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82 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 SITUAÇÃO-PROBLEMA Leia os textos I e II. Em seguida, responda ao que se pede. Texto I Tenho andado tão atarefada! Ter um cavalo novo para montar e 9 cachorrinhos para ajudar a tratar é realmente uma grande agitação! KAHLER, Katrina. Diário de uma miúda doida por cavalos - Livro 2 : As aventuras do pônei clube. Tradução: Elvira Sousa. E-book. Texto II Palavras ao vento Ando por aí querendo te encontrar Em cada esquina paro em cada olhar Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar MONTE, Marisa; MOREIRA, Moraes. Disponível em: <www.marisamonte.com.br/pt/musica/ composicoes/letra/palavras-ao-vento>. Acesso em: 15 ago. 2019. a) Os textos I e II iniciam-se com o mesmo verbo, empregado, entretanto, com forma e transiti- vidade diferentes em cada caso. Identifique o verbo e classifique sua transitividade em cada caso. Trata-se do verbo andar. No texto I, foi empregado como verbo não nocional, de ligação; na canção, Texto II, a forma verbal é empregada como nocional, intransitiva. Conforme vimos, um verbo pode ter mais de uma transitividade. Por isso, é essencial observar o contexto para diferenciar quando um verbo funciona como verbo de ligação e quando funciona como verbo intransitivo. Por exemplo: Todos ficaram felizes. (verbo de ligação + predicativo) Todos ficaram em casa. (verbo intransitivo + termo de valor adverbial de lugar) Este sujeito vive insatisfeito com o governo. (verbo de ligação + predicativo) Este sujeito, sim, vive bem! (verbo intransitivo + termo de valor adverbial de modo) GOTAS DE SABER Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. Z G P h o to g ra p h y /S h u tt e rs to ck PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 82 10/22/19 3:13 PM 83 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 b) Apresente os elementos do predicado que contribuem para a classificação das formas verbais feita no item anterior. No primeiro caso, há na oração o predicativo atarefada. No segundo, há o termo de valor adverbial de lugar por a’. c) Considerando a análise produzida nos itens anteriores, comente: por que a classificação correta da transitividade verbal no Texto I colabora para a compreensão da mensagem? Porque, se a classificação não for correta, pode-se compreender, equivocadamente, que o sujeito caminha, pratica a ação de andar. PARA CONCLUIR Os verbos podem ter diferentes classificações na oração de acordo com o modo como se pro- jetam. Os verbos podem ser nocionais, que indicam uma ação, ou de ligação, que ligam o sujeito a uma qualidade ou característica. Veja as classificações de acordo com a transitividade verbal no mapa a seguir. Verbos na oração Direto Direto e indireto Indireto Objeto direto Objeto indireto Objeto direto Objeto indireto Transitivo (necessita de complemento) Intransitivo (sem complemento ou complemento de valor adverbial) Ligação (liga sujeito a qualidade ou estado) PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 83 10/22/19 3:13 PM 84 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 PRATICANDO O APRENDIZADO Por meio de seus textos, Carlos Drummond de Andrade levava seus leitores à reflexão sobre diversos aspectos da vida humana contemporânea. Na crônica a seguir, o tema é a ecologia. Da utilidade dos animais Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, es- tampas coloridas mostram animais de todos os feitios. É pre- ciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso são muito úteis. Quem não sabe que o cachorro é o maior amigo da gente? Cachorro faz muita falta. Mas não é só ele não. A galinha, o peixe, a vaca... Todos ajudam. — Aquele cabeludo ali, professora, também ajuda? — Aquele? É o iaque, um boi da Ásia Central. Aquele serve de montaria e de burro de carga. Do pelo se fazem perucas bacanas. E a carne, dizem que é gostosa. — Mas se serve de montaria, como é que a gente vai comer ele? — Bem, primeiro serve para uma coisa, depois para outra. Vamos adiante. Este é o