lixo tenha o devido tratamento por parte dos profissionais, tais técnicas incluem a capacitação do pessoal sobre a correcta separação e manejo do lixo, incineração do lixo, fornecimento de equipamentos para armazenamento adequado, e criação de aterros para a disposição final do lixo, exclusivamente dos serviços de saúde.
Relativamente ao primeiro objectivo especifico traçado, que era o de descrever os principais conceitos relacionados ao lixo hospitalar pode concluir-se que o mesmo foi alcançado, pois descreveu-se aqui neste trabalho que o lixo hospitalar é constituído de todos resíduos provenientes dos serviços hospitalares e que não tem mais utilização nenhuma para US.
No que tange ao segundo objectivo, que tinha o intuito de descrever as etapas do tratamento de gestão do lixo hospitalar chega-se a conclusão que no processo de gestão dos resíduos hospitalares, destaca-se um conjunto de seis (6) etapas distintas: acondicionamento e identificação do lixo, transporte interno, armazenamento temporário do lixo, tratamento do lixo, colecta e transporte externo e disposição final. Todas estas etapas devem ser levadas em conta para garantir o devido tratamento dos resíduos hospitalares. 
O terceiro e último objectivo tinha o intuito de indicar melhores métodos de gestão dos resíduos hospitalares de acordo com a legislação, portanto, relativamente a esse objectivo conclui-se que o Decreto 8/2003 recomenda que antes de mais torna-se importante identificação dos perigos que cada tipo de lixo representa e de seguida determinar os riscos associados para assim implementar as medidas apropriadas para o controlo desses riscos.
Em suma, para uma gestão eficaz dos resíduos hospitalares, é necessário criar estratégias para controlar e diminuir os riscos, na tentativa de minimizar o lixo produzido, desde o ponto de origem.
O papel do gestor hospitalar neste processo cinge-se basicamente na motivação dos funcionários que lidam com os resíduos. Para tanto, o gestor hospitalar deve envidar esforços no sentido de garantir com que haja sempre equipamentos necessários para o correcto tratamento do lixo, assim como deve envidar esforços também para garantir uma gestão participativa na instituição. 
5.2. Recomendações
São chamados a actuar todos os envolvidos com a problemática do lixo hospitalar, para que reconheçam a necessidade da criação de políticas internas de gestão dos resíduos de serviços de saúde. Dentro dessa temática deve-se: 
· Aumentar a atenção para o tema do lixo nas diversas Unidades Sanitárias;
· Identificar os principais serviços que geram uma grande quantidade de lixo; 
· Contemplar estratégias de minimização, reutilização e a reciclagem do lixo hospitalar;
· Criar estratégias de treinamento do pessoal sobre as formas de correcta separação e eliminação do lixo;
· Criar mais aterros sanitários destinados a eliminação do lixo em todas as US.
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Acondicionamento e identificação do lixo
Transporte interno do lixo
Armazenamento temporario do lixo
Tratamento do lixo
Colecta e transporte externo do lixo 
Disposicao final do lixo
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