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Enfermagem do trabalho

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www.portaleducacao.com.br 1
PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação 
EnfErmagEm 
do trabalho
www.portaleducacao.com.br
www.portaleducacao.com.br 2
Treinamento Funcional | Portal Educação 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
EnfErmagEm 
do trabalho
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SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
 
1. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO 
 Lei da duração do Trabalho 
 Da jornada de trabalho 
 Dos períodos de descanso 
 Do trabalho noturno 
 Lei das Férias, Feriados e Faltas; 
 Da concessão e da época das férias; 
 Da remuneração e do abono de férias; 
 Lei da Cessação do Contrato de Trabalho 
 Lei dos acidentes de trabalho 
Das medidas preventivas de medicina do trabalho 
 Proteção do Trabalho da Mulher 
 Da duração, condições do trabalho e da discriminação contra a 
mulher; 
 Da proteção à maternidade; 
 Lei do contrato individual do trabalho 
2. NORMAS REGULAMENTADORAS: 
 NR1 
 NR2 
 NR3 
 NR4 
 NR5 
 NR6 
 NR7 
 NR8 
 NR9 
 
 
 
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 NR10 
 NR11 
 NR12 
 NR13 
 NR14 
 NR15 
 NR16 
 NR17 
 NR18 
 NR19 
 NR20 
 NR21 
 NR22 
 NR23 
 NR24 
 NR25 
 NR26 
 NR27 
 NR28 
 NR29 
 NR30 
 NR31 
 NR32 
 NR33 
 
MÓDULO II 
3. DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 Introdução 
 Classificação das doenças do trabalho de acordo com os sistemas 
ou aparelhos. 
 Dermatoses ocupacionais 
 Os tumores cutâneos ocupacionais 
 
 
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 Sistema respiratório: 
 Lista de doenças do sistema respiratório relacionado ao trabalho, 
de acordo com as portarias do ministério da saúde nº 1.339/1999. 
 A asma ocupacional 
 As pneumoconioses 
 O câncer de pulmão 
 Sistemas de equipamentos de proteção respiratória 
 Filtros 
 Filtros contra gases 
 Filtros contra aerodispersóis 
 Filtros combinados 
 Tempo de uso e saturação 
 Armazenamento 
 Treinamento 
 Sistema nervoso e órgãos dos sentidos 
 Gravidade da perda da audição 
 Sistema digestivo 
 Sistema urinário 
 Sistema músculo esquelético 
 Lombalgias 
 A LER, DORT ou AMERT 
 Classificação das LER 
 Classificação das LER 
 Quanto ao Grau da LER 
 Tratamento 
 Tratamento medicamentoso e fisioterápico 
 Trabalho noturno 
 Trabalho em contato com pesticidas 
4. DOENÇAS NÃO-OCUPACIONAIS 
 HAS (hipertensão arterial sistêmica) 
 Diabetes 
 Câncer 
 DST 
 
 
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 Tuberculose 
 Hanseníase 
 Peso e obesidade 
 
MÓDULO III 
5. ESTRESSE 
 Sintomas do estresse 
 Estresse do trabalho 
 Tratamento 
6. SEGURANÇA DO TRABALHO 
 Instruções para preenchimento da comunicação de acidentes do 
trabalho – CAT março/99 
 Equipamentos de segurança 
 Equipamento de proteção individual (EPI) 
 Equipamento de proteção coletiva (EPC) 
 Placa de segurança 
7. EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR 
 Princípios gerais e específicos de socorro de urgência 
 Ressuscitação cardiorrespiratória 
 Ferimentos 
 Contusões 
 Escoriações 
 Esmagamentos 
 Amputações traumáticas 
 Fraturas 
 Classificação 
 Fratura fechada ou interna 
 Fratura aberta ou exposta 
 Fratura em fissura 
 Fratura 
 Fratura em galho verde 
 Fratura completa 
 Fratura cominutiva 
 
 
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 Fratura impactada 
 Fratura espiral 
 Fratura oblíqua 
 Fratura transversa 
 Fratura de membro superior (braço) 
 Luxação 
 Hemorragia 
 Torniquete 
 Hemorragia interna 
 Transportes de pessoas acidentadas 
 Transporte de acidentados 
 Método de transporte – uma pessoa só socorrendo 
 Transporte de apoio 
 Transporte no colo 
 Transporte nas costas 
 Transporte de arrasto em lençol 
 Transporte de apoio com duas pessoas 
 Transporte de cadeirinha 
 Transporte no colo 
 Transporte de cadeira 
 Transporte de maca 
 Métodos de transportes feitos por três ou mais pessoas 
 Transporte ao colo 
 Transporte de lençol pelas bordas 
 Remoção da vítima 
 Queimaduras 
 Fisiopatologias das queimaduras 
 Classificação das queimaduras 
 Regra dos noves 
 Parada no processo da queimadura 
 Queimadura por inalação 
 Queimadura elétrica 
 Afogamento 
 
 
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 Mordeduras de animais 
 
MODULO IV 
8. HIGIENE OCUPACIONAL 
 Introdução à higiene ocupacional: conceito e objetivos 
 
 Fases da higiene ocupacional 
 Antecipação de riscos 
 Reconhecimento de risco 
 Riscos ou agentes químicos 
 Riscos ou agentes físicos 
 Riscos ou agentes biológicos 
 Limites de tolerância 
 Como elaborar o mapa de risco 
9. TOXICOLOGIA 
 Noções básicas de toxicologia ocupacional 
 Classificação dos agentes químicos 
 Classificação quanto à forma de apresentação 
 Classificação dos agentes químicos quanto aos efeitos sobre o 
organismo 
 Exposição e vias de entrada de agentes químicos no organismo 
humano. Dose, efeito e resposta. 
10. ORGANIZAÇÕES DOS SERVIÇOS MÉDICOS E DE 
ENFERMAGEM DE EMPRESA 
 Função administrativa 
 Ações de enfermagem 
 O processo de enfermagem na saúde ocupacional 
 Histórico 
 Exame Físico 
 Diagnóstico 
 Prescrição 
 Evolução 
 Prognóstico 
 