texugo. Se vocês quiserem pintar a pa- rede do quarto, escolham pincel de texugo. Parece que é ótimo. — Ele faz pincel, professora? — Quem, o texugo? Não, só fornece o pelo. Para pincel de barba também, que o Arturzinho vai usar quando crescer. Arturzinho objetou que pretende usar barbeador elétrico. Além do mais, não gostaria de pelar o texugo, uma vez que devemos gostar dele, mas a professora já explicava a utilidade do canguru: — Bolsas, mala, maletas, tudo isso o couro do canguru dá pra gente. Não falando da carne. Canguru é utilíssimo. — Vivo, fessora? — A vicunha, que vocês estão vendo aí, produz... produz é maneira de dizer, ela fornece, ou por outra, com o pelo dela nós preparamos ponchos, mantas, cobertores, etc. — Depois a gente come a vicunha, né fessora? — Daniel, não é preciso comer todos os animais. Basta retirar a lã da vicunha, que torna a crescer... — A gente torna a cortar? Ela não tem sossego, tadinha. — Vejam agora como a zebra é camarada. Trabalha no cir- co, e seu couro listrado serve para forro de cadeira, de almofada e para tapete. Também se aproveita a carne, sabem? — A carne também é listrada? — pergunta que desenca- deia riso geral. — Não riam da Betty, ela é uma garota que quer saber direi- to as coisas. Querida, eu nunca vi carne de zebra no açougue, mas posso garantir que não é listrada. Se fosse, não deixaria de ser comestível por causa disto. Ah, o pinguim? Este vocês já conhecem da praia do Leblon, onde costuma aparecer, trazido pela correnteza. Pensam que só serve para brincar? Estão enga- nados. Vocês devem respeitar o bichinho. O excremento — não sabem o que é? O cocô do pinguim é um adubo maravilhoso: guano, rico em nitrato. O óleo feito da gordura do pinguim... — A senhora disse que a gente deve respeitar. — Claro. Mas o óleo é bom. — Do javali, professora, duvido que a gente lucre alguma coisa. — Pois lucra. O pelo dá escovas, é de ótima qualidade. — E o castor? — Pois quando voltar a moda do chapéu para os homens, o castor vai prestar muito serviço. Aliás, já presta, com a pele usada para agasalhos. É o que se pode chamar de um bom exemplo. — Eu, hem? — Dos chifres do rinoceronte, Belá, você pode encomen- dar um vaso raro para o living da sua casa. Do couro da girafa, Luís Gabriel pode tirar um escudo de verdade, deixando os pelos da cauda para Tereza fazer um bracelete genial. A tar- taruga marinha, meu Deus, é de uma utilidade que vocês não calculam. Comem-se os ovos e toma-se a sopa: uma de-lí-cia. O casco serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa. O biguá é engraçado. Il u s tr a C a rt o o n /A rq u iv o d a e d it o ra PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 84 10/22/19 3:13 PM 85 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 — Engraçado, como? — Apanha peixe pra gente. — Apanha e entrega, professora? — Não é bem assim. Você bota um anel no pescoço dele, e o biguá pega o peixe mas não pode engolir. Então você tira o peixe da goela do biguá. — Bobo que ele é. — Não. É útil. Ai de nós se não fossem os animais que nos ajudam de todas as maneiras. Por isso que eu digo: devemos amar os animais, e não maltratá-los de jeito nenhum. Enten- deu, Ricardo? — Entendi, a gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar bem o pelo, o couro e os ossos. DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. De notícias e não notícias faz-se a crônica. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. Carlos Drummond de Andrade foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro. Também foi contista e cronista, considerado por muitos o mais influente escritor brasileiro do século XX. 1 Explique por que esse texto pode ser considerado uma crônica. Porque aborda uma situação comum, do cotidiano, mas levando oleitor à reflexão por meio do humor e de um final inusitado. 2 Na crônica apresentada, quem tem mais preocupação com os animais: os alunos ou a professora? Justifique. Os alunos, pois durante toda a explicação eles questionam as colocações feitas pela professora, que diz que devemos respeitar os animais, mas apresenta exemplos que contradizem tal ideia. 