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Biossegurança Na Avicultura

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Julia Silva
Biossegurança Na Avicultura
A biossegurança é um conjunto de medidas profiláticas capaz de manter a integridade saudável do indivíduo. O termo é abrangente e recodifica diferentes medidas de caráter sanitário que, se adotadas integralmente, seriam teoricamente capazes de garantir o bom estado sanitário do plantel evitando as enfermidades avícolas (BENTO, et all. S.d.). 
Na verdade, a biossegurança apenas codifica tecnicamente uma série de medidas de higiene de amplo conhecimento e prática na avicultura brasileira e mundial. Entre essas medidas (uso dos banhos do pessoal operacional e dos visitantes, lavagem e higienização dos veículos, escolha e busca ou produção do material utilizado como cama das aves, existência de programas profiláticos), há algumas ainda discutíveis e outras que podem passar falsa impressão de segurança total (NETO et al., 2001).
As medidas importantes que abrangem a biossegurança são:
· Localização do plantel, posição e barreiras naturais;
· Controle de pessoas = controle de vetores;
· Limpeza (seca e úmida) de um lote para outro; 
· Desinfecção (ambiente e equipamentos);
· Vazio sanitário; 
· Qualidade da alimentação e da água;
· Monitoria sanitária;
· Vacinação (Marek obrigatória);
· Plano de contingência. 
O Isolamento Da Unidade 
O núcleo e aviários deve ser feito através de cinturão verde, cercas e telas. A localização dos aviários deve respeitar uma distância mínima de 500 metros entre os galpões, assim como dos setores de cria/recria para produção (JAENISCH, 1991).
O Controle Do Tráfego De Veículos E Pessoas 
Primeiro fator a ser considerado e todo o controle deve ser realizado pela portaria ou responsável do local, a fim de evitar a introdução de patógenos e possíveis doenças. O local de origem dos visitantes deve ser registrado no caderno de visitas que deve constar também o período de vazio sanitário (último contato com aves) (ABPA, 2017). Para ter acesso à área produtiva, os colaboradores e visitantes devem tomar banho e realizar a troca de uniformes e calçados adequados na entrada da granja/ núcleos.
A Limpeza E Desinfecção 
Devem ser realizadas após a saída dos lotes, priorizando sempre a limpeza seca (retirada dos resíduos como esterco, ração, entre outros) e a limpeza úmida (lavagem com detergente e desinfecção) (INATA, 2019). Após a retirada do lote fazer limpeza completa do aviário adotando os seguintes procedimentos:
· Retirar todos os utensílios utilizados no aviário;
· Passar vassoura de fogo sobre a cama para reduzir o número de penas;
· Remover a cama. A reutilização da cama só poderá ser feita se nenhum problema infeccioso tenha acometido o plantel anteriormente. Nesse caso recomenda-se que, após passar vassoura de fogo, a cama seja enleirada e coberta com plástico ou lona por 07 dias, a uma umidade relativa de 37%, para que sofra fermentação. Jamais usá-la nos círculos de proteção ou pinteiros;
· Lavar com água sob pressão todos os equipamentos do aviário;
· Lavar paredes, teto, vigas e cortinas com água sob pressão (jato em movimentos de cima para baixo) e deixar secar antes de fazer a desinfecção;
· Redistribuir a cama no aviário;
· Proceder a desinfecção do aviário. Os princípios ativos dos desinfetantes mais utilizados são: amônia quaternária, formol, cloro, iodo, cresol e fenol. É importante fazer rodízio periódico do princípio ativo do desinfetante utilizado;
· Após a desinfecção manter o aviário fechado, sem a presença de aves ou outros animais, em vazio sanitário por pelo menos 10 dias até o alojamento dos frangos;
· Lavar caixa d'água e tubulações;
· Aparar a grama e limpar calçadas externas e os arredores do aviário;
· Os resíduos de produção (aves mortas, estercos e embalagens) devem ser descartados adequadamente (trabalhados em compostagem, enterrados em fossas sépticas ou incinerados, de acordo com a contaminação do material a ser descartado) (EMBRAPA,2003).
Fonte: EMBRAPA, 2003.
O Programa De Vacinação 
Deve ser estabelecido pelo Médico Veterinário responsável, conforme a obrigatoriedade estabelecida pelo MAPA no Plano de sanidade avícola (PNSA) e de acordo com os agentes isolados ou endêmicos na região (BRASIL, 2002). Além disso, as aves devem ser monitoradas regularmente por necropsias, exames laboratoriais, resultados zootécnicos e sempre que forem introduzidos lotes novos, deve ser feito o acompanhamento necessário para que evite a introdução de doenças no plantel. As mortalidades devem ser descartadas de forma correta (compostagem, incineração ou desidratador, rotoacelerador) diariamente e o local de manejo das aves mortas deve ser isolado para impedir contato com aves silvestres e roedores (INATA, 2019).
Controle De Pragas E Roedores
Deve ser seguido de forma rigorosa, conforme a IN56/2007/MAPA, capítulo III – Art.21° VII, pois os roedores são refratários para muitas doenças e podem levar patógenos aos aviários. Assim como o controle da qualidade de água e alimento também é importante na introdução desses agentes, podendo desencadear uma doença rapidamente no plantel. Todas as medidas de biosseguridade são planejadas para evitar a introdução de doenças no plantel, no entanto, caso o processo tenha falhas, é necessário estabelecer um plano de contingência objetivando a resolução rápida do problema com prejuízos financeiros menores (INATA, 2019).
Fonte: EMBRAPA, 2003.
REFERENCIAS
ABPA. Associação Brasileira de Proteína Animal. Manual de Procedimentos de Biosseguridade ABPA.
BENTO, M. A. F., ET ALL. Biossegurança: prevenção de doenças na avicultura industrial. Anais Da Iii Sepavet – Semana De Patologia Veterinária – E Do Ii Simpósio De Patologia Veterinária Do Centro Oeste Paulista, s.d. 
BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Instrução Normativa, nº 56, de 04 de dezembro de 2007.
EMBRAPA SUINOS E AVES. Produção Frangos de Corte – saúde. Sistema de Produção, 2
ISSN 1678-8850 Versão Eletrônica, Jul/2003. Disponível em: < http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/aves/Higienizacao.html>
INATA PRODUTOS BIOLÓGICOS. Qual a importância e como garantir a biosseguridade na avicultura? 2019. Disponível em: < http://blog.inata.com.br/biosseguridade-na-avicultura/> 
JAENISCH, F. R. F. Aspectos de biosseguridade para plantéis de matrizes de corte. Instrução Técnica para o Avicultor. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 1991.
NETO, C.C; ASSAFF FILHO, J.M, NUNES, L.A. Biossegurança - Roedores.

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