 
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 Modelo de histórico de enfermagem para a empresa 
 Histórico de enfermagem do trabalho 
 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina 
do Trabalho (SESMT) 
 O dimensionamento de pessoal do SSO. Serviços prestados no SSO 
 
MÓDULO V 
11. EPIDEMIOLOGIA 
 Epidemiologia: Definição, objetivos e conceitos 
 Epidemiologia e inspeção do trabalho na área de segurança e 
saúde: aplicações práticas. 
 Investigação epidemiológica do ruído 
 Investigação epidemiológica da LER 
12. VACINAÇÃO DO TRABALHADOR 
13. ERGONOMIA 
 Levantamento, transporte e descarga individual de materiais 
 Equipamentos dos postos de trabalho 
 Condições ambientais de trabalho 
 Organização do trabalho 
 Macroergonomia 
 Caracterização 
 Ergonomia participativa 
14. ENFERMAGEM DO TRABALHO 
 A enfermagem do trabalho 
 A equipe de enfermagem do trabalho 
 O enfermeiro do trabalho 
 Atuação do enfermeiro do trabalho nos diferentes níveis de 
prevenção. 
 Prevenção primária 
 Prevenção secundária 
 Prevenção terciária 
 
 
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 Comissão interna de proteção de acidentes – CIPA e 
dimensionamento 
 Função de integração. 
 O exame admissional 
 O exame periódico 
 O exame de retorno ao trabalho 
 O exame de mudança de função 
 O exame demissional 
 As provas funcionais 
 Dinamometria 
 Provas de função pulmonar 
 Espirometria 
 Teste ergométrico 
 Teste de esforço por exercícios 
 Avaliação audiológica 
 A avaliação audiométrica 
 Características da perda auditiva induzida por ruído 
 Teste de visão ocupacional 
 Tonometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO I 
 
Neste módulo, serão abordadas as leis trabalhistas e as normas 
regulamentadoras. O profissional de saúde envolvido no cuidado com a saúde 
do trabalhador deve ter o conhecimento legal da profissão, bem como as leis 
trabalhistas regentes do País. 
 
1. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO 
 
 Lei da duração do trabalho 
Art. 57 - Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas as atividades, 
salvo as expressamente excluídas, constituindo exceções às disposições 
especiais, concernentes estritamente a peculiaridades profissionais constantes 
do Capítulo I do Título III. 
 Da jornada de trabalho 
Art. 58 - A duração normal do trabalho,para os empregados em qualquer 
atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja 
fixado expressamente outro limite. 
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada 
extraordinária às variações de horário no registro de ponto, não excedentes de 
cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para 
o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada 
de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido 
por transporte público, o empregador fornecer a condução. 
§ 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de 
pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de 
transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido 
 
 
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por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como 
a forma e a natureza da remuneração. 
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja 
duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial 
será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas 
mesmas funções, tempo integral. 
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial 
será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em 
instrumento decorrente de negociação coletiva. 
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas 
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito 
entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 
§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, 
obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, 
pelo menos, 20% superior à da hora normal. 
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de 
acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for 
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não 
exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de 
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha 
havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo 
anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não 
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. 
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar 
horas extras. 
Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes 
dos quadros mencionados no capítulo "da segurança e da medicina do trabalho”, 
ou que neles venham a ser incluída, por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e 
Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença 
prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, 
para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos 
 
 
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métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de 
autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em 
entendimento para tal fim. 
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do 
trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo 
de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços 
inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. 
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido 
independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, 
dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, 
antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa 
comunicação. 
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a 
remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais 
casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% 
(vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá 
exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. 
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas 
acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua 
realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário 
até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à 
recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, 
em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa 
recuperação à prévia autorização da autoridade competente. 
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a 
fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; 
II - Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, 
aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e 
chefes de departamento ou filial. 
 
 
 
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Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos 
empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de 
confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao 
valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
Art. 63 - Não haverá distinção entre empregados e interessados, e a 
participação em lucros e comissões, salvo em lucros de caráter social, não exclui 
o participante do regime deste Capítulo. 
Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será 
obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a 
que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração. 
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-
se-á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês. 
Art. 65 - No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será 
obtido dividindo-se o salário diário correspondente à duração do trabalho, 
estabelecido no art. 58, pelo número de horas de efetivo trabalho. 
 Dos períodos de descanso 
Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo 
de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. 
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 
24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência 
pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, 
no todo ou em parte. 
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com 
exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, 
mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. 
Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 
67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em 
matéria de trabalho. 
Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas 
atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser 
exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, 
 
 
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expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais 
casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período 
autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias. 
Art. 69 - Na regulamentação do funcionamento de atividades sujeitas ao 
regime deste Capítulo, os municípios atenderão aos preceitos nele 
estabelecidos, e as regras que venham a fixar não poderão contrariartais 
preceitos nem as instruções que, para seu cumprimento, forem expedidas pelas 
autoridades competentes em matéria de trabalho. 
Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em 
dias feriados nacionais e feriados religiosos, nos termos da legislação própria. 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) 
horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, 
o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato 
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, 
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 
(quatro) horas. 
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do 
trabalho. 
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser 
reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido 
o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o 
estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à 
organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem 
sob regime de trabalho prorrogados há horas suplementares. 
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste 
artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o 
período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por 
cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 
Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, 
escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho 
consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da 
duração normal de trabalho. 
 
 
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 Do trabalho noturno 
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o 
trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua 
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a 
hora diurna. 
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta 
e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho 
executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia 
seguinte. 
§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de 
empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno 
habitual, será feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos 
de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra 
da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo 
geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já 
acrescido da percentagem. 
§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos 
diurnos e noturnos, aplicam-se às horas de trabalho noturno o disposto neste 
artigo e seus parágrafos. 
§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste 
Capítulo. 
 