3 E você? Qual é a sua opinião a respeito do assunto tratado no texto? Resposta pessoal. É importante incentivar uma reflexão sobre o tema. 4 Classifique os verbos em destaque no contexto em que são usados: intransitivo, transitivo (direto, indireto ou direto e indireto) ou verbo de ligação. a) devemos gostar dele locução verbal transitiva indireta b) O cocô do pinguim é um adubo maravilhoso verbo de ligação c) escolham pincel de texugo verbo transitivo direto d) tudo isso o couro do canguru dá pra gente verbo transitivo direto e indireto e) com o pelo dela nós preparamos ponchos, mantas, cobertores, etc. verbo transitivo direto f) Trabalha no circo verbo intransitivo 5 Leia as frases reproduzidas a seguir. Aponte se os ter- mos em negrito complementam o sentido de um verbo de ação (com ou sem preposição) ou exprimem uma característica ou um estado do sujeito. a) o cachorro é o maior amigo da gente Exprime uma característica do sujeito. b) a professora já explicava a utilidade do canguru Complementa o verbo de ação sem preposição. c) Não riam da Betty Complementa o verbo de ação com preposição. d) a gente deve aproveitar bem o pelo, o couro e os ossos. Complementa o verbo de ação sem preposição. 6 Nas frases reproduzidas a seguir, classifique os termos em negrito: objeto direto, objeto indireto ou expressão com valor adverbial. a) É preciso querer bem a eles bem: valor adverbial de modo; a eles: objeto indireto b) Cachorro faz muita falta. muita falta: objeto direto PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 85 10/22/19 3:13 PM 86 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 c) serve para uma coisa para uma coisa: valor adverbial de finalidade d) desencadeia riso geral riso geral: objeto direto e) Não é bem assim. bem assim: valor adverbial de modo 7 Leia as seguintes passagens do texto. I. Não é bem assim. II. É útil. a) Copie e classifique o verbo de cada oração. Ambas empregam o verbo ser (é). Em I, é verbo intransitivo; em II, de ligação. b) Explique a classificação de cada um dos verbos. Em I, é classificado como intransitivo porque não liga um predicativo ao sujeito. A expressão bem assim tem valor adverbial de modo. Em II, é verbo de ligação porque liga o predicativo útil ao sujeito (biguá, citado anteriormente). 8 As frases a seguir estão na ordem inversa. Analise-as e: • transcreva o sujeito e os complementos verbais (se houver) de cada uma delas; • nos parênteses, escreva um dos códigos abaixo, de acordo com a classificação do predicado e do verbo da frase: (PV/VI) para predicado verbal/verbo intransitivo; (PV/VTD) para predicado verbal/verbo transitivo direto; (PN/VL) para predicado nominal/verbo de ligação. a) De grão em grão, a galinha enche o papo. ( PV/VTD ) sujeito: a galinha; objeto direto: o papo b) Certamente, virá algo de ruim daí. ( PV/VI ) sujeito: algo de ruim c) Desse mato não sai cachorro, não. ( PV/VI ) sujeito: cachorro d) Em boca fechada não entra mosca. ( PV/VI ) sujeito: mosca e) Em casa de ferreiro o espeto é de pau. ( PN/VL ) sujeito: o espeto APLICANDO O CONHECIMENTO Leia esta crônica e faça as atividades 1 a 5. A Justiça nos tempos de Franco Acima, no alto do estrado, envergando sua toga negra, o presidente do tribunal. À direita, o advogado. À esquerda, o promotor. Degraus abaixo, o banco dos réus, ainda vazio. Um novo julgamento vai começar. Dirigindo-se ao meirinho, o juiz, Algonso Hernández Pardo, ordena: — Faça o condenado entrar. GALEANO, Eduardo. De pernas para o ar: a escola do mundo ao avesso. Porto Alegre: L&PM, 2016. Eduardo Galeano (1940-2015) nas- ceu em Montevidéu, no Uruguai. Com 14 anos, vendeu sua primeira charge. Trabalhou como datilógrafo, pintor de letreiros e caixa de banco e iniciou car- reira como jornalista nos anos 1960. Escreveu diversos livros, que foram traduzidos para várias línguas. Franco: Francisco Franco (1892-1975), militar, chefe de Estado e ditador espanhol, governou seu país de 1936 a 1973. Estrado: estrutura plana, geralmente de madeira, formando uma plataforma sobre a qual alguém se destaca. Envergar: curvar-se. Toga: vestimenta de um magistrado. Meirinho: antigo funcionário do Poder Judiciário. Il u s tr a C a rt o o n /A rq u iv o d a e d it o ra PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 86 10/22/19 3:13 PM 87 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 1 Releia o trecho a seguir. Acima, no alto do estrado, envergando sua toga negra, o presidente do tribunal. À direita, o advogado. À esquerda, o promotor. Degraus abaixo, o banco dos réus, ainda vazio. Com exceção do verbo envergar, empregado na for- ma nominal do gerúndio, aparentemente não há ver- bos nessa primeira parte do texto. Entretanto, o leitor atento percebe que há verbos em elipse. Reescreva as frases, sem alterar seu sentido, adicionando a elas: a) um mesmo verbo intransitivo. Resposta possível: Acima, no alto do estrado, envergando sua toga negra, está o presidente do tribunal. À direita, está o advogado. À esquerda, está o promotor. Degraus abaixo, está o banco dos réus, ainda vazio. b) um mesmo verbo transitivo direto. Resposta possível: Acima, no alto do estrado, envergando sua toga negra, vemos o presidente do tribunal. À direita, vemos o advogado. À esquerda, vemos o promotor. Degraus abaixo, vemos o banco dos réus, ainda vazio. 2 Com a elipse dos verbos observada na primeira metade do texto: a) O autor da narrativa destaca as ações dos persona- gens ou a construção da cena? Explique. Espera-se que os alunos observem que a elipse verbal chama a atenção para a caracterização do espaço, e não para as ações praticadas pelos personagens. b) Essa escolha narrativa colabora para a construção do suspense? Explique. Espera-se que os alunos observem que essa escolha cria uma atmosfera de suspense para a narrativa, o leitor procura imaginar o que acontecerá a seguir. 3 Essa narrativa de Galeano comprova que a escolha pre- cisa dos verbos e a organização estratégica das frases são fundamentais na criação de bons textos. Em um dos parágrafos, o autor escolhe, para marcar o clímax da narrativa, um verbo transitivo. Qual é ele? Por que esse parágrafo é o clímax da narrativa? Trata-se do verbo ordenar. Espera-se que os alunos observem que esse parágrafo corresponde ao clímax porque é na sequência dele que a trama armada até ali é resolvida. 4 No trecho “Dirigindo-se ao meirinho, o juiz, Algonso Her- nández Pardo, ordena”, classifique o termo em destaque. Trata-se de objeto indireto. 5 O clímax da crônica se dá no último período do texto, e se firma na escolha das palavras por parte do juiz. a) Transcreva a palavra que causa o estranhamento. A palavra que causa o estranhamento é condenado. b) Classifique sintaticamente o termo apresentado no item a. Objeto direto do verbo faça e sujeito do verbo entrar. c) Explique por que a escolha dessa palavra provocou estranhamento. Um princípio básico da Justiça é que é preciso julgar antes que se condene alguém. Contudo, ao escolher o vocábulo condenado, o juiz parece ignorar esse princípio. PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 87 10/22/19 3:13 PM 88 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 DESENVOLVENDO HABILIDADES Leia esta letra de canção e faça as atividades 1 e 2. Com que roupa? Agora vou mudar minha conduta Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar Vou tratar você com a força bruta Que é pra poder me reabilitar Poisesta vida não está sopa E eu pergunto: com que roupa, com que roupa eu vou Ao samba que você me convidou? Eu hoje estou pulando feito sapo Pra ver se escapo dessa praga de urubu Já estou coberto de farrapo, eu vou acabar ficando nu Meu paletó virou estopa, e eu nem sei mais com que roupa Seu português agora deu o fora, já foi-se embora E levou seu capital. Esqueceu quem tanto amou outrora Foi no Adamastor pra Portugal, Pra se casar com uma cachopa, e agora com que roupa? Agora eu não ando mais fagueiro, Pois o dinheiro não é fácil de ganhar Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro Não consigo ter nem pra gastar Eu já corri de vento em popa, mas agora com que roupa... ROSA, Noel. Disponível em: <www.mpbnet.com.br/musicos/noel.rosa/ letras/com_que_roupa.htm>. Acesso em: 16 ago. 2019. Noel Rosa (1910-1937) nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Foi compositor, cantor, instrumentista e sambista ligado à escola de samba Vila Isabel. Grande artista da música brasileira, produziu inú- meras canções, como “Conversa de botequim”, “Pierrô apaixonado” e “Pastorinhas”. 