 Lei das férias, feriados e faltas 
 
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um 
período de férias, sem prejuízo da remuneração. 
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato 
de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais 
de 5 (cinco) vezes; 
 
 
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II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas; 
III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas; 
IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado 
ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como 
tempo de serviço. 
Art.130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada 
período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá 
direito a férias, na seguinte proporção: 
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e 
duas horas, até vinte e cinco horas; 
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte 
horas, até vinte e duas horas; 
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze 
horas, até vinte horas; 
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, 
até quinze horas; 
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, 
até dez horas; 
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco 
horas. 
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial 
que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o 
seu período de férias reduzido à metade. 
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo 
anterior, a ausência do empregado: 
I - nos casos referidos no art. 473; 
Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de 
maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-
maternidade custeado pela Previdência Social; 
 
 
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III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do 
art. 133; 
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver 
determinado o desconto do correspondente salário; 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito 
administrativo ou de prisão preventiva, quanto for impronunciado ou absorvido; 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do 
inciso III do art. 133. 
Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado 
para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que 
ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que 
se verificar a respectiva baixa. 
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período 
aquisitivo: 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias 
subseqüentes à sua saída; 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais 
de 30 (trinta) dias; 
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) 
dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de 
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. 
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o 
empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste 
artigo, retornar ao serviço. 
§ 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa 
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima 
de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos 
serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao 
 
 
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sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos 
respectivos locais de trabalho. 
 
 
 Da concessão e da época das férias 
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só 
período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver 
adquirido o direito. 
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 
(dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) 
anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. 
Art. 135 - A concessão das fériasserá participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa 
participação o interessado dará recibo. 
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que 
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para 
que nela seja anotada a respectiva concessão. 
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas 
fichas de registro dos empregados. 
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte 
os interesses do empregador. 
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se 
assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito 
a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que 
trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. 
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha 
concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, 
por sentença, da época de gozo das mesmas. 
 
 
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§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário 
mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. 
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao 
órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter 
administrativo. 
Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a 
outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de 
trabalho regularmente mantido com aquele. 
 
 Da remuneração e do abono de férias 
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que 
lhe for devida na data da sua concessão. 
§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-
se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da 
concessão das férias. 
§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a média 
da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da 
remuneração da tarefa na data da concessão das férias. 
§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, 
apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que 
precederem à concessão das férias. 
§ 4º - À parte do salário paga em utilidades será computada de acordo 
com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou 
perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da 
remuneração das férias. 
§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo 
o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido 
uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após 
a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos 
reajustamentos salariais supervenientes. 
 
 
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Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período 
de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que 
lhe seria devida nos dias correspondentes. 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes 
do término do período aquisitivo. 
§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este 
artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato 
representativo da respectiva categoria profissional, independendo de 
requerimento individual a concessão do abono. 
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime 
de tempo parcial. 
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o 
concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da 
empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte 
dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da 
legislação do trabalho. 
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do 
abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do 
respectivo período. 
Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com 
indicação do início e do termo das férias. 
 
 Lei da cessação do contrato de trabalho 
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua 
causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, 
conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha 
adquirido. 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) 
meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa 
causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de 
acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço 
ou fração superior a 14 (quatorze) dias. 
 
 
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Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo 
contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 
12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período 
incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. 
Art. 148 - A remuneração das férias, ainda quando devida após a 
cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 
449. 
 Lei dos acidentes de trabalho 
Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo 
Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em 
segurança e em medicina do trabalho. 
Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão: 
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a 
natureza do risco de suas atividades; 
b) o número mínimo de profissionais especializados exigidos de cada 
empresa, segundo o grupo em que se classifique na forma da alínea anterior; 
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime 
de trabalho; 
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados 
em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. 
Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas 
pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas 
especificadas. 
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, 
a composição e o funcionamento das CIPA (s). 
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e 
dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na 
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. 
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão 
por eles designados. 
 
 
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§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão 
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação 
sindical, exclusivamente os empregados interessados. 
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) 
ano, permitida uma reeleição. 
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro 
suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do 
número de reuniões da CIPA. 
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus 
representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o 
Vice-Presidente. 
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) 
não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se 
fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. 
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida caberáao empregador, em 
caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer 
dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar 
o empregado. 
 Das medidas preventivas de medicina do trabalho 
Art. 168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas 
condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem 
expedidas pelo Ministério do Trabalho: 
I - a admissão; II - na demissão; III - periodicamente. 
§ 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em 
que serão exigíveis exames: 
a) por ocasião da demissão; b) complementares. 
§ 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério 
médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado 
para a função que deva exercer. 
§ 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da 
atividade e o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. 
 
 
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§ 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário 
à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade. 
§ 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame 
complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da 
ética médica. 
Art. 169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das 
produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou 
objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério 
do Trabalho. 
 Proteção do trabalho da mulher 
 Da duração, condições do trabalho e da discriminação contra 
a mulher 
Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis 
ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial 
instituída por este Capítulo. 
Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este 
artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família 
da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do 
filho. 
Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 8 (oito) horas 
diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior. 
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as 
distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas 
especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: 
 
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência 
ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade 
a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; 
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em 
razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando 
a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; 
 
 
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III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável 
determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades 
de ascensão profissional; 
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação 
de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; 
V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de 
inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de 
sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; 
VI – proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas 
empregadas ou funcionárias. 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas 
temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre 
homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções 
que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais 
de trabalho da mulher. 
 Da proteção à maternidade 
 
Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de 
trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em 
estado de gravidez. 
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer 
natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da 
mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. 
Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 
(cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. 
§ 1o A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu 
empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer 
entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. 
§ 2o Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser 
aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico. 
§ 3o Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento 
e vinte) dias previstos neste artigo. 
 
 
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§ 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do 
salário e demais direitos: 
I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, 
assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno 
ao trabalho; 
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a 
realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames 
complementares. 
 
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins 
de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 
392, observado o disposto no seu § 5o. 
§ 1o No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de 
idade, o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias. 
§ 2o No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) 
ano até 4 (quatro) anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) 
dias. 
§ 3o No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 
(quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) 
dias. 
§ 4o A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação 
do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. 
 
Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá 
direito ao salário integral e, quando variável, calculado de acordo com a média 
dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como os direitos e vantagens 
adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente 
ocupava. 
Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado 
romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que 
este seja prejudicial à gestação. 
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado 
médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, 
 
 
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ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu 
afastamento. 
Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) 
meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) 
descansos especiais, de meia hora cada um. 
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) 
meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. 
Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas 
à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas 
possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, distribuídos 
nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos 
filhos das mulheres empregadas. 
Art. 399 - O Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio conferirá diploma 
de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela organização e 
manutenção de creches e de instituições de proteção aos menores em idade 
pré-escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e 
pela eficiência das respectivas instalações. 
Art. 400 - Os locais destinados à guardados filhos das operárias durante 
o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta 
de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. 
 
 Lei do contrato individual do trabalho 
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, 
correspondente à relação de emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade 
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem 
entre estes e os tomadores de serviços daquela. 
Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou 
expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou 
indeterminado. 
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho 
cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços 
 
 
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especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de 
previsão aproximada. 
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: 
a) De serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a 
predeterminação do prazo; 
b) De atividades empresariais de caráter transitório; 
c) De contrato de experiência. 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre 
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às 
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam 
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser 
estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. 
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 
(noventa) dias. 
Art. 447 - Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao 
contrato verbal, esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os 
interessados na conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua 
legitimidade. 
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa 
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho 
subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. 
§ 1º - Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos 
salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver 
direito. 
§ 2º - Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes 
tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e conseqüente indenização, 
desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam 
devidos ao empregado durante o interregno. 
Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, 
interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que 
 
 
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exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, 
bem como volta ao cargo anterior. 
Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou 
expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem 
determinação de prazo. 
Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que 
suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo 
se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da 
realização de certos acontecimentos. 
Art. 453 - No tempo de serviço do empregado, quando readmitido, serão 
computados os períodos, ainda que não contínuos, em que tiver trabalhado 
anteriormente na empresa, salvo se houver sido despedido por falta grave, 
recebido indenização legal ou se aposentado espontaneamente. 
§ 2º O ato de concessão de benefício de aposentadoria a empregado 
que não tiver completado 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, ou trinta, 
se mulher, importa em extinção do vínculo empregatício. 
Art. 454 - Na vigência do contrato de trabalho, as invenções do 
empregado, quando decorrentes de sua contribuição pessoal e da instalação ou 
equipamento fornecidos pelo empregador, serão de propriedade comum, em 
partes iguais, salvo se o contrato de trabalho tiver por objeto, implícita ou 
explicitamente, pesquisa científica. 
Parágrafo único. Ao empregador caberá a exploração do invento, 
ficando obrigado a promovê-la no prazo de um ano da data da concessão da 
patente, sob pena de reverter em favor do empregado da plena propriedade 
desse invento. 
Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro 
pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, 
todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal 
pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. 
Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da 
lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a 
este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. 
 
 
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Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas 
anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e 
suprida por todos os meios permitidos em direito. 
Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal 
respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço 
compatível com a sua condição pessoal. 
 
 
2. NORMAS REGULAMENTADORAS (NRs) 
 
 NR1 - As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e 
medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas 
e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como 
pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
 NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as 
empresas deverão solicitar ao MTB a realização de inspeção prévia em seus 
estabelecimentos, e como deverá ser feito. 
 NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as 
empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou 
equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela 
fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à 
Segurança e a Medicina do Trabalho. 
 NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e 
privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e 
manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover 
a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. 
 NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: 
Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e 
manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída 
 
 
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exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, 
através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para 
que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de 
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. 
 NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e 
define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus 
empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de 
resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 
NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a 
obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo 
de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
 
 
 NR8 - Edificações: estabelece requisitos sobre os requisitostécnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir 
segurança e conforto aos que nelas trabalham. 
 NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece 
a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação 
da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, 
reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos 
 
 
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ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo 
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
 
 
 
 NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as 
condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que 
trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo 
elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, 
assim como a segurança de usuários e de terceiros, em quaisquer das fases de 
geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, observando-
se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas 
técnicas internacionais. 
 NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais 
de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e 
ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando 
a prevenção de infortúnios laborais. 
 NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas 
prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas 
empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e 
equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. 
 NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os 
requisitos técnicos-legais relativos à instalação, operação e manutenção de 
 
 
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caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir à ocorrência de acidentes 
do trabalho. 
 
 NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais 
pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos 
ambientes de trabalho. 
 NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as 
atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, 
definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de 
trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre, 
e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à 
sua saúde. 
 
 
 
 NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as 
atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as 
recomendações de prevenção correspondentes. 
 NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a 
adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. 
 NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de 
organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas 
 
 
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preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na indústria da construção civil. 
 NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras 
acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção 
da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. 
 NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as 
disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte 
de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a 
integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. 
 NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas 
relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu 
aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. 
 NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece 
métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam 
trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias 
condições de Segurança e Medicina do Trabalho. 
 NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de 
proteção contra Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio 
que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da 
integridade física dos trabalhadores. 
 NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: 
Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais 
de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, 
cozinhas, alojamentos e água potável, visando à higiene dos locais de trabalho 
e a proteção à saúde dos trabalhadores. 
 NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a 
serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos 
industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e 
a integridade física dos trabalhadores. 
 NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das 
cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de 
trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 
 
 
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 NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho 
no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo 
profissional que desejar exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, 
em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao 
Ministério do Trabalho. 
 NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos 
a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do 
Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a 
correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao 
procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de 
Segurança e Medicina do Trabalho. 
 NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por 
objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, 
facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores condições 
possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições 
contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto 
a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam 
atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e 
retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. 
 NR30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: Aplica-se aos 
trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de 
mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na 
cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem 
como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e 
embarcações de apoio marítimo e portuário. 
 NR31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura: Estabelece os preceitos a serem 
observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar 
compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, 
pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde 
e meio ambiente do trabalho. 
 NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. 
Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteçãowww.portaleducacao.com.br 
 
à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como 
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. 
Disponível em (http://www.sobes.org.br/nrs.htm) 
 
 
MÓDULO II 
 
3. DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
 Introdução 
O profissional de saúde que está envolvido na saúde do trabalhador 
necessita de uma observação mais apurada do que está oferecendo risco a 
saúde do trabalhador e com isso elaborar um planejamento para reduzir o risco 
à saúde, pois é inadmissível que um trabalhador em perfeitas condições de 
saúde venha adquirir algum mal. 
Segundo Salermo (2001) a grande tarefa do profissional de saúde e do 
trabalhador é prestar manutenção à saúde de forma individual e coletiva. 
São os males provocados pelas condições e/ou pelo exercício da 
atividade diária de trabalho, sem levar em conta aspectos físicos, mentais e 
emocionais dos trabalhadores. As causas podem ser movimentos repetitivos, 
carga excessiva, situações de estresse elevado e continuado, pressão abusiva 
por parte da organização do trabalho na empresa e outros. 
Para tanto, serão abordadas de forma sistematizada através dos 
sistemas as doenças do trabalhador. 
 
 Classificação das doenças do trabalho de acordo com os 
sistemas ou aparelhos. 
 
Sistema tegumentar: A pele oferece uma área de contato com o meio 
ambiente muito grande, por isso é uma região do corpo que fica muito exposta 
às agressões do trabalho, portanto as patologias relacionadas a esse sistema 
http://www.sobes.org.br/nrs.htm
 
 
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são definidas como dermatoses ocupacionais. 
 
 
 Dermatoses ocupacionais 
Salim (2001) define dermatose ocupacional como “toda alteração de pele, 
mucosas e anexas causadas, condicionada, mantida ou agravada por tudo 
aquilo que seja utilizado na atividade profissional ou existia no ambiente de 
trabalho”. 
Alguns fatores devem ser levados em consideração como: localização 
das dermatoses, idade, sexo, tipo de lesão, irritação primária e sensibilização 
primária. 
Localização: as dermatoses ocupacionais são por contato, costumam 
aparecer nas áreas de pele exposta à substância causadora, geralmente mãos, 
antebraços, pés, pernas e abdome. 
As dermatoses podem surgir de uma pequena lesão que pode ser 
simples até uma doença de base como hanseníase. 
Não podemos deixar de falar sobre as lesões eczematosas que segundo 
Carvalho (2001) são: Elaioconioses, discromias, hiperceratoses e fitotoxicidade. 
 
 Os tumores cutâneos ocupacionais 
Os tumores cutâneos ocupacionais são sem dúvida muito freqüentes, 
principalmente em razão da exposição aos raios ultravioleta do sol. Como são 
patologias graves mais facilmente evitáveis, vale a pena tratar-se do assunto 
com grande atenção, orientando o horário de trabalho fora dos horários de sol 
mais agressivo, o uso de chapéu e roupas de algodão fechadas são meios de 
prevenir como forma de equipamento de proteção à saúde que deve ser 
disponibilizado pela empresa. 
 
 Sistema respiratório 
Os locais de trabalho têm oferecido, cada vez mais, ambientes poluídos 
por diversos elementos, gasosos e sólidos, presentes no ar como gases e 
micropartículas. Tais substâncias levam desde incômodo respiratório até 
patologias graves e mortais, como asma ocupacional e pneumoconioses. 
 
 
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Alguns gases presentes no ambiente de trabalho podem atuar como: 
irritantes, asfixiantes simples ou químicos. 
Os gases irritantes são substâncias químicas que, em contato com o ar 
ambiente, assumem a forma gasosa e tem grande afinidade por água e, ao 
entrarem em contato com a mucosa respiratória, aderem ao tecido e o agridem. 
Exemplos são os aminoácidos e produtos clorados utilizados para limpeza. 
 
 Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao 
trabalho, de acordo com a portaria do ministério da saúde n.º 1.339/1999 
• Faringite aguda não-especificada (angina aguda, dor de garganta) 
• Laringotraqueíte aguda e laringotraqueíte crônica 
• Outras rinites alérgicas 
• Rinite crônica 
• Sinusite crônica 
• Ulceração ou necrose do septo nasal e perfuração do septo nasal 
• Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (inclui asma 
obstrutiva, bronquite crônica, bronquite asmática, bronquite obstrutiva crônica) 
• Asma 
• Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão 
• Pneumoconiose devida ao asbesto (asbestose) e a outras fibras 
mineirais 
• Pneumoconiose devida à poeira de sílica (silicose) 
• Pneumoconiose devida a outras poeiras inorgânicas: beriliose, 
siderose e estanhose 
• Doenças das vias aéreas devidas a poeiras orgânicas: bissinose 
• Pneumonite por hipersensibilidade à poeira orgânica: pulmão do 
granjeiro (ou pulmão do fazendeiro); bagaçose; pulmão dos criadores de 
pássaros; suberose; pulmão dos trabalhadores de malte; pulmão dos que 
 
 
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trabalham com cogumelos; doença pulmonar devida a sistemas de ar 
condicionado e de umidificação do ar; pneumonite de hipersensibilidade devida 
a outras poeiras orgânicas; pneumonites de hipersensibilidade devidas à poeira 
orgânica não-especificada (alveolite alérgica extrínseca SOE; e pneumonite de 
hipersensibilidade SOE) 
• Afecções respiratórias devidas à inalação de produtos químicos, gases, 
fumaças e vapores: bronquite e pneumonite (bronquite química aguda); edema 
pulmonar agudo (edema pulmonar químico); síndrome da disfunção reativa das 
vias aéreas e afecções respiratórias crônicas 
• Derrame pleural e placas pleurais 
• Enfisema intersticial 
• Transtornos respiratórios em outras doenças sistêmicas do tecido 
conjuntivo classificadas em outra parte: síndrome de Caplang 
 
 A asma ocupacional 
A asma ocupacional ocorre em indivíduos predispostos, que tenham 
algum grau de atopia, o diagnóstico é feito pelo médico e é identificado através 
da anamnese e o diagnóstico é fechado através do exame de espirometria, no 
qual se mede a capacidade pulmonar do trabalhador. 
As causas mais comuns de asma presentes nos ambientes de trabalho 
são o ar frio (normalmente afetam indivíduos com asma prévia). 
 