1 Marque a opção correta sobre a predicação dos verbos na letra da canção. a) A locução verbal que compõe o primeiro verso equi- vale a um verbo de ligação, sendo o termo “minha conduta” predicativo do sujeito. b) O trecho “Pro samba que você me convidou” apre- senta verbo intransitivo. c) No terceiro verso, a locução verbal equivale a um verbo intransitivo. d) Não há sequer um verbo de ligação na canção. e) A locução verbal que compõe o primeiro verso equi- vale a um verbo transitivo direto, cujo objeto é o termo “minha conduta”. 2 Considerando a letra da canção de Noel Rosa, assinale a alternativa cujo comentário é incoerente. a) No trecho “já foi-se embora”, a locução verbal indica ação; logo, trata-se de um predicado verbal. Aprumar-se: vestir-se de modo elegante. Estopa: tecido grosseiro, usado em geral para limpeza. Outrora: antigamente. Cachopa: garota. Fagueiro: agradável. Il u s tr a C a rt o o n /A rq u iv o d a e d it o ra PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 88 10/22/19 3:13 PM 89 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 5 b) O trecho “Eu já corri de vento em popa” apresenta verbo transitivo indireto, pois, de acordo com as regras práticas para identificar a regência verbal, quem corre, corre de algo ou de alguém. c) No trecho “esta vida não está sopa”, é construída uma metáfora com o auxílio do verbo de ligação estar e com o predicativo sopa, que, no contexto, equivale a fácil, tranquila. d) A questão central do eu lírico é decidir a roupa que melhor lhe servirá para ir ao samba. e) Nessa canção, o eu lírico narra fatos ligados à vida de seu interlocutor e à sua própria condição atual de vida, ao mesmo tempo que questiona a respeito de qual será o traje adequado para encontrar o in- terlocutor. Leia a manchete e o lide a seguir e faça as atividades 3 e 4. Jovem paraplégico usa exoesqueleto e chuta bola na abertura da Copa Tecnologia foi desenvolvida por equipe liderada pelo cientista Miguel Nicolelis. Paraplégico é Juliano Pinto, de 29 anos; treinamento foi na AACD. Disponível em: <http://g1.globo.com/ ciencia-e-saude/noticia/2014/06/ jovem-paraplegico-usa-exoesqueleto- chuta-bola-na-abertura-da-copa.html>. Acesso em: 16 ago. 2019. AACD: Associação de Assistência à Criança Deficiente. 3 Identifique a predicação do verbo no trecho “treina- mento foi na AACD”. Assinale a alternativa em que foi empregada a mesma predicação. a) Todo o cinema ficou enlouquecido com a cena. b) O peso era maior do que pensávamos. c) Aquela moça... ela foi encantadora. d) O ensaio da peça foi lindo. e) Os concluintes permaneceram em sala. 4 Leia os comentários sobre a oração “Paraplégico é Ju- liano Pinto”. I. No trecho, o termo “Paraplégico” é sujeito, e o termo “Juliano Pinto” é predicativo do sujeito. II. Se a ordem dos termos fosse alterada, a classificação do item I se manteria. III. O redator da notícia optou por apresentar a condi- ção (paraplégico) como sujeito da oração e o nome do indivíduo (Juliano Pinto) como predicativo. Essa escolha esclarece quem é o jovem que utilizou o aparelho, aproveitando o fato já mencionado no tí- tulo: trata-se de um paraplégico. Sobre os comentários, pode-se dizer que a) estão corretas, apenas, as afirmativas II e III. b) estão corretas, apenas, as afirmativas I e II. c) estão corretas, apenas, as afirmativas I e III. d) nenhuma afirmativa está correta. e) todas as afirmativas estão corretas. ANOTA‚ÍES PH_EF2_8ANO_LP_076a089_CAD1_MOD05_CA.indd 89 10/22/19 3:13 PM
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