 As pneumoconioses 
As pneumoconioses são patologias decorrentes de um acúmulo de 
poeiras orgânicas ou inorgânicas (minerais) e a gases nocivos (fumaças e 
aerossóis) nos pulmões e a reação tecidual à sua presença o qual depende da 
composição da substância, sua concentração e sua capacidade de iniciar uma 
resposta imune, suas propriedades irritantes, da duração da exposição e da 
resposta ou susceptibilidade do indivíduo ao irritante. 
As pneumoconioses podem ser colagênicas ou não colagênicas, ou 
seja, a presença de poeira nos pulmões pode ou não determinar uma reação 
colágena no tecido pulmonar as principais substâncias que levam a 
 
 
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pneumoconiose são o ferro, asbestose, sílica e o estanho. Salermo (2001) 
Portanto, cada substância vai ter uma reação diferente ao tecido. A sílica 
tem propriedades fibrogênicas, são inaladas, lesões nodulares são produzidas 
ao longo dos pulmões, com a passagem do tempo e uma maior exposição, os 
nódulos aumentam e convalescem. Formam-se massas densas na parte 
superior dos pulmões, resultando na perda do volume pulmonar, a destruição 
fibrótica do tecido pulmonar pode levar ao enfisema, hipertensão pulmonar e cor 
pulmonale. 
Com a asbestose as fibras inaladas entram nos alvéolos, onde são 
envolvidas pelo tecido fibroso e geralmente oblitera o alvéolo e com isso afetam 
a pleura, que se espessa e desenvolve uma placa levando a diminuição no 
volume de oxigênio e dióxido de carbono e hipoxemia. 
A principal pneumoconiose no Brasil é a Silicose que é causada pela 
sílica, a sílica está presente em diversos processos industriais dos quais convêm 
destacar: cerâmicas brancas, jateamento de areia, extração mineral e 
acabamento de pedras (granitos, mármores). As micropartículasde poeira de 
sílica têm formato semelhante ao de uma pirâmide, com ângulos cortantes. Uma 
vez aspiradas, são envolvidas por reação inflamatória de defesa dos pulmões, 
na tentativa de eliminá-las. Salerno (2001) 
Tipos de pneumoconiose, agente causador e tipo de reação tecidual que 
provoca segundo Carvalho (2001): 
 
 Tabela 1 
 
Pneumoconiose 
 
Agente Causador 
 
Reação Tecidual 
Asbestose Asbeto ou amianto Colagênica 
Mineradores Carvão Colagênica 
Aluminose Alumínio Colagênica 
Mista Alumínio Colagênica 
Estanhose Estanho Não colagênica 
Siderose Ferro Não colagênica 
 
O tratamento das pneumoconioses é basicamente a prevenção através 
de educação continuada desenvolvida pelo enfermeiro do trabalho, explicando a 
 
 
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importância e responsabilidade do uso correto dos EPI. 
 
 O câncer de pulmão 
O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos, 
apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial, a 
mortalidade por esse tumor é muito grande. 
O câncer de pulmão relacionado ao trabalho. As substâncias presentes 
em suspensão no ambiente de trabalho são inaladas e muitas delas são 
carcinogênicas, podendo levar ao câncer do pulmão ao longo do tempo 
(CARVALHO, 2001), pelo tempo de exposição ao agente causador, 
principalmente quando o indivíduo tem predisposição para desenvolver tal 
patologia. 
Por isso a importância do exame admissional para identificar possíveis 
riscos que o indivíduo possa ter em desenvolver certas doenças, principalmente 
as doenças em longo prazo. 
A ONS (Organização Nacional de Saúde) classifica as seguintes 
substâncias como causadoras de câncer de pulmão: arsênio, asbesto, éter, bis-
clorometílico, cromo hexavalente, níquel e compostos aromáticos policíclicos, 
cloreto de vinila e radônio. 
 
 Sistemas de equipamentos de proteção respiratória 
A variedade de tarefas que são realizadas com proteção respiratória é 
demasiadamente grande para um único tipo universal de equipamento. 
Desenvolveu-se, portanto, para atender às inúmeras tarefas distintas, várias 
espécies diferentes de proteção respiratória. 
Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção respiratória 
são divididos em 2 grupos principais, assim temos “os dependentes” que 
dependem do efeito do ar atmosférico e “os independentes”, aqueles que 
independem do efeito ao ar atmosférico ambiental. 
 
 Filtros 
Os filtros de respiração retêm os poluentes do ar respirado, porém não 
fornecem oxigênio. Em decorrência deste fato só poderão ser usados em 
 
 
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atmosferas que contenham no mínimo 19,5% em volume de oxigênio. Os filtros 
de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas. 
São concebidos como: 
- Filtros de encaixe; 
- Filtros de rosca; 
- Filtros de cartucho. 
Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas concentrações 
de contaminantes, é obrigatório o uso de equipamentos que independem do 
meio atmosférico ambiental, tais como: 
- Equipamento de respiração com linha de ar; 
- Equipamentos autônomos de respiração a ar comprimido; 
- Equipamentos autônomos de respiração com oxigênio. 
 
Filtros contra gases 
Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura 
porosa oferece uma grande superfície. 
Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do filtro, as 
moléculas do contaminante são retidas na grande superfície do carvão ativo 
granulado. 
Para muitos outros gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de 
enxofre), o efeito de retenção no filtro poderá ser melhorado com a 
impregnação do carvão com produtos químicos de retenção, utilizando-se para 
tanto sais minerais e elementos alcalinos. 
 
 
 
 
 
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Filtros contra aerodispersóides 
Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso 
microscopicamente fino. Partículas sólidas e líquidas são retidas na superfície 
dessas fibras com grande eficiência. 
 
Filtros combinados 
Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro 
contra aerodispersóides numa mesma unidade filtrante. 
Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides aparecem 
simultaneamente no ambiente. 
O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra aerodispersóides que 
retêm todas as partículas em suspensão no ar. 
 
Tempo de uso e saturação 
Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de 
respiração são capazes de reter certa quantidade de contaminantes. 
Os filtros contra aerodispersóides em geral tendem a se fechar mais com 
o uso. A resistência respiratória aumenta. 
Quando os filtros contra gases são usados até o limite, atingindo sua 
saturação, o usuário nota-o em geral pela percepção do cheiro característico de 
um gás ou pela irritação da mucosa. 
No uso de filtros combinados, dependendo da composição dos 
contaminantes, o filtro poderá saturar pelo entupimento dos aerodispersóides e 
assim se notaria uma elevada resistência respiratória ou o filtro se satura pelo 
elemento contaminante gasoso e a troca se fará quando notado o primeiro cheiro 
de gás. 
 
 
 
 
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Armazenamento 
O armazenamento de filtro contra gases ou combinados, novos, na 
embalagem original de fabricação, e acondicionados convenientemente a vácuo, 
é de 3 anos após sua fabricação. 
Após o vencimento desse prazo os filtros não devem ser usados. 
Filtros contra aerodispersóides podem ser armazenados por tempo 
praticamente ilimitado. 
Os filtros uma vez abertos, mesmo que nunca usados, devem ser 
substituídos dentro de um prazo de 6 meses. 
Treinamento 
O treinamento deverá, no mínimo, incluir o seguinte: Instrução sobre a 
natureza dos perigos, bem como, uma apreciação do que poderia suceder, caso 
não utilize o equipamento correto. 
Comentários sobre o porque esse é o modelo indicado para o fim 
específico e sobre a capacidade e limitações dos dispositivos ou equipamentos, 
instrução e treinamento sobre o seu uso e instrução teórica e prática para 
reconhecer e saber enfrentar situações de emergência. 
Inspeção: Todos os equipamentos deverão ser inspecionados 
periodicamente, antes e depois do seu uso. 
Manutenção: Todos os equipamentos de proteção respiratória deverão 
ser limpos e higienizados depois de cada uso. 
Reparos: A substituição de peças que não sejam aproveitáveis, 
qualquer reparo e a manutenção dos equipamentos de proteção respiratória, 
deverão ser feitos pela Segurança do Trabalho que providenciará o contato com 
o órgão especializado e competente para tal. 
Método correto de uso: Para uso com segurança das máscaras faciais, 
existe um método padronizado e seguro cujos passos passamos a mostrar: 
Carregue-a sempre pendurada pela alça de borracha, pois estará sempre pronta 
 
 
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para o uso. Segure a parte superior da máscara com as duas mãos, tendo antes 
o cuidado de “soltar” totalmente todos os tirantes; Coloque primeiramente o 
queixo, “vestindo” a máscara totalmente, posicionando-a no lugar certo; Aperte 
os tirantes inferiores, puxando as tiras de borracha autotravantes. Faça a mesma 
operação com os tirantes superiores; Da mesma forma ajuste o tirante 
posicionado sobre o couro cabeludo. 
Importante: Faça o teste de vedação tampando seu bocal ou apertando 
a traquéia da máscara. Se a máscara estiver bem ajustada, o contorno do 
equipamento aderirá fortemente ao rosto, impedindo possíveis infiltrações de 
gases para dentro da máscara. Se isso não ocorrer aperte novamente os 
tirantes, fazendo novo teste. 
Obs.: Nas máscaras autônomas (faciais) este teste deverá ser feito com 
o suprimento de ar fechado. Em seguida deverá ser colocado o filtro e/ou aberto 
o suprimento de ar. Para retirar a máscara, aperte a parte interna da fivela dos 
tirantes de fixação de borracha, fazendo a operação ao inverso: 
• Tirante do courocabeludo; 
• Tirantes superiores; 
• Tirantes inferiores. 
 
 Sistema nervoso e órgãos dos sentidos 
As substâncias químicas e físicas são as maiores causadoras de 
acometimentos neurológicos, em relação às substâncias químicas destacam-se 
os solventes que são utilizados em diversos trabalhos, os solventes são 
compostos orgânicos: álcoois, os glicóis, os hidrocarbonetos e acetonas. Os 
solventes são utilizados em diversas áreas de trabalho, postos de combustíveis 
– todos os produtos do posto contêm solventes (álcool, gasolina, diesel, 
querosene) nas indústrias de tintas e vernizes (tolueno, xileno) borrachas, colas 
e cosméticos. 
De acordo com Salerno (2001) todos os solventes, quando inalados em 
grande quantidade deixa a pessoa como se estivesse embriagada, sentindo 
tonturas, cefaléias e até mesmo chegar a um estado de torpor, esse estado, em 
 
 
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curto prazo em longo prazo os solventes podem levar a danos neurológicos 
irreversíveis. 
Os metais também têm muita afinidade com o sistema neurológico pode 
causar lesões irreversíveis com quadros de encefalopatia tóxica crônica 
(demência, alterações piramidais, extrapiramidais e cerebelares). 
A surdez do trabalhador pode aparecer a determinados solventes, mais 
a maior perda da audição e por ruído. 
O ruído contínuo leva a uma lesão de cóclea quando o trabalhador é 
exposto a um ruído intenso, temos a ocorrência do trauma. O que se podem 
observar rupturas e desgarramentos timpânicos, hemorragias na orelha interna 
e mesmo desgarramento das células do órgão de Corti, já no caso de exposição 
a ruídos não tão intensos, mas por tempo prolongado, como nas fábricas, há a 
instalação das perdas auditivas induzidas por ruído (PAIR). Estas são 
caracterizadas por alterações metabólicas nas células de Corti, que resultam em 
déficit auditivos, zumbidos e mesmo tonturas, dada a proximidade da cóclea e 
órgão vestibular. Existe uma situação pré-lesional em relação ao ruído quando, 
por não ser intenso e/ou não prolongado, provoca perda temporária da audição, 
com recuperação após repouso sonoro (SILVA E COSTA, 1998). 
A avaliação e feita através do exame de Audiometria, quando se avalia 
a audição, três características são importantes: freqüência, tonalidade e 
intensidade. 
A unidade de mensuração da sonoridade (intensidade do som) é o 
decibel (dB), a pressão exercida pelo som. A perda da audição é medida em 
decibéis, uma função logarítmica da intensidade, a qual não é facilmente 
convertida em um percentual. O nível crítico da sonoridade é de 
aproximadamente 30 dB. O amassar de papéis em um ambiente tranqüilo tem 
cerca de 15 dB; uma conversação baixa, 40 dB;e um avião a jato a 30 m de 
distância, cerca de 150 dB. O som acima de 80 dB é percebido pelo ouvido 
humano como sendo perturbador e pode ser lesivo ao ouvido interno 
(BRUNNER, 2002). 
 
 
 
 
 
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 Tabela 2 
 
 
Gravidade da Perda da Audição 
Perda em Decibéis (dB) Interpretação 
0-15 Audição normal 
>15-25 Perda auditiva discreta 
>25-40 Perda auditiva branda 
>40-55 Perda auditiva moderada 
>55-70 Perda auditiva moderada a grave 
>70-90 Perda auditiva grave 
>90 Perda auditiva profunda 
 
Gráfico 1 
 
 
 
 
Disponível em: http://www.audiciondelbebe.org/ 
 
 
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Esses gráficos são esboços de AUDIOGRAMA que apresenta gráficos 
da audição conforme medida por tons de diferentes gradações, variando de 125 
a 8000 ciclos por segundo (cps) ou Hertz (Hz). Esses audiogramas mostram a 
audição normal, perda auditiva leve, perda auditiva moderada e perda auditiva 
severa. 
 
 Sistema digestivo 
O órgão do sistema digestivo mais acometido devido à exposição 
ocupacional é o fígado. O fígado é o grande responsável pela metabolização de 
substâncias estranhas ao organismo humano e, neste processo, pode entrar em 
sofrimento ou mesmo falência. É que os solventes têm afinidade por tecidos 
gordurosos e assim depositam-se nos órgãos ricos em gordura, como sistema 
nervoso e medula óssea e fígado (por isto as lesões de sistema nervoso e a 
aplasia de medula, provocadas pelo benzeno). Além disso, é levado ao fígado 
pela corrente sangüínea na tentativa de serem metabolizadas, para 
posteriormente poderem ser eliminadas pelas fezes, urina ou suor. É neste 
momento que se faz, necessário o raciocínio para o qual se chamou a atenção 
no início deste capítulo. Ora, todos nós somos expostos aos vapores de alguns 
solventes, trabalhadores ou não. Mas qual é o esforço que o fígado de um pintor 
que utilize “tinner” para diluir a tinta faz ao metabolizar este “tinner”, e qual é o 
esforço que o fígado de um estudante faz para realizar o mesmo processo, 
considerando que o pintor entra em contato com o solvente todos os dias, o dia 
todo e o estudante só eventualmente? Fica evidente que o pintor tem maior 
chance de desenvolver alguma patologia hepática, é bom lembrar que as 
patologias hepáticas são irreversíveis e que a melhor forma de tratamento e 
prevenção é o diagnóstico precoce (CARVALHO, 2001). 
 
 Sistema urinário 
Os solventes e os metais (chumbo, arsênio e mercúrio podem levar à 
nefropatia tóxica. No caso dos metais esta situação pode ocorrer, de modo 
semelhante ao que ocorre no fígado, na tentativa de eliminação: por serem 
pesados fisicamente, os metais depositam-se nos túbulos e glomérulos, 
 
 
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causando dano ao órgão, podendo levar a IR (insuficiência Renal). As aminas 
aromáticas, são consideradas causadoras de câncer de bexiga. 
Nos casos de exposição a substâncias químicas carcinogênicas deve-
se em primeiro lugar evitar a exposição do trabalhador, ou seja, organizar o 
processo de trabalho em sistema fechado, de modo a evitar a exposição do ser 
humano. Os trabalhadores com risco de exposição devem ser avisados dos 
riscos que correm por meio de processo educativo contínuo pela equipe de 
saúde (CARVALHO, 2001). 
 
 Sistema músculo esquelético 
As principais lesões que podem acometer o sistema músculo esquelético 
são as lesões por movimentos repetitivos (LER) e as lombalgias por não ter 
móveis ergonomicamente corretos como as cadeiras de escritório ou até mesmo 
dos domicílios. 
 Lombalgias 
As lombalgias normalmente surgem após um esforço físico aparecendo 
de forma aguda na coluna o que não é considerado como patologia, mas é um 
acidente de trabalho. 
A dor da coluna lombar pode ser basicamente por dois motivos: 
contratura muscular paravertebral e de esforço repetido ou mau jeito. 
A prevenção e compreender que o ser humano não é um carregador de 
carga, nos hospitais ainda e difícil automatizar um transporte de um paciente ou 
até mesmo mudança de decúbito, nos EUA já existem máquinas para fazer 
esses serviços. 
Realizar atividades físicas durante a jornada de trabalho, isso tem que 
partir da empresa, desenvolvendo programas de perda de peso e realizar 
ginástica laboral (SALERNO, 2001). 
 
 As LER, DORT ou AMERT 
LER é o conjunto de doenças causadas pelo esforço repetitivo. A LER 
envolve tenossinovite, tendinite, bursite, embora conhecida há mais de 100 anos 
as LER tornou-se, a partir da década de 1990, muito freqüente devido ao advento 
da informática e dos computadores. 
 
 
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DORT ou AMERT – Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao 
Trabalho, termo abrangente que se refere aos distúrbios ou doenças do sistema 
músculo esquelético, principalmente do pescoço e membros superiores, 
relacionados, comprovadamente ou não, ao trabalho (NASCIMENTO E 
MORAIS, 2000). 
 
 Classificação das LER 
Para Miranda (1998) e Lech (1990) é necessário à compreensão de 
todas as síndromes dolorosas e nervosas compressivas, as síndromes 
dolorosas mais comuns são: Tenossinovite, dedo de Gatilho, doença de 
Quervain, síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel Ulnar, epicondilite